Tecnologia de Abate[1]

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 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA/ UNIPAMPA CURSO DE ZOOTECNIA  DISCIPLINA A VALIAÇÃO DE CARCAÇAS  TECNOLOG IA DE ABA TE DE BOVINOS DE CORTE  Angélica dos Santos P inho

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Transcript of Tecnologia de Abate[1]

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA/ UNIPAMPA

    CURSO DE ZOOTECNIA

    DISCIPLINA AVALIAO DE CARCAAS

    TECNOLOGIA DE ABATE DE

    BOVINOS DE CORTE

    Anglica dos Santos Pinho

  • Fluxograma de abates de

    Bovinos Currais

    Acesso a sala de matana

    Atordoamento/ Insensibilizao

    Sangria

    Esfola

    rea Suja

    ------------------------------------------------------------------

    -----

  • -------------------------------------------------------

    -

    Eviscerao

    Linhas de inspeo

    Serragem

    Linhas de Inspeo

    Pesagem

    Cmara Fria

    rea Limpa

  • Processamento tecnolgico de carnes

    in natura:

    Transporte dos animais e cuidados ante- mortem;

    Mtodos de insensibilizao e sangria;

    Sequncia de operaes para o preparo de

    carcaas, vsceras e cortes comerciais de animais

    de abate.

  • TECNOLOGIA DE ABATE DE

    BOVINOS

    Operaes pr- abate

    Embarque na propriedade

    Transporte

    Desembarque no matadouro (frigorfico)

    Seleo dos animais

    Descanso regulamentar

    Dieta hdrica

    Insensibilizao

  • Embarque e desembarque

    As operaes de embarque e desembarque dos

    animais, se bem conduzidos, no produzem reaes

    estressantes importantes (KENNY & TARRANT, 1997).

    O ngulo formado pela rampa de acesso ao veculo

    em relao ao solo no deve ser superior a 20, sendo

    desejvel um ngulo de 15 (CORTESI, 1994).

    As rampas devem ser de preferncia ajustveis!

  • Rampa de acesso

    (permanentes)

  • Rampa de acesso

    (ajustveis)

  • Rampa de acesso

    (ajustveis)

  • Transporte dos animais

    O transporte rodovirio o meio mais comum de

    conduo de animais de corte para o abate ( Tarrant,

    Kenny & Harrington, 1988).

    No Brasil o transporte principalmente se d em

    caminhes chamados boiadeiros, com carroceria

    medindo 10,60 X 2,4m , com 3 divises:

    Anterior: 2,65 X 2,40 m carga mdia 5 bovinos

    Intermediria: 5,30 X 2,40 m carga mdia 10 bovinos

    Posterior: 2,65 X 2,40 m carga mdia 5 bovinos

  • Transporte dos animais

    O principal aspecto a ser considerado durante o

    transporte de bovinos, o espao ocupado por animal,

    ou seja, a densidade de carga, que pode ser classificada

    em :

    Alta (600kg/ m)

    Mdia (400kg/ m)

    Baixa (200kg/ m)

    (Fonte : TORRANT et al., 1988)

  • Transporte dos animais

    A mortalidade de bovinos no transporte:

    extremamente baixa (0,01%)

    Animais mais gordos so mais susceptveis que

    animais magros.

    As altas temperaturas, as maiores distncias e a

    diminuio do espao ocupado por animal contribuem

    para problemas no transporte

  • Transporte dos animais

    O aumento do estresse durante o transporte

    proporcionando pelas condies desfavorveis

    como privao de alimento e gua, alta umidade ,

    alta velocidade do ar e densidade de carga

    (SCHARAMA et al., 1996)

  • As respostas fisiolgicas ao estresse, so traduzidas da

    hipertermia e aumento da frequncia respiratria e cardaca

    Estas respostas fisiolgicas, aumentam:

    Nos animais transportados no tero final do veculo

    (TARRANT et al., 1988)

    Na razo direta com a movimentao dos animais

    durante a viagem em estradas precrias (KENNY &

    TARRANT 1992)

    Em alta densidade de carga (TARRANT et al., 1992)

  • Transporte dos animais

    A privao de alimento e gua contribuem para a

    perda de peso dos animais e tem relao direta como

    tempo transportado:

    4,6% para 5 h

    7% para 15h (s recuperada aps 15 dias)

    Perdas : contedo gastrintestinal e falta de acesso

    gua; perda de peso carcaa: 1 a 8% aps 48h de jejum

  • Transporte dos animais

  • Transporte inadequado

    Contuses

  • Localizao das Contuses

    52,60%

    18,92%

    6,74%

    12,97% 8,77%

  • LESES DE CHIFRE

    LESES DE MARCAS A FOGO

    Contuses da Propriedade

  • Contuses no Carregamento

  • Contuses no Transporte

  • Contuses nos Currais

  • Abate de bovinos

    ABATE: a morte de um animal por sangria

    Os mtodos convencionais de abate de bovinos

    envolvem:

    A operao de insensibilizao antes da sangria

    EXCEO: os abates realizados conforme os rituais

    Judaicos (Kosher) ou Islmicos (HalaI).

  • Processo de abate para minimiza

    a contaminao

    Diviso da linha de abate em trs partes distintas:

    Currais e rea de atordoamento

    rea de sangria e esfola (zona suja)

    Eviscerao, inspeo e preparo da carcaa para o

    resfriamento (zona limpa)

    Resfriamento adequado e manuteno da cadeia de

    frio durante a desossa, corte e transporte

  • Fluxograma de abate de bovinos

    Recebimento e manuteno dos animais

    Banho de asperso

    Insensibilizao Corte da pele do

    pescoo

    Sangria

    Esfola: debridao da pele e remoo

    do couro

    Ocluso do reto

    Ocluso e separao esfago/ traqueia

    Abertura do torax

    Retirada da cabea e

    avaliao da idade

    Eviscerao Diviso em

    carcaa

    Tipificao de carcaa

    Lavagem da carcaa

    Resfriamento

  • Currais Abate Humanitrio

  • Banho de asperso

    Sistema tubular de chuveiros dispostos transversal,

    longitudinal e lateralmente, orientando os jatos para o

    centro da rampa

    A gua deve ter a presso no inferior a 3 atmosferas

    (3,03 kgf/cm) e hiperclorao a 15 ppm de cloro

    disponvel

  • Insensibilizao

  • USO DA MARRETA USO DA PISTOLA

    PNEUMATICA

  • Sangria

    A sangria realizada pela abertura da barbela e

    seco das artrias cartidas e das veias jugulares

    conveniente a utilizao de duas facas de sangria:

    uma para inciso da barbela e outra para o corte dos

    vasos

    O sangue recolhido pela canaleta de sangria

  • Sangria

    O volume de sangue de bovinos estimado em 6,4 a

    8,2 litros/100kg de peso vivo

    Numa boa sangria, necessria para a obteno de

    uma carne com adequada capacidade de conservao,

    removido cerca de 60% do volume total de sangue,

    sendo que o restante fica retido nos msculos (10%) e

    vsceras (20 a 25%) e pequenos vasos

  • Box do atordoamento

  • rea de vmito

  • Pata traseira iada para

    suspenso

  • Corte da barbela

  • Sangria

  • Corte dos chifres

  • Esfola da cabea

  • Esfola da 1 pata traseira

  • Esfola da 2 pata traseira

  • Esfola do peito/ retirada das

    patas dianteiras

  • ESFOLA ESFOLA DO LOMBO/ ROLO

  • Ocluso do reto

  • Serra de peito/ exame de

    linfonodos pr- escapulares

  • Desarticulao da cabea

  • Eviscerao

    A eviscerao a operao de abertura da cavidade

    torcica, abdominal e plvica, atravs de um corte sob a

    linha mdia

    As operaes devem ser realizadas cuidadosamente

    e sob rigorosa observao, com o objetivo de evitar

    leses no trato gastrointestinal e urinrio durante a

    abertura do abdmen e na abertura do esterno com a

    serra

  • Eviscerao

  • Serra de carcaa

  • Toalete

  • Pesagem da carcaa

  • Lavagem da carcaa

  • Tipificao de carcaas

    Carimbagem

    RESFRIAMENTO

    Aps a carimbagem as meias- carcaas so

    transportadas pela nria para as cmaras frias com

    ventilao forada (0 C) objetivando chegara 7C em 24h

    A perda de peso por evaporao provocada pelo

    resfriamento de aproximadamente de 1,5 a 2,0%

  • Padronizao de cortes de carne

    bovina

    Regulamentao

    Portaria n 5, de 8 de novembro de 1988 (MAPA)

    Objetivos

    Padronizar cortes de carne bovina em todo o pas

    Permitir economia no transporte e armazenamento no

    comrcio varejista

    Controlar o abate clandestino

  • Razes atuais para a

    padronizao ALTO CUSTO DO ESPAO

    Desenvolvimento de auto- servios

    MELHOR APRESENTAO DOS CORTES

    Modernizao do mercado varejista

    Porcionamento dos cortes

    J em 1988 era sugerido que os cortes fossem vendidos

    embalados

    REQUISITOS

    Espao especfico (sala de desossa)

    Sistemas de refrigerao

    Higiene e segurana alimentar (BPF, PPHO, APPCC, etc.)

  • Qualidade dos cortes de carne

    bovina

    Os cortes diferem entre si na caractersticas teciduais e

    sensoriais que determinam o valor comercial

    Os cortes de carne se dividem em:

    Alto valor comercial: so os cortes de cozimento rpido(

    grelhados e frituras rpidas)

    Baixo valor comercial: necessitam de cozimento lento

    (em gua ou vapor) ou de tratamentos que rompam sua

    estrutura para amaciar antes do cozimento

  • Carcaa

    Entende-se por

    carcaa o bovino

    abatido, sangrado,

    esfolado, eviscerado,

    desprovido de cabea,

    patas, rabada, glndula

    mamria (na fmea),

    verga, exceto suas

    razes, e testculos (no

    macho)

  • Carcaa

    Aps sua diviso em meias carcaas retiram-se ainda

    os rins, gorduras peri- renal e inguinal, ferida de

    sangria, medula espinhal, diafragma e seus pilares

    A cabea separada da carcaa entre o osso

    occipital e o atlas

    As patas dianteiras so seccionadas altura da

    articulao carpo- metacarpiana e as traseiras no tarso-

    metatarsiano

  • Meia carcaa

    Resulta do corte

    longitudinal da

    carcaa, abrangendo

    a snfise

    isquiopubiana, a

    coluna vertebral e o

    esterno

  • Quartos

    Resulta da

    subdiviso da

    meia- carcaa em

    traseiro e dianteiro,

    por separao

    entre quinta e a

    sexta costelas

  • Quarto

    A inciso dever ser feita a

    igual distncia das referidas

    costelas, alcanando as

    regies peito e da coluna

    vertebral, altura do quinto

    espao intervertebral

    O quarto dianteiro

    corresponde poro anterior

    (cranial) da meia carcaa e o

    quarto traseiro posterior

    (caudal)

  • Etapas de obteno dos cortes

    de carne bovina Os cortes so obtidos

    em 4 etapas:

    1 passo: separao dos

    quartos traseiros e dianteiros

    = cortes primrios

    (na sala de desossa ou na

    cmara de resfriamento)

  • Etapas de obteno dos cortes

    de carne bovina

    2 passo: pesagem dos quartos (rendimentos)

    (pontos de agulhas em n de 8 a 10 so pendulares em

    gancheiras coletivas)

  • Etapas de obteno dos cortes

    de carne bovina 3 passo: desossa (em trilhagem area e/ou em massa)

  • Etapas de obteno dos cortes

    de carne bovina

    4 passo: desossa do quarto traseiro em primeiro

    lugar (cortes + nobres) desossa do dianteiro (nem

    sempre feita)

  • Principais cortes do quarto

    traseiro bovino

  • Principais cortes do quarto

    traseiro bovino

    Fil de lombo fil da costela

    CONTRA- FIL CAPA DO FIL FIL MIGNON

    LOMBO

  • Principais cortes do quarto

    traseiro bovino

    MAMINHA DA

    ALCATRA PICANHA CORAO DA

    ALCATRA

    ALCATRA

  • Principais cortes do quarto

    traseiro bovino

    COXO MOLE COXO DURO MUSCULO MOLE

    PATINHO

    LAGARTO

    MUSCULO DURO

    COXO

  • Principais cortes do quarto

    dianteiro bovino

  • Gentica

    Meio-Ambiente

    resultados !

    Raas

    Linhagens

    Cruzamentos

    Sexo

    Castrao

    Tipos de Pasto

    Nutrio

    Curva de Crescimento

    Manejo Pr-Abate

    Classificao e Tipificao da carcaa so importantes para organizar e facilitar o sistema comercializao

  • Caractersticas da Carcaa

    Quantitativas

    Fatores Genticos;

    Fatores Fisiolgicos;

    Fatores Nutricionais;

    Cuidados Pr-Abate.

  • Indicadores de Composio: - Espessura de Gordura

  • - rea de Olho de Lombo

  • - Peso e Acabamento da Carcaa;

  • - Conformao

  • - Comprimento da Carcaa

    a medida entre a borda anterior

    do pbis e a borda anterior da 1 costela.

  • Padres Qualitativos

    Aspecto visual;

    Atributos organolpticos;

    Maturidade fisiolgica;

  • - Marmoreio

  • - Cor da Carne e da Gordura

  • Parmetros Utilizados

  • S

    I

    S

    T

    E

    M

    A

    B

    R

    A

    S

    I

    L

    Sistema Brasileiro de

    Tipificao de Carcaas

    Dcada de 70;

    Legislao em vigor a Portaria Ministerial n. 612, de 05.10.1969;

    Publicada no Dirio Oficial da Unio de 10.10.1989;

    Nova Instruo Normativa-09 de 03/05/2004.

  • S

    I

    S

    T

    E

    M

    A

    B

    R

    A

    S

    I

    L

  • Parmetros Adotados

    SEXO

    M - Macho

    C - Macho Castrado

    F Fmea

    MATURIDADE

    dentes de leite

    2 dentes incisivos permanentes

    4 dentes incisivos permanentes

    6 dentes incisivos permanentes

    8 dentes incisivos permanentes

    S

    I

    S

    T

    E

    M

    A

    B

    R

    A

    S

    I

    L

  • Maturidade

  • Peso da Carcaa

    Verificado mediante a pesagem da carcaa

    quente (em kg) entendendo-se como carcaa o

    animal abatido, sangrado, esfolado, eviscerado,

    desprovido de cabea (separada entre os ossos

    occipital e Atlas), patas (seccionadas a altura das

    articulaes carpo-metacarpiana e tarso-

    metatarsiana), rabada, rgos genitais externos,

    gordura perirenal e inguinal, ferida de sangria,

    medula espinhal, diafragma e seus pilares.

    S

    I

    S

    T

    E

    M

    A

    B

    R

    A

    S

    I

    L

  • Acabamento de carcaa

    Verificado mediante observao da distribuio e quantidade de

    gordura de acabamento, em locais diferentes da carcaa: a altura da 6,

    9 e 12costelas, partes dorsal e ventral do msculo grande dorsal e

    msculo serrtil dorsal caudal, na regio lombar e no coxo,

    estabecendo-se as categorias.

    Magra (1) - gordura ausente

    Gordura escassa (2) 1 a 3 mm de espessura

    Gordura mediana (3) acima de 3 at 6 mm de espessura

    Gordura uniforme (4) acima de 6 at 10 mm de espessura

    Gordura excessiva (5) acima de 10 mm de espessura

  • 1 - GORDURA AUSENTE (0mm)

  • 2. GORDURA ESCASSA (0-3mm)

  • 3. GORDURA MEDIANA (3-6mm)

  • 4. GORDURA UNIFORME (6-10mm)