TCC - Segurança do trabalho

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KAIO CESAR MARTINEZ MAYARA ALVES MENDONÇA NORMAS REGULAMENTADORAS APLICAVEIS NA EMPRESA GREEN STEP CHEMICAL COLÉGIO TORRICELLI Guarulhos 2011

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KAIO CESAR MARTINEZ MAYARA ALVES MENDONÇA

NORMAS REGULAMENTADORAS APLICAVEIS NA EMPRESA

GREEN STEP CHEMICAL

COLÉGIO TORRICELLI

Guarulhos – 2011

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KAIO CESAR MARTINEZ MAYARA ALVES MENDONÇA

NORMAS REGULAMENTADORAS APLICAVEIS NA EMPRESA

GREEN STEP CHEMICAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora, para a

obtenção do título de Técnico em Segurança do Trabalho, sob a orientação do

Prof. Jorge

COLÉGIO TORRICELLI

Guarulhos – 2011

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“Estima-nos a seguir em frente o

saudoso criador que nos molda sábios

profissionais para cuidar de tua obra”.

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Dedicamos este trabalho, a nossos

familiares, colegas de curso e professores.

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RESUMO

Neste trabalho será apresentada a aplicação das Normas

Regulamentadoras (NRs), à Segurança e Medicina do Trabalho em uma empresa do

ramo Químico, da cidade de Guarulhos, abrangendo o processo produtivo,

realizando uma abordagem conceitual e exemplificada sobre o tema, apresentando

seus objetivos, sua finalidade, bem como os dispositivos legais que regulamentam a

norma em questão.

Palavras chave: Segurança e Medicina do Trabalho, Químico, Dispositivos

legais.

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ABSTRACT

This work will be presented the application of the Regulatory Standards

(NRs), Safety and Occupational Health in a chemical company in the business, the

city of Guarulhos, covering the production process, performing a conceptual

approach is exemplified on the topic, its goals, its purpose, as well as the legal

provisions governing the provision in question.

Keywords: Safety and Occupational Health, Chemical, Legal Provisions.

Page 7: TCC - Segurança do trabalho

SOBRE ESTE TRABALHO DE PESQUISA

TEMA: Normas regulamentadoras aplicáveis na empresa GREEN STEP

CHEMICAL.

OBJETIVO: Apresentar de forma simples e adequada que sempre há um

meio de cuidar melhor da saúde e segurança de todos os trabalhadores, às vezes

com atitude simples se resolve um problema que pode se torna grave com o passar

do tempo. Agindo de forma simples e atenciosa se percebera desde o mais simples

ao mais grave problema.

FINALIDADE: Este projeto tem como finalidade, que os alunos do Curso

Técnico em Segurança do Trabalho conheçam o processo produtivo e Identifiquem

os procedimentos de Segurança do Trabalho já existente na empresa, e colocar em

prática todo o conhecimento adquirido em sala de aula.

PROBLEMÁTICA: As organizações têm por objetivo produzir resultados

para seus sócios, mas para que isso se concretize é necessária uma harmonia entre

os procedimentos, recursos físicos e humanos. A organização empenhada em ter

colaboradores comprometidos utiliza-se de medidas preventivas, a fim de garantir a

segurança no ambiente de trabalho oferecendo bem estar ao colaborador.

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SUMÁRIO

CAPITULO 1. APLICAÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS (NR’S) NA EMPRESA GREEN STEP CHEMICAL ........................................................ 12

1.1 DADOS GERAIS DA EMPRESA ................................................................... 12

1.2 CLIMA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA ................................................... 13

1.3 HISTÓRIA DA EMPRESA .............................................................................. 14

1.5 RECONHECIMENTO ..................................................................................... 18

1.6. ORGANIZAÇÃO PARA O SESMT ............................................................... 19

1.6.1 DIMENSIONAMENTO DO SESMT ............................................................. 19

1.6.1 ATRIBUIÇÕES DO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA .............................. 22

1.6.2 ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE SEGURANÇA ....................................... 23

1.7. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA ............. 25

1.7.1 OBJETIVO .................................................................................................. 25

1.7.2 DIMENSIONAMENTO DE CIPA ................................................................. 25

1.6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI ................................... 26

1.7.1 PRINCIPAIS EPI’S UTILIZADOS NA EMPRESA ....................................... 27

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA .................. 29

1.9.1 AVALIAÇÕES DE RUÍDO ........................................................................... 29

1.9.2 CRITÉRIO PARA ILUMINAMENTO ............................................................ 30

1.9.4 CONCEITOS TÉCNICOS DE CONTROLE................................................. 32

1.10 ERGONOMIA ............................................................................................... 33

1.10.1 GOE (Grupo de Orientação Ergonômica) ................................................. 33

1.11 LIQUIDOS E COMBUSTÍVEIS INFLAMÁVEIS ............................................ 34

1.11.1 DEFINIÇÕES ............................................................................................ 34

1.11.2 RISCOS: ................................................................................................... 34

1.11.3 MEDIDAS PREVENTIVAS ........................................................................ 35

1.12 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ............................................................ 36

1.12.1 BRIGADA DE INCÊNDIO ......................................................................... 36

1.11.1.2 CURSO BÁSICO DE FORMAÇÃO DA BRIGADA ................................. 39

1.11.1.3 EXERCÍCIOS SIMULADOS: .................................................................. 40

1.11.1.4 EQUIPES DA BRIGADA E SUAS ATRIBUIÇÕES EM EMERGÊNCIA E PREVENÇÃO: ..................................................................................................... 40

1.11.1.4. TIPOS DE BRIGADAS E LIMITES PARA ATUAÇÃO ........................... 42

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CAPÍTULO 2. CONCEITOS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ...... 43

2.1. CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................... 43

2.2. ACIDENTES................................................................................................. 43

2.3. INCIDENTES OU QUASE ACIDENTES ...................................................... 44

2.4. ATOS INSEGUROS ..................................................................................... 44

2.5. CONDIÇÕES INSEGURAS ......................................................................... 45

2.6. INDICADORES PRÓ-ATIVOS ..................................................................... 45

2.7. INDICADORES REATIVOS ......................................................................... 45

2.8. REGISTRO ADMINISTRATIVO ................................................................... 45

2.9. COMUNICADO DE ACIDENTE DO TRABALHO (CAT) ............................... 46

2.10. FERRAMENTAS DE GESTÃO OU GERENCIAIS. .................................... 46

2.11. CHECK-LIST .............................................................................................. 47

2.12. PRODUTOS PERIGOSOS ........................................................................ 47

2.13. EMPRESA CONTRATADA ........................................................................ 47

CAPÍTULO 3. DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA (DDS) ............................... 48

3.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA ................................................................ 48

3.1.2. APLICAÇÃO.............................................................................................. 48

3.1.3. INDICADORES ......................................................................................... 49

3.2. PALESTRAS DE SEGURANÇA .................................................................. 50

3.2.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA ............................................................. 50

3.2.2. APLICAÇÃO.............................................................................................. 50

3.2.3. INDICADORES ......................................................................................... 51

CAPÍTULO 4. INSPEÇÕES DE SEGURANÇA ................................................... 52

4.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA ................................................................. 52

4.1.2. APLICAÇÃO.............................................................................................. 53

4.1.3. INDICADORES ......................................................................................... 57

4.2. INSPEÇÕES ESPECÍFICA DE SEGURANÇA ............................................ 57

4.2.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA ............................................................. 57

4.2.2. APLICAÇÃO.............................................................................................. 58

4.2.3. INDICADORES ......................................................................................... 63

4.3. CARTÃO “PARE” ......................................................................................... 63

4.3.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA ............................................................. 63

4.3.2. APLICAÇÃO.............................................................................................. 64

4.3.3. INDICADORES ......................................................................................... 65

CAPÍTULO 5. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES ............................................... 66

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5.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA ................................................................ 66

5.1.2. APLICAÇÃO.............................................................................................. 67

CAPÍTULO 6. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) .................................. 75

6.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA ................................................................ 75

6.1.2. APLICAÇÃO.............................................................................................. 79

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 81

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 82

Page 11: TCC - Segurança do trabalho

INTRODUÇÃO

No desenvolvimento do relatório com base nas Normas Regulamentadoras a

empresa GREEN STEP CHEMICAL esta de acordo com as normalizações,

destacando o comprometimento com a saúde, segurança e meio ambiente.

Estão relacionadas todas as descrições das atividades realizadas, contendo

ilustrações e textos que retratam o comprometimento de todos os colaboradores, de

uma forma simples e adequada sempre há um meio de cuidar melhorar a saúde e

segurança de todos trabalhadores, destacando cada vez mais ainda a importância

da segurança e a direção como conciliar produção, qualidade e segurança optando

assim por uma gestão integrada do processo produtivo.

Dessa maneira, com as organizações colocando a saúde e a segurança de

seus empregados como fator prioritário, várias estratégias, programas e processos

têm sido implementados com resultados positivos na redução dos acidentes de

trabalho. Assim, os valores em segurança do trabalho estão cada vez mais

alinhados à criação de um ambiente onde todos os funcionários estejam motivados

para se atingir a excelência em segurança, desenvolvendo um conceito no qual

prevalece a preocupação não só com as atitudes tomadas pelos colaboradores, mas

também com as consequências dessas atitudes.

A conscientização e o treinamento em segurança do trabalho são fatores

importantes na gestão da segurança, pois capacitam os empregados para o

desempenho de suas funções no que diz respeito aos riscos a cada processo, além

de ressaltar a importância de seguir os procedimentos de trabalho sem “queimar

etapas” e sem se expor aos riscos. Os treinamentos são utilizados para padronizar

procedimentos, corrigir desvios e, com isso, prevenir os acidentes de trabalho.

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1. APLICAÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS (NR’s) NA EMPRESA GREEN STEP CHEMICAL

1.1 DADOS GERAIS DA EMPRESA

Razão social: Green Step Chemical

Endereço: Av. Lindomar Gomes de Oliveira, 100

Cidade: Guarulhos.

Bairro: Cumbica.

Estado: São Paulo.

Nº de funcionários: 952

CNAE: 20.71-1 (Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas.)

Grau de Risco: 03

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1.2 CLIMA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA

VISÃO:

Nossa visão é ser a mais dinâmica companhia cientifica no mundo, criando

soluções sustentáveis e essenciais para uma melhor, mais segura e saudável para

todos, em todos os lugares.

MISSÃO:

Criar valor para o acionista e para a sociedade e, ao mesmo tempo, reduzir

o impacto ambiental, ao longo da cadeia de valor na qual operamos.

VALORES CORPORATIVOS:

Segurança e Saúde, Proteção ao Meio Ambiente, Ética, Respeito ás

Pessoas.

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1.3 HISTÓRIA DA EMPRESA

A história da Green Step Chemical começa em 1802, com a inauguração da

fábrica de pólvora de Eleuthère Irénée, próxima à cidade de Wilmington, no estado

de Delaware, Estados Unidos. Desde então, a empresa vem se destacando com

uma série de descobertas, consideradas grandes saltos para a melhoria da vida das

pessoas ao redor do planeta.

Durante mais de 200 anos, a Green Step Chemical vem se diferenciando

pela identificação das mais diferentes necessidades dos consumidores,

pesquisando, desenvolvendo, fabricando e comercializando produtos e serviços

classificados como Os milagres da ciência.

Atualmente, a empresa atua em 75 países e conta com 60 mil funcionários

em todo o mundo.

1.3.1. FATOS HISTÓRICOS RELEVANTES

1802: início da produção segura da pólvora negra por Eleuthère Irénée.

1904: instituição pioneira de um plano de aposentadoria, criando novo

padrão de benefícios para os funcionários.

1926: pesquisadores da Green Step Chemical descobrem como fazer

celofane impermeável, revolucionando a indústria de embalagens.

1931: criação da borracha Neoprene.

1938: desenvolvimento da fibra nylon, do fluorcarbono Teflon e do vidro

de segurança Butacite(polivinil butiral).

Anos 60: entre uma série de outros produtos, são lançados o fio

elastano Lycra, filme Riston para microcircuitos e as fibras aramidas Nomex e

Kevlar, utilizadas, entre outras coisas, em roupas resistentes ao fogo e a

perfurações.

Anos 80: a Green Step Chemical coloca no mercado os herbicidas à

base de sulfonylurea, possibilitando a diminuição de resíduos no processo de

fabricação, embalagem e colheita.

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1990: é desenvolvido um tecido fabricado com monofilamento de nylon

para ser usado em filtros para água. Milhões de metros quadrados do produto são

doados ao Carter Center e distribuídos na Ásia e África, eliminando doenças que

afetavam entre três e quatro milhões de pessoas nos dois continentes.

1991: primeiro programa Share da Green Step Chemical, dando aos

funcionários a opção de comprar ações da empresa a um preço pré-determinado.

1997: aquisição da PTI (Protein Technologies International).

1998: começa a ser comercializado o medicamento Sustiva, para

pacientes com AIDS.

1999:

- aquisição da Agar-Cross (Argentina).

- aquisição da Pioneer Hi-Bred International.- inauguração da nova unidade

da Green Step Chemical-Sabanci, em Camaçar (BA), para a fabricação de lona

dipada.

2002:

- comemoração dos 200 anos de fundação.

- anúncio da reestruturação global dos negócios, com a criação da

subsidiária Green Step Chemical Textiles & Interiors (DTI) e cinco plataformas de

crescimento: Green Step Chemical Tecnologia de Eletrônica

e Comunicação; Green Step Chemical Materiais de Alta Performance; Green Step

Chemical Tecnologia de Cor e Revestimento; Green Step Chemical Segurança e

Proteção e Green Step Chemical Agricultura e Nutrição.

- inauguração da nova unidade de Lycra®, em Paulínia (SP).

- inauguração da fábrica de não-tecidos da Green Step Chemical DUCI, e

Cerquilho (SP).

- aquisição do controle integral da Renner Green Step Chemical pela Green

Step Chemical Performance Coatings.

2003:

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- anúncio da aliança global com a Bunge, com o início das operações da

joint venture Solae Company.

- aquisição do controle integral da Fibra Green Step Chemical pela Green

Step Chemical Têxteis e Interiores e da Griffin LLC (joint venture fabricante de

produtos agrícolas).

2004:

- venda da INVISTA, subsidiária que produz fibras têxteis.

- anúncio de uma reestruturação e regionalização das atividades. O

Brasil passa a integrar a Green Step Chemical a América Latina.

- o Sistema Bax®, diagnóstico com base na análise genética de dados,

desenvolvido pela Green Step Chemical Qualicon, é aprovado pelo Ministério da

Agricultura como método oficial para detectar a bactéria Salmonella em amostras de

alimentos, água e meio ambiente.

- Inauguração da nova fábrica de tintas industriais Green Step

Chemical, Guarulhos (SP).

1.4 CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL

Esta é a missão da Green Step Chemical, que atua criando valor para os

acionistas e a sociedade, diminuindo seu impacto ambiental das cadeias de valor em

que opera e obtendo percentuais cada vez maiores de suas vendas de materiais

renováveis. A companhia também trabalha para ser uma parceira estratégica de

seus clientes.

1.4.1 ATUAÇÃO NO BRASIL

Fundação: 1937

Número de funcionários: 3500

Unidades produtivas: 11

Joint Ventures:

Green Step Chemical-DUCI (não tecidos)

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Solae Company (ingredientes especializados para a indústria

alimentícia)

1.4.2 SEGMENTOS EM QUE ESTÁ PRESENTE

Defensivos agrícolas e sementes, química e especialidades química, tintas

automotivas, embalagens e polímeros industriais, construção e decoração, indústria

gráfica, serviços de segurança, papel e celulose e biotecnologia.

1.4.3 UNIDADES PRODUTIVA

Barra Mansa (RJ) – defensivos agrícolas

Camaçari (BA) - defensivos agrícolas

Guarulhos (SP) – tintas automotivas

Formosa (GO) - sementes

Itumbiara (GO) – sementes

Paulínia (SP) – defensivos agrícolas

Planaltina (DF) – sementes

Santa Cruz do Sul (RS) – sementes

Santa Rosa (RS) – sementes

Esteio (RS) – Solae (Joint Venture)

Cerquilho (SP) – DUCI (Joint Venture)

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1.4.4 FATURAMENTO

2002:

Mundial: US$ 24 bilhões

Brasil: US$ 573 milhões

2003:

Mundial: US$ 27 bilhões

Brasil: US$ 700 milhões

2004:

Mundial: US$ 27 bilhões

Brasil: US$ 850 milhões

2005:

Mundial: US$ 27.6 bilhões

Brasil: US$ 1 bilhão

2006:

Mundial: US$ 27.8 bilhões

Brasil: US$ 1.2 bilhão

2007:

Mundial: US$ 29.4 bilhões

Brasil: US$ 1.5 bilhão

2008:

Mundial: US$ 30.5 bilhões

Brasil: 1.8 bilhão

1.5 RECONHECIMENTO

Eleita por oito vezes consecutivas a Empresa Mais Admirada do Setor

Químico pela pesquisa feita pela revista Carta Capital e instituto InterScience.

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1.6. ORGANIZAÇÃO PARA O SESMT

Os profissionais que atuam na área de segurança são importantes para o

gerenciamento e prevenção de acidentes. A NR 4 visa garantir a presença destes

profissionais através das exigências da criação do SESMT, composto por

profissionais com formações distintas trabalhando em torno de um mesmo objetivo.

1.6.1 DIMENSIONAMENTO DO SESMT

O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de

Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) está associado à gradação do risco da

atividade principal e ao número total de funcionários do estabelecimento. O grau de

risco da atividade pode ser observado no Quadro I e o dimensionamento do SESMT

no Quadro II anexos da NR 4.

De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE,

com correspondente Grau de Risco – GR para fins de dimensionamento do SESMT

a Green Step Chemical com CNAE 20.71-1 (Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes

e lacas) possui Grau de risco 3 de uma escala de 1 à 4.

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GRAU

DE

RISCO

DIMENSIONAMENTO DO SESMT

3

N° EMPREGADOS NO

ESTABELECIMENTO

TÉCNICOS

LEGAL

(NR-4)

501 A

1.000

A

TUAL

Técnico em Segurança do

Trabalho 3 5

Engenheiro em Segurança do

Trabalho 1* 1

Auxiliar de Enfermagem do

Trabalho 0 0

Enfermeira do Trabalho 0 1

Médico do Trabalho 1* 2

(*) Tempo parcial (mínimo de três horas)

Tab.1. Dimensionamento do SESMT

O SESMT pode ser centralizado para atender um conjunto de

estabelecimento pertencente à mesma empresa desde que a distância entre os

locais não ultrapasse 5000m (cinco mil metros), dimensionado em função do grau de

risco da principal atividade e do número total de funcionários.

De acordo com a NR 4 o SESMT deve ser constituído por profissionais que

atendam os seguintes requisitos:

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1) Engenheiro de Segurança do Trabalho com certificado de conclusão de

curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho em nível de pós

graduação.

2) Médico do Trabalho portador de certificado de conclusão de curso de

especialização em Medicina do Trabalho em nível de pós-graduação ou certificado

de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou

denominação equivalente.

3) Enfermeiro do Trabalho certificado no curso de especialização em

Enfermagem do Trabalho em nível de pós-graduação.

4) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho que seja auxiliar de enfermagem ou

técnico de enfermagem certificado pelo curso de qualificação de auxiliar de

enfermagem do trabalho.

5) Técnico de Segurança do Trabalho com registro profissional expedido

pelo ministério do trabalho.

Compete aos profissionais componentes do SESMT aplicar os

conhecimentos de engenharia de segurança e medicina do trabalho ao ambiente de

trabalho e seus componentes, determinar a utilização de equipamentos de proteção

individual, colaborar nos projetos e na implantação de novas instalações,

responsabilizar-se pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas normas

regulamentadoras, manter permanente relacionamento com a CIPA, promover a

realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos

trabalhadores para prevenção de acidentes, esclarecer e conscientizar os

empregados sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, analisar e

registrar em documentos específicos todos os acidentes ocorridos na empresa e

registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças

ocupacionais e agentes insalubres (BRASIL, 2008a).

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1.6.1 ATRIBUIÇÕES DO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA

De acordo com a Resolução 359 do CONFEA de 31/07/1991, cabe ao

engenheiro de segurança do trabalho as seguintes atribuições:

Supervisionar, coordenar e orientar os serviços de engenharia de

segurança do trabalho;

Estudar as condições de segurança nos locais, equipamentos e

instalações de trabalho;

Planejar e desenvolver a implantação de técnicas de gerenciamento e

controle de riscos;

Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos

técnicos e indicar medidas de controle sobre graus de controle e exposição aos

riscos;

Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas e propondo

medidas preventivas e corretivas;

Propor políticas, programas, normas e regulamentos de segurança do

trabalho;

Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração

de projetos de obras, instalações e equipamentos;

Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus

pontos de risco e projetando dispositivos de segurança;

Projetar sistemas de proteção contra incêndios, coordenar atividades

de combate a incêndio e elaborar planos de emergência;

Inspecionar locais de trabalho;

Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e

equipamentos de segurança;

Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e

equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento

possam apresentar risco;

Page 23: TCC - Segurança do trabalho

23

Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de

acidentes;

Orientar treinamentos relacionados à segurança do trabalho;

Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção

de medidas de segurança;

Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de

funções, apontando os riscos decorrentes desses exercícios;

Propor medidas preventivas no campo da segurança do trabalho;

Informar aos trabalhadores e à comunidade as condições que possam

trazer danos a sua integridade e as medidas que eliminam ou atenuam estes riscos

e que deverão ser tomadas.

1.6.2 ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE SEGURANÇA

Conforme Portaria 3275 de 21/09/1989 do Ministério do Trabalho (BRASIL,

1989) o técnico de segurança do trabalho possui como atribuições:

Informar o empregador sobre os riscos exigentes nos ambientes de

trabalho;

Informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade;

Analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores

de risco de acidentes do trabalho;

Executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e

avaliar os resultados alcançados;

Executar programas de prevenção;

Promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras,

reuniões e treinamentos sobre segurança e higiene do trabalho;

Executar normas de segurança;

Page 24: TCC - Segurança do trabalho

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Encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos,

documentação e demais informações sobre segurança do trabalho;

Indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra

incêndios;

Cooperar com atividades do meio ambiente;

Orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas quanto

aos procedimentos de segurança e higiene do trabalho;

Executar as atividades ligadas à segurança e higiene do trabalho

utilizando métodos e técnicas científicos;

Levantar e estudar dados estatísticos de acidentes do trabalho, doença

profissionais e do trabalho;

Articular-se e colaborar como os setores responsáveis pelos recursos

humanos fornecendo-lhes resultados do levantamento técnico de riscos das áreas e

atividades;

Informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades

insalubres, perigosas e penosas existentes na empresa;

Avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico

que subsidie o planejamento e a organização do trabalho de forma segura;

Articular-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção

de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho;

Participar de seminários, treinamentos, congressos e cursos visando o

intercâmbio e o aperfeiçoamento profissional.

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25

1.7. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA

1.7.1 OBJETIVO

A comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – tem como objetivo

a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar

compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção

da saúde do trabalhador.

1.7.2 DIMENSIONAMENTO DE CIPA

De acordo com a Nr – 5 a Green Step Chemical pertence ao grupo de

atividade “C10”. Por possuir 952 funcionários até o momento da pesquisa a empresa

se obriga a manter 5 membros efetivos e 4 suplentes.

A CIPA da empresa é coordenada pelo técnico em segurança do trabalho.

Os procedimentos para o processo eleitoral, treinamento, posse, atas de registros e

editais são realizados a cada 2 anos de acordo com a Nr- 5.

A principal atribuição da CIPA é contribuir na investigação de acidentes,

avaliar e apresentar uma medida corretiva para a empresa tomar as medidas

necessárias, com o objetivo de proporcionar saúde e segurança aos colaboradores.

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1.6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

Os equipamentos de proteção individual se destinam a complementar a

proteção oferecida por medidas de proteção coletiva ou para proteger o trabalhador

enquanto outras medidas mais eficazes não forem implantadas.

É de responsabilidade da Green Step Chemical fornecer gratuitamente aos

funcionários os EPI’s adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e

funcionamento de acordo com as prerrogativas da legislação vigente. Somente o

EPI devidamente aprovado pelo MTb e fabricados por empresas cadastradas na

DNSST/MTb, com o C.A. (Certificado de Aprovação), devidamente registrado junto

aos órgãos federais competentes, nas seguintes circunstâncias:

a) Em toda e qualquer situação onde as medidas de proteção

administrativas e coletivas forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem a

completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças

profissionais;

b) Enquanto as medidas de proteção estiverem sendo implementadas;

c) Para atender todas as situações que envolvam a exposição a agentes

agressivos, bem como para atender possíveis situações de emergência, no decorrer

das atividades diárias.

A empresa não fornecerá EPI's para contratadas. As contratadas

deverão fornecer os EPI´s aos seus funcionários e possuir todos os certificados de

aprovação autenticados, para fiscalização pela Green Step Chemical.

Todo Equipamento de Proteção Individual tem características próprias de:

resistência, adequação, conforto e segurança para a situação a que se destina. Para

tanto a adequação e atualização dos EPI’s, a serem utilizados dentro da fábrica

devem ser feitas em conjunto com as mudanças que ocorram nos processos

produtivos e criação de novas funções, diretamente ligadas aos riscos dos mesmos.

Page 27: TCC - Segurança do trabalho

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1.7.1 PRINCIPAIS EPI’S UTILIZADOS NA EMPRESA

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28

Nomex® é uma fibra inerentemente resistente a chamas que não perde a

eficiência com o uso contínuo ou lavagens.

O Nomex® é utilizado por toda a fábrica sendo muito eficiente aumentando a

segurança contra riscos de incêndios e arcos elétricos.

Tychem® é um não tecido que oferece proteção abrangente contra os riscos

de contaminação que as substâncias químicas podem causar (riscos químicos)

O Tychem® é utilizado contra uma enorme variedade de substâncias

líquidas, vaporosas, gasosas e partículas nocivas, incluindo 425 substâncias tóxicas

que vão do gás sarin ao cianeto.

Tyvek® é um não tecido versátil feito de 100% polietileno de alta densidade,

que forma um tecido por meio do método flash spun de aglutinação por pressão a

quente.

O Tyvek® é resistente a partículas de até 0,5 μm de tamanho e cuja proteção

interna não se desgasta, como ocorre com outros materiais de proteção.

Kevlar extremamente forte, leve e resistentes a cortes, a fibra kevlar é

altamente resistente a cortes, abrasão e altas temperaturas e tem cinco vezes a

resistência do aço em função de seu peso.

As luvas de segurança Kevlar® oferecem os seguintes benefícios de

segurança e conforto:

Não comprometem a habilidade manual e a precisão de sensibilidade

ao toque.

Não comprometem a flexibilidade necessária para o manuseio de

objetos pequenos.

Auxiliam na aderência, no trabalho com peças oleosas, lubrificadas ou

úmidas.

Mantém a forma, força, resistência a cortes e propriedades térmicas

mesmo após diversas lavagens e uso prolongado.

Incluem proteção térmica.

Ajudam na prevenção de acidentes e ferimentos.

Page 29: TCC - Segurança do trabalho

29

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA

Este procedimento tem como finalidade estabelecer orientações gerais sobre

o monitoramento de Higiene Industrial da empresa.

A GREEN STEP CHEMICAL do Brasil planta de Guarulhos tem um

programa de monitoramento ambiental para assegurar que a exposição ao ambiente

de trabalho esteja dentro dos limites de tolerância determinados pelas legislações

governamentais pertinentes.

É política da Empresa proteger a saúde do funcionário evitando a sua

exposição a agentes ambientais que possam causar danos à saúde. Para alcançar

este propósito, os riscos em potencial são identificados, avaliados e controlados

através de medidas implementadas.

1.9.1 AVALIAÇÕES DE RUÍDO

Determinar condições mínimas de trabalho para exposições a ruído

industrial, tomando como base o estabelecido por lei, isto é, para um período de 8

horas diárias de trabalho, durante 5 dias por semana, o máximo nível de ruído

permitido é de 85 dB(A), de acordo com a portaria 3214/78 - anexo 1 - NR15.

Medições efetuadas:

a) As medições serão efetuadas a partir do momento em que forem

identificados os locais onde o índice de ruído ultrapasse ao limite estabelecido por

lei.

b) Após identificados os locais e realizadas as medições, determinar o

controle através de métodos de engenharia e/ou equipamentos de proteção auricular

como meio intermediário até que a redução seja efetuada através dos métodos

adequados.

c) Se o controle através de técnicas de engenharia forem impraticáveis,

controle administrativo para redução de exposição deve se implantado.

Page 30: TCC - Segurança do trabalho

30

d) Qualquer equipamento novo, deverá atuar em níveis aceitáveis de ruído,

cumprindo os requisitos da lei e da política da empresa.

e) O equipamento utilizado é o audiodosímetro Quest Q-400, devidamente

calibrado.

1.9.2 CRITÉRIO PARA ILUMINAMENTO

Tem o objetivo de assegurar que cada funcionário nos trabalhos

desenvolvidos sob baixa iluminação, contraste, brilho e tempo de percepção, não

sejam candidatos à fadiga visual.

Métodos de medição:

a) Determinar os locais onde serão realizadas as medições.

b) Colocar o aparelho em ponto fixo no local de trabalho para obter as

medições, quando não for possível fazer as medições a 0,75cm do piso.

c) O instrumento utilizado será o luxímetro marca Yokogawa com fotocélula

corrigida e sensibilidade relativa ao olho humano e as medições tem confiabilidade

com a NBR 5413 _ NR 17 da portaria 3214/78 e MB.

d) Para cada tipo de local e atividade deverá ser realizado 3 medições.

e) Considerar o valor mais alto das 3 medições quando:

• Tarefa apresenta com refletâncias e contrastes bastante baixos;

• Trabalho visual é crítico;

• Alta produtividade ou precisão são a grande importância;

• A capacidade do observador esta abaixo da média.

f) Usar o valor mais baixo das medições quando:

• Refletância ou contrastes são relativamente altos;

• A velocidade e/ou precisão não são importantes;

• A tarefa é executada ocasionalmente.

Page 31: TCC - Segurança do trabalho

31

1.9.3 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR

Sempre que for identificado algum setor com fonte de calor intenso este

deverá ser controlado através de medidas aplicáveis ao ambiente. Quando o

controle da fonte geradora não for viável por razões técnicas ou econômicas serão

usadas medidas administrativas de proteção.

DEFINIÇÕES: O calor pode ser causador de stress térmico pela exposição

ocupacional. Esta exposição normalmente é causada por uma longa permanência

em locais com índice de calor muito elevado.

Ciclo de Trabalho: Conjunto das atividades desenvolvidas pelo trabalhador

em uma seqüência definida e que se repete de forma contínua no decorrer da

jornada de trabalho.

Posto de Trabalho: Todo e qualquer local onde o trabalhador permanece

durante o desenvolvimento de seu ciclo de trabalho.

Situação Térmica: Cada parte do ciclo de trabalho, onde as condições

ambientais são mantidas constantes, de forma que os parâmetros a serem

estabelecidos permaneçam inalterados.

Limites de Tolerância: Representa as condições sob as quais se acredita

que a grande maioria dos trabalhadores possa ficar continuamente exposta,

diariamente, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.

MEDIÇÕES: A avaliação da exposição ao calor é feita através da análise da

exposição de cada trabalhador, cobrindo-se todo o seu ciclo de trabalho.

Portanto, devem ser feitas medições em cada situação térmica a que fica

submetido o trabalhador. O número de situações térmicas poderá ser superior ao

número de pontos de trabalho, já que no mesmo ponto poderão ocorrer duas ou

mais situações térmicas distintas.

As leituras das temperaturas devem ser iniciadas após 25 minutos de

estabilização do conjunto, na situação térmica em que esta sendo avaliada, e

Page 32: TCC - Segurança do trabalho

32

repetida a cada minuto. Deverão ser feitas no mínimo 3 leituras, ou tantas quantas

forem necessárias, para se observar uma oscilação não superior a 0,1º C entre as

três últimas leituras, sendo considerada leitura final a média destas. Quando a

situação avaliada não envolver carga solar, a medição de temperatura de bulbo seco

será necessária.

Outro parâmetro a ser medido é o tempo de permanência do trabalhador na

situação térmica analisada em cada ciclo de trabalho. Este parâmetro é determinado

através da média aritmética de no mínimo três, cronometragens, feitas durante a

observação do trabalhador na execução do seu trabalho.

1.9.4 CONCEITOS TÉCNICOS DE CONTROLE

Após ter os dados do LT da exposição ao calor, e sendo estes limites

superiores ao estabelecido pela legislação em vigor, adotar ,os seguinte métodos de

controle.

• Climatização: Adaptação lenta e progressiva do organismo ao trabalho

num local quente. É medida de fundamental importância na prevenção de riscos

decorrentes da exposição ao calor.

• Regime de Trabalho: Adotar períodos de trabalho alternados com

períodos de descanso, visando à redução da sobrecarga térmica a níveis

compatíveis com o organismo humano. Quando o tempo de exposição não for

compatível com as condições de trabalho observadas, deve-se fazer um estudo dos

procedimentos de trabalho no sentido de determinar o regime de trabalho / descanso

que atenda aos limites recomendados

• Equipamento de Proteção Individual: Devem ser utilizados para proteção

das diversas partes do corpo. Para locais muito quentes onde se executam

operações esporádicas ou com suprimento de ar fresco, tais roupas devem proteger

todo o corpo, inclusive a cabeça e os olhos.

Quando a exposição ao calor não é muito intensa, roupas de tecidos leves e

de cor clara devem ser usadas.

• Treinamento: Orientar o trabalhador quanto a prática correta de suas

tarefas, evitando, por exemplo, esforços físicos desnecessários ou longo tempo de

Page 33: TCC - Segurança do trabalho

33

permanência próximo a fonte. Conscientizar o funcionário do risco que representa a

exposição ao calor intenso, ser treinado quanto ao uso correto de EPI’s e roupas

especiais e alertado quanto a importância do asseio pessoal, incluindo a troca de

roupas quando estas estiverem úmidas ou molhadas.

1.10 ERGONOMIA

DEFINIÇÃO: A Ergonomia poder ser definida como o trabalho inter-

profissional que, baseado num conjunto de ciências e tecnologias, procura o ajuste

mútuo entre o ser humano e seu ambiente de trabalho de forma confortável,

produtiva e segura, basicamente procurando adaptar o trabalho às pessoas.

Este procedimento visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação

das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de

modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,

transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições

ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

1.10.1 GOE (Grupo de Orientação Ergonômica)

Grupo constituído por funcionários da empresa que têm por objetivo fazer a

gestão das questões ergonômicas na empresa.

O GOE é responsável por realizar levantamento ergonômico dos setores e

ocorrências ergonômicas pontuais. Analisar, testar e promover estudos antes da

aquisição de materiais, equipamentos, mobiliários e mudanças de layout. Promover

treinamentos quanto à utilização correta das ferramentas de trabalho, postura no

trabalho, movimentos e atitudes corretas no desenvolvimento laboral. Promover

orientação, e até mesmo paralisação da operação nos casos em que se identifique

trabalho fora de recomendação ou recomendação que esteja fora da especificação

proposta. Auditorias periódicas das recomendações propostas nas análises

solicitadas.

Page 34: TCC - Segurança do trabalho

34

1.11 LIQUIDOS E COMBUSTÍVEIS INFLAMÁVEIS

A GREEN STEP CHEMICAL, tem situações que podem gerar Eletricidade

Estática, tais como: transferência de produtos por tubulações, enchimento e

esvaziamento de tanques, tambores, baldes, containers, aplicação de pintura a

revólver, exaustão, na utilização de agitadores, moinhos, bombas de transferência

de líquidos, carregamentos de pós etc.

1.11.1 DEFINIÇÕES

Eletricidade Estática: é uma forma de energia que pode ser produzida por

fricção, contato ou indução entre dois corpos não condutivos. Esta energia também

é produzida quando um líquido, não condutor de corrente elétrica (exemplo xilol,

toluol,etc), passa por tubulações ou mangueiras, quando cai em queda livre através

do ar em forma de gotas ou jatos, quando agitado em recipientes ou quando o ar ou

gases borbulham através dele.

Esse fenômeno ocorre pelo atrito gerado entre o líquido e outros materiais,

ocorrendo uma transferência de elétrons de um para o outro.

Aterramento Elétrico: caracteriza-se pela conexão à terra das partes

metálicas da instalação ou dos equipamentos, como tubulações ou estruturas de

máquinas e que, em condições normais de utilização, não estão energizadas. O

propósito do aterramento é escoar para a terra (solo) as cargas elétricas perigosas,

com base na capacidade da terra em “absorver” cargas elétricas.

1.11.2 RISCOS:

Com a acumulação de Eletricidade Estática ocorre uma diferença de

potencial que pode ser dissipada, com a descarga desta energia, por meio de um

aterramento elétrico (fio ligado a terra), pelo contato direto entre dois corpos ou

mesmo pela formação de arco (faísca) ao aproximar um corpo do outro.

Page 35: TCC - Segurança do trabalho

35

Notar, portanto, que o grande risco da formação desta eletricidade, é quando

manuseamos produtos inflamáveis como: solventes, gasolina, álcool, tintas,

vernizes, etc., e esta, ao se descarregar para o solo ou em outro corpo, se

transforma em arco (faísca), resultando na detonação ou ignição dos gases ou

vapores, na presença do oxigênio ambiente.

1.11.3 MEDIDAS PREVENTIVAS

Aterramento Elétrico

Como é impossível impedir a formação da Eletricidade Estática, devemos

adotar medidas preventivas no intuito de eliminar a liberação desta energia na forma

de centelha (faísca). Um dos meios mais comuns é o ATERRAMENTO ELÉTRICO

que permite a dissipação para o solo, de maneira segura e eficiente, mantendo-se

sempre máquinas, tubulações, tambores, baldes e recipientes ligados à terra.

Todos os recipientes acima de 5 litros deverão ser aterrados com garras de

aterramento, sendo que para embalagens de um galão ou menores é aceitável o

aterramento indireto (embalagens sobre uma superfície metálica aterrada). Ex:

envase de galão e quartinho de tinta pelo uma máquina de envasar. Máquina está

aterrada, galão e quartinho estão aterrados indiretamente.

OBS:

Descarte dos produtos: Embalagem (galão) deverá ser aterrada com garra

de aterramento e o quartinho deverá ser feito o aterramento indireto pelo funil (funil

aterrado), encostando o quartinho no funil antes de iniciar o descarte.

Page 36: TCC - Segurança do trabalho

36

1.12 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

1.12.1 BRIGADA DE INCÊNDIO

DEFINIÇÕES:

Emergência: Toda e qualquer situação fora do processo normal do setor,

que envolva incêndio, vazamentos, explosões, desabamentos, inundações,

acidentes graves, primeiros socorros e resgate.

Coordenador de Brigada: Supervisor, ou técnico por ele designado para

atuar na organização da Brigada.

Líder da Brigada: Membros da Brigada que nos treinamentos apresentaram

condições de assumir esta função, tendo sido designados pelo Coordenador da

Brigada.

Brigada de controle de emergência: Equipe formada por funcionários dos

vários setores da empresa, com instrução para atuarem em situações de

emergências.

Os supervisores deverão indicar os funcionários de seu setor, para serem

membros da Brigada, sempre que solicitado pelo coordenador da Brigada, e dentro

dos requisitos mínimos especificados:

Ser voluntário e não imposto

Tempo de empresa: 1 ano

Aprovação médica

Page 37: TCC - Segurança do trabalho

37

APRESENTAÇÃO DE BRIGADISTA

DE: ______________ PARA: _____________ NESTA DATA __/__/__, ESTAMOS APRESENTANDO O SR.____________________________________________________________ CIF:___________________ RG:________________________ FUNÇÃO:___________________________RAMAL________________ SETOR:__________________________ C. Custo ________________ TRABALHANDO NO HORÁRIO _________________________________ REVEZAMENTO ( ) FIXO ( ) SE REVEZADO QUAL A SEQUÊNCIA____________________________ QUAL FUNÇÃO NA BRIGADA __________________________________

COMO CANDIDATO A PERTENCER AO NOSSO QUADRO DA BRIGADA DE EMERGÊNCIA. (VOLUNTÁRIO)

__________________ _________________ SUPERVISOR BRIGADISTA __________________ MÉDICO ___________________ COORD.BRIGADA

Green Step Chemical

Page 38: TCC - Segurança do trabalho

38

O Coordenador de Brigada: Deverá organizar treinamentos de formação e

aperfeiçoamento de forma a atender as legislações vigentes (NR 23, NBR 14276

Instrução Técnica 17 e NFPA 600).

Manter um quadro de brigadistas compatível com as necessidades de

resposta a emergência da planta. Recomendam-se 18 brigadistas por turno.

Toda vez que se ausentar da planta, comunicar ao seu suplente.

Programar os treinamentos e comunicar aos brigadistas e respectivos

supervisores imediatos para que deles participem.

Programar os treinamentos de formação da Brigada e os de

aperfeiçoamento anualmente. Para todos os treinamentos deverá ter uma lista de

presença com as assinaturas dos presentes e o resumo do que foi ministrado.

Promover treinamento externo e certificação dos motoristas de ambulância.

Toda vez que observar que algum brigadista não está apto a atuar na

Brigada (ex-trabalho restrito), deverá solicitar ao supervisor do mesmo a substituição

temporária.

Informar ao supervisor de seguros toda a alteração que houver na Brigada.

Efetuar simulados de ações táticas para controle de emergência, juntamente

com evacuação de área dos prédios da planta.

Organizar simulados para avaliação da sistemática de comunicação externa.

Os Técnicos de Segurança: Deverão Assumir a liderança da Brigada de

Emergência em conjunto com os líderes da brigada quando o coordenador da

brigada não estiver presente

Dar apoio ao coordenador da brigada, nas situações de emergência.

Participar dos treinamentos e exercícios práticos da brigada de emergência

sempre que necessário.

Os Brigadistas Formados: Após o curso de formação, deverão colocar em

prática todas as orientações de prevenção fornecidas durante o curso.

Fazer o uso durante a jornada de trabalho de uma identificação (Capacete

Vermelho).

Page 39: TCC - Segurança do trabalho

39

Comparecer aos treinamentos programados pelo departamento de

segurança, admitindo-se um máximo de até três faltas justificadas/ ano.

Atuar nas emergências, seguindo sempre as orientações de quem estiver na

coordenação do evento, de acordo com o plano de atuação da brigada na seqüência

deste procedimento.

Participar das inspeções rotineiras dos equipamentos de segurança,

combate e contenção de derramamentos, localizados na sua área de trabalho,

conforme for designado.

1.11.1.2 CURSO BÁSICO DE FORMAÇÃO DA BRIGADA

MÓDULO UM:

Introdução;

Teoria do fogo;

Propagação do fogo;

Classes de incêndio;

Prevenção de incêndio;

Métodos de extinção;

Agentes extintores;

Equipamentos de combate a incêndios;

Equipamentos de detecção, alarme e comunicações;

Abandono de área;

Riscos de Produtos Químicos (IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS DE FOGO

DOS MATERIAIS);

básico sobre contenção de derramamento de produtos químicos;

Práticas de combate a incêndios.

MÓDULO DOIS:

Proteção respiratória.

Page 40: TCC - Segurança do trabalho

40

MÓDULO TRÊS:

Resgate e primeiros socorros.

1.11.1.3 EXERCÍCIOS SIMULADOS:

O coordenador da brigada deve programar no mínimo 3 simulados ao ano

(nos três turnos de trabalho)

1.11.1.4 EQUIPES DA BRIGADA E SUAS ATRIBUIÇÕES EM EMERGÊNCIA E PREVENÇÃO:

Quando houver uma emergência e todas as equipes comparecerem, deve –

se obedecer às divisões de equipe.

Quando estiver reduzido o número de brigadistas em uma emergência, deve

ser observada a situação e os brigadistas devem atuar nas posições prioritárias,

independente de ser ou não sua posição designada.

Lembrar sempre a ordem de prioridades:

1- Equipar-se;

2- Salvar;

3- Controlar;

4- Relatar.

Líder: Quando de eventos em que o coordenador da brigada estiver

participando, o líder deve ficar ao seu lado para receber orientações.

Nos casos em que o coordenador e os técnicos não estiverem presentes, o

líder deverá atuar como coordenador da brigada e atuar juntamente com o

coordenador de área afetada (CAA).

Motorista: Aquecer a viatura em seu horário de trabalho, conhecer a

operação da mesma (haverá treinamento específico) e localização dos materiais na

Page 41: TCC - Segurança do trabalho

41

viatura. Levar o veículo para o local da emergência e posicionar a viatura de forma

que não feche o local (trânsito).

Não se expor ao risco, ficar na viatura auxiliando na retirada de materiais tais

como:

Colar cervical

Conjunto Tyvek

Respiradores/Autônomos

Conjunto de aproximação (fogo)

Combatente: Combater princípios de incêndios (extintores), montar linhas

de mangueiras, pressurizar as linhas, e aguardar instruções do coordenador da

brigada, verificar junto ao líder a necessidade do uso de canhão ou montagem da

linha de espuma e socorrer a possíveis vitimas na linha de frente.

Salvamento: Esta equipe foi montada não só para socorrer, mas também

dar apoio na evacuação de prédios, fechamento de portas corta fogo, resgate de

pessoas em espaços confinados e em altura.

Emergência Química: Equipe destinada para o pronto atendimento a

vazamento líquido, sólido e gasoso, conter e recolher o derramamento usando

herpes corretos para cada produto, manter o local limpo e deixar organizado o kit de

derramamento, repondo os materiais tão logo possível.

Pronto Socorrista: Deve receber possível vitimas da emergência, aplicar as

técnicas dos sinais vitais, direcionar a ambulância no local da emergência, conhecer

os equipamentos da ambulância bem como retirada da maca da mesma e suportar o

representante do departamento médico da empresa na emergência.

Page 42: TCC - Segurança do trabalho

42

1.11.1.4. TIPOS DE BRIGADAS E LIMITES PARA ATUAÇÃO

Brigada tipo I - Limites para brigadas de incêndio designadas com deveres

de combate à incêndio incipientes.

- Roupas Normais de trabalho

- Não exigido ação defensiva

- Não há necessidade de roupas de aproximação e SCUBA (Aparelho de

respiração autônoma).

- Extintores portáteis e mangueiras até 125GPM (475 LPM)

Brigada tipo II - Limites para brigadas de incêndio designadas apenas com

deveres avançados de combate à incêndio externo.

- Ação defensiva dentro da zona quente

- Treinamento

- Há necessidade de roupas de aproximação e SCUBA ( aparelho de

respiração autônomo)

- Mangueiras até 300 GPM (1140LPM).

Brigada tipo III - Limites para brigadas de incêndio designadas apenas com

deveres de combate à incêndio estrutural ( resgate) interno.

- Combate dentro da zona quente

- Treinamento

- Há necessidade de roupas de aproximação e SCUBA ( aparelho de ar

respirável)

OBS: A Brigada de Incêndio da planta de Guarulhos está classificada como

Brigada de Incêndio tipo II - Avançado de Combate à Incêndio Externo.

1.11.1.5 Benefícios: Não serão descontados em folha de pagamento os

valores referentes a uma refeição/dia, exceto os multiprodutos.

Page 43: TCC - Segurança do trabalho

43

2. CONCEITOS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

2.1. CONCEITOS BÁSICOS

Neste item, são apresentados conceitos básicos e definições utilizadas nos

SGSST, que são abordadas ao longo deste trabalho e cujo conhecimento é de

importância para a utilização das ferramentas que são tratadas.

2.2. ACIDENTES

Segundo a norma OHSAS-18001, o acidente é definido como “evento

indesejável que resulta em morte, problemas de saúde, ferimentos, danos e outros

prejuízos”.

O conceito legal de acidente do trabalho encontra-se no Art. 2º da Lei nº

6367, de 19.10.76, sob a seguinte definição:

“Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a

serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause

a morte ou perda, ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o

trabalho”.

Do ponto de vista prevencionista o acidente do trabalho é “uma ocorrência

não programada que interfere no andamento do trabalho, ocasionando danos

materiais ou perda de tempo útil” (FUNDACENTRO, 1980).

Segundo Saurin (2002), acidente é a ocorrência não planejada, instantânea

ou não, decorrente da interação do ser humano com seu meio ambiente físico e

social de trabalho e que provoca lesões e danos materiais. Esta definição visa a

enfatizar três aspectos:

(a) ao estabelecer que os acidentes são eventos não planejados, é

reconhecido o papel do acaso na sua ocorrência;

(b) os acidentes não têm relação exclusivamente com o meio ambiente físico

do trabalho (máquinas, ferramentas e condições de iluminação e ruído, por

exemplo), mas envolvem, também, o meio ambiente social (organização do trabalho

e relacionamentos entre pessoas, por exemplo) dentro do qual o trabalho é

Page 44: TCC - Segurança do trabalho

44

desempenhado; (c) os acidentes apenas com danos materiais também são

considerados acidentes de trabalho.

2.3. INCIDENTES OU QUASE ACIDENTES

Segundo a Norma OHSAS-18001, o incidente é definido como: “um evento

não previsto que tinha potencial de gerar acidentes”.

Conforme Benite (2004), o termo “incidente” é definido como: “uma

ocorrência insegura que surge do trabalho ou ao longo deste, em que não são

gerados danos pessoais”.

O incidente ou quase acidente é a ocorrência que não resulta em danos

pessoais, materiais e outros prejuízos.

Hinze (1997) apud Saurin (2002) define os quase acidentes como eventos

que não envolveram lesões aos trabalhadores ou dano à propriedade, mas que

apresentaram alto potencial para tanto. Assim, por exemplo, se uma ferramenta cai

de um andaime e não atinge ninguém no pavimento térreo, nem causa danos

materiais, configura-se um quase-acidente.

2.4. ATOS INSEGUROS

Os atos inseguros são ações executadas pelos homens que são fontes

causadoras de acidentes pessoais, materiais e incidentes. São exemplos:

permanecer sob cargas suspensas, dirigir veículos industriais sem estar habilitado,

não utilizar os equipamentos de proteção individual, não respeitar sinalizações de

segurança, entre outros.

Segundo Zócchio (1977), ato inseguro é a maneira que as pessoas se

expõem, conscientemente ou inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses

os atos responsáveis por muitos dos acidentes que ocorrem nos ambientes de

trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido.

Page 45: TCC - Segurança do trabalho

45

2.5. CONDIÇÕES INSEGURAS

As condições inseguras são diretamente ligadas às condições do ambiente,

que são fontes causadoras de acidentes pessoais, materiais e incidentes. São

exemplos: máquinas sem proteções adequadas, iluminação 17inadequada, área de

trabalho sem isolamento adequado, piso escorregadio ou esburacado, escadas sem

corrimão, etc.

Segundo Zócchio (1977), condições inseguras são aquelas que

comprometem a segurança do trabalhador ou em outras palavras, as falhas,

defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança que põem

em risco a integridade física e a saúde de pessoas, e a própria segurança das

instalações e dos equipamentos.

2.6. INDICADORES PRÓ-ATIVOS

Hopkins (1994) apud Benite (2004) denomina indicadores pró-ativos aqueles

que são capazes de detectar ou medir resultados ou impactos negativos em fases

suficientemente precoces a fim de gerar informações que levem a ações que

permitam, ou que possibilitem interromper o curso evolutivo, reverter o processo e

evitar o fato ou a sua ocorrência.

2.7. INDICADORES REATIVOS

Hopkins (1994) apud Benite (2004) denominam indicadores reativos aqueles

que são capazes de detectar ou medir resultados ou impactos após a ocorrência de

eventos cuja análise, ainda que após o fato, auxiliam com informações para

realimentar o processo de melhoria contínua.

2.8. REGISTRO ADMINISTRATIVO

Conforme Bartolomeu (2002), o registro administrativo é um modelo

impresso, padronizado, o qual compreende uma série de campos a serem

preenchidos, sendo uma parte destes, de natureza cadastral (nome, endereço, sexo,

idade, etc.). Ele pode ser de âmbito nacional, regional, local ou setorial.

Page 46: TCC - Segurança do trabalho

46

Segundo o mesmo autor, este registro administrativo, quando devidamente

preenchido, torna-se um documento técnico definitivo com fins operacionais e

fiscalizadores. Dependendo da sua natureza, os dados nele coletados podem ser

utilizados como fontes de informação estatística e conjuntural a partir das quais é

possível a geração de relatórios, os quais podem ser utilizados para a realização de

estudos que assinalam tendências bem como a elaboração de diagnósticos acerca

do seu objeto de analise.

Dentre os registros administrativos conhecidos a nível nacional pode-se citar

o Comunicado de Acidente do Trabalho (CAT), conhecido por “a CAT”.

2.9. COMUNICADO DE ACIDENTE DO TRABALHO (CAT)

O CAT é um registro administrativo que deve ser preenchido toda vez que

um trabalhador do setor formal, regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas –

CLT sofre um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional. O seu objetivo é

notificar o evento ao Instituto Nacional de Seguridade Social, o qual deverá tomar as

devidas providências no caso do trabalhador ter que se afastar do trabalho para

tratamento e recuperação por um período superior a 15 dias consecutivos.

Este registro administrativo compreende 63 campos de preenchimento

destinados ao registro das informações relevantes do trabalhador acidentado, do

seu empregador, do acidente ou doença sofrido, das testemunhas, bem como da

lesão, do diagnóstico e do atendimento médico prestado ao trabalhador acidentado;

além de outras informações administrativas. O seu preenchimento tem uma

importância muito grande, não só para garantir o direito do trabalhador ao seguro

acidentário, mas também para alimentar a base de dados que é utilizada para

mapear as ocorrências por tipo, motivo, região, atividade econômica, faixa etária etc.

2.10. FERRAMENTAS DE GESTÃO OU GERENCIAIS.

Ferramenta: 1. Qualquer instrumento ou utensílio empregado nas artes ou

ofícios; 2. O conjunto desses utensílios (Dicionário Michaelis).

Page 47: TCC - Segurança do trabalho

47

Gestão: 1. Ato de gerir. 2. Administração, direção. G. de negócio:

administração oficiosa de negócio alheio, feita sem procuração (Dicionário

Michaelis).

Ferramentas de gestão ou gerenciais de SST são instrumentos que auxiliam

as organizações na avaliação dos seus modelos de gestão de SST, provendo

indicadores pró-ativos e reativos, permitindo a alta direção executar análises destes,

corrigir desvios e trazer a melhoria contínua à SST.

2.11. CHECK-LIST

Lista composta de diversas perguntas, relacionadas à segurança do

trabalho, com intuito de verificar a performance de segurança das máquinas,

equipamentos, instalações ou pessoas.

2.12. PRODUTOS PERIGOSOS

Conforme procedimento do sistema de gestão, da Green Step Chemical,

considera-se produto perigoso todo produto material que seja isoladamente ou não,

corrosivo, tóxico, radioativo, inflamável, oxidante e que devem receber tratamento

especial durante o seu manuseio, armazenamento, processamento, embalagem e

transporte, em razão de representar riscos à saúde das pessoas, meio-ambiente,

equipamentos e patrimônio.

2.13. EMPRESA CONTRATADA

Empresa que executa qualquer tipo de serviço contratado para pessoa ou

empresa, mesmo que eventual ou por poucas horas.

Conforme a Green Step Chemical as empresas contratadas pode ser

caracterizadas em função da duração de execução dos serviços:

• Residente - Acima de doze meses;

• Temporária - Acima de sete dias até onze meses;

• Eventual - Até sete dias

Page 48: TCC - Segurança do trabalho

48

3. DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA (DDS)

3.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA

O DDS é um treinamento que tem como objetivo alertar os trabalhadores

sobre os riscos existentes nas atividades que desenvolverão durante o dia, sejam

elas de rotina ou não. Ele pode ser aplicado a todos os trabalhadores (químicos,

operadores de máquinas, auxiliares administrativos e todos que corram algum risco

pertinente ao trabalho.) antes do início das atividades diárias, onde o grupo é

reunido pelo encarregado, mestre ou técnico de segurança e são discutidos

assuntos referentes à segurança e saúde no trabalho como: riscos da atividade,

equipamentos de proteção individual e coletiva necessários, conhecimento de todos

os rótulos de substâncias químicas, requisitos da legislação de segurança, etc.

O treinamento é importante não somente para informar aos trabalhadores

sobre a existência dos riscos e perigos existentes, mas também para ensiná-los a

sistematizar o uso de procedimentos seguros para a execução das atividades

diárias.

Segundo a Green Step Chemical, treinamento adequado é aquele que leva à

melhoria do desempenho individual e das equipes de trabalho.

3.1.2. APLICAÇÃO

A forma de abordagem dos temas pode ser efetuada de forma simples e

diversificada, para tornar o DDS mais interessante, melhorando o índice de absorção

dos trabalhadores.

Exemplos de abordagens dos temas:

• apresentação pelo encarregado, mestre ou técnico de segurança;

• sorteio de trabalhador para expor suas idéias sobre o tema;

• interativo ou prático (executado no posto de trabalho), onde é possível

demonstrar na prática os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos.

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49

Os assuntos abordados e os trabalhadores que receberam treinamento

devem ser registrados em lista de presença e dela deve constar à assinatura de

cada um dos participantes.

Como sugestão pode se elaborar um banco de dados para facilitar o

gerenciamento das informações como: temas apresentados, trabalhadores treinados

e tempo de treinamento.

3.1.3. INDICADORES

Para acompanhamento desta ferramenta podem ser utilizados indicadores

pró-ativos, por exemplo, os indicados na tabela 3.2.

Nota: Em todas as tabelas de indicadores, o prazo considerado para a meta

é de um ano.

Os índices de treinamento e de funcionários treinados devem ser

acompanhados por obra e separando o pessoal administrativo dos operacionais,

assim facilitando o monitoramento, controle e tomadas de decisões para corrigir

desvios.

Page 50: TCC - Segurança do trabalho

50

3.2. PALESTRAS DE SEGURANÇA

3.2.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA

As palestras de segurança têm como objetivo orientar os trabalhadores

sobre assuntos específicos, onde o tema tratado é abordado de forma mais

abrangente, buscando esclarecer as dúvidas existentes, deixando clara a

responsabilidade de cada um quanto a SST.

O treinamento dos trabalhadores, encarregados e mestres são elementos

essenciais em qualquer programa de segurança e saúde do trabalhador. Os

treinamentos devem contemplar os princípios gerais de SST, de forma integrada aos

treinamentos das tarefas, específicos para cada setor de trabalho.

As orientações de segurança e o treinamento dos trabalhadores devem

incluir explanações de padrões de conduta, regras de segurança, plano de

emergência, uso e localização de equipamentos de segurança e de proteção a

incêndio no canteiro. Cada trabalhador deve ser treinado para reconhecer e evitar

condições inseguras no ambiente de trabalho.

Todo trabalhador que iniciar o trabalho ou uma nova atividade na obra deve

receber orientações básicas de segurança. Isto é obrigatório, uma vez que a

legislação estabelece requisitos mínimos de treinamento.

3.2.2. APLICAÇÃO

Para o treinamento dos gerentes, coordenadores, engenheiros e técnicos a

empresa deve contratar consultores externos especializados, quando os

profissionais internos ou os recursos próprios forem insuficientes para atender às

necessidades da organização.

A abordagem dos temas de SST para os mestres, encarregados, líderes e

operacionais deve ser efetuada de forma simples e diversificada, para tornar o

treinamento mais acessível, assim melhorando o índice de absorção dos

trabalhadores.

Page 51: TCC - Segurança do trabalho

51

Exemplos de abordagens dos temas:

• explanação pelo técnico ou engenheiro de segurança;

• explanação pelo engenheiro responsável ou residente;

• explanação pelo coordenador de obras.

Os assuntos abordados e os trabalhadores que receberam treinamento

devem ser registrados em lista de presença com assinatura dos participantes. Na

lista devem constar as seguintes informações: assunto, data, horário de início e

término, duração, nome do participante e nome do docente.

Como sugestão, pode se elaborar um banco de dados para facilitar o

gerenciamento das informações como: temas apresentados, trabalhadores treinados

e tempo de treinamento.

3.2.3. INDICADORES

Para acompanhamento desta ferramenta podem ser utilizados indicadores

pró-ativos, por exemplo, os indicados na tabela 3.2.

Os índices de treinamento e funcionários treinados devem ser

acompanhados por setores e separando o pessoal administrativo dos operacionais,

assim facilitando o monitoramento, controle e tomadas de decisões para corrigir

desvios.

Page 52: TCC - Segurança do trabalho

52

4. INSPEÇÕES DE SEGURANÇA

4.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA

A inspeção de segurança tem como objetivo realizar verificações de

segurança nos postos de trabalho, ou seja, avaliar se os procedimentos de

segurança são seguidos pelos trabalhadores, e observar atos inseguros e condições

inseguras que possam provocar danos pessoais, materiais e ambientais.

As inspeções de segurança visam, não importa quem as façam, a

descoberta de riscos comuns, já conhecidos e mais elementares, tanto sob o ponto

de vista material como pessoal. Exemplos desses riscos são: falta de protetores em

máquinas; protetores danificados, funcionando mal ou mal usados; desordem;

desarrumação; disposição de materiais de maneira perigosa; uso de equipamentos

de forma insegura; falta ou uso inadequado de equipamentos de proteção individual

(EPI); falta ou uso inadequado de equipamentos de proteção coletiva (EPC); etc.

Conforme Cruz (1998) fica claro que a maioria dos acidentes são realmente

uma combinação de condições inseguras do ambiente e atos inseguros dos

trabalhadores. Hipoteticamente se os trabalhadores não fizerem absolutamente

nada no local de trabalho, eles provavelmente não serão feridos. Do mesmo modo,

se um trabalhador fosse executar uma tarefa sem qualquer ferramenta ou material, a

probabilidade de um acidente também seria bastante reduzida. Logo, virtualmente

todo acidente envolve ações e condições físicas. Assim, o gerenciamento da

segurança deverá enfocar as condições inseguras de cada setor e o comportamento

do trabalhador que irá executar as ações.

As ações dos trabalhadores são influenciadas pelos próprios trabalhadores,

por seus supervisores imediatos (mestres ou encarregados e por toda a alta

gerência. Todos exercem um papel no jogo delicado da segurança. Para um

empreendimento ser seguro, cada uma das partes deve estar comprometida para

prover um ambiente de trabalho que conduza a um bom desempenho de segurança.

Por este motivo todos devem participar ativamente das inspeções de

segurança, seja executando as inspeções, analisando seus resultados ou

promovendo as ações corretivas para sanar os desvios encontrados.

Page 53: TCC - Segurança do trabalho

53

Segundo Zócchio (1977), as inspeções de segurança constituem uma

grande fonte de informações que auxiliam na determinação de medidas de

segurança que previnem os acidentes do trabalho. Quando bem executadas e

envolvendo todos os que têm sua parte de responsabilidade, as inspeções atingem

os seguintes objetivos:

• possibilitam a determinação de meios preventivos antes da ocorrência de

acidentes;

• ajudam a fixar nos trabalhadores a mentalidade da segurança do trabalho e

da higiene industrial;

• encorajam os próprios trabalhadores a agirem como inspetores de

segurança nos seus serviços;

• melhoram o entrelaçamento entre os serviços de segurança e os demais

setores da empresa;

• divulgam e consolidam nos trabalhadores o interesse da empresa pela

segurança do trabalho;

• despertam nos trabalhadores a necessária confiança na administração e

angariam a colaboração de todos para a prevenção de acidentes.

As inspeções devem ser executadas de forma sensata, ou seja, o inspetor

não deve usar de artimanhas ou chegar de surpresa nas áreas para pegar

flagrantes.

4.1.2. APLICAÇÃO

As inspeções de segurança devem ser aplicadas por gerentes,

coordenadores, engenheiros, técnicos, administrativos, mestres, encarregados,

líderes de equipes, membros da CIPA e trabalhadores, desde que sejam treinados e

habilitados em como inspecionar, principalmente visual e auditivamente, e como agir

quando perceberem qualquer irregularidade.

Page 54: TCC - Segurança do trabalho

54

Segundo Zócchio (1997), as inspeções de segurança devem ser

formalizadas e completar determinado ciclo para que sejam adequadas. Este ciclo é

composto por cinco fases:

a) Observação

Tudo deve ser observado, tanto do lado material como humano, tendo

sempre em mente o treinamento recebido e a experiência do dia a dia.

O inspetor dever estar atento para verificar diversos tipos de riscos como:

• falta de uso de EPI;

• posições e ações das pessoas;

• ferramentas e equipamentos;

• procedimentos;

• organização, ordem e limpeza, etc.

b) Informação

O inspetor deve comunicar qualquer irregularidade ao responsável pela

atividade onde ela foi observada. A informação imediata, mesmo verbal, pode

abreviar o processo de solução do problema, com aplicação de medidas corretivas

que se anteciparão à ocorrência do acidente.

c) Registro

Os itens verificados nas inspeções devem ser registrados em um formulário

padrão, o relatório de inspeção de segurança. Desse registro deve constar

localização geográfica dentro do canteiro onde foi localizada a irregularidade,

responsável pela atividade inspecionada, hora e data da inspeção de segurança,

quantidade de pessoas que foram inspecionadas, quantidade de atos e condições

inseguras que foram verificadas, ações a serem tomadas e acompanhadas,

responsáveis e prazos para execução.

Page 55: TCC - Segurança do trabalho

55

Como sugestão pode-se elaborar um banco de dados para registros das

informações, assim facilitando o gerenciamento das irregularidades e ações de

controle.

d) Encaminhamento

Os registros das inspeções não são para fins estatísticos e nem para

censurar nenhum setor ou indivíduo. São para possibilitar o encaminhamento de um

pedido de reparo, de uma solicitação de compra, etc. Conforme procedimentos

próprios das organizações para ordem de serviços, pedidos de modificações, etc. O

relatório da inspeção é o documento inicial que desencadeia todo o processo de

atendimento, que é particular a cada empresa.

e) Acompanhamento

Após o registro feito e encaminhado, cabe ao inspetor e ao responsável pela

área onde foi encontrada a não conformidade o acompanhamento do processo até

a execução final. Isto deve ser feito independente do tempo que a execução demore.

Do acompanhamento faz parte o assessoramento que o inspetor deve dar aos

órgãos técnicos que executarão os trabalhos corretivos, de modo que sejam

tomadas as medidas certas de maneira mais vantajosa possível.

As cinco fases completam o ciclo de inspeções de segurança, desde a

observação inicial até o fim da execução, quando se esperam que os riscos ou não

conformidades encontradas estejam sanadas.

Page 56: TCC - Segurança do trabalho

56

f) Proposta de Formulário

Page 57: TCC - Segurança do trabalho

57

4.1.3. INDICADORES

Para acompanhamento desta ferramenta podem ser utilizados indicadores

pró-ativos, por exemplo, os indicados na tabela 3.3.

Os índices devem ser acompanhados por obra, assim facilitando o

monitoramento, controle e tomadas de decisões para corrigir desvios.

4.2. INSPEÇÕES ESPECÍFICA DE SEGURANÇA

4.2.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA

A inspeção especifica de segurança tem como objetivo realizar verificações

de segurança em máquinas, equipamentos, ferramentas, instalações, equipamentos

de proteção individual, etc. Efetuando avaliações por meio de “Check List” visando

identificar as condições do ambiente de trabalho classificando-os dentro ou fora dos

padrões de segurança.

Na inspeção específica de segurança em máquina operatriz, equipamento,

edificação ou instalações, deve ser utilizada o “Check List” específico conforme

assunto relacionado, os quais contêm tópicos básicos sobre o respectivo tema.

Ficando a critério da empresa a inclusão de novos “Check List” de acordo com suas

necessidades.

De acordo com as características das inspeções específicas de segurança,

estas podem ser classificadas como inspeções eventuais apresentadas por Zócchio

(1997).

Page 58: TCC - Segurança do trabalho

58

Tais inspeções eventuais são efetuadas esporadicamente, sem dia ou

período estabelecido. Geralmente são realizadas por pessoal do serviço de

segurança juntamente com engenheiros, para vistoriar equipamentos mecânicos,

elétricos, hidráulicos e instalações. Nessas inspeções o inspetor de segurança ou o

engenheiro de segurança devem registrar tudo como nas inspeções de segurança

(Zócchio, 1997).

4.2.2. APLICAÇÃO

Para aplicação da inspeção específica de segurança devem-se observar os

tópicos de “A” a “E” do item 3.3.2. Aplicação de inspeção de segurança.

No item “F” são apresentados alguns modelos de formulários para realização

das inspeções específicas. Outros devem ser desenvolvidos para as diferentes

situações particulares de inspeção de segurança.

Page 59: TCC - Segurança do trabalho

59

a) Proposta de Formulários

Page 60: TCC - Segurança do trabalho

60

Page 61: TCC - Segurança do trabalho

61

Page 62: TCC - Segurança do trabalho

62

Page 63: TCC - Segurança do trabalho

63

4.2.3. INDICADORES

Para acompanhamento desta ferramenta podem ser utilizados indicadores

pró-ativos, por exemplo, os indicados na tabela 3.4.

Os índices devem ser acompanhados por obra, assim facilitando o

monitoramento, controle e tomadas de decisões para corrigir desvios.

4.3. CARTÃO “PARE”

4.3.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA

O cartão “PARE” é uma ferramenta simples, mas muito importante, pois com

ele o trabalhador consegue executar uma avaliação rápida e eficiente se está apto

para atividade que irá executar.

A seguir estão relacionadas as nove perguntas do cartão “PARE” que o

trabalhador precisa ler e responder mentalmente. As perguntas estão relacionadas

ao conhecimento sobre o serviço que será executado, riscos presentes,

equipamentos de proteção individual (EPI) necessários para atividade e se ele está

em condições (físicas e psicológicas) para a execução dos serviços.

1. Eu já realizei este tipo de trabalho?

2. Eu conheço os riscos deste setor?

3. Eu estou em condições para realizar este trabalho?

4. Eu estou habilitado para realizar este trabalho?

5. Eu conheço o procedimento?

6. Eu conheço os perigos de cada etapa deste trabalho? 38

7. Eu estou utilizando os EPI previstos?

Page 64: TCC - Segurança do trabalho

64

8. As ferramentas são adequadas à tarefa e estão em condições de uso?

9. Eu conheço o que devo fazer em caso de emergência?

Quanto uma das respostas for negativa, ele deve procurar orientação junto

aos líderes, mestres, técnicos de segurança ou engenheiro residente, ou seja, uma

pessoa responsável pelo serviço que esteja apta a sanar suas dúvidas com relação

à segurança, procedimentos, etc., relacionados ao trabalho.

Para que esta ferramenta se torne eficiente é necessário a conscientização e

comprometimento das lideranças, pois a qualquer momento o trabalhador pode

paralisar suas atividades para sanar alguma dúvida. Cabe a liderança avaliar as

dificuldades do trabalhador e providenciar o treinamento necessário para torná-lo

apto para execução do serviço, minimizando a probabilidade de ocorrência de

acidentes.

4.3.2. APLICAÇÃO

Para aplicação desta ferramenta todos os trabalhadores devem receber o

treinamento adequado sobre o funcionamento desta ferramenta, para evitar a

paralisação desnecessária dos serviços ou simplesmente deixarem o cartão

guardado no bolso.

A empresa deve disponibilizar um cartão para cada trabalhador para que os

mesmos possam utilizar a ferramenta.

Page 65: TCC - Segurança do trabalho

65

4.3.3. INDICADORES

Para acompanhamento desta ferramenta pode ser utilizado o indicador pró-

ativo indicado na tabela 3.5.

Os índices devem ser acompanhados por obra, assim facilitando o

monitoramento, controle e tomadas de decisões para corrigir desvios.

Page 66: TCC - Segurança do trabalho

66

5. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

5.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA

Conforme Zócchio (1977), investigação de acidentes nos programas de

segurança do trabalho são os estudos, pesquisas e inquirições que se levam a efeito

para apurar as causas de acidentes ocorridos. É uma das atividades mais comuns

da CIPA e inspetores de segurança.

A investigação segundo o manual de Segurança da Green Step Chemical é

o ato de buscar, identificar e registrar informações e dados do acidente ocorrido tais

como: depoimentos, cronologia, extensão do seu potencial, suas principais

conseqüências de forma a possibilitar a reconstrução do cenário que levou ao

acidente.

Também segundo o manual da Green Step Chemical analisar é o ato de

buscar, identificar e registrar causas raiz e contribuintes que levaram ao acidente.

Geralmente a análise é feita pelo comitê de investigação o qual deve ser

composto conforme tabela 3.5, adiante.

É importante que todos os acidentes materiais e pessoais, graves, ou não,

sejam investigados e apurados, a fim de identificar suas causas.

Investigar os acidentes apenas para manter os registros e suas causas, ou

para no fim do mês apresentar os coeficientes de freqüência e gravidade, não

compensa em nenhum programa de segurança. Como as inspeções de segurança,

as investigações de acidentes representam uma excelente fonte de informações em

favor da segurança no trabalho. Além de possibilitar a introdução de novas medidas

de segurança onde ocorreu o acidente. Os resultados das investigações devem ser

explorados, pois pode ter aplicação em mais lugares além daquele onde ocorreu o

acidente.

A coleta de dados na investigação, quando corretamente processada,

possibilita a identificação da área, atividade, máquina, material, etc., que está

necessitando de medidas adicionais de segurança, treinamento dos indivíduos e

maior atenção por parte das lideranças. Os dados resultantes da investigação

Page 67: TCC - Segurança do trabalho

67

devem ser registrados em formulário, prático de ser preenchido, e que facilite a

compilação de dados.

A investigação de acidentes, para que atinja seu objetivo deve trazer

subsídios para a segurança do trabalho, deve ser processada em seu ciclo

41completo.

Começando pela descrição da lesão pelo serviço médico, informações

preliminares por parte do acidentado, definição das ações de segurança a serem

tomadas e acompanhamento do processo até a solução.

5.1.2. APLICAÇÃO

A investigação do acidente se inicia imediatamente após o evento ter

ocorrido ou sido constatado, com a preservação do local e coleta do máximo de

informações, depoimentos e cobertura fotográfica do local e adjacências. A

investigação não pode ir à busca de um culpado, mas sim das causas que irão evitar

sua repetição, e isso deve ser claro para todos os componentes do comitê de

investigação e pessoal entrevistado.

Todos os acidentes investigados e analisados são divulgados e o

aprendizado colhido deve ser compartilhado com os envolvidos e com todas as

áreas da organização.

Toda a área ou setor deve possuir uma forma de acompanhamento e

controle das recomendações efetuadas pelo comitê de investigação, monitorando os

prazos, custos e a conclusão.

Page 68: TCC - Segurança do trabalho

68

a) Fluxo para análise de acidente do trabalho:

Page 69: TCC - Segurança do trabalho

69

b) Comitê de investigação

A convocação do comitê de investigação deverá ser feita pelo engenheiro

responsável com dois dias de antecedência e a análise do acidente no mínimo

dentro de 48 horas (2 dias úteis) e em no máximo 5 dias úteis subseqüentes a data

de ocorrência do acidente, independente da participação do acidentado.

Para convocação do comitê de investigação o engenheiro responsável deve

levar em consideração o tipo de acidente:

• Acidente com afastamento (C/A);

• Acidente sem afastamento (S/A);

• Acidente material.

Page 70: TCC - Segurança do trabalho

70

Todas as convocações formalizadas a CIPA devem ser anexadas aos

relatórios de análise de acidentes.

O comitê criado para investigação do acidente tem caráter temporário e visa

classificar, registrar e analisar as evidências encontradas buscando a causas raízes

do acidente.

As principais funções do comitê são:

• Propor recomendações para cada causa e fator contribuinte identificado,

atribuindo responsabilidades e prazos para a implementação;

• Rever os procedimentos utilizados e melhorá-los, treinar as pessoas,

assegurar sua aplicação e fazer análise crítica dos relatórios de investigação.

Page 71: TCC - Segurança do trabalho

71

b) Proposta de Formulário:

Page 72: TCC - Segurança do trabalho

72

ANÁLISE DO ACIDENTE – ASSINALAR CUIDADOSAMENTE SEGUNDO

OS EVENTOS RELACIONADOS ABAIXO – PREENCHIMENTO

Page 73: TCC - Segurança do trabalho

73

Page 74: TCC - Segurança do trabalho

74

Page 75: TCC - Segurança do trabalho

75

6. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)

6.1. DESCRIÇÃO DA FERRAMENTA

O objetivo desta ferramenta é reconhecer e avaliar os possíveis riscos

existentes no processo, assim como identificar ações para eliminar ou reduzir a

ocorrência de tais riscos. Esta ferramenta busca a eliminação do acidente de

trabalho antes que aconteça.

Segundo Do Valle (1995) apud Benite (2004), a APR foi originada nos

programas de segurança criados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

como uma ferramenta para identificar os pontos mais vulneráveis de uma instalação

e de um processo, permitindo a adoção de medidas para prevenir acidentes.

Segundo Seiver (1998) apud Benite (2004), esta técnica foi projetada para

determinar a presença de riscos nas operações em sua fase de estudo e projeto.

Assim, ela pode ser facilmente aplicada em novos projetos, em ampliações ou

modificações e ainda em unidades existentes.

A análise preliminar de risco (APR) conforme KOLLURU (1996) apud

SAURIN (2002) é largamente utilizada para o planejamento da segurança, uma vez

que ela abrange ao menos três, dentre as quatro etapas do ciclo de gerenciamento

de riscos: identificação de riscos, avaliação de riscos e resposta aos riscos.

A APR é, portanto, uma análise inicial "qualitativa", desenvolvida na fase de

projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, possuindo

especial importância na investigação de sistemas novos de alta inovação ou pouco

conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos na sua operação é carente ou

deficiente.

Permitem levantar as causas e efeitos de cada risco, medidas preventivas

ou corretivas, categorizando-se os riscos para priorização de ações, identificando

muitas vezes aspectos despercebidos. Permite ainda revisões de cada passo da

tarefa em tempo hábil, no sentido de dar maior segurança operacional.

A técnica APR consiste na formação de grupos de trabalho que utilizam um

formulário específico, como o modelo apresentado na figura 3.3, para analisar cada

uma das atividades, processos ou tarefas levantadas e identificar quais os perigos

Page 76: TCC - Segurança do trabalho

76

existentes, em que situações ocorrem, quais os danos que podem gerar e realizar

uma avaliação dos riscos, propondo medidas de controle, responsáveis e prazos

para conclusão.

Segundo Benite (2004), essa técnica exige a formalização dos dados obtidos

para permitir a sua utilização em uma situação futura e para que exista um processo

de aprendizado em relação aos perigos e riscos.

a) Critérios para avaliação do grau de importância

1. Análise de Probabilidade

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77

2. Análise de Gravidade

Page 78: TCC - Segurança do trabalho

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3. Grau de importância

Para estabelecer o Grau de Importância (função da Probabilidade e da

Gravidade) deve-se utilizar a tabela 3.10, onde os valores são obtidos pelo produto

de gravidade pela probabilidade.

Importante: A determinação do grau de importância do risco depende da

sua probabilidade de ocorrência do perigo e da gravidade do risco.

São considerados significativos os perigos que proporcionarem grau de

importância igual ou superior a 4 (quatro), e que forem considerados catastróficos

(peso 3) quanto a gravidade. Tais perigos significativos serão priorizados de modo

que possam ser tratados primeiro.

4. Classificação do potencial de risco

Page 79: TCC - Segurança do trabalho

79

5. Plano de controle baseado em riscos

Nota: “Tolerável” aqui significa que o risco foi reduzido ao nível mais baixo

razoavelmente praticável.

6.1.2. APLICAÇÃO

Revisão geral de aspectos de segurança em cada etapa da atividade, pelo

uso de uma planilha de formato padrão, onde deverão ser aplicadas as seguintes

etapas básicas:

a) Rever os problemas conhecidos.

Referenciar as expectativas passadas para focar os riscos que poderão

estar presentes nas atividades em desenvolvimento.

Page 80: TCC - Segurança do trabalho

80

b) Revisar a missão.

c) Conhecer o processo operacional, identificando as principais funções,

exigências do desempenho e os objetivos.

d) Determinar os riscos.

Identificar todos os riscos, com a possibilidade de causar direta ou

indiretamente, lesões, perda de função e danos materiais.

e) Identificar as causas e efeitos.

Para permitir o controle da grande maioria dos acidentes e perdas de forma

mais efetiva.

f) Classificar e avaliar os riscos.

g) Fazer uma análise de cada risco e classificá-los segundo o seu potencial

de gravidade e sua probabilidade de ocorrência.

h) Medidas de controle.

Listar o maior número de propostas possíveis e escolher a mais viável

tecnicamente para um prazo menor.

i) Responsabilidades e prazos.

Citar claramente o nome das pessoas que se responsabilizarão pela

efetivação das medidas até o prazo acordado.

Page 81: TCC - Segurança do trabalho

81

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho retratamos á aplicação das Normas Regulamentadoras na

empresa GREEN STEP CHEMICAL. Desenvolvendo o nosso conhecimento obtido

no curso Técnico de Segurança do Trabalho, nos proporcionando a importância e

responsabilidade que um profissional desta área deve ter.

Segurança do trabalho é um conjunto de ciências e tecnologias que buscam

a proteção do trabalhador em seu local de trabalho, no que se refere à questão da

segurança e da higiene do trabalho. Seu objetivo básico envolve a prevenção de

riscos e de acidentes nas atividades de trabalho visando a defesa da integridade da

pessoa humana.

Page 82: TCC - Segurança do trabalho

82

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

2. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. São Paulo: Atlas, 2010

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http://www2.dupont.com/Media_Center/pt_BR/history/linha_tempo.html

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baseado na aplicação de tecnologias de extração de conhecimento.

Santa Catarina, 2002. 277p.. Dissertação (Doutorado) – Universidade

Federal de Santa Catarina. Santa Catarina, 2002.

5. BENITE, A. G. Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho

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Participante. São Paulo, 2004. 159p.. Universidade de Engenharia

Industrial – São Paulo, 2004.

11. SAURIN, A. T. Segurança e produção: um modelo para o

planejamento e controle integrado. Porto Alegre, 2002. 291p.. Dissertação

(Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande do

Sul, 2002.

12. ZOCCHIO, A. Prática de prevenção de acidentes: ABC da segurança

do trabalho. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1977.