Sociedade e Ministério Público em parceria pelo meio ambiente. · A ciência moderna surgiu com o...

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Sociedade e Ministério Público em parceria pelo meio ambiente.

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Sociedade e Ministério Públicoem parceria pelo meio ambiente.

I – PARTE TEÓRICA1. Introdução;2. Pensamento Sistêmico;3. Sistema e redes na natureza;4. Sistemas e redes sociais;5. Sistema determinado pelo problema - SDP;6. Atitude do coordenador da roda de conversação.

II – PARTE PRÁTICASimulação de um sistema determinado pelo problema – SDP

III – CONCLUSÃO

A ciência moderna surgiu com o modelo capitalista de produção o que não foi por acaso. Era preciso uma ordem econômico-político- social que legitimasse uma exploração da natureza e do ser humano com o objetivo de lucros cada vez maiores.

Humano Natureza

interioridade

CorpoEspírito

alma

exterioridade

1. Reconhecimento da complexidade organizada do universo;

2. Reconhecimento do dinamismo das situações. O mundo está em processo de tornar-se;

3. Não existem realidades objetivas. Por meio de nossas conversações é que consideramos a realidade como desejamos – enquanto essas realidades vão se constituindo.

ciência tradicional

simplicidade análise

relações causais lineares

estabilidadedeterminismo - previsibilidade

reversibilidade - controlabilidade

objetividadesubjetividade entre parênteses

uni-verso

ciência contemporânea

emergente

complexidadecontextualização

causalidade recursiva

instabilidadeindeterminação - imprevisibilidade

irreversibilidade - incontrolabilidade

intersubjetividadeobjetividade entre parênteses

pluri-verso

Corpo

EspíritoAlma

Interioridade Exterioridade

humano Natureza

O pensamento sistêmico permite a resolução de problemas a partir

de um extenso olhar para o todo –VISÃO - em vez de uma análise

específica das partes

• Redes

• Ciclos

• Energia solar

• Alianças (parcerias)

• Diversidade

• Equilíbrio Dinâmico

Um grupo de elementosdinamicamente relacionados

no tempo de acordo com algum padrão coerente

Num sistema o

conjunto de elementos são

independentes mas em

interação visam atingir

um mesmo objetivo.

Existentes em todas as escalas da natureza.

Sistemas vivos dentro de outros sistemas vivos

constituindo redes

Rede flexível em permanente flutuação e múltiplos elos e anéis

de realimentação. As variáveis flutuam em torno do seu valor

ótimo, nunca o máximo

Os contextos culturais e subculturais em que estamos imersos, os contextos históricos, políticos, econômicos, religiosos, de meio ambiente, de existência ou carência de serviços públicos, de idiossincrasias de uma região, país ou hemisfério, sustentam e fazem parte do universo relacional do indivíduos. Em um nível mais microscópico, por sua vez, a rede social pessoal pode ser definida como a soma de todas as relações que um indivíduo percebe como significativas ou define como diferenciadas da massa anônima da sociedade.

MP age sobre a comunidade para produzir uma ação – uma mudança –nela.

O MP é responsável pela mudança da comunidade,

logo,é responsável pela conduta da comunidade.

MP age para a comunidade produzir sua própria ação.

MP pretende tornar visível/efetivo o poder à comunidade,

para quea comunidade seja gestora por sua

mudança.

Porém, como ???

Deixa sua posição de PODER / SABER

Assume a posição COLABORATIVA de NÃO SABER

1. MAPA DA REDE

2. PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO DA REDE –Núcleo de Articuladores (atores responsáveis pela articulação e mobilização da rede)Roda de conversação (espaço de co-construção e autonomia na busca de resolutividade do problema)

1

Pensa-se a política a ser

(implementada) co-construída

como uma organização em

rede

2

Define-se o sistema segundo a noção de sistema determinado pelo

problema

3

Define-se os papéis dos

articuladores para a roda de conversação

SISTEMA DETERMINADO PELO PROBLEMA (SDP) É composto por todos aqueles que estão ativamente comprometidos em uma conversação sobre o problema, inclusive o Promotor de Justiça.

Gestão Adequada dos Resíduos Sólidos

Urbanos

Secretaria Municipal de Meio

AmbientePromotor de Justiça

Secretaria Municipal

de Educação

Prefeito Municipal

Empresas de

Reciclagem

ONGs Ambientais

Escolas Públicas

Técnicos da COMURG

SDP

Segundo Klefbeck (1996):

O PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO DA REDE

Fases:

1 retribalização

2 polarização de opiniões sobre o problema

3 mobilização de idéias para a solução

4 depressão

5 ultrapassagem do problema - abertura para a ação autônoma

6 esgotamento do problema, entusiasmo e encerramento

1

2

3

4

5

6

1

• Começa com as chamadas telefônicas convidando para a reunião.

• Começo formal – o condutor da equipe geralmente usa procedimentos não verbais.Para cada rede, pensar uma cerimônia diferente.

• Pequena fala do coordenador logo em seguida (mais ou menos 10 minutos) explicando os fenômenos típicos da assembléia de rede e as metas perseguidas. Há então um contrato de presença em todas as rodas de conversação.

Consiste em descobrir e estimular as posições e pontos de vista antagônicos que existem na rede. Isto é: vários subgrupos discutem o assunto (o problema) em presença de toda a rede. Cada subgrupo é colocado no centro da rede para discutir – falar sobre tudo que cada um ouviu sobre o problema e/ou pensa, acha. O coordenador deve seguir uma linha dialética polarizando cada subgrupo, alcançando uma síntese e repolarizando imediatamente após, tentando com que os conflitos apareçam.

Quando a atenção começa a centrar-se na energia criada pela polarização, chegou a hora de mobilizá-la e canalizá-la de forma positiva, isto é, dirigi-la para começar ação prática. Por ex.: 1) focalizar alguns aspectos práticos; 2) procurar soluções práticas para estes aspectos; 3) distribuir tarefas entre os ativistas. As pessoas começam a sugerir soluções, geralmente coisas já ditas antes, o que geralmente dura muito tempo. Depois de horas de exaustão, passa-se à fase seguinte.

Abordar uma tarefa difícil leva sempre à resistência, pessimismo, e até mesmo ao desespero. Esta é uma fase esperada em cada reunião. Acontece na rede toda, chegasse ao fundo do poço, não se pode continuar aí. Deve partir para outras coisas. Como lidar com a fase: 1) dar oportunidade para os ativistas que surgem e que começam a esboçar soluções práticas para o problema; 2) voltar à retribalização. Boa hora para intervalo.

O coordenador deve perceber quando a própria rede está assumindo a ação. Deve, então, transferir a ação da equipe de coordenação para a rede. Por ex.: divide-se a rede em subgrupos, cada um com um objetivo próprio a ser alcançado e realizado e com um porta voz para relatar sua ação na próxima sessão. Muitas vezes, a equipe de coordenação pode sair neste momento e deixar a rede continuando o trabalho.

• Esgotamento no sentido de cansaço, de esgotamento de alternativas ou de finalização daquela etapa.• Entusiasmo, esperança de solução, expectativa.Esta fase é seguida por um período de recuperação natural, no intervalo entre as reuniões.• Cada roda de conversação passa por todas as fases, porém, há diferentes ênfases em cada uma. Cada reunião dura cerca de 2 horas.

1. Assume uma visão de mundo ou uma epistemologia sistêmica que, incluindo uma posição construtivista, leva-o a uma opção pelo processo de co-construção no lugar de agir tentando uma “interação instrutiva”;

2. Torna-se um especialista no processo da experiência de co-construção, isto é, na criação de “contexto de autonomia”.

Conceito de PODER segundo Pakman (1993):

Chamo de “poder” algo que não é um atributointerno às pessoas. Não é algo que uns têmmais e outros menos. Dou o nome de “poder” aum contexto que permite que alguns membrosde um sistema definam ou ponham em ação oque vai ser considerado como real para todos osmembros de um sistema.

Conceito de AUTONOMIA por Juliana Gontijo Aun

(1997)

Defino autonomia, não como um atributo interno às pessoas, não como algo que uns têm mais e outros menos. Dou o nome de “autonomia” a um contexto que permita que as pessoas definam o que é real para si próprias e que, na condição de seres humanos sociais, possam agir de acordo com estas definições e assumir responsabilidade por essas ações, através de acordos consensuais.

2. Torna-se um especialista no processo da experiência de co-construção, isto é, na criação de contexto de autonomia, participando ativamente:

• Assegurando a coesão do sistema determinado pelo problema para, paradoxalmente, permitir a mudança; preocupando-se com a estabilidade para permitir a mudança;• Convidando a todos os elementos para uma participação colaborativa em todas as posições: na de decidir e planejar, na de executar, na de receber.

• Privilegiando intervenções através de perguntas quelevem à reflexão, que questionem alternativas jáenrijecidas e paralisantes, que abram possibilidades desurgimento de novas alternativas;

• Não fazendo pressão para a participação e nemsugerindo represálias pela não participação, masaceitando as presenças e explorando as ausências embusca de significado e sentido para elas;

• Garantindo o direito a voz a todos os participantes,até mesmo àqueles definidos como menosimportantes;

3. Recusa tornar-se um especialista em conteúdo (em encontrar soluções, em sugerir alternativas), recusa qualquer posição de controle de resultados, exceto o controle e a manutenção do contexto de autonomia e de colaboração.

SIMULAÇÃO DE UMA RODA DE CONVERSAÇÃO

III - Conclusão

Convidamos a todosos parceiros do Ministério Público

a participarem da próxima reunião dia ___/___.

Miryam Belle Moraes da SilvaPromotora de Justiça

Coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio AmbienteCoordenadora do Projeto Ser Natureza

(62) 3243 [email protected]