Solos: origem, evolução, degradação e conservação

32
O SOLO Formação e tipos

Transcript of Solos: origem, evolução, degradação e conservação

Page 1: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

O SOLOFormação e tipos

Page 2: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES:

PEDOLOGIA: CIÊNCIA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS RELACIONADOS AOS SOLOS.

EDAFOLOGIA: CIÊNCIA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DOS SOLOS CULTIVADOS OU AGRÍCOLAS (SEGUNDA NATUREZA).

PEDOGÊNESE: PROCESSOS RESPONSÁVEIS PELA ORIGEM DOS SOLOS.

Page 3: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

Durante a formação da Terra, a superfície não tinha o aspecto atual.

Era composta de grandes rochas sem vegetação. Estas rochas deram origem ao solo como conhecemos hoje.

Page 4: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PEDOGÊNESE: Corresponde ao processo de formação e do

desenvolvimento do perfil e dos horizontes do solo, iniciado a partir a partir da decomposição das rochas, auxiliado por processos físicos, químicos e biológicos.

Page 5: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

FATORES NATURAIS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS

Intemperismo Físico: aquecimento (dilatação) e

resfriamento (compressão) das rochas e ventos.

Intemperismo Químico: ação das águas na dissolução de

sedimentos em ambientes úmidos.

Intemperismo Biológico: atuação da matéria orgânica

(seres vivos, vegetais, fungos, etc.)

Page 6: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOSOS SOLOS SÃO FORMADOS A PARTIR DE CINCO FATORES NATURAIS

QUE INTERAGEM ENTRE SI:

Primeiro fator: a rocha mãe ou matriz em decomposição.

Segundo fator: o clima, responsável pela origem dos processos de intemperismos.

Terceiro fator: os organismos vivos, formando uma massa de matéria orgânica decomposta.

Quarto fator: o relevo, que através da inclinação vai determinar a profundidade dos solos.

Quinto fator: a evolução do tempo, através de processos contínuos.

Page 7: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

Denominamos de húmus todo o material de natureza orgânica que sofre degradação no solo. Já o húmus de minhoca é um tipo de adubo produzido por minhocas a partir de restos de matéria orgânica (animais e vegetais). É a excreção desse animal.

O húmus de minhocas é uma substância que confere uma nutrição de qualidade para as plantas, além de prevenir algumas doenças. Ele possui diversos nutrientes, tais como nitrogênio, fósforo e potássio, além de alguns hormônios. Todos esses nutrientes são facilmente absorvidos pela planta, o que torna o húmus de minhoca muito eficiente. Vale lembrar que as minhocas, além de produzirem esse importante adubo, são responsáveis também pela aeração do solo e, portanto, são ótimas para a agricultura.

Page 8: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS SOLOS

Page 9: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

COMPOSIÇÃO DO SOLO

Page 10: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

COMPOSIÇÃO DO SOLO

Page 11: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PERFIL E HORIZONTES DO SOLO Um solo maduro, após sofrer meteorização

mecânica, meteorização química e incorporação da matéria orgânica, encontra-se dividido em camadas (horizontes). O solo deve apresentar 4 horizontes que se podem dividir em sub-horizontes. Ao conjunto destes horizontes, a sua ordem e constituição dá-se o nome de perfil pedológico.

As camadas distinguem-se pelas diferentes características de composição química, textura, cor, porosidade, riqueza em matéria orgânica e/ou mineral, etc.

Page 12: Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Page 13: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROCESSO EVOLUTIVO – FORMAÇÃO DO SOLO

Page 14: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS Quanto à origem, os solos são

classificados em eluviais e aluviais.

1. Eluviais: quando os solos se formam por rochas encontradas no mesmo local da formação, ou seja, quando a rocha que se decompôs e se alterou para a formação do solo se encontra no mesmo local do solo;

2. Aluviais: quando os solos foram formados por rochas localizadas em outros lugares e que graças à ação das águas e dos ventos os sedimentos foram transportados para outro local.

Page 15: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PRINCIPAIS SOLOS BRASILEIROS No Brasil, são encontrados quatro tipos de solo, são eles: terra roxa,

massapé, salmorão e aluviais. Terra roxa: corresponde a um tipo de solo de extrema fertilidade que

detém uma tonalidade avermelhada. Pode ser encontrado em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. É originado a partir da decomposição de rochas, nesse caso de basalto.

Massapé: é um solo encontrado principalmente no litoral nordestino constituído a partir da decomposição de rochas com características minerais de gnaisses de tonalidade escura, calcários e filitos.

Salmorão: esse tipo de solo é encontrado ao longo das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, é constituído pela fragmentação de rochas graníticas e gnaisses.

Aluviais: é um tipo de solo formado em decorrência da sedimentação em áreas de várzea ou vales, é possível de ser encontrado em diversos pontos do país.

Page 16: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS NATURAIS DOS SOLOS

Page 17: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS NATURAIS DOS SOLOS

Esse elemento natural passa por diversas transformações, fenômeno natural que pode ser agravado pela ação humana. As modificações do solo podem ser motivadas pela ação das chuvas, dos ventos, dos rios, asfaltamento, construções de cidades, etc.

Áreas Tropicais são mais suscetíveis aos processos de degradação natural dos solos, em função da presença de índices pluviométricos mais elevados e de chuvas mais intensas e volumosas.

Page 18: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS NATURAIS DOS SOLOS

Lixiviação: é uma espécie de lavagem dos nutrientes do solo, que ocorre quando existe o transporte dos nutrientes do solo pela água que se infiltra no mesmo. Pode ser provocada pelo desmatamento, chuvas intensas ou uma conjugação destes dois fatores. Este processo deixa as camadas superficiais do solo com baixa quantidade de nutrientes.

Page 19: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS NATURAIS DOS SOLOS

Laterização: processo que provoca a formação de uma camada dura de hidróxido de ferro ou alumínio na superfície do solo. É causada, principalmente, pelo escoamento dos nutrientes do solo e pela decomposição de rochas. O desmatamento, que deixa o solo mais exposto e vulnerável, pode acelerar este processo, que inviabiliza a prática da agricultura. Esse tipo de solo é encontrado em regiões quentes e úmidas, como a Amazônia.

Page 20: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS NATURAIS DOS SOLOS

Solos Ácidos: os solos ácidos são aqueles que apresentam um pH menor do que 6,5. A acidez elevada dos solos é provocada pela infiltração das chuvas em regiões com pouca cobertura vegetal. No Brasil, as áreas que mais apresentam solos ácidos são as regiões Centro-Oeste e Sul. A redução do pH diminui consideravelmente a fertilidade dos solos.

Page 21: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS DOS SOLOS – CAUSAS ANTRÓPICAS

Page 22: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS DOS SOLOS – CAUSAS ANTRÓPICAS Voçorocas ou Boçorocas: A

voçoroca ou boçoroca é um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos (sulcos) de erosão, causados pela chuva e intempéries, em solos onde a vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por enxurradas. 

Ravinas: sulcos mais superficiais, com menores profundidades.

Page 23: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS DOS SOLOS – CAUSAS ANTRÓPICAS Deslizamento de Terras ou

Movimentos de Massas: é na verdade apenas uma categoria dos chamados “movimentos de massa”: processo de vertente que envolve o desprendimento e transporte de solo e/ou material rochoso encosta abaixo.

Os deslizamentos, assim como outros movimentos de massa, fazem parte da dinâmica natural de transformação e formação da crosta terrestre e estão relacionados também a fenômenos naturais como gravidade e variações climáticas.

Page 24: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS DOS SOLOS – CAUSAS ANTRÓPICAS Assoreamento:  é o processo

em que cursos d'água são afetados pelo acúmulo de sedimentos, o que resulta no excesso de material sobre o seu leito e dificulta a navegabilidade e o seu aproveitamento. Originalmente, esse é um processo natural, mas que é intensificado pelas ações humanas, sobretudo a partir da remoção da vegetação das margens dos rios (matas ciliares).

Page 25: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS DOS SOLOS – CAUSAS ANTRÓPICAS Salinização: ocorre em áreas

muito quentes, pois a intensa evaporação da água vai deixando sobre a camada superficial do solo uma dura camada de sais.    

O Mar de Aral é testemunho de uma grande catástrofe ambiental, em menos de trinta anos perdeu tamanho de forma considerável causado pela ação antrópica, mais especificamente pelo desvio de parte de suas águas que foram destinadas à irrigação.

Page 26: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS DOS SOLOS – CAUSAS ANTRÓPICAS Desertificação: é a degradação dos solos,

representadas principalmente pelo uso intenso dos mesmos, que perdem sua fertilidade em áreas de clima árido, semiárido e subúmido, em que o índice de chuvas costuma ser baixo, geralmente bem inferior a 1400 mm anuais de chuva. Nesses casos, os níveis de evaporação são maiores do que os de precipitação.

Page 27: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

PROBLEMAS DOS SOLOS – CAUSAS ANTRÓPICAS Arenização: é a remoção

da cobertura vegetal e superficial de solos que já são arenosos, ou seja, que já apresentam uma predisposição a se transformarem em areais, sendo comuns em zonas de climas mais úmidos.

No Brasil, o problema da desertificação abrange, de forma mais destacada, algumas zonas localizadas na região Nordeste. Já a arenização atinge algumas cidades do Rio Grande do Sul.

Page 28: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DOS SOLOS

O mau uso dos solos pode ocasionar sérios danos ambientais e econômicos, transformando terras férteis em áreas improdutivas e agredindo seriamente o meio natural. Por esse motivo, existem diversas técnicas de cultivo e conservação dos solos, visando ao seu melhor aproveitando e à sua máxima preservação.

Page 29: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DOS SOLOS

Reflorestamento e Cultivo de Plantas Nativas: manutenção dos nutrientes e proteção às intempéries;

Conservação das Matas Ciliares: proteção contra a erosão fluvial e proteção das nascentes;

Pousio: descanso da terra após um ciclo de cultivo;

Rotação de Culturas: alternância anual de diferentes espécies vegetais numa mesma área de cultivo, evitando o esgotamento do solo;

Page 30: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DOS SOLOS Plantio Direto: resíduos vegetais de cultivos

anteriores não são retirados e passam a proteger os solos;

Associação de Culturas: cultivo simultâneo de duas ou mais espécies vegetais, com características heterogêneas e com a finalidade de melhor aproveitar os solos e os sistemas de irrigação;

Page 31: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DOS SOLOS

Terraceamento:  é uma técnica agrícola de plantio elaborada para a contenção de erosões causadas pelo escoamento da água em áreas de vertentes. Essa técnica é aplicada ao parcelar uma área inclinada em várias rampas. Com isso, as águas das chuvas, ao escoarem superficialmente, perdem sua força, removendo menos sedimentos do solo e causando menos impactos sobre ele.

Page 32: Solos: origem, evolução, degradação e conservação

TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DOS SOLOS

Calagem: A calagem é uma etapa do preparo do solo para o cultivo agrícola em que materiais de caráter básico são adicionados ao solo para neutralizar a sua acidez. Os principais sais adicionados ao solo na calagem são o calcário e a cal virgem.