AÇO NA CONSTRUÇÃO CIVIL PERFIL ESTRUTURAL. APLICAÇÃO DOS PERFIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL.
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Universidade Federal da Bahia Escola Politcnica Departamento de Construo e Estruturas Especializao em Gerenciamento de Obras
ContedoContexto da gesto da produo na construo Evoluo histrica da gesto da produo Conceitos bsicos de gesto da produo
Conceitos Bsicos de Gesto da Produo
Prof. Dayana Bastos Costa
1
2
3
25%CONTRAVERGA
A CONSTRUO CIVIL
Produtividade da Construo comparada com outras indstrias (EUA)Produtividade Industrial (EUA)200% 180% 160% 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% 1960 1970 1980 1990 2000
ndice de Produtividade
Outras Indstrias (inclui Construo) Indstria da Construo
(Teicholz, 2000)
Contexto da Construo CivilExcesso de Perdas (entulho e incorporada) Baixa produtividade Alto ndice de retrabalho Qualificao da mo de obra ineficiente Distncia em relao a outros setores tem aumentado Pouco aprendizado com o sucesso de outras indstrias
TaylorismoContraposio produo artesanal: Administrao Cientfica Partiu da idia de que a formao profissional informal leva deteriorao de mtodos Transferncia gerncia da concepo do trabalho - pressupe a existncia de The one best way - uma nica melhor maneira
Taylorismo: etapas de implantao1. Identificao da melhor maneira de execuo, atravs de estudo de tempos e movimentos. 2. Planejamento da execuo e prescrio das atividades 3. Controle do trabalho pela gerncia Estudos de Gilbreth: reduziu-se o nmero de movimentos na execuo da alvenaria de 18 para 5
Taylorismo: princpiosPadronizao Especializao:Diferentes operaes Funes gerenciais x operacionais
Reducionismo: quebrar o todo em pequenas partes para facilitar a gesto Fragmentao
Taylorismo: estrutura funcionalChefe 1
Fordismo: elementos fundamentaisIntercambiabilidade Simplificao das tarefas Postos fixos de trabalho Mquina impe o ritmo da produo Diviso exacerbada do trabalho Intensificao da desqualificao Controle centralizadoVER FILME
Chefe 2.1 Etc.
Chefe 2.2
Chefe 2.3
Produo Enxuta (Lean Production)Originou-se no Japo nos anos 50, principalmente na indstria automotivaTotal Quality Management e Just in time Aplicao mais importante: Sistema Toyota de Produo Impacto do livro A mquina que mudou o mundo de J. Womack
Systema Toyota de Produo
Diferentes nomes: produo enxuta, world class manufacturing, produo sem perdas, toyotismo... Eficincia x Flexibilidade(Lean Enterprise Institute, 2003)
Conceitos, princpios e ferramentas
Just in timeReduo ou eliminao dos estoques
Just in timeReduo ou eliminao dos estoques Produo puxada, a partir de demanda do mercado Reduo do tempo de ciclo Reduo do tamanho dos lotesCliente
Just in time: pr-requisitos para a implantaoFora de trabalho flexvel Controle descentralizado: diviso da produo em mini-empresas Reduo de tempo de set up (preparao do sistema) nfase na manuteno preventiva Redefinio de layout Melhoria contnua Cooperao com fornecedores
Muda - Desperdciotudo (atividade ou no atividade que gera custos, porm nao adiciona valor ao produto / servio. Trabalho constitudo por trs elementos:Trabalho efetivo mudana fsica + valor Trabalho adicional suporte Perda gera custos, nao adiciona valor(Antunes Junior, 1995)
Muda - DesperdcioAbsorve recursos, mas no cria valorErros Produao de itens indesejados Acmulo de estoques Espera Bens e servios que nao atendedam as necessidades dos clientes
ValorProduto / servio entregueSem erros No menor tempo possvel = somente o tempo necessrio Com menos toques De forma qie o processo empregado seja visvel Com baixo custo Com previsibilidade
O modelo convencional de produoMatrias primas
Processo de produo
Produtos
Sub Processo A
Sub Processo B
(Isatto et al., 2001)
O modelo convencional de produoConstruir uma edificao
Processo de conversoProcesso de converso pode ser sub-dividido em sub-processos, que tambm so processos de conversoEx: Execuo da estruturaSub diviso: formas, corte, dobragem e montagem de armaduras e lanamento de concreto
Estrutura
Alvenaria
Operaes: 1) Aplicar argamassa 2) Posicionar bloco 3) Aplicar argamassa entre os blocos 4) ... (Isatto et al., 2001)
Reduo de custo focado na reduo de cada sub processo Valor do produto melhorado atravs de utilizao de materiais de melhor qualidade ou mo-de-obra mais qualificada
Produo como fluxoRetrabalhoTransporte Estoque F F Processamento (converso) Inspeo
Produo como fluxoRejeito
C
F
Produo um fluxo de materiais e/ou informaes das matrias primas at o produto final
Estoques
Melhoria de processo pode ser alcanada atravs de:Aumento de eficincia de atividades de fluxo e de converso Eliminao de certas atividades de fluxo (Koskela, 1992)
Produo como fluxoTransporte
Produo como fluxo
Inspeo
Produo como uma rede de processos e operaesBlocos1 2 3 4 5 1 6 7 2 3 4
Fluxo de pessoas (operaes) Fluxo de materiais (processo)
Filosofia convencional x Construo EnxutaFilosofia Tradicional de Produo Conceito de produoProduo consiste em converses de atividades; todas atividades agregam valor.
Cimento1 2 3 4
Areia1 2 3 4
Cal1 2 3 4
Nova Filosofia de ProduoProduo consiste em converso e fluxo; existem atividades que agregam valor e que no agregam valor. Custo, tempo e fluxo de valor
Foco do controle Custo das atividades
Argamassa
Inspeo TransporteAlvenaria
Foco das melhorias
Aumentar a eficincia pela implementao de novas tecnologias
1
Estoque Converso
Eliminao ou supresso das atividades que no agregam valor, aumento de eficincia das atividades que agregam valor; aumento de eficincia das atividades que agregam valor atravs de melhorias contnuas e novas tecnologias.
(Isatto et al., 2001)
(Koskela, 1992)
Pensamento Enxuto (Lean Thinking)
Princpios do Pensamento EnxutoIdentificar valor para o cliente Mapear a cadeia de valor Manter fluxo contnuo Puxar a produo Buscar a perfeio
forma de especificar valor, alinhar na melhor sequncia as aoes que criam valor, realizar essas atividdaes sem interrupo toda vez que algum solicita e realiz-las de forma cada vez mais eficaz.
(Womack et al., 1996)
Identificar Valor para o ClienteO produto deve atender s necessidades do cliente finalProcessos eficientes + pessoal tcnico capacitado = gerar valor de acordo com as necessidades do cliente Definio do custo-meta (target-costing)
Mapear a Cadeia de Valora cadeia de valor consiste em todas as aes (ambas agregadoras e no agregadoras de valor), normalmente necessrias para conduzir um produto atravs dos principais fluxos essenciais para todo o produto; (a) o fluxo de produo da matria-prima at o consumidor; (b) o fluxo de projeto da concepo ao lanamento.
Onde o valor criado?Repensar valor a partir da pespectiva do cliente Entender que eficincia tcnica nem sempre representa valor para o cliente
Mapeamento do Fluxo de Valor
Mapa do Estado AtualMapeamento do Fluxo de Valor Ao CA-60
Mapa do Estado FuturoMapeamento do Fluxo de Valor Ao CA-60
(Fontanini e Picchi, 2003)
(Fontanini e Picchi, 2003)
Manter Fluxo ContnuoFluxo deve permear a cadeia produtiva Gerao de valor contnua Rompimento com conceitos de lotesNo se aguarda o acmulo de grande volumes antes de iniciar a etapa seguinte
Manter Fluxo Contnuo
Uso de indicadoresEficiencia vista de forma diferente (tcnica, fluxo, geracao de valor)
Manter Fluxo ContnuoPuxar x Empurra a ProduoEmpurrarProduo com base em previses de demanda O que mais conveniente para a empresa Deteco de defeitos tardia Altos nveis de trabalho em processo Estoques obsolescncia Emprego: sistemas pouco confiveis, com longos lead times, reduo de riscosHoop e Spearman, 2000; Simchi-Levi et al., 2003; Liker, 2004
Manter Fluxo ContnuoPuxar x Empurra a ProduoPuxarProduo realizada com base na demanda real, no estado atual do sistema Programao ajustada para refletir mudanas Previne acmulo de estoques no sistema Reduz nveis de variabilidade no sistema
Hoop e Spearman, 2000; Simchi-Levi et al., 2003; Liker, 2004
Produo PuxadaO cliente puxa a produo Sinal do cliente dispara a produoRetirada de um produto dispara a produo de um novo produto para substitu-lo Idia dos supermercados
Andono Andon um dispositivo de controle visual sob a forma de um quadro, que possibilita acompanhar o andamento dos processos de trabalho, informando sobre possveis problemas e pedidos de interveno.
Produo de pequenos lotesAumento da flexibilidade Reduo do lead time Reduo de estoquesHoop e Spearman, 2000; Simchi-Levi et al., 2003; Liker, 2004b
Andon, termo em japons que significa lmpada, ao identificar as falhas ocorridas, permite que as devidas providncias sejam tomadas, evitando-se novos erros e otimizando o processo produtivo (melhoria contnua).
AndonPode indicar:Situao da produo e suas estaoes de trabalho Indicadores de produo, metas a serem cumpridas, problemas, aes corretivas Mquinas em funcionamento
Parar a linha de produoSempre que um problema for encontradoPerguntar 5 vezes por que Determinar a causa raiz Atuar na causa do problema e no nos sintomas
KanbanO Kanban, cujo significado carto, pode ser entendido como um intercmbio de informaes sobre a produo e o transporte de itens, atravs de cartes preenchidos com dados sobre essas aes.
Carto de Kanban do Pedreiro
Heijunka box Recebimento do pedido
Kanbans de produo e transporte e os de transporte propriamente dito. Os primeiros se relacionam aos traos da argamassa; e os de transporte, aos materiais que no so produzidos na obra, como tijolos, vergas e cermica. Lista de Traos da obra
Masseiro
Identificador de traos
Massa pronta para ser encaminhada
Diversos kanbans
Kanbans de transporte
Buscar a Perfeio
Ciclos de Melhoria Contnua
Melhorias
Melhoria radical
Melhoria contnua
t (Campus, 1992)
A3 Indica em uma folha A3: problemas, anlise, aes corretivas e sua implementao
Princpios da Construo Enxuta1) Reduzir a parcela de atividades que no agregam valor; 2) Aumentar o valor do produto atravs da considerao das necessidades dos clientes; 3) Reduzir a variabilidade; 4) Reduzir tempo de ciclo; 5) Simplificar atravs da reduo do nmero de passos ou partes;
Princpios da Construo Enxuta6) Aumentar a flexibilidade de sada; 7) Aumentar a transparncia do processo; 8) Focar o controle no processo global; 9) Introduzir melhoria contnua no processo; 10) Manter um equilbrio entre melhorias nos fluxos e nas converses; 11) Fazer benchmarking.
Reduzir a parcela de atividades que no agregam valor
Exemplo de atividades que no agregam valor
Reduzir a parcela de atividades que no agregam valorPode-se melhorar a eficincia das atividades de transporte de materiais, mas principalmente atravs da eliminao de algumas dessas atividades. Diversas atividades que no agregam valor ao cliente final de forma direta, so essenciais eficincia global dos processoscontrole dimensional, treinamento de mo de obra, instalao de dispositivos de segurana.
Importante explicitar as atividades de fluxo.
Reduo do tempo de ciclo
Reduo do tempo de cicloEntrega mais rpida ao cliente (lotes menores). A gesto dos processos torna-se mais fcil (reduo do work in progress). O efeito aprendizagem tende aumentar. A estimativa de futuras demandas so mais precisas (menores lotes x prazos reduzidos). O sistema de produo torna-se menos vulnervel a mudanas da demanda (flexibilidade).
Simplificar atravs da minimizao do nmero de passos ou partes
Simplificar atravs da minimizao do nmero de passos ou partesUtilizao de elementos pr-fabricado. Uso de equipes polivalentes, ao invs do maior nmero de equipes especializadas. Eliminao de interdependncia e agregao de pequenas tarefas em atividades maiores. Disponibilizao de materiais, equipamentos, ferramentas e informaes em locais adequados visando a reduo de movimentos desnecessrios. Reduo da variabilidade.
Reduzir variabilidadeVariabilidade nos processos anteriores: est relacionada aos fornecedores do processo.Ex: blocos cermicos com grandes variaes dimensionais.50 40 m2/dia 30 20 10 01
Variabilidade na construoProdutividade da Execuo de Fachada
Variabilidade no prprio processo: relacionada execuo de um processo.Ex: variabilidade na durao da execuo de uma determinada atividade, ao longo de vrios ciclos.
Variabilidade na demanda: relacionada aos desejos e necessidades dos clientes de um processo.Ex: determinados clientes de uma incorporadora solicitam mudanas de projeto da edificao.
3
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dia
Reduzir variabilidade
Reduzir variabilidade
Espessuras de Contrapiso25 n de observaes 20 15 10 5 0 10-11,12 11,12-12,24 12,24-13,36 13,36-14,48 14,48-15,60 espessuras ( cm ) 9 5 17
21
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33
Aumentar a transparncia de processosO aumento da transparncia de processos tende:a tornar os erros mais fceis de serem identificados no sistema de produo; aumentar a disponibilidade de informaes, necessrias para a execuo das tarefas, facilitando o trabalho; aumentar o envolvimento da mo de obra no desenvolvimento de melhorias.
Aumentar a transparncia de processos
Planejar fluxos das equipesInicio P4 P1 FUNDO P3 P2 P1 P1
Prticas de Construo Enxuta nas EmpresasC Rolim e Fibra de Fortaleza
A que conceitos podemos associar estas praticas? A que princpios podemos associar estas praticas?P2 P2 L1 L2
Quais os resultados que podem ser obtidos com uso destas praticas?
P3
P1
P2 RUA
P3
P4
P3
Prototipagem de Instalaes Eltricas
Prototipagem de Apartamentos
Prototipagem de Cermica e Paredes Dry Wall
Processo Detalhado da Alvenaria
Planejamento da Execuo Execuo da Alvenaria
Posicionamento e quantitativo de material
Pacotes de servio
Gesto de Estoques
Sequncia de ataque
Estoque mnimo
Gesto do Almoxarifado
Especificao de Materiais para os Clientes
Hierarquizao do Planejamento e Controle de Obras
Valorizao da Mo de Obra
Condies para Implantao da LeanProduo estabilizada Condies para a realizao do empreendimentos Confiabilidade, pontualidade e padronizao na aquisio Polticas e estratgias de produo claras Maior integrao entre projeto e produo Projetos com escopo melhor definidos antes do incio da produo Comprometimento de todos Amplo treinamento em todos os nveis Campanha de fidelizao dos trabalhadores Comunicao clara
Referncias BibliogrficasHEINECK, L., F., H. et al. Coletnea Edificar Lean: Construindo com Lean Management, v.1. Fortaleza: Expresso grfica Editora, 2009. HEINECK, L., F., H. et al. Coletnea Edificar Lean: Construindo com Lean Management, v.2. Fortaleza: Expresso grfica Editora, 2009. ISATTO, E.L.; et al. Lean construction: diretrizes e ferramentas para o controle de perdas na construo civil. Porto Alegre, SEBRAE/RS, 2000. Srie SEBRAE Construo Civil, Vol. 5. SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produo do ponto de vista da engenharia de produo; 2 edio - Porto Alegre: Bookman, 1996. WOMACK, J.P.; JONES, D.T. A mquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1996.