Tecnologia e Inovação: implicações para o processo de transformação da Defesa no Brasil

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Tecnologia e Inova Tecnologia e Inova ç ç ão: ão: implica implica ç ç ões para o processo de ões para o processo de transforma transforma ç ç ão da Defesa no Brasil ão da Defesa no Brasil Rio de Janeiro, 28 de julho de 2011 Othon Luiz Pinheiro da Silva Minist Minist é é rio rio da da Defesa Defesa 5 5 o o Semin Semin á á rio rio sobre sobre o o Livro Livro Branco Branco de de Defesa Defesa Nacional Nacional

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Tecnologia e InovaTecnologia e Inovaçção:ão:

implicaimplicaçções para o processo de ões para o processo de transformatransformaçção da Defesa no Brasilão da Defesa no Brasil

Rio de Janeiro, 28 de julho de 2011 Othon Luiz Pinheiro da Silva

MinistMinistéériorio dada DefesaDefesa

55oo SeminSeminááriorio sobresobre o o LivroLivro BrancoBranco de de DefesaDefesa NacionalNacional

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Relacionamento entre NaRelacionamento entre Naççõesões

Esca

laEs

cala

de

de re

laci

onam

ento

rela

cion

amen

to

AgressãoAgressão e e ocupaocupaççãoãoterritorialterritorial

AmeaAmeaççasas eedemonstrademonstraççãoão de de forforççaa

PressõesPressões econômicaseconômicase e diplomdiplomááticasticas

RelacionamentoRelacionamento comercialcomerciale e diplomdiplomááticotico cordialcordial

O ARQUIVO DE 4 GAVETASO ARQUIVO DE 4 GAVETAS

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““arte da guerraarte da guerra””UsoUso inteligenteinteligente e e astutoastuto dede

ENERGIA e TECNOLOGIAENERGIA e TECNOLOGIA

• Estratégias de defesa:–– InteligênciaInteligência–– MonitoraMonitoraççãoão e e DetecDetecççãoão–– InibirInibir o o sobrevôosobrevôo–– InibirInibir a a concentraconcentraççãoão de de forforççasas–– MobilidadeMobilidade dada forforççaa terrestreterrestre

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VOCAVOCAÇÇÃO PACÃO PACÍÍFICA DO BRASILFICA DO BRASIL

•• As As nanaççõesões queque nãonão possuempossuem emem seuseu territterritóórioriofontesfontes de de energiaenergia e e materiaismateriais estratestratéégicosgicossuficientessuficientes parapara sustentarsustentar seuseu desenvolvimentodesenvolvimento, , tendemtendem a a ampliarampliar seuseu poderpoder militarmilitar parapara garantirgarantirseuseu abastecimentoabastecimento

•• O BRASIL O BRASIL possuipossui abundantesabundantes fontesfontes de de energiaenergiae e materiaismateriais estratestratéégicosgicos

– Limitada necessidade de projeção de poder

– porém sem negligenciar sua capacidade de defesa desses recursos

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Necessidade e capacidade de defesaNecessidade e capacidade de defesa

Capacidade de defesa depende de:Capacidade de defesa depende de:– sistema político adotado pelo país,

– representatividade de seus dirigentes,

– crença nas instituições

– qualidade de vida, grau de satisfação e identificação

do cidadão com as tradições e costumes nacionais

–– nníível tecnolvel tecnolóógico do armamentogico do armamento

–– capacitacapacitaçção e inteligência para utilizão e inteligência para utilizáá--lolo

–– motivamotivaçção e treinamento dos utilizadoresão e treinamento dos utilizadores.

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Necessidade e capacidade de defesaNecessidade e capacidade de defesa

•• a grande maioria da sociedade brasileira, a grande maioria da sociedade brasileira, embora simpatize, embora simpatize, não se preocupanão se preocuparealmente com os realmente com os meios para garantirmeios para garantir o o Brasil como estado nacional soberanoBrasil como estado nacional soberano..

•• existe existe ““timideztimidez”” nos militaresnos militares e e ““displicênciadisplicência”” na sociedadena sociedade brasileira em brasileira em admitir a admitir a necessidade denecessidade de um esquema de um esquema de defesadefesa compatcompatíível com a vel com a grandeza dograndeza do BrasilBrasile com o e com o porte da nossa economiaporte da nossa economia

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NNíível tecnolvel tecnolóógico do material de defesagico do material de defesa

•• armamentos atualizados utilizam os materiais mais leves e armamentos atualizados utilizam os materiais mais leves e

resistentes assim como eletrônica de resistentes assim como eletrônica de úúltima geraltima geraççãoão

–– deles deles éé esperado o melhor desempenho possesperado o melhor desempenho possíível.vel.

•• duas caracterduas caracteríísticas são economicamente marcantessticas são economicamente marcantes

–– são caros e entram em obsolescência muito rapidamente,são caros e entram em obsolescência muito rapidamente,

–– conseqconseqüüentemente a opentemente a opçção pela importaão pela importaçção ão éé tambtambéém a opm a opçção ão

por grandes e contpor grandes e contíínuos gastos no exterior e pela obsolescência nuos gastos no exterior e pela obsolescência

““programadaprogramada””

•• as vendas são controladas pelos paas vendas são controladas pelos paííses de origem e ses de origem e

mecanismos internacionaismecanismos internacionais

–– os paos paííses que utilizam armamentos importados têm a sua ses que utilizam armamentos importados têm a sua

capacidade militar de defesa decidida fora de suas fronteiras.capacidade militar de defesa decidida fora de suas fronteiras.

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ProduProduçção do material de defesa como forma de ão do material de defesa como forma de aproximaaproximaçção entre as Forão entre as Forçças Armadas e a Sociedadeas Armadas e a Sociedade

•• Os paOs paííses importadores de armamento renunciamses importadores de armamento renunciam àà

grande contribuigrande contribuiçção que o esforão que o esforçço para seu o para seu

desenvolvimento pode acarretar na desenvolvimento pode acarretar na capacitacapacitaçção de ão de

sua comunidade sua comunidade tecnotecno--cientcientííficafica, na melhoria de , na melhoria de

competitividade das suas empresas e na geracompetitividade das suas empresas e na geraçção de ão de

novos produtos .novos produtos .

•• Estes paEstes paííses terão tambses terão tambéém capitulado parcialmente e m capitulado parcialmente e

aceitoaceito o que se poderia conceituar como o que se poderia conceituar como capacidade capacidade

permitida de garantir a sua soberania permitida de garantir a sua soberania

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ProduProduçção do material de defesa como forma de ão do material de defesa como forma de aproximaaproximaçção entre as Forão entre as Forçças Armadas e a Sociedadeas Armadas e a Sociedade

•• O O isolamento dos militaresisolamento dos militares em relaem relaçção ão àà sociedade tem como sociedade tem como

conseqconseqüüência o não entendimento da importância da missão das ência o não entendimento da importância da missão das

forforçças armadas, o seu as armadas, o seu esvaziamento polesvaziamento políítico e a conseqtico e a conseqüüente ente

atrofiaatrofia. .

•• A opA opçção pelo ão pelo desenvolvimento e produdesenvolvimento e produçção do armamentoão do armamento em em

territterritóório nacional pode contribuir para rio nacional pode contribuir para reduzir o afastamento reduzir o afastamento

entre civis e militaresentre civis e militares

–– a comunidade a comunidade tecnotecno--cientificacientifica, os executivos e demais funcion, os executivos e demais funcionáários rios

envolvidos nesta atividade passam a entender a sua necessidade envolvidos nesta atividade passam a entender a sua necessidade e a e a

contribuir para que seja conseguido o apoio da sociedade para oscontribuir para que seja conseguido o apoio da sociedade para os

programas de defesaprogramas de defesa..

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ProduProduçção do material de defesa como forma de ão do material de defesa como forma de aproximaaproximaçção entre as Forão entre as Forçças Armadas e a Sociedadeas Armadas e a Sociedade

•• A opA opçção pela importaão pela importaçção de armamentos envolve ão de armamentos envolve

gastos continuados e sem retorno para a sociedade e gastos continuados e sem retorno para a sociedade e

a não geraa não geraçção de empregos.ão de empregos.

–– ÁÁustria, Suustria, Suéécia e Israel produzem seu armamento portcia e Israel produzem seu armamento portáátil, til,

seus uniformes, equipamentos de proteseus uniformes, equipamentos de proteçção, suas raão, suas raçções ões

militares, etc.militares, etc.

–– O armamento portO armamento portáátil e o equipamento de protetil e o equipamento de proteçção individual ão individual

contribuem para auxiliar na formacontribuem para auxiliar na formaçção da ão da ““identidadeidentidade””

nacional das fornacional das forçças.as.

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A produA produçção de material de defesa no Brasil ão de material de defesa no Brasil

"paradoxo tecnol"paradoxo tecnolóógico militar perverso"gico militar perverso"

–– Apesar de grandes esforApesar de grandes esforççosos•• Origens tenentistas da industrializaOrigens tenentistas da industrializaççãoão•• ITA e IME estão entre as dez melhores escolas de engenharia ITA e IME estão entre as dez melhores escolas de engenharia

Marinha forma seus engenheiros na Escola PolitMarinha forma seus engenheiros na Escola Politéécnica da USPcnica da USP

–– no rol de importano rol de importaçções militares ainda constamões militares ainda constam•• ppóólvoras especiais, capacetes, ralvoras especiais, capacetes, raçções de campanha, ões de campanha,

armamentos portarmamentos portááteis, bazucas, navios e carros de combate de teis, bazucas, navios e carros de combate de segunda mão que terminaram o ciclo de vida em outros pasegunda mão que terminaram o ciclo de vida em outros paíísesses

•• atatéé mesmo aviões cujo modelo foi pilotado na guerra da Cormesmo aviões cujo modelo foi pilotado na guerra da Corééia ia pelos avôs dos jovens americanos de hojepelos avôs dos jovens americanos de hoje

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MinistMinistéério da Defesa como rio da Defesa como oportunidade de integraoportunidade de integraççãoão

–– Na maioria dos paNa maioria dos paííses, a existência do Ministses, a existência do Ministéério rio da Defesa teve como propda Defesa teve como propóósito a sito a integraintegraççãoão

•• tanto no tanto no aspecto operacionalaspecto operacional como no esforcomo no esforçço de o de obtenobtençção do materialão do material de defesade defesa

•• aumentando a eficiência e diminuindo custos aumentando a eficiência e diminuindo custos

–– Na Na FranFranççaa essa integraessa integraçção conduziu a resultados ão conduziu a resultados muito expressivosmuito expressivos

–– Sua organizaSua organizaçção subordina ao Ministro da Defesa:ão subordina ao Ministro da Defesa:•• a a vertente operacionalvertente operacional constituconstituíída de Exercito, Marinha e da de Exercito, Marinha e

AeronAeronááuticautica•• a a vertente tecnolvertente tecnolóógicagica para desenvolvimento e produpara desenvolvimento e produçção ão

do material de defesa denominada do material de defesa denominada DGADGA

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MinistMinistéério da Defesa como rio da Defesa como oportunidade de integraoportunidade de integraççãoão

– Na busca da eficiência, o perfil de carreira e as qualificações do pessoal do setor operacional são muito diferentes dos profissionais responsáveis pelo material de defesa.

•• para o setor operacional a idade de 50 para o setor operacional a idade de 50 anos anos éé quase um limite;quase um limite;

•• na na áárea tecnolrea tecnolóógica esta idade podergica esta idade poderáásignificar a plenitude da combinasignificar a plenitude da combinaçção da ão da experiência com a produtividade. experiência com a produtividade.

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MinistMinistéério da Defesa como rio da Defesa como oportunidade de integraoportunidade de integraççãoão

– As aquisições de equipamentos não têm sido feitas obedecendo a um programa geral que procure atender as prioridades de um sistema de defesa e ao mesmo tempo explorando as nossas potencialidades;

• muito pelo contrário, a experiência de um passado recente registra o aproveitamento de “oportunidades”que o mercado internacional oferece em termos de material militar que já entrou em obsolescência nos países de origem

FELIZMENTE ESSE QUADRO ESTÁ MUDANDO!

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Programa integrado de pesquisa e Programa integrado de pesquisa e desenvolvimento de material de defesa desenvolvimento de material de defesa

• Armamento portátil, uniformes de campanha adequados, equipamento individual e de visão noturna com alta tecnologia.

• Míssil terra – ar para médias distâncias que provoque incerteza de sucesso em sobrevôos de aviões de qualquer natureza em território nacional.

• Míssil terra – ar para curtas distâncias de uso individual ou dupla de soldados que provoque incerteza a vôos rasantes e helicópteros.

• Mísseis terra-terra e mísseis navais sub-superfície de média distância que, dificultem a concentração de forças em terra ou ameaça por forças nucleadas em navios aeródromos.

• Lançador de longa distância que desestimule o uso de país vizinho como instrumento de “guerra por procuração”.

• Sistemas de detecção e comunicações. • Helicópteros, aviões e embarcações com armamentos para um

cenário de guerrilha na região amazônica.• Submarinos com propulsão nuclear silenciosos para inibir ameaças

na fronteira marítima.

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Programa integrado de pesquisa e Programa integrado de pesquisa e desenvolvimento de material de defesa desenvolvimento de material de defesa

• No cenário atual, em que cada palmo visível do planeta é

acompanhado por satélites, fica evidente que a defesa de nossas

grandes fronteiras marítimas, tem como os submarinos como

elemento fundamental

– o submarino de propulsão nuclear permite um tempo praticamente

ilimitado de ocultação e provoca grande incerteza e expectativa de

insucesso ao candidato a agressor, inibindo a concentração de forças

– quando pudermos contar com submarinos nucleares teremos condições

de fazer face à ameaças ou agressões pela fronteira marítima distante

– embora seja submarino dotado com armamento convencional (não

nuclear), negando o uso do mar ao potencial inimigo

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MinistMinistéério da Defesa e a integrario da Defesa e a integraçção ão operativa das Foroperativa das Forçças Armadasas Armadas

• Atualmente a divisão do território nacional feita por cada Força

Armada dá a impressão que cada uma pertence a um país diferente

– a área atribuída a cada comando militar é diferente da área do

distrito naval e do comando aéreo

• Parece lógico que o contorno das áreas seja o mesmo

– que o mais antigo de cada área pertença a Força Terrestre para que a

integração seja imediata na hipótese de conflito

– em contrapartida, a defesa estratégica do espaço aéreo e da fronteira

marítima e as forças de intervenção externa para apoio a paz sejam de

responsabilidade de quem provê a logística (Marinha e da Aeronáutica)

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Tecnologia e InovaTecnologia e Inovaççãoão

MUITO OBRIGADOMUITO OBRIGADOPELA ATENPELA ATENÇÇÃO!ÃO!

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MinistMinistéériorio dada DefesaDefesa

55oo SeminSeminááriorio sobresobre o o LivroLivro BrancoBranco de de DefesaDefesa NacionalNacional