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n. 83 JANEIRO 2011 jornal E M 2 0 1 1 V A M O S A B R A Ç A R O Q U E N O S U N E EnTrEVISTa CoM aDMInISTraDor lUÍS roDrIGUES TaP M&E BraSIl InVErTE CIClo PÁG. 6-9

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n. 83 JANEIRO 2011jorn

alEM 2011 VAMOS ABRAÇAR O QUE NOS UNE

EnTrEVISTa CoM aDMInISTraDor lUÍS roDrIGUESTaP M&E BraSIl InVErTE CIClo PÁG. 6-9

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C om o final do ano surgem os inevitáveis balanços e as projecções da actividade para os próximos 12 meses. Para a IATA,

embora os últimos meses do ano tenham sido de recuperação, o comportamento da indústria na Europa foi desanimador. O secretário-geral da AEA explica as razões: ”Enquanto a reces-são de 2008/9 afectou companhias e mercados de todo o mundo, o processo de recuperação é muito diferente de umas regiões para as outras, sendo claro que a Europa está a ficar para trás”.Os principais motivos residem na crise económi-ca, que tarda em abandonar o nosso continente, mas há outras razões. Segundo o Eurocontrol, 160.000 voos foram cancelados em 2010 na Eu-ropa. Porquê? Cinzas vulcânicas, mau tempo e greves no tráfego aéreo.Como se comportou a TAP neste cenário?É ainda cedo para falar de resultados, mas o desempenho operacional situou-se acima das perspectivas da AEA. Crescemos em PKU´s (+13,6%), passageiros (+7.7%) e load factor (+6 pontos percentuais). Atingimos os melhores re-sultados da história da companhia em passagei-ros e carga.No aeroporto de Lisboa, a TAP regista um cres-cimento de 7,7%, melhor do que a média (6,2%), enquanto que no do Porto, crescendo menos do que a média, continuamos a ser a companhia com maior número de passageiros transporta-dos.A principal explicação para este desempenho situa-se no expressivo crescimento do Brasil (25%). No TOP 10 dos destinos que mais cresce-ram no aeroporto de Lisboa, sete situam-se no Brasil. Os restantes três também são operados pela TAP. Este extraordinário crescimento foi, ali-ás, sentido por muitos hotéis que compensaram, com vantagem, a perda em outros mercados. Perante estes números, até os mais cépticos se viram forçados a reconhecer a importância es-tratégica do mercado brasileiro para o turismo nacional.Para 2011, a aposta é continuar a crescer, es-tando prevista uma dúzia de novos destinos. Este crescimento é bom para a TAP e para os seus trabalhadores, que vêem reforçado o futuro da sua companhia. É bom também para Portugal, que beneficia das vendas efectuadas pela TAP no estrangeiro e dos importantes e qualificados fluxos turísticos que garante.

antónio Monteiro

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CONDENADA A CRESCERTrÁFEGo3 Nove milhões de passageiros atingidos

em 28 de dezembroDESTInoS4 Porto Alegre é o 10º destino no Brasil5 Voos para Miami arrancam em 2011 EnTrEVISTa6 Administrador Luís Rodrigues: TAP M&E

Brasil inverte cicloManUTEnÇÃo E EnGEnHarIa10 TAP participa no desenvolvimento do A350EVEnToS11 Vamos abraçar o que nos uneDESTaQUES15 UP “capa do dia” em site de design TAP candidata a renovar título de “melhor

companhia de aviação”MElHorIa ConTÍnUa16 Iniciativa de melhoria contínua na M&E

concluiu mais 3 projectos-pilotoInTErnaCIonal19 “Lucros da aviação europeia são peanuts”rEConHECEr22 Programa Reconhecer distingue 47

trabalhadoresaPonTaMEnToS25 José Brás lança segundo livro BrevesCarE TEaM26 Care Team forma voluntários no BrasilVolUnTÁrIoS CoM aSaS28 Trabalhadores solidários com a Ajuda de

Berço

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A TAP transportou, em 28 de de-zembro, o passageiro nove mi-lhões e alcançou um novo recorde

histórico de passageiros num só ano, ul-trapassando o objectivo estabelecido para 2010. A marca foi registada no voo TP3627, que partiu de Lisboa às 14h15 com destino ao Funchal.Ao início da manhã do mesmo dia, o aero-porto de Lisboa atingiu os 14 milhões de passageiros movimentados em 2010, nú-mero que representa igualmente um mar-co histórico da Portela.

Nove milhões de passageiros atingidos em 28 de Dezembro

O passageiro 14 milhões fez check-in num voo da TAP com destino ao aeroporto de Viracopos (Campinas, São Paulo). A brasi-leira Ana Paula godoy recebeu da ANA um ramo de flores, um diploma e um bilhete de classe executiva. Curiosamente, esta cliente da TAP nunca tinha viajado para fora do Brasil…Entre Janeiro e Novembro, o aeroporto de Lisboa movimentou 13.057.428 passageiros, o que representa um acréscimo de 6,4% re-lativamente ao mesmo período de 2009. A TAP é responsável por 55,7% deste total. ¢

lUIZ MÓr (aDMInISTraDor Da TaP), ana PaUla GoDoY E GUIlHErMIno roDrIGUES (PrESIDEnTE Da ana)

A companhia e o aeroporto de Lisboa registaram, no mesmo dia, um recorde no tráfego de passageiros.

NÚMEROS POSITIVOS

A TAP transportou em 2010 um total de 9.087.629 passageiros, o que se traduz num aumento de 7,7% face ao ano anterior. O load factor acumulado no ano foi de 74,5%, mais 6 pontos percentuais do que em 2009. A produtividade, medida pelo PKU (passageiros por quilómetro percorrido), subiu 13,6%, sendo muito superior ao aumento do PKO (oferta medida em passageiros por quilómetro), que se cifrou em 4,4%.A companhia ultrapassou em 2010, pela primeira vez na sua história, a barreira das 94.000 toneladas de carga e correio transportadas, mais 24% do quem 2009.

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_destinos

O Sul do Brasil não tinha nenhuma ligação sem escalas à Europa. A partir do Verão será servido por quatro voos semanais.

A TAP vai ini-ciar em Ju-nho ligações

directas a Porto Ale-gre, capital do Esta-do de Rio grande do Sul, que tem o quar-to maior Produto In-terno Bruto (PIB) do Brasil e uma popula-ção superior a 10 mi-lhões de habitantes.Com os quatro voos semanais entre Lis-boa e Porto Alegre, a companhia passa a operar no próximo Verão um total de 74 ligações por semana entre os dois países, reforçando a sua posição de maior transporta-dora aérea entre o Brasil e a Europa. O novo destino - o 10º no Brasil – permite ainda à TAP alargar a sua oferta para Buenos Aires

(Argentina) e Montevideu (Uru-guai), através de voos realiza-dos em code-share com com-panhias associadas, a partir de Porto Alegre.A companhia transportou em 2010 mais de 1,4 milhões de passageiros entre Portugal e as nove cidades brasileiros para onde operou, mais 25% do que no ano anterior. ¢

Com o início dos voos para Porto Alegre, a

TAP atingirá um total de 74 frequências

semanais entre Portugal e o Brasil.

Porto Alegre foi fundada por portugueses originá-rios dos Açores em mea-dos do século XVIII. Mais tarde, começou a receber imigrantes alemães e ita-lianos. A cidade está ge-minada com as cidades portuguesas de Ribeira Grande e Horta (Açores) e Portalegre. O Rio Gran-de do Sul faz fronteira com o Estado de Santa Catarina a norte, oceano Atlântico a leste, Uruguai a sul e Argentina a oeste.

Porto Alegre é o 10º destino no Brasil

o anÚnCIo Do noVo DESTIno FoI FEITo aPÓS rEUnIÃo Do aDMInISTraDor lUIZ MÓr CoM a PrEFEITa DE PorTo alEGrE EM EXErCÍCIo, SoFIa CaVEDon

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o PInTor IBErÊ CaMarGo MorrEU EM PorTo alEGrE EM 1994. a SEDE Da SUa FUnDaÇÃo aColHE MaIS DE 4.000 DaS SUaS oBraS. FoI InaUGUraDa EM 2008

E o ProjECTo É Do arQUITECTo SIZa VIEIra

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M iami está entre os principais destinos turís-

ticos que não têm voos di-rectos a partir de Portugal, apesar do seu forte atrac-tivo no mercado nacio-nal, evidenciado pelo forte crescimento das vendas pelas agências de viagens. A situação vai alterar-se a partir do próximo Verão, quando a TAP iniciar os voos entre Lisboa e Miami, com cinco fre-quências semanais. Com a abertura desta rota, a TAP espera au-mentar os fluxos de tráfego entre a Europa e essa cidade norte-americana, reforçando a competitividade do seu hub de Lisboa e do tu-rismo português. Prevê-se ainda o aumento da captação dos fluxos de passageiros entre o nosso País e a América Latina, alicerçado em parcerias com outros membros da Star Alliance.

SEGUnDo DESTIno noS EUaEste será o segundo destino da TAP nos EUA. A companhia opera actualmente voos directos de Lisboa e Porto para Nova Iorque (Newark), num total de 10 ligações semanais no período

Voos para Miami arrancam em 2011 de Verão e sete durante o Inverno.As estimativas para 2010 apontam para um total de 175 mil passageiros trans-portados entre Portugal e os EUA (+11% do que em 2009). Em 2011, com a inauguração da rota de Mia-

mi, o tráfego entre os dois países deve registar um aumento signi ficativo. ¢

Miami tem um elevado potencial de tráfego. A sua área de influência abrange também as cidades de Fort

Lauderdale e West Palm Beach, Fort Meyers, Tampa

e parques temáticos em Orlando

A emblemática cidade do Estado da Florida torna-se no segundo destino norte-ameri-cano da companhia.

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6_janeiro 2011 jornalTaP 83

_entrevista

“ Estamos mais entusiasmados com o que aí vem. Temos noção do po-tencial da empresa e, mesmo com

algumas medidas pontuais de reestrutu-ração que ainda podem vir a ser tomadas, em 2011 já se vai come-çar a ver os reflexos do trabalho desenvolvido, com a inversão das cur-vas de vendas e de de-sempenho” – afirma Luís Rodrigues, menos de seis meses depois de assumir a presidência daquela unidade.Sem esconder os ainda maus resultados de 2010, o gestor sublinha que a empresa está hoje quase totalmente transformada, graças a três anos de investimento e reor-ganização, em termos humanos, empresa-

TAP M&E Brasil inverte ciclo

Um conjunto de transformações internas e uma nova agressividade no mercado indiciam 2010 como um fim de um ciclo muito duro para a unidade brasileira. Começou em 2011 uma nova era, que desperta crescente interesse de poten-ciais parceiros. Luís Rodrigues, presidente da empresa, vê o futuro com mais optimismo.

riais e também de mercado.“Quando a TAP lá entrou, aquela unidade era algo gigantesco, que trabalhava para dentro, há muito tempo sem qualquer in-vestimento, com processos e equipamen-

tos desadequados em inúmeros casos. Hoje, fruto do trabalho profun-do que a equipa da M&E de Lisboa levou a cabo, nuns casos com a ajuda das pessoas de lá, nou-tros com resistência, es-tão completamente mu-dados os sistemas e os

processos”.A TAP M&E Brasil emprega hoje pouco mais de metade das quatro mil pessoas iniciais.Além disso, a estrutura directiva foi reno-

“Os aviões da TAP que têm sido assistidos no Brasil correspondem a

necessidades ocasionais, apenas quando não há capacidade em Lisboa”

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entrevista_

vada, com alguns portugueses, mas uma das mais profundas mudanças verificou-se no perfil do mercado. Em 2010, dos 10 maiores clientes, apenas um fazia parte desta lista em 2007. “Ter que enfrentar uma mudança radical no TOP 10 dos clientes, que representam 75% da facturação, mostra bem a dimen-são das transformações entretanto ope-radas. E todo esse investimento demora o seu tempo e tem os seus custos, até por-que inevitavelmente se cometem alguns erros naturais nesse processo. É óbvio que é preciso ter paciência, mas vai dar os seus frutos”.

oPTIMISMoLuís Rodrigues admite que “foi muito mais duro do que esperava” quando assumiu a presidência, mas não tem dúvidas em afir-mar que em 2010 “encerrámos um ciclo”.“Adquirimos uma pesadíssima herança, que resultou da conjugação de uma em-presa muito grande e complexa, inserida num grupo (Fundação) ainda maior e mais complexo, dentro de uma economia com regras e processos muito diferentes dos nossos, muito longe, e onde há a ilusão de que falamos a mesma língua.”“A esta pesada herança, que temos de car-regar, veio somar-se a pior crise interna-cional de que há memória na historia da aviação em geral e da M&E em particular. Sem isso, tudo teria sido diferente. Tenho a certeza de que a situação só pode melho-rar. Não à velocidade que todos gostaría-mos. Mas estou hoje mais optimista.”

DISCUTIr o FUTUro, nÃo o PaSSaDo“Não gosto de perder tempo a discutir se esta aquisição foi certa ou errada, porque sei que isso é irreversível. Sei é que temos que a pôr a funcionar bem. Também acho que se perdeu a noção de investimento e

que se acha que quando se compra algo é para dar dinheiro no imediato. Temos que nos inspirar nos exemplos dos grupos Je-rónimo Martins na Polónia e Portugal Tele-com no Brasil.” Tive a felicidade de passar por estes dois grupos e é público que, em determinada altura, a situação destes investimentos era de desespero. No entanto, a gestão aguen-tou, teve paciência, trabalhou muito duro, tomou medidas difíceis e hoje são dois exemplos fantásticos de sucesso, mas que no início só tinham críticos.” Luís Rodrigues reconhece que a nossa é uma das “indústrias mais complexas, mas, quando houver retorno, toda a gente vai ga-nhar, principalmente aqueles que já ocu-pam mercado”, destacando que, em 2010, o tráfego aéreo interno no Brasil cresceu 45%.“Mas isto não se faz de um dia para o ou-tro, senão toda a gente andava a comprar

lUÍS roDrIGUES: “TEnHo a CErTEZa DE QUE a SITUaÇÃo SÓ PoDE MElHorar”

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empresas de manutenção no Brasil…”“Estamos a afinar a máquina para termos um projecto com potencial num futuro pró-ximo. Na semana passada, também anali-sámos a projecção de resultados para 2011 e nunca como agora tivemos a perspecti-va de conseguir ultrapassá-los. E, apesar de o ano só agora ter começado, há ainda mais projectos na calha.”“O facto de terem aparecido interessados, nacionais e internacionais, no todo ou em parte na TAP M&E Brasil, ilustra bem o progresso alcançado” – sublinha.“E isso pode trazer um excelente retorno para o grupo TAP num futuro próximo. Mas até lá ain-da vai ‘doer’. Em 2011 já vamos ter uma evolução positiva nos resultados e a M&E Brasil tem po-tencial para se valorizar

e para pagar o que custou, mesmo que de-more mais que o esperado.”“Não é à toa que a OgMA acaba de anun-ciar que tenciona expandir-se para o Bra-sil. Por alguma razão querem ir para lá. E nós já lá estamos.”

noVE lInHaS, ToDaS a FUnCIonarActualmente, existem quatro linhas de ma-nutenção de wide-bodies no Rio de Janeiro e mais cinco em Porto Alegre. “Todas a fun-cionar – diz – e não existe essa questão de ‘desvio’ de aviões de Lisboa para o Brasil.

A manutenção de qual-quer avião de terceiros na TAP, cá ou lá, é mais lucrativa do que a de um avião da própria compa-nhia. Porque é dinheiro de fora que entra.”A TAP, no ano passado, representou apenas 3%

_entrevista

“Quando houver retorno, todos vão ganhar, principalmente aqueles que já ocupam merca-do, mas isto não se faz de um dia para o outro, senão toda a gente andava a comprar empresas de manutenção no Brasil”

“O mercado está numa ebulição crescente. Mas

não tenhamos ilusões. Vai demorar tempo. No final,

todos ficaremos contentes. Temos é que resistir até lá…”

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NOVOS CONTRATOS

Alguns dos novos contratos já assinados, ou em fase final de negociação, incluem empresas como a WEBJET, AIR TRANSAT, CENTURION, GOL, TAAG, TRIP, ROLLS-ROYCE, PWC, além da própria TAP. Só em 2011, estes contratos deverão representar mais de 60 milhões de dólares de facturação.

entrevista_

da facturação da M&E Brasil. “Os aviões da companhia que ali têm sido assistidos correspondem a necessidades ocasionais, apenas quando não há capacidade em Lis-boa” – afirma Luís Rodrigues.As vendas da TAP M&E Brasil, no ano pas-sado, atingiram 69 milhões de dólares, prevendo-se para 2011 um crescimento de 30%. “Até há uns meses atrás só encontrá-vamos surpresas e das más. Agora as coi-sas estão a acontecer, há contratos novos e estamos no bom caminho” – defende.

BoaS PErSPECTIVaS na ÁrEa MIlITar“A área militar tem bom potencial. Vai pre-cisar de muito serviço no futuro próximo. Aliás, a OgMA vai para o Brasil montar uma empresa para operar neste mercado. As coisas estão a andar, mas devagar. de-moram o seu tempo.”Porto Alegre está neste momento mais equilibrada, pois tem capacidade instalada na área de componentes, que é mais ren-tável. A situação do Rio de Janeiro é dife-rente, porque escasseiam as grandes ae-ronaves, mas Luís Rodrigues acredita que vai ser possível “dar a volta”.“Temos, por outro lado, assistido a coisas curiosas. Por exemplo, o grande espaço de que dispomos no Rio tem servido para par-queamento de aeronaves da aviação exe-

cutiva, área com que ninguém contava e o que constitui receita.”O presidente da TAP M&E Brasil considera que a aviação executiva está a crescer mui-to. “Assiste-se a uma solicitação crescente de serviços de parqueamento de aeronaves executivas e podemos beneficiar desta si-tuação, porque temos muito espaço suba-proveitado.”Neste momento, por exemplo, a empresa tem permanentemente estacionados no Rio três ou quatro aviões da Rede globo, que usam aquele espaço como base de partida para reportagens em todo o Brasil. ”É um segmento muito agradável, porque, basicamente, só precisa de espaço e segu-rança, e isso nós temos com fartura. Não resolve, mas ajuda” – diz. “O mercado está numa ebulição crescen-te. Mas não tenhamos ilusões. Vai demorar tempo, tal como demorou com a Portugal Telecom e a Jerónimo Martins e outros ca-sos de sucesso. No final, todos ficaremos contentes. Temos é que resistir até lá…” ¢

A TAP M&E Brasil está hoje quase totalmente transformada, graças a três anos de investimento e reorganização, em termos humanos, empresariais e também de mercado

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10_janeiro 2011 jornalTaP 83

A Airbus convidou a TAP e mais cinco companhias aéreas para integrarem o seu Airline Office,

acompanhando os testes de validação e de integração dos sistemas do A350, que de-verá começar a voar em meados de 2013.durante três anos, a TAP terá quadros em permanência na fábrica da Airbus, em Toulouse. Esta é a primeira vez em que a companhia intervém ainda na fase de de-senvolvimento de uma aeronave e que a co-

laboração, entre com-panhias aéreas e a Airbus, se inicia antes do processo de mon-tagem (Final Assembly Line), que, no caso do A350, vai começar em finais de 2011.gonçalo Carpinteiro, 31 anos, trabalha há cinco no departamen-to de Engenharia de Sistemas Aviónicos da TAP M&E. Ele é o pri-meiro quadro a rece-ber “guia de marcha”

para Toulouse, em Março, onde permane-cerá um ano.“A Airbus precisa do feedback das com-panhias para a resolução de eventuais di-ficuldades que surjam durante os vários testes de validação dos sistemas do A350”, explica gonçalo Carpinteiro.

PrEParar a M&E Para a CHEGaDa Do a350Este avião apresenta evoluções tecnoló-gicas significativas, sobretudo ao nível de estruturas e aviónicos. gonçalo Carpin-teiro refere, como exemplo, a plataforma Integrated Modular Avionics, “que integra vários sistemas até hoje separados, mais até do que no A380”.Esta participação no desenvolvimento do projecto traz também grandes vantagens para a TAP. Será possível conhecer, com grande antecipação, quais as adaptações que a M&E terá de fazer na sua estrutura e organização, durante o EIS (Entering Into Service) até à chegada do primeiro dos 12 aviões A350-900 à companhia, em 2014.Além da TAP, foram convidadas pela Air-bus as companhias United, US Airways, Emirates, Qatar Airways e Finnair. ¢

_manutenção e engenharia

TAP participa no desenvolvimento do A350A companhia intervém, pela primeira vez, na fase de desenvolvimento após o design freeze de um aparelho do fabricante europeu. Quadros da M&E estarão colocados, nos próximos três anos, na fábrica de Toulouse.

GonÇalo CarPInTEIro ESTÁ DE ParTIDa Para ToUloUSE

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D ia 21 de dezembro, 10 horas da manhã, cerca de 500 traba-

lhadores da TAP começam a concentrar-se no átrio do han-gar 5 e a fazer o check-in para uma “viagem” misteriosa. Não sabem ao que vão. O convite não dava pistas…

Vamos abraçar o que nos une

O hangar 5 acolheu uma acção invulgar. Teaser para a comunicação da TAP em 2011 e, simultaneamente, uma iniciativa de team building. A “orquestra” está bem afinada…

eventos_

São distribuídas t-shirts repre-sentando os três continentes da rede TAP: Europa (t-shirts azuis), América (verdes) e Áfri-ca (encarnadas). Os participan-tes tentam decifrar o misté-rio, mas a organização não dá quaisquer dicas. Afinal, nestes acontecimentos, surpreender

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“Achei maravilhoso. Mostrámos que, unidos, conseguimos atingir qualquer objectivo. Não tenho palavras para exprimir o que senti”Sónia lopesTaP M&E

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é fundamental…Às 11 horas, abrem-se final-mente as portas do hangar e os participantes entram ao som de cloches e maracas, sendo encaminhados para o centro do hangar, onde se encontram cadeiras dispostas num círculo fechado. A cada uma das cores das t-shirts corresponde um sector.Falta contar um detalhe. É que pode ler-se nas t-shirts a men-sagem: “de braços abertos”. O que quererá isto dizer?Luís Monteiro, director de Marketing, explica que esta será a assinatura da comunicação da TAP para 2011. “A acção de hoje é um teaser para a campanha de comunicação a desenvol-ver no próximo ano, a partir de Fevereiro, que reforça a nossa aposta de sermos uma compa-nhia virada para o cliente.”

“MoMEnTo EMoCIonal ÚnICo”No entanto, esta iniciativa teve igualmente a motivação como objectivo, como adianta gilda Luís, responsável da Comuni-cação e Imagem da direcção de Marketing. “Tivemos de lidar, este ano,

com uma enorme quantida-de de irregularidades (cinzas vulcânicas, greves de contro-ladores aéreos, paralisação de aeroportos devido aos nevões, etc.) e prevê-se um 2011 par-ticularmente difícil em termos de concorrência. Entendemos, assim, que devíamos realizar uma acção de team building, reunindo os trabalhadores num momento emocional único.”Com efeito, foi de emoções que se fez este acontecimento. E também de trabalho de equi-pa. Cada um dos três grupos foi “trabalhado” musicalmente,

“Foi extremamente divertido. Acho

que não foi difícil entrarmos no ritmo e tenho a certeza de

que vamos continuar assim no futuro”

Maria améliaDirecção de

operações de Voo MarIZa EnCErroU o EVEnTo

_eventos

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– disse, no final, o presidente executivo, Fernando Pinto. Mas uma última surpresa es-tava bem guardada para o cul-minar desta acção. Com todos os participantes já bem afina-dos, começou a ouvir-se, en-tre o rufar dos tambores, uma voz bem conhecida de todos os portugueses. Mariza entrou e cantou um fado. Foi o ponto ómega da iniciativa. Para mui-tos, foi pouco. Para a Mariza também…“dava vontade de continuar a cantar. O pessoal da TAP esta-va afinadíssimo. Foram muito simpáticos e calorosos, como sempre” – afirmou a fadista.Tamborins, surdos, djembês, dununs, kirins… Os tambores foram o suporte deste aconte-cimento ritual. Tão ancestrais como o Homem, estes instru-mentos de percussão sempre foram usados como meios de comunicação. Umas vezes com os deuses, outras com desígnios mais terrenos.

“PrEÇo É ConVErSa DE loW CoST”“Nos últimos dois anos temos feito uma comuni-cação muito forte, baseada

“Espectacular. Estávamos todos bem afinados. Estas acções são importantes para nos sentirmos parte de uma grande empresa”Gonçalo CorreiaTaP Serviços

até que todos os 500 participan-tes conseguissem actuar como uma orquestra de percussão única. E a magia aconteceu.

“aTÉ EU ME EnConTrEI no rITMo”“Fiquei impressionado. Con-seguimos fazer uma orquestra incrível. Funcionámos bem em conjunto e até eu me encontrei no ritmo. Isto mostra que quan-do queremos somos capazes de alcançar um objectivo. Temos pela frente muitos desafios, mas vamos receber os nossos passageiros de braços abertos”

FoToS j. MUnKElT GonÇalVES / aEronEWS

eventos_

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no preço, porque precisámos de mostrar ao mercado que a TAP também tem bons preços. Mas isso é conversa de low cost”, afirma Luiz Mór, admi-nistrador executivo.“Nós somos diferentes das low cost por causa disto aqui, das pessoas que temos e do servi-ço que prestamos. É isso que queremos valorizar cada vez mais. Somos uma empresa diferente, somos únicos, re-cebemos bem os passageiros, damos soluções quando há problemas, enquanto algumas companhias abandonam os passageiros à sua sorte”.“Por isso estamos aqui, hoje, de braços abertos. Mas não adianta prometer essa atitude se não formos capazes de a cumprir” – conclui Luiz Mór.Esta iniciativa foi organizada pela direcção de Marketing, em cooperação com a direcção de Comunicação e Relações Públicas, e pode ser visionada no sistema de vídeo de bordo e no canal TAP no Youtube, no endereço http://www.youtube.com/user/tap. ¢

FoToS j. MUnKElT GonÇalVES / aEronEWS

“Considero muito interessante

este convívio. Foi também uma forma

de divulgarmos o espírito desta

empresa e ajudarmos a

mantê-la sempre na frente”

luís FerreiraTaP M&E

“Somos diferentes das low cost por

causa das pessoas que temos e

do serviço que prestamos. É isso

que queremos valorizar cada vez

mais”luiz Mór

_eventos

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jornalTAP 83 janeiro 2011_15

destaques_UP “capa do dia”em site de design

O lendário director de arte nova-iorquino Bob Newman escolheu a capa da mais recente edição da UP como “capa do

dia”, em 5 de Janeiro, no site da Society of Pu-blications designers (SPd).Na edição de Janeiro, a revista de bordo da companhia destaca mais um destino da TAP: a Suíça. Sintetizar o imaginário suíço foi o conceito base e daí a opção pelas cores branca e en-carnada, que remetem para a bandeira hel-vética, mas também para a neve e o requinte das estâncias de esqui. Os relógios, uma das marcas distintivas daquele país, não foram esquecidos, além de simbolicamente da-rem o mote para um novo início de ano. ¢

A edição de Janeiro da revista UP foi considerada “capa do dia” no site de uma organização dedicada à promoção e divulgação do design editorial de excelência.

Além de poder ser lida nos aviões da TAP, a UP pode ser consultada em www.upmagazine-tap.com, estando ainda disponível em versão para o iPAd da Apple

A TAP foi eleita em 2010 como a “me-lhor companhia de aviação do mun-do” pela prestigiada revista interna-

cional Condé Naste Traveller e pode revalidar o título em 2011, uma vez que volta a integrar a “gold List” de onde sairá o novo vencedor.Estes prémios, atribuídos anualmente, abrangem os 350 melhores do mundo em todos os sectores de actividade ligados ao

TAP candidata a renovar títulode “melhor companhia de aviação”

turismo, nas seguintes categorias: hotéis, resorts, spas, países, cidades, ilhas, auto-móveis, companhias de aviação, cruzeiros, comboios, tecnologia, moda e beleza.Na categoria “companhias de aviação”, a Condé Naste Traveller afirma valorizar as-pectos como pontualidade, conforto, fre-quências, rede de destinos, serviço a bordo e segurança. ¢

A votação decorre online até ao final de Fevereiro, emhttp://www.onlinesurvey.it/checkbox/survey-traveller.es.aspx?s=af682399a5e44a1e97cf51860f0599cd

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16_janeiro 2011 jornalTaP 83

Iniciativa de melhoria contínua na M&Econcluiu mais 3 projectos-piloto

D epois da conclusão, em Julho, do projecto-piloto “Expedição de Material”, desenvolvido nas áreas

de Manutenção de Motores e de Logística (ver Jornal TAP 79), a TAP Manutenção e Engenharia (TAP M&E) terminou, em 2010, mais três projectos no âmbito da iniciativa de melhoria contínua.Trata-se dos projectos “Visual Management”, “Follow up de Compras” e “A-Check A340 em 24 Horas”.Os resultados até agora obtidos são qualifi-cados como “muito animadores” por Nuno Soares, responsável da Transformação Or-ganizacional da TAP M&E e coordenador da equipa de Melhoria Contínua.“Estes resultados são importantes, não só do ponto de vista da transferência de conhecimento entre as várias áreas en-

Os projectos “Visual Management”, “Follow up de Compras” e “A-Check A340 em 24 Horas” terminaram com sucesso no último trimestre de 2010. Os resultados da iniciativa de melhoria contínua em curso na TAP M&E são considerados muito animadores.

volvidas, mas também se reflectem numa mudança cultural e adaptação às novas re-alidades. A TAP trabalha no mercado inter-nacional e temos de estar preparados para competir com os melhores.”Nuno Soares aponta ainda o factor financei-ro, na medida em que os ganhos têm com-pensado em muito os custos dos projectos.Este responsável destaca o grande em-penho e dedicação de todos os envolvidos nos projectos, cujo trabalho é realizado em paralelo com a sua actividade regular na empresa.“São as pessoas das áreas em que se de-senvolvem os projectos que melhor conhe-cem os respectivos processos e que estão em condições de contribuir com as melho-res ideias. A eles se deve o sucesso das ac-ções de melhoria contínua.”

a EQUIPa Do ProjECTo “VISUal ManaGEMEnT”

“Visual Management”Este projecto-piloto foi concluído em 13 de Outubro. Visou a criação de uma ferramenta de gestão visual para facilitar a organização e plane-amento do trabalho diário, garantir a troca de informação em tempo útil e a fiabilidade da informação partilha-da, no que se refere ao estado geral dos motores em oficina, tarefas pla-neadas por módulos e as planeadas versus realizadas.Abrangeu cinco grupos de trabalho

_melhoria contínua

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da Manutenção de Motores: desmontagem Final, Montagem Final, Subconjuntos, Limpeza e Inspecção dimensional.A responsável por este projecto na equipa de Melhoria Contínua, Ana Vieira, afirma que “as pessoas dominavam profundamente o seu trabalho, mas não tinham uma vi-são global dos processos. Agora, conhecem as implica-ções da execução das suas tarefas no trabalho das outras equipas, o que é muito importante se tivermos em conta que trabalham por turnos”. de acordo com os questionários efectuados no final deste pro-jecto, quase 70% dos trabalhadores consideram “bons” ou “muito bons” os benefícios desta ferramenta no dia-a-dia da oficina. Quanto à informação disponibilizada pela ferramenta, quase 56% avaliam-na como “boa” ou “muito boa”. ¢

da Área de Manutenção de Componentes, bem como os pedidos de consumo imedia-to da Área de Manutenção de Aviões.Os resultados alcançados foram positivos. A título de exemplo, apresentamos três in-dicadores de monitorização do processo: a percentagem de encomendas entregues dentro do prazo subiu 7%, a de encomen-das com data de entrega confirmada pelo fornecedor aumentou 19% e o tempo mé-dio de colocação da encomenda no forne-cedor (procedimentos internos) melhorou 15%, passando de 4,1 para 3,5 dias. ¢

A EQUIPA DO PROJECTO

Dias LopesJoana CabreiraJoão MatosLídia SilvaManuela LiberatoPedro CostaPedro DinizSónia Várzea

a EQUIPa Do ProjECTo “FolloW UP DE CoMPraS”

A EQUIPA DO PROJECTO

Ana BidarraAna VieiraDiamantino VieiraFrancisco AzevedoFrancisco CorreiaJoão SantosJoão VizinhaJosé CotovioMiguel MenezesPaulo BaptistaPedro CarrapiçoVítor de Sousa

“Follow up de Compras”O acompanhamento dos processos de aquisição de materiais, produtos e serviços é um factor im-portante no desenvolvi-mento da actividade da TAP M&E. Para garantir que o follow up das enco-mendas seja mais eficaz, foi desenhado e imple-mentado um novo proces-so que permite realizar as compras de acordo com as necessidades.A ferramenta foi desenvolvida na TAP M&E e tem várias funcionalidades, como, por exemplo, “melhorar os procedimen-tos de avaliação de fornecedores, realizar o acompanhamento das encomendas de materiais, produtos e/ou serviços e reduzir o tempo do processo de aquisição”, explica Pedro Costa, o responsável da equipa de Melhoria Contínua por este projecto, que foi concluído em 30 de Novembro.O novo processo foi testado e monitoriza-do para os pedidos de reabastecimento de produtos, matérias-primas e ferramentas

melhoria contínua_

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18_janeiro 2011 jornalTaP 83

“A-Check A340 em 24 Horas”

a EQUIPa Do ProjECTo “a-CHECK a340 EM 24 HoraS””

A EQUIPA DO PROJECTO

António AleixoAntónio GuerreiroAntónio LourençoCarlos CarmoCarlos CostaCarlos PinheiroCarlos SilvaDomingos PontesDuarte PereiraFernando CamposFernando FerreiraFernando CunhaFrancisco PereiraHélder ToméHilário CarreiraJorge VieiraJosé AlexandreJosé AnacletoJosé CondeJosé Ferreira

José PintoJosé ReisJosé RibeiroJosé SilvaManuel DelgadoManuel FerreiraManuel MartinsMaria João CardosoMário EliasNuno SilvaPaulo GalhardoPaulo LopesPedro CabaçoPedro PintoRaimundo TeresoRenato MarquesRui CruzValter FernandesVictor AlmeidaVictor Santos

Um avião no chão representa custos e a não realização de receitas. diminuir os tempos de inspecção das aeronaves é, as-sim, um objectivo perseguido pelas MRO, permitindo libertar espaço em hangar e mão-de-obra para outras actividades.Tanto mais que, face ao anunciado au-mento de destinos/frequências da TAP no próximo Verão IATA, a maior utilização da frota vai exigir um aumento de inspecções, como a A-Check, realizada a cada 800 ho-ras de operação.A redução do Turn Around Time destas ins-pecções à frota A340 de 36 para 24 horas foi o objectivo traçado para este projecto, desenvolvido na Manutenção de Aviões e envolvendo as áreas de Planeamento, Pe-quena Manutenção, Logística e várias ofi-cinas desta área.Segundo duarte Pe-reira, responsável da equipa de Melhoria Contínua pelo projec-to, “foi desenvolvida uma ferramenta de controlo do processo, baseada em milesto-nes (os principais mo-mentos da inspecção), sendo depois criado o mapa de planeamento de mão-de-obra por grupo que intervém no processo: cabinas, motores, comandos, aviónicos, interiores de cabina.”O objectivo de redução de 36 para 24 ho-ras não foi totalmente atingido, mas, como refere duarte Pereira, “ao fim de 24 horas, em média, 95% dos trabalhos da inspecção

estavam realizados, o que representa um aumento de 17% face ao histórico”.O projecto-piloto, concluído em 10 de de-zembro, revelou que é possível reduzir o tempo das A-Checks para 28 horas. ¢

_melhoria contínua

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jornalTAP 83 janeiro 2011_19

A aviação comercial de-verá fechar 2010 com lucros de 11,4 mil mi-

lhões de euros. A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) reviu em alta a sua anterior estimativa, de Setem-bro, que apontava para 6,8 mil milhões de euros, devido ao crescimento do tráfego (+8,9%).À primeira vista, os lucros de 11,4 mil milhões de euros previstos para 2010 são muito positivos. Contudo, o CEO da IATA defende que devemos pôr esta boa notícia no seu devido contexto.Com receitas de 429,8 mil mi-lhões de euros e lucros de 11,4

mil milhões de euros, a mar-gem da indústria é de apenas 2,7%. “As nossas margens continuam patéticas”, afirma giovanni Bisignani.“Se as companhias de aviação fossem organizações de ca-ridade, este seria um grande resultado. Como negócio, isto mostra claramente que a nos-sa indústria continua doente.”

CHIna PUXa PEla ÁSIa-PaCÍFICoOutra preocupação manifes-tada por Bisignani está rela-cionada com a manutenção de diferenças significativas entre

internacional_

“Lucros da aviação europeia são peanuts”

As projecções de resultados da indústria para 2010 foram revistas em alta. Apontam agora para 11,4 mil milhões de euros de lucros. Metade dos lucros globais foram obtidos na Ásia-Pacífico e a Europa foi a região que menos cresceu, sublinha a IATA. O próximo ano será mais difícil para a aviação.

“Terminámos este ano com mais lucros do que os esperados, mas sem criação de valor para os accionistas. Os lucros vão cair em 2011. A indústria continua frágil”

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20_janeiro 2011 jornalTaP 8320_dezembro 2010 jornalTaP 83

as várias regiões. Mais de me-tade dos lucros vêm da Ásia-Pacífico, devido ao contributo da China.Com efeito, se as companhias da Ásia-Pacífico e da América do Norte já podem colocar o champanhe a refrescar, na medida em que deverão atingir lucros de 5,7 mil milhões e 3,8 mil milhões de euros, respecti-vamente, nas restantes regiões será mais prudente manter as garrafas na prateleira.No Médio Oriente (893 milhões de euros de lucro) e na América Latina (521 milhões de euros) será admissível festejar. No primeiro caso, por razões ób-vias, aconselha-se um chá de menta, no outro, quem sabe,

uma refrescante caipirinha. E a Europa? Com que bebida vai celebrar os resultados de 2010? de acordo com as previ-sões da IATA, talvez seja sensa-to fazê-lo com água mineral… Com apenas 298 milhões de euros de lucros, a aviação do velho continente só consegue fazer melhor do que África (74 milhões) mas cresceu menos.giovanni Bisignani, CEO da IATA, considera mesmo os re-sultados da Europa “decepcio-nantes”. Os 298 milhões de lu-cros “são realmente peanuts”.

2011: MarGEnS EM QUEDa E CoMBUSTÍVEl EM alTaSegundo as previsões da IATA, o ano de 2011 vai ser pior para

“As nossas margens continuam patéticas.

Se as companhias de aviação fossem

organizações de caridade, este

seria um grande resultado. Como

negócio, isto mostra claramente que

a nossa indústria continua doente”

Com a subida do preço do petróleo para os 84 dóla-res por barril, a factura do combustível das compa-nhias aéreas aumentará 12,9 mil milhões de euros em 2011 . Mas a própria IATA considera esta previ-são “conservadora”

_internacional

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jornalTAP 83 janeiro 2011_21jornalTAP 82 novembro 2010_21

a indústria. Os lucros globais vão cair de 11,4 mil milhões de euros para quase metade (6,9 mil milhões), apesar do crescimento das receitas para 454,7 mil milhões de euros (+5,8%). Portanto, as margens continuarão a ser esmagadas, passando de 2,7% para 1,5%.O que está a conduzir a esta deterioração da rendibilidade? Bisignani aponta três facto-res, começando pelo preço do petróleo.A IATA estima que o preço atin-girá os 84 dólares por barril em 2011, superior aos 79 dóla-res de 2010. Esta subida acres-centará 12,9 mil milhões de euros à factura com combus-tível, elevando-a para 118,6 mil milhões de euros, passando a representar 27% dos custos totais das companhias.“Mas como o petróleo está ac-tualmente nos 90 dólares por barril, a nossa previsão pode considerar-se conservadora”, alerta o responsável da IATA.

“a EUroPa ESTÁ UM CaoS”Um segundo factor vai con-tinuar a influenciar negati-vamente o desempenho da aviação em 2011: o Produto Interno Bruto (o famoso PIB).“globalmente, prevê-se que o PIB vai cair de 3,5% para 2,6% em 2011. A Europa, em particular, está um caos, es-timando-se que o crescimen-to abrande para 1%”, afirma Bisignani.A sobrecapacidade é o tercei-ro factor apontado por este responsável. “A capacidade vai crescer 6,1%, mas a pro-cura apenas aumentará 5,3%. Enquanto em 2010 os yiel-ds cresceram 7%, em 2011 o incremento será de apenas 0,5%.”Em síntese, a IATA conside-ra que “terminámos este ano com mais lucros do que os es-perados, mas sem criação de valor para os accionistas. Os lucros vão cair em 2011. A in-dústria continua frágil.” ¢

“A Europa está a passar por um momento extremamen-te difícil por causa da crise da dívida e do lento cresci-mento económico. E as pessoas estão a viajar menos, por causa das medidas de austeridade e do aumento de taxas por parte dos governos. O principal problema é que há falta de coordenação entre os diferentes gover-nos. Basta ver como estão a gerir a questão do euro. E isso também afecta as companhias aéreas”Giovanni Bisignani (Público, 16/12/2010)

“As low cost são con-corrência. Se for con-corrência justa, temos de as respeitar como adversários. Mas se for desleal temos de lutar por justiça. A IATA tem vindo a apresentar ca-sos em tribunal e tem ganho. Mas se o pro-grama de apoios (in-centivos e reduções de taxas) for aberto a to-dos os que inauguram novas rotas, é legal. O que deveria ser feito era premiar também as rotas que já existem e que são tão importan-tes como as novas”Giovanni Bisignani(Público, 16/12/2010)

internacional_

Os lucros da aviação europeia correspondem aos ganhos obtidos em 2010 por Oprah Winfrey e Lady gaga…

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22_janeiro 2011 jornalTaP 83

Programa Reconhecer distingue 47 trabalhadores

_reconhecer

CARE TEAM

No dia 10 de Maio de 2010, o espaço aéreo nacional esteve encerrado devido à “crise” das cinzas vulcânicas. O aeroporto de Lis-boa transformou-se num verdadeiro caos. E a cidade também, já que este aconteci-mento coincidiu com a visita do Papa Bento XVI. Acessos muito condicio-nados e hotéis lotados pre-judicaram a acção da TAP no sentido de proteger os seus passageiros.O Conselho de Administração solicitou a intervenção do Care Team no aeroporto de Lisboa e a equipa mostrou estar à al-tura da missão. Não só apoiou os passageiros da TAP, como deu auxílio aos clientes das outras companhias.O administrador Luís Rodri-gues propôs o reconheci-mento dos 31 voluntários que participaram nesta operação. “Nestas circunstâncias ex- alGUnS VolUnTÁrIoS Do CarE TEaM rEConHECIDoS

Na anterior edição do jornal, iniciou-se a divulgação dos trabalhadores distinguidos na 9ª sessão do programa Reconhecer, cuja cerimónia decorreu em 26 de Novembro. Neste número, destacamos mais alguns reconhecidos.

Assistência aos passageiros em Lisboa durante a crise das cinzas vulcânicas

traordinárias, registámos atitudes admi-ráveis de trabalhadores do grupo TAP que, sem esperarem qualquer espécie de recompensa, tudo fizeram, mesmo com sacrifício pessoal, para minimizar os im-pactos nos passageiros” – afirma.

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jornalTAP 83 janeiro 2011_23

alGUnS VolUnTÁrIoS Do CarE TEaM rEConHECIDoS

DISTINGUIR A DIFERENÇA PELA POSITIVA

“A importância de programas como o Reconhecer passa por validar o ir mais além, distinguir a diferença pela positiva. Mas o sabor de quem deu esse extra é ganho no momento em que se faz a diferença junto de alguém. Muitos colegas fazem-no diariamente, no desempenho das mais variadas funções”Marta Gonçalves

“Esta não foi a primeira vez que propus o reconhecimento de trabalhadores. Felizmente, sempre tem havido motivos para o fazer. Queremos continuar a construir uma empresa à qual temos orgulho em pertencer e que se orgulha dos seus trabalhadores. Este tipo de iniciativas é essencial neste processo. Queremos receber cada vez mais contactos de passageiros a justificarem a escolha da TAP devido à atitude dos trabalhadores que com eles interagem”Luís Rodrigues

rESPoSTa IMEDIaTaApesar de não ser esta a área de interven-ção do Care Team, que está vocacionado para situações de acidente aéreo, os seus voluntários responderam de imediato à so-licitação.“Foi muito gratificante colaborar no apoio aos passageiros, sobretudo aos que mais necessitavam de auxílio, como idosos, grá-vidas, crianças e pessoas com dificuldades motoras”, diz Marta gonçalves, a coorde-nadora da equipa.“Num cenário de crise, não é preciso ser-se forte nem inteligente. Mais importante é a maneira como nos adaptamos, de forma autêntica e respeitadora. Ser voluntário é dar um pouco de nós ao outro. No final, levamos connosco, não apenas o cansaço, mas a sensação de um dia cheio, em que se fez a diferença para alguém. E quando a companhia reconhece este empenho é sempre gratificante.” ¢

OS RECONHECIDOS

Adriana Tudela

Ana BidarraAntónio Esteves

Belinda Cardoso

Cláudio Cabral

David Afonso

Dulce Azevedo

Gonçalo Lopes

Graça Costa

Guida Santos

Inês Leal Faria

Inês Valinhas

Kátia VidalLina NevesLuís Tavares

Maria da Piedade Marques

Maria João Vera

Maria Luísa Araújo

Marta Gonçalves

Matilde Vieira

Nuno Rosário

Paulo Onofre

Paulo Sardela

Rosa Barroso

Rute MatosSandra Fanha

Teresa Pereira

Vanda Sousa

Vera BatistaVera BorgesVictor Ventura

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24_janeiro 2011 jornalTaP 83

_reconhecer

AGOSTINHO GONÇALVES, LUÍS DE MATOS E PEDRO GOMESDirecção de Carga e Correio

oS rEConHECIDoS CoM o aDMInISTraDor lUÍS roDrIGUES E MarIa FErnanDa MarTInS (VEnDaS CarGa Zona CEnTro E SUl)

Três trabalhadores da direcção de Carga e Correio destacaram--se pelo auxílio urgente prestado na operação de carga de um voo cargueiro, em 18 de dezembro de 2009, ultrapassando as suas fun-ções, e foram por isso distinguidos.Um destes trabalhadores, Pedro gomes, confessou-se “surpreendi-do pelo gesto da empresa, que não esperava”. Reconhecido pela primeira vez no âmbito do programa, entende que “es-tas iniciativas são muito importantes, pois fazem com que as equipas se mantenham motivadas para dar sempre o seu melhor em prol da empresa”.O proponente foi José Anjos, director de Carga e Correio, que explica assim as suas

Auxílio em placa a voo cargueiro

CLARA FREITAS Direcção de Operações de Voo da PGA

Clara FrEITaS CoM FErnanDo PInTo E lUIZ laPa

Clara Freitas foi reconhecida pela “forma revolu-cionária como desenvolveu o projecto de formação CRM na PgA”, o qual, segundo a sua proponente, Mafalda Nunes (Serviço de Pessoal Navegante de Cabina), “foi inovador e desenvolveu a comunica-ção da empresa, melhorando as relações inter-pessoais de uma forma muito positiva”.Clara Freitas vê programas como o Reconhecer como “motivadores para um bom desempenho”. Por seu turno, Mafalda Nunes entende que são uma “forma de os colegas e chefias distinguirem trabalhadores excepcionais”.¢

Projecto de formação CRM

razões: “Reconhecer publicamente o tra-balho feito por trabalhadores que garan-tem a execução de objectivos em situações adversas e premiar aqueles que, graças a um sentido de responsabilidade e empe-nho acima da média, se concentram muito mais nos objectivos da empresa do que no conforto da execução de rotinas.” ¢

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José Brás lança segundo livro

J osé Brás recebeu o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores em 1986, com o livro “Vindimas de Capim”. de-

pois de um interregno de 25 anos, o antigo comissá-rio de bordo da TAP volta a publicar.Com quantas mãos se escreve uma história? Per-gunta António Loja no prefácio do livro. A questão faz todo o sentido. Em “Vindimas de Capim”, o autor inventa o narrador Filipe Bento. Neste segundo li-vro, acrescenta outro, um tal Arnaldo. “duas personalidades assume o homem que deci-de fazer aos outros o relato da sua experiência de vida (…) que são também ele próprio, num saudável desdobramento que permite a José Brás e aos seus amigos Arnaldo e Filipe Bento escreverem ‘Lugares de Passagem’, numa cumplicidade criativa que faz reviver neles os companheiros mortos na guerra…” – afirma António Loja.O novo livro de José Brás não é sobre a guerra, mas também é. Fala da guiné, mas ainda de outros lu-gares. O registo é directo, mas simultaneamente poético. Trata de coisas sérias, mas desperta a gar-galhada. São quase 200 páginas, que se lêem num ápice. Entre “um chope e uma musiquinha”.“Lugares de Passagem” – afirma o autor – é uma tentativa de viajar por dentro de gente que habita as cidades dos aeroportos, uma tentativa de visão sobre o comum e global desejo de felicidade das pessoas, através dos anseios individuais e a con-flitualidade permanente nesse jogo de aproximar e afastar.” ¢

BREV

ES CHINA POR 640 EUROSUma campanha da TAP oferece viagens de ida-e-volta para Pequim ou Xangai por 640 euros (todas as taxas incluídas), com partidas de Lisboa e ligações em Madrid, Roma, Milão ou Frankfurt em voos operados em code-share com a Air China, que também integra a Star Alliance. As reservas podem ser feitas até 27 de Fevereiro, para viagens a efectuar até 7 de Abril, em www.flytap.com. A iniciativa é apoiada por uma campanha pu-blicitária, em Portugal e no Brasil, na imprensa, rádio, mupis, trans-portes públicos, rede Multibanco e internet. ¢

AÇORES A PARTIR DE 88,5 EUROSA TAP implementou, em 19 de de-zembro, um novo leque de tarifas nos voos de ida-e-volta (todas as taxas incluídas) entre o Continen-te e os Açores, desde 88,5 euros. Esta tarifa abrange residentes e estudantes da Região Autónoma, mas também não-residentes à partida do Continente, para esti-mular os fluxos turísticos para o arquipélago.¢

REFORÇO AÇORES E MADEIRAA TAP reforçou fortemente a sua operação entre o Continente, a Madeira e os Açores, no período do Natal e Ano Novo, disponibilizando mais de 160 voos extraordinários, o que significou um aumento da oferta superior a 22 mil lugares. Este acréscimo teve lugar entre 16 de dezembro e 5 de Janeiro.¢

apontamentos_

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26_janeiro 2011 jornalTaP 83

_care team

O Care Team, a equipa de auxílio da TAP em situações de emergência, que conta já com mais de 500 ele-

mentos, “ganhou” os primeiros voluntários no Brasil, na sequência do curso inicial reali-zado em São Paulo, em 25 e 26 de Novembro.O Care Team, que abrangia apenas as es-calas de Lisboa, Porto e Funchal, alargou o seu âmbito geográfico de actuação, pas-sando a dispor de 29 elementos no Brasil. Aumenta, assim, a capacidade de resposta da companhia em termos de planeamento de emergência.Marta gonçalves, a responsável do Care Team, destaca “o grande entusiasmo e a excelente participação” dos colegas brasi-leiros. “Muitas vezes, não é fácil as pessoas ausentarem-se para as acções de forma-ção, mas houve um grande empenho dos novos voluntários e uma grande colabora-

Care Team forma voluntários no Brasilção das chefias que os dispensaram para a frequência do curso.”Participaram neste primeiro curso tra-balhadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Fortaleza, Natal, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre (ver caixa).

“nÃo SoMoS IMPErMEÁVEIS À Dor alHEIa”Neste curso inicial, explicou-se o funcio-namento da organização de emergência da TAP, o papel, os direitos e os deveres do voluntário. Foi também abordada a co-municação em situação de crise – entre os voluntários e os familiares das vítimas – e como lidar com o luto de acordo com as várias culturas e religiões, porque, como afirma Marta gonçalves, “a bordo de um avião encontra-se uma amostra muito va-riada do universo”.

CUrSo CarE TEaM no BraSIl: ForManDoS, ForMaDorES (CoM EXCEPÇÃo DE SanDra FanHa) E MÁrIo CarValHo (DIrECTor Da TaP Para a aMÉrICa Do SUl)

A capacidade de resposta da TAP em situações de emergência saltou o Atlântico. Mais 29 voluntários foram motivados para fazer a diferença.

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care team_

OS NOVOS VOLUNTÁRIOS NO BRASIL

BELO HORIZONTERoselaine FreitasBRASÍLIAFernando SilvaPaulo MarquesRogério CarnevalleFORTALEZATatiana NobreNATALArgemiro JuniorPORTO ALEGREMaria João RauppRECIFEAlexandre SilvaJudson GomesMaria do Carmo CavalcanteRIO DE JANEIROArtur LapoGustavo AbilioRodrigo OliveiraSALVADORCláudia NovaesSÃO PAULOAlex SilvaCarlos AntunesCelso LimaCláudia MarinaroDenis PereiraElaine FerreiraFlávia EspositoGiuliano NigroLuis QuaggioMaria Angélica SilvaPaulo Henrique CunhaPriscila NascimentoRaquel GomesRenata GuazzelliRogério Mazzonetto

Outro aspecto muito importante do curso inicial trata da ges-tão emocional. “É muito importante que os voluntários este-jam atentos aos sinais que podem mais tarde transformá-los, também a eles, em vítimas, já que não somos impermeáveis à dor alheia” – afirma.Por outro lado, segundo esta responsável, “é preciso garantir que, depois de uma situação de emergência, os elementos do Care Team consigam regressar às suas rotinas de uma forma saudável e o mais tranquila possível.”

oS ForMaDorES TaP: SanDra FanHa (ForMaÇÃo ProFISSIonal/CarE TEaM), MarTa GonÇalVES (rESP. CarE TEaM) E joSÉ anjoS (rESP.

PlanEaMEnTo DE EMErGÊnCIa)

o CaSo Da SPanaIrEsta equipa apenas é accionada num cenário de acidente aéreo. O único em que esteve envolvida até hoje foi no da Spanair (Madrid, Agosto de 2008), parceiro da TAP na Star Alliance. Os sete elementos que participaram nesta emergência fo-ram, aliás, distinguidos no programa Reconhecer. Adriana Azevedo, Cristina Silveira, Inês Valinhas, Isabel Cordeiro, Marta gonçalves, Sandra Fanha e Telmo Carapinha recebe-ram, na ocasião, os diplomas respectivos.Este trágico acontecimento mostrou que a formação realiza-da no âmbito do Care Team da TAP corresponde às necessi-dades de uma situação real. “A nossa missão é fazermos a diferença, representando a com-panhia num cenário em que ninguém quer estar presente, que ninguém deseja enfrentar, mas para o qual temos a formação e o empenho necessários”, sublinha Marta gonçalves. ¢

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28_janeiro 2011 jornalTaP 83

VolUnTÁrIoS CoM aSaS E oUTroS TraBalHaDorES Da TaP no MoMEnTo Da EnTrEGa À ajUDa DE BErÇo DoS BEnS rEColHIDoS na EMPrESa

Bens recolhidos na TAP encheram a despensa de uma instituição que cuida de crianças até aos três anos de idade. Foi mais uma acção solidária dinamizada pelos Voluntários com Asas.

Trabalhadores solidários com a

Ajuda de Berço

A Ajuda de Berço cuida em perma-nência de 40 crianças até aos três anos de idade nos seus dois centros

de acolhimento em Lisboa. São ali colocadas por ordem de uma comissão de protecção de menores ou de um tribunal de família. desde a criação desta instituição, em 1998, cerca de 200 crianças já retornaram às suas famílias biológicas (50%) ou foram adoptadas (43%). Assim como muitas outras instituições par-ticulares de solidariedade social, também a Ajuda de Berço enfrenta grandes dificulda-des. Só nos últimos três anos, os donativos em dinheiro diminuíram cerca de 40%, co-locando em risco a sua sustentabilidade.Mas a solidariedade não se faz apenas de donativos monetários. A instituição também de-pende da oferta de bens, como fraldas e produtos alimentares. “Neste Natal, temos tido muito apoio das pessoas e das empresas. A socie-

dade civil é muito solidária e está connosco nesta missão”, reconhece Cláudia Pereira, da Ajuda de Berço.Foi isso que fizeram os Voluntários com Asas (VCA) da TAP. Alguns trabalhadores da Manutenção e Engenharia (M&E) lançaram a ideia e os VCA dinamizaram-na.

MaIS DE 3.000 FralDaS“Esta acção surgiu como quase todas as que mobilizaram os VCA desde a sua cria-ção, há quase um ano. Tomamos conheci-mento de uma necessidade, procuramos saber a real situação da instituição a apoiar e envolvemos os quase 200 voluntários nesse objectivo” – conta Orlanda Sampaio, do grupo dinamizador dos VCA.

Os trabalhadores da TAP aderiram à iniciativa, facto bem evidenciado pela quantidade de bens recolhidos entre 29 de Novembro e 17 de de-zembro. Só fraldas foram mais de 3.000 (ver caixa).

Apoie a Ajuda de Berço tornando-se associado. A

quota mínima anual é de 30 euros. Saiba mais em www.ajudadeberco.pt

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jornalTAP 83 janeiro 2011_29

OS TRABALHADORES DA TAP DOARAM…

• 3.360 fraldas (70 pacotes)• 150 kg de massas e arroz• 90 embalagens de atum e enlatados• 30 litros de azeite• 20 kg de açúcar• 50 embalagens de leite e papas• 30 embalagens de boiões de fruta• 160 litros de detergentes• 10 kg de outros produtos de limpeza• 20 kg de produtos de escritório

Cláudia Pereira, da Ajuda de Berço, desta-ca esta participação. “Os trabalhadores da TAP partilham connosco este amor pelas crianças, trazendo-nos tantos bens essen-ciais para a sustentabilidade da Ajuda de Berço. Este voo dos Voluntários com Asas vai ficar para sempre no nosso coração.”

“FaZEMoS MUITo E CaDa UM DÁ o QUE PoDE”“Os VCA trabalham de forma integrada e dividem-se, programadamente, nas mais diversas tarefas. No caso de projectos es-pecíficos, como foi o do apoio à Ajuda de Berço, o grupo dinamizador prepara as vá-rias acções, que são distribuídas por quem pode, em cada momento, agir”, explica Or-landa Sampaio.E as tarefas foram inúmeras: contactos com a Ajuda de Berço; criação dos suportes de comunicação; esclarecimento de dúvidas; articulação com os colegas que recolheram os bens nos vários locais; organização das equipas que estiveram, à hora do almoço, nos pontos de recolha; reunião dos indis-pensáveis recursos internos (embalagens, embrulhos, carregamento, transporte).“Foi um verdadeiro trabalho de equipa, as-sim como todo o que é desenvolvido pelos VCA. Fazemos muito e cada um dá o que

pode… Foi uma acção de todos os que acre-ditam que não podemos virar as costas!” – sublinha Orlanda Sampaio.Mas os VCA acreditam que os projectos de solidariedade não se esgotam numa única acção.“Vamos estudar com a Ajuda de Berço como poderemos canalizar a nossa energia e em-penho num apoio continuado à instituição. Estamos a pensar apoiar com voluntaria-do as suas necessidades diárias, divulgan-do todas as suas iniciativas e criando uma rede na empresa para estarmos na primei-ra linha da recolha selectiva dos bens de que necessite”, conclui Orlanda Sampaio.¢

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30_janeiro 2011 jornalTaP 83