Tarefas para o trabalho de finalizações sobre ataque previsto.

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MAYO Táctica © Artículo publicado en 68 MAYO Táctica www.futbol-tactico.com 69 TAREFAS PARA O TRABALHO DE FINALIZAÇÕES SOBRE ATAQUE PREVISTO: Autor: Nani Lareo Fotos: Shutterstock INTRODUÇÃO: A pesar de que no apartado ofensivo de uma equipe existe uma parte importante de criatividade, habilidade, liberdade de movimentos e conhecimento que tem entre si os jogadores da mesma equipe, entendemos que têm momentos do jogo onde o jogo de ataque se complica devido a causas diversas, como que a defesa do rival está funcionando bem, que não somos capazes de enlaçar jogadas de ataque com certa continuidade, que nossos jogadores não têm seu melhor dia, etc

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A pesar de que no apartado ofensivo de uma equipe existe uma parte importante de criatividade, habilidade, liberdade de movimentos e conhecimento que tem entre si os jogadores da mesma equipe, entendemos que têm momentos do jogo onde o jogo de ataque se complica devido a causas diversas, como que a defesa do rival está funcionando bem, que não somos capazes de enlaçar jogadas de ataque com certa continuidade, que nossos jogadores não têm seu melhor dia, etc...

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TAREFAS PARA O TRABALHO DE FINALIZAÇÕES SOBRE ATAQUE

PREVISTO:

Autor: Nani LareoFotos: Shutterstock

INTRODUÇÃO:

A pesar de que no apartado ofensivo de uma equipe existe uma parte importante de criatividade, habilidade, liberdade de movimentos e conhecimento que tem entre si os jogadores da mesma equipe, entendemos que têm momentos do jogo onde o jogo de ataque se complica devido a causas diversas, como que a defesa do rival está funcionando bem, que não somos capazes de enlaçar jogadas de ataque com certa continuidade, que nossos jogadores não têm seu melhor dia, etc

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Para esses momentos, é muito adequado ter preparado/treinado em nossas sessões de treinamento semanais, certas jogadas de ataque previsto ou ataque elaborado. Por isso, neste artigo vamos a ocupar-nos de uma parte muito importante das ações ofensivas de uma equipe como são as jogadas elaboradas, jogadas de ataque previsto, ações combinatórias de ataque, jogadas de laboratório, etc... em fim poderemos chama-las com um sem-fim de nomes, mas todas se referem de alguma maneira a adequada circulação da bola e a perfeita harmonia e coordenação de movimentos de todos os jogadores que intervém da área rival. Recordamos que quando falamos de ataque, não só nos referimos aos supostos atacantes da equipe, senão que teremos que involucrar a todas as linhas do mesmo, já que todos, de alguma maneira terão alguma função, fazendo vigilâncias defensivas para dificultar transições, linhas de rechace, balances, etc...).

¿SE DEVE PREPARAR O ATAQUE OU SE DEVE DEIXAR A LIVRE ARBÍTRIO DA INICIAÇÃO DOS FUTEBOLISTAS?

A priori devemos saber que os esportes coletivos como futebol, basquete e handebol, são de habilidades abertas, onde é muito difícil levar a cabo uma jogada específica pela dificuldade que entranha o próprio jogo, as situações continuamente cambiantes, a pressão do rival, etc. Concretamente no futebol, a dificuldade aumenta já que a bola não se pode deter não se pode pegar com a mão, não tem pausas, o que dificulta muitíssimo a elaboração de um ataque previsto.

Mas apesar de tudo, penso que sim podemos estabelecer e treinar em nossas sessões semanais uma série de movimentos de ataque ou padrões de jogo ofensivo com o objeto de “ajudar” ou “dotar” a nossos futebolistas de maiores conhecimentos para o jogo de ataque, explorando as particularidades técnicas individuais de cada um e estudando a defesa rival, buscando espaços onde fazer dano para aproximar a bola à área contrária.

Por tanto, no treinamento do ataque organizado, o que realizaremos é preparar/prever/automatizar nossos movimentos de ataque (tanto da bola como dos jogadores) em função da defesa que nos fará nosso rival e sacando/explorando o melhor de cada um dos nossos jogadores. Trata-se de dotar a nossa equipe de umas linhas de jogo e variantes para poder fazer falha na defesa da equipe contrária. Por isso é de vital importância o estudo e conhecimento que se tenha do rival, é dizer, estilo de jogo, número de defensores no meio, na linha defensiva, jogador mais poderoso, mais frouxo tecnicamente, posicionamento base, pontos fortes e débeis.

É um recurso mais em ataque que, de alguma maneira, todas as equipes deveriam trabalhar com o fim de melhorar sua eficácia no aspecto ofensivo.

Uma vez estudando o rival, e sabendo como hipoteticamente nos vai defender, sabendo seus pontos fortes e débeis, poremos em marcha durante á semana ações combinatórias ofensivas de forma que todos os jogadores da equipe saibam exatamente os movimentos que devem realizar e sobre tudo suas variantes (aqui se entra a iniciativa própria) por onde deve circular a bola e onde temos que fazê-lo chegar para fazer dano à defesa rival. Se bem dizíamos anteriormente o difícil que supõe realizar estas ações pelo complicado deste esporte; entendemos que se bem não é determinante, o não trabalhar este aspecto suporia uma maior dificuldade e “obstruiria” muito mais a canalização do nosso jogo de ataque.

Podemos treinar ditas jogadas em nossas sessões de treinamento a modo de tarefas de finalização, de forma que a repetição continuada das mesmas favoreça o automatismo dos movimentos por parte dos jogadores.

Requer-se certa concentração e eficácia nas ações de passe, golpeio e remate. É conveniente que apesar de que não exista oposição (ou sim, podendo ser ativa, semiativa ou passiva) devemos de fazer finca-pé na alta intensidade na execução das ações, devemos ser eficazes e rápidos nos controles, fomentar as fintas de arrancada, não receber a bola parada e de alguma forma tem que tentar simular a intensidade que se pode dar em um jogo real.

É um trabalho que poderemos realizar com todos os jogadores do plantel, dispondo-os em suas posições habituais de jogo, e devido à ausência de fadiga, poderemos realizá-lo nos treinamentos de final de semana, vésperas de jogos, etc... Ademais, é um trabalho de alto conteúdo psicológico, pois requer um bom grau de concentração para ler os movimentos dos companheiros e ajustar o movimento próprio ao dos companheiros da equipe.

A continuação, mostraremos uma série de tarefas de finalização com diversos objetivos táticos ofensivos, para contra restar certos aspectos táticos defensivos do rival, como podem ser:

1. TAREFA 1: Aumento de densidade em uma banda (atrair defesas rivais) para mudar de orientação e atacar pela contrária.

2. TAREFA 2: Arrastar a um lateral para provocar um espaço em suas costas que será ocupado pelo ponta (laterais lentos e pouco dotados tecnicamente).

3. TAREFA 3: Bola diretamente ao ponta para deixada ao meia-ponta e abrir banda ou realizar segundas jogadas (campos estreitos e defesas fechadas).

4. TAREFA 4: Condução do interior para dentro para a fixar ao lateral marcador (lateral frouxo)., sacá-lo de zona e que seja aproveitada por nosso lateral

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TAREFA Nº1: Aumento da densidade ofensiva em uma banda para finalizar o ataque por outra

DESCRIÇÃO DA TAREFA: Dispomos aos jogadores em um sistema 1-4-2-3-1, onde A é um meio-centro criativo. A jogada a começa este jogador que passa a B (L.D), fazendo uma triangulação com C (Meia-ponta) e D (I.D). Trata-se, pois, de acumular jogadores de ataque em dita zona para que em um momento dado, D, devolva a B e este faça uma mudança de orientação a F (II) para que conduza a linha de fundo, centre e remate o dianteiro E ou F ou D. A sua vez, C, B e G, sobem seu posicionamento para linha de rechace ou cortar ações de contra-ataque.INCIDIR:

• Alta intensidade na execução das ações apesar de não ter oposição.• Não receber a bola de parado, sempre com movimentos prévios de desmarques (fintas de

arrancada).• Alta

concentração para a realização dos exercícios.

• Praticar as variantes previstas, jogo pelo o outro lado, criatividade dos jogadores, etc...

• Tão importantes são os movimentos dos jogadores com bola como os de sem bola (realizam vigilâncias ofensivas e defensivas, balances, etc...), por tanto, não se deve poupar movimentos.

táticos da equipe. Atacamos por banda, pelo centro, jogo direto, costas de laterais, paredes em banda, caída do ponta, etc...

• Durante pré-temporada podemos trabalhar com toda a equipe situando dois jogadores dois por posto ou como seja necessário para organizar a equipe. Durante a temporada podemos fazê-lo com a equipe que supostamente jogará o fim de semana se nos interessa desvelá-lo.

• Podemos incluí-lo nas sessões de final de semana, próximas ao jogo já que não produz fadiga fisiológica e é um trabalho importante no aspecto psicológico e de ajuste de movimentos coletivos..

TAREFA Nº2: Criação de espaço nas costas de um lateral para caída do ponta. DESCRIÇÃO DA TAREFA:Dispomos aos jogadores em nosso sistema habitual, neste caso com um 1-4-2-3-1. No gráfico, de alguma forma indicamos só os jogadores que formarão parte do ataque. Começa a tarefa o Meio-centro Ofensivo (A), que passa a bola a B (LD), este a sua vez triangula com C (MP) e D (ID). D, faz ligeira condução para B para tentar atrair seu marcador, sacá-lo de zona, para acabar passando-lhe a seu companheiro a vez que faz um desmarque ao interior da área. B, uma vez recebida à bola, realiza um passe em elevação ao espaço livre criado por D que será ocupado por nosso dianteiro E, que dará continuidade à jogada. D,C e F, serão os rematadores ocupando G A e B a linha de rechace.

INCIDIR:• Alta intensidade na execução das ações apesar de não ter oposição.• Não receber a bola de parado, sempre com movimentos prévios de desmarques (fintas de

arrancada).• Alta concentração para realização dos exercícios.• Praticar as variantes previstas, jogo pelo outro lado, criatividade dos jogadores, etc...• Tão importantes são os movimentos dos jogadores com bola como os de sem bola (realizam

vigilâncias ofensivas e defensivas, balances, etc...), por tanto, não se deve poupar movimentos.

EVITAR:Passividade nas execuções

Escassez de movimentos dos jogadores sem bola (tem que chegar)

Falta de eficácia ou de concentração no trabalho.

EVITAR:• Passividade nas execuções.• Escassez de movimentos dos jogadores

sem bola (tem que chegar).• Falta de eficácia ou de concentração no

trabalho.

MATERIAL:• Bolas e cones para sinalizar espaços.

TEMPORIZAÇÃO:

• Realizar durante toda a temporada, escolhendo durante a semana as tarefas mais necessárias, em função dos interesses

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MATERIAL:• Bolas e cones sinalizadores para delimitar posições e espaços.

TEMPORIZAÇÃO:• Realizar durante toda a temporada, escolhendo durante a

semana as mais necessárias, em função dos interesses táticos da equipe.• Atacamos por banda, pelo centro, jogo direto, costas de laterais, paredes em banda, caída do ponta, etc...

• Durante pré-temporada podemos trabalhar com toda a equipe colocando dois por posto ou como seja

necessário para organizar a equipe. Durante a temporada podemos fazê-lo com a equipe que supostamente jogará o fim de semana se nos interessa desvela-lo.

• Podemos incluí-lo nas sessões de final de semana, próximas ao jogo já que não produz fadiga fisiológica e é um trabalho importante no aspecto psicológico e de ajuste de movimentos coletivos.

TAREFA Nº3:Jogo direto ao ponta para deixada ao meia-

ponta e abrir banda ou realizar segundas jogadas (campos pequenos e defesas fechadas).

DESCRIÇÃO DA TAREFA:Dispomos aos jogadores em nosso sistema habitual, neste caso com um 1-4-2-3-1. No gráfico, de alguma forma indicamos só os

jogadores que formarão parte do ataque.

Começa o ataque com uma triangulação entre A, C e D; uma vez que volta á bola a A, este joga com G e devolve a seu companheiro LD (B).

Uma vez recebida à bola, B envia a bola diretamente a nosso dianteiro E, que previa finta de desmarque vem a receber diante da linha defensiva, jogando

de primeira ou de segunda com o meia-ponta D, que abre a banda para a incorporação de G, que conduz a linha de fundo, centra para o remate de E, F ficando D em linha de rechace e C, A e B evitando transições da equipe contrária.

INCIDIR:• Alta intensidade na execução das ações

apesar de não ter oposição.

• Não receber a bola de parado, sempre com movimentos prévios de desmarques (fintas de arrancada).

• Alta concentração para a realização dos exercícios.

• Praticar as variantes previstas, jogo pelo outro lado, criatividade dos jogadores, etc...

• Tão importantes são os movimentos dos jogadores com bola como os de sem bola (realizam vigilâncias ofensivas e defensivas, balances, etc...), por tanto, não se deve poupar movimentos.

EVITAR:

• Passividade nas execuções

• Escassez de movimentos dos jogadores sem bola (tem que chegar)

• Falta de eficácia ou de concentração no trabalho.

MATERIAL:

• Bolas e cones sinalizadores para delimitar posições e espaços.

TEMPORIZAÇÃO:

• Realizar durante toda a temporada, escolhendo durante a semana as mais necessárias, em função dos interesses táticos da equipe.

• Atacamos por banda, pelo centro, jogo direto, costas de laterais, paredes em banda, caída do ponta, etc...

• Durante pré-temporada podemos trabalhar com toda a equipe colocando dois por posto ou como seja necessário para organizar a equipe. Durante a temporada podemos fazê-lo com a equipe que supostamente jogará o fim de semana se nos interessa desvela-lo.

• Podemos incluí-lo nas sessões de final de semana, próximas ao jogo já que não produz fadiga fisiológica e é um trabalho importante no aspecto psicológico e de ajuste de movimentos coletivos.

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• Falta de eficácia ou de concentração no trabalho.

MATERIAL:• Bolas e cones sinalizadores para delimitar

posições e espaços.

TEMPORIZAÇÃO:• Realizar durante toda a temporada, escolhendo

durante a semana as mais necessárias, em função dos interesses táticos da equipe.

• Atacamos por banda, pelo centro, jogo direto, costas laterais, paredes em banda, caída do ponta, etc...

TAREFA Nº4:Corte do interior para dentro para a incorporação do lateral desse mesmo lado. DESCRIÇÃO DA TAREFA:Dispomos aos jogadores em nosso sistema habitual de jogo, neste caso, um 1-4-2-3-1 onde A é o meio-centro criado que começa a jogada com uma triangulação entre B e D (Mp). Quando A recebe de novo a bola, passa a F (ID), que faz uma ligeira condução para dentro para criar um espaço livre a suas costas que posteriormente, será ocupado por nosso LD (C). F, passa a D, e realiza uma pequena condução diagonal para criar uma linha de passe com C que se incorporou ao ataque. Uma vez recebida a bola, conduz, centra para o possível remate do ponta e do interior do lado contrário.

INCIDIR:• Alta intensidade na execução das ações

apesar de não ter oposição.

• Não receber a bola de parado, sempre com movimentos prévios de desmarques (fintas de arrancada).

• Alta concentração para a realização dos exercícios.

• Praticar as variantes previstas, jogo pelo outro lado, criatividade dos jogadores, etc...

• Tão importantes são os movimentos dos jogadores com bola como os de sem bola (realizam vigilâncias ofensivas e defensivas, balances, etc...), por tanto, não se deve poupar movimentos.

EVITAR:• Passividade nas execuções• Escassez de movimentos dos jogadores

sem bola (tem que chegar)

• Durante pré-temporada podemos trabalhar com toda a equipe colocando dois postos ou como seja necessário para organizar a equipe. Durante a temporada podemos fazê-lo com a equipe que supostamente jogará o fim de semana se nos interessa desvela-lo,

• Podemos incluí-lo nas sessões de final de semana, próximas ao jogo já que não produz fadiga fisiológica e é um trabalho importante no aspecto psicológico e de ajuste de movimentos coletivos.