[TC 030] Aglomerantes 2019 [Modo de Compatibilidade] · 2019. 8. 29. · NBR 16372:2015 Roger L....

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29/08/2019 1 AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I Materiais de Construção ( TC-030) AGLOMERANTES Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Construção Civil Versão 2019 Versão 2019 Professores José de Almendra Freitas Jr. - [email protected] Laila Valduga Artigas – [email protected] Heloisa Fuganti Campos – [email protected] AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I DEFINIÇÃO São produtos capazes de provocar a aderência dos materiais. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER: Quimicamente inertes: Endurecem por simples secagem. Ex: argilas, betumes. Quimicamente ativos: Endurecem pela ação de reações químicas. Ex: cimento Portland, Cal aérea AGLOMERANTES AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER: Quimicamente ativos: Endurecem devido a reações químicas. Aéreos Necessitam da presença do ar para endurecer; Hidráulicos Não necessitam da presença do ar para endurecer; Hidráulicos simples; Hidráulicos compostos; Hidráulicos mistos; Hidráulicos com adições. AGLOMERANTES AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RELAÇÃO COM A ÁGUA: AGLOMERANTES AÉREOS : Tem a capacidade de endurecer por reação com o dióxido de carbono ou por reações de re- hidratação . Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água . Devem ser usados apenas em contato com o ar. Ex.: Cal Cal aérea, aérea, Gesso Gesso de de Paris Paris. AGLOMERANTES HIDRÁULICOS : Depois de endurecidos, resistem bem a água. O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação exclusiva da água (reação de hidratação). Ex.: Cal hidráulica, Cimento aluminoso, Cimento Portland. AGLOMERANTES AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I AGLOMERANTES AGLOMERANTES HIDRÁULICOS SIMPLES : Um único produto aglomerante, não tendo mistura. Ex.: • Cimento Portland Comum ( Cimento Portland Comum (CP I CP I) • Cimento aluminoso Cimento aluminoso • Gesso hidráulico Gesso hidráulico • Cal hidráulica Cal hidráulica CLASSIFICAÇÃO AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I AGLOMERANTES AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COMPOSTOS : Misturas de um aglomerante simples com subprodutos industriais ou produtos naturais de baixo custo. Ex.: CP IV - mistura de cimento Portland e pozolana CP III - mistura de cimento Portland e escória de alto forno CP II F - mistura de cimento Portland e fíler calcário CLASSIFICAÇÃO

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Materiais de Construção( TC-030)

    AGLOMERANTES

    Ministério da EducaçãoUniversidade Federal do ParanáSetor de TecnologiaDepartamento de Construção Civil

    Versão 2019Versão 2019

    Professores José de Almendra Freitas Jr. - [email protected] Valduga Artigas – [email protected]

    Heloisa Fuganti Campos – [email protected]

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    DEFINIÇÃOSão produtos capazes de provocar a aderência dos materiais.

    CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER:

    • Quimicamente inertes:• Endurecem por simples secagem.

    • Ex: argilas, betumes.

    • Quimicamente ativos:• Endurecem pela ação de reações químicas.

    • Ex: cimento Portland, Cal aérea

    AGLOMERANTES

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER:

    • Quimicamente ativos:Endurecem devido a reações químicas.

    • Aéreos –• Necessitam da presença do ar para endurecer;

    • Hidráulicos –• Não necessitam da presença do ar para endurecer;

    • Hidráulicos simples;• Hidráulicos compostos;• Hidráulicos mistos;• Hidráulicos com adições.

    AGLOMERANTES

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RELAÇÃO COM A ÁGUA:

    AGLOMERANTES AÉREOS:

    Tem a capacidade de endurecer por reação com o dióxido de carbono ou por reações de re-hidratação .

    Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água.

    Devem ser usados apenas em contato com o ar.

    Ex.: CalCal aérea,aérea, GessoGesso dede ParisParis..

    AGLOMERANTES HIDRÁULICOS:Depois de endurecidos, resistem bem a água.

    O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação exclusiva da água (reaçãode hidratação).

    Ex.: Cal hidráulica, Cimento aluminoso, Cimento Portland.

    AGLOMERANTES

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    AGLOMERANTES

    AGLOMERANTES HIDRÁULICOS SIMPLES:

    Um único produto aglomerante, não tendo mistura.

    Ex.:

    • Cimento Portland Comum (Cimento Portland Comum (CP ICP I))

    • Cimento aluminosoCimento aluminoso

    • Gesso hidráulicoGesso hidráulico

    • Cal hidráulicaCal hidráulica

    CLASSIFICAÇÃO

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    AGLOMERANTES

    AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COMPOSTOS:

    Misturas de um aglomerante simples com subprodutos industriais ou produtos naturais de baixo custo.

    Ex.:

    • CP IV - mistura de cimento Portland e pozolana

    • CP III - mistura de cimento Portland e escória de alto forno

    • CP II F - mistura de cimento Portland e fíler calcário

    CLASSIFICAÇÃO

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    AGLOMERANTES HIDRÁULICOS MISTOS:

    Mistura de dois aglomerantes simples.

    Ex.:

    • Gesso com Cal aérea

    •Mistura de Cimento Portland com cimento aluminoso - tem pega muito rápida.

    CLASSIFICAÇÃOAGLOMERANTES

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COM ADICÕES:

    Aglomerantes hidráulicos simples + adições para modificar certas características.

    •Diminuição: permeabilidade, calor de hidratação, retração ou preço.

    •Aumento: resistência a agentes agressivos, plasticidade ou resistência a baixas temperaturas.

    •Dar coloração especial.

    CLASSIFICAÇÃOAGLOMERANTES

    AGLOMERANTES HIDRÁULICOS:

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Definições:

    PegaPega - período inicial de solidificação pasta

    Início de pegaInício de pega – Momento que a pasta começa a endurecer

    Fim de pegaFim de pega - Momento que a pasta já está completamentesólida

    EndurecimentoEndurecimento – Período de tempo em que o material ganha resistência, mesmo após o final de pega.

    AGLOMERANTES

    TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    AGLOMERANTES - TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA

    APARELHO DE VICAT

    Ensaios(NBR 16606:2017 ) - Determinação da Água da Pasta de Consistência Normal (NBR 16607:2017) - Determinação dos Tempos de Pega

    Luis J. Vicat, 1786-1861

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    APARELHO DE VICAT

    AGLOMERANTES - TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA

    (José A. Freitas Jr.)

    Agulha com acessório anular para verificação do

    final de pega

    Final de pega = tempo até que acessório

    anular não provoque nenhuma marca

    escala

    Início de pega = tempo Início de pega = tempo até que a agulha de até que a agulha de

    Vicat penetre na pasta Vicat penetre na pasta (4(4++1)mm da base1)mm da base

    DefineDefine--se os tempos de pega se os tempos de pega como o intervalo de tempo como o intervalo de tempo transcorrido desde a adição transcorrido desde a adição

    de água ao cimento de água ao cimento

    amostra = 500 g de cimento e água

    (pasta consistência normal)

    (José A. Freitas Jr.)

    Agulha p/ Início Agulha p/ Início de pegade pega

    Agulha p/ Final de pega

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    TEMPO DE INÍCIO DE PEGA

    Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Inicio de pega

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    TEMPO DE FINAL DE PEGA

    Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Final de pega

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    O concreto ou argamassa deve estar aplicado e adensado dentro das formas antes do início da pega.

    Classificação (AFNOR):

    AGLOMERANTES - TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA

    AGLOMERANTES TEMPO DE INÍCIO DE PEGA EXEMPLO

    De pega rápida Menos de 8 minutosGesso de Paris

    Cimento Romano

    De pega semi-lenta De 8 a 30 minutos Alguns cimentos naturais

    De pega lentaDe 30 minutos a 6 horas

    Cimento PortlandCimento aluminosoCimento pozolânicoCimento metalúrgico

    Cal aérea

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    MASSAS ESPECÍFICA E UNITÁRIA:

    Massa Específica: ME = Massa / volume real

    Massa Unitária: MU = Massa / volume aparente

    (Volume aparente inclui os vazios entre os grãos)

    AGLOMERANTE MASSA ESPECÍFICA(t/m3, kg/l ou g/cm3)

    MASSA UNITÁRIA(t/m3, kg/l ou g/cm3)

    Cimento Portland 3,00 a 3,15 ≅ 1,42

    Cal hidratada 2,25 a 2,30 0,48 a 0,64

    Gesso 2,55 a 2,60 0,65 a 0,80

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    MASSAS ESPECÍFICA E UNITÁRIA:

    Massa Específica: ME = Massa / volume real

    Massa específica de materiais em pó é determinada utilizando o frasco de

    “Le Chatelier” e balança de precisão.

    NBR 16605:2017

    Henry Le Châtelier, 1850 -1936

    Frasco de Le Frasco de Le ChâtelierChâtelier

    Balança

    60 g de cimento

    250 ml de querosene

    ou xilol

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SUPERFÍCIE ESPECÍFICA :

    Superfície Específica: SE

    Área dos grãos: soma áreas todos os grãos contidos na MU

    Área dos grãos calculada a partir do diâmetro médio das partículas determinado pelo permeâmetro Blaine.

    AGLOMERANTE SUPERFÍCIE ESPECÍFICA(m2/kg)

    Cimento Portland 240 a 300

    Cal hidráulica ≈ 650

    Sílica ativa 20.000

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    ηε

    ε

    ρ 1,0)1(

    3tK

    S ×−

    ×=

    Caracteriza a finura, Quanto maior o valor do Blaine, maisfino é o aglomerante, mais rápida é sua hidratação.

    • K é a constante do aparelho;

    • ε é a porosidade da camada;

    • t é o tempo medido (s)

    • ρ é a massa específica do cimento (g/cm³)

    • η é a viscosidade do ar à temperatura do ensaio – tabela da norma (Pa/s)

    • S é a superfície específica

    ITAMBÉ

    SUPERFÍCIE ESPECÍFICA : Permeâmetro BlaineNBR 16372:2015

    Roger L. Blaine, 1943 -

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SUPERFÍCIE ESPECÍFICA : Permeâmetro Blaine

    Fluido

    Entrada de ar

    (F.Bauer)

    Amostra

    Abrir o registro e aspirar o líquido, levantando para a marca A, fechando o

    registro.

    Com a subpressão formada no tubo, o ar é forçado a fluir através da amostra e o fluido vai lentamente voltando a posição

    de equilíbrio.

    O cronômetro deve ser acionado quando o nível do fluido passar pela marca B e desligado quando atingir a

    marca C, anotando-se o tempo

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SUPERFÍCIE ESPECÍFICA : Granulômetro a laser

    A difração do laser mede a intensidade da luz dispersa por

    um grupo de partículas numa gama de ângulos (Catita, 2006)

    (Alécio Mattana Jr., Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa)

    Distribuição granulométrica dos cimentos a partir do Granulômetro a Laser

    (Coutinho, J. S.)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    AGLOMERANTES AÉREOS

    Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água.

    Devem ser usados apenas em contato com o ar.

    Em geral precisam de componentes do ar para endurecer.

    Exemplos principais:Cal aérea

    Gesso

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL = Cal Aérea É um aglomerante aéreo É um aglomerante aéreo

    É o produto resultante da calcinação de pedras calcárias a uma temperatura inferior ao do início de sua fusão (cerca de 900oC).

    CaCO3 + calor → CaO + CO2

    44 % do peso

    12 a 20 % do volumePerde

    CaO = Cal, Cal Virgem ou Cal viva

    (900oC)

    a) Calcinação

    CaCO3 = Carbonato de Cálcio

    Etapas da cal:

    Alterações físicas:

    Rocha Calcária

    ar

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL = Cal Aérea

    O Hidróxido de cálcio é o aglomerante.

    É um aglomerante aéreo É um aglomerante aéreo

    b) Extinção da cal

    CaO + H2O → Ca(OH)2 + calor

    Ca(OH)2 = Cal extinta, Cal hidratada ou Hidróxido de Cálcio

    Recupera a maior parte do peso e volumes perdidos.

    Muitíssimo

    Etapas da cal:

    Alteração física:

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL = Cal Aérea Extinção da calExtinção da cal

    Arquivo: Filmes concreto / CAL / Slaking rocklime

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL = Cal Aérea

    Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O

    ar ar

    c) Endurecimento ou recarbonatação

    CaCO3 = carbonato de cálcio

    Ca(OH)2 = hidróxido de cálcio

    Etapas da cal:

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL = Cal Aérea DESIGNAÇÃO DOS PRODUTOS

    CaO

    Ca(OH)2

    CAL VIRGEM ou CAL VIVA = Calcário calcinado

    CAL HIDRATADA = Cal Virgem depois da hidratação

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL = Cal Aérea

    Cal virgem cálcica:

    CaO - entre 100% e 90% dos óxidos totais;

    Cal virgem magnesiana:

    CaO - entre 90% e 65% dos óxidos totais;

    Cal virgem dolomítica:

    CaO - entre 65% e 58% dos óxidos totais.Dolomita → CaCO3.MgCO3

    Cal virgem é classificada conforme o óxido predominante:

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL = Cal AéreaRendimento → ganho de volume da cal virgem ao hidratar.

    Cal gorda:Rendimento em pasta >1,82

    Calcários com impurezas < 5 %Produz maior volume de pasta, mais plástica, homogênea e mais

    expansiva.

    Cal magra:Rendimento em pasta 5 %Produz menor volume de pasta, mais seca, grumosa e menos

    expansiva.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CALCÁRIO Reservas no Brasil:

    Paraná

    C = Calcário - CaCO3D = Dolomito - CaCO3.MgCO3

    Paraná

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    PRODUÇÃO DA CAL

    C.N

    atuc

    ci, E

    . M. A

    raúj

    o, F

    . Mits

    uhas

    i; G

    . Bal

    bino

    t, G

    . Lor

    enci

    e J

    .G.Y

    ared

    Mina de calcárioMina de calcário Britagem do calcárioBritagem do calcário

    Produção em Rio Branco do Sul-PR

    Separação do Separação do material menormaterial menor Forno de barrancoForno de barranco

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    PRODUÇÃO DA CAL Produção em Rio Branco do Sul-PR

    Forno de barrancoForno de barranco Queima de serragemQueima de serragem

    Peneiramento da calPeneiramento da cal EstoqueEstoque

    (alu

    nos:

    J. d

    e C

    amar

    go, J

    . Lim

    a N

    eto,

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    in F

    ilho,

    R. S

    chei

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    ilvio

    Alm

    eida

    Cin

    tra)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CaOCALCINAÇÃO DA CAL:

    Forno intermitente simples a lenha ou carvão

    Forno de barranco

    (Freitas Jr., J.)(Freitas Jr., J.)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CaOCALCINAÇÃO DA CAL:

    Tempo de operação: 36

    horas

    Forno vertical contínuo

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CaOCALCINAÇÃO DA CAL:

    Forno horizontal contínuo giratórioPermanência no forno por 5 horas

    Equipamentos muito flexíveis

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Compostos CV-E CV-C CV-P

    Anidrido carbônico (CO2)

    Fábrica ≤ 6,0% ≤ 12,0% ≤ 12,0%

    Depósito ou obra ≤ 8,0% ≤ 15,0% ≤ 15,0%

    Óxidos totais na base não volátil(CaO total + MgO total)

    1) ≥ 90,0% ≥ 88,0% ≥ 88,0%

    Água combinada 2)Fábrica ≤ 3,0% ≤ 3,5% ≤ 3,0%

    Depósito ou obra ≤ 3,6% ≤ 4,0% ≤ 3,6%1) O teor de óxidos totais na base não-voláteis (CaO total + MgO total) deve ser calculado como segue:

    %(CaO total + MgO total) base de não-voláteis= [%(CaO total + MgO total) / (100 - % perda ao fogo) ] x 100

    2) O teor de água combinada deve ser calculado como segue:

    Água combinada = % perda ao fogo - % CO2

    Exigências químicas:

    CAL VIRGEM CV (CaO)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Cal em final de hidratação em caixa de madeira, típica de obra.

    HIDRATAÇÃO DA CAL

    Industrias: Equipamento vertical para hidratação de cal.

    www.metso.com

    Ca(OH)2

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    HIDRATAÇÃO DA CALFluxograma da fabricação da cal hidratada: Cal virgem como matéria-prima,

    hidratação, classificação granulométrica, moagem e estoque de cal hidratada.

    Ca(OH)2

    Hidratadores horizontais

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL HIDRATADA CH Ca(OH)2

    Exigências químicas – NBR 7175: CH I CH II CH III

    Anidrido carbônico CO2 – na fábrica ≤ 5% ≤ 5% ≤ 13%

    Anidrido carbônico CO2 – no depósito ou na obra ≤ 7% ≤ 7% ≤ 15%

    Óxido não hidratado calculado ≤ 10% Não exigido ≤ 15%

    Óxidos totais na base de não voláteis (CaO + MgO) ≥88% ≥88% ≥88%

    Exigências físicas – NBR 7175: CH I CH II CH III

    Finura (% retida acumulada) - #0,6mm n° 30 ≤ 0,5% ≤ 0,5% ≤ 0,5%

    Finura (% retida acumulada) - #0,075mm n° 200 ≤ 15% ≤ 15% ≤ 15%

    EstabilidadeAusência de cavidades ou

    protuberâncias

    Ausência de cavidades ou

    protuberâncias

    Ausência de cavidades ou

    protuberâncias

    Retenção de água ≥80% ≥80% ≥70%

    Plasticidade ≥110 ≥110 ≥110

    Incorporação de areia ≥2,5 ≥2,5 ≥2,2

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    HIDRATAÇÃO DA CAL

    Tempos para extinção:

    • Pasta obtida da cal em pedra

    7 a 10 dias após a extinção (adição de água);

    • Pasta obtida de cal pulverizada

    20 a 24 horas após a extinção (adição de água);

    •Pasta obtida de cal magnesiana

    Duas semanas após a adição de água (a hidratação do óxido de magnésio é muito lenta).

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL Adulteração da cal:

    (Aulas USP)Dissolução em HCl (20%)

    (Prof. Mércia Barros)

    Impurezas:• Partículas de carvão - riscos pretos• Contaminação por calcário • Partículas de sílica• Núcleos duros de CV na CH = vesículas

    (Aulas USP)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental: CAL

    Energia:

    • Óleo combustível;• Madeira;• Bagaço de cana;• Forno descontínuo:

    � 2 kcal/g• Forno contínuo:

    � 0,9 kcal/g

    Reservas:

    • Calcário:

    � Muito amplas.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental: CAL

    CO2 – Efeito estufa:

    • Descarbonatação:� p/ uma tonelada de CaCO3

    • 560 kg CaO

    • 440 kg CO2 - Reabsorvido na recarbonatação

    • Massa de CO2 = 80% da massa de CaO

    • Combustível:

    �1 tonelada de CaO gera

    � 300 Kg de CO2 - Forno contínuo

    � 640 kg de CO2 – Forno descontínuo

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL Usos em argamassas:• AreiaAreia ++ calcal hidratadahidratada ++ cimentocimento PortlandPortland ++ águaágua::

    � Assentamento de blocos de concreto ou cerâmicos;

    � Chapisco;

    ChapiscoChapisco

    Aumenta aderência do substrato com Aumenta aderência do substrato com o emboçoo emboço

    AssentamentoAssentamento

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL Usos em argamassas:

    • Areia + cal hidratada + cimento Portland + água:

    �Revestimento bruto - emboço;

    Preparo em obraPreparo em obra Aplicação manual Aplicação manual

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL Usos em argamassas:

    Alisamento com réguaAlisamento com réguaRevestimento convencional de uma Revestimento convencional de uma

    alvenariaalvenaria

    • Areia + cal hidratada + cimento Portland + água:

    �Revestimento bruto = emboço;

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Emboço com argamassa de cal projetadaEmboço com argamassa de cal projetada

    Arquivo: Filmes concreto / Revestimentos paredes/ Emboço projetado

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL Usos em argamassas:• Cal hidratadoa+ água:

    � Revestimento fino – reboco (calfino)

    Aplicação de calfinoAplicação de calfinoPreparo da pasta Preparo da pasta de cal com águade cal com água

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Reboco com calfinoReboco com calfino

    Arquivo: Filmes concreto / CAL / CALFINO

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Produto da desidratação parcial da gipsita - (CaSO4. 2H20)

    É um É um aglomerante aéreoaglomerante aéreo, não suporta contato com a água após endurecido., não suporta contato com a água após endurecido.

    2(CaSO4.1/2 H2O) + 3H2O → 2(CaSO4.2H2O)gipsita

    Edurecimento do gesso:

    2(CaSO4. 2H2O) + calor → 2(CaSO4.1/2 H2O) + 3H2Ohemidrato190oC

    Gesso de EstucadorGesso RápidoGesso de Paris

    CaSO4 CaSO4

    H2O

    Relação estequeométrica água/hemidrato = 0,19

    Usual >0,45 para dar trabalhabilidade à pasta

    16% da massa da gipsita

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Gipsita

    www.caer.uky.ed

    CaSO4. 2H2O

    Estrutura cristalina

    Uso na medicina

    Construção civil

    Cristais ≅≅≅≅ 15 µµµµm

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO

    ou GESSO DE PARIS

    Prosseguindo o aquecimento além dos 200 0C:

    200 0Canidrita solúvel - muito higroscópica, (absorve umidade ao ar, transformando-

    se em hemidrato.

    600 0Canidrita insolúvel - praticamente inerte, endurecendo lentamente quando em

    contato com água.

    1.000 a 1.200 0CGESSO DE PAVIMENTACAO endurece em 12 a 14 h, também chamado

    GESSO LENTO ou GESSO HIDRÁULICO, resistência 100% superior ao gesso de Paris.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO no BRASIL

    Jazidas de Gipsita

    Britagem da Gipsita

    Extração da gipsita

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Linha para produção de gesso em pó

    Três sistemas:

    • Trituração• Britador de mandíbulas, rolos ou de impactos;

    • Moinho de martelos.• Calcinação – 200oC

    •(Calcinar depois de moer ou moer depois de calcinar?)• Fornos contínuos ou descontínuos;

    • Moagem• Moinho Raymond, vertical ou de cone;• Equipamento de graduação.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Panelões de aço circulares, abertos,com grande diâmetro e pequenaaltura.

    Normalmente assentados sobre uma fornalha de alvenaria, utilizam lenhapara combustão. Pás agitadoras homogeneízam a calcinação e os controlesde temperatura e tempo de residência do material no forno são realizadosempiricamente, através da observação visual.

    www.gessofortedobrasil.com.b

    Tipos de fornos

    Forno tipo panela(em extinção)

  • 29/08/2019

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Panelões fechados (cubas), onde o calor gerado na parte inferior é conseguidocom a queima de óleo BPF ou lenha.

    A temperatura pode ser controlada através de pirômetros. Um sistema de palhetasinternas, na cuba, garante a homogeneidade do material.

    Forno Tipo MarmitaForno Tipo Marmita

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    Tipos de fornos

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARISTipos de fornos

    Tubo giratório de aço, revestidointernamente com material refratário,de grande extensão e pequenainclinação.

    O minério moído entra em contato direto com a chama, que sai do maçarico,no lado da alimentação.O minério sendo calcinado desce, por gravidade, toda a extensão do forno e otempo de residência é controlado pela velocidade de rotação do tubo.

    www.gessofortedobrasil.com.b

    Forno Tipo RotativoForno Tipo Rotativo

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Tubo giratório de aço, com interiorrevestido com material refratário.Extensão depende do volume deprodução. Operação intermitente.

    O minério moído não entra em contato direto com a chama.Podem ser controlados por computadores ou operados empiricamente. Podemter controle de tempo, temperatura, perda de massa e controlar a pressãointerna.

    Forno Tipo Marmita GiratórioForno Tipo Marmita Giratório

    Tipos de fornos

    www.projetecnet.com.br

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Produtos obtidos da gipsita, de acordo com as temperaturas.

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    (Cou

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    , J. S

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    P,

    2002

    )

    Temperatura de calcinação

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou

    GESSO DE PARIS

    Maior quantidade de água de amassamento reduz a

    resistência.

    Também a absorção de água pelo gesso já endurecido reduz

    a resistência.

    Relação estequeométrica água/hemidrato = 0,19

    Usual 45% da massa de gesso em água para dar

    trabalhabilidade à pasta

    (Cou

    tinho

    , J. S

    .; F

    EU

    P,

    2002

    )

    Resistências médias à compressão em corpos-de-prova secos e saturados de gesso de paris,

    conservados 28 dias em ar seco.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    (Aulas USP)

    Calor de hidratação

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Tempo de pega

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO no BRASIL

    Pólo gesseiro – PE: 94% da produção

    Jazidas deGipsita

    3.000 km frete p/ regiões SE e Sul

    Para Curitiba o frete representa +- 50% do custo e das emissões de CO2

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Propriedades:

    - Pega rápida – minutos

    - Solúvel em água após endurecido

    - Resistência mecânica diminui com o teor de umidade

    - Grande coeficiente de dilatação térmica (2 x concreto)

    - Baixa condutibilidade térmica (isolante)

    Imagem MEV(5000x) de pasta de gesso

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Bactérias redutoras de sulfato no gesso

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Propriedades:

    � O gesso é atacado por bactérias redutoras de sulfato, que utilizam o sulfato como agente oxidante, reduzindo-o a sulfeto;

    � É corrosivo ao aço.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Produção de chapas de gesso acartonadoProdução de chapas de gesso acartonado

    Arquivo: Filmes concreto / Gypsun – Drywall / fabrica PLACO

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Sistema “Drywall”www.drywall.org.br

    www.placo.com.br

    Chapas de gesso acartonado

    GESSO ou GESSO DE PARIS

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Chapas de gesso acartonado “Drywall”

    Chapas fabricadas por processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão.

    NBR 14715:2010

    GESSO ou GESSO DE PARIS

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Chapas de gesso acartonado –“Drywall”

    Tipos de Chapas – cores:Standard (ST) – Branca – (áreas secas)

    Resistente à Umidade (RU) – VerdeResistente ao Fogo (RF) – Rosa

    (Coutinho,J. S.)

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Chapas acartonadas - dimensões:L= 60,0 ou 120,0 cm

    C = 240,0 ou 360,0 cm

    Espessuras: 7; 10 12,5; 15, 20 e 25 mm

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Chapas de gesso acartonado Chapas de gesso acartonado -- drywalldrywall

    Arquivo: Filmes concreto / Elevações / Drywall Pré requisitos para a montagem

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Forro executado com placas em gesso de 60 X 60 cm.

    As placas têm encaixe "macho e fêmea" e são chumbadas com estopa (juta cardada) e fixadas ao teto com arame galvanizado.

    GESSO ou GESSO DE PARISPlacas de gesso autoportantes

    (Aluno: Bruno H. R. Mortari) (Aluno: Bruno H. R. Mortari)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Divisórias em blocos

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Peças decorativasGESSO ou GESSO DE PARIS

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Aplica-se uma única camada de pasta sobre superfícies de interiores, conferindo um aspecto

    liso, bem acabado e apresenta uma elevada resistência mecânica.

    Revestimento com pasta de gessoGESSO ou GESSO DE PARIS

    (Quinália, E., Tècne julho de 2005)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Revestimento em gesso projetadoRevestimento em gesso projetado

    Arquivo: Filmes concreto / Gypsun - Drywall/ Como aplicar gesso projetado

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    GESSO ou GESSO DE PARIS

    Reservas:• Muito amplas;

    • Duração ........

    Consumo de Energia:• O menor dentre os aglomerantes;

    CO2 – Efeito estufa :• Queima de Combustíveis - 0,15 a 0,20 kcal/g gesso;

    • 1 tonelada de gesso gera 400 Kg de CO2• Desidratação parcial libera H2O.

    Impacto Ambiental:

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    AGLOMERANTES HIDRÁULICOS

    Depois de endurecidos, resistem bem a água.

    O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação exclusiva da água (reação de hidratação).

    Exemplos principais:• Cimento Portland,

    • Cimento aluminoso • Cal hidráulica

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL HIDRÁULICA = CalcárioCalcário argilosoargiloso calcinadocalcinado.

    Grau de hidraulicidade:componentes argilosos

    CaO(SiO2+Al2.O3+Fe2O3)

    CaO + MgO(SiO2+Al2.O3+Fe2O3)

    CaOou

    Temperatura de calcinação 900 a 1.000ºC

    É um aglomerante hidráulico É um aglomerante hidráulico

    Características inferiores, em geral, ao Cimento Portland

    A cal hidráulica apresenta cal livre.

    ÍNDICE DE HIDRAULICIDADE

    Teores de argila no calcário

    (suposto puro) (%)Tipo de cal hidráulica Fim de pega

    0,10 a 0,16 5,3 a 8,2 Fracamente hidráulica 4 semanas

    0,16 a 0,31 8,2 a 14,8 Medianamente hidráulica 2 semanas

    0,31 a 0,42 14,8 a 19,1 Hidráulica propriamente dita 1 semana

    0,42 a 0,50 19,1 a 21,8 Eminentemente hidráulica 2 dias

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL HIDRÁULICA x CIMENTOS

    Aumento da hidraulicidade

    A cal hidráulica apresenta muita cal livre. Cimentos bem menos.

    (só cal livre)

    Aumento resistência mecânica e da impermeabilidade

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Restauração de obra antiga: Restauração de obra antiga: CoimbraCoimbra--PortugalPortugal“cimento amarelo”“cimento amarelo”

    Utilizações:-Argamassas de assentamento ou revestimento-Para a produção de blocos-Tratamento de solos-Substituto do filer em pavimentos betuminosos

    CAL HIDRÁULICA

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Características e vantagens:CAL HIDRÁULICA

    Características Químicas Benefício para as argamassas e caldas em que é empregue

    Contribuição para a construção a recuperar

    Resistência média a compressão a 28 dias > 8MPa

    Confere resistência mecânica considerável às argamassas em que é usada.

    Permite reparar fissuras em paredes de alvenaria sem prejuízo da sua resistência.Boa capacidade resistente de rebocos e

    alvenarias.

    Colabora na resistência mecânica das caldas de injeção.

    Reparação de defeitos estruturais de alvenarias

    Boa relação resistência tração / resistência à compressão Comportamento dúctil Não introdução de esforços nos suportes.

    Endurecimento lento e retração pouco significativa

    Argamassas “suaves” e sem retração.Absorção de esforços provocados por

    oscilações dos suportes durante um longo período de tempo.Baixa fissuração dos rebocos.

    Módulo de elasticidade baixo

    Adaptação sem fissuras a deformações originadas por oscilações dos suportes ou

    elementos de construção, ou variações dimensionais por ações térmicas.

    Bom aspecto.Conforto visual e táctil.

    CIMPOR

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CAL HIDRÁULICACaracterísticas e vantagens:

    Características Químicas:Benefício para as argamassas e caldas

    em que é empregueContribuição para a construção a

    recuperar

    Pega hidráulica

    Permite o trabalho em zonas e climas úmidos Rebocos com resistência e coesão

    mesmo quando aplicados sob condições de umidade desfavoráveisEndurecimento da espessura da

    argamassa

    Baixo calor de hidratação com liberação lentaBaixa fissuração dos rebocos e conseqüente impermeabilidade

    Proteção contra a entrada de umidade pelo exterior

    Cal livre > 10%

    Boa capacidade de relaxação de tensões Ausência de fissuração

    Compatibilidade das argamassas com os materiais do suporte ou alvenarias

    “Adaptação” dos rebocos às deformações naturais das construções

    antigas

    Progressão do endurecimento ao longo do tempo por carbonatação

    As fissuras provocadas por ações em que se ultrapassou a resistência

    mecânica da argamassa são naturalmente recuperadasCapacidade de auto-regeneração

    CIMPOR

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Características Físicas:Benefício para as argamassas e caldas em

    que é empregueContribuição para a construção a

    recuperar

    Superfície específica > 6.500 cm2/g

    Argamassas com melhor trabalhabilidade Rebocos bem aderentes ao suporte

    Elevada porosidade das argamassas

    Permeabilidade ao vapor de água

    Evita eflorescências e umidade ascensional

    Evita condensações em rebocos interiores

    Caldas de injeção muito fluídas

    Reparação de defeitos estruturais de alvenarias.

    Disfarce de manchas e vestígios de siluetas.

    Retenção de águaBoa progressão da hidratação mesmo quando

    aplicadas sobre suportes absorventes.Melhoria da aderência ao suporte.

    Hidratação adequada.

    CIMPOR

    Características e vantagens:

    CAL HIDRÁULICA

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Fundição de calcário (CaCO3) e bauxita (Al2O3), (teor bauxíta inferior a 30%), moída misturadas, em fornos de alta temperatura, resfriado, britado e moído.

    É um aglomerante hidráulico É um aglomerante hidráulico

    CIMENTO ALUMINOSO

    Características:• Cura rápida - em 24horas resistência superiores a 45 MPa;• Aglomerante de preço elevado;• Emprego delicado - elevadíssimo calor de hidratação;• Não desprende cal livre, (o CP desprende + - 20%);• Produz concretos/argamassas com alta resistência ao calor, até 1200ºC;• Alta resistência a abrasão e corrosão;• Endurecimento normal em temperaturas baixas.

    Produção:

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    APLICAÇÕES:

    • Concretos refratários;

    • Rápida cura e altas resistências iniciais e finais;

    • Pisos para tráfego após 6 horas;

    • Chumbamentos;

    • Reparo em cabeça de protensão, 24h pode protender, (CP=7 dias);

    • Concretagens junto ao mar para aproveitar maré baixa;

    • Pré-moldados para uso imediato;

    • Rejuntamento e assentamento de tijolos refratários;

    • Mistura ao cimento Portland para acelerar endurecimento.

    CIMENTO ALUMINOSO

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Pisos industriaisRápido endurecimento

    e cura (6 horas)

    Argamassa centrifugada de alta resistência química para proteção de

    tubos de esgoto

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    CIMENTO ALUMINOSO

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO ALUMINOSO

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    Suporta altas temperaturas.Concreto

    em instalações de siderurgia

    Endurece em baixas temperaturas.Concreto em fundações de base francesa na Antártida

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    Argamassas para assentamento de tijolos

    refratários em churrasqueiras e lareiras

    para suportar o calor

    Apresenta excelentes propriedades a altas temperaturas, estabilidade volumétrica e resistência ao choque térmico. Sofre ataque químico de cloretos, resultando em amolecimento da superfície.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

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    mClasse de cimentos que podem ser produzidos com emissões de gases de efeito estufa muito baixas.

    Funções semelhantes as do cimento Portland, mas com uma química diferente.

    O mais disponível comercialmente baseia-se em dois materiais: cinza volante e escória granulada de alto forno moída, no entanto podem ser feitos

    com quase qualquer material com um teor suficientemente alto de aluminossilicatos (sílica - SiO2 e óxido de alumínio - Al2O3).

    Obtidos reagindoObtidos reagindo--se um material sólido de se um material sólido de aluminossilicatoaluminossilicato com uma solução com uma solução alcalina alcalina -- conhecida como ativador alcalino.conhecida como ativador alcalino.

    São aglomerantes hidráulicos São aglomerantes hidráulicos

    CIMENTOS GEOPOLIMÉRICOS

    (Lor

    d, 2

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTOS GEOPOLIMÉRICOS

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    Misturas geopoliméricas viáveis incluem:• cinzas volantes + escória granulada de AF + ativador

    • cinzas volantes + ativador• cinzas volantes + resíduos de vidro + ativador

    • argila (metacaulim) + ativador• argila (metacaulim) + lama vermelha + ativador.

    Vantagens ambientais:Não há necessidade de calcinar calcário e sua fabricação é um processo à

    temperatura ambiente.Produz 80 a 90% menos emissões que o cimento Portland.

    As emissões resultam da produção do ativador alcalino - geralmente o silicato de sódio cuja produção requer uma grande quantidade de eletricidade.

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTOS GEOPOLIMÉRICOS

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    (AUSTRÁLIA) - O concreto com cimento geopolimérico tem desempenho similar ao concreto de cimento Portland.

    Já testado em uma ampla gama de aplicações, como grandes infra-estruturas e edifícios de vários andares.

    O concreto geopolimérico endurece ao mesmo tempo que o concreto tradicional e fornece durabilidade e resistência equivalentes.

    Em algumas áreas podem superar o concreto de CP:

    • Maior resistência à flexão – flexiona mais sem fissurar

    • Maior resistência a cloretos

    • Maior resistência ao fogo

    • Menor retração

    (Lor

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    017)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTOS GEOPOLIMÉRICOS

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    Pátio no aeroporto de Brisbane Austrália

    Global Change Institute Univ. de Queensland

    Ed. residencial de 20 pav. Lipetsk, Russia 1989

    Ed. residencial de 9 pav. Mariupol, Ucrania,1960

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Material obtido pela cozedura até a fusão incipiente de uma mistura calcárioMaterial obtido pela cozedura até a fusão incipiente de uma mistura calcário--argilosa (clínquer).argilosa (clínquer).

    Engenheiro John Smeaton, 1756, procurava aglomerante que endurecesse na presença de água, para facilitar o trabalho de

    reconstrução do farol de Eddystone, na Inglaterra.

    Verificou que mistura calcinada de calcário e argila tornava-se, depois de seca, tão resistente quanto as pedras utilizadas nas

    construções.

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    CIMENTO PORTLAND (CP)É um aglomerante hidráulico É um aglomerante hidráulico

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Primeira aplicação do cimento PortlandPrimeira aplicação do cimento PortlandArgamassa resistente para o farol de Eddystone

    (Alvenarias com argamassas usuais não aguentavam o tranco...)

    Estão fichando estagiários lá.......

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Um pedreiro, Joseph Aspdin, 1824, patenteou a descoberta, batizando de cimento Portland,

    referência a um tipo de pedra muito usada em construções na região de Portland, Inglaterra.

    No pedido de patente constava que o calcário era moído com argila, em meio úmido, até transformar-

    se em pó.

    A água era evaporada e os blocos da mistura seca eram calcinados em fornos e depois moídos bem

    finos.

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    CIMENTO PORTLAND (CP)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Produção nacional

    https://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_cimento.pdf

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Fonte: www.snic.org.br

    CIMENTO PORTLAND (CP)

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    30,0

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    2014 2015 2016 2017

    71,3

    65,3

    57,6

    49,7

    em m

    ilhões de toneladas

    Produção nacional de cimento Portland

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Produção mundial

    https://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_cimento.pdf

    CIMENTO PORTLAND (CP)

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    17

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    FABRICAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

    Matérias Primas: Ex. Cia Cimento Rio Branco (Votorantin)

    � 90,0 % de Calcário� 9,50 % de Argila� 0,50 % de Minério de Ferro

    É um aglomerante hidráulico É um aglomerante hidráulico

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    Matérias Primas:

    Mina de calcárioMina de calcário

    Jazida Rio Bonito Jazida Rio Bonito –– ITAMBÉITAMBÉ

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP)Matérias Primas:

    Mina de argila

    Britagem do calcário

    Cia Cimento Rio Branco (Votorantin)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    Homogeneização do calcário:

    Cia Cimento Itambé

    Chegada do Chegada do calcário britadocalcário britado

    Saída para Saída para moagemmoagem

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO

    (1,5 a 3%)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP) CIMENTO PORTLAND (CP) -- PRODUÇÃOPRODUÇÃO

    Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Cement Manufacturing Process

  • 29/08/2019

    18

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    PUC - RJ

    CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP) PRODUÇÃO

    CALCÁRIOCALCÁRIO

    ARGILASARGILAS

    MIN. FERROMIN. FERRO

    VA

    I P/ S

    EC

    AG

    EM

    E F

    OR

    NO

    Cia Cim. Rio Branco Votorantin

    CaCO3

    Fe2O3

    Al2O3 Fe2O3 Si O2

    MgO SiO2

    Moagem da farinha

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    FORNO

    CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO

    ITAMBÉ

    Vista de dentro do fornoMoinho de rolos para moagem da matéria prima:

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    FORNOFORNOVE

    M D

    O M

    OIN

    HO

    DE

    FA

    RIN

    HA

    E S

    EC

    AG

    EM

    Cia Cim. Rio Branco Votorantin

    VAI P/ MOINHO DE BOLAS

    clínquerclínquer (Cou

    tinho

    , J. S

    .; F

    EU

    P, 1

    988)

    CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO

    ITAMBÉ

    Vista de dentro do forno

    clínquer

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO

    ESQUEMA DA SECAGEM, MOAGEM DA FARINHA E DO FORNO

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Vista de dentro do forno de clínquer

    Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Non Infrared Video Footage inside a very hot kiln

  • 29/08/2019

    19

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    VE

    M D

    OF

    OR

    NO

    Interior do moinho de bolas

    Silo de estocagem de ClínquerSilo de estocagem de Clínquer

    Cia

    Cim

    . Rio

    Bra

    nco

    Vo

    tora

    ntin

    Silos de armazenagem do Silos de armazenagem do clínquer moídoclínquer moído

    Cia

    Cim

    . Rio

    Bra

    nco

    Vo

    tora

    ntin

    clínquer + clínquer + gesso (gipsita)gesso (gipsita)

    Moinho de bolasMoinho de bolas

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    Moinho de bolas

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    ADIÇÃO DE GESSOCIMENTO PORTLAND (CP)

    GessoGessoO gesso (gipsita) é adicionado de 1,5 a 3%, ao clínquer para retardar os efeitos

    da hidratação prematura do C3A.

    (falsa pega e perda de trabalhabilidade)

    Moagem Clínquer + GessoMoagem Clínquer + Gesso

    Moinho de bolasMoinho de bolas

    ITAMBÉ

    ITA

    MB

    É

    Gipsita - CaSO4. 2H2O

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    ITAMBÉ

    Cia

    Cim

    . Rio

    Bra

    nco

    Vo

    tora

    ntin

    Ensacadeira Ensacadeira automáticaautomática

    Distribuição à granelDistribuição à granel

    Silos de armazenagem do Silos de armazenagem do clínquer moídoclínquer moído

    Silos de armazenagem Silos de armazenagem das adiçõesdas adições

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    COMPOSTOS DO CLÍNQUER DE CIMENTO PORTLAND

    Clínquer → quatro compostos anidros principais2 silicatos e 2 aluminatos

    C3S -3CaO.SiO2 - Silicato tri-cálcico

    C2S - 2CaO.SiO2 - Silicato di-cálcico

    C3A - 3CaO.Al2O3 - Aluminato tri-cálcico

    C4AF - 4CaO.Al2O3.Fe2O3 - Ferro Aluminatotetracálcico

    Notação:

    C - CaO

    S - SiO2

    A - Al2O3

    F - Fe2O3

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    FORMAÇÃO DO CLÍNQUER

    Transformação sofridas pela farinha crua até se transformar em clínquer. (Jackson,1998)

  • 29/08/2019

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    COMPOSTOS DO CLÍNQUER

    Alita (silicato tricálcico): cristais amarelados, de forma aproximadamente hexagonal.

    Belita (essencialmente silicato dicálcico) – cristais, arredondados.

    Estrutura de um clínquer de cimento Portland relativamente

    comum observado ao microscópio ótico:

    (Donald A. St John, Alan W. Poole and Ian Sims, 1998)

    Alita

    Belita

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UM CLÍNQUER DE CIMENTO PORTLAND

    67% CaO (CC), 22% SiO2 (SS), 5% Al2O3 (AA), 3% Fe2O3 (FF) e

    3% de outros óxidos.

    Fases cristalinas anidras metaestáveis na temperatura ambiente e estáveis ao serem hidratados

    Alita (C3S): 42-60%

    Belita (C2S): 14-35%

    Aluminato tricálcico (C3A): 6-13%

    Ferroaluminato tetracálcico (C4AF): 5-10%

    Outros compostos em menor quantidade

    Na2O, MnO, K2O, magnésio, enxofre, fósforo

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

    Difração de Raios – X:Técnica utilizada para a identificação das fases constituintes do clínquer.

    Microscopia Ótica e Eletrônica de Varredura:Observação morfológica das amostras.

    Ensaio de Lixiviação:Visa simular as condições de exposição do cimento ao meio ambiente.

    Ensaio de solubilização:Visa complementar o ensaio de lixiviação, se o resíduo é inerte ou não.

    Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão:É o controle de qualidade fundamental do produto. Limites mínimos de resistência à compressãoexigidos para 3,7 e 28 dias.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Estagio IEstagio I: Em contato com a água ocorre uma rápida dissolução dos grãos do cimento. Sobem as concentrações de álcalis solúveis, Ca2+,

    SO42- e íons OH em solução, resultando em um pH de 12 a13.

    Estagio IIEstagio II: Os íons Ca2+, SO42- e íons OH reagem com os silicatos e aluminatos para formar gel de C-S-H e etringita, formando uma

    barreira em torno dos grãos de cimento não hidratados, retardando novas hidratações, permitindo um período de trabalhabilidade

    durante o qual o concreto deve ser lançado e assentado.

    Estágios:

    ( K. Luke)

    HIDRATAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Estagio IIIEstagio III: Durante o Estágio II a concentração de íons Ca2+ continua a aumentar, reiniciando lentamente a hidratação dos grãos de cimento atrás da barreira.

    Com a supersaturação de Ca2+, seguida da precipitação de Ca(OH)2 ocorre uma rápida hidratação dos grãos de

    cimento gerando gel de C-S-H e etringita.A formação de gel de C-S-H e o intertravamento das

    partículas promovem a pega e o endurecimento.

    ( K. Luke)

    Estágios:

    HIDRATAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    •Estruturas Fibrilares: C-S-H

    •Estruturas Prismáticas: C-H

    •Etringita: C6ASH32

    Diversos cristais são observados na pasta de cimento Portland hidratada:

    •Monossulfato: C4AS.H12

    HIDRATAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

    (Portlandita)C-HC-S-H

    EtringitaEtringita

    http

    ://le

    beto

    n.fr

    ee.fr

    /cim

    ent.h

    tml

    NotaçãoNotação::C C -- CaOCaOS S -- SiOSiO22A A -- AlAl22OO33F F -- FeFe22OO33H H -- HH22OOS S -- SOSO44

  • 29/08/2019

    21

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    ENDURECIMENTO DO CIMENTO PORTLAND

    C3A + CSH2 → Etringita (C6ASH32) + 300 cal/g

    2C3S + 6H → C3S2H3 + 3CH + 120 cal/g

    2C2S + 4H → C3S2H3 + CH + 62 cal/g

    Reações Químicas: NotaçãoNotação::C C -- CaOCaOS S -- SiOSiO22A A -- AlAl22OO33F F -- FeFe22OO33H H -- HH22OOS S -- SOSO44

    Pega:é o início do endurecimento(passagem do estado plástico para o sólido)

    Endurecimento: resulta da hidratação progressiva dos compostos anidros do cimento

    SEQUÊNCIA DE HIDRATAÇÃO E SEQUÊNCIA DE HIDRATAÇÃO E ENDURECIMENTOENDURECIMENTO

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CRESCIMENTO DOS CRISTAIS

    C-S-H

    ENDURECIMENTO DO CIMENTO PORTLAND

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Desenvolvimento microestrutural, durante a hidratação, de um grão de cimento. (Scrivener, 1989)

    ENDURECIMENTO DO CIMENTO PORTLAND

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    (Aulas USP)

    C3S

    (alita)

    42 a 60% do clínquerÉ responsável pela resistência nos primeiros dias de idade da pasta.Os cimentos ricos em C3S tem resistência inicial mais alta.Hidrata com velocidade mediana e não libera muito calor.

    C2S

    (belita)

    14 a 35% do clínquer.C2S endurece lentamente nos primeiros 28 dias.Segue aumentando a resistência e em 2 anos atinge a resistência do C3S.Intensidade de sua reação é lenta, sendo pequeno o calor desenvolvido

    C3A6 a 13% do clínquer.Pega quase instantânea com intensidade rápida de reação com grande produção de calor.Tem pequena resistência mecânica.Resiste mal a águas agressivas.Importância ao cimento Portland é tornar possível menores temperaturas do forno.

    C4AF5 a 10% do clínquer.Tem pega em poucos minutos mas não instantânea como o C3A.Comparado ao C3A Resistência ligeiramente inferior.Desenvolve menos calor de hidratação e é mais resistente a ação de águas agressivas.A alumina por ele fixada é menos nociva que a alumina ligada exclusivamente à cal.

    PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS DO CLÍNQUER

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Resistência mecânica x efeitos da hidratação dos compostos anidros do clínquer.

    (Zam

    pier

    i, 19

    89)

    PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS DO CLÍNQUER

    Belita

    Alita

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    COMPOSIÇÃO x RESISTÊNCIA

    PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS DO CLÍNQUER

    A B C

    C3S 49 30 56

    C2S 25 46 15

    C3A 12 5 12

    C4AF 8 13 8

    Temperatura e finura constantes

    Belita

    Alita

    28

    (Aulas USP)

  • 29/08/2019

    22

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    ALTERAÇÃO DA PEGA DO CIMENTO PORTLAND

    Fatores que afetam:

    Aluminatos: Pega inicial (C3A cristaliza rápido);

    Finura: mais fino, final de pega e endurecimento mais rápido;

    Gesso (SO3): ( C3S > C4AF > C2S

    • A reatividade é influenciada pela finura e o resfriamento do clínquer;

    • O C3A tem sua hidratação retardada pela adição do gesso;

    • Reações complexas (C2S reage mais rápido quando C3S está presente devido a presença de OH- na solução);

    • C3A e C4AF competem pelos sulfatos (gesso).

  • 29/08/2019

    23

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND - CALOR DE HIDRATAÇÃO

    (Dom

    one,

    199

    4)

    Tempo de dormência depende da quantidade de gesso

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    (Weiss, J.; 2005)

    CIMENTO PORTLAND CALOR DE HIDRATAÇÃO

    Comportamento dos compostos Contribuição para o cimento

    CompostoVelocidade da

    reaçãoCalor

    liberadoResistência Mecânica

    Liberação de calor

    C3S Moderada Moderado Alta Alta

    C2S Lenta Baixo Inicial baixa, final alta Baixa

    C3A + CSH2 Rápida Muito alto Baixa Muito alta

    C4AF + CSH2 Moderada Moderado Baixa Moderada

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND - CALOR DE HIDRATAÇÃO

    Finura e Calor de Hidratação

    (Aulas USP)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    CIMENTO PORTLAND - EXPANSIBILIDADE

    Problemas do cimento que causam expansão:

    -Periclásio - cristais de MgO – Excesso temperatura ou tempo no forno. %MgO < 6,5%

    - Excesso de gesso adicionado

    - Excesso de CaO no clínquer – carência de argila

    Agulha de Le Châtelier, usada para avaliar a expansibilidade. e ≤ 0,5 cm

    (NBR 11582:2016)

    (Nev

    ille,

    A.;

    1995

    )

    Henry Le Châtelier, 1850 -1936

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    PASTA DE CIMENTO PORTLAND – RETRAÇÃO

    Pasta - pseudo-sólidos - aparência de sólidos - rede de poros muito finos contendo ar ou água.

    Propriedades diferentes das dos sólidos devido à presença de tensões capilares de água no interior dos poros.

    Tensões tendem a desaparecer quando o corpo pseudo-sólido está seco ou saturado de água.

    Quantidades de retração muito variável :

    (Granato-BASF)

    Pasta pura - 1,5 a 2,0 mm/mArgamassas - 0,6 a 1,5 mm/mConcretos -0,2 a 0,7 mm/m

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Fatores que influenciam:

    • CimentoCimento - mais fino, maior retração nas primeiras horas;

    • TraçoTraço – maior quantidade de agregados, menor retração;

    • Qtd. águaQtd. água de amassamento - mais água, maior retração;

    • AditivosAditivos retardadores aumentam;

    • DimensõesDimensões das peças – mais volumosas, mais retração;

    • Procedimentos de CuraCura - mais tempo, menor retração;

    • Umidade média do arUmidade média do ar – mais seco, mais retração.

    PASTA DE CIMENTO PORTLAND – RETRAÇÃO

  • 29/08/2019

    24

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO

    • Estruturas C-S-H

    (Mehta e Monteiro,1994)

    • Cristais de hidróxido de cálcio – CH

    • Etringita

    • Monossulfato

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO

    Estruturas – CSH

    • Estruturas fibrilares;• Formadas pela hidratação dos silicatos;• Altíssima resistência mecânica;• Quimicamente bastante estáveis;• Baixa porosidade;• 50 a 60 % do volume da pasta.

    2C3S + 6H → C3S2H3 + 3CH + 120 cal/g

    2C2S + 4H → C3S2H3 + CH + 62 cal/g

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO

    Cristais de hidróxido de cálcio – CH

    • Cristais grandes hexagonais de Ca(OH)2;• Volume: 20 a 25%;• Responsáveis pH elevado da pasta (pH≅ 13);• Porosos;• Baixa resistência mecânica;• Solúveis em água;• Muito reativos quimicamente.

    (And

    ión

    et a

    l., 2

    001)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO

    Etringita –

    • Produto da hidratação dos aluminatos e do gesso (SO3);• Cristais muito porosos com baixa resistência mecânica;• São os primeiros cristais da pasta a se formar;• Representam 15 a 20 % do volume de sólidos.• Formação pode causar falsa pega;

    C6AS.H32

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO

    Monossulfato hidratado –

    • Produto da hidratação dos aluminatos e do gesso;• Cristais porosos em forma de “pétalas de rosa”;• Quimicamente instáveis;• Forma-se sob concentração baixa de sulfatos (SO3 do gesso);• Porosos;• Baixíssima resistência mecânica;• Solúveis em água.

    C4AS.H18

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Pozolanas - Cinzas volantes – Classe C

    Pó proveniente de fornos que queimam carvão mineral (termoelétricas)

    AÇÃO POZOLÂNICA = SiO2 + Ca(OH)2 + H2O → Estruturas C-S-H

    Tamanho dos grãos e S.E. semelhante aos do cimento Portland

    ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND

    Propriedade NBR 12653

    CLASSE C

    SiO2+Al2O3+Fe2O3 (% mínimo) 70,0

    SO3 (% máximo) 5,0

    Teor de umidade (% máximo) 3,0

    Perda ao fogo (% máximo) 6,0

    Álcalis disponível em Na2O (% máximo) 1,5

  • 29/08/2019

    25

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    (José Freitas Jr.)

    Cinzas volantes:“FLY ASH”

    Coleta das cinzas volantes

    Usina Usina

    termotermo--elétricaelétrica

    a carvão minerala carvão mineral

    (Jos

    é F

    reita

    s Jr

    .)

    ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Pozolanas - Cinzas volantes – Classe C• Retardam o ganho de resistência mecânica;• Reduzem o calor de hidratação;• Melhoram a trabalhabilidade; • Minimiza a permeabilidade do concreto;• Diminuem ocorrência das reações álcali-agregado.

    Cinzas volantes aumentadas 5.500

    vezes.

    ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND

    (MBinc.) Pozolana

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Escória granulada de Alto Forno - AÇÃO CIMENTANTEADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND

    • Resíduo do alto-forno siderúrgico;• Resfriada com jatos de água;• Presença de C2S e C3S;• Grãos c/ 45 µm e 500 m²/kg de finura Blaine;• Reduz custos;• Consome resíduo industrial nocivo ao meio ambiente.

    Coque de carvão mineral-C

    Minério de ferro – Fe2O3 Cástinas - CaCO3 SiO2 Fe2O3

    C3S C2S ....(José Freitas Jr.)

    ALTOALTO--FORNOFORNOSIDERÚRGICOSIDERÚRGICO

    Escória Granulada

    Resfriamento c/jatos de água

    Aciaria(conversor)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Escória granulada de Alto Forno - AÇÃO CIMENTANTE• Esfriada com jatos de água • Não prejudica resistência mecânica• Possível colocar altos % no cimento – CPIII – 65%• Aumenta a resistência aos sulfatos

    ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND

    Agregado de escória (Escória resfriada ao ar)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND

    Filer carbonático – pó de calcário

    • Inerte quimicamente – CaCO3;• Não prejudica resistência mecânica;• Melhora a trabalhabilidade e o acabamento;• Redução de custos;• Até 25 % em adição ao cimento.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    TIPOS DE CIMENTO PORTLAND

    NBR 16697:2018

    CP I

    CP

    BRANCO

    CP RS

    CP II CP BC

    CP III

    CP IV

    CP V

  • 29/08/2019

    26

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Fonte: Votorantim, 2018

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Cimento Portland

    Sigla ClasseClínquer

    +Gesso

    Escória (E)

    Pozolana (Z) Carbonato (F)

    Comum

    CP I253240

    95-100 0-5

    CP I-S253240

    90-946-10

    Composto

    CP II-E253240

    51-94 6-34 0 0-15

    CP II-Z253240

    71-94 0 6-14 0-15

    CP II-F253240

    75-89 0 0 11-25

    Fonte: NBR 16697, 2018

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Cimento

    PortlandSigla Classe

    Clínquer+

    GessoEscória (E) Pozolana (Z) Carbonato (F)

    Alto Forno CP III

    25

    32

    40

    25-65 35-75 0 0-10

    Pozolânico CP IV25

    3245-85 0 15-50 0-10

    Ari CP V --- 90-100 0 0 0-10

    Fonte: NBR 16697, 2018

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Fonte: NBR 16697, 2018

    Tipo

    de

    cim

    ento

    P

    ortla

    nd

    Cla

    sse

    FinuraTempos de

    pega (h)Expansibilidade

    (mm)Resist. à compressão (MPa)

    Res

    íduo

    pe

    neira

    75 µ

    m(%

    )

    Áre

    a es

    pecí

    fica

    (m2 /

    kg)

    Iníc

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    Fim

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    1 di

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    3 di

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    7 di

    as

    28di

    as

    CPICPI-S

    25 ≤ 12,0 ≥ 240≥ 1 ≤ 10 ≤ 5 ≤ 5 --

    ≥ 8 ≥ 15 ≥ 2532 ≤ 10,0 ≥ 260 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 3240 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40

    CPII-ECPII-ZCPII-F

    25 ≤ 12,0 ≥ 240≥ 1 ≤ 10 ≤ 5 ≤ 5 --

    ≥ 8 ≥ 15 ≥ 2532 ≤ 10,0 ≥ 260 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 3240 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40

    CPIIICPIV

    25≤ 8,0 -- ≥ 1 ≤ 12 ≤ 5 ≤ 5 --

    ≥ 8 ≥ 15 ≥ 2532 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 3240 ≥ 12 ≥ 23 ≥ 40

    CPV-ARI ≤ 6,0 ≥ 300 ≥ 1 ≤10 ≤ 5 ≤ 5 ≥ 14 ≥ 24 ≥ 34 --

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    TIPOS DE CIMENTO PORTLAND

    Cimento Portland CP (RS)

    Cimentos - CP I, II, III, IV ou V-ARI podem ser resistentes aos sulfatos, atendendo pelo menos uma das condições:

    • Teor de C3A do clínquer e teor de adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa;

    • Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 75% de escória granulada de alto-forno, em massa;

    • Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa;

    • Cimentos com antecedentes de resultados de ensaios delonga duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos.

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Cimento Portland de

    Baixo Calor de Hidratação (BC)

    Designado por siglas e classes de seu tipo, acrescidas de BC.

    Geram até 260 J/g aos 3 dias e até 300 J/g aos 7 dias de hidratação

    Podem ser qualquer um dos tipos básicos.

    Ex: CP III-32 BC ou CP IV-32 BC

    Ensaio NBR 12006:1990 - Determinação do Calor de Hidratação pelo Método da Garrafa de Langavant.

    Retarda o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando fissuras de origem térmica, devido ao calor

    desenvolvido durante a hidratação do cimento.

    TIPOS DE CIMENTO PORTLAND

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    TIPOS DE CIMENTO PORTLANDResistências à compressão dos cimentos brasileiros.

    Escala

    Logarí

    tmic

    a

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    TIPOS DE CIMENTO PORTLAND

    Cimento Portland Branco(CPB)

    Exigências físicas e mecânicas para o cimento Portland Branco

    Características e propriedades UnidadeLimites

    CPB-25 CPB-32 CPB-40 CPB

    Resíduo na peneira de 45 µm % ≤ 12 ≤ 12

    Tempo de início de pega h ≥ 1 ≥ 1

    Expansibilidade a quente mm ≤ 5 ≤ 5

    Resistência à compressãoMPa

    ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 15,0≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 25,0≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0

    ≥ 5,0≥ 7,0≥ 10,0

    Brancura % ≥ 78 ≥ 82

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    TIPOS DE CIMENTO PORTLAND

    Concreto de CPB fck 50 MPa, Ponte Irineu Bornhausen Brusque - SC

    Cimento Portland Branco (CPB)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Cimentos, por serem aglomerantes hidráulicos, devem ser guardados longe de qualquer fonte de umidade, em locais bem secos e protegidos, de preferência,

    em sacos fechados em locais não expostos à chuva.

    Prática recomendada é empilhar sacos de cimento sobre estrados secos de madeira a 30 cm do chão e de qualquer parede para evitar a umidade. As pilhas não devem ter mais de 24 sacos de altura para evitar possível empedramento.

    O material utilizado em ampla escala para estocagem de cimento é o papel Kraft, devido a sua boa resistência mecânica, logo não rasga com facilidade, e tem

    boa resistência a médias e altas temperaturas, o que permite ensacamento de cimento ainda quente a baixo custo para otimizar fluxo de produção, o que não

    funciona com outros materiais plásticos baratos.

    CIMENTO PORTLAND - ARMAZENAMENTO

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    Reservas - Calcário:• Muito amplas;• Duração ........

    Consumo de Energia:• 90% - energia térmica gerada pelo combustível (secagem, aquecimento e calcinação das matérias primas) – representa 25% do custo de produção;

    • 10% - energia elétrica (25% moagem das matérias-primas, 40 % do clínquer, 20 % operações do forno e resfriador) – representa 50% do custo de produção;

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa:

    • Queima de Combustíveis - 0,65 a 0,9 kcal/g clínquer;

    �Para 1 tonelada de clínquer gera 300 Kg de CO2

    • Calcinação Calcário – MUITO CO2

    � (CaCO3+ calor -> CaO + CO2)

    �Para 1 tonelada de clínquer gera 600 kg de CO2;

    • CO2 Total : 900 kg/tonelada de clínquer

  • 29/08/2019

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    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento

    • Emissões de CO2 da indústria do cimento:

    �Média mundial: cerca de 7% das emissões totais;

    �Brasil: cerca de 2,6%, segundo o Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa.

    Fonte: SNIC, 2019

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento

    Emissão específica na produção de cimento

    Fonte: SNIC, 2019

    564 kg CO2/t cimento

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento

    Emissões de CO2da produção de cimento no Brasil

    Fonte: SNIC, 2019

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento

    • Consumo per capita de cimento:

    �Média mundial: 553 kg/hab./ano;

    �Brasil: 260 kg/hab./ano.

    • Elevado déficit habitacional e de infraestrutura do país + expectativade crescimento populacional � retomada do crescimento naprodução em médio/longo prazo, aumentando entre 60% e 120% em2050 com relação a 2014 (nas variantes de baixa e alta demanda,respectivamente).

    Fonte: SNIC, 2019

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento

    Projeção da produção de cimento no Brasil

    Fonte: SNIC, 2019

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento• Alternativas para redução das emissões de carbono:

    1. Elevar ainda mais o uso de adições - o Brasil é uma das referências mundiais- e reduzir o teor de clínquer no CP:

    � A redução da razão clínquer/cimento de 67% em 2014 para 52% em 2050evitaria a emissão cumulativa de 290Mt de CO2 � 69% do potencial de redução do setor até 2050;

    �A expectativa de redução na disponibilidade de escórias e cinzas volantes no longo prazo levará o setor a buscar outras soluções, como ampliar o uso defiler calcário e argilas calcinadas.

    Fonte: SNIC, 2019

  • 29/08/2019

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    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento• Alternativas para redução das emissões de carbono:

    2. Uso de combustíveis alternativos, em substituição aos combustíveis fósseisnão renováveis:

    � A ampliação destes energéticos de 15% em 2014 para 55% em 2050 poderesultar em uma redução cumulativa de 55Mt de CO2 � 13% do potencial deredução;

    � O uso de Resíduos Sólidos Urbanos e Resíduos Sólidos Não Perigosos,ambos com elevado conteúdo de biomassa em sua composição, representa omaior potencial.

    Fonte: SNIC, 2019

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento• Alternativas para redução das emissões de carbono:

    3. Eficiência térmica e elétrica: substituição gradual de unidades e equipamentosobsoletos por novas linhas utilizando as melhores tecnologias disponíveis �9% do potencial de mitigação do setor.

    4. Tecnologias inovadoras e emergentes - Captura e Uso ou Estocagem deCarbono (CCUS): seria possível, a partir de 2040, atingir uma reduçãoacumulada de 38Mt de CO2 � 9% do potencial de mitigação do setor até 2050.

    Fonte: SNIC, 2019

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    CO2 – Efeito estufa: Brasil � Roadmap tecnológico do cimento• Potencial de mitigação na cadeia da construção:

    � Industrialização do uso do cimento: concreto usinado ou industrializado � em média menor consumo de cimento/m3;

    � Argamassas industrializadas: uso de ar incorporado, redução do uso da cal hidratada e em média menor consumo de cimento/m3;

    � Produção de agregados: maior empacotamento � menor consumo de pasta de cimento para envolver os agregados;

    � Racionalização na construção: redução das perdas.

    Fonte: SNIC, 2019

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Adição de Resíduos ao cimento:• Adições reduzem % de clínquer;

    � Minimizam emissões de CO2 por kg de cimento;

    • Resíduos industriais que iriam para aterros;

    � Cinzas Volantes – CP IV – 50% Cinzas Volantes;

    � Escórias de alto forno – CP III – 75% Escória;

    � Filer carbonático – CP II F – 25 % Fíler.

    Impacto Ambiental:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Impacto Ambiental:

    Emissões de CO2 por tipo de cimento:

    CIMENTO PORTLAND (CP)

    Tipo Adição kg CO2/toneladaCP II F 10% Filer 820CP II Z 24% Pozolana + Filer 700CP II E 40% Escória + Filer 580CP III 75% Escória 290CP IV 45% Cinzas Volantes 530CP V 5% Filer 860

    AGLOMERANTES TC 030 Materiais de Construção I

    Coprocessamento de resíduos:• Fonte de Receita para as cimenteiras;• Queima no forno de resíduos diversos;

    � Resíduos com poder calorífico;� Resíduos altamente tóxicos.

    Impacto Ambiental: CIMENTO PORTLAND (CP)

    (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento)

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