SLADE 5 - História do Acre - José de Carvalho

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História

do Acre

José Carvalho

Plácido de Castro

“Quem construiu Tebas? Nos livros vem o nome dos reis. Mas foram os reis que transportaram as pedras?Bertolt Brecht

“Se matamos uma pessoa somos assassinos.

Se matamos milhões de homens, celebram-nos

como heróis”. Charles Chaplin

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MARIA JOSÉ BEZERRA. As Invenções do Acre: deTerritório à Estado. P. 69.

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J. Carv alho

M aio/1 899

G alv ez

Ju lh o/1 899

Poe tas

D ez/19 00

P lá cid o d e C astro

Ag osto /19 02

M IL IT A R

(R e v . A c r e a n a )

Pe tró po les

1 7/n ov/1 903

Bra sil-Pe ru

0 8/se t/1 909

D IP L O M Á T IC A

(Tra tados)

P r o c e s s o d e A n e x a ç ã o

(1 8 9 9 - 1 9 0 9 )

FASES

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PREÂMBULO DA(S) “REVOLUÇÕES”: Limites, Tratados e Fronteiras

“É fora de dúvida que teoricamente, isto é,

baseado em tratados e convenções, só o Peru e a Bolívia têm direito de pretender ou discutir a soberania do Acre e as

terras que o circundam” Genesco Castro

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Tratado de Tordesilhas

(1494)

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1542

VICE- REINODO PERU

XV – A região fazia parte do Império Inca.-1530: toda a década foi marcada pela “conquista de Pizarro”.-1542: é fundado o Vice-Reino do Peru.- As Colônias Espanholas foram divididas em Vice-Reinos: Nova Espanha; Nova Granada; Peru; La Prata.

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1776 – É criado o Vice-Reino do Rio da Prata. A maior parte da área geográfica da atual Bolívia fica fazendo parte desse vice-reino. 1782 – O Alto Peru se liga ao Vice-Reino da Prata. A principal intendência do Alto Peru era La Paz. 1808-1824: Guerras de Independência.

Em 1825, o Alto Peru se torna

independente da Espanha. Em

homenagem ao seu libertador,

depois passou a se chamar Bolívia

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BOLÍVIA

PERU

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BOLÍVIA – Um país arrasado• GRANDE SECA (1876-79) = 20 mil morrem;

• TERREMOTO e PESTE (1877) = fim da lavoura;

• GUERRA COM O CHILE (1879-82) = perde o litoral;

• GUERRA CIVIL e GOLPE DE ESTADO (1899) = Pando.

“O exército boliviano era um amontoado de famintos” (Júlio Chiavenato. Bolívia com a pólvora da boca)

“Incapaz de se defender das investidas das mais frágeis nações [...] perdeu 3\4 de seu território”

(Manuel Ferreira Lima. A Bolívia de 1890 a 1905)

OBS: Para chegar ao Acre, os bolivianos tinham que encarar umacaminhada pela selva de 2 mil Km.

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Brasil em 1534

TORDESILHAS

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O BRASIL em 1789

Linha Madeira-Javari criada pelo Tratado de Madri (1750) e

ratificada pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777)

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O Brasil em 1889

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TRATADO DE AYACUCHO (1867)

“Desde o rio BENI, na sua confluência com o Madeira, para o oeste seguirá a fronteira por uma

paralela tirada da sua margem esquerda, na latitude 10° 20’, até encontrar as nascentes do Javari... Se o Javari tiver as suas nascentes ao norte daquela linha

leste-oeste, seguirá a fronteira por uma reta a buscar a origem do referido rio”.

O princípio do “UTI POSSIDETIS” foi mantido.

A comissão demarcatória somente se reuniu nos anos 1870 e1878 e não chegou a nenhum resultado satisfatório.

A Guerra do Paraguai (1864-1870)Foi o “pano de fundo” da assinatura do Tratado de Ayacucho.

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Linhas que definiram o Acre como estrangeira.

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Confluência

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1867

- Antimarí-Floriano Peixoto-Boca do Acre

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MAPA DE THAUMATURGO DE AZEVEDO

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1894 – Pando denuncia ainvasão brasileira em terrasreconhecidamente bolivianas.

1895 – Nova Comissão: Orepresentante do Brasil, Cel.Thaumaturgo de Azevedo recusa aaprovar os limites de Ayacucho:“O amazonas irá perder a melhorzona de seu território”. Foisubstituído por Cunha Gomes.

.23 de setembro de 1898 – oBrasil reconhecia como bolivianasas terras abaixo da linha “CUNHAGOMES”.

“Os dois países assinaram o Tratado

sem conhecer um palmo da geografia daquele

desértico espaço” .

“Nunca houve geografia tão confusa, hesitante,

cheia de erros e de reticências do que a do

ocidente do rio madeira durante os tempos

coloniais” .

Leandro Tocantins

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- Antimarí-Floriano Peixoto-Boca do Acre

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“A PRIMEIRA INSURREIÇÃO ACREANA” JOSÉ DE CARVALHO (1/maio/1899)

A Expedição foi patrocinado pelo governador do Amazonas, Ramalho Júnior.

Foi liderada por José de Carvalho, advogado e jornalista que, ao chegar em Puerto Alonso, intimou o Delegado boliviano Moisés Santivanez a retirar-se do território.

Para surpresa de todos, deixou o Acre em 3 de maio de 1899, não precisando se quer de um único disparo.

A Bolívia com medo de perder o Acre para o Brasil, pede ajuda aos EUA. Como forma de garantir a soberania boliviana em terras acreanas, cogitou-se arrendar a

região para empresários americanos e ingleses.

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-Quem escreveu?

-Quando escreveu?

-Onde escreveu?

-Por que escreveu?

-Para quem escreveu?

-O que escreveu?

“O discurso é a língua posta em funcionamento por um sujeito que produz sentidos

num determinado lugar, numa determinado momento”

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2 de Jan de 1899 :Implantação do Posto ADUANEIRO em Puerto Alonso

A “Questão Acreana” iniciou com a resistência dos

seringalistas em pagar elevados impostos aos

bolivianos (40%) e com o inconformismo do Governo do

Amazonas em perder recursos fiscais.

“Aquela tomada imprevista do Acre era um assalto arrojado de aventureiros que poderiam, em poucos

dias, fazer uma fortuna”José Carvalho.

“Vi que o Governo nada faria no caso”. José Carvalho

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“Será uma coisa natural que esse opúsculo caia no marasmo da indiferença pública. Cumpro, porém, um dever de consciência, não deixando em olvido

eterno o primeiro grito, o primeiro protesto, a primeira repulsa contra a invasão indébita,

extemporânea, criminosa, do estrangeiro sequioso nos sagrados domínios de nossa pátria. E que seja a

primeira página desta narrativa”

“Em toda a velha e larga discussão sobre o Acre, e recentemente, sobre o definitivo tratado chamado de Petrópolis, ninguém

aludiu a Primeira Insurreição Acreana”

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PÁTRIA\ PATRIOTISMO (36x)

“Jamais vi entre o POVO – o povo rude, de pé no chão [...] e os proprietários [...] tão funda e

intensa indignação e tão alto, tão nobre, tão vibrante o sentimento da Pátria!” p. 22.

“Jamais senti profundas sensações [...] que seja o sentimento do dever de cidadão reclamado

pelos sagrados interesse da Pátria” p. 24

“Observando o estado de exaltação patriótica em que acham os espíritos” p. 26.

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“A violência de NOSSA vontade, tão patriótica e tão justa [...] não

tememos as responsabilidades que possam advir [...] porque a fazemos

na fé de patriotas” p. 40.

“Mais uma vez testemunhei o grande entusiasmo patriótico do povo” p. 33.

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O POVO (26x)

“A ansiedade popular não se podia mais contar” p. 24.

“Levantou-se o povo” p. 24.

“A repulsa geral dos acreanos contra o domínio boliviano” p. 24.

“Levante popular com o fim depor o governo boliviano” p. 25.

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“Pode dizer em Manaus, no Pará, no seu pais, em toda parte, enfim, que foi deposto pelo POVO

DO ACRE” p. 30.

“Aquele ato partia diretamente de um movimento do POVO em GERAL, cuja responsabilidade era coletiva” p. 31.

“O povo que ali ficara sentia-se indignado” p. 33.

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“A Canoa que obtivemos comportava mal oito pessoas e nela pelas cinco horas da manhã

embarcamos” p. 27. Ler 28, 29.

“Tal intimação deverá ser assinada pelo maior número possível de brasileiros” p. 31.

“Cheguei a Puerto Alonso acompanhado de uma 30 pessoas” p. 33.

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Menciona Galvez 11 vezes

“[...] infeliz e vergonhosa aventura de Galvez” p. 17.

“Eu estava acostumado a ver as monstruosas cousas que se fariam no governo do Amazonas, mas não podiam acreditar naquela que,

além de me parecer ULTRA-FANTASTICA, julgava um atentado e um crime [...] e foi assim criada a República de Galvez, a aventura infeliz e criminosa que tanto comprometeu os destinos da questão

do Acre e que depois pela pacificação”

“Galvez, que a esse tempo era administrava uma casa de jogo e prostituição” p. 46.

“[...] a farça de Galvez” p. 46.

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Sobre os bolivianos

“O ministro Paravicini, depois de praticar muitos atos de violência [...]

regime do terror” p. 24.

“Eram os bolivianos, em verdade, poucos, não chegando, talvez, a 50

pessoas” p. 25.

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“Só um brasileiro – o capitão Leite, de Humaitá – em todo o Acre, aceitou o

cargo do Governo Boliviano [...] o capitão Leite pusera a disposição dos bolivianos 300 homens de seu pessoal extrator de

borracha” p. 25.

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Conclusão

“Que seu exemplo deve ficar perpetuado como um padrão

de glória nacional e como uma consoladora esperança, senão como robusta prova

dos grandes destinos futuros de nossa raça”.

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•FIM

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Um Espanhol na presidência (jul/1899 à fev/1990)

14 de julho de 1899 – Em Puerto Alonso, Galvez

proclama o Estado Independente do Acre.

• O ACRE não pertenceria nem ao Brasil e nem a

Bolívia.

• O “Império de Galvez” foi formado pelos “territórios do

Acre, Purus e Iaco”.

• Galvez buscou o reconhecimento do Acre como país,

enviando circulares para as principais potências

mundiais.

Luis Galvez e a República dos Seringalistas

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