Sumário - emater.tche.br · nº 1531 - 06 dezembro 2018 Desde 1989 auxiliando na tomada de...
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nº 1531 - 06 dezembro 2018 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.
Sumário
Palavra da Casa
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Olerícolas
Frutícolas
Outras Culturas
Criações
Preços Semanais
Notas Agrícolas
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar
I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2018. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.
Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
CDU 63(816.5)
© 2018 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 2 06 dez. 2018
Palavra da Casa
No Dia Nacional da Extensão Rural, Emater/RS-Ascar celebra 30 anos do Conjuntural
Estamos numa semana comemorativa. Hoje (06/12) o dia é especial, pois é o Dia Nacional da Extensão Rural, quando esse serviço, fundamental para o desenvolvimento do meio rural brasileiro, completa 70 anos de existência. A data foi instituída pelo Governo Federal como uma forma de homenagear esse importante profissional da agricultura. O dia 06 de dezembro foi escolhido porque em 1948 foi criada a primeira instituição de Extensão Rural no Brasil, a Associação de Crédito e Assistência Rural (Acar), hoje Emater de MG. Já aqui no nosso Estado, a Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar) foi criada em 2 de junho de 1955, portanto, no próximo ano, completaremos 64 anos de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) no RS. As comemorações do Dia Nacional da Extensão Rural iniciaram na segunda-feira (03/12), em Brasília, com a participação de nossa Emater/RS-Ascar no seminário Desafios da Extensão Rural no contexto atual, marcando a abertura da Semana Nacional do Extensionista Rural 2018, realizado pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) na Câmara dos Deputados. Enquanto diretor técnico da Emater/RS, participei do evento, ao lado do colega extensionista da Emater/RS-Ascar de Fagundes Varela, Leandro Correa Ebert, que foi homenageado, recebendo a Medalha Ordem do Mérito Ater 2018, em reconhecimento ao trabalho realizado na bovinocultura leiteira, através do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, coordenado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e executado pela Emater/RS-Ascar. Importante destacar que Extensão Rural é o processo de estender ao povo rural conhecimentos e habilidades sobre práticas agropecuárias, florestais e domésticas, reconhecidas como importantes e necessárias à melhoria de sua qualidade de vida em todos os sentidos, desde a maneira de cultivar a terra, de criar o gado, de administrar o seu negócio e o seu lar, de defender a saúde da família, de educar os filhos e, por fim, de trabalhar em favor da própria comunidade. No Brasil, hoje, o Serviço Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural está presente em mais de 4.500 escritórios, entre regionais e municipais, com uma força de trabalho de em torno de 16 mil extensionistas, que utilizam técnicas e metodologias que auxiliam o produtor rural a ter uma produção sustentável sob os aspectos ambientais, econômicos e sociais, visando à qualidade da produção, geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida, incentivando inclusive a permanência dos jovens no campo. Já o nosso Informativo Conjuntural celebra hoje, com novo layout, 30 anos de qualificada informação. Considerado uma referência técnica para nossa agropecuária, é publicado semanalmente desde 1989. O Informativo Conjuntural registra dados conjunturais de produção, produtividade e preços das principais culturas da agricultura e da pecuária, relacionando-os com condições do clima e com contextos de formação de preços, comercialização e perspectivas de safra dos produtos agrícolas nas diferentes regiões produtoras do Estado. Também divulga informações sobre comercialização atacadista de hortigranjeiros acompanhados pela Ceasa/RS e publica dados meteorológicos semanais, com análises/prognósticos trimestrais de clima produzidos pela Seapi/InMet mediante convênio. O documento é atualizado todas as quintas-feiras à tarde e pode ser acessado através do site da Emater/RS-Ascar. Assim, quando nos aproximamos do fim de ano, saudamos a merecida data e agradecemos a dedicação, o empenho e o trabalho de todos nossos extensionistas. Temos muitos avanços e conquistas a comemorar, e nosso principal desejo, nesta data, é vida longa à Extensão Rural! Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar
DESTAQUES Cultura de trigo: colheita encerrada
Boletim Climático – prognóstico para o RS (dez./2018 | jan. e fev./2019)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 3 06 dez. 2018
Condições Meteorológicas
As informações reproduzidas abaixo são parte do Boletim Climático (ano 16 / nº 11- 8º DISME/INMET e CPPMet/UFPEL). A íntegra do documento está publicada na última seção deste Informativo Conjuntural.
TRIMESTRE COM PREDOMÍNIO DE CHUVA POUCO ACIMA DO PADRÃO
Introdução - análise do mês de outubro de 2018
No mês de outubro, as precipitações no Rio Grande do Sul do Sudeste, ficaram abaixo do
padrão no Oeste e região Central e dentro do padrão nas demais regiões. As temperaturas
mínimas ficaram dentro do padrão em grande parte do Estado. As máximas ficaram abaixo
do padrão climatológico no Norte, pouco acima no Centro-Leste e dentro do padrão nas
demais regiões.
Prognóstico para o Rio Grande do Sul (dez./2018 | jan.-fev./2019) A situação atual da TSM do Pacífico Equatorial aponta para El Niño fraco no restante da primavera e em todo o verão. Lembramos que o período de maior relação com aumento das chuvas no RS é durante o crescimento do evento, ou seja, no decorrer da primavera e parte do verão. Esta configuração favorece para intensificar a circulação nos baixos níveis da atmosfera, transportando mais umidade da região Norte para o Sul do Brasil, aumentando as chuvas, especialmente na parte Oeste e Norte do RS durante a primavera e começo do verão. No Atlântico Subtropical, a anomalia positiva entre a costa da Argentina e Brasil também apresenta padrões associados à maior concentração de umidade, especialmente durante o verão na parte Leste e Sul do RS. As variações espaciais da precipitação influenciam na variabilidade das temperaturas, especialmente as diurnas (máximas). A análise detalhada do modelo estatístico (CPPMet/UFPel) mostra para o mês de dezembro precipitações acima do padrão climatológico em todas as regiões, com destaque para a parte Oeste do Estado. Durante o mês de janeiro são esperadas precipitações predominando dentro do padrão normal na maior parte do Estado. Para o mês de fevereiro, o modelo mostra precipitações pouco acima do padrão no Sul e Leste, predominando dentro do padrão climatológico nas demais regiões do Estado. O prognóstico para as temperaturas mínimas indica para o mês de dezembro valores médios mensais oscilando dentro do padrão climatológico na maior parte do Estado. Para o mês de janeiro e fevereiro, o modelo mostra temperaturas mínimas um pouco acima na metade Sul e dentro do padrão na metade Norte do Estado. Para as temperaturas máximas, o modelo aponta para dezembro valores mensais pouco abaixo na metade Oeste e dentro do padrão climatológico na parte Leste do Estado. Durante o mês de janeiro, o modelo aponta para valores médios mensais pouco acima na parte Leste e dentro do padrão nas demais regiões do Estado. Para o mês de fevereiro são esperadas temperaturas oscilando pouco acima do padrão em praticamente todas as regiões do Estado.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 4 06 dez. 2018
Grãos
Trigo
Cultura com colheita finalizada no Estado, após ser terminada nas últimas lavouras da região
Nordeste. A princípio, a produtividade média deverá ficar um pouco abaixo das últimas
estimativas, e a qualidade média, apenas regular (Ph abaixo de 78).
Mesmo com os preços mais baixos e as dificuldades de comercialização do produto,
agricultores relatam que deverão manter as atividades relacionadas à cultura para a próxima
safra.
Ainda que os mercados estejam reagindo lentamente, a cotação do cereal tem mantido a
tendência de alta no Estado, subindo para R$ 38,98 o valor médio da saca de 60 quilos, na
semana, mais 1,40% em relação à anterior.
Comercialização
Disponível em Cruz Alta a R$ 43,00/sc. de 60 quilos.
Disponível em Passo Fundo a R$ 44,00/sc. de 60 quilos.
Painço
Na região Noroeste do RS, onde se produz comercialmente esse grão, a semana com clima
mais seco possibilitou a conclusão das atividades de colheita das lavouras de painço. Apesar
do preço mais baixo do produto na comercialização, agricultores estão satisfeitos com a
lavoura, já que deixa uma boa palhada no solo e possibilita a semeadura da soja ainda
dentro da época mais favorável. Produtores devem manter as áreas cultivadas para a
próxima safra.
O preço do saco de 60 quilos é de R$ 60,00. O rendimento das primeiras áreas colhidas está
na faixa dos 1,5 a 1,8 t/ha. Nas Missões, a colheita está mais adiantada, e a produção tem
ficado na faixa de 1,2 a 1,5 quilo por hectare.
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
Na semana Semanapassada
Mês anterior Ano anterior Média geral Médiadezembro
38,98 38,44 37,98
33,54
38,1836,79
R$
Trigo - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60 kg
Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal
Ano Anterior e Médias (2013-2017): Corrigidas IGP-DI
1,40
2,63
16,22
2,10
5,95
0
5
10
15
20
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média dezembro
%
Variação percentual em relação à...
Preço Médio Trigo Semana de 06 de dezembro = R$ 38,98 (60 kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 5 06 dez. 2018
Milho
A semeadura da cultura alcança 91% da estimativa de área no Estado (738 mil ha), e
encontra-se ainda na fase majoritária de desenvolvimento vegetativo (49%), floração e
enchimento de grãos, favorecidas pelas ótimas condições climáticas (chuva, calor e
luminosidade).
Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul
Milho 2018 Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 06/12 Em 29/11 Em 06/12 Em 06/12
Plantio 91% 89% 99% 93%
Germinação/Des. Vegetativo 49% 53% 30% 48%
Floração 20% 19% 33% 20%
Enchimento de grãos 18% 15% 30% 21%
Maduro e por colher 0% 0% 2% 1% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
O padrão fitossanitário do milho é muito bom, com ótima área folhar, sem problemas com
pragas e doenças, com potencial produtivo acima de 8,5 toneladas por hectare. A lavoura
avança para o início da perda de água dos grãos, com as variedades de ciclo mais curto já
com grãos pendendo para farináceos. Com os dias mais secos e com a presença de vento,
ocorre perda significativa de água no solo, e apesar de não ser observado estresse hídrico
nas plantas, produtores fazem uso de irrigação para manter a produtividade. Mesmo com a
previsão de poucas chuvas para os próximos dias, a expectativa dos produtores é de uma
boa safra para a cultura.
Cabe destacar a alta densidade de plantas na formação de muitas lavouras, situação que
poderia colocar em risco a produtividade caso não tivessem bom aporte de água na atual
fase crítica da cultura.
Em muitas localidades, a ampliação da área se deve à melhoria do preço e a uma
intensificação da prática de rotação de culturas, com ênfase técnica para a conservação do
solo.
Nas áreas para silagem de planta inteira, continua sendo realizado o corte das bordaduras
para deixar as áreas prontas para a ensilagem, processamento que deve iniciar essa semana.
Os negócios se mantiveram semelhantes aos da semana passada, mantendo pequenas
quedas na cotação da saca de 60 quilos no RS. O valor médio ficou em R$ 34,51, caindo mais
0,26% em relação à semana anterior.
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
Na semana Semanapassada
Mêsanterior
Anoanterior
Médiageral
Médiadezembro
34,51 34,6035,00
28,89
32,0330,50
R$
Milho - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60kg
Obs:Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal
Ano Anterior e Médias (2013-2017): Corrigidas IGP-DI
-0,26-1,40
19,45
7,74
13,15
-5
0
5
10
15
20
25
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média dezembro
%
Variação percentual em relação à...
Preço Médio Milho Semana de 06 de dezembro = R$ 34,51 (60kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 6 06 dez. 2018
Soja
A semeadura avançou com alguma dificuldade na semana, variando com a intensidade das
precipitações nos municípios, mas aproximando-se do final; resta concluir a semeadura em
somente 9% da área.
Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul
Soja 2018 Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 06/12 Em 29/11 Em 06/12 Em 06/12
Plantio 91% 87% 81% 95%
Germinação/Des. Vegetativo 89% 84% 78% 92% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
Muitas lavouras estão sendo replantadas pela baixa germinação das sementes, causada por
baixo vigor, solos compactados e ataque de fungos nas sementes. O excesso de chuvas tem
provocado erosão do solo, principalmente em áreas sem cobertura de palha. Nas lavouras
com baixa densidade de plantas, o replantio está sendo realizado nos locais mais afetados
pela morte de plantas, raramente ocorrendo em toda a área (média de replantio em 5% da
área). Produtores iniciam a aplicação de herbicidas para o controle de ervas indesejáveis.
Os preços continuam sendo influenciados pela guerra comercial entre EUA e China, o que
vem favorecendo os produtores brasileiros que passaram a ser o principal fornecedor da
oleaginosa à China, inclusive fortalecendo os prêmios de exportações nos portos de Rio
Grande e Paranaguá.
Nessa semana, o acompanhamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar contabilizou um
pequeno aumento de 0,53% na cotação média do valor da saca de 60 quilos negociada no
RS, passando para R$ 73,70.
Comercialização
Disponível em Passo Fundo a R$ 78,00/sc. de 60 quilos.
Disponível em Cruz Alta a R$ 80,00/sc. de 60 quilos.
68,00
70,00
72,00
74,00
76,00
78,00
80,00
Nasemana
Semanapassada
Mêsanterior
Anoanterior
Médiageral
Médiadezembro
73,7073,31
76,48
71,97
76,42
78,65
R$
Soja - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60 kg
Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal
Ano Anterior e Médias (2013-2017): Corrigidas IGP-DI
0,53
12,56
26,65
-3,56
-6,29-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média dezembro
%
Variação percentual em relação à...
Preço Médio Soja semana de 06 de dezembro = R$ 73,70(60 kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 7 06 dez. 2018
Arroz
Plantio finalizado no Estado, com lavouras em fase de germinação/emergência e
desenvolvimento vegetativo. O clima favoreceu essas fases iniciais das plantas, e a cultura
tem demonstrado bom desenvolvimento, favorecido pela umidade do solo e por dias com
ótima luminosidade e calor. Produtores já iniciaram a irrigação.
Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul
Arroz 2018 Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 06/12 Em 29/11 Em 06/12 Em 06/12
Plantio 100% 99% 100% 99%
Germinação/Des. Vegetativo 99% 97% 99% 96%
Floração 1% 0% 1% 3% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
Nessa semana, no RS, a comercialização do arroz em casca manteve a tendência de queda
dos últimos períodos, caindo mais 0,66%, determinando a cotação média em R$ 40,84/sc. de
50 quilos.
De acordo com informações colhidas junto às indústrias de Pelotas, durante a semana os
preços do arroz em casca foram negociados a R$ 40,60/sc. de 50 quilos. O preço informado é
para pagamento à vista, posto na indústria pelo produtor. O produto é do tipo um, com
rendimento entre 57% e 59% de grãos inteiros.
Feijão 1ª safra
Restando implantar apenas as lavouras situadas nos Campos de Cima da Serra, região que
inicia a semeadura entre as duas safras distintas do Estado, as demais lavouras encontram-
se em sua maioria em estágio de desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos, e as
lavouras em final de ciclo já se encontram em colheita. Essas primeiras lavouras colhidas
(6%) são de pequeno porte, apresentando boa produtividade e excelente qualidade do grão.
Segue o bom desenvolvimento da cultura com alto potencial produtivo.
38,00
39,00
40,00
41,00
42,00
43,00
44,00
45,00
46,00
Na semana Semanapassada
Mêsanterior
Anoanterior
Média geral Médiadezembro
40,8441,11
42,39
40,90
45,79
44,03
R$
Arroz - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 50kg
Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal
Ano Anterior e Médias (2013-2017): Corrigidas IGP-DI
-0,66
-3,66
-0,15
-10,81
-7,25
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média dezembro
%
Variação percentual em relação à...
Preço Médio Arroz Semana de 06 de dezembro = R$ 40,84 (50kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 8 06 dez. 2018
Fases da cultura do feijão (1ª safra) no Rio Grande do Sul Feijão (1ª safra) 2018
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 06/12 Em 29/11 Em 06/12 Em 06/12
Plantio 100% 99% 100% 100%
Germinação/Des. Vegetativo 38% 40% 33% 38%
Floração 21% 22% 19% 22%
Enchimento de grãos 23% 25% 25% 21%
Maduro e por colher 12% 7% 13% 11%
Colhido 6% 4% 10% 8% Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
Realizam-se neste momento as aplicações finais de fungicidas e inseticidas para controle das
principais doenças e pragas. O clima prejudicou as primeiras lavouras devido à ocorrência de
noites frias no estabelecimento da cultura e de chuvas excessivas em outubro.
A comercialização esteve normal na semana, com pequena queda percentual de 0,75%
sobre a anterior, ficando em R$ 139,42/sc. de 60 quilos para o feijão preto.
Hortigranjeiros
SITUAÇÕES REGIONAIS
Na Fronteira Noroeste e Missões, a produção de hortaliças a céu aberto começa a sofrer
influência negativa da forte insolação. Nos cultivos protegidos, se consegue manter a
produção, principalmente de folhosas; couve-flor e brócolis têm sua oferta diminuída
quando não cultivados em sistemas protegidos. Boa oferta de pimentão, tomate, pepino,
abobrinha, repolho, cenoura.
30,00
50,00
70,00
90,00
110,00
130,00
150,00
170,00
190,00
Na semana Semanapassada
Mêsanterior
Ano anterior Média geral Médiadezembro
139,42 140,48 138,92147,67
189,96
177,50
R$
Feijão - Preço Médio Pago ao Produtor - R$/saca 60 kg
Obs: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior:Valor Nominal Ano Anterior e Médias (2013-2017): Corrigidas IGP-DI
-0,75
0,36
-5,59
-26,61
-21,45
-30
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média dezembro
%
Variação percentual em relação à...
Preço Médio Feijão Semana de 06 de dezembro = R$ 139,42 (60kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 9 06 dez. 2018
Melancia e melão em desenvolvimento vegetativo e floração. Produtores fazem plantio e
manejo das áreas de melancia e melão. As primeiras áreas plantadas começaram a ser
colhidas na última semana. Produtores estão confiantes numa boa safra, tendo em vista as
condições climáticas favoráveis, com noites mais frescas que têm amenizado os dias quentes
e ensolarados, diminuindo assim a morte prematura de plantas de melancia e melão devido
ao calor. Boa colheita de tomate, ainda que tenha apresentado forte incidência de
requeima.
A colheita da laranja Valência está encerrada. Os parreirais estão com bom
desenvolvimento; no entanto, o excesso de chuvas tem causado míldio nas folhas e
derrubado muitos frutos. A colheita dos primeiros cachos deve ocorrer a partir de 10 de
dezembro. As áreas com abacaxi estão com ótimo desenvolvimento, e a previsão de início de
colheita é para a primeira quinzena de janeiro próximo. A cultura de ano encontra-se em
fase de colheita, seja para comercialização, consumo próprio ou para beneficiamento nas
agroindústrias, que no momento é considerado satisfatório. Figo em frutificação. Abacate,
manga e nogueiras em plena floração e início de frutificação.
Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, nas hortaliças em geral há
incremento significativo no desenvolvimento em função das excelentes condições climáticas,
associado ao aumento do fotoperíodo nas últimas semanas. Nesta, o cenário climático
favorável se repetiu.
As solanáceas – tomate, pimentão e berinjela – apresentam boa sanidade e potencial
produtivo. Tomate em cultivo protegido em plena fase de produção.
Batata-doce e aipim em fase de desenvolvimento (cultivos mais precoces) e de finalização de
plantios, principalmente na região da Serra do Botucaraí.
A cultura do pepino para conserva, muito cultivada na região do Baixo Vale do Rio Pardo,
plantada precocemente, está em final de ciclo; a produtividade foi baixa, principalmente em
função das baixas temperaturas noturnas. Novos plantios são realizados, mas enfrentam
problemas com calor excessivo.
A melancia, cultivada principalmente nos municípios de Rio Pardo e Encruzilhada do Sul, está
na fase de formação de frutos e apresenta boa sanidade. Em Rio Pardo a colheita se inicia
daqui a dez ou 15 dias.
Culturas da cebola e alho em fase de colheita. Há boa oferta de produtos ao mercado.
OLERÍCOLAS
Alho
Na região da Serra, as condições meteorológicas favoráveis permitiram o avanço expressivo
da colheita, mantendo resultados razoavelmente satisfatórios em termos de rendimentos
físicos e qualidade. Bulbos com bom calibre, sanidade e firmeza. Entre as áreas atingidas
pelo granizo, as menos atingidas tiveram colheita antecipada de uns dez dias, e os bulbos
colhidos apresentaram calibre abaixo do esperado. Já as áreas afetadas mais severamente
foram destruídas utilizando-se implementos agrícolas para reduzir mau cheiro e acelerar a
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 10 06 dez. 2018
decomposição biológica, minimizando assim a fonte de inóculos na área. Alta intensidade de
radiação, chuvas espaçadas e noites com baixas temperaturas para o período definem um
quadro ótimo para a estocagem, manutenção da sanidade e cura dos bulbos nos galpões.
Batata
Intensificada a colheita em Ibiraiaras na região Nordeste do RS. O preço ao produtor está
entre R$ 80,00 e R$ 90,00/sc. de 50 quilos para batata rosa e de R$ 50,00 a R$ 55,00/sc. para
a batata branca. O produto colhido até essa semana, nas lavouras plantadas no cedo, é de
boa qualidade, mas com tubérculos de tamanho reduzido e consequentemente menor
produtividade. As primeiras lavouras colhidas apresentam produtividades entre 20 e 25
toneladas por hectare. Lavouras plantadas mais no tarde encontram-se em fase final de
formação de tubérculos. Produtores continuam dando atenção aos tratamentos
fitossanitários e à dessecação para antecipação da colheita.
Na região Noroeste, a cultura apresenta boa sanidade e bom desenvolvimento das plantas. Primeiras áreas implantadas já estão em fase de colheita com rendimento dentro do esperado.
FRUTÍCOLAS
Pêssego
Na região Serrana, ganha ritmo a colheita da principal variedade cultivada, a Chimarrita,
demonstrando frutos de bom calibre, coloração e sabor. As plantas de todas as cultivares
evidenciam bom vigor e ótima sanidade. As principais pragas, como a mosca-das-frutas e a
grafolita, raras vezes são encontradas nos pessegueirais, assim como a mais séria fitopatia, a
podridão parda. Nos pomares atingidos pelo granizo, muitos produtores retiraram a fruta
para profilaxia ou para comércio em pontos específicos que não exigem frutas de qualidade
superior. O momento é de poda verde para melhorar a aeração/insolação no interior do
dossel vegetativo, tendo como principais objetivos a potencialização da qualidade – cor e
sabor – e a redução da incidência de fitomoléstias e pragas. Pela elevada perda de produção
em função do efeito do granizo do final de outubro, o mercado mantém-se aquecido e com
procura de pêssegos indenes de sequelas físicas – cicatrizes, boa coloração e calibre
superior. O preço médio na propriedade para essas frutas está em R$ 3,50/kg.
Pomares da região Sul continuam em plena frutificação e colheita. A colheita das cultivares
mais precoces foi finalizada, e as cultivares de ciclo médio estão em maturação e plena
colheita.
Compradores de outras regiões continuam buscando frutos, comercializados com valores
estáveis nas últimas semanas, entre R$ 1,80 e R$ 2,00/kg. Para a fruta sem classificação, a
indústria oferece valores de R$ 0,90 a R$ 1,30/kg. Estes são os preços mínimos. Em razão da
safra bastante reduzida em toda região, deverá ficar entre 26 e 30 milhões de quilos.
Algumas agroindústrias acordam com seus fornecedores o pagamento de até R$ 1,50/kg da
fruta com classificação tipo 1.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 11 06 dez. 2018
Os pomares estão em frutificação, e os persicultores prosseguem com os tratamentos
fitossanitários para o controle das doenças fúngicas, principalmente a podridão parda, e
para o controle da mosca-das-frutas.
As entidades do Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas, através do boletim nº 15, de
28/11/2018 informam que ainda é necessária a atenção especial do produtor no
monitoramento da mosca-das-frutas, tendo em vista que a colheita de pêssegos está a
pleno. A população do inseto está estável, mas o pico da colheita está próximo e todo o
cuidado é pouco. É necessário que o produtor mantenha o emprego da isca tóxica e, se
necessário, deverá realizar aplicações de outros produtos, se necessário. O produtor deve
lembrar também de usar produtos com menor tempo de carência, neste período de
colheita, para manutenção da qualidade dos frutos consumidos.
Em Pelotas realizou-se a Festa Municipal do Pêssego com a Abertura Oficial da Colheita do
Pêssego na região, em 02/12, no Rincão da Caneleira, Quilombo, 7º distrito de Pelotas. Em
paralelo, continua a 5ª edição da Quinzena do Pêssego, que acontece de 24 de novembro a 9
de dezembro de 2018.
Os cultivos tardios dos municípios de São José do Ouro e David Canabarro das regiões da
Produção e Nordeste entraram em colheita. As variedades precoces encerraram a colheita
com produtividade aquém do esperado, com perdas na quantidade de frutos por pé em
função de geadas tardias e granizo, que danificaram os pomares. Produtores seguem
realizando os monitoramentos de pragas e doenças e os tratamentos fitossanitários.
Ameixa
Em Passa Sete, no Vale do Rio Pardo, as variedades mais precoces de ameixeira Golf Blazer
estão em final de colheita. A cultivar Irati está em maturação. Os frutos apresentam boa
qualidade e sanidade. A comercialização está sendo realizada no mercado regional. O
manejo da mosca-da-fruta nessa cultura exige bastante atenção por parte do produtor nessa
época.
Banana
No Litoral Norte, nos municípios produtores de Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras,
Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Torres, os pomares retomam a produção por conta
da curva natural do clima de primavera, mas o frio ocorrido na semana que passou
prejudicou o desenvolvimento da produção nos bananais nas encostas. A produtividade da
safra terá redução, na ordem de 15%. A banana Prata extra permanece com preço estável,
sendo comercializada a R$ 20,00/cx. de 20 quilos; a banana Prata segunda por R$ 12,00/cx. e
a Caturra extra tem elevação de preço, para R$ 14,00/cx. Contrariamente ao que se
esperava pela redução de produção devida às frentes frias nas principais regiões produtoras,
a tendência de aumento de procura pelo produto não reduziu o preço.
Melancia
A colheita iniciou de forma significativa no último decênio de novembro. Os produtores das
regiões que compõem a Grande Porto Alegre, especialmente a Centro-Sul, estão
conseguindo o valor de até R$ 1,00/kg na venda direta ao consumidor. Na Ceasa, este valor
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 12 06 dez. 2018
é de aproximadamente R$ 0,80/kg, o que é considerado muito bom pelos produtores; para
alguns, o preço obtido está inclusive acima das expectativas. Isso se deve ao fato de o clima,
este ano, estar ajudando, com chuvas frequentes intercaladas por vários dias de sol e clima
seco, favorecendo plantas sadias e frutos de ótima qualidade. Além disso, os frutos vindos
de fora do RS apresentam qualidade muito inferior. Esta vem sendo a melhor safra dos
últimos três anos.
COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS
Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS,
entre 27/11 e 04/12/2018, tivemos 25 produtos estáveis em preços, quatro em alta e seis
em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os
produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto destacou-
se em baixa, e um produto destacou-se em alta.
Tomate caqui longa vida – de R$ 3,50 para R$ 4,50/kg (+28,57%).
Os preços de atacado do tomate caqui longa vida no mercado gaúcho haviam caído na
semana anterior devido à retração no consumo e à necessidade do atacado como um todo
de fazer fluir os estoques represados do produto. Observamos que esta variedade, quando
sadia, tem duração prolongada permitindo sua conservação por um bom número de dias.
Nesta semana, porém, com a chegada de novas cargas, os preços voltaram a se elevar, uma
vez que os problemas de oferta continuam a nível nacional. A safra de inverno da região
Sudeste está finalizando sua oferta; em relação à de verão, tanto o Sudeste quanto a região
Sul ainda não liberam volumes suficientes para o retorno dos preços a patamares históricos
mais baixos.
A oferta da safra gaúcha que está iniciando melhorou nos últimos dias, tendo nesta terça-
feira contribuído com 48% do total de tomates disponibilizados para o atacado da Ceasa/RS.
O volume total de tomate colocado à disposição do atacado, no entanto, é reduzido. Foram
colocados no mercado apenas 189.596 quilos contra uma média por dia forte no último
triênio para dezembro de 425.510 quilos. Assim dependemos ainda para nosso
abastecimento de tomates produzidos em dezembro na região Sudeste do Brasil. Por outro
lado, a formação dos preços de atacado do tomate caqui longa vida nesta terça-feira na
Ceasa/RS, estabeleceu-se em torno de R$ 4,50/kg, valor este extremamente elevado se
comparado à média do último triênio para dezembro, que foi R$ 2,60/kg.
Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS
Produtos em alta 27/11/2018 (R$/kg)
04/12/2018 (R$/kg)
Aumento (%)
Beterraba 1,50 1,75 + 16,67
Laranja suco 1,10 1,25 + 13,64
Tomate caqui longa vida 3,50 4,50 + 28,57
Vagem 2,50 3,00 + 20,00
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 13 06 dez. 2018
Produtos em baixa 27/11/2018 (R$)
04/12/2018 (R$)
Redução (%)
Banana Prata (kg) 1,90 1,50 - 21,05
Brócolis (unidade) 1,67 1,50 - 10,18
Cebola nacional (kg) 1,75 1,60 - 8,57
Cenoura (kg) 2,00 1,90 - 5,00
Milho verde (bandeja) 1,50 1,20 - 20,00
Morango (kg) 10,00 8,00 - 20,00 Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.
Na região do Planalto Médio, alguns preços sofreram alterações em relação há quatro
semanas.
Aipim: R$ 3,00/pacote (um quilo, descascado)
Alface americana: R$ 1,50/pé
Alface lisa e/ou crespa: R$ 1,50/pé
Alface produzida em estufa: R$ 1,80/pé
Almeirão: R$ 1,50/pé
Beterraba: R$ 2,00/molho
Brócolis: R$ 2,50/molho
Cenoura: R$ 2,00/kg
Chicória: R$ 1,50/pé
Couve-flor: R$ 3,00/cabeça
Couve folha: R$ 1,50/molho
Milho verde: R$ 3,00/pacote (três unidades)
Moranga Cabotiá: R$ 2,50/kg
Pepino conserva: R$ 5,00/kg
Pepino salada: R$ 3,00/kg
Rabanete: R$ 1,50 molho
Repolho roxo: R$ 3,00/cabeça
Repolho verde: R$ 2,50/cabeça
Rúcula: R$ 1,50/pé
Tempero verde: R$ 1,50/molho
Tomate Gaúcho: R$ 4,00/kg
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 14 06 dez. 2018
Outras Culturas
Erva-mate
Nos vales do Taquari e Caí, a cultura está em período de intensa brotação.
Comercialização
Erva-mate convencional – de R$ 12,00 a R$ 15,00/arroba
Nativa – R$ 15,00/arroba
Nativa sombreada: de R$ 15,00 a R$ 18,00/arroba
Orgânica – de R$ 18,00 a R$ 20,00/arroba
Os preços da erva-mate tendem à estabilidade, com leve tendência de baixa, mas há pouca
erva-mate em boas condições de colheita. Além disso, também há redução na oferta de mão
de obra familiar para a colheita, em função do período de trabalho mais intensivo nas
culturas de verão. A comercialização da produção está facilitada pela procura e oferta em
equilíbrio. Há registros de ataques de cochonilhas de cera, mas não são de grande monta.
Nesta época os produtores estão realizando operações de adubação, controle de invasoras e
colheita. Clima com muitos dias ensolarados e chuvas regulares, que estimulam a brotação.
Algumas ervateiras relatam que estão conseguindo ampliar as vendas. Há reclamação de
produtores sobre aumento no custo para colheita terceirizada.
Criações
BOVINOCULTURA DE CORTE As pastagens perenes, anuais e o campo nativo estão com ótimo desenvolvimento e boa
disponibilidade de pastagem para o rebanho, principalmente onde ocorreram precipitações.
No entanto, na região de Passo Fundo, apesar de as pastagens apresentarem bom
crescimento, as oscilações térmicas registradas (com temperaturas menores à noite)
atrasam o desenvolvimento desses materiais, mas não comprometem a oferta de pastos
para esta época do ano. Nas áreas onde é feito o manejo visando ressemeadura natural do
azevém, este é o momento ideal para se fazer diferimento (período de pousio das
pastagens) dessas áreas, visando às pastagens para o próximo ano. Ocorre a colheita das
lavouras de aveia e azevém para produção de sementes.
Intensifica-se a implantação das forrageiras de verão. Nos municípios da Fronteira Oeste e
Missões, já estão sendo pastoreadas, pois são plantadas mais no cedo. Em termos de
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 15 06 dez. 2018
pastagens anuais, a predominância é de capim sudão, milheto e sorgo forrageiro. Em termos
de perenes, o predomínio é do tífton; também começa a ter algum destaque o capim
elefante anão variedade BRS Kurumi.
O estado nutricional dos rebanhos é de elevação de escore corporal, pelo bom
desenvolvimento das pastagens naturais e cultivadas. As condições sanitárias são boas. A
infestação por carrapatos, no geral, está controlada. No momento se observam infestações
por mosca-do-chifre (Dermotobia irritans) em alguns municípios. Nas regiões de Santa Rosa
e Missões, um surto de carrapatos obrigou pecuaristas a realizarem o controle nesta última
quinzena de novembro, porém não há relatos de resistência do parasita aos produtos
aplicados, como já ocorrera em anos anteriores.
Bons índices de cio são registrados, tanto no gado solteiro quanto nas matrizes com terneiro
ao pé. Na região Colonial de Santa Rosa, em muitas propriedades leiteiras está ocorrendo o
cruzamento com raças europeias de corte para obter terneiros com maior rendimento de
carcaças.
Importante: foi prorrogado até 10 de dezembro o prazo para a vacinação obrigatória contra
a aftosa em todos os bovinos e bubalinos com idade até 24 meses. A ampliação do prazo
deve-se à falta de vacinas no mercado. As notas de comprovação da vacinação devem ser
apresentadas nas inspetorias veterinárias até 17 de dezembro de 2018.
Mercado
Os preços recebidos pelos produtores tiveram leve aquecimento nas últimas semanas,
devido às proximidades das festas de final de ano. Nas áreas de integração lavoura-pecuária,
os criadores estão conseguindo escoar o produto devido à pressão da cultura da soja, pois
são bem poucas as áreas que receberam pastagens anuais de verão para terminação dos
bovinos ou para ao menos manter o escore corporal, graças à boa condição dos campos
nativos. Esta semana não houve carregamento para exportação no porto de Rio Grande. O
confinamento localizado na Vila da Quinta, no município de Rio Grande, está com o número
quase completo de animais para embarcar. Conforme relatório de preços semanais
recebidos pelos produtores, elaborado pelo Núcleo de Informações e Análises
(GPL|Emater/RS-Ascar), o preço do boi para abate variou entre R$ 4,00 e R$ 5,10/kg vivo. O
preço médio ficou em R$ 4,89/kg vivo, apresentando um aumento de +1,66%, em relação à
última semana, que era de 4,81/kg vivo. O preço da vaca gorda variou entre R$ 3,70 e R$
4,50/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,11/kg vivo, apresentando um leve aumento de
+1,99% em relação ao preço médio da semana anterior, que era de R$ 4,03/kg vivo.
Preços da pecuária de corte nas principais praças de comercialização do Estado Município Boi gordo (R$/kg vivo) Vaca gorda (R$/kg vivo)
Alegrete 5,00 4,00
Bagé 4,95 4,25
Barão de Cotegipe 5,00 4,50
Bom Jesus 4,80 3,70
Cachoeira do Sul 5,00 4,20
Canguçu 4,80 4,10
Dom Pedrito 4,85 4,20
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 16 06 dez. 2018
Encruzilhada do Sul 5,10 4,20
Frederico Westphalen 5,00 4,50
Jaguarão 5,00 4,00
Júlio de Castilhos 5,00 4,50
Lagoa Vermelha 4,80 3,80
Palmeira das Missões 5,00 4,20
Pelotas 4,80 3,95
Santa Maria 4,80 4,09
Santana do Livramento 4,80 4,10
Santo Antônio da Patrulha 4,90 3,80
Santo Antônio das Missões 4,60 4,00
São Borja 4,90 4,20
São Gabriel 4,70 4,15
Teutônia 4,75 3,80
Uruguaiana 5,00 4,15
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 2052, 06 dez. 2018).
BOVINOCULTURA DE LEITE
A presença de umidade e luminosidade favoreceu o desenvolvimento das pastagens. As
pastagens anuais de verão estão em pleno desenvolvimento, a maior parte oferecendo
pastejo. As pastagens perenes de verão estão em boas condições, com bom rebrote e
elevada qualidade nutricional. Entretanto, o excesso de chuvas tem prejudicado a
implantação das forrageiras e o manejo do pastoreio, com acúmulo de barro e formação de
diversos pontos de erosão. Com as chuvas, produtores realizam adubação de cobertura nas
pastagens.
As lavouras de milho para silagem também estão em pleno desenvolvimento. Nas lavouras
plantadas no início de agosto, a recuperação foi muito boa e a previsão de colheita é para o
final do mês, com qualidade; as plantas não ficaram muito altas, mas até este momento
estão com sanidade e ótima relação espiga/planta. O produtor deve estar atento para
aproveitar as boas condições climáticas para produzir os alimentos conservados, garantindo
assim reservas para os períodos de escassez.
Na região de Bagé, a produção de leite está estabilizada, com tendência de redução em
função do final de ciclo, do amadurecimento das forrageiras de inverno e da falta de volume
forrageiro em oferta nas pastagens de verão recém-implantadas. Alguns produtores estão
fornecendo feno para manutenção da condição corporal dos animais. O registro de chuvas
nas últimas semanas refletiu na capacidade de suporte nas áreas de campo natural e no
avanço do plantio de forrageiras de verão; pastagens perenes como tífton começaram a ser
pastoreadas.
Alguns produtores se queixam da queda no preço do leite e dos altos custos dos insumos;
mas de maneira geral, a oferta de pastagem no período é crescente, o que resulta em
elevação da produção de leite e diminuição progressiva do fornecimento de forragem
conservada, auxiliando a reduzir os custos de produção para sistemas onde há elevado
consumo de pasto.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 17 06 dez. 2018
Em relação ao bem-estar animal, os dias quentes limitam as horas de pastejo; por isso, tem
sido ofertada suplementação de forragem ao meio do dia em galpões de alimentação ou em
bosques para evitar a redução de consumo devido a estresse térmico.
Na parte sanitária, temos relatos de muitos rebanhos com infestações de mosca-do-chifre e
bernes.
Na região de Santa Rosa, na última semana foram coletadas amostras de leite em diversas
propriedades para cultura e antibiograma, a fim de auxiliar no tratamento de casos de
mastite.
Mercado
Tendência de diminuição de preço pago ao produtor devido ao aumento de produção nas
áreas do Estado onde se encontram os maiores e principais produtores (Norte e Central),
que já estão com os animais em pastagens de verão e tífton. Para o leite produzido em
novembro, a expectativa é de nova queda. Segundo o Conseleite, o valor de referência do
leite no Rio Grande do Sul em novembro ficou em R$ 1,0920, o que representa queda de
5,44% em relação ao valor consolidado em outubro. Para o leite entregue em novembro e
que será pago aos produtores na próxima semana, a previsão não é boa. As indústrias
estimam uma redução de 10 a 20 centavos por litro. Muitas situações contribuem para esta
baixa, e tradicionalmente no verão acontece diminuição no consumo de lácteos. As
importações de lácteos dispararam novamente em outubro. O clima favorável em Minas
Gerais e Goiás amplia a oferta de lácteos para a região Sudeste, principal mercado nacional.
Infelizmente para os produtores gaúchos, mas para os consumidores os preços também
baixaram. Por outro lado, a publicação da nova Instrução Normativa nº 62, referente à
qualidade do leite, também tem causado preocupações ao produtor, em virtude das
exigências associadas à qualidade da produção. Na região de Erechim, produtores estão
investindo na criação da bezerra e na melhoria das instalações, com subsídio de programas
municipais. Na região de Lajeado, observou-se uma queda de 5% na produção de leite em
novembro, comparativamente ao volume entregue em outubro. Com os preços baixando,
uma das primeiras coisas que os produtores fazem é diminuir a alimentação, principalmente
a suplementação com concentrados. Conforme relatório de preços semanais recebidos pelos
produtores, elaborado pelo Núcleo de Informações e Análises -GPL/Emater/RS-Ascar, o
preço do leite variou entre R$ 0,99 a R$ 1,44/L, de acordo com o volume e a qualidade do
produto. O preço médio ficou em R$ 1,18/L, apresentando uma queda de -1,67% em
relação à semana anterior, que era de R$ 1,20/L.
Preços recebidos pelos produtores de leite Município Preços (R$/L)
Aceguá 1,29
Alegrete 1,15
Antônio Prado 1,16
Bagé 1,25
Canguçu 1,14
Carlos Barbosa 1,15
Chapada 1,33
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 18 06 dez. 2018
Dr. Maurício Cardoso 1,44
Encruzilhada do Sul 1,10
Erechim 1,20
Frederico Westphalen 1,10
Ibiraiaras 1,28
Júlio de Castilhos 1,23
Lagoa Vermelha 1,15
Marau 1,10
Palmeira das Missões 1,10
Passo Fundo 1,00
Pelotas 1,11
Rio Grande 0,99
Santa Maria 1,29
Santa Rosa 1,30
Santo Augusto 1,35
São Lourenço do Sul 1,04
Sertão 1,20
Teutônia 1,14
Tupanciretã 1,15
Venâncio Aires 1,15
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores (nº 2052, 06 dez. 2018).
OVINOCULTURA Ainda estão sendo realizadas atividades de assinalação, castração, descola, monitoramento
e tratamento de verminoses, vacinação contra clostridioses e controle de miíases, separação
e aparte dos cordeiros destinados para a comercialização de dezembro (final de ano).
Seguem as desmamas e a suplementação alimentar de cordeiros, prevendo abate no
período do Natal e Ano Novo.
O processo de esquila se aproxima do final, o que tem gerado inúmeros trabalhos
temporários tanto para esquiladores como para trabalhadores de empresas de recebimento
e recolhimento da lã.
O estado nutricional e sanitário segue melhorando, principalmente dos animais já
tosquiados. O clima mais seco que vem ocorrendo segue beneficiando os ovinos,
principalmente no tocante à sanidade.
Ocorre preparo dos carneiros para a estação de monta que começa em janeiro, com
casqueamento, desvermifugação, e exame andrológico.
Mercado
É grande a procura por carne ovina para as festas de final de ano, e o mercado acusa uma
pequena alta para os produtores. Porém, nos municípios com rebanho ovino considerável, o
comércio trabalha com o preço da carne cinco vezes maior que o pago pelo quilo vivo ao
produtor. Em relação à comercialização a oferta de animais gordos para abate ainda é baixa,
mas a tendência é aumentar devido às festividades de fim de ano.
Os preços pagos pela lã fina animam alguns produtores que continuam mantendo o rebanho
com um percentual acima de 80% das raças Ideal e Merino Australiano, com predomínio
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 19 06 dez. 2018
para a primeira, que é dócil, oferece bom ganho de peso, carne de qualidade e lã ainda com
aceitação no mercado. Houve uma leve redução nos preços pagos aos produtores quanto às
lãs finas, devido à variação do dólar no mercado.
Preços pagos aos ovinocultores Produtos/regiões Santa Rosa (RS/kg) Zona Sul (R$/kg)
Capão 6,00 5,00 a 6,00
Cordeiro - 5,00 a 7,00
Ovelha 5,20 5,00 a 6,00
Borrego 6,00 a 6,50 -
Lã Merina 32,00 22,00 a 28,00
Lã Amerinada 30,00 -
Lã Prima A 23,00 17,00 a 21,00
Lã Corriedale (Cruza um) 7,00 10,00
Lã Corriedale (Cruza dois) 6,00 8,00 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
Evento - VIII FEIRA ASSISTIDA DE OVINOS Mostra de Artesanatos e produtos coloniais Data: 15 de dezembro de 2018 Local: Sede da Associação Rincão dos Corrêas São Jerônimo - RS
SUINOCULTURA A atividade da suinocultura está praticamente restrita a terminadores integrados, a alguns
autônomos e à criação para consumo nas propriedades. Seguem as dificuldades devido ao
alto preço dos insumos e à baixa remuneração pelo quilo de suíno. Produtores que
trabalham no sistema de parceria estão recebendo entre R$ 27,00 e R$ 37,00/suíno
terminado. Os leitões estão cotados a R$ 2,90/kg. No mercado aberto, os valores estão um
pouco acima. A pesquisa semanal ACSURS, realizada em 03/12/2018, apontou estabilidade
no preço pago pelo quilo do suíno vivo no RS. O número de animais da pesquisa foi de
18.380, com peso médio de 113 quilos. Esta semana tivemos três informantes que
compraram milho, ficando a saca de 60 quilos em R$ 37,33. O preço da tonelada de farelo de
soja está em R$ 1.282,50 no pagamento à vista e em R$ 1.300,00 no pagamento com 30 dias
de prazo, ambos no preço da indústria (FOB). A cotação agroindustrial média do suíno é de
R$ 2,91 e os produtores independentes estão recebendo R$ 3,87.
PISCICULTURA
A oferta de pescado está normalizada. Continua a reserva de alevinos para o povoamento e
repovoamento de tanques e açudes, sendo que em alguns municípios já foi realizada a
entrega. Continuam as orientações quanto ao povoamento de espécies e à quantidade de
alevinos, bem como o manejo com alimentação e adubação de tanques. O aumento da
temperatura propiciou boa produção de fito e zooplâncton. A criação comercial de tilápias
vem sendo ampliada em vários municípios.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 20 06 dez. 2018
Preços praticados para peixes de água doce Produto/espécie Mínimo (R$/kg) Máximo (R$/kg) Carpa cabeça grande (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa cabeça grande (vivo) 5,50 7,00 Carpa capim (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa capim (vivo) 5,50 7,00 Carpa húngara (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa húngara (vivo) 5,50 7,00 Carpa prateada (feira - vivo) 13,00 14,00 Carpa prateada (vivo) 5,50 7,00 Carpas em geral (eviscerada) 14,00 15,00 Carpas em geral (postas) 22,00 25,00 Tilápia (filé) 27,00 32,00 Tilápia (vivo) 5,00 6,00 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais de Porto Alegre e Erechim. Nota: Na região de Erechim o filé de tilápia foi comercializado a R$ 25,00/kg e as carpas inteiras com valores entre R$ 8,00 e 12,00/kg.
PESCA ARTESANAL
Em Pelotas e Rio Grande, a pesca na lagoa no geral está muito baixa; o maior volume
encontrado e capturado é na boca da barra da Lagoa dos Patos. Em Tavares, alta ocorrência
de traíra na Lagoa dos Patos. Pescadores capturam razoavelmente apenas corvina. A
expectativa inicial para a safra do camarão é bastante positiva em função do clima.
Na bacia da Lagoa Mirim, é período de defeso, que impede a pesca artesanal para favorecer
a reprodução das espécies; o defeso iniciou em 01/11/2018 e segue até 01/02/2019. Já em
Capão da Canoa os locais de pesca são a Lagoa dos Quadros, o rio Tramandaí, banhados
adjacentes e a parte capturada nas águas doces do Sul do Estado. O período da pesca na
lagoa encerrou-se em 31/10/2018. No mar os pescadores capturaram 450 quilos das
espécies tainha, anchova, pescada e papa-terra, que foram comercializadas a um preço
médio de R$ 10,00 a R$ 15,00/kg. Em Santa Rosa e região, iniciou em 01 de outubro o
período de defeso, durante o qual a pesca comercial é proibida nos rios, em função do
período de piracema, quando os peixes sobem os rios para reprodução. Estão sendo
agendados horários de atendimento junto ao INSS para que os pescadores encaminhem o
seguro defeso.
Preços pagos aos pescadores de Torres Produto/Espécie Produção Preços (R$/kg)
Abrótea (filé) boa 12,00
Anchova baixa 15,40
Corvina baixa 12,00
Linguado (filé) baixa 26,00
Pampo boa 11,00
Papa-Terra média 14,00
Peixe-anjo (filé) boa 16,00
Pescada (filé) boa 16,00
Sardinha baixa 10,00
Tainha boa 14,50
Tilápia (filé) boa 22,00
Tilápia eviscerada boa 14,00
Tilápia viva boa 8,00 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 21 06 dez. 2018
Evento
Em 06 de dezembro ocorre evento promovido pela FURG com o apoio da Emater/RS-Ascar,
que contará com visitas e oficinas sobre produção e refino de óleo de peixe. Na última
reunião do Fórum da Lagoa dos Patos, foi registrada preocupação por parte do setor devido
à possibilidade de instalação de uma mineradora em São José do Norte. Nesse sentido,
haverá um seminário regional sobre os impactos de projetos de mineração em 13, 14 e 15
de dezembro em Rio Grande e São José do Norte. Demais informações sobre o seminário
podem ser obtidas junto ao Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas.
APICULTURA
Esse período do ano caracteriza-se pela atividade mais intensa nas colmeias, permitindo
ganhos de produtividade daquelas bem manejadas. A semana com maior insolação
possibilitou o intenso forrageamento das abelhas, embora a diminuição da temperatura
tenha diminuído o tempo de permanência no campo. Produtores estão manejando e
colocando as sobrecaixas, de acordo com a disponibilidade de flores. A chuva significativa da
semana favoreceu a emissão de floração da época de espécies nativas, pomares e
eucaliptos.
Está sendo iniciado o manejo de caça-enxame, no qual os produtores distribuem as
armadilhas para recuperar enxames e aumentar o número de colmeias.
Os produtores já estão colhendo o mel da florada do eucalipto e das espécies nativas. Em
Rio Grande, Arroio Grande e Canguçu é boa a produção de primavera, com excelente
produção da colheita de algumas colmeias.
Mercado
A comercialização obteve uma pequena recuperação, mas com pouca agilidade; mercado
retraído, aguardando como vai se comportar a produção de primavera em termos de
volume. A inclusão do mel nos mercados institucionais tem melhorado o preço pago ao
produtor. Produtores procuram canais de comercialização em maior escala, objetivando a
concentração da receita com o mel e maior recurso para investimento na atividade. Os
preços do mel continuam estáveis, entre R$ 45,00 e R$ 60,00/garrafa de três quilos ou em
forma fracionada em embalagens com lacre. Produtor de Roque Gonzales já comercializou
dois mil quilos e ainda busca mercado para outros mil quilos de mel.
Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)
Bagé 8,80 25,00
Caxias do Sul 12,00 24,00
Erechim 13,00 20,00
Passo Fundo - 20,00 a 30,00
Pelotas 6,00 a 13,00 15,00 a 25,00
Porto Alegre - 18,00 a 25,00
Santa Rosa - 20,00
Santa Maria 9,00 25,00
Soledade 7,00 a 9,00 15,00 a 17,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 22 06 dez. 2018
Preços Semanais
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES (nº 2052, 06 dez. 2018)
Produtos Unidade
Semana Atual
Semana Anterior
Mês Anterior
Ano Anterior
Médias dos Valores da Série Histórica –
2013/2017
06/12/2018 29/11/2018 08/11/2018 07/12/2017 GERAL DEZEMBRO
Arroz em casca
50 kg 40,11 41,11 42,39 40,90 45,79 44,03
Feijão 60 kg 139,42 140,48 138,92 147,67 189,96 177,50
Milho 60 kg 34,51 34,60 35,00 29,89 32,03 30,50
Soja 60 kg 73,70 73,31 76,48 71,97 76,42 78,65
Sorgo granífero
60 kg 27,19 27,19 27,85 23,55 27,94 25,75
Trigo 60 kg 38,98 38,44 37,98 33,54 38,18 36,79
Boi para abate
kg vivo 4,89 4,81 4,74 5,25 5,39 5,39
Vaca para abate
kg vivo 4,11 4,03 4,01 4,48 4,81 4,84
Cordeiro para abate
kg vivo 6,56 6,48 6,34 6,86 5,72 5,75
Suíno tipo carne
kg vivo 3,14 3,12 3,12 3,54 4,00 4,27
Leite (valor líquido)
litro 1,18 1,20 1,23 1,03 1,11 1,07
03/12-07/12 26/11-30/11 05/11-09/11 04/12-08/12 Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises (NIA). Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.
Notas Agrícolas
EMBRAPA DEMONSTRA 30 SELEÇÕES E VARIEDADES NA FESTA DO PÊSSEGO DE PELOTAS/RS
A Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) participou, no último domingo (2), da 2º edição da Festa do Pêssego de Pelotas/RS. Em seu estante institucional, além de livros e material informativo, apresentou 30 tipos de pêssego resultantes do trabalho de melhoramento genético, entre variedades já em uso pelos produtores, variedades com lançamento próximo
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 23 06 dez. 2018
e seleções ainda em avaliação pela pesquisa. A Festa ocorreu durante todo o dia, no Rincão da Caneleira, 8º distrito do município. Dentre os destaques, a apresentação da BRS Jaspe, variedade com foco na indústria e que deve ser lançada em 2019; e da BRS Sonata, material de mesa para produção em locais mais frios. “São seleções em testes avançados e em produção, para decidir junto dos produtores se vamos lançar”, explica a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Maria do Carmo Raseira, que mantém relação próxima com produtores e indústria para avaliar os materiais de pesquisa. A pesquisadora também participou do comitê de avaliação do Concurso do Pêssego, promovido pela Embrapa e Emater/RS-Ascar, que elegeu a melhor fruta de cada variedade – Esmeralda, Granada, Chimarrita, Sensação, BRS Fascínio, BRS Rubimel e BRS Kampai – e o primeiro lugar geral entre elas, considerando critérios como cor, tamanho, ausência de deformidades, uniformidade e apresentação. “São atributos que o consumidor trata como qualidade”, explicou o extensionista da Emater Rodrigo prestes. Ao todo, foram 27 inscrições. Vencedores
Cv. Esmeralda: Loiva Schiller
Cv. Granada: Alvino Nuremberg
Cv. Chimarrita: Alvino Nuremberg
Cv. Sensação: João Carlos Bender
BRS Fascínio: João Carlos Bender (1º lugar geral)
BRS Rubimel: Alvino Nuremberg
BRS Kampai: João Carlos Bender
Abertura oficial Em fala breve, o presidente da Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas (APPRP), Mauro Scheunemann, afirmou que o preço pago é um dos aspectos que desanima os produtores. Ainda assim, foi otimista quanto à produção. “Vai melhorar”, afirmou. O presidente do Sindicato das Indústrias de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindocopel), Paulo Crochemore, também comentou a situação difícil da cadeia e falou que o pêssego poderia estar em outro patamar. Segundo ele, houve quebra de 35% a 40% no consumo da fruta, o que teve consequências para a região. “Produtores e indústrias devem se unir”, disse. Ele ainda ressaltou a necessidade de apoio do poder público e de ações para aumentar o consumo de pêssego no país. Já o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, comentou que existem ciclos bons e ruins ao abordar essa a fase da cadeia. Por isso, também reforçou a necessidade de união. E destacou a importância da cultura localmente. “A história de Pelotas se confunde com a cultura do pêssego”, disse. Além disso, agradeceu à equipe de melhoramento da Embrapa por seu trabalho e valorizou a importância do público urbano no espaço rural. Também cumprimentou todos aqueles que trabalham para manter a cadeia viva e forte. E, por fim, mencionou algumas novas variedades que devem ser lançadas pela pesquisa no ano que vem. “A Embrapa está junto”, completou. O gerente-adjunto do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Ronaldo Maciel, apresentou alguns dados sobre a produção na região. E falou sobre a possibilidade de tornar a festa regional ou até mesmo nacional, como era no passado.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 24 06 dez. 2018
A possibilidade de expandir a produção de pêssego de mesa na região esteve na fala do titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) de Pelotas, Jair Seidel. Ele também apresentou alguns dados sobre a produção e destacou os quase 150 anos de cultivo do pêssego em Pelotas. “É a cadeia mais importante do agronegócio do nosso município”, afirmou. Por fim, o vice-prefeito de Pelotas, Idemar Barz, e a prefeita, Paula Mascarenhas, abordaram algumas conquistas do poder público para os moradores da zona rural e reforçaram a união da cadeia para superação desse momento difícil para o setor. Eles também destacaram a proximidade da pesquisa da Embrapa e da extensão da Emater, bem como seus esforços, para desenvolver a cultura na região. “A Embrapa é uma instituição importantíssima. A presença em Pelotas faz toda a diferença e os produtores sabem disso. A pesquisa não para”, concluiu Paula. O ato ainda contou com a participação surpresa da primeira rainha da então Festa Nacional do Pêssego, em 1963, Neiva Heidrich Fehlberg. Além disso, boa parte dos integrantes do dispositivo fez agradecimento especial à pesquisadora Maria do Carmo Raseira e equipe pelas contribuições à cadeia ao longo dos anos. Atualmente, 100% das variedades de pêssego para a indústria utilizadas pelos produtores são resultado do trabalho de pesquisa da Embrapa. Abertura da colheita A festa também abrigou a abertura oficial da safra, pela manhã, que ocorreu na propriedade de Dari Bosembecker. Participaram do ato o vice-prefeito, o titular da SDR, a pesquisadora da Embrapa, o presidente da APPRP, o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Francisco Arruda; e a rainha e princesa da Festa, Diana Bohrer e Tamires Mattozo. A expectativa para a safra na região, que já está 35% colhida, é de 30 mil toneladas de frutas. Isso representa metade do volume obtido na safra passada. Segundo os técnicos, adversidades climáticas e a morte-precoce dos pessegueiros foram os principais fatores que contribuíram para as perdas nos pomares. Na região de Pelotas, são 1,3 mil produtores que vivem diretamente da cultura, totalizando pouco mais de 6 mil hectares cultivados. A cadeia produtiva conta com oito municípios, que são responsáveis por produzir 95% de todo o pêssego destinado à indústria do país. Com 13 agroindústrias, a produção média anual chega a 50 milhões de latas. Apenas em Pelotas, responsável por 50% dessa produção, são 600 produtores – cerca de 1/3 dos agricultores da zona rural – e cerca de três mil hectares plantados. Nos pomares mais profissionalizados, segundo a Emater, a produtividade chega a 15 toneladas por hectare. O que movimenta cerca de 350 milhões de reais por ano só no município, gerando 25 mil empregos diretos e indiretos. Atualmente, o preço pago aos produtores pela indústria varia entre 1,10 reais para o tipo 1 e 0,90 centavos para o tipo 2. E o da fruta valor in natura, segundo a APPRP, vai de 1,50 a 2,50 reais. Festa do pêssego Esta é a segunda edição do evento, que busca valorizar e potencializar a cultura e os produtores envolvidos, além de aproximar zona rural e urbana. Ligada à Quinzena do Pêssego, que vai de 24 de novembro a 10 de dezembro, a Festa contou com venda de fruta in natura e derivados, além de atividades culturais. A Festa Municipal do Pêssego é uma promoção da SDR, Prefeitura Municipal de Pelotas, Emater/RS-Ascar e Embrapa Clima Temperado. Fonte: Embrapa (publicado em 03/12/2018)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1531 p. 25 06 dez. 2018
PIB DO AGRO CRESCEU 2,5% NO 3º TRIMESTRE NA COMPARAÇÃO
COM IGUAL PERÍODO DE 2017
Resultado se deve a ganhos de produtividade e de crescimento dos segmentos da pecuária e produção florestal
Ganhos foram atribuídos principalmente à produção de florestas e à pecuária A Agropecuária cresceu 0,7% no terceiro trimestre deste ano, de acordo com dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que teve alta de 0,8%. A Indústria aumentou 0,4% e Serviços, 0,5%. Foram gerados R$ 61,9 bilhões pelo setor do agro, 331,6 bilhões, pela Indústria, e, R$ 1,1 trilhão, pelos Serviços. Na comparação do trimestre em relação ao mesmo do ano anterior, mostram crescimento de 1,3% para o PIB, sendo o da Agropecuária, de 2,5%, Indústria, 0,8% e Serviços 1,2%. Foi o melhor resultado neste ano para o agronegócio, observa José Garcia Gasques, coordenado Geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo o IBGE, a alta se deve, principalmente, a lavouras que têm safra relevante no terceiro trimestre e pela produtividade refletida na relação entre produção e área plantada. O desempenho da produção e da produtividade de culturas importantes como o café e o algodão superou o fraco desempenho da produção de lavouras como, cana-de-açúcar, mandioca, laranja e milho, disse Gasques. O IBGE destacou que contribuíram positivamente para os resultados do trimestre, os ganhos na pecuária e na produção florestal. O resultado acumulado de janeiro a setembro indica crescimento do PIB de 1,1%, Agropecuária (-0,3%), Indústria (0,9%) e Serviços (1,4%). A taxa negativa da Agropecuária deve-se ao pior desempenho neste ano, de lavouras com grande importância na formação da renda do setor, como cana-de açúcar, arroz, feijão, laranja, mandioca, milho e uva, destacou o coordenador. O IBGE atualizou para o período 2000 a 2017, através da revisão das Contas Nacionais a distribuição setorial das atividades que compõem o PIB. Para Agropecuária, Indústria e Serviços as participações são 5,4 % para a Agropecuária, 21,3% para Indústria, e 73,3% Serviços.
Participação Relativa de atividades no PIB (em %)
Fonte: MAPA (publicado em 03/12/2018)