TCC-TERCEIRO_SETOR

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Antonieta Avelino Bandini Daniel Marchesani da Silva Ra: 1115208 Jhonny Maria Aparecida Cavalcanti Mirian Campo Profissional Mercado de trabalho para profissionais formados em Letras

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Antonieta Avelino Bandini

Daniel Marchesani da Silva Ra: 1115208

Jhonny

Maria Aparecida Cavalcanti

Mirian

Campo Profissional

Mercado de trabalho para profissionais formados em Letras

FACULDADE SUMARÉ

São Paulo – SP

2011

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Antonieta Avelino Bandini

Daniel Marchesani da Silva RA: 1115208

Jhonny

Maria Aparecida Cavalcanti

Mirian

Pré-projeto apresentado na Disciplina de PPI como requisito básico para a apresentação do desenvolvimento inicial de nosso primeiro trabalho Trabalho Científico.

Orientador (a): Professor Mestre Isaías Santos

FACULDADE SUMARÉ

São Paulo – SP

2011

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO...........................................

2. JUSTIFICATIVA................................................................................................

3. OBJETIVOS......................................................................................................

3.1 GERAL.......................................................................................................

3.2 ESPECÍFICOS...........................................................................................

4. METODOLOGIA DA PESQUISA......................................................................

5. REFERÊNCIAS.................................................................................................

6. BIBLIOGRAFIAS..............................................................................................

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1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO

TRANSCREVER O QUE CONSTA NO FORMULÁRIO RASCUNHO E

SEGUIR....

O Terceiro Setor

A organização de uma sociedade constituída comporta três âmbitos ou setores,

a saber:

1º) O Primeiro Setor corresponde à emanação da vontade popular, pelo voto,

que confere o poder ao governo;

2º) O Segundo Setor corresponde à livre iniciativa, que opera o mercado,

define a agenda econômica usando o lucro como instrumento;

3º) O Terceiro Setor corresponde às instituições com preocupações e práticas

sociais, sem fins lucrativos, que geram bens e serviços de caráter público,

tais como: ONGs, instituições religiosas, clubes de serviços, entidades

beneficentes, centros sociais, organizações de voluntariado etc.

Seria enganoso achar que somente o primeiro e o segundo setores operam

com dinheiro, como se o terceiro setor pudesse renunciar a este instrumento. O

que caracteriza cada setor em face dos recursos financeiros é o seguinte:

Primeiro Setor: dinheiro público para fins públicos;

Segundo Setor: dinheiro privado para fins privados;

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Terceiro Setor: dinheiro privado para fins públicos (nada impede, todavia, que

o poder público destine verbas para o Terceiro Setor, pois é seu dever

promover a solidariedade social). Este setor movimenta mais de um trilhão de

dólares por ano, o que o coloca na posição de oitava economia mundial, se

comparado ao PIB das nações mais ricas.

Mas o Terceiro Setor não trabalha unicamente com recursos pecuniários. Faz

parte integrante da sua concepção a prática de valores, que motivam os

indivíduos a buscarem melhoria na própria vida e na do próximo, o esmero das

qualidades ou virtudes sociais, o aprimoramento das aptidões e habilidades

profissionais, o amadurecimento da cidadania. Voluntariado, iniciativas

beneficentes, cooperativismo, independência, oblatividade, humanismo,

subsidiariedade, partilha etc. são diversos nomes com os quais muitas vezes

designamos as práticas do Terceiro Setor.

O poder de influência do Terceiro Setor é, como se vê, importante, inclusive

porque parte das mudanças e inovações sociais mais significativas dos últimos

tempos foram obtidas graças à criação e militância de suas organizações.

Desta forma, o primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões

sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais.

Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões

sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro

setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins

lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de

caráter público.

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Os principais personagens do terceiro setor são:

Fundações

São as instituições que financiam o terceiro setor, fazendo doações às

entidades beneficentes. No Brasil, temos também as fundações mistas que

doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios.

Tamanho

O terceiro setor possui 12 milhões de pessoas, entre gestores, voluntários,

doadores e beneficiados de entidades beneficentes, além dos 45 milhões de

jovens que vêem como sua missão ajudar o terceiro setor.

Uma pesquisa feita revelou alguns números das 400 maiores entidades do

Brasil no ano de 2000. Segundo esta pesquisa, o dispêndio social das 400

maiores entidades foi de R$ 1.971.000,00. Ao todo, elas possuem 86.894

funcionários, 400.933 voluntários.

Entidades Beneficentes

São as operadoras de fato, cuidam dos carentes, idosos, meninos de rua,

drogados e alcoólatras, órfãos e mães solteiras; protegem testemunhas;

ajudam a preservar o meio ambiente; educam jovens, velhos e adultos;

profissionalizam; doam sangue, merenda, livros, sopão; atendem suicidas às

quatro horas da manhã; dão suporte aos desamparados; cuidam de filhos de

mães que trabalham; ensinam esportes; combatem a violência; promovem os

direitos humanos e a cidadania; reabilitam vítimas de poliomelite; cuidam de

cegos, surdos-mudos; enfim, fazem tudo.

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São publicados números que vão desde 14.000 a 220.000 entidades existentes

no Brasil, o que inclui escolas, associações de bairro e clubes sociais. Nosso

estudo sobre as entidades que participaram do Guia da Filantropia, revela que

as 400 Maiores Entidades representaram, de Campinas.

Entidades Sem Fins Lucrativos

Infelizmente, muitas entidades sem fins lucrativos são, na realidade, lucrativas

ou atendem os interesses dos próprios usuários. Um clube esportivo, por

exemplo, é  sem fins lucrativos, mas beneficia somente os seus respectivos

sócios. Muitas escolas, universidades e hospitais eram no passado, sem fins

lucrativos, somente no nome. Por isto, estes números chegam a 220.000.

O importante é diferenciar uma associação de bairro ou um clube que ajuda os

próprios associados de uma entidade beneficente, que ajuda os carentes do

bairro.

ONGs Organizações Não Governamentais

Nem toda entidade beneficente ajuda prestando serviços a pessoas

diretamente. Uma ONG que defenda os direitos da mulher, fazendo pressão

sobre nossos deputados, está ajudando indiretamente todas as mulheres.

Nos Estados Unidos, esta categoria é chamada também de Advocacy Groups,

isto é, organizações que lutam por uma causa. Lá, como aqui, elas são muito

poderosas politicamente.

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Empresas com Responsabilidade Social

A Responsabilidade Social, no fundo, é sempre do indivíduo, nunca de uma

empresa jurídica, nem de um Estado impessoal. Caso contrário, as pessoas

repassariam as suas responsabilidades às empresas e ao governo, ao invés de

assumirem para si. Mesmo conscientes disso, vivem reclamando que os

"outros" não resolvem os problemas sociais do Brasil.

Porém, algumas empresas vão além da sua verdadeira responsabilidade

principal, que é fazer produtos seguros, acessíveis, produzidos sem danos

ambientais, e de estimular seus funcionários a serem mais responsáveis. O

Instituto Ethos - organização sem fins lucrativos criado para promover a

responsabilidade social nas empresas - foi um dos pioneiros nesta área.

Empresas Doadoras

Uma pesquisa feita revela que das 500 maiores empresas brasileiras, somente

100 são consideradas parceiras do terceiro setor. Das 250 empresas

multinacionais que têm negócios no Brasil, somente 20 são admiradas. A

maioria das empresas consideradas parceiras são pequenas e médias e são

relativamente desconhecidas pelo grande público.

Elite Filantrópica

Ao contrário de Ted Turner, Bill Gates e dos 54 bilionários que o Brasil possui,

somente 2 são considerados bons parceiros do terceiro setor (Jorge Paulo

Lehman e a família Ermírio de Moraes). A maioria dos doadores pessoas

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físicas são da classe média. Esta tendência continua na classe mais pobre.

Quanto mais pobre, maior a porcentagem da renda doada como solidariedade.

Pessoas Físicas

No mundo inteiro, as empresas contribuem somente com 10% da verba

filantrópica global, enquanto as pessoas físicas, notadamente da classe média,

doam os 90% restantes. No Brasil, a nossa classe média doa, em média, 23

reais por ano, menos que 28% do total das doações. As fundações doam 40%,

o governo repassa 26% e o resto vem de bingos beneficentes, leilões e

eventos.

Imprensa

Até 1995, a pouca cobertura que a Imprensa fazia sobre o terceiro setor era,

normalmente, negativa. Com a descoberta de que a maioria das entidades é

séria e, portanto, faz bons trabalhos, este setor ganhou respeitabilidade. Com

isso, quadruplicou a centimetragem de notícias sobre o terceiro setor. A missão

agora é transformar este novo interesse em cobertura constante.

Empresas Juniores Sociais

Nossas universidades pouco fizeram para o social, apesar de serem públicas.

É raro encontrar um professor universitário assessorando uma ONG com seus

conhecimentos. Nos últimos anos, os alunos criaram Empresas Juniores

Sociais, nas quais os alunos das escolas de Administração ajudam entidades.

Algumas das mais atuantes são a FEA-Júnior da USP, a Júnior Pública da

FGV, e os ex-alunos do MBA da USP. (StephenKanitz

[email protected] / www.kanitz.com. )

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Requisitos e vantagens para organizações não-governamentais

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips)

Requisitos:

- Dedicar-se à pelo menos uma das seguintes áreas: assistência social, saúde

gratuita, educação, cultura, meio ambiente, desenvolvimento econômico e

social, combate à pobreza, sistemas alternativos de produção, comércio,

emprego e crédito, cidadania, direitos humanos, democracia, pesquisas,

tecnologia ou ciência

- Prestação de contas dos gastos de dinheiro público

- Balanço patrimonial assinado por contador

- Declaração de isenção do imposto de renda

- Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

Vantagens:

- Isenção de imposto de renda, da Contribuição ao Fundo de Investimento

Social (Cofins) e da Contribuição sobre o Lucro Líquido

- Podem remunerar seus dirigentes e prestadores de serviços, que gozam de

isenção de imposto de renda

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- Podem firmar termos de parceria com o Estado, não sujeitos à Lei de

Licitações

- As empresas que fazem doações às OSCIPS podem deduzir o valor da

doação de seu imposto de renda a pagar até o limite de 2% do seu lucro

- Podem receber bens apreendidos pela Receita Federal

- Se tiverem o título de Unidade Pública Federal, podem receber doações da

União e receitas das loterias federais, além de realizar sorteios

Organizações de educação e assistência social sem fins lucrativos

Requisitos:

- Não remunerar dirigentes

- Não distribuir seu patrimônio e rendas

- Aplicar em serviços gratuitos pelo menos 20% da receita com a venda de

serviços e mais a receita obtida com doações particulares, locação e venda de

bens, num montante nunca inferior ao da isenção de contribuições

- Escrituração de receitas e despesas.

Vantagens:

- Isenção dos seguintes impostos: de renda (IR), territorial rural (ITR), sobre a

propriedade de veículos automotores (IPVA), sobre a transmissão de bens

causa mortis e doações (ITCMD), sobre a circulação de mercadorias e serviços

(ICMS) incidentes sobre transporte e comunicação, predial e territorial uebano

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(IPTU), sobre serviços (ISS), sobre transmissão de bens imóveis por ato

intervivos (ITBI)

- Isenção da cota patronal do INSS*

- Isenção das seguintes contribuições: Cofins*, CSLL e sobre a movimentação

financeira (CPMF)

Organizações Sociais

Requisitos:

- Ser pessoa jurídica privada sem fins lucrativos, aprovada por ministro ou

titular de órgão regulador

- Dedicar-se a uma das seguintes áreas: ensino, pesquisa científica,

desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, cultura ou saúde

- Ter no seu órgão colegiado de deliberação representantes do poder público e

da comunidade

- Publicação anual dos relatórios financeiros e de execução do contrato de

gestão

Vantagens:

- Firmam contratos de gestão com o Estado e fazem uso de seu patrimônio,

como imóveis e equipamentos

- Não precisam realizar concurso público para a contratação de pessoal nem

licitações para compra de produtos e serviços

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- Os salários pagos aos funcionários não precisam respeitar os limites

estabelecidos pela administração

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo, 29/08/04

Profissionalização do Setor

O Terceiro Setor notavelmente vem crescendo e desenvolvendo-se em todo o

mundo. No Brasil, especialmente nos anos 90, as organizações não

governamentais firmaram expansão.

Em conseqüência, a demanda por conhecimentos específicos do setor

aumentou e com ela surgiu a discussão sobre a necessidade de

profissionalizar o Terceiro Setor. Para muitos, a profissionalização do Setor é

indispensável, mas para outros ela não necessariamente significa um ganho

para as entidades não-governamentais.

Os que defendem a profissionalização entendem ser este o caminho para

organizar e projetar o desenvolvimento do Terceiro Setor, destacando que as

ONG’s, cada vez mais, contratam profissionais para o desempenho de funções

estratégicas, como serviços jurídicos e contábeis, captação de recursos,

comunicação e gestão de projetos, objetivando, principalmente, auxílios

privados para a manutenção de suas finalidades.

Já os que questionam a profissionalização esclarecem que ONG’s não são

empresas e, desta forma, não necessariamente devem utilizar como exemplo

os mecanismos e estratégias de desenvolvimento destas últimas.

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A quem assiste melhor razão?

Um contato mais próximo com o Terceiro Setor permite observar que a

infinidade de informações disponibilizadas, especialmente na Internet, e a

carência de suporte jurídico, contábil, de gestão, comunicação etc

especializados promove dúvidas àqueles que intentam participar do Setor e

aos dirigentes de entidades que já o integram.

Diante de tantas informações, nem sempre as ONG’s, que não contam com

profissionais especializados para orientá-las, conseguem definir qual o caminho

certo a seguir e acabam constituindo-se de forma irregular, deixando de

recolher tributos que deveriam ser recolhidos, gerindo com deficiência os

recursos etc, o que promove seu encerramento precoce, razão pela qual

cremos ser a profissionalização uma tendência necessária a ser seguida pelas

entidades do Terceiro Setor.

Por outro lado, há ONG’s que indiscriminadamente, sem prévia avaliação de

recursos e objetivos, contratam profissionais do mercado e, de igual forma,

sucumbem, em alguns casos, desligando-se dos fins para os quais foram

criadas, afastando-se da sua rede primária de atuação e, sob este aspecto, não

se pode negar que a contratação desmedida de profissionais especializados

pode afetar o crescimento e a própria existência de entidades.

Avaliando estas duas realidades, o Terceiro Setor Online, que apóia a

profissionalização ponderada do Terceiro Setor, destaca alguns pontos de

análise, sob a forma de perguntas, para que você, dirigente ou colaborador,

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verifique a necessidade de contratação de profissional especializado pela ONG

de que participa: 

1º Por que o profissional especializado deve ser contratado? Que tipo de

necessidade esta contratação visa suprir?

2º Quanto a ONG investirá na contratação deste profissional?

3º Qual será o retorno deste investimento para a Organização? (retorno

material e imaterial, como segurança, transparência).

4º O processo terá continuidade após a atuação do profissional?

5º De que forma a contratação do profissional especializado promoverá os fins

aos quais se destina a ONG?

 

Respondendo a estas perguntas será possível ponderar a pertinência da

contratação do profissional especializado para sua ONG e utilizar a

profissionalização como mais uma ferramenta para a consecução dos fins a

que se destina a entidade.

A migração de profissionais para o Terceiro Setor

Autor: Nilza Lopes

As organizações sem fins lucrativos podem variar freqüentemente entre si, em

razão de seus objetivos, suas origens históricas e geográficas e suas formas

de financiamento. Há um consenso comum de que todas terão que gerir

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adequadamente seus recursos para conseguir alcançar os objetivos para as

quais foram criadas.

A experiência da gestão das empresas privadas e das organizações públicas é

a referência cognitiva para a gestão das organizações não governamentais.

Estas, iguais aquelas, devem definir estratégias e objetivos, medir resultados e

atuações para sobreviver e desenvolver padrões legítimos e aceites de

eficiência e eficácia. No entanto, a especificidade do setor não lucrativo em

aspectos como o financiamento, a definição dos usuários e beneficiários, a

articulação entre o pessoal remunerado e os voluntários exige uma adaptação

dos conceitos e técnicas de gestão.

A proposta das ONGs, é evidentemente se dedicar a "fazer o bem", mas

descobriram que as boas intenções não podem substituir a gestão e a

liderança, a responsabilidade, o desempenho e principalmente os resultados,

que medirão o seu tempo de vida no mercado.

As últimas duas décadas significaram para as ONGs a perda da "ingenuidade"

e a adesão a valores como a eficiência, a eficácia e a produtividade, que eram

termos exclusivos do Segundo Setor, das empresas subordinadas aos ditames

do mercado. A lógica empresarial vem dominando a estruturação das ONGs,

as de maior porte e visibilidade já tem termos como "controle", "eficácia",

"coordenação", "planejamento" e "estratégia" em seus documentos de

divulgação, que exemplificam essa tendência.

Ainda que não sejam empresas de negócios, as organizações sem fins

lucrativos, têm "clientes" aos quais se destinam seus serviços, e devem

financiar suas próprias atividades, fato que as obriga a pensar em termos

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próximos aos costumeiros nas empresas que visam o lucro. A conseqüência é

a transferência das técnicas das organizações mercantis de caráter privado e

das empresas do setor público para as organizações do Terceiro Setor. Este

fenômeno tem originado uma maior divisão do trabalho e das tarefas, uma

estrutura hierárquica mais concentrada, uso do planejamento estratégico como

instrumento de gestão, e uma maior complexidade administrativa e

formalização dos processos de gerência.

Dessa forma, a necessidade de serem rentáveis, produtivas e eficientes para

poder competir na captação dos recursos dos doadores privados e das

administrações públicas, obriga as organizações sem fins lucrativos a iniciar o

caminho da profissionalização. O aumento de profissionais, voluntários e

associados exige o aperfeiçoamento dos mecanismos de cobrança de

mensalidades, de controle, coordenação e planejamento do trabalho e de

gestão do trabalho dos membros da organização. A burocratização das ONGs

faz aumentar os custos de pessoal, de infra-estrutura e comunicação, junto aos

de marketing e arrecadação de fundos.

Essa busca pela eficiência transformou o Terceiro Setor em um setor gerador

de emprego, já que ele é a oitava economia do mundo, movimentando mais de

US$ 1 trilhão por ano, cerca de 8% do PIB mundial. No Brasil ele representa

R$ 10,9 bilhões anuais (cerca de 1% do PIB), sendo R$ 1 bilhão em doações.

Emprega cerca de 1,2 milhões de pessoas e tem 20 milhões de voluntários ( o

Brasil é o quinto do mundo em voluntários). Entre 1991 e 1995, o mercado de

trabalho no Terceiro Setor cresceu 44,38% contra 20% do Segundo Setor

(empresas). Profissionais de empresas tem migrado para o Terceiro Setor por

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ideologia, desejando mudar o quadro social atual e por já ser possível projetar

uma carreira dentro dele.

Segundo o caderno de empregos da Folha de São Paulo (Caderno de

Empregos 16/12/01), o Terceiro Setor também tem se firmado como uma nova

porta de entrada no mercado de trabalho para estudantes de várias áreas, que

estão trocando o processo de recrutamento das grandes empresas, por aplicar

todo o conhecimento adquirido na faculdade em causas sociais. O Terceiro

Setor necessita de profissionais versáteis e empreendedores, além de gerar

um ambiente de equipe entre seus profissionais, já que não existe clima de

competição comum nas empresas do Segundo Setor.

Um levantamento feito pela Kanitz & Associados revela que, em 1999, existia

59.899 profissionais em atuação e 2864 vagas abertas no Terceiro Setor.

Levantamento feito pelo GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas

mostra que 53% dos colaboradores das organizações possuem ensino superior

completo ou incompleto e 67% das entidades utilizam serviços de consultoria

quando necessitam de mão-de-obra especializada que não faz parte de seu

quadro de funcionários. (Caderno de Empregos, 16/12/01)

Neste turbilhão de mudanças, dados e informações sobre o Terceiro Setor,

existe espaço para médicos, dentistas, ambientalistas, designers, engenheiros,

demonstrando o surgimento de oportunidades em todas as áreas profissionais

como um todo.

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Podemos observar que a própria definição de trabalho ao longo da história tem

se modificado, pois três séculos atrás o trabalho era visto apenas pela ótica

física. No final do século XX, a conceituação é mais ampla e intelectualizada e,

atualmente, o trabalho é visto por muitas pessoas como um meio de obtenção

de prazer, satisfação e aceitação social; é claro que este conceito é mais forte

nos países desenvolvidos, pois a dura realidade nos países em

desenvolvimento, faz com que o trabalho seja meramente um meio de

subsistência. O próprio trabalho voluntário reflete à busca dos indivíduos pela

auto-realização e inserção social e tem um papel fundamental não só para a

sobrevivência das organizações do Terceiro Setor, mas são a interface entre as

organizações e a comunidade. É claro que muitos profissionais que atuam

nessas organizações são oriundos da militância e das lideranças comunitárias

ao invés das escolas de capacitação técnica; esse fato é mais comum em

instituições de pequeno porte, mas com a importância e destaque que o

Terceiro Setor vem ganhando na economia mundial a presença de técnicos

das mais diversas áreas será imprescindível, mesmo entre as pequenas

organizações.

As mudanças descritas formam parte da conformação de um processo de

institucionalização que traz consigo a exigência de uma prestação de serviços

cada dia mais qualificada. As ONGs se auto-exigem uma capacidade crescente

para atender à demanda de projetos por parte dos grupos beneficiados -

grupos vulnerados em seus direitos, comunidades afetadas por agressões ao

meio ambiente ou setores carentes de ações assistenciais - à maior oferta de

linhas de financiamento público, às fontes de financiamento privado de

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empresas que, a cada dia, percebem melhor o filão da imagem social que são

para elas as ONGs e ao contingente de indivíduos que buscam, nestas

organizações, a realização de sua plena cidadania.

Para as empresas comerciais, as organizações não governamentais e de

voluntariado e seu capital de credibilidade e legitimidade representam um novo

potencial a explorar. Bancos, companhias de transporte e de seguros,

distribuidoras de derivados de petróleo, entre outras, esperam recuperar assim

uma credibilidade que, se não está perdida, está pelo menos questionada.

Especialização em Gestão Cultural

As atividades culturais constituem, atualmente, um dos setores mais

dinâmicos da economia mundial, com impactos significativos e

crescentes sobre a geração de renda e emprego e sobre a formação

do capital humano das sociedades. Trata-se do setor que mais

cresce, mais emprega e paga melhor em diversos países, superando

setores mais tradicionais da economia.

O curso de pós-graduação a em Gestão Cultural, atendendo a essa

demanda, visa capacitar os profissionais que trabalham ou desejam

ingressar nesse mercado de trabalho, tornando-os capazes de

participar de todas as fases do processo de desenvolvimento de

atividades culturais, tais como: criação, elaboração, produção,

distribuição, difusão e gestão de projetos culturais desenvolvidos a

partir das linhas programáticas definidoras de políticas culturais

públicas, privadas e do terceiro setor para a área.

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MERCADO DE TRABALHO

Diante da importância que o desenvolvimento autossustentável adquiriu no

século 20 e, principalmente, no século 21, a cultura passou a ser

percebida como uma atividade capaz de gerar recursos e propiciar o

desenvolvimento econômico e social, revelar o perfil, as peculiaridades

e as potencialidades das diversas regiões do país.

Em função da globalização, podemos destacar algumas mudanças

significativas no contexto da cultura:

- o impacto nas políticas culturais;

- as negociações passam a ser ditadas pelo mercado e não pelo Estado;

- as privatizações afetam as políticas culturais;

- os públicos não são mais fiéis em função da diversidade de oferta;

- os processos criativos artesanais sofrem interferência econômica (música e

internet/ teatro e dança);

- o Estado não é mais o único provedor da cultura (financiamento);

- os gestores precisam passar de missionários a profissionais;

- o perfil profissional dos gestores e produtores culturais altera-se em função da

necessidade de qualificação.

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As diversas formas de expressão cultural constituem uma das principais

riquezas do Brasil. O vasto impacto social da cultura, porém, não se resume à

esfera da identidade. As manifestações culturais têm, também, uma dimensão

econômica, constituindo um novo e poderoso front de desenvolvimento para o

Brasil.

Nesse sentido, o curso de pós-graduação lato sensu, em Gestão Cultural, se

faz necessário, pois tem como objetivo subsidiar a ação de gestores no

segmento cultural em busca dos melhores resultados para as organizações

públicas ou privadas, em qualquer segmento deste tipo de mercado.

Para fazer este curso, o aluno precisa ter diploma de nível superior

em qualquer área de conhecimento.

Elaboração de Projetos Sociais

O participante aprende a elaborar projetos sociais, por meio de ferramentas

que auxiliem na identificação das oportunidades existentes na comunidade e

no alinhamento das exigências do mercado, visando a mobilização de recursos

que contribuam para a sua implementação e sustentabilidade

Programa

- Definição e abrangência do projeto social

- A importância do diagnóstico para identificação de oportunidades

- Marco lógico como ferramenta de planejamento de projeto social.

- O passo a passo na elaboração de projetos sociais: público-alvo, objetivos

e resultados, recursos, composição do orçamento e do cronograma físico-

financeiro e planejamento de ações .

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- Estratégias para sustentabilidade do projeto

- Exigências na assertividade dos projetos sociais para liberação de aporte

financeiro.

- Os diferentes tipos de avaliação e a formulação dos indicadores.

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2. JUSTIFICATIVA

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3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

3.2 ESPECÍFICOS

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4. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia deve apresentar:

O tipo de pesquisa

Universo e Amostra

Instrumentos de coletas de dados

Método de análise

Questionário

Você acredita que existe campo para o profissional de Letras no

terceiro setor?

O que poderia um profissional de Letras fazer na Ong ( ou

Instituição) em que você trabalha?

Você conhece algum profissional de Letras que trabalha no terceiro

setor?

Particularmente na área de projetos, você acredita que um

profissional de Letras poderia auxiliar na produção ou seria

necessário algum outro curso de aperfeiçoamento?

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O que um profissional de Letras poderia fazer para ajudar, facilitar

ou otimizar o seu trabalho?

5. REFERÊNCIAS

Livros sobre o 3º Setor

CURTY, Ana Luisa. Visão introdutória in Gestores Sociais - textos de apoio.

São Paulo: s/nº, pp. 1-15, 1998.

CURY, Thereza Christina Holl. "Elaboração de projetos sociais". In Gestores

Sociais - textos de apoio. São Paulo: s/nº, pp. 55-82, 1998.

Page 29: TCC-TERCEIRO_SETOR

DIAS, Marly Schaffer, LACERDA, Célia Maria Peres, PARANHOS, Wanda

Maria Maia da Rocha. Estatutos: orientação sobre texto, estrutura e registro.

Curitiba: Index Consultoria, 2004. 96p.

KISIL, Rosana. Elaboração de projetos e propostas para organizações da

sociedade civil.

SOUZA, Maria do Rosário. "Gestão de projetos sociais". In Gestores Sociais -

textos de apoio. São Pau-lo: s/nº, 1998. pp. 83-110.

TENÓRIO, Fernando G. Elaboração de Projetos Comunitários. Abordagem

prática. São Paulo: Edições Loyola. 1995. 86p.

6. BIBLIOGRAFIAS

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sustentáveis: como elaborar planos de negócios para organizações sociais.

São Paulo, Peirópolis, 2001.

AYALA, V. R. Voluntariado Social, Incorporación Social y Solidaridad:

Independencia, Interdependencia y Ambigüedades, Documentación Social.

Revista de Estudios Sociales y de Sociología Aplicada, 1994.

Page 30: TCC-TERCEIRO_SETOR

BUENO, Eduardo. Náufragos, traficantes e degredados: as primeiras

expedições ao Brasil, 1500-1531. Vol. II, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 1998.

BUENO, Eduardo. A viagem do descobrimento: a verdadeira história da

expedição de Cabral. Vol. I, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 1998.

Cadernos ABONG. ONGs identidades e desafios atuais, nº 27, São Paulo,

Editora Autores Associados, 2000. CARVALHO, Nanci Valadares. Autogestão:

O nascimento das ONGs. Tradução de Luiz R.S. Malta. 2ª Edição. São Paulo,

Editora Brasiliense, 1995.

DONGHI, Tulio Halperin. A história da América Latina. Tradução de Carlos

Nelson Coutinho. Licença Editorial para o Círculo do Livro por cortesia da

Editora Paz e Terra, São Paulo, s.d.

FERRARA, Lucrécia D'Alessio. Olhar Periférico: Informação, Linguagem,

Percepção Ambiental. 2ª Edição. São Paulo, Editora da Universidade de São

Paulo, 1999.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob

o regime da economia patriarcal. 32ª Edição. Rio de Janeiro, Editora Record,

1997.

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