STAKEHOLDERS DO EMPREENDEDORISMO NO ESTADO … · empreendedora é uma das causas para a geração...

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1 STAKEHOLDERS DO EMPREENDEDORISMO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Juliana Raquel de Souza Luchesi, Rosimeri Machado, Eric Dorion e Pelayo Munhoz Olea Universidade de Caxias do Sul - UCS Resumo Este artigo tem como objetivo relacionar alguns dos Stakeholders do Empreendedorismo que atuam no Rio Grande do Sul. Com a função de agentes promotores de desenvolvimento organizacional, os Stakeholders do Empreendedorismo atuam fortemente na expansão de micro e pequenas empresas, proporcionando crédito, capacitação e acesso aos processos geradores de inovação; interagindo diretamente com as empresas e incentivando-as à inovação e geração ampla da capacidade empreendedora. Para elaboração do artigo, foram realizadas pesquisas via internet e telefone para obtenção de informações, classificando estas instituições conforme o modelo de Dorion (2002) e comparando com a busca realizada por Luchesi (2007). Palavras-chaves: Empreendedorismo, Stakeholders, Rio Grande do Sul, atores do Empreendedorismo. Abstract: This article aims connecting some of Entrepreneurship Stakeholders who work at Rio Grande do Sul’s State. With the task of agents that promote the organizational development, Entrepreneurship Stakeholders act strongly in the expansion of micro and small enterprises, providing credit, training and access to generating processes of innovation; interacting directly with companies and encouraging them to innovate and generate wide entrepreneurial capacity. To prepare this article, searches were made conducted by phone and internet for obtaining the informations, classifying such institutions as the Dorion’s (2002) model and comparing with the search conducted by Luchesi (2007). Key Words: Entrepeurneship, Stakeholders, Rio Grande do Sul, Entrepeurneship Stakeholders

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1

STAKEHOLDERS DO EMPREENDEDORISMO NO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

Juliana Raquel de Souza Luchesi, Rosimeri Machado, Eric Dorion e Pelayo Munhoz

Olea

Universidade de Caxias do Sul - UCS

Resumo

Este artigo tem como objetivo relacionar alguns dos Stakeholders do Empreendedorismo que

atuam no Rio Grande do Sul. Com a função de agentes promotores de desenvolvimento

organizacional, os Stakeholders do Empreendedorismo atuam fortemente na expansão de

micro e pequenas empresas, proporcionando crédito, capacitação e acesso aos processos

geradores de inovação; interagindo diretamente com as empresas e incentivando-as à

inovação e geração ampla da capacidade empreendedora.

Para elaboração do artigo, foram realizadas pesquisas via internet e telefone para obtenção de

informações, classificando estas instituições conforme o modelo de Dorion (2002) e

comparando com a busca realizada por Luchesi (2007).

Palavras-chaves: Empreendedorismo, Stakeholders, Rio Grande do Sul, atores do

Empreendedorismo.

Abstract:

This article aims connecting some of Entrepreneurship Stakeholders who work at Rio Grande

do Sul’s State. With the task of agents that promote the organizational development,

Entrepreneurship Stakeholders act strongly in the expansion of micro and small enterprises,

providing credit, training and access to generating processes of innovation; interacting

directly with companies and encouraging them to innovate and generate wide entrepreneurial

capacity.

To prepare this article, searches were made conducted by phone and internet for obtaining the

informations, classifying such institutions as the Dorion’s (2002) model and comparing with

the search conducted by Luchesi (2007).

Key Words: Entrepeurneship, Stakeholders, Rio Grande do Sul, Entrepeurneship

Stakeholders

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1.Introdução

A diferenciação, a competitividade e o uso racional e consciente dos recursos

disponíveis são relevantes às organizações. É importante suscitar o papel do

empreendedorismo na geração de processos inovadores, inteligentes e criativos que dão

origem ao valor ofertado ao mercado.

A competitividade global leva os empreendedores a configurarem seus negócios

através da criação de novos produtos, processos, melhoria de práticas de produção, gestão e

qualidade. Na maioria dos países este fortalecimento se dá através de centros, núcleos ou

órgãos de inovação tecnológica de Universidades ou Centros de Pesquisas, onde estes atuam

como fonte adicional de informações, idéias e inovação (Rodrigues, 2001).

Entretanto, o Brasil, apesar de se caracterizar como país empreendedor, ainda não

utiliza de forma apropriada o conhecimento desenvolvido e proposto pelos Stakeholders do

Empreendedorismo. O cenário atual confirma que o empreendedorismo por necessidade

prevalece sobre o empreendedorismo de oportunidade.

O desconhecimento por parte dos empreendedores dos recursos essenciais para o seu

crescimento e desenvolvimento dentro do mercado de atuação, resulta em empecilhos para o

desenvolvimento local e o crescimento econômico da sociedade.

O intuito deste estudo é o de identificar alguns dos novos Stakeholders do

Empreendedorismo no Estado do Rio Grande do Sul, a partir da pesquisa realizada na internet

a fim de classificar novas fontes de informações e de geração de conhecimento.

2. Perfil Sócio-Econômico do Estado do Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul é o Estado mais meridional do Brasil, faz fronteira com o

Uruguai e com a Argentina, uma localização privilegiada entre os países que compõem o

bloco econômico do Mercosul. Numa área de, aproximadamente, duzentos e oitenta e dois mil

quilômetros quadrados vivem dez milhões e setecentas mil pessoas, descendentes de índios,

portugueses, italianos, judeus, africanos, alemães e asiáticos.

Estado de características européias, o Rio Grande do Sul, apresenta um bom Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH). Conforme os critérios da Organização das Nações Unidas

para o Desenvolvimento, o IDH gaúcho é de 0,869, reflexo da menor mortalidade infantil do

Brasil, das altas taxas de alfabetização e excelentes condições de saneamento básico e saúde.

Através de consultas aos sites do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

e Fundação de Economia e Estatística - FEE, verifica-se que o Produto Interno Bruto (PIB) do

Rio Grande do Sul, no ano de 2009, foi o quarto colocado no ranking do país, teve uma queda

em relação ao ano anterior de -1,1%, segundo estimativas preliminares; atingindo o valor de

R$ 202.955 milhões, o PIB per capita decresceu 1,6%, atingindo o valor de R$ 18.771,00. A

participação do PIB Estadual no PIB Nacional é de 6,37% de acordo com os dados

preliminares apresentados em pesquisa da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande

do Sul em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2009. Essa

performance no PIB Estadual deve-se em grande parte a redução na indústria de

transformação (-9,3%), que foi o setor mais atingido pela crise que se abateu no estado no

final do ano de 2008.

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Tabela 1: Taxa de crescimento da produção da indústria de transformação, por atividade, do

Rio Grande do Sul – 2008-09

(%)

ATIVIDADES 2008 2009 (1)

Alimentos 7.7 -5.7

Bebidas -7.8 3.5

Borracha e plástico 1.6 -19.4

Calçados e artigos de couro -7.7 -23.3

Celulose, papel e produtos de papel 5.3 6.6

Edição, impressão e reprodução de gravações 0.8 -10.4

Fumo -7.6 -1.3

Máquinas e equipamentos 22.1 -31.8

Metalurgia básica 2.3 -28.2

Mobiliário 4.7 -3.4

Produtos químicos -7.1 -0.6

Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos 4.9 -19.6

Refino de petróleo e álcool -6.4 15.9

Veículos automotores 12.1 -24.5

FONTE: IBGE.

(1) Taxa acumulada até outubro.

Essa performance negativa do parque fabril gaúcho explica-se, em grande parte, pelas

características intrínsecas dessa atividade no Rio Grande do Sul. A indústria de transformação

no Estado tem um vínculo estreito com o setor agrícola e com grande parte da produção

direcionada para o mercado externo. A agropecuária, que, em 2008, representava 11,24% do

Valor Adicionado Bruto (VAB) total, apresentou o maior crescimento setorial, com uma taxa

de 1,2%. O setor serviços, com 61,23% do VAB total em 2008, apresentou um crescimento de

0,9%. Projeções do Banco Central apontam um crescimento de 0,2% do PIB nacional em

2009, ou seja, pelo segundo ano consecutivo, um desempenho superior ao do Estado,

trazendo, com isso, uma redução da participação do PIB estadual no total do Brasil. É de se

destacar a redução da participação da economia gaúcha na do País, a partir de 2003. No

período 2003-08, o PIB estadual apresenta um crescimento acumulado de 16,2%, contra

26,5% no País, com a participação passando de 7,33% no início do período para 6,42% no

final do período. Considerando os desempenhos verificados em 2009, estima-se uma redução

nessa participação para 6,37%.

Segundo o GEM (Global Entrepreneurship Monitor), apesar da crise, o Brasil em

2009 teve aumento em sua atividade empreendedora, concluindo desta forma que a atividade

empreendedora é uma das causas para a geração de renda e elevação do PIB dos países. Uma

vez que a crise afetou os empregos, este contingente significativo de crescimento pode estar

relacionado as pessoas que buscaram na atividade empreendedora uma solução para a

manutenção do padrão de consumo.

Nas exportações, o Rio Grande do Sul, ocupa o terceiro lugar no ranking dos estados

brasileiros, ficando atrás somente de São Paulo e Minas Gerais, como pode ser observado na

tabela a seguir:

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Tabela 2 – Exportações do Brasil e Principais Estados-2009

Fonte: MDIC – www.desenvolvimento.gov.br (consultado em julho/2010)

2.1- Empreendedorismo

O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nos últimos

anos, intensificando-se no final da última década do século XX. Existem vários fatores que

talvez expliquem esse repentino interesse pelo assunto, já que, principalmente nos Estados

Unidos, país onde o capitalismo tem sua principal caracterização, o termo entrepreneurship é

conhecido e referenciado há muitos anos. No caso brasileiro, a preocupação com a criação de

pequenas empresas duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade

desses empreendimentos são, sem dúvida, motivos para a popularidade do termo

empreendedorismo, que tem recebido especial atenção por parte do governo e de entidades de

classe.

A teoria, a partir dos estudos de Robert D. Hisrich, afirma que a palavra que dá origem

ao termo empreendedorismo tem origem francesa: entrepreneur e, literalmente traduzida,

significa “aquele que entre” ou “intermediário”. Já para a pessoa do empreendedor, quer dizer

aquele que assume riscos e começa algo novo. Richard Cantillon, notável economista e

escritor nos anos 1700, desenvolveu uma das primeiras teorias do empreendedor e é

considerado por alguns o criador do termo. Ele viu o empreendedor como alguém que corria

riscos, observando por que os comerciantes, fazendeiros, artesãos e proprietários individuais

compravam a um preço certo e vendiam a um preço incerto, portanto operavam com riscos.

Schumpeter (1961), na visão de economistas, o empreendedor é visto como um motor

do sistema econômico, percebendo a essência do empreendedorismo no aproveitamento de

novas oportunidades de negócios, associando esse conceito à inovação. Tal visão leva a uma

tendência dirigida para o crescimento econômico e o sistema de valores que lhe é peculiar,

criando um ambiente voltado para o consumo de produtos, o lucro, a competitividade, a

organização, que nem sempre visam o homem.

Segundo Souza (2005), o empreendedorismo, portanto, é um conceito dinâmico, e o

empreendedor destaca-se ou mesmo surge quando novas situações aparecem, novas decisões

são tomadas, novos rumos são escolhidos.

Percebe-se, cada vez mais, que o empreendedorismo e o empreendedorismo

corporativo podem desempenhar papéis fundamentais nessas transformações, pois eles têm

um forte potencial para fomentar o crescimento econômico, gerar empregos e prosperidade

para os cidadãos. Citando Hitt (2003), verifica-se que a partir da análise de um abrangente

estudo em que a atividade empreendedora foi avaliada em dez países: Canadá, Dinamarca,

Finlândia, França, Alemanha, Israel, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos que a

variação nas taxas de empreendedorismo pode ser responsável por até um terço da variação

do crescimento econômico destes países.

Mais do que criar empresas, o empreendedorismo significa fazer coisas novas ou

desenvolver formas diferentes de fazer coisas antigas. Sob este prisma, o empreendedorismo é

aplicável a qualquer atividade humana. Além do know-how, empreendedorismo envolve auto-

consciência e principalmente a criatividade e a intuição.

Estado Valor (US$ milhões) Participação (%)

São Paulo 42.464 27,76%

Minas Gerais 19.519 12,76%

Rio Grande do Sul 15.236 9,96%

Rio de Janeiro 13.519 8,84%

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“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI

mais do que a revolução industrial foi para o século XX” Dornelas, 2001, pg. 19.

“O comportamento do indivíduo empreendedor é influenciado pelo seu contexto

e momento histórico, pela sua conduta e sistema de valores, o que pode

representar capacidade de se adaptar às mudanças em seu meio, despender

esforço para conseguir soluções originais, ter sensibilidade para o mundo em sua

volta, ir além do óbvio tendo idéias originais. Isso pode se traduzir por

criatividade, busca de oportunidade, correr risco e, de um forma global,

inovação. O empreendedor, assim, é um indivíduo especial, principalmente ao

considerar essa característica da inovação e as dificuldades que envolvem tratar

o fato novo como uma possibilidade real.” (Souza, 2005a).

As pesquisas já realizadas sobre empreendedores bem sucedidos, no Brasil e no

mundo, permitem aos empreendedores em potencial e aos empreendedores de fato

identificarem as características que devem ser aperfeiçoadas para a obtenção de sucesso. Os

autores afirmam que as diversas investigações sobre a personalidade e o comportamento

empreendedor revelam alguns traços comuns sistematizados. Estes profissionais possuem

perseverança e tenacidade, consideram o fracasso uma fonte de aprendizado e, normalmente,

elegem uma pessoa cuja conduta possa servir de modelo e desenvolvem forte intuição como

resultado de um profundo conhecimento do ramo em que atuam (Dolabela, 1999).

Oliveira et al. (2003) acrescentam, ainda, que os empreendedores são capazes de

identificar o que devem aprender, preocupam-se em aprender a aprender e orientam suas

ações para a obtenção de resultados em longo prazo. Procuram criar situações em que possam

obter feedback sobre seu comportamento, utilizando estas informações para o seu

aprimoramento. São capazes de assumir riscos, entretanto, fazem o possível para minimiza-

los. Aceitam o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho. São inovadores e

criativos, cultivam a imaginação e aprendem a definir visões. São competentes em buscar,

utilizar e controlar recursos. São dotados de iniciativa, autonomia, autoconfiança e otimismo.

Exercitam sua liderança desenvolvendo, muitas vezes, um sistema próprio e as utilizam como

suporte para o alcance de seus objetivos.

Os empreendedores podem ser considerados produtos da época e do lugar onde vivem.

Se a constituição de um negócio é considerada algo positivo em seu ambiente (família,

amigos, instituição de formação, etc), maior será a probabilidade de que este indivíduo

empreenda. (Oliveira et al., 2003a). Em outras palavras, os autores defendem que aspectos

culturais e contingenciais de tempo e lugar são variáveis que impactam diretamente nas

iniciativas empreendedoras e dos sujeitos.

O empresário inovador é um componente fundamental do processo de

desenvolvimento econômico de acordo com a visão Schumpeteriana. Juntamente com o

crédito bancário e as inovações tecnológicas, o empreendedor é um importante agente na

criação de novos negócios e, conseqüentemente, no desenvolvimento econômico. Um

problema das empresas nascentes é que uma grande parte delas, especialmente nos países

menos desenvolvidos, entram em falência nos primeiros anos de existência (Lima, 2007).

Sob a ótica de diversas pesquisas científicas, o empreendedorismo tem uma ligação

estreita com o desenvolvimento econômico local e regional, bem como com os índices de

inovação que podem ser mensurados através da variável registro de patentes ou de

propriedades intelectuais.

Dorion (2002) refere-se ao empreendedorismo e desenvolvimento local como

conceitos inseparáveis, uma vez que o desejo empreendedor pressupõe uma ação concreta, ou

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seja, os resultados do desenvolvimento da comunidade, por isso da ênfase aos objetivos

traçados pelos chamados Stakeholders do Empreendedorismo.

2.2 – Stakeholders

A expressão Stakeholder – sustentador, sustentáculo – é uma extensão, uma

generalização do conceito clássico do Shareholder – acionista, o proprietário, o dono do

negócio (Costa, 2005). Além dos acionistas existem vários outros tipos de instituições,

empresas, associações e grupos de pessoas que também têm interesses que devem ser

considerados no planejamento de uma organização. Ainda conforme o pensamento do mesmo

autor, um Stakeholder ou parte interessada pode ser definido como qualquer instituição,

pessoa, grupo de pessoas, formal ou informal que tenha algum tipo de interesse que pode

afetar ou ser afetado pelo funcionamento, operação, comercialização, desempenho, resultados

presentes ou futuros da organização em questão.

Em ordem alfabética, podem ser citados alguns Stakeholders:

cedentes de tecnologia, marcas e patentes;

clientes;

comunidade na qual a empresa opera;

comunidade vizinha;

empresas ou entidades reguladoras das atividades do setor;

associações de classes;

fornecedores;

franqueadores ou os franqueados;

funcionários da organização, sindicatos ou organizações de trabalhadores;

mídia;

ministério público;

opinião pública em geral;

organizações não-governamentais (ONG’s) envolvidas com as atividades da

empresa;

parceiros;

poderes públicos: municipal, estadual e federal;

representantes ou distribuidores dos produtos ou serviços da organização.

3. STAKEHOLDERS DO EMPREENDEDORISMO

Os Stakeholders do empreendedorismo podem ser considerados fontes do desenvolvimento da

cultura empreendedora, evidenciando o desenvolvimento local a partir de suas efetivas

atuações.

A partir da relevância do papel exercido pelos grupos de interesse, no incremento do

empreendedorismo e do desenvolvimento local, este trabalho propõe-se a destacar uma

amostra de Stakeholders do Empreendedorismo que atuam, efetivamente, no Estado do Rio

Grande do Sul, através de projetos, promoções, incentivos, linhas de crédito, divulgação de

informações, disseminação de conhecimento, entre tantas outras fundamentais funções destes

no contexto econômico gaúcho.

Dorion (2002a) apresenta o modelo dos atores (Stakeholders) do empreendedorismo

como sistema fechado.

Ilustração 1 – Os Stakeholders do Empreendedorismo como sistema fechado

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Stakeholders de

empreendedorismo

como sistema fechado

Redes de

empreendedores

Instituições de

desenvolvimento

econômico e de

financiamentoGrupos de promoção

e de apoio de

empreendedorismo

Governos

Organizações

comunitárias

Organizações

profissionais

Incubadoras e

Assessora

Agências

internacionaisPublicações científicas e práticas

Fundações privadas

Centros de pesquisa

Meios tradicionais de

aprendizagem

Organizações

estudantis

Mídias

Câmaras de

Comércio

Catedrático (Chaire)

Fonte: Dorion, 2002.

3.1. – STAKEHOLDERS NACIONAIS QUE ATUAM NO RS

A presença de instituições, de âmbito nacional, no Estado do Rio Grande do Sul,

fortalece o conceito de que o êxito do empreendedorismo é fruto de ações conjuntas de

diversos agentes, como os grupos de interesses e da disseminação do conhecimento. A

atuação de organizações que possuem know-how tecnológico e ampla abrangência territorial

facilita as articulações entre os empreendimentos, por intermédio de seus empreendedores, e

seus respectivos stakeholders. A seguir, seguem relacionados alguns dos stakeholders

nacionais do empreendedorismo que atuam no Estado do Rio Grande do Sul:

3.1.1. – SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –

www.sebrae.com.br, SEBRAE-RS – www.sebrae-rs.com.br;

3.1.1.1. – Arranjos Produtivos Locais – APL’s;

3.1.1.2 – Centro Gestor de Inovação – CGI

3.1.1.3 - Programa Próprio;

3.1.1.4 - Bússola Sebrae;

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3.1.1.5 - Desafio Sebrae;

3.1.1.6 - Aprender a Empreender;

3.1.1.7 – Empretec;

3.1.1.8 - Empreendedor Individual (EI);

3.1.1.9 - Negócio a Negócio;

3.1.2. – SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – www.senac.br,

SENAC/RS – www.senacrs.com.br;

3.1.3. – IEL - Instituto Euvaldo Lodi – www.ielrs.org.br;

3.1.4. – SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - www.senai.br, SENAI-RS -

www.rs.senai.br;

3.1.5. – CNI - Confederação Nacional da Indústria - www.cni.org.br;

3.1.5.1 – PROCOMPI - Programa de apoio à competitividade das micro e

pequenas indústrias;

3.1.6 – ENDEAVOR - www.endeavor.org.br;

3.1.7. – SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - www.senar.org.br - SENAR-RS

- www.senarrs.com.br;

3.1.8. – CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –

www.capes.gov.br;

3.1.9. – Programa Brasil Empreendedor - www.desenvolvimento.gov.br;

3.1.10. – APEX – Brasil - Agência de Promoção de Exportações e Investimentos -

www.apex.org.br;

3.1.11. – Aprendendo a Exportar - www.aprendendoaexportar.gov.br;

3.1.12.- RENAI - Rede Nacional de Informações sobre o Investimento -

www.investimentos.desenvolvimento.gov.br;

3.1.13. – ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - www.abdi.com.br;

3.1.14.- CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -

www.cnpq.br;

3.1.15. – BrazilTradeNet – www.braziltradenet.gov.br;

3.1.16. – Câmaras de Comércio – www.braziltradenet.gov.br/camarascomercio;

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3.1.17. – FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos - www.finep.gov.br;

3.1.17.1. – Portal Venture Capital – FINEP - www.venturecapital.gov.br;

3.1.18 – ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de empresas

Inovadoras – www.anpei.org.br;

3.1.19. – Brasil Júnior – Empresas Juniores - www.brasiljunior.org.br;

3.1.20. – PEIEx - Projeto Extensão Industrial Exportadora - www.desenvolvimento.gov.br;

3.1.21 – Redeagentes - www.redeagentes.gov.br;

3.1.22 – Programa Brasileiro de Design - www.designbrasil.org.br;

3.1.23 - Ex – tarifário – www.desenvolvimento.gov.br;

3.1.24 - Encontros de Comércio Exterior (ENCOMEX) - www.encomex.mdic.gov.br;

3.1.25 - Programa de Apoio às Exportações do Banco do Brasil – www.bb.com.br;

3.1.26 - Núcleo de Informações de Comércio Exterior - CICEX

Centro de Informações de Comércio Exterior – www.cicex.desenvolvimento.gov.br;

3.1.27 – Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios – www.cin.org.br;

3.1.28 - Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) – www.desenvolvimento.gov.br;

3.1.29 - Programa Fórum de Competitividade - MDIC – www.desenvolvimento.gov.br;

3.1.30 - Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais

(MODERAGRO) BNDES – www.bndes.gov.br;

3.1.31 - Programas de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico de Empresas -

www.mct.gov.br;

3.1.32 Incentivos Fiscais - www.mct.gov.br;

3.1.33 - Subvenção Econômica para PD&I - www.mct.gov.br;

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3.1.34 - PNI - Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos - www.mct.gov.br;

3.1.35 – Programa de Apoio Tecnológico à Exortação (PROGEX) –

www.desenvolvimento.gov.br;

3.1.36 - Programa Nacional de Software para Exportação - SOFTEX

- www.softex.br, SOFTSUL no RS – www.softsul.org.br;

3.1.37 – CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – www.cgee.org.br.

3.1.38 – PROTEC – Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica – www.protec.org.br

3.2. – STAKEHOLDERS ESTADUAIS QUE ATUAM NO RS

3.2.1. – FIERGS - Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul -

www.fiergs.org.br;

3.2.1.1 – CIERGS - Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul;

3.2.2. – COREDES - Conselhos Regionais de Desenvolvimento – www.coredes.org.br;

3.2.3. – FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul -

www.fapergs.rs.gov.br;

3.2.4. – ANPROTEC - www.anprotec.org.br;

3.2.4.1.- Parques Tecnológicos - www.universia.com.br;

3.2.4.2. - Incubadoras Empresariais de Base Tecnológica - www.universia.com.br;

3.2.5. – BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul –www.brde.com.br;

3.2.6. – Condomínios Empresariais – www. protec.org.br;

3.2.7. – Parques Agroindustriais - www.anprotec.org.br;

3.2.8. – Hotel de Projetos - www.cdt.unb.br;

3.2.9. – Escolas de Empreendedores - www.anprotec.org.br;

3.2.10. – FETAG/RS - Frente Agrária Gaúcha - www.fetagrs.org.br;

3.2.11. – SEDAI - Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais -

www.sedai.rs.gov.br;

3.2.11.1. – Programa EXPORTA-RS - www.bmf.com.br/caers;

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3.2.11.2. – CAIXA RS - www.caixars.com.br;

3.2.11.4. – Programa de Cooperação Empresarial e Inovação – PCI;

3.2.11.4.1 - Programa Redes de Cooperação;

3.2.11.5. – Programa de Atração de Investimentos – PROAIN;

3.2.11.5.1 - FUNDOPEM/RS - www.sedai.rs.gov.br/fundopem.html;

3.2.11.5.2 - INTEGRAR/RS - www.sedai.rs.gov.br/fundopem.html;

3.2.11.6. - Programa Extensão Empresarial;

3.2.11.7 - Programa de Capacitação para a Competitividade Empresarial – PCCE;

3.2.11.8 - Programa de Integração e Cooperação Internacional – PIC;

3.2.11.9 - Programa Estadual de Acesso ao Crédito – PEAC;

3.2.12. - RS RURAL - www.agricultura.rs.gov.br;

3.2.13. – Empresas Juniores – FEJERS - Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio

Grande do Sul – www.fejepar.org.br;

3.2.14. – FEDERASUL - Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande

do Sul - www.federasul.com.br.

4. Distribuição dos Stakeholders do Empreendedorismo - atuantes no Estado do Rio

Grande do Sul – como Sistema Fechado

Stakeholders do

Empreendedorismo

Entidade/Órgão/Instituição

Identificada-2007

Entidade/Órgão/Instituição

Identificada-2010

Mídias BRAZIL TRADE NET

APRENDENDO A EXPORTAR

BRAZIL TRADE NET

APRENDENDO A EXPORTAR

PROGRAMA BRASILEIRO DE

DESIGN

Instituições de

Desenvolvimento

Econômico e Financeiro

FINEP

BRDE

CAIXA RS

COREDES

FUNDOPEM/RS

INTEGRAR/RS

NURAD

RS RURAL

FINEP

BRDE

CAIXA RS

COREDES

PROAIN-FUNDOPEM/RS

INTEGRAR/RS

RS RURAL

PEAC

Subvenção Econômica para PD&I

Grupos de Promoção e de

Apoio ao

SEBRAE

Programa EXPORTA/RS

SEBRAE

Programa EXPORTA/RS

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Empreendedorismo ENDEAVOR

ABDI

ENDEAVOR

ABDI

PCCE

Programa Próprio

Bússola Sebrae

Desafio Sebrae

Empreendedor Individual

Negócio a Negócio

Procompi

ANPEI

CGEE

PROTEC

Incubadoras e Assessorias ANPROTEC

PÓLOS TECNOLÓGICOS

INCUBADORAS

TECNOLÓGICAS

PARQUES TECNOLÓGICOS

Programa EXTENSÃO

EMPRESARIAL

ANPROTEC

PÓLOS TECNOLÓGICOS

INCUBADORAS TECNOLÓGICAS

PARQUES TECNOLÓGICOS

Programa EXTENSÃO

EMPRESARIAL

PNI

Organizações Profissionais FIERGS

CIERGS

IEL

CNI

FEDERASUL

FETAG/RS

FIERGS

CIERGS

IEL

CNI

FEDERASUL

FETAG/RS

Meios Tradicionais de

Aprendizagem

SENAI

SENAI/RS

SENAR

SENAR/RS

SENAC

SENAC/RS

SENAI

SENAI/RS

SENAR

SENAR/RS

SENAC

SENAC/RS

Organizações Comunitárias APL’s – Arranjos Produtivos

Locais

Condomínios Empresariais

Parques Agroindustriais

Hotel de Projetos

Escola de Empreendedores

CGI

APL’s – Arranjos Produtivos Locais

Condomínios Empresariais

Parques Agroindustriais

Hotel de Projetos

Escola de Empreendedores

Aprender a Empreender

Governos APEX – Brasil

PEIEX

Programa BRASIL

EMPREENDEDOR

Governo do Estado: Rio Grande do

Sul

SEDAI

Prefeitura Municipal de Porto

Alegre

APEX – Brasil

PEIEX

Programa BRASIL

EMPREENDEDOR

Governo do Estado: Rio Grande do

Sul

SEDAI

Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Incentivos Fiscais

PIC

Ex-tarifário

Encomex

Programa de apoio às exportações do

Banco do Brasil

PAB

CICEX

Programa Fórum da Competitividade

MODERAGRO

SOFTEX

PROGEX

13

Programa de Apoio ao

desenvolvimento tecnológico das

empresas

Agências Internacionais GEM – Global Entrepreneurship

Monitor

GEM – Global Entrepreneurship

Monitor

Empretec

Publicações Científicas e

Práticas

CAPES

CNPq

FAPERGS

CAPES

CNPq

FAPERGS

Fundações Privadas Portal CAPITAL DE RISCO

BRASIL

Portal VENTURE CAPITAL

Centros de Pesquisa PUCRS

UFRGS

UNISINOS

CIENTEC

FEEVALE

ULBRA

UCS

LA SALLE

UNIVATES

UNILASALLE

FEEVALE

UNIFRA

IPA

UNIRITTER

EST

FURG

FUC

PUC/RS

UNIJUÍ

URI

UCPEL

UCS

UPF

UNISC

UNISINOS

UFPEL

UFSM

UFRGS

ULBRA

UFCSPA

UNIPAMPA

Câmaras de Comércio África do Sul, Alemanha, Arábia

Saudita, Argélia, Argentina,

Austrália, Autoridade Nacional

Palestina, Bareine. Bélgica, Bolívia,

Canadá, Catar, Chile, China,

Colômbia, Comores, Cuba,

Dinamarca, Djibuti, Egito, El

Salvador, Emirados Árabes Unidos,

Equador, Espanha, Estados Unidos

da América, França, Iêmen, Índia,

Irã, Iraque, Israel, Itália, Japão,

Jordânia, Kuaite, Líbano, Líbia,

Marrocos, Mauritânia,

Moçambique, Nigéria, Omã, Países

Baixos, Peru, Polônia, Portugal,

Reino Unido, República

Dominicana, Romênia, Rússia,

Síria, Somália, Sudão, Suécia,

Suíça, Taiwan, Trinidad e Tobago,

Tunísia, Turquia, Uruguai.

África do Sul, Alemanha, Arábia

Saudita, Argélia, Argentina,

Austrália, Autoridade Nacional

Palestina, Bareine. Belarus, Bélgica,

Benim, Bolívia, Botsuana, Burquina

Fasso, Burundi, Cabo Verde,

Camarões, Canadá, Catar, Chade,

Chile, China, Colômbia, Comores,

República do Congo, Costa do

Marfim, Cuba, Dinamarca, Djibuti,

Egito, El Salvador, Emirados Árabes

Unidos, Equador, Eritréia, Espanha,

Estados Unidos da América, Etiópia,

França, Gabão, Gâmbia, Gana,

República da Guiné Equatorial,

República da Guiné, Guiné-Bissau,

Iêmen, Índia, Irã, Iraque, Israel,

Itália, Japão, Jordânia, Kuaite,

Lesoto, Líbano, Libéria, Líbia,

Madagascar, Malawi, Mali,

Marrocos, Maurício, Mauritânia,

Moçambique, Namíbia, Nicarágua,

Níger, Nigéria, Omã, Países Baixos,

Paraguai, Peru, Polônia, Portugal,

14

Quênia, Reino Unido, República

Dominicana, Romênia, Ruanda,

Rússia, São Tomé e Princípe,

Seichelles, Senegal, Serra Leoa,

Síria, Somália, Suazilândia, Sudão,

Suécia, Suíça, Taiwan, Tanzânia,

Togo, Trinidad e Tobago, Tunísia,

Turquia, Uganda, Uruguai, Zâmbia e

Zimbábue

Organizações Estudantis Empresas Juniores

FEJERS

Brasil Júnior

FEJERS

Redes de Empreendedores RENAI

Programa REDES DE

COOPERAÇÃO

RENAI

PCI-Programa REDES DE

COOPERAÇÃO

Redeagentes

REDE BRASILEIRA DE CENTROS

INTERNACIONAIS DE

NEGÓCIOS

Fonte: elaborado pelas autoras com base no estudo de Dorion (2002).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do modelo gerado por Dorion (2002b), composto por dezesseis atores

diferentes, foram identificados, por intermédio deste estudo, os órgãos/entidades/instituições

que se enquadram em quinze das categorias dos Stakeholders do Empreendedorismo.

A classe não identificada ou classificada, segundo o modelo, foi a de catedráticos. Esta

categoria poderia ser foco de novas investigações ou pesquisas sobre o tema, tanto no âmbito

nacional quanto estadual.

As mídias citadas tratam-se de portais virtuais de informações. Não são mencionadas

outras mídias, como por exemplo: escrita ou televisiva, o que não significa que não existam,

mas que não foram identificadas nesta investigação, por isso, não constam no

desenvolvimento deste estudo.

Evidencia-se que o Estado do Rio Grande do Sul possui grande parte destes atores,

atuando efetivamente junto às organizações, fomentando o desenvolvimento local e

incentivando o crescimento econômico. Entretanto, é importante ressaltar que este trabalho

não tem o intuito ou objetivo de detalhar, com precisão, a inserção de cada ator no mercado

riograndense, nem busca definir a metodologia de trabalho individualmente, visto que esta

seria uma indagação ou a base temática para futuras pesquisas.

No caso específico das Instituições de Desenvolvimento Econômico e Financeiro,

percebe-se que todas as entidades mencionadas trabalham com linhas de créditos ou outros

produtos relacionados com acesso aos recursos financeiros, entretanto, não são conhecidas as

suas práticas cotidianas de comprometimento para com o empreendedorismo. A mesma

indagação se aplica aos diversos bancos de varejo, não mencionados no estudo, mas que

atraem empreendedores ao sistema financeiro/creditício.

É relevante mencionar que, apesar do Estado do Rio Grande do Sul, possuir inúmeras

instituições atuantes como Stakeholders do Empreendedorismo, se o cenário atual for

comparado com ambientes internacionais: países, estados, províncias ou outros territórios

com a situação econômica-social-política e geográfica semelhantes, a estrutura gaúcha

encontra-se em situação deficitária.

Sugere-se que pesquisas futuras investiguem a metodologia de trabalho destes atores,

seus objetivos institucionais, as metas alcançadas, os resultados obtidos em períodos de tempo

15

e sua atuação junto às organizações gaúchas, pois a presença destas entidades no Estado não

garante o desenvolvimento da cultura empreendedora ou da economia local. Sua atuação

efetiva é que se torna fator determinante para os resultados obtidos.

Esta é uma pesquisa para conhecimento das entidades atuantes no empreendedorismo

regional. Cabe salientar que outros inúmeros atores podem ser inseridos na estrutura anterior e

identificados de acordo com a sua natureza de operação, missão e objetivos institucionais.

CONCLUSÃO

No transcorrer da pesquisa tornou-se claro o papel do Empreendedorismo no

desenvolvimento local e no crescimento econômico do setor ou indústria em que está

inserido.

A partir do estudo de 2010, em comparação a 2007, fica evidente a ampliação do

número de atores evidenciando assim, a relevância do tema e a necessidade de novas

pesquisas mais aprofundadas.

Os Stakeholders do Empreendedorismo se tornam incentivadores da inovação, agentes

promotores de acesso ao crédito financeiro, órgãos responsáveis pela capacitação e

desenvolvimento humano para a geração da cultura empreendedora do país.

Percebe-se que quanto mais intensa, profunda e divulgada for a ação integradora

destes atores, maiores serão os ganhos entregues às comunidades produtivas envolvidas no

processo de desenvolvimento e incremento de competitividade.

O Brasil, apesar de sua história social, econômica e política é um país empreendedor.

Prova disso são os estudos científicos produzidos nacional e internacionalmente. O Rio

Grande do Sul está identificado como um dos principais motores de inovação do país, o que

falta é a divulgação das fontes de informações e de conhecimento sobre as novas

possibilidades de trabalho e de incentivo ao empreendedor, ao empreendimento e ao

empreendedorismo.

Este artigo é o início de uma inquietação sobre o papel dos Stakeholders do

Empreendedorismo no RS e a indicação de que o caminho é a inovação.

16

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