TecNews - 24/09/14

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24 | 09 | 2014 www.grupoastral.com.br .br O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça- -feira (23), que foram identificados, ao todo, 16 casos autóctones de febre chikungunya no Brasil até o momento. Casos autóctones são aqueles contraídos dentro do próprio país. São dois casos no Oiapoque, Amapá, e 14 em Feira de Santana, Bahia. O país registrou também outros 37 casos importados, de pessoas que contraíram a doença em viagens a outros países. Na terça-feira passada (16), o ministério já tinha anunciado os dois primeiros casos de transmissão interna do vírus no país. Na ocasião, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que a pasta preparava uma série de medidas de conscientização para evitar a disseminação da doença. “Vamos reativar a iniciativa do Dia D de Mobilização, ainda em 2014, para que as famílias consigam evitar, dentro de casa, os focos de mosquito”, citou. Outra medida citada pelo secretário na semana passada foi a expansão do Levantamento Rápi- do do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), índice que mede a presença do mosquito que transmite a dengue e o chikungunya. Segundo ele, o mapeamento é feito em cerca de 1,8 mil municípios, mas o ministério quer ultrapassar a marca de 2 mil municípios agora em outubro. “O índice sai em novembro, e dá aos prefeitos a informação detalhada por bairro, por região. Isso dá aos municípios cerca de dois meses para se preparar, antes que comece a transmissão. É o período para mutirão de limpeza, para a visita casa a casa”, disse. Como a contaminação teve início na região Norte do país, é possível que a expansão da doença seja mais lenta, segundo Barbosa. “Geralmente, a entrada da doença é pelo Rio de Janeiro, nossa maior entrada tropical de turistas. Mas queremos deixar claro que onde há mosquito da dengue, pode haver contaminação pelo chikungunya”, explicou. Entenda o vírus A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa. Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em GOVERNO CONFIRMA 16 CASOS DE CHIKUNGUNYA TRANSMITIDOS NO BRASIL Fonte: G1

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça--feira (23), que foram identificados, ao todo, 16 casos autóctones de febre chikungunya no Brasil até o momento. Casos autóctones são aqueles contraídos dentro do próprio país. São dois casos no Oiapoque, Amapá, e 14 em Feira de Santana, Bahia. O país registrou também outros 37 casos importados, de pessoas que contraíram a doença em viagens a outros países.

Na terça-feira passada (16), o ministério já tinha anunciado os dois primeiros casos de transmissão interna do vírus no país. Na ocasião, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que a pasta preparava uma série de medidas de conscientização para evitar a disseminação da doença. “Vamos reativar a iniciativa do Dia D de Mobilização, ainda em 2014, para que as famílias consigam evitar, dentro de casa, os focos de mosquito”, citou.

Outra medida citada pelo secretário na semana passada foi a expansão do Levantamento Rápi-do do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), índice que mede a presença do mosquito que transmite a dengue e o chikungunya. Segundo ele, o mapeamento é feito em cerca de 1,8 mil municípios, mas o ministério quer ultrapassar a marca de 2 mil municípios agora em outubro.

“O índice sai em novembro, e dá aos prefeitos a informação detalhada por bairro, por região. Isso dá aos municípios cerca de dois meses para se preparar, antes que comece a transmissão. É o período para mutirão de limpeza, para a visita casa a casa”, disse.

Como a contaminação teve início na região Norte do país, é possível que a expansão da doença seja mais lenta, segundo Barbosa. “Geralmente, a entrada da doença é pelo Rio de Janeiro, nossa maior entrada tropical de turistas. Mas queremos deixar claro que onde há mosquito da dengue, pode haver contaminação pelo chikungunya”, explicou.

Entenda o vírus

A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.

Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em

GOVERNO CONFIRMA 16 CASOS DE CHIKUNGUNYA TRANSMITIDOS NO BRASILFonte: G1

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idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mun-dial da Saúde (OMS).

Como as pessoas pegam o vírus?

Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.

O chikungunya tem subtipos diferentes, como a dengue?

Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.

Quais são os sintomas?

Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repen-tina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscu-lar, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.

Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.

Segundo Barbosa, é importante observar que o chikungunya é “muito menos severo que a den-gue, em termos de produzir casos graves e hospitalização”.

Tem tratamento?

Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tra-tamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.

De acordo com Tauil, da SBI, os serviços de saúde brasileiros já estão preparados para identificar a doença. “Provavelmente quem vai receber esses casos são reumatologistas. Já escrevemos artigos voltados para esses profissionais, orientando-os a ficar atentos a pessoas provenientes de áreas em que há transmissão”, diz o infectologista. Pessoas que apresentarem os sintomas citados e estiverem voltando de áreas onde existe a transmissão do vírus, como o Caribe, devem comunicar o médico.

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RATOS, BARATAS E 800 KG DE ALIMENTOS APREENDIDOS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM PORTO ALEGREFonte: G1

Um balanço divulgado nesta segunda-feira (22) pela Vigilân-cia em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) indica que somente nos primeiros quatro meses deste ano ano, 838 kg de alimentos impróprios para o consumo foram apreen-didos em Porto Alegre. Entre os 19 flagrantes obtidos neste ano, estão repetidas situações de infestações de baratas e ratos em restaurantes e redes de supermercados, situação que já considerada “rotineira” pelas autoridades.

“Os números mostram uma pequena queda nas irregularidades desde a década de 1990 devido a uma consciência maior, mas segue bastante comum. É uma rotina encontrar infestações de ratos e baratas. O estabelecimento que não tiver alimentos bem acondicionados e métodos de contenção de animais terá irregularidades”, disse ao G1 o chefe da equipe de Vigilância de Alimentos da Coordenadoiria Geral de Vigilância em Saúde da capital, Paulo Casa Nova.

No total 24 inspeções ocorreram no primeiro quadrimestre. Onzes locais foram interditados. Casanova relatou que em uma das ações de fiscalização neste ano foram encontradas inúmeras

Apesar de haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya, reco-menda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) nos primeiros dias de sintomas, antes da obtenção do diagnóstico definitivo.

Como se prevenir?

Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.

Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.

Que medidas preventivas o governo brasileiro adotou?

Desde o ano passado, quando foram confirmados os primeiros casos de chikungunya no Caribe, o Ministério da Saúde começou a elaborar um plano de contingência do vírus para o Brasil. “Exis-te a possibilidade de transmissão em todo local que há mosquitos vetores”, explica o secretário Barbosa.

O plano consiste em promover uma redução drástica da população de mosquitos nos arredores de onde os casos são identificados e orientar médicos, assistentes e profissionais de laboratórios de referência sobre como reconhecer um caso suspeito. Atualmente, seis laboratórios do país são capazes de fazer o teste para detectar o novo vírus.

Em 2010, o Brasil já tinha recebido três casos da doença do exterior: dois surfistas que foram infectados na Indonésia e uma missionária, na Índia.

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baratas caminhando sobre alimentos, embaixo da tampa de um buffet. O flagrante ocorreu na Avenida Farrapos, Zona Norte da cidade.

“A população precisa ser consciente e entender que somos a favor dela e não contra. Muitas ve-zes as pessoas acham que os ‘bandidos’ somos nós for fechar estabelecimentos”, salientou Casa Nova.

Também em 2014, outro caso considerado mais grave pela fiscalização foi detectado em uma loja de uma grande rede de supermercados: um rato morto foi localizado embaixo de um refri-gerador expositor de produtos congelados. Em outra inspeção, um rato vivo foi achado dentro de uma caixa de gordura no chão da cozinha de um restaurante. A estrutura estava coberta por uma tampa de panela.

Multa irrisória estimula falta de higiene, diz Vigilância

De acordo com a Vigiância em Saúde, a multa máxima prevista em autuações aplicadas pelo órgão é de cerca de R$ 1 mil. Para Casa Nova, a média dos valores é sinônimo de deprezo por regras básicas de higiene. “Encaminhamos para nossa assessoria uma minuta para propor alterações do Código Municipal de Saúde. Não depende só de nós. Achamos que o valor é muito irrisório”, ressaltou o responsável do órgão.

Segundo a Vigilância, o custo-benefício de investir em higiene ou pagar multas enquanto os cui-dados são deixados de lado ainda é determinante para a reincidência. Em agosto, por exemplo, dois supermercados foram fechados na capital após um histórico de irregularidades constadas consecutivamente durante cinco anos.

Cerca de 700 alunos podem ficar sem aula até o fim deste ano por causa de uma infestação de pombos na única escola estadual de Nova Cantu, na região central do Paraná. O problema na quadra de esportes do Colégio Estadual João Faria da Costa se estende há um ano. A licença sanitária do lugar foi suspensa no dia 10 de setembro, o que deixa os estudantes sem merenda. Se a situação não for resolvida até o fim deste mês, conforme a Vigilância Sanitária, a escola será interditada.

Os pombos causam várias doenças graves, que podem levar à morte ou deixar sequelas. Entre elas, estão a salmonelose, a histoplasmose, a criptococose, a ornitoese e a meningite. De acordo com uma estimativa feita pela Vigilância Sanitária, cinco estudantes são atendidos, em média, por mês nos postos de saúde com sintomas de doenças causadas pelos pombos.

A estudante Cíntia Sar está no 3º ano do Ensino Médio. Ela conta que, desde outubro de 2013, ela e os colegas não podem usar a quadra de esportes. “Estamos sem fazer atividades físicas porque é grande o número de pombos que defecam no local”, conta. Entretanto, além de falta de prática de esportes, o que mais preocupa os estudantes é a possibilidade de perder o ano letivo. “Não faríamos vestibular e nem poderíamos ingressar em uma faculdade. Seria decadente”, desabafa Aline Domingues, que também está no 3º ano.

INFESTAÇÃO DE POMBOS PODE INTERDITAR ÚNICA ESCOLA ESTADUAL DE NOVA CANTU (PR)Fonte: G1

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O responsável pela Vigilância Sanitária do município, Jean Carlos da Silva, relata que a escola foi notificada mais de uma vez por causa da infestação de pombos. Como o problema não foi resolvido, a licença sanitária foi suspensa. Assim, por enquanto, está proibida a manipulação de alimentos em qualquer lugar da escola. “As aulas foram reduzidas em 15 minutos para a gente poder ir embora e tomar café em casa”, conta Aline.

A interdição do colégio também preocupa os pais dos estudantes. “É a única escola estadual que os nossos filhos têm. Como é que vamos fazer se as aulas forem canceladas?”, questiona o agricultor José Francisco Pereira.

Em nota, o Núcleo Regional de Educação afirmou que devem ser colocadas telas de proteção na quadra até o dia 29 de setembro.