Suporte on-line AltoQi - Critérios de Dimensionamento de Blocos de Fundação Adotados Pelo Eberick

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critérios do Eberick

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  • AssuntoQuaissooscritriosadotadospeloprogramaparaoclculodosblocosdefundao?

    ArtigoSegundo a NBR 6118, em seu item 22.5.1, blocos de fundao so elementos de volume atravs dos quais sotransmitidas s estacas as cargas de fundao, e podem ser considerados rgidos ou flexveis, analogamente ssapatas.

    Segundo Iyer, Sam (1992), apud Souza (2004), at o presente momento no existem solues rigorosas para odimensionamento dos blocos de fundao, sendo assim muitos critrios de ordem prtica ainda continuam sendocomumenteutilizadosparaoprojetodesteselementos.

    Usualmenteodimensionamentodeblocosdefundaoutilizaoconceitodeblocosrgidos,sendoesteomesmocritrioutilizadopeloAltoQiEberick.Conformeoitem22.5.2.1daNBR6118,ocomportamentoestruturaldosblocosrgidoscaracterizadopor:

    a) trabalho flexonasduasdirees,mascom traesessencialmente concentradasnas linhassobreasestacas(reticuladodefinidopeloeixodasestacas,comfaixasdelarguraiguala1,2vezesseudimetro)

    b) cargas transmitidas pelo pilar para as estacas essencialmente por bielas de compresso, de forma e dimensescomplexas.

    c) trabalho ao cisalhamento tambm em duas direes, no apresentando ruptura por trao diagonal, e sim porcompressodasbielas,analogamentessapatas.

    MtodosdeclculoempregadospeloEberickDeacordocomIyer,Sam(1992),Adebaret.al(1990)eChan,almdePoh(2000),apudSouza(2004),doismtodostmsidobastanteempregadosparaodimensionamentodeblocos,que sooMtododeRupturaeoMtododasBielas.Aescolhaporummtodoououtronormalmentedefinidapelasdimensesdoblocoedisposiodasestacas.

    MtododeclculodeBielaTiranteParablocoscujasestacasestejameqidistantesdocentrodobloco(pontodeapoiodopilar),oEberickutilizaoMtododeclculodeBielaTirante(Mtododasbielas).

    Figura1BlocoscalculadospelomtodoBielaTirantenoEberick

    Este mtodo admite comomodelo resistente, no interior do bloco, uma trelia espacial, para blocos sobre vrias

  • estacas,ouplana,parablocoscomuma,duasoutrsestacasemlinha.

    Assim,acargaprovenientedopilartransmitidapeloseuinterioratasestacasporelementosdeconcretocomprimido.Taiselementossoaschamadasbielasecomportamsecomosefossemasbarrasdatreliaespacialexistentenointeriordobloco.

    Figura2Esquemadetransfernciadecargasparablocosde2estacasModelorealemodelodedimensionamento(FONTE:FERNANDES.G.B.

    FundaesemEstacas,Notasdeaula)

    Figura3TreliaconsideradapeloMtododasBielasComprimidas

    Seguindoestecritrio,aalturamnimadoblocoemfunodeumngulomnimodabieladecompressoiguala45graus.

  • Figura4Exemplodemodelodetreliaplanaparablocode3estacasemlinha

    Figura5Exemplodemodelodetreliaespacialparablocode4estacas

    Aalturatilcalculada inicialmenteemfunodoespaamentoentreasestacasedongulode inclinao(q)dasbielascomprimidas(blocoscommaisde1estaca),sendoqueestenodevesermenorque45graus.Dessemodo,nocaso de um bloco de 2 estacas, por exemplo, temse inicialmente que a altura til ser sempremaior ou igual aoespaamentodasestacasdivididopor2.Portanto,quantomaioroespaamentoentreestacasmaiorseraalturadobloco.

    Emrelaosdimensesdobloco,estassoobtidasem funodasdimensesdopilar,docobrimentomnimodaestaca, dimenses da estaca e do espaamento entre as estacas, sendo estes parmetros configurveis no menu"Configuraes Dimensionamento Blocos". Temos que quanto maiores forem estes valores, maiores sero asdimensesdobloco.

    Porfim,odimensionamentodasarmadurasdosblocos,feitoatravsdoprocessodasbielascomprimidas,funodacargaverticaltotalnobloco,sendoestaasomadaparceladepesoprprio,docarregamentoverticaldoprticoedaaodobinriodeforasdevidoaosmomentosfletores.Estebinrio,porsuavez,possuidoisefeitos:

    Umdosladosdoblocosubmetidoaumacompressomaior.Odimensionamentofeitodeacordocomabielamaissolicitada

    Ooutroladoficamenoscomprimido.Verificasetambmaocorrnciadetraonaestaca.

    Figura6Carregamentosaplicadosnobloco

    Aconsideraodestasduassituaescrticasdeveser feitaparacadacombinaodecarregamentos.Nocasodas

  • fundaes, o Eberick gera combinaes de clculo especficas para estes elementos, sendo possvel visualizar taiscombinaesem"ConfiguraesAes".

    Figura7CombinaesdeclculodefundaesgeradaspeloEberick

    Assim, o dimensionamento realizado para a situao mais crtica de clculo. Para simplificar so verificadasbasicamenteduassituaescrticas:

    Cargaverticalmxima(dimensionamento)

    Cargaverticalmnima.

    Apartirdestescarregamentospodeserealizaraverificaoaoesmagamentodabieladecompresso,vlidasomenteparaosblocoscalculadospelomtodobiela/tirante.Atensosolicitantedeversermenorqueaadmissvel.

    Figura8RelatriodeclculodetalhadoCargassolicitantes

    Tensosolicitante:tensoquesolicitaabieladecompresso,estandoelajuntoaopilarejuntoestaca

    Tensoadmissvel:tensoresistidapelabieladecompresso,juntoaopilaretambmjuntoestaca

    Condio:casoatensoadmissvelsejasuperiortensosolicitante,averificaoaoesmagamentodabieladecompressoestaratendida,apresentandoostatus"Ok".

    Asverificaesdastensesreferemseaodimensionamentodoblocopropriamentedito,noentantocabedestacarqueosmomentos fletoreseosesforoshorizontaisprovenientesdoprtico influenciamdiretamentenadeterminaodaquantidadedeestacasdobloco.

    Devidosvariaesdeesforosaolongodaalturadoblocoedareadaseotransversal,averificaodatensodecompressodeveserrealizadatantojuntoestacaquantojuntoaopilar.

    As foras atuantesnasbarrascomprimidasda treliaso resistidaspeloconcreto,enquantoas forasatuantesnasbarras tracionadas so resistidas pelas armaduras principais dos blocos.Quandoas tenses solicitantes nas bielas

  • foremmaioresqueastensesresistentes,oprogramaaumentaaalturadafundao,deformaaaumentaracapacidaderesistentedoelemento.

    MtododeclculodaRuptura(Flexo)Parablocoscomgrandequantidadedeestacasenoscasosemqueestasnoestejameqidistantesdocentrodobloco(pontodeapoiodopilar),oEberickutilizaomtododeRuptura.SegueabaixoalgunsexemplosdeblocoscalculadospeloMtododaRuptura:

    Figura9BlocoscalculadospeloMtododeRupturanoEberick

    Seguindoomesmoconceitodeblocosrgidosutilizadoparaosblocoscalculadospelomtodobielatirante,inicialmentecalculadaaalturatildoblococonsiderandoumngulode45grausentreadiagonalqueligaaestacamaisdistanteaopilareahorizontal.

    Emseguidasocalculadasasdimensesdobloco,que,segundoinformaesanteriores,sofunobasicamentedaalturadobloco,espaamentoentreasestacasedimetrodasmesmas.PorfimsocalculadasasarmadurasdoblocoatravsdoMtododeRuptura, tambmconhecido comoMtododeViga. Segundoestemtodononecessriorealizarasverificaesdasbielas,conformerealizadonomtodoanterior,poisomtodonosebaseianatransmissodascargasatravsdasbielascomprimidas.

    SegundoSouza(2004)oModelodeViganadamaisdoqueumaaplicaoparticulardoMtododasBielasutilizadoparaoclculodearmadurastransversaisemvigasdeconcretoarmado.

    Basicamente,assumesenoModelodeVigasequeoblocode fundaosecomportacomoumavigasobreapoiossimples (estacas), podendo ser adaptada a teoria elstica para a determinao dos esforos e das armadurasresistentes.

    Paraodimensionamentodaarmaduraprincipaldoblocoomtodosugereumaverificaoflexoconsiderandoumaseoderefernciainternaplananormalalturadobloco,indicadacomoS1nafiguraaseguir.

  • Figura10Superfciederefernciaparaclculodosesforosnobloco

    Paraalgunsautoresestaseodevesertomadaaumadistnciadafacedopilarde0,15*ap,sendoapamedidadoladodopilar.OutrosautoresdefendemaidiadaescolhadafaceS1exatamentenocentrodopilar,enquantoqueasnormascanadenseeamericanasugeremadefiniodaseoS1juntofacedopilar.NoEberickaseodefinidaporS1nafiguraacimaconsideradanocentrodopilar.

    Oclculodareadaseotransversaldasarmadurasdoblocoobtidoapartirdaconsideraodomomentofletorrelativo superfcie de referncia S1. Este momento calculado levandose em conta a totalidade da reao dasestacas,ouseja,oprodutodareaodasestacaseadistnciadestasseodereferncia.

    Figura11Reaesnasestacas

    Emumelementoestruturalqueresisteaosesforospelomecanismodeviga,aforadetraonaarmaduralongitudinalvariaaolongodoelemento,demaneiraabalancearomomentofletoraplicado,mantendoobraodealavancainternorelativamente constante.Assim,Souza (2004) citaqueodimensionamentodoblocode fundaocomoumavigaperfeitamenteaceitveldesdequeoblocopossuaumageometriaquepossibilitetalhiptese.Dessamaneira,observasequeautilizaodoModelodeVigapodeserparticularmentetil no casodeblocos comumgrandenmerodeestacasafastadasdopilardeumagrandedistncia,sendobasicamenteestesoscasosqueoEberickconsidera talmodelo.

    Refernciasbibliogrficas:[1]AssociaoBrasileiradeNormasTcnicas. NBR6118:ProjetodeEstruturasde ConcretoProcedimento,RiodeJaneiro,2007.

  • [2] SOUZA, R. A. BITTENCOURT, T. N. Concreto Estrutural: Anlise e Dimensionamento de Elementos comDescontinuidades.Tese(Doutorado)UniversidadedeSoPaulo.

    [3]SOUZA,R.A.AnliseNoLineardeBlocoRgidoSobreDuasEstacas.Artigo,2004.

    [4]DiscreteElementsandNonlinearityinDesignofStructuralConcreteWalls.Dissertao(Mestrado)DelfUniversityofTechnology,1998.

    [5]IYER,P.K.SAM,C.ThreeDimensionalAnalysisofPileCaps.Computers&Structures,1992

    [6]FUSCO,P.B.TcnicadeArmarasEstruturasdeConcreto.SoPaulo:EditoraPINILtda,1994

    [7] ADEBAR, P. KUCHMA, D. COLLINS, M. P. StrutandTie Models for the Design of Pile Caps: An ExperimentalStudy.ACIStructuralJournal,v.87,n.1,p.8192,1990.

    [8]CHAN,T.K.POH,C.K.BehaviourofPrecastReinforcedConcretePileCaps.ConstructionandBuildingMaterials,n.14,p.7378,2000