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CENTRO DE TREINAMENTO SENAI “AVAK BEDOUIAN” CURSO TÉCNICO EM CALÇADOS 1ª TURMA 2009/2010 CHANDILLER EMERSON DA SILVA FÁBIO AUGUSTO RIBEIRO ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SISTEMA DE CORTE CONVENCIONAL E AUTOMÁTICO BIRIGUI-SP 2010

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CENTRO DE TREINAMENTO SENAI “AVAK BEDOUIAN”

CURSO TÉCNICO EM CALÇADOS

1ª TURMA 2009/2010

CHANDILLER EMERSON DA SILVA FÁBIO AUGUSTO RIBEIRO

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SISTEMA DE CORTE CONVENCIONAL E AUTOMÁTICO

BIRIGUI-SP 2010

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CHANDILLER EMERSON DA SILVA FÁBIO AUGUSTO RIBEIRO

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SISTEMA DE CORTE AUTOMÁTICO E CONVENCIONAL

Pesquisa aplicada apresentada ao Curso Técnico em Calçados do SENAI Birigui - SP, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Calçados. Área de atuação: Gestão estratégica no setor calçadista. Orientador: Prof. Luciano Schilling da Silva Co–orientador: ProfªDirlene Guimarães Arantes

BIRIGUI-SP 2010

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CHANDILLER EMERSON DA SILVA FÁBIO AUGUSTO RIBEIRO

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SISTEMA DE CORTE CONVENCIONAL E AUTOMÁTICO

Pesquisa aplicada apresentada ao Curso Técnico em Calçados do SENAI Birigui - SP, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Calçados. Área de atuação: Gestão estratégica no setor calçadista.

BANCA EXAMINADORA

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Birigui, 16 de dezembro de 2010.

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DEDICATÓRIA

Dedicamos nosso trabalho ao nosso professor Luciano Schilling, ao grupo

CALL MART, as empresas Pampili, Kidy e Cássio Calçados.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Empresa ATOM BRASIL pelo material fornecido e o apoio que

nos deram estando sempre à disposição no que foi preciso, a David Guimarães

Freitas, Cirlene Ferreira da Cruz, Sueli Maurício Fernandes, Cleiton Aparecido

da Luz, Ronaldo Alves Neves, Anderson Cardoso de Oliveira, Sergio Ribas,

Rodrigo Soares Costa que nos forneceram os dados da pesquisa, a Aécio

Marcos Rosaboni Júnior pelo apoio dado durante a mesma, aos nossos

professores Dirlene Guimarães Arantes, Luciano Schilling da Silva, Emerson de

Souza e Walny de Souza Bezerra e a Leandro Kuntzler da empresa ATOM

BRASIL.

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RESUMO Vendo a necessidade de elaborar um estudo mais detalhado sobre o sistema de corte convencional com balancim, comparando o mesmo com o sistema de corte computadorizado, foi feito um estudo para ajudar as indústrias e os empresários a escolherem qual sistema seria mais viável em termos de qualidade e preço, garantindo assim, uma melhor produtividade para a empresa, tanto de média, quanto de grande porte. Analisando os dois sistemas, comprovou-se que o sistema computadorizado através da padronização proporciona um maior aproveitamento da matéria-prima, reduzindo o desperdício decorrente do encaixe no corte manual. Com o crescimento das indústrias calçadistas em todo o país, há uma necessidade de ampliar a sua capacidade produtiva, para isso, exigem equipamentos eficazes que dão retorno em lucratividade e qualidade. Palavras-chave: balancim, corte computadorizado, matéria-prima, desperdício, lucratividade.

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ABSTRACT

Seeing the need for a more detailed study of the court system with conventional rocker, comparing it with the computerized cutting system, a study was done to help industries and businesses to choose which system would be more feasible in terms of quality and price, thus ensuring better productivity for the company, both average and large. Analyzing the two systems, it was shown that the computer system through standardization provides a better utilization of raw materials, reducing waste resulting from the position in manual cutting. With the growth of footwear companies around the country, there is a need to expand its production capacity to do so, require effective equipment that give back to profitability and quality. Keywords: rocker, computerized cutting, raw material, waste, profitability.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 09 1.1. Definição do panorama atual............................................................................. 11 1.2. Objetivo geral..........................................................................................................11 1.3. Objetivo específico............................................................................................... 11 1.4. Justificativa............................................................................................................ 11 1.5. METODOLOGIA..................................................................................................... 12 1.5.1. Questionário........................................................................................................... 12

1.5.2. Respostas............................................................................................................... 13 1.5.3. Gráfico comparativo dos dois sistemas: Empresa A.................................. 14

1.5.4. Gráfico comparativo dos dois sistemas: Empresa B................................. 16 1.5.5. Gráfico comparativo dos dois sistemas: Empresa C................................. 18

2. Características e especificações da máquina automática........................ 20 2.1. Máquina automática............................................................................................. 20 2.2. Rápido......................................................................................................................20

2.3. Exato........................................................................................................................20 2.4. Economia................................................................................................................20 3. Características e especificações da Prensa Hidráulica (balancim)..........22 3.1. Prensa......................................................................................................................22 4. CONCLUSÃO..........................................................................................................23 5. REFERÊNCIAS.......................................................................................................24

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1. INTRODUÇÃO Existem evidências de que a história do sapato começa a partir de 10.000 a.C, ou

seja, no final do período paleolítico (pinturas desta época em cavernas na Espanha e

no sul da França fazem referência ao calçado).

Entre os utensílios de pedra dos homens das cavernas existem vários que serviam

para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga.

Nos hipogeus (câmaras subterrâneas usadas para enterros múltiplos) egípcios, que

têm idade entre 6 e 7 mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os

diversos estados do preparo do couro e dos calçados.

Nos países frios o mocassim é o protetor dos pés e nos países mais quentes a

sandália é mais usada. As sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro e de

fibra de palmeira.

Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um Faraó

como Tutancamon, usava calçados como sandálias e sapatos de couro simples

(apesar dos enfeites de ouro).

Na Mesopotâmia eram comuns sapatos de couro cru amarrados aos pés por tiras do

mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social. Os Gregos

chegaram a lançar moda como a de modelos diferentes para pés direito e esquerdo.

Em Roma o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapatos brancos,

os senadores sapatos marrons, presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois

nós e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os

dedos.

Na idade média, tanto homens como mulheres, usavam botas altas e baixas atadas

à frente e ao lado. O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de

qualidade superior eram feitas de pele de cabra.

A padronização é de origem inglesa. O rei Eduardo (1272-1307) foi quem

uniformizou as medidas.

A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642

quando Thomas Pendleton forneceu 4.000 pares de sapato e 600 pares de bota para

o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial

por botas e sapatos.

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Em meados do século XIX, começam a surgir as máquinas para auxiliar na

confecção dos calçados, mas só com o surgimento da mesma o sapato passou a ser

mais acessível.

A partir da quarta década do século XX, grandes mudanças começam a acontecer

nas indústrias calçadistas, como a troca do couro pela borracha e pelos materiais

sintéticos, principalmente nos calçados femininos e infantis.

Provavelmente, os funcionários de Pendetlon fizeram os sapatos do início ao fim,

porém na moderna indústria o processo é quebrado em diversas e distintas etapas

como:

• Modelagem: criação, elaboração e acompanhamentos dos modelos no

processo de fabricação;

• Almoxarifado: recebimento, armazenamento, classificação e controle do couro

e demais materiais;

• Corte: operação de corte das diferentes peças que compõem o cabedal (parte

superior do calçado). No corte são utilizadas navalhas e facas especiais e/ou moldes

do calçado para corte manual;

• Chanfração: preparação do couro para atenuar as bordas e receber a costura;

• Costura: junção das partes que compõem o cabedal. Em muitas empresas

esse setor encontra-se subdividido em pré-costura e costura;

• Pré-fabricado: fabricação de solas, saltos e palmilhas. Muitas empresas não

têm esse setor, pois existem fábricas que se especializam na fabricação desses

materiais;

• Distribuição: controla o volume da produção, revisa a qualidade dos materiais

e os distribui para os setores de montagem e acabamento;

• Montagem: conjunto de operações que unem o cabedal ao solado;

• Acabamento: operações finais ligadas à apresentação do calçado como

escovamento, pintura e limpeza;

• Expedição: embalagem, encaixotamento e envio ao mercado de destino.

O objetivo deste trabalho é centralizar o foco no setor de corte onde hoje pode-se

optar pelos sistemas convencionais ou sistemas ultramodernos de corte em mesas

computadorizadas.

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1.1. DEFINIÇÃO DO PANORAMA ATUAL O cenário das indústrias de calçados sofre constantes mudanças. A competitividade

está acirrada, o mercado agressivo e o consumidor mais exigente.

A indústria brasileira fica a mercê da concorrência e tecnologia internacional a partir

da globalização.

Com o avanço da tecnologia, pode-se utilizar máquinas computadorizadas para o

corte do material. Entretanto, é necessário entender até que ponto a utilização do

sistema será viável para determinada empresa.

Qual situação a indústria deve apresentar para resolver mudar o sistema de corte

convencional para o sistema de corte da máquina computadorizada?

1.2. OBJETIVO GERAL

O objetivo deste estudo é mostrar as falhas e os benefícios dos dois sistemas, com o

emprego das ferramentas, o desenvolvimento, fabricação e manutenção de

navalhas; compra e manutenção (considerando também a vida útil) de cepos; mão

de obra (economia da mesma); energia elétrica (consumo por par); espaço físico

(melhorias de layout); manutenção (frequência com que a máquina quebra);

consumo de insumos; trazendo assim, confiabilidade e um melhor desempenho para

o setor de corte.

1.3. OBJETIVO ESPECÍFICO

Visualizar através da pesquisa de campo os dois métodos de trabalho utilizados nas

indústrias de calçados no setor de corte, para optar pelo método mais viável à

empresa.

1.4. JUSTIFICATIVA Com um estudo mais aprofundado sobre custos, desenvolvimento de produto,

mão de obra, aproveitamento de matéria-prima; utilizando o método correto no setor

de corte a empresa viabilizará maior lucro.

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1.5. METODOLOGIA

A metodologia adotada para a coleta de dados foi a pesquisa de campo com

entrevistas direcionadas a responsáveis pelo processo de corte em indústrias de

Birigui e informações técnicas de fabricantes de máquinas de corte.

1.5.1. QUESTIONÁRIO

2. A aquisição da máquina computadorizada ocasionou que impacto na sua

produção?

3. Quanto ao desenvolvimento de novos produtos, o que pode ser comentado?

4. Quais os pontos negativos e positivos dos dois sistemas? (convencional e

computadorizado).

5. Possui algum histórico de cronometragem sobre a máquina computadorizada?

Qual? O que melhorou na sua realidade?

6. Fazendo uma divisão, quanto por cento é cortado em cada sistema?

7. Qual a relação a custo benefício que a máquina computadorizada traz para a

empresa?

8. Analisando o layout o que pode ser falado sobre os dois sistemas?

9. Tem alguma melhoria que envolva o meio ambiente?

10. Ao cortar os materiais como escolhem o que será cortado no sistema automático

e no convencional?

11. Quem é responsável pela manutenção da máquina, caso venha quebrar?

12. Qual o preço de uma faca de corte no balancim? E da máquina de corte

automático?

13. Quanto ao custo da máquina e do balancim, qual a posição da empresa?

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1.5.2. RESPOSTAS Empresa A. 1° Entrevistado: Programador do sistema da máquina.

2º Entrevistado: Cronometrista.

Dados:

• São três programadores;

• Cinco fábricas terceirizadas;

• Nesta unidade tem duas máquinas computadorizadas e irá chegar mais uma,

tem dez balancins convencionais e um balancim ponte;

• Capacidade produtiva: 72 mil pares por semana;

• Máquinas ATOM.

1. Não houve resposta.

2. Ao sair do desenvolvimento o modelo é direcionado para o sistema mais

habilitado para cortar.

3. Automática – melhor velocidade e rendimento, o ganho é de 70% a 80% o que

se perde é pela borda que não pode ser utilizada.

Balancim – utiliza mais mão de obra e o desperdício dos materiais é maior.

Enquanto no balancim a produção é contada por par, na máquina se conta

peça.

4. Não pode fornecer dados de cronometragem.

5. 75% da produção são cortados na máquina automática e 25% nos balancins.

6. No balancim trabalha-se com batidas alternadas, na máquina cortam-se várias

peças ao mesmo tempo e consegue-se cortar até oito camadas de material, no

balancim, são apenas quatro. No entanto, o aproveitamento chega a quase 90%

comparado ao corte convencional, pois neste processo há menos ação humana e

maior ação digital.

7. A máquina encontra-se posicionada de maneira estratégica a fim de não

necessitar de movimentação na trocas de layout. Ao modificar o layout procura-se

não mudar a máquina, por isso precisa-se posicioná-la no melhor lugar possível.

8. Como a máquina perde menos material, o volume de resíduos é menor, mas

todos os resíduos ou materiais que não podem ser aproveitados são 100%

reciclados.

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9. Dá-se preferência para cortar materiais tecidos que desfiam com facilidade nos

balancins convencionais, pois a máquina computadorizada apresenta dificuldade

para corte deste tipo de matéria-prima.

10. Contratou-se um mecânico para fazer a manutenção e somente em casos

extremos entra-se em contato com o fornecedor da máquina.

11. Modelos produzidos na máquina automática de corte não necessitam de facas

convencionais, ficando este custo em benefício da empresa, tendo visto que uma

faca normal custa em média dezenove reais e uma coleção pode conter até

cinquenta facas.

12. O preço de um balancim hidráulico normal custa aproximadamente 15mil reais

para a empresa, um balancim ponte 55 mil, já a máquina computadorizada, 188

mil, contudo o lucro que se tem com ela é maior.

1.5.3. GRÁFICO COMPARATIVO DE PRODUÇÃO DOS DOIS SISTEMAS: EMPRESA A

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

Produção

MáquinaAutomaticaBalancins

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Empresa B. 1º Entrevistado: Chefe do corte.

2º Entrevistado: Programador do sistema.

Dados:

• Duas máquinas automáticas nesta unidade e três balancins;

• na unidade 2 são mais de 40 balancins;

• as máquinas abastecem todas as terceirizadas;

• dois programadores do sistema da máquina;

• capacidade produtiva de 125 mil pares em média por semana;

• máquinas ATOM.

1. Com a chegada da máquina a produção aumentou muito, e houve mais agilidade

no serviço, além de diminuir os riscos com acidentes e o desperdício.

2. O desenvolvimento já sabe qual material terá um melhor aproveitamento se for

cortado na máquina ou no balancim, direcionando o material já para o sistema

certo.

3. Máquina automática Positivos: corta a produção diária de cinco cortadores, tem melhor

aproveitamento da matéria-prima, chegando até 80%.

Negativos: não corta estampa, não recomendável para cortar grandes variedades

de modelos, como conserto e pequenas produções.

Balancim Positivos: melhor para cortar retalhos e peças pequenas, consertos.

Negativos: as peças grandes não têm bom encaixe, com isso, um menor

aproveitamento da matéria-prima.

4. A máquina funciona em três turnos, corta 25 mil pares por dia, o balancim em

dois turnos, não corta nem a metade.

5. Cinquenta por cento são cortados em cada um dos sistemas.

6. Largura da máquina é de 1,5 m por 3 m. Dependendo da matéria-prima é

possível cortar até 10 camadas na máquina enquanto no balancim é no máximo seis

camadas. A perda de uma peça para outra na máquina é de 1 mm, no balancim

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5mm. Trabalham três pessoas por máquina. Os dois sistemas tendem a trabalhar

juntos, é como “arroz e feijão”, um completa o outro.

7. Há um bom planejamento para que a máquina fique posicionada, mesmo assim

estamos pensando em trocá-la de lugar para obter um melhor aproveitamento de

pessoal e de matéria-prima.

8. Todos os resíduos são reciclados. A máquina utiliza pouco óleo, e os materiais

usados, as sobras são recicladas e o dinheiro destinado a entidades de caridade.

9. Materiais que desfiam, é preferível cortar no balancim, já materiais mais caros

que precisam de um aproveitamento maior corta-se na máquina.

10. Mecânico da fábrica.

11. A faca da automática custa 70 reais, para uma coleção inteira, no balancim

pode-se gastar mais de 50 mil reais, economia em cepo que hoje chega a custar

3.000 reais.

12. A máquina custou 350 mil reais, um balancim custa em média, 15 mil reais. O

feltro custa 400 reais, todavia dura quatro meses.

1.5.4. GRÁFICO COMPARATIVO DE PRODUÇÃO DOS DOIS SISTEMAS: EMPRESA B

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Produção

MáquinaAutomaticaBalancins

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Empresa C. 1º Entrevistado: Supervisor de RH.

2º Entrevistado: Chefe do setor do corte há seis anos.

Dados:

• Capacidade produtiva de 26 mil pares por dia;

• uma máquina de corte automático (LECTRA);

• um programador do sistema.

1. Com a chegada dela, teve maior agilidade, porque se empregou menos mão de

obra.

2. A modelagem já tem noção e define os modelos da melhor maneira, vendo qual

será cortado na máquina e qual no balancim.

3. Máquina Positivo – melhor aproveitamento da matéria-prima.

Negativo – existe restrições para cortar certos tipos de materiais, como tecidos que

desfiam.

Balancim Positivos – ao sair fichas pequenas ele rende mais, as peças com vazador podem

ser cortadas facilmente.

Negativos – o aproveitamento da matéria prima é menor e corta com menos

números de camadas, tendo um volume de produção menor.

4. Na máquina, 12 mil pares por turno, no balancim, de 6 mil a 7 mil pares.

5. 50% em cada um, mas ainda estão em processo de adaptação.

6. Não obtive resposta.

7. Há um planejamento antes que a máquina chegue, posicionando-a no melhor

lugar. 8. Reciclagem dos resíduos, com perda menor diminuímos os resíduos. 9. Não obtive resposta. 10. Mecânico da própria fábrica. 11. Não obtive resposta.

12. A máquina custa 320 mil reais, um balancim 12 mil.

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1.5.5. GRÁFICO COMPARATIVO DE PRODUÇÃO DOS DOIS SISTEMAS: EMPRESA C

Empresa D. 1º Entrevistado: Sérgio Ribas

1. Com a aquisição da máquina computadoriza, houve uma melhoria em relação à

mão-de-obra, pois a mesma diminuiu.

2. Com relação ao desenvolvimento de novos produtos, não acarretou nenhuma

mudança no que já estava sendo feito.

3. Máquina: Pontos positivos: há um acréscimo sobre o rendimento do material cortado e um

aumento diretamente na produtividade.

Pontos negativos: a manutenção da máquina é um problema, pois só o mecânico

da empresa que fabrica a máquina é autorizado fazer manutenção na mesma.

Balancim: se torna inviável quando se está utilizando a máquina computadorizada.

4. A máquina computadorizada trabalhando no período de oito horas e quarenta e

oito minutos alcança a produção de sessenta mil pares, com dois operadores.

Com corte convencional, utilizando o balancim em oito horas e quarenta e oito

minutos consegue atingir a quantidade de oito mil pares, com dois funcionários.

5. Não há divisão, só é cortado no corte convencional pedidos com pequenas

quantidades, quando são feitos pedidos grandes é utilizado somente a máquina

computadorizada.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Produção

MáquinaAutomaticaBalancins

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6. Em relação ao custo pode se dizer que a máquina é mais viável para a empresa,

pois com ela a produção é maior, utilizando a mesma quantidade de funcionários do

que o corte convencional.

7. Sobre layout pode se comentar sobre o menor espaço utilizado pela máquina,

portanto se torna melhor comparando com o corte convencional.

8. Em questão do meio ambiente nada pode ser relacionado.

9. Não há desenvolvimento de produtos específico a ser cortado em sistemas de

corte diferentes, é decidido em qual sistema vai ser cortado pela quantidade de

pares.

10. Caso a máquina venha quebrar, somente um mecânico do Rio Grande do Sul,

autorizado pelo fabricante da máquina pode fazer a manutenção.

11. O preço de uma navalha para balancim custa em média R$20,00, no entanto

sua depreciação é rápida. A faca utilizada na máquina computadorizada vale em

média R$180,00, entretanto sua depreciação é lenta.

12. Não obtive resposta.

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2. Características e especificações da máquina automática de corte: 2.1. Máquina Automática - A máquina computadorizada ou mesa de corte

automático com lâmina vibrante se trata de um equipamento que pode ser integrado

ao CAD, e que está apta a cortar pequenos ou grandes lotes de modelagem e\ou

produção.

Este equipamento adota dois postos de trabalho, no qual possibilita uma grande

continuidade operacional.

A máquina computadorizada dispõe de cabeça de corte dotada de lâmina vibrante,

canetas de marcação, vazadores e um software desenvolvido pelo próprio fabricante

da máquina computadorizada.

Consegue-se trabalhar com encaixes automáticos que o própria software da

máquina projeta, ou, através do encaixe proposto pelo operador, posicionando

virtualmente as peças a serem cortadas no ponto em que desejar sobre o material.

2.2. Rápido - a velocidade do corte digital é de quatro a seis vezes maior do que a

velocidade do corte manual tradicional, que tornam possível a entrada rápida do

material na produção. É mais apropriado para as indústrias que trabalham com

diversos modelos e prazos de execução curto.

2.3. Exato - a distância entre as peças pode chegar aos 0.1mm -1 mm, pois é

controlada pelo computador, e ao mesmo tempo evita a situação de erros pelo corte

manual, gerando assim peças mais exatas da sapata e assegura a qualidade do

produto.

2.4. Economia - aumenta a taxa de utilização do material em média 5% ou mais,

conservando o custo direto do produto.

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LÂMINAS KIT CARTONCINO

KIT PELLE

KIT DEMO

KIT CUOIO

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3. Características e especificações da Prensa Hidráulica (balancim)

3.1. Prensa. - Equipamento manual ou mecânico destinado a comprimir entre as

suas duas placas ou outras peças apropriadas, estes equipamentos podem ter o seu

movimento de prensagem realizado através de sistemas mecânicos com fusos

rosqueados, sistemas mecânicos excêntricos, sistemas pneumáticos, sistemas

hidráulicos ou ainda, sistemas combinados, onde alguns dos sistemas acima são

conjugados afim de realizar a tarefa de prensagem, que é a movimentação da placa

móvel em direção da placa fixa, as prensas podem ser planas, planocilíndricas ou

rotativas.

Prensa hidráulica com braço giratório automático (balancim ponte)

Prensa hidráulica com braço giratório manual (balancim)

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4. CONCLUSÃO A partir das informações adquiridas pela pesquisa pode-se concluir que as empresas

que trabalham com diversas linhas de produtos, em períodos curtos na linha de

produção, é evidente a ineficiência do sistema de corte convencional, pois com o

mesmo será preciso um desenvolvimento de facas, sendo que estas ficarão

inutilizadas em pouco tempo.

Quando se tem uma mão de obra especializada para o corte convencional, pode-se

conseguir uma eficiência na produtividade quase tão boa quanto a da máquina

computadorizada, sendo assim, ao trabalhar com uma linha que vai durar um

período longo de produção o corte convencional se torna mais viável.

Com a máquina computadorizada a produtividade e a eficiência no rendimento da

matéria-prima é maior, tendo em vista que as empresas visam sempre a perda zero,

e aumento da qualidade.

No sistema de corte convencional corta-se qualquer tipo de material, já no

computadorizado, existem restrições para alguns materiais.

Pode-se observar que algumas empresas entrevistadas se adaptaram melhor com o

sistema de corte computadorizado do que outras, portanto foi concluído que os dois

sistemas de corte são viáveis, desde que haja uma compreensão da utilização de

cada sistema e os mesmos se enquadrem com o fluxo de produção da empresa.

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5. REFERÊNCIAS

ATOM BRASIL, FLASHCUT. Máquinas de corte com lâmina vibrante, Novo Hamburgo. RS, Disponível em: < www.atombrasil.com.br/maquinas> . ALIBABA.COM, A melhor maneira de encontrar Global Fabricantes e Fornecedores. Máquinas de corte de couro automática, China, Disponível em: < www.portuguese.alibaba.com/product-gs/automatic-leather-cutting-magine-341493201.html.> . SAPATO SITE, História do calçado, Disponível em <:www.sapatosite.com.br:> . FHASHCUT ATOM – Corte automático com lâmina oscilante com programação e encaixe de corte externo à maquina, Imation Enterprises Corp. Novo Hamburgo, 09 de Setembro de 2010. Cd com arquivos e vídeos.