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O MUNDO DO JOVEM: CONCEPÇÕES DE JUVENTUDE. Profª. GLEIVA GIUVANNUCCI ALVES

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O MUNDO DO JOVEM:

CONCEPÇÕES DE JUVENTUDE.

Profª. GLEIVA GIUVANNUCCI ALVES

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É uma produção de uma determinada sociedade, relacionada com formas

de ver os jovens, inclusive por

estereótipos, momentos históricos, referências

diversificadas e situações de classe, gênero, raça, grupo,

contexto histórico entre outras.

Juventude

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JUVENTUDE E JUVENTUDES

É uma construção histórica e social. Cada época e

cada setor, postula diferentes maneiras de ser jovem,

dentro de situações sociais e culturais específicas.

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VENDO E COMPREENDENDO

A JUVENTUDE

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PERCEPÇÃO SOBRE AS JUVENTUDES

O século XX marca a visão do jovem em processo

de transição , sob a influência da psicologia como

ciência.

O jovem é visto como em processo de maturação

psicológica,uma passagem difícil em suas vidas,

um momento de crise na sua sexualidade, nos

seus sentimentos e no seu ideal.

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PERCEPÇÃO SOBRE AS JUVENTUDES

A sociedade tem uma enorme dificuldade em conceber os

jovens como sujeito de direitos e de identidade própria,

oscilando entre considerá-lo adulto para algumas

exigências e enfatizá-lo em várias outras circunstâncias.

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REPRESENTAÇÕES CONTRADITÓRIAS

SOBRE OS JOVENS

P R E C O N C E I T O S ! ! !

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PRECONCEITOS

Por serem jovens;

Pelo fato de morarem em bairros da periferia ou favelas;

Pela sua aparência física, a maneira como se vestem;

Pelas dificuldades de encontrar trabalho;

Pela condição social.

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Os Jovens e a contemporaneidade

A juventude vive na contemporaneidade a reedificação de um ideal estético em uma sociedade de consumo, transformando, inclusive, a forma de ser jovem em objeto, em mercadoria, intervindo no mercado do desejo como sinal de distinção e de legitimidade.

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JUVENTUDE E JUVENTUDES

Parte-se da afirmação de que não há somente uma

juventude, mas juventudes que se constituem em

um conjunto diversificado com diferentes parcelas

de oportunidades, dificuldades, facilidades e poder

na nossa sociedade.

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CONDIÇÃO JUVENIL

Cinco elementos cruciais para a definição da condição juvenil em termos ideais-objetivos:

1) A obtenção da condição adulta, como uma meta;

2) A emancipação e a autonomia, como trajetória;

3) A construção de uma identidade própria, como questão central,

4) As relações entre gerações, como um marco básico para atingir tais propósitos.

5) As relações entre jovens para modelar identidades, ou seja, a interação entre pares como processo de socialização

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Vulnerabilidade

Os jovens sofrem riscos de exclusão social sem

precedentes devido a um conjunto de desequilíbrios

provenientes do mercado, Estado e sociedade que tendem a

concentrar a pobreza entre os membros deste grupo e

distanciá-los do “curso central” do sistema social. (Vignoli,

2001). 

Os jovens são vulneráveis, mas também possuem certos

recursos para fazer frente aos obstáculos e riscos – como

capital humano, social e simbólico.

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Vulnerabilidades Positivas

Rebeliões sobre estereótipos, tabus, preconceitos;

Vontade de saber e construir

Busca por autonomia e por participação, curiosidade

Orientação gregária

Apelo para diversas linguagens e tipos de organização

(movimentos sociais e ONGs) recorrendo à culturas juvenis.

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Contraponto: como os jovens se sentem em relação à vida?

Grau de satisfação com a vida que leva hoje*:

Muito satisfeito- 6%

Satisfeito- 69%

Insatisfeito- 22%

Muito insatisfeito- 2%

*Fonte 2004

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Razões de satisfaçãoGráfico 1 - Distribuição da população jovem segundo razões para estar satisfeita

ou muito satisfeita com a vida que leva hoje - Brasil, 2004

Fam

ília

43%

Saú

de 2

6%

Em

preg

o 8%

Est

udo

7%

Am

igos

4%

Man

eira

com

o se

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4%

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ação

do

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2%

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1%

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1%

Não

sab

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onde

u 1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Fonte : Pesquisa “Juventude, juventudes: o que une e o que separa”, UNESCO 2004

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Finalmente

Com base na percepção de nossos jovens, podemos dizer que a juventude nos aponta com o otimismo, com a certeza de que pouco ou nada se perdeu, que ainda há muito espaço por onde começar/recomeçar a construção de um outro mundo. Um mundo melhor, porque é possível.

É possível porque também mediado pela ótica e pela participação juvenil tanto em sua dimensão estética quanto ética.

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Quem são os Jovens no Brasil

População Ano

1970 1980 1991 2000 2005

Total da população Brasileira

93.139.037 118.562.549 146.639.039 169.799.170 184.184.264

Jovens de 15 a 29 anos

25.043.157 34.531.408 41.220.428 47.930.995 50.500,000

FONTE: IBGE (censos demográficos, 1970, 1980, 1991 e 2000). IBGE (Projeção da população 2005). PNAD 2005.

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JOVENS: QUANTOS SÃO?

Jovens de 15 a 29 anos - PNAD 2005

21%

48%

31%

15 a 17 anos

18 a 24 anos

25 a 29 anos

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JOVENS: FREQÜÊNCIA À ESCOLA

Freqüência à Escola

15 a 17 18 a 24 25 a 29

Freqüenta Não Freqüenta

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Aspectos Socio-econômicos da População Jovem

Classe Socioeconômica N %

Classe A 621.158 1,3%

Classe B 5.393.905 11,2%

Classe C 15.112.448 31,6%

Classe D 19.798.177 41,4%

Classe E 6.906.983 14,4%

Total 47.832.671 100,0%

FONTE: Pesquisa: Juventude, juventudes: o que une e o que separa, 2004.

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Caracterização por cor/raça auto atribuída

Cor/Raça Auto Atribuída N %

Branco(a) 16.035.983 33,5%

Negro(a) 5.442.528 11,4%

Pardo(a)/moreno(a) 25.580.067 53,5%

Indígena 453.909 0,9%

Oriental 105.093 0,2%

Outra 95.603 0,2%

Não opinou 119.487 0,2%

Total 47.832.671 100,0%

FONTE: Pesquisa: Juventude, juventudes: o que une e o que separa, 2004.

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Distribuição por Sexo

DISTRIBUIÇÃO POR SEXO N %

MASCULINO 23.696.849 49,5

FEMININO 24.135.821 50,5

TOTAL 47.832.671 100,0

FONTE: Pesquisa: Juventude, juventudes: o que une e o que separa, 2004.

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INFLUÊNCIAS

Os jovens sofrem influências multiculturais e

vivem dois problemas em comum:

1. a globalização e a violência

2. a globalização do crime ligada ao narcotráfico.

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O quê pode ser

feito na escola?

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Trabalhar a relação com o “outro”, o

respeito, o carinho, o diálogo, a delicadeza;

Construir socialmente a esperança em

tempos difíceis;

Criar espaços sócio-culturais onde se

celebre a vida e se construa novos sentidos

para viver e lutar.

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“É uma arte que se conjuga com vários

verbos. Esses verbos nos impulsionam e nos

questionam: pensar,refletir, estudar, recriar,

dialogar, negociar, discernir,projetar, transformar,

agir de maneira proativa, sonhar.... Ou seja, nós

ousarmos a criar redes e pontes, para que a

educação possa contribuir efetivamente para a

construção de sujeitos e sociedades plenamente

humanos”.

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“Enquanto organizamos, por cima, a nova ordem econômica e tecnológica, um amplo setor de jovens está construindo, por baixo, uma desordem alternativa feita de sua negação a um sistema que os nega. (...) Somente restabelecendo as pontes de contato com a nossa juventude, em todos os países, poderemos realmente construir nosso futuro. E somente se soubermos como os jovens pensam e vivem, e porque pensam assim, poderemos encontrar uma nova linguagem, fundamento de uma nova política”.

Manuel Castells

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Fonte: Miriam Abramovay

Socióloga, pesquisadora

membro do Conselho Nacional de Juventude.

[email protected]

http://www.miriamabramovay.com

Vera Maria Candau, 2006