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    Aparelho Circulatrio

    1. OBJETIVO O objetivo do Aparelho Circulatrio fazer circular o sangue por todo o organismo.

    2. FUNES transporte de O2 dos pulmes at os tecidos.

    transporte de CO2 dos tecidos aos pulmes.

    distribuio dos nutrientes absorvidos no intestino.

    transporte dos produtos finais do metabolismo at os rins para excreo.

    fornecimento de gua, sais minerais aos tecidos e clulas ou a retirada de tais substncias, mantendo o equilbrio hidrossalino.

    distribuio dos hormnios que regulam atividades no organismo.

    transporte de clulas especializadas em defesa (LEUCCITOS), e anticorpos que iro combater agentes externos que invadem o organismo.

    manuteno da temperatura corprea.

    3. COMPONENTES

    a) CORAO

    b)

    ARTRIAS

    VASOS VEIAS

    CAPILARES

    CORAO O corao um rgo musculoso de forma cnica, situado no mediastino (espao entre os dois pulmes), um

    pouco voltado para esquerda e para a frente. O miocrdio apresenta-se envolvido externamente por uma membrana que denominamos PERICRDIO;

    internamente envolvido por uma membrana que denominamos ENDOCRDIO.

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    Se partirmos um corao, vamos encontrar, internamente, quatro cavidades ou cmeras, duas superiores que

    so aurculas e duas inferiores que so os ventrculos (para entender melhor, acompanhe a explicao olhando o esquema.)

    A aurcula direita no se comunica com a aurcula esquerda, pois entre elas existe um septo; este septo denominamos de septo-inter-auricular. A aurcula, porm, comunica com o ventrculo do lado correspondente. Logo, a aurcula direita se comunica com o ventrculo direito atravs de uma vlvula que apresenta trs lobos e por isso chamada de TRICSPEDE. A aurcula esquerda se comunica com o ventrculo esquerdo atravs de uma vlvula que apresenta dois lobos e denominada de BICSPEDE ou MITRAL.

    A REGULAO DA FUNO CARDACA O corao uma bomba hidrulica que no s deve funcionar continuamente durante toda vida mas tambm

    ajustar-se s solicitaes do organismo quanto a um maior ou menor fluxo de sangue. Devemos lembrar que o corao capaz de se auto estimular, o que denominamos de automatismo. Para

    provar isso, pegamos um corao de uma r, por exemplo, e cortamos toda a sua inervao, ele continua a se contrair normalmente; isso nos mostra que o estmulo para contrao do msculo cardaco no vem de fora e sim gerado no prprio corao.

    O miocrdio (msculo cardaco) e capaz de funcionar

    independentemente do sistema nervoso, devido presena de um grupo de clulas musculares especiais.

    Entre a desembocadura da veia cava superior e inferior encontramos um ndulo estimulador do miocrdio, isto , estimula as contraes do miocrdio, o marcapasso cardaco ndulo sinoatrial ou tambm denominado de "PEACEMAKER", a gerado o estmulo que chega s aurculas, sob a forma de ondas, onde retransmitido para os ventrculos atravs do n A.V. (Aurculo Ventricular) feixes de HIS e fibras de PURKINGE, chegando assim at a intimidade da fibra muscular cardaca.

    Portanto, o aparelho excito-condutor do corao est constitudo por PEACEMAKER, N A.V., FEIXES DE HIS, FIBRAS DE PURKINGE.

    Independentemente do automatismo de contrao, existem mecanismos reguladores da atividade cardaca que mantm a frequncia cardaca e presso arterial em nveis normais. Isso feito pelo sistema nervoso autnomo atravs dos nervos SIMPTICOS e PARASSIMPTICOS.

    A atuao desses nervos permite ajustes nas frequncias cardacas de acordo com as necessidades ao animal. O NERVO VAGO, que cardiomoderador, libera acetilcolina como mediador qumico, enquanto os nervos cardacos que so cardioaceleradores liberam adrenalina e noradrenalina.

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    Otto Leowi realizou brilhantes experincias relacionadas regulao da frequncia cardaca. Ele pegou duas

    rs, dissecou os dois coraes. No primeiro animal, o corao mantido com os nervos intactos, e localizou o nervo vago, nervo do sistema parassimptico. O corao do segundo animal foi completamente isolado, cortando-se as ligaes nervosas. Introduz-se com uma cnula (pequeno tubo de vidro), no seio venoso uma soluo com a mesma concentrao de sais do plasma sanguneo do animal (Sol, de Ringer). Esta circula no primeiro corao, recolhida num ramo artico, que sa do primeiro corao e passa diretamente para o seio venoso do segundo corao. (Veja a figura acima).

    Estimulando-se o nervo vago, ligado apenas no primeiro corao a frequncia cardaca vai diminuindo at cessar. medida que o 2

    o corao recebe o Ringer que passa pelo corao estimulado, ele tambm diminui sua

    frequncia, at parar. Como o 2o corao no foi estimulado, mas sofreu a mesma inibio quando recebeu o

    Ringer que passou pelo 1o corao, isto significa que o 1

    o corao ao ser estimulado liberou substncia na Sol de

    Ringer capaz de inibir a atividade cardaca. Atualmente, sabemos que esta substncia inibidora a acetilcolina produzida nas terminaes nervosas

    parassimpticas.

    FISIOLOGIA DO CORAO A aurcula direita recebe duas grandes veias que so: Veia Cava Superior e Veia Cava Inferior. GRAVE ISSO:

    Veia todo vaso que chega ao corao.

    Artria todo vaso que sai do corao. A veia cava superior traz sangue da parte superior do corpo, enquanto que a veia cava inferior traz sangue da

    parte inferior do corpo. O sangue que chega aurcula direita atravs das veias cavas sangue venoso, isto , pobre de oxignio e rico em gs carbnico.

    GRAVE ISSO:

    SSTOLE = miocrdio em contrao.

    DISTOLE = miocrdio em relaxamento.

    Assim que a aurcula direita enche de sangue, ela entra em sstole, mandando o sangue para o ventrculo

    direito (este sangue passa pela vlvula tricspede) o ventrculo direito entra em sstole mandando sangue para os pulmes atravs das artrias pulmonares (que leva sangue venoso); esse sangue que vai at os alvolos pulmonares onde se transforma em sangue arterial que rico em oxignio e pobre em gs carbnico, a essa transformao do sangue venoso em sangue arterial ao nvel dos alvolos denominamos de HEMATOSE.

    Assim que o sangue sofre hematose, retorna ao corao atravs das veias pulmonares chegando aurcula esquerda, da a aurcula esquerda entre em sstole, mandando o sangue para o ventrculo esquerdo (este sangue passa, pela vlvula bicspede ou mitral), o ventrculo esquerdo entre em sstole, mandando o sangue para todo o corpo atravs da artria AORTA.

    REVOLUO CARDACA Denominamos de revoluo cardaca A SEQUNCIA DE ATIV1DADES

    PARA FUNCIONAMENTO DO CORAO. Falamos que a contrao do miocrdio SINCRNICA e ISOCRNICA. Sincrnica porque ocorre ao mesmo tempo e Isocrnica porque possui a mesma durao.

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    Para que entenda melhor! Quando a aurcula direita entra em sstole, a esquerda entra em sstole ao mesmo tempo, e enquanto uma

    estiver contrada a outra tambm estar contrada, a contrao est em arritmia ou disritmia. Isto significa que quando as aurculas esto em contrao os ventrculos esto relaxados e vice-versa.

    PEQUENA CIRCULAO o percurso seguido pelo sangue desde o ventrculo direito aos pulmes, dos pulmes aurcula esquerda. O objetivo da pequena circulao transformar o sangue venoso em arterial, o que denominamos de

    HEMATOSE. GRANDE CIRCULAO o percurso seguido pelo sangue desde o ventrculo esquerdo, por todo o corpo e retornando aurcula

    direita. (objetivo da grande circulao levar o sangue e nutrientes intimidade dos tecidos e trazer o gs carbnico e a substncias a serem excretadas).

    PRESSO SANGUNEA O sangue arterial, por sstole cardaca, forado a sair dos ventrculos. medida que afastamos

    gradativamente do corao a presso sangunea diminui, devido ao atrito que o sangue realiza contra as paredes dos vasos arteriais.

    Os batimentos cardacos, entretanto, no so suficientes para impulsionar o sangue venoso de retorno ao corao. Para que esse impulso seja mantido, as veias apresentam vlvulas que permitem ao sangue passar em direo ao corao.

    Em condies normais, a presso sangunea arterial, depende dos seguintes fatores:

    Quantidade de sangue injetado pelo corao nas artrias, por minuto.

    Viscosidade do sangue.

    Volume total de sangue.

    Elasticidade das paredes arteriais.

    Resistncia das arterolas.

    Tipos de vasos sanguneos

    Figura (2) - Acima, grfico da presso do sangue nos diferentes tipos de vasos sanguneos do corpo (A, aorta; B, artrias; C, arteriosas; D, capilares; E, veias. Acima, mecanismos de propulso do sangue no sistema venoso. A musculatura esqueltica, ao se contrair, pressiona o sangue no interior das veias; as vlvulas fazem com que o sangue sempre se desloque em direo ao corao.

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    RITMO CARDACO

    No organismo normal e tambm em condies ambientais normais, os batimentos cardacos apresentam um

    ritmo caracterstico.

    - Homem: 70 pulsaes por minuto

    - Mulher: mais elevado que o homem - 75 a 80

    - RECM-NASCIDO: 140 pulsaes por minuto

    Existem uma srie de fatores e substncias que influem no ritmo cardaco, como: enfermidades (febre ,

    infeco) exerccios violentos, emoes, etc.

    VASOS SANGUNEOS

    Os vasos sanguneos so tubos feitos de clulas que servem para conduzir o sangue por todo o corpo. So

    classificados em: ARTRIAS, VEIAS, E CAPILARES.

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    Artrias e veias apresentam algumas diferenas ilustradas no esquema acima, que tambm mostra a fina parede capilar, por onde ocorrem as trocas entre o sangue e os tecidos.

    ARTRIAS - so vasos que saem do corao para a periferia do corpo, ramificando muito, formando vasos

    cada vez menores, como as finssimas ARTRIAS, que acabam por transformar em capilares. Estes so muito ramificados e se espalham por todo corpo, onde penetram entre as clulas dos diversos tecidos. A nvel estrutural, as artrias se diferenciam das veias por possurem paredes espessas e elsticas. As artrias situam-se profundamente na pele.

    VEIAS - so vasos que chegam ao corao, apresentam menor capacidade elstica, pois possuem camadas muscular e elstica menores. As veias ficam mais superficiais, por isso so bem visveis. Transportam o sangue num fluxo lento, sob baixa presso e possuem paredes mais finas, para ajudar o fluxo de sangue apresentam vlvulas.

    CAPILARES - so vasos extremamente delicados que fazem a conexo entre artrias e veias. A parede dos vasos capilares a mais fina, pois possui apenas, um epitlio especial, chamado endotlio, de uma nica camada de clulas, atravs da qual ocorre difuso das substncias do sangue para os tecidos e dos tecidos para o sangue.

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    Retorno venoso O retorno venoso e a volta do sangue ao corao pelo interior das veias. Como a presso do sangue no territrio venoso baixa e insuficiente para, por si s, fazer o sangue voltar ao corao contra a gravidade, o retorno venoso depende de 2 fatores principais:

    A) ao das vlvulas. No interior das veias existem vlvulas que, quando abrem-se, permitem o fluxo do sangue no sentido do corao e, quando fecham-se, impedem o refluxo do sangue no sentido contrario;

    B) ao muscular. A contrao dos msculos, principalmente das pernas, comprimem as veias profundas, forando o sangue a seguir no sentido do corao. O sangue no reflui em sentido contrario por ao das vlvulas venosas.

    A CIRCULAO LINFTICA Os finssimos vasos capilares, ao passarem pelos tecidos, perdem parte de seu plasma para os espaos

    intercelulares, formando o lquido intersticial. Assim, as clulas so banhadas por um lquido altamente nutritivo e oxigenado donde tiram aquilo de que necessitam ao mesmo tempo que eliminam suas toxinas.

    O lquido intersticial, posteriormente, ser absorvido por um outro tipo de vaso: o vaso linftico.

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    Os vasos linfticos vo se interligando em vasos maiores formando uma verdadeira rede, que acaba desembocando no sistema venoso.

    LEITURA COMPLEMENTAR DOENAS DO APARELHO CIRCULATRIO Mas da metade das mortes em pases industrializados causada pelas doenas cardiovasculares, como so

    genericamente chamadas as doenas do corao e dos vasos sanguneos. As doenas cardiovasculares mais graves so provocadas por obstrues de artrias importantes, como as

    que irrigam o corao (coronrias) ou o crebro. ARTERIOSCLEROSE Arteriosclerose um processo de perda gradual da elasticidade da parede das artrias, causado pela

    deposio de placas de gordura (ateromas) na superfcie arterial interna. A arteriosclerose provoca a diminuio do calibre interno das artrias, e, em alguns casos, os ateromas se impregnam de clcio e se tornam rgidos, diminuindo significativamente a elasticidade da parede arterial.

    Uma das consequncias da arteriosclerose o aumento da presso arterial sistlica, uma vez que as artrias endurecidas perdem a capacidade de se relaxar durante a sstole do corao. Alm disso, os ateromas tornam spera a superfcie interna das artrias, favorecendo a formao de cogulos, que podem causar obstrues. Ateromas que se desprendem, por sua vez, tambm contribuem para causar obstrues arteriais, com prejuzos circulao do sangue.

    ANGINA DO PEITO Angina do peito uma enfermidade em que a pessoa tem fortes dores no peito ao menor esforo cardaco. A

    angina do peito consequncia do estreitamento de uma ou mais artrias coronrias, o que causa isquemia, ou seja, reduo da circulao do sangue em certas regies da musculatura do corao (miocrdio), diminuindo sua nutrio e oxigenao. A diminuio da circulao nas coronrias geralmente no chega a comprometer a atividade normal do corao, mas se houver aumento da atividade cardaca devido a um exerccio fsico ou a uma grande emoo, surge a dor caracterstica da angina.

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    INFARTO DE MIOCRDIO O infarto de miocrdio, ou ataque de corao, causado pela brusca isquemia do msculo cardaco,

    provocada pela obstruo de uma ou mais artrias coronrias. As clulas musculares da regio isqumica, privadas de oxignio, morrem em poucos minutos, originando o infarto.

    Se uma grande regio do corao for afetada pelo infarto, a conduo do impulso eltrico produzido pelo marca-passo interrompida e o corao deixa de bater, sobrevindo a morte. Se apenas uma pequena regio afetada, o corao continua em atividade e a leso cicatriza, com substituio das clulas musculares mortas por tecido conjuntivo.

    ISQUEMIA CEREBRAL A isquemia cerebral o bloqueio da circulao em artrias que fornecem sangue ao encfalo. As causas

    mais frequentes da isquemia so a formao de cogulos, devida a traumatismos ou existncia de ateromas. As clulas nervosas localizadas na rea isqumica morrem, com prejuzo da atividade cerebral.

    Os efeitos da isquemia cerebral, bem como as chances de a pessoa sobreviver, dependem da extenso e da localizao da leso. A isquemia cerebral pode causar paralisia total ou parcial do corpo, perda total ou parcial da fala, perda da coordenao motora e diversas alteraes no comportamento.

    HIPERTENSO Hipertenso sinnimo de presso sangunea elevada, conhecida popularmente como presso alta. A

    hipertenso aumenta os riscos de ataques cardacos e derrames de sangue no tecido cerebral. As causas mais comuns de hipertenso so o estresse emocional, a alimentao inadequada (rica em

    gorduras e sais) e a vida sedentria. Chamada s vezes de matadora silenciosa, pois muitas pessoas hipertensas no apresentam sintomas da

    doena, a hipertenso pode ser controlada com medicamentos, dieta, exerccios fsicos e relaxamento. Embora a presso arterial tenda a se elevar com o aumento da idade, deve-se procurar orientao mdica caso a presso diastlica atinja mais de 9 ou 10 mmHg e a sistlica, mais de 15 mmHg.

    PREVENO DAS DOENAS CARDIOVASCULARES A constituio gentica predispe certas pessoas a desenvolverem doenas cardiovasculares. Os genes,

    entretanto, aluam em conjunto com fatores ambientais que comprovadamente desencadeiam doenas, e esses fatores podem ser controlados de modo a promover a sade.

    Fumo, dieta rica em gorduras e colesterol, falta de exerccios fsicos e vida estressante so alguns fatores que predispem a doenas cardiovasculares.

    A pessoa que quer precaver-se de doenas cardiovasculares deve evitar o fumo, os alimentos gordurosos, sobretudo os de origem animal, manter peso corporal compatvel com sua altura e idade, fazer exerccios fsicos regulares e evitar situaes de estresse. Deve tambm medir periodicamente a presso arterial e fazer exames mdicos.

    FIBRILAO VENTRICULAR outra doena cardaca decorrente da isquemia no corao. Nesse caso, diferentes partes do ventrculo

    passam a se contrair sem ritmo, perdendo a capacidade de bombear o sangue adequadamente. A isquemia em decorrncia da arteriosclerose da artria cerebral provoca o acidente vascular cerebral

    (AVC). Dependendo da regio do encfalo que foi afetada pela falta de irrigao sangunea pode haver manifestaes clnicas, como paralisias de um lado do corpo, do rosto, perda da fala, dentre muitas outras, inclusive a morte.

    Apesar de aparentemente no ser apenas uma a causa da arteriosclerose, vrios fatores que aumentam o risco dessa doena podem ser citados:

    taxa elevada de colesterol no sangue em decorrncia de fatores alimentares. hipertenso arterial. tabagismo: ato de fumar cigarros. distrbios hormonais, como o que provoca a diabete. propenso gentica. O colesterol no transportado livre no sangue, mas associado a macromolculas complexas, denominadas

    lipoprotenas. Cerca de 70% do colesterol do plasma transportado pelas lipoprotenas de baixa densidade (LDL- do ingls low density lipoprotein). O colesterol restante transportado pelas lipoprotenas de alta densidade (HDL-do ingls high density lipoprotein).

    Altos ndices de LDL tm sido relacionados com aumento de risco para a arteriosclerose, pois elas pegam o colesterol e o entregam principalmente para as clulas da musculatura lisa das artrias. O HDL, por outro lado, atua de modo a remover o colesterol acumulado nessas clulas e o leva para o fgado, onde degradado.

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    Uma proporo adequada de LDL e HDL no sangue desejvel, o que se consegue com a dieta balanceada (com menos produtos de origem animal e mais produtos de origem vegetal); peso adequado altura, ao sexo e idade; exerccios regulares e bem orientados e abstinncia de fumo.

    Uma dieta rica em colesterol e em gorduras ou leos saturados aumenta o risco para a arteriosclerose. Por outro lado, leos polissaturados tendem a diminuir o nvel de colesterol do sangue. Por isso, as pessoas tm preferido cozinhar com leos de origem vegetal, substituir manteiga (feita com a nata do leite) por margarina (feita a partir de leos vegetais) e beber leite desnatado. A carne de peixe tambm um excelente alimento, pois contm substncias que diminuem a taxa de LDL no sangue, reduzindo assim o risco de arteriosclerose.

    A Biologia no Vestibular

    01. (PUC-SP) Assinale a frase que melhor define a funo do aparelho circulatrio nos vertebrados: a) Transformar compostos nitrogenados e resduos metablicos produzidos pelas clulas. b) Distribuir substncias nutritivas por todo o corpo e recolher substncias txicas resultantes do metabolismo

    celular. c) Transformar as substncias alimentares em produtos assimilveis pelo organismo. d) Oxidar o alimento pelo O2, produzindo H2O, CO2 e energia. e) Receber estmulos, processar, armazenar seus efeitos e gerar respostas.

    02. (F. Objetivo-SP) O sangue pode transportar as seguintes substncias:

    I. gases respiratrios II. hormnios III. excretas IV. alimentos

    Nos mamferos, o sangue transporta: a) apenas I, II e III. b) apenas I, II e IV. c) apenas II e III. d) I, II, III e IV. e) apenas II, III e IV.

    03. (Fest-PE)Observe os esquemas A e B, que mostram de modo simplificado o sentido da corrente circulatria em diversos grupos de animais que apresentam sistema circulatrio:

    Assinale a alternativa correta:

    a) A fechado, presente em artrpodes em geral e cefalpodes; B aberto, encontrado em nematelmintos e rpteis.

    b) A aberto, presente em crustceos e moluscos em geral; B fechado, encontrado em vertebrados. c) A fechado, presente em aneldeos; B fechado, encontrado em mamferos. d) A aberto, presente em planria; B fechado, encontrado em anfbios e peixes. e) Ambos so fechados, encontrados tanto em invertebrados como vertebrados.

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    04. (UFSC) So animais que apresentam aparelho circulatrio do tipo aberto:

    a) molusco e artrpode. b) molusco e aneldeo. c) aneldeo e artrpode. d) mamfero e molusco. e) mamfero e artrpode

    05. (Mackenzie-SP) Observando um corte transversal de uma artria e de uma veia, de acordo com o esquema abaixo, podemos afirmar:

    a) A artria, pois possui muito mais musculatura lisa e fibras elsticas.

    b) B artria, mostrando o sistema de vlvulas para evitar o refluxo do sangue.

    c) A veia, indicando o fechamento da vlvula. d) A e B so artrias, sendo que A sai do corao

    e B chega ao corao. e) A e B so veias, sendo que A chega ao

    corao e B sai do corao.

    06. (U.E. Londrina-PR) A funo das vlvulas existentes nas veias :

    a) retardar o fluxo sanguneo. b) impedir o refluxo do sangue. c) acelerar os batimentos cardacos. d) retardar as pulsaes. e) reforar as paredes dos vasos,

    07. (Mogi-SP) Sstole e distole so, respectivamente:

    A) contrao do corao e relaxamento dos pulmes.

    B) contrao do diafragma e relaxamento dos msculos intercostais.

    C) relaxamento do corao e contrao dos pulmes.

    D) relaxamento do diafragma e contrao dos msculos intercostais.

    E) contrao e relaxamento das partes do corao.

    08. (UECE) Relacione as colunas:

    1. irrigao do miocrdio. 2. conduz sangue arterial. 3. leva O2 para os tecidos. 4. conduz sangue venoso. 5. retira CO2 de circulao.

    ( ) veja pulmonar. ( ) pequena circulao. ( ) artria pulmonar. ( ) grande circulao. ( ) coronria. A correta sequncia numrica da segunda coluna, de cima para baixo, de conformidade com a primeira, :

    A) 2, 5, 4, 3, 1. B) 1, 3, 4, 5, 2. C) 5, 3, 2, 4, 1. D) 2, 4, 5, 1, 3. E) 4, 2, 3, 1, 5.

    09. (FGV-SP) Chamamos artria a todo vaso

    sanguneo que:

    a) chega ao corao. b) conduz sangue venoso. c) parte do corao. d) chega s aurculas. e) conduz sangue arterial.

    10. (F. Objetivo-SP) O corao funciona como uma

    bomba. Nos mamferos, o sangue com baixo teor de oxignio enviado aos pulmes. Por outro lado, o sangue oxigenado nos pulmes mandado para os vrios setores do organismo. Assinale a opo correta entre as abaixo representadas:

    a) o sangue que sai do ventrculo esquerdo

    enviado aos pulmes para a oxigenao. b) o trio direito recebe sangue das veias cavas e

    o envia para o organismo. c) as veias pulmonares levam o sangue

    oxigenado para o trio esquerdo. d) o ventrculo direito recebe o sangue oxigenado

    e o envia para o organismo. e) a aorta sai do ventrculo direito e transporta o

    sangue oxigenado. 11. (UFRS) No esquema abaixo, referente ao sistema

    circulatrio humano, as letras, A e B podem ser substitudas, respectivamente, por:

    a) pulmes, clulas. b) corao, pulmes. c) clulas, corao. d) corao, tecidos. e) tecidos, pulmes.

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    12. (PUC-SP) As veias cavas, a artria aorta e a artria pulmonar esto indicadas, respectivamente, pelas setas:

    a) 1; 2 e 3. b) 1, 4 e 2. c) 2, 3 e 1. d) 4, 1 e 2. e) 4, 2, e 1.

    13. (PUC-SP) Em relao ao esquema anterior, os

    vasos indicados por 1, 2, 3 e 4 transportam, respectivamente, sangue:

    a) venoso, venoso, arterial e arterial. b) arterial, venoso, arterial e venoso. c) arterial, arterial, venoso e venoso. d) venoso, arterial, arterial e venoso. e) venoso, arterial, venoso e arterial.

    14. (FUVEST-SP) O esquema representa um corte

    longitudinal do corao de um mamfero. O sangue que deixa o ventrculo direito (VD) e o que deixa o ventrculo esquerdo (VE) seguiro, respectivamente, para:

    a) aurcula direita e aurcula esquerda. b) veia cava e artria pulmonar. c) ventrculo esquerdo e pulmes. d) pulmes e artria aorta. e) pulmes e ventrculo direito.

    15. (U.F. Fluminense-RJ) No aparelho circulatrio, as

    trocas gasosas entre o sangue e os tecidos ocorrem a nvel de:

    a) vnulas. b) capilares. c) arterolas. d) linfticos. e) alvolos.

    16. (Cesgranrio) No corao humano, as vlvulas

    tricspide e mitral esto localizadas, respectiva-mente:

    A) entre o trio esquerdo e o ventrculo esquerdo

    e entre o trio direito e o ventrculo direito.

    B) entre o trio direito e o trio esquerdo e entre

    o ventrculo direito e o ventrculo esquerdo.

    C) entre a artria aorta e o ventrculo esquerdo e

    entre a artria pulmonar e o ventrculo direito.

    D) entre o trio direito e o ventrculo direito e

    entre o trio esquerdo e o ventrculo esquer-

    do.

    E) entre o trio direito e a veia cava superior e

    entre o trio direito e a veia cava inferior.

    17. (UFRS) Quando o corao bombeia sangue com

    toda a fora:

    a) as artrias se distendem em virtude da presso.

    b) as veias se contraem.

    c) a presso arterial mnima.

    d) ele encontra-se em distole

    e) o fluxo sanguneo diminui.

    18. (FUVEST-SP) O esquema abaixo representa a

    estrutura interna do corao de um mamfero.

    Sangue rico em oxignio e pobre em gs carbnico encontrado em:

    a) A e B

    b) C e D

    c) A e C

    d) B e D

    e) B e C

    19. (OSEC-SP) Considere o esquema abaixo, de um

    corao de mamfero, em que se indica o trio direito por AD e as outras cmaras por I, II, III,

    Em relao a esse esquema, a cmara que recebe sangue bem oxigenado e a cmara que envia sangue aos pulmes esto indicadas, respectivamente, por:

    a) I e II. b) AD e lI. c) AD e III. d) I e III. e) II e III.

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    20. (PUC-SP) Nos mamferos, as artrias pulmonares levam o sangue:

    a) arterial dos pulmes para o trio esquerdo.

    b) arterial dos pulmes para o ventrculo

    esquerdo.

    c) arterial do ventrculo esquerdo para o corpo.

    d) venoso do ventrculo direito para os pulmes.

    e) venoso do trio direito para os pulmes.

    21. (FCC) Indique a alternativa que preenche correta-

    mente as lacunas do texto: "Quando o nervo vago estimula o corao, na juno entre os dois rgos encontramos _______, e o ritmo cardaco ___________

    I lI

    a) adrenalina acelerado b) adrenalina retardado c) acetilcolina acelerado d) acetilcolina retardado e) adrenalina inalterado

    22. (CESGRANRIO-RJ) Assinale a opo que encerra

    o dado correio em relao ao corao dos mamferos:

    a) o trio esquerdo recebe sangue oxigenado

    vindo do organismo atravs das veias cavas.

    b) o trio direito recebe sangue no-oxigenado

    atravs das veias pulmonares.

    c) O ventrculo esquerdo envia sangue

    oxigenado para os vrios setores do

    organismo.

    d) A artria pulmonar leva sangue oxigenado

    para os pulmes.

    e) o ventrculo direito envia sangue no-

    oxigenado para o trio esquerdo.

    23. (CESGRANRIO-RJ) A aurcula esquerda recebe o

    sangue proveniente diretamente do(a):

    a) ventrculo direito.

    b) pulmo.

    c) fgado.

    d) aurcula direita.

    e) ventrculo esquerdo.

    24. (MACK-SP) No corao dos mamferos, nota-se

    que a musculatura do ventrculo esquerdo mais espessa que a do ventrculo direito. Isso se deve ao fato de:

    a) o ventrculo esquerdo exercer maior presso

    sobre o sangue venoso que impulsionado aos pulmes.

    b) o ventrculo direito exercer menor presso sobre o sangue arterial que impulsionado para o corpo todo.

    c) o ventrculo esquerdo exercer maior presso

    sobre o sangue arterial que enviado aos pulmes.

    d) o ventrculo esquerdo exercer maior presso sobre o sangue arterial que enviado ao corpo todo.

    e) o ventrculo direito exercer menor presso sobre o sangue arterial que enviado aos pulmes.

    25. (FCG) Sabendo que a estrutura das veias arteriais

    est estritamente relacionada com a sua funo, deve-se esperar que as paredes das artrias tenham, em relao s paredes das veias:

    a) a mesma quantidade de tecido muscular e

    tecido elstico. b) menor tecido muscular e mais tecido elstico. c) mais tecido muscular e menor tecido elstico. d) mais tecido muscular e mais tecido elstico. e) menos tecido muscular e menos tecido

    elstico. 26. (UFBA) Vlvulas que impedem o refluxo da

    circulao existem:

    a) apenas em artrias. b) apenas em vetas. c) em artrias e vasos linfticos. d) em veias e artrias. e) em veias e vasos linfticos.

    27. (UFMS-SP) Considere o grfico abaixo, que

    representa os batimentos cardacos sob o efeito de estmulos eltricos nos nervos que os controlam:

    O nervo vago foi estimulado:

    a) apenas em I. b) apenas em II. c) apenas em III. d) em veias e artrias. e) em veias e vasos linfticos.

    28. O esquema abaixo representa o corao de um mamfero. Os nmeros 1 e 3 representam as cavidades de entrada do sangue e os nmeros 2 e 4 so as cavidades de sada do sangue:

    O sangue que deixa as cavidades 2 e 4 ser respectivamente:

    a) venoso e venoso. b) venoso e arterial. c) arterial e arterial. d) arterial e venoso.

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    29. (CESGRANRIO) O esquema representa a circulao no homem vista de frente. A propsito desse esquema so feitas trs afirmaes:

    I. no esquema, o nmero 1 indica o ventrculo

    esquerdo, e o nmero 9 as veias pulmonares. II. o nmero 4 indica as veias cavas, e o nmero

    7 a artria pulmonar. III. o nmero 2 indica a artria aorta, e o nmero

    5, a aurcula direita. Assinale:

    a) Se somente I for verdadeira. b) Se somente II e III forem verdadeiras. c) Se I, II e III forem verdadeiras. d) Se somente I e III forem verdadeiras. e) Se somente III for verdadeira.

    30. (OSEC-SP) Com relao pequena circulao

    humana, podemos afirmar que:

    a) o sangue arterial sai do trio direito, vai aos pulmes e volta para o trio esquerdo, saindo para todo o corpo, pela aorta.

    b) o sangue venoso sai do ventrculo direito pela artria pulmonar, vai aos pulmes e volta artrializado para o trio esquerdo, pelas veias pulmonares, passando para o ventrculo esquerdo e saindo pela aorta para todo o corpo.

    c) o sangue arterial sai do ventrculo direito, vai aos pulmes pela aorta, volta arterializado para o trio esquerdo e da, passando para o ventrculo esquerdo, vai para todo o corpo pela artria pulmonar.

    d) O sangue venoso sai do ventrculo direito pela veia pulmonar, vai aos pulmes e volta arterializado pelas artrias pulmonares para o trio esquerdo, passando para o ventrculo esquerdo, saindo pela aorta para todo o corpo.

    e) no obedece a nenhuma dessas descries, apresentando um movimento muito mais complicado do que os descritos acima.

    31. (PUC-SP) No corao dos mamferos nota-se que

    as paredes dos ventrculos direito e esquerdo possuem espessuras diferentes, o que d a ideia de que exercem presses diferentes ao impulsionarem o sangue. O ventrculo direito tem paredes mais finas que o esquerdo e:

    a) recebe sangue arterial e o bombeia para os pulmes.

    b) recebe sangue venoso e o bombeia para os pulmes.

    c) recebe sangue venoso e o bombeia para o corpo em geral

    d) recebe sangue arterial e o bombeia para o corpo em geral.

    e) bombeia sangue venoso para os pulmes e sangue arterial para o corpo em geral.

    32. (F. OBJETIVO-SP) Nas opes abaixo esto

    relacionadas cavidades cardacas e vasos sanguneos. Assinale aquela que rene cavidades e vasos nos quais, no homem adulto, o sangue encontrado ser sempre sangue arterial.

    a) Ventrculo esquerdo, aorta e artria pulmonar. b) Aurcula esquerda, veia pulmonar e aorta. c) Ventrculo direito, artria pulmonar e aorta. d) Aurcula direita, veia cava e veia pulmonar. e) Ventrculo direito, veia pulmonar e artria

    pulmonar.

    QUESTES DISCURSIVAS 01. (Fuvest-SP) Caracterize aparelho circulatrio aberto

    e aparelho circulatrio fechado. D um exemplo de cada.

    02. (PUC-SP) O esquema abaixo referente ao

    corao de um mamfero.

    a) Que nmeros indicam artrias e veias? b) Que nmeros indicam vasos por onde

    circulam sangue arterial e sangue venoso? c) Que nmeros indicam vasos que participam

    da circulao pulmonar e da circulao sistmica?

    03. (Fuvest-SP) Na linguagem comum frequente dizer

    que as artrias carregam sangue arterial (rico em oxignio) e as veias carregam sangue venoso (pobre em oxignio). Essa caracterizao vlida para qualquer vaso sanguneo de um mamfero? Justifique a resposta.

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    04. (Fuvest-SP) Qual o caminho percorrido por um glbulo vermelho desde o ventrculo direito at o trio esquerdo de um mamfero. ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    05. (U.F. Uberlndia-MG) Descreva ou esquematize a pequena e a grande circulao na espcie humana.

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    06. (Fuvest-SP) Explique, em linhas gerais, como constitudo nosso sistema linftico e qual sua funo no

    organismo. ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________________________

    Gabarito 01. B 02. E 03. B 04. A 05. A 06. B 07. E 08. A 09. C 10. C 11. E 12. B 13. A 14. D 15. B 16. D 17. A 18. B 19. A 20. D 21. D 22. C 23. B 24. D 25. D 26. E 27. A 28. B 29. C 30. B 31. B 32. B

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    APARELHO RESPIRATRIO

    OBJETIVO

    Captar o oxignio do ar atmosfrico para transformar o sangue venoso em sangue arterial e eliminar o gs

    carbnico para o ar atmosfrico.

    2. RESPIRAO

    o conjunto de processos com a finalidade de liberar a energia contida em molculas de compostos orgnicos

    existentes no interior das clulas. A principal molcula fornecedora de energia a GLICOSE.

    3. COMPONENTES DO APARELHO RESPIRATRIO A PULMES

    B VIA A. SUPERIOR

    FOSSAS NASAIS

    FARINGE

    C VIA INFERIRO

    LARINGE

    TRAQUIA

    BRNQUIOS

    BRONQUOLOS

    FARINGE

    4. PERCURSO DO AR AOS PULMES

    O ar chega aos pulmes pelas vias respiratrias. Fossas nasais, faringe, laringe, traqueia brnquios e

    bronquolos e minsculos duetos que se abrem nos alvolos. O homem pode respirar quase to bem pela boca

    como pelo nariz, porque tanto a cavidade bucal como as fossas nasais abrem-se na faringe (observe a figura). O

    alimento quando deglutido no entra nas vias respiratrias devido existncia de uma vlvula, a epiglote, que

    fecha a entrada da laringe durante a deglutio.

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    5. REQUISITOS BSICOS PARA QUE CHEGUE AR AOS PULMES a) Purificao O ar comea a sua purificao nas fossas nasais atravs das vibrissas que aprisionam as partculas de poeira

    em suspenso, porm pequenas partculas conseguem atravessar as vibrissas e so aprisionadas pelo epitlio protetor das vias respiratrias. (Ep. pseudo estratificado cilndrico ciliado).

    b) Seja aquecido O ar aquecido por plexos venosos que so encontrados nos seios nasais que ficam na regio nasal. c) Seja umedecido O ar umedecido atravs de glndulas serosas e mucosas encontradas nas vias respiratrias. 6. ESTRUTURA DO APARELHO RESPIRATRIO

    O aparelho respiratrio est formado basicamente por um sistema de canais, cujas ltimas ramificaes so

    os bronquolos, terminando em pequenos sculos microscpicos que so os ALVOLOS, que esto no interior

    dos pulmes; so formados por uma fina camada de clulas envolvidas por uma rede de capilares. nos alvolos

    que ocorrem as trocas de gases.

    Os pulmes so dois sacos de colorao rsea, inflveis e protegidos por membranas, as PLEURAS. A pleura

    que est em contato com os pulmes denominada PLEURA VISCERAL, a que fica voltada para a parede da

    caixa torcica PLEURA PARIETAL. Entre elas existe um liquido viscoso que favorece o deslizar de uma sobre a

    outra durante os movimentos respiratrios.

    Os pulmes ocupam a cavidade torcica limitada ventralmente pelo esterno, dorsalmente pela coluna

    vertebral, lateralmente pelas costelas e na base por um msculo membranoso que separa o trax do abdome o

    DIAFRAGMA.

    7. AULA EXTRA DE FSICO-QUMICA (ENTRADA E SADA DE AR DOS PULMES)

    Vocs aprenderam que os gases tendem a ocupar o espao que fornecido. Logo se algum eliminar no

    fundo da sala um gs qualquer, pouco depois todos sentiro aquele odor desagradvel, isto porque os gases tm

    capacidade muito grande de difuso. Imagine que o tio Bira coloque uma quantidade x de um gs dentro de um

    recipiente A, vamos agora aplicar uma fora na tampa deste recipiente, note que agora o recipiente diminui, porm

    a quantidade de gs a mesma logo a presso que este gs exerce nas paredes do recipiente maior.

    I) MECANISMO DE INSPIURAO Os intercostais externos e esterno cleido occipto mastideo elevam o trax, o diafragma comprime as vsceras

    para baixo, o trax aumenta, os pulmes tambm aumentam e a presso interna diminui, fazendo com que o ar de fora entre para os pulmes.

    GRAVE ISTO: Quando o espao grande voc tem uma p Quando o espao pequeno voc tm uma P

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    II) MECANISMO DE EXPIRAO Aps a inspirao, as costelas voltam posio inicial (so puxadas pelos intercostais internos e grande reto

    do abdome), o diafragma eleva-se, retomando posio inicial comprimindo os pulmes, isto , diminuindo o volume interno da caixa torcica e com isso os pulmes diminuem, a presso interna aumenta formando o ar a sair.

    8. TRANSPORTE DE GASES a) TRANSPORTE DE OXIGNIO O oxignio sai do alvolo (onde est em maior presso) para o sangue (onde est em menor presso),

    penetrando nas hemcias, onde combina-se com a HEMOGLOBINA que o pigmento transportador mais eficiente, formando a OXIHEMOGLOBINA.

    Cada molcula de hemoglobina combina-se com quatro molculas de O2. O sangue arterial transporta a maior parte do oxignio combinado com a hemoglobina sob a forma de

    oxihemoglobina, porm, uma pequena porcentagem de oxignio transportado sob a forma gasosa diluda no plasma.

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    AO NVEL DOS ALVOLOS PULMONARES

    2PRESSO DE O ELEVADA

    2HEMOGLOBINA O OXIHEMOGLOBINA

    EM OUTROS TECIDOS

    2PRESSO DE

    O BAIXA

    2 2HEMOGLOBINA O OXIHEMOGLOBINA O

    A oxihemoglobina chegando aos tecidos onde a presso de

    oxignio baixa libera o oxignio, torna-se hemoglobina. As trocas gasosas nas superfcies respiratrias ocorrem

    por DIFUSO.

    b) TRANSPORTE DE CO2

    Nos tecidos, a presso do CO2 est elevada, por isso o gs se difunde para o sangue, onde transportado da seguinte forma:

    5% do CO2 transportado dissolvido no plasma.

    25% sob a forma de carbohemoglobina e combinado com protenas plasmticas (carboproteinatos).

    70% sob a forma de ons bicarbonato. Veja o esquema a seguir: OUTROS GASES Alm do oxignio e do gs carbnico, implicados no processo respiratrio, podemos inspirar determinados

    gases altamente txicos como o monxido de carbono o (CO) expelido pela combusto dos motores, queima da lenha, carvo. Ele um gs txico, asfixiante, combinando-se Hemoglobina mais facilmente do que o oxignio.

    Sua inspirao, mesmo em pequenas quantidades, poder provocar a morte por asfixia em locais fechados, sem ventilao. Ele acaba bloqueando o transporte de O2 pela hemoglobina, uma vez que essas molculas ficam "ocupadas" pelo CO sob a forma de CARBOXIHEMOGLOBINA, bastante estvel.

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    9. CONTROLE DA ATIVIDADE RESPIRATRIA

    .

    O modelo feito com bexigas, acima, mostra a papel do diafragma na ventilao pulmonar de um mamfero. As setas indicam a entrada e sada do ar. (*) Os pescadores de prolas das ilhas do Pacfico, antes de mergulhar, fazem exerccios de hiperventilao, isto , respiram vrias vezes rpida e profundamente. Isso faz diminuir a concentrao de gs carbnico no sangue e aumentar o tempo de permanncia submerso.

    O ritmo respiratrio controlado pelo BULBO localizado na base do encfalo. A respirao normal rtmica e involuntria, mas podemos control-la voluntariamente, dentro de certos limites: por exemplo, podemos "prend-la" por alguns segundos.

    O controle do ritmo involuntrio feito pelo bulbo e depende da concentrao de CO2 no sangue; alm do bulbo existem clulas quimiorreceptoras localizadas na aorta e nas cartidas que liberam estmulos que so coordenados pelo bulbo, mantendo o ritmo respiratrio.

    Quando a concentrao de CO2 no sangue aumenta, o ritmo respiratrio aumenta, proporcionando maior oxigenao do sangue e liberao do CO2. Normalizando a concentrao de CO2, o ritmo respiratrio volta ao normal.

    A concentrao de O2 no sangue tambm tem seu papel no controle do ritmo respiratrio, porm menos importante do que a de CO2. A concentrao de O2 percebida pelas clulas quimiorreceptoras da aorta e da cartida as mesmas que percebem a. concentrao de CO2. Diminuindo a concentrao de O2 essas clulas enviam estmulo ao bulbo, que aumenta o ritmo respiratrio.

    Os sinais transmitidos pelo bulbo so conduzidos por nervos que controlam os msculos intercostais e diafragma, principais msculos que participam dos movimentos respiratrios.

    Por existir um controle involuntrio da respirao, uma pessoa fica impedida de cometer o suicdio, parando de respirar por vontade prpria.

    CAPACIDADE VITAL

    E o volume de ar que pode entrar e sair dos pulmes de uma s vez.

    A capacidade vital obtida com a soma:

    Ar de uma inspirao normal.........................................................0,5 litro

    Ar de uma inspirao forada........................................................1,5 litro

    Ar de uma expirao forada..........................................................1,5 litro

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    CAPACIDADE VITAL.....................................................................3,5 LITROS Ocorre, entretanto, que mesmo quando voc fora para eliminar o ar dos pulmes, sempre fica uma certa quantidade dele l dentro, que voc no consegue expelir. Esse ar denominado RESIDUAL e em torno de 1,5 litro. CAPACIDADE VITAL...............................................................................3,5 litros AR RESIDUAL..........................................................................................1,5 litro CAPACIDADE RESPIRATRIA TOTAL....................................5,0 LITROS

    LEITURA COMPLEMENTAR

    DISTRBIOS DO SISTEMA RESPIRATRIO

    SINUSITE, RESFRIADO E COQUELUCHE

    Sinusite a inflamao das cavidades existentes nos ossos da face, os seios da face ou sinus. Essas

    cavidades tm comunicao com as fossas nasais e podem ser invadidas por bactrias, que desencadeiam um processo infeccioso. Na sinusite aguda a pessoa tem dor em diversas regies da face e h corrimento nasal mucoso e, s vezes, purulento.

    O resfriado comum pode ser causado por diversos tipos de vrus e mais comum no inverno, poca em que as clulas do corpo se tornam mais susceptveis a infeces. Os vrus instalam-se nas clulas da cavidade nasal e da faringe, provocando inflamaes. A coriza, corrimento de lquido pelas narinas durante o resfriado, consequncia dessas inflamaes. Alm da coriza podem aparecer outros sintomas, tais como sensao de secura na garganta, espirros, olhos lacrimejantes e febre.

    A coqueluche uma das mais famosas doenas da infncia, causada pela bactria Haemophilus pertussi, que se instala na mucosa das vias respiratrias (laringe, traqueia, brnquios e bronquolos). A proliferao das bactrias causa forte irritao, com grande produo de muco (catarro). Toxinas produzidas pelas bactrias irritam terminaes nervosas, desencadeando acessos de tosse tpicos da doena.

    A coqueluche prevenida pela vacina trplice, que protege tambm contra a difteria e o ttano. Essa vacina administrada em trs doses, uma a cada trinta dias, a partir do segundo ms de vida. PNEUMONIA E TUBERCULOSE PULMONAR

    Pneumonia uma infeco pulmonar causada por diversas espcies de bactrias e, s vezes, por fungos. A bactria se instala nos pulmes, provocando aumento da secreo do muco e ruptura das paredes dos alvolos. Os sintomas da doena so febre alta, falta de ar, dores no peito e expectorao de catarro viscoso e, s vezes, sanguinolento. Em geral, a pneumonia atinge pessoas que esto com sua resistncia orgnica debilitada.

    Tuberculose uma infeco causada pela bactria Mycobacterum tuberculosis, que se instala geralmente nos pulmes. Os alvolos pulmonares inflamam-se e sofrem necrose (morte celular). A regio necrosada circundada por um tecido fibroso, que limita e isola o foco infeccioso. Em geral, as leses de uma primeira infeco tuberculosa regridem espontaneamente. No caso de uma reinfeco, pode ocorrer de os focos infecciosos atingirem, alm dos pulmes, outros rgos, causando leses nos tecidos.

    Os sintomas da tuberculose pulmonar so febre, sudorese noturna, fraqueza, perda de apetite e de peso. A preveno contra a tuberculose consiste em evitar o convvio com pessoas doentes e s consumir leite

    pasteurizado ou adequadamente fervido, pois a bactria pode estar presente no leite. O tratamento feito com antibiticos.

    RINITE ALRGICA E ASMA BRNQUICA

    Rinite alrgica uma inflamao das mucosas que revestem as cavidades nasais, devido a processos

    alrgicos. Como consequncia da inflamao, as clulas passam a produzir excesso de muco, parte do qual escorre pelas narinas.

    Surtos repetidos de rinite alrgica em crianas podem causar obstruo nasal definitiva, que leva a alteraes sseas na base do crnio. Como as rinites tm forte componente emocional, afeto e boas condies psicolgicas fazem parte do tratamento da doena.

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    A asma brnquica uma doena pulmonar que se caracteriza pela diminuio de calibre (constrio) dos bronquolos. A asma pode ter diversas causas, sendo a mais comum a alrgica. Existe, porm, forte componente emocionai no desencadeamento da crise da asma.

    A crise asmtica ocorre quando a musculatura lisa dos bronquolos se contrai espasmodicamente. A mucosa que reveste internamente os bronquolos incha e passa a produzir mais secreo, o que contribui para diminuir ainda mais o calibre dos condutos respiratrios. A obstruo dos bronquolos causa sufocamento parcial, com aumento do esforo respiratrio. A dificuldade respiratria prejudica a oxigenao do sangue e, em casos muito graves, pode ocorrer cianose (colorao azulada da pele e das mucosas) provocada pelo acmulo de gs carbnico no sangue.

    BRONQUITE CRNICA, ENFISEMA E CNCER DE PULMO

    Bronquite crnica e enfisema pulmonar so doenas causadas por obstruo pulmonar e esto ligadas ao

    hbito de fumar e poluio do ar. Mais de 75% dos pacientes com bronquite crnica so ou foram fumantes. O enfisema pulmonar muito raro em pessoas que nunca fumaram.

    Na bronquite crnica os bronquolos secretam quantidade excessiva de muco, tornando-se comprimidos e inflamados. Os clios do epitlio bronquiolar deixam de bater, e muco e partculas de sujeira vo-se acumulando. Com isso a passagem de ar dificultada, a respirao toma-se curta e so constantes os acessos de tosse. Pessoas com bronquite crnica, em geral, acabam por desenvolver enfisema.

    O enfisema a obstruo completa dos bronquolos, com aumento da resistncia passagem de ar, principalmente durante as expiraes. Pode ocorrer, ento, rompimento das paredes dos alvolos, com formao de grandes cavidades. Isso diminui a eficincia dos pulmes em absorver oxignio, e h sobrecarga do corao como forma de compensar a deficincia pulmonar. A sobrecarga leva a maioria dos pacientes com enfisema a morrer de insuficincia cardaca.

    O hbito de fumar a principal causa do cncer de pulmo. Estima-se que 80% desse tipo de cncer poderia ser evitado se as pessoas deixassem de fumar. Diversas substncias contidas no cigarro so comprovadamente cancergenas. Clulas cancerosas originadas nos pulmes multiplicam-se rpida e descontroladamente, podendo invadir outros tecidos do corpo, onde originam novos tumores.

    EMBOLIA PULMONAR

    Embolia pulmonar o fechamento repentino da artria pulmonar ou de um de seus ramos, provocado por

    bolhas de ar, fragmentos de tumores ou, mais frequentemente, por cogulos sanguneos. O fechamento de uma artria de pequeno calibre pode passar despercebido, mas, se uma grande artria for

    atingida, a pessoa acometida por dor sbita no peito, falta de ar, aumento da transpirao, palpitaes, cianose e, eventualmente, elevada morte. A embolia pulmonar responsvel por cerca de 4% dos bitos ocorridos nos grandes hospitais.

    FUMAR OU NO, EIS A QUESTO

    Apresentamos aqui algumas informaes a respeito das consequncias do ato de fumar. Leia, pense, discuta

    e tire suas concluses.

    PULMO HUMANO NORMAL (NO FUMANTE) PULMO DE UM FUMANTE

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    A vida de uma pessoa que fuma quinze cigarros por dia reduzida, em mdia, cinco anos.

    Uma pessoa que fuma um mao de cigarros por dia tem probabilidade vinte vezes maior de desenvolver cncer de pulmo do que uma pessoa que no fuma.

    Uma pessoa que fuma tem o dobro de chance de vir a ter doenas cardiovasculares do que uma pessoa que no fuma.

    Uma pessoa que fuma tem vinte vezes mais chances de desenvolver bronquite crnica (os brnquios secretam excesso de muco e os clios responsveis pela eliminao desse muco passam a funcionar mal; o muco fica assim acumulado nos brnquios e bronquolos, que inflamam, e a pessoa passa a tossir muito e a ter dificuldade em respirar) e enfisema pulmonar (rompimento dos alvolos, com a reduo da rea para as trocas gasosas) do que uma pessoa que no fuma.

    O fumante tem sete vezes mais chances de desenvolver lceras e cncer de estmago que os no-fumantes.

    Na circulao do fumante existe 5% menos oxignio do que na circulao do no-fumante.

    Fumar na gravidez representa perigo para o feto: h o dobro de risco de aborto, de nascimentos prematuros e de morte de fetos; quando isso no ocorre, o beb de uma gestante fumante ter menor peso no nascimento.

    Os fumantes obrigam os no-fumantes a fumar, pois os no-fumantes confinados em ambientes fechados, como carros, escritrios, salas de espera, bares e restaurantes e outros, so afetados, pela fumaa do cigarro dos fumantes; respirando passivamente essa fumaa, os no-fumantes, podem, ao longo do tempo, desenvolver os mesmos problemas circulatrios e respiratrios que os fumantes. Filhos de pais fumantes, por exemplo, tm o dobro de chance de contrair pneumonia ou bronquite no primeiro ano de vida.

    1. Depois de ter lido e discutido o texto, diga qual a sua concluso sobre se vale ou no a pena fumar.

    2. O incio do vcio de fumar geralmente comea na adolescncia. Passa a ser "bonito" fumar para impressionar os colegas. Logo nos primeiros cigarros comum ocorrerem tonturas e uma terrvel sensao de mal-estar. Depois, mais acostumado, o adolescente passa a se tornar fumante. Com certeza, o fumante no faz parte da "gerao sade", mas as propagandas de cigarro incentivam o fumo mostrando pessoas esportivas e dinmicas, passando uma imagem de que o cigarro nos deixa "de bem" com a vida. Hoje em dia, j obrigatrio incluir nas propagandas e nos maos de cigarro o seguinte alerta: "FUMAR PREJUDICIAL SADE". Em algumas propagandas o alerta tem sido: "NO FUME PERTO DAS CRIANAS". Mesmo assim, as pessoas continuam a fumar. Voc conscientemente pretende entrar nessa de fumar? Se j entrou, ser que no hora de sair? Por que no se deve fumar perto das crianas?

    A BIOLOGIA NO VESTIBULAR 01. (FUVEST-SP) O que ocorre numa pessoa transportada para uma regio de grande altitude, onde a atmosfera

    rarefeita?

    a) Diminui a frequncia dos movimentos respiratrios.

    b) Aumento o nmero de hemcias

    c) Diminui a frequncia dos movimentos cardacos.

    d) Aumenta o nmero de leuccitos.

    e) Diminui a presso sangunea.

    f) Diminui a presso sangunea

    02. (U.F.-PR) O transporte de oxignio no organismo humano se faz:

    a) atravs dos leuccitos.

    b) atravs do plasma sanguneo

    c) tanto pela hemoglobina plasmtica como pela existncia no interior das-hemcias, quando a taxa de

    hemoglobina normal

    d) atravs da hemoglobina existente nas hemcias

    e) na dependncia de boa funo plaquetria

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    03. (UNB) Assinale a alternativa que apresenta uma estrutura comum ao sistema respiratrio e digestivo:

    a) brnquios b) faringe c) pulmo d) esfago e) laringe

    04. (FCM-SP) Sabemos que o monxido de carbono

    (CO) um gs txico, letal em determinadas concentraes. Sua ao txica se deve, basicamente, ao fato de:

    a) o CO penetrar nas clulas nervosas, alterando-

    lhes as mitocndrias. b) o CO penetrar nas clulas dos organismos,

    inibindo-lhe as enzimas c) o CO impregnar os alvolos pulmonares,

    impedindo as trocas gasosas. d) o CO liga-se hemoglobina, impedindo a

    ligao desta com o O2 e o CO2. e) o CO alterar profundamente os centros

    respiratrios do bulbo.

    05. (FUVEST-SP) No homem, o controle dos

    movimentos respiratrios exercido:

    a) pelo crebro. b) pelo cerebelo. c) pelo bulbo. d) pela medula. e) pela hipfise.

    06. (FUVEST-SP) Nos alvolos pulmonares, o sangue elimina:

    a) monxido de carbono e absorve oxignio. b) dixido de carbono e absorve nitrognio. c) oxignio e absorve dixido de carbono. d) dixido de carbono e absorve oxignio. e) monxido de carbono e absorve hidrognio.

    07. (UFRV) O diafragma e os msculos intercostais

    tm participao ativa:

    a) nos movimentos peristlticos b) na deglutio c) na diurese d) na mastigao e) na respirao

    08. (CESGRANRIO-RJ) A questo abaixo apresenta

    duas afirmaes, podendo a segunda ser uma razo para a primeira:

    1

    a afirmao: No homem, o oxignio captado na

    hematose carregado principalmente pelo plasma sanguneo.

    porque

    2a afirmao: A hemoglobina se encontra

    dissolvida no plasma sanguneo.

    Marque:

    a) se as duas afirmaes forem verdadeiras e a segunda for uma justificativa para a primeira.

    b) se as duas afirmaes forem verdadeiras e a segunda no for uma justificativa para a primeira.

    c) se somente a primeira afirmativa for verdadeira. d) se somente a segunda afirmativa for

    verdadeira. e) se ambas as afirmativas forem falsas.

    09. (FCC) Na figura abaixo, as setas I e II indicam,

    respectivamente:

    a) traqueia e laringe. b) pulmo e brnquios. c) traqueia e bronquolos. d) laringe e pulmes. e) brnquios e laringe.

    10. (UFBA) Qual das reaes abaixo ocorre nos

    capilares dos pulmes?

    a) CO2 + H2O H2CO3.

    b) H2CO3 H2 + HCO3

    c) HCO3 + H+ H2CO3

    d) H2O + CO2 H2CO3

    e) H2CO3 + CO2 H2O + 2CO2

    11. (FMU-SP) A reao Hb + 4 O2 Hb(O2)4, onde representa a hemoglobina, ocorre:

    a) nos pulmes.

    b) no corao.

    c) no fgado.

    d) no bao

    e) nos tecidos orgnicos em geral.

    12. (CESGRANRIO-RJ) Na expirao no ocorre:

    a) relaxamento do diafragma. b) diminuio do volume pulmonar. c) contrao da musculatura intercostal. d) aumento da presso intrapulmonar em relao

    presso atmosfrica. e) eliminao de dixido de carbono.

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    13. (FIUBE-MG) Considere a seguinte tabela, que representa a composio de diferentes substncias no ar inspirado e expirado por uma pessoa:

    Ar inspirado Ar expirado

    Substncia I 20,96 16,30

    Substncia II 0,04 4,00

    Substncia III 79,02 79,02

    TOTAL 100,00; 100,00

    As substncias I, II e III so respectivamente:

    a) nitrognio, oxignio e gs carbnico. b) nitrognio, gs carbnico e oxignio. c) oxignio, gs carbnico e nitrognio. d) oxignio, nitrognio e gs carbnico. e) gs carbnico, oxignio e nitrognio.

    14. (FCC) O ritmo respiratrio controlado por um

    centro nervoso do bulbo, influenciado especial-mente por variaes do pH do sangue.

    Essas variaes so causadas principalmente pela:

    a) ao de tampo do plasma sanguneo. b) dissociao da oxihemoglobina. c) combinao do oxignio com a hemoglobina,

    libertando ons H+.

    d) combinao do CO2 com H2O e consequente dissociao.

    e) combinao do CO2 com a hemoglobina libertado ons H

    +.

    15. (F.V.G. - SP) No homem a estrutura mais prxima

    do local onde se efetuam trocas gasosas entre o ar e o sangue :

    a) a cavidade nasal b) a faringe c) a traqueia d) a laringe e) o bronquolo

    16. (FEP-PA) Capilares como os que esto

    focalizados na figura podem ser encontrados no:

    a) corao b) fgado c) pulmo d) intestino e) crebro

    17. (FUVEST-SP) A obstruo dos bronquolos

    impede que o oxignio atinja:

    a) a faringe.

    b) o esfago.

    c) a laringe.

    d) a traqueia.

    e) os alvolos.

    18. (PUC-SP) As figuras A e B procuram simular

    situaes observadas durante a respirao.

    Aps a anlise dos eventos representados em A e

    B, podemos concluir que:

    a) em A est ocorrendo inspirao devido

    diminuio da presso atmosfrica.

    b) em A est ocorrendo inspirao devido

    diminuio da presso interna.

    c) em B est ocorrendo inspirao devido ao

    aumento da presso interna.

    d) em A est ocorrendo expirao devido ao

    aumento do volume pulmonar.

    e) em. B est ocorrendo expirao devido

    diminuio da presso interna.

    19. (CESCEM-SP) Nos seres vivos as trocas de

    materiais entre organismos e ambiente devem-se

    basicamente aos processos abaixo numerados:

    I. Difuso atravs de membranas permeveis.

    II. Osmose atravs de membranas

    semipermeveis.

    III. Transporte ativo.

    A absoro de O2 e o desprendimento de CO2 em

    todos os seres vivos so explicados exclusiva-

    mente por:

    a) I.

    b) II.

    c) III.

    d) l e lII.

    e) lI e III.

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    20. (FCM-MG) No homem, a forma sob a qual transportada a maior parte de gs carbnico no sangue :

    a) dissolvido no plasma. b) formando carbo-hemoglobina. c) em forma de cido carbnico. d) acoplado anidrase carbnica. e) formando ons bicarbonato.

    21. (FCC) Considere as reaes abaixo numeradas:

    I. CO2 + H2O H2CO3

    II. H2CO3 H+

    + HCO3

    III. HCO3 + H+ H2CO3

    IV. H2CO3 H2O + CO2

    Ocorre nos capilares dos pulmes apenas: a) I e II. d) I e III. b) lI e III. e) II e IV. c) III e IV.

    22. (UFBA) O monxido de carbono existente na

    fumaa dos cigarros e na fumaa dos automveis altamente txico para o organismo humano porque:

    a) combina-se facilmente com hemoglobina

    impedindo-a de fixar o oxignio indispensvel ao processo respiratrio.

    b) destri lentamente os glbulos vermelhos, reduzindo a capacidade de fixao do oxignio nos tecidos.

    c) obstrui os capilares alveolares, dificultando a realizao da hematose.

    d) diminui a capacidade pulmonar, baixando a frequncia dos movimentos respiratrios.

    e) fixa-se sobre os leuccitos, inibindo sua ao fagocitria.

    23. (UFMG) O transporte de CO2 no sangue dos verte-

    brados feito, principalmente, sob a forma de:

    a) carboxihemoglobina. b) ons HCO3, pela ao da anidrase carbnica. c) molculas dissolvidas no plasma. d) carbohemoglobina. e) oxihemoglobina.

    24. (F.Objetivo-SP) Considere o grfico:

    Sabendo-se que, no incio do perodo considerado, o sangue sofreu hematose, em I, II e III esto representadas as concentraes de gs carbnico do sangue, respectivamente, nos capilares do(s):

    a) pulmes, nos capilares dos tecidos e nas veias

    cavas.

    b) tecidos, nos capilares dos pulmes e nas veias

    cavas.

    c) corao, nas veias cavas e nos capilares dos

    pulmes.

    d) pulmes, nas veias cavas e nos capilares dos

    tecidos.

    e) tecidos, nas veias cavas e nos capilares dos

    pulmes.

    25. (PUC-SP) Considere as seguintes etapas do

    processo respiratrio no homem:

    I. Produo de ATP nas mitocndrias.

    II. Ocorrncia de hematose ao nvel dos alvolos.

    III. Transporte de oxignio aos tecidos pelas

    hemcias.

    A ordem em que essas etapas se realizam, a

    partir do momento em que um indivduo inspira

    ar do ambiente, :

    a) I - II-/ III.

    b) II - I - III.

    c) II - III - I.

    d) III - I - II.

    e) III - II - I.

    26. (UFRN) Durante a respirao, quando o diafragma

    se contrai e desce, o volume da caixa torcica

    aumenta, por conseguinte a presso

    intrapulmonar:

    a) diminui e facilita a entrada de ar.

    b) aumenta e facilita a entrada de ar.

    c) diminui e dificulta a entrada de ar.

    d) aumenta e dificulta a entrada de ar.

    e) aumenta e expulsa ar dos pulmes.

    27. (UFRS) A velocidade dos movimentos respira-

    trios aumenta quando, no sangue, a

    concentrao:

    a) da ureia aumenta.

    b) da carbohemoglobina diminui.

    c) de CO2 alta.

    d) da oxihemoglobina elevada.

    e) da carbohemoglobina permanece constante.

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    QUESTO DISCURSIVA (UFGO) "A respirao pulmonar baseia-se essencialmente no transporte de O2 do ar ambiente para as clulas e do transporte do CO2 das clulas para a atmosfera."

    a) O que feito do O2 nas clulas? _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    b) Explique como se realiza o transporte do CO2.

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________________

    GABARITO

    Gabarito Sistema Respiratrio

    01 - B 15 - E

    02 - D 16 - C

    03 - B 17 - E

    04 - D 18 - B

    05 - C 19 - A

    06 - D 20 E

    07- E 21 C

    08 - E 22 A

    09 - C 23 B

    10 - C 24 A

    11 - A 25 C

    12 - C 26 A

    13 - C 27 E

    14 - D

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    ENZIMAS 1. CONCEITO So biocatalisadores, isto , so catalisadores orgnicos de natureza proteica, produzidos pelas clulas ao

    nvel do retculo endoplasmtico rugoso, podendo atuar dentro ou fora das clulas. 2. CARACTERSTICAS

    a) agem at mesmo em pequenas quantidades. b) no catalisam reaes que por si s no se realizariam. c) no alteram o equilbrio da reao. d) atuam em reaes reversveis.

    3. IMPORTNCIA Sendo biocatalisadores, participam das reaes metablicas, na respirao celular e em todos os fenmenos

    orgnicos. A grande maioria das reaes qumicas da clula se processariam muito lentamente se no fosse a participao de enzimas. As enzimas aceleram as reaes que participam porque diminui a energia de ativao das mesmas. (Energia de ativao a energia necessria para dar incio a qualquer reao qumica).

    4. CONSTITUIO As enzimas so constitudas de duas pores: a) COENZIMA ou COASE

    b) APOENZIMA ou APOASE HOLOENZIMA = COENZIMA + APOENZIMA

    A COENZIMA geralmente uma vitamina do complexo B, a parte no proteica, representa o centro ativo da enzima, isto ,

    onde se processam as reaes (promove as reaes). A APOENZIMA a parte proteica responsvel pela escolha da reao, portanto, age como indicador do substrato

    (ESPECIFICIDADE). Genericamente chamamos de substrato ao meio onde a enzima atua. Desta forma durante uma reao

    qumica se estabelece temporariamente um complexo enzima-substrato, que resultar no produto da reao. Toda enzima se combina especificamente a um certo substrato (atravs da apoenzima), por meio de um ponto

    de encaixe em sua estrutura. Uma enzima ao participar de uma reao qumica chega ao seu final com sua estrutura inalterada, o que

    permite concluir que a mesma enzima pode catalisar vrias reaes, desde que seja preenchido o requisito especificidade.

    5. PROPRIEDADES GERAIS

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    A) TEMPERATURA - medida que aumenta a temperatura, a intensidade da ao enzimtica aumenta at

    um ponto timo de temperatura, isto , onde a atividade enzimtica mxima. Geralmente, o ponto timo de temperatura da maioria das enzimas est em torno de 36 a 38C. Se a

    temperatura se eleva excessivamente, a enzima sofre desnaturao, isto desorganiza sua estrutura, perdendo suas propriedades. Quando isso ocorre, a enzima no mais voltar ao seu estado inicial, normal, mesmo que a temperatura volte a baixar.

    Em temperatura abaixo de 0C as enzimas ficam em estado LATENTE, isto , no possuem ao, porm no destroem.

    As enzimas que atuam no funcionamento celular do corpo humano tm atividade mxima numa temperatura em torno de 37C (esse o seu ponto mais timo de temperatura). A febre se constitui, portanto, numa ameaa

    integridade funcional dessas enzimas.

    b) PH ESPECFICO - Cada enzima possui o seu pH especfico para funcionar. A pepsina, por exemplo,

    integrante do suco gstrico, s atua em pH cido em torno de 1,8 e 2,2; a tripsina do suco pancretico atua em meio alcalino com pH de 8 a 9. Quando uma enzima est fora do seu pH especfico, torna-se inativa.

    c) CONCENTRAO DO SUBSTRATO - A velocidade da ao enzimtica proporcional concentrao do substrato. Aumentando-se o substrato aumenta a velocidade da reao at um certo limite. A partir desse ponto timo, aumenta-se o substrato e a velocidade da reao no mais aumentar.

    Ao nvel da concentrao Y do substrato, a velocidade da reao atingiu o

    mximo (registrado pelo ponto X). A partir da, mesmo que se aumente a concentrao de substrato (mantendo a concentrao enzimtica), a velocidade da reao no mais aumentar.

    d) REVERSIBILIDADE - As enzimas canalizam reaes reversveis.

    e) MODO DE CATLISE - Atuam exclusivamente sobre a velocidade das reaes acelerando-as. Em virtude

    da propriedade de acelerar as reaes bioqumicas em limites compatveis vida, as enzimas, so de grande utilidade no metabolismo celular.

    f) MODO DE AO - A funo da enzima diminuir a energia de ativao dos substratos, imprescindvel para que se inicie uma reao.

    6. NOMENCLATURA

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    feita colocando-se o sufixo ASE ao substrato ou ASE ao nome da reao promovida pela enzima, EX.: MALTASE, PROTEASE ou HIDROLASE, OXI-REDUTASE.

    Antigamente os nomes das enzimas eram dados arbitrariamente. Ex.: PTIALINA, PEPSINA, TRIPSINA, etc. 7. CLASSIFICAO QUANTO AO LOCAL DE ATUAO

    EXOENZIMAS - ou enzimas extracelulares - so aquelas que so elaboradas pelas clulas, so eliminadas, indo exercer sua atividade no meio externo. Ex.: Enzimas do suco gstrico, intestinal, pancretico.

    ENDOENZIMAS - ou enzimas intracelulares - so aquelas elaboradas pelas clulas que atuam no interior das clulas. Ex.: Enzimas do lisossomo, mitocndrias.

    8. INIBIDORES ENZIMTICOS So substncias capazes de reduzir ou mesmo inibir determinadas enzimas, fazendo-o por meio de anti-

    vitamina (na coase) ou por desnaturao protdica (calor, cido, etc.) A INIBIO ENZIMTICA PODE SER FEITA DE TRS MANEIRAS. a) INIBIO COMPETITIVA - o inibidor compete com o substrato para ocupar o centro ativo. Esta uma

    inibio reversvel.

    b) INIBIO NO COMPETITIVA - Combinao reversvel da enzima com metais pesados, alterando a sua

    estrutura tridimensional e bloqueando a sua ao.

    c) INIBIO IRREVERSVEL - modificao definitiva na molcula da enzima.

    9. PROENZIMA So precursores de enzimas, em estado latente, que se convertero na forma ativa sob ao de uma

    determinada substncia. 10. FEEDBACK ou RETROALIMENTAO Alguns produtos finais da atividade enzimtica controlam seu prprio desencadeamento. Esse mecanismo de

    controle chamamos de "FEEDBACK" que clico e consiste em:

    ALIMENTOS 1. NUTRIO O alimento desempenha vrias funes no organismo: fornece energia para todos os processos vitais, supre o

    organismo de substncias que permitem o crescimento e regenerao dos tecidos alm dos fatores reguladores essenciais a inmeros processos fisiolgicos as VITAMINAS.

    2. CLASSIFICAO DOS ALIMENTOS a) alimentos PLSTICOS So alimentos utilizados para reparar as clulas ou construo celular - AS PROTENAS b) alimentos ENERGTICOS So aqueles que fornecem energia: so os CARBOIDRATOS. c) Alimentos MISTOS Fornecem energia e participam da construo celular: AS GORDURAS. d) alimentos REGULADORES Regulam atividades fisiolgicas do organismo: as VITAMINAS.

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    3. ALIMENTOS PROTENAS possuem funo plstica ou estrutural, isto , constituem o principal componente de construo

    da clula. As protenas so macromolculas constitudas pela unio de muitos aminocidos. Apesar de existirem vinte aminocidos diferentes na natureza, nosso corpo necessita apenas de dez tipos, chamados aminocidos essenciais, com os quais ele sintetiza os outros dez. As protenas animais, como as do ovo, do leite, do queijo, carne, aves, peixe so completas, isto , possuem todos os aminocidos essenciais na proporo ideal para nosso organismo. J as protenas' vegetais so geralmente incompletas, pois no apresentam os aminocidos essenciais em boa quantidade. Por isso torna-se necessrio a mistura de vrios alimentos.

    Uma pessoa adulta precisa consumir cerca de 70 gramas de protena por dia. Glicdios. Os glicdios, acares, hidratos de carbono ou carboidratos so nutrientes energticos por

    excelncia, pois constituem a principal fonte de energia para o organismo. So abundantes nos cereais, como o arroz, o trigo (e seus derivados: po, farinha, massa, etc.) e o milho, nas frutas, nas razes e nos tubrculos (batata, mandioca, beterraba), no mel, no acar comum e na rapadura.

    A necessidade de glicdios varia com a atividade fsica da pessoa, a idade, o peso etc. Um homem com profisso de pouca atividade fsica precisa consumir cerca de 3.000 calorias por dia, enquanto um trabalhador com grande atividade fsica gasta em mdia 3.800 calorias por dia. Uma grama de glicdios produz 4 calorias.

    Lipdios. Os lipdios so nutrientes com funo energtica e plstica: servem como reserva de energia e tomam parte da formao das membranas das clulas. So encontrados no leite e em seus derivados (principalmente a manteiga), no ovo (gema), na carne, no toucinho, em certos produtos de origem vegetal (margarina, leo de soja, de milho, etc.) e em frutas, como o abacate, a noz, etc. Um grama de lipdio produz cerca de 9 calorias.

    Vitaminas. So nutrientes reguladores, pois, juntamente com as enzimas, controlam as reaes qumicas do corpo, sendo, portanto indispensveis para o bom desempenho das funes orgnicas. Normalmente, no h a menor necessidade de tomar remdios, base de vitaminas, pois nosso corpo automaticamente suprido delas, caso receba uma dieta variada com leite, legumes, verduras e frutas.

    As vitaminas lipossolveis dissolvem-se bem em gorduras e predominam nos alimentos gordurosos, como

    leite, ovos e queijo. o caso das vitaminas A, D e K. As hidrossolveis, que se dissolvem em gua, so encontradas em cereais, verduras e frutas. o caso da vitamina C e vitaminas do complexo B. O excesso de vitaminas hidrossolveis eliminado pela urina, enquanto as vitaminas lipossolveis so metabolizadas pelo fgado; por isso, quando ingeridas em grande quantidade, podem trazer problemas para o organismo.

    Calorias despendidas por peso de 64 kg., em um dia normal de atividade

    Atividade No de horas Peso corporal

    No de

    quilocalorias p/h. Quilocalorias necessrias

    Dormindo 8 64 1,0 512,0

    Sentado 3 64 1,4 268,8

    Escrevendo 5 64 1,6 512,00

    Em p 2 64 1,8 230,4

    Andando 3 64 3,0 576,0

    Em exerccio 3 64 5,0 960,0

    TOTAL 3.059,2 * Caloria uma unidade de medida de energia. Uma caloria uma quantidade de energia necessria para elevar a

    temperatura de 1 grama de gua em 1 grau centgrado. Quilocaloria, abreviadamente Kcal, corresponde a 1.000 calorias.

    QUADRO DAS PRINCIPAIS VITAMINAS

    Calorias despendidas em diversas situaes

    Atividade Quilocalorias despendidas por hora para cada quilo de

    peso corporal

    Dormindo 1,0

    Sentado 1,4

    Sentado, escrevendo 1,6

    Em p 1,8

    Andando devagar 3,0

    Andando depressa 3,6

    Exerccio intenso 5,0

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    O grfico abaixo mostra a composio aproximada de alguns alimentos.

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    LEITURA COMPLEMENTAR As clulas do nosso corpo, assim como todas as clulas, necessitam de energia para viver, repor perdas e

    produzir mais matria orgnica que nos possibilite a crescer.

    A energia que consumimos fornecida atravs dos alimentos que ingerimos, que aps o processo digestivo,

    os produtos finais da digesto assimilveis, so absorvidos no intestino e distribudos atravs do sangue para

    todas as clulas do nosso corpo.

    A energia dos alimentos geralmente medida em quilocalorias (kcal), embora as pessoas, por hbito, utilizem

    como sinnimo o termo calorias (cal).

    Cada pessoa necessita, para realizar suas atividades, de um mnimo de energia, cujo valor varia de acordo

    com a idade, a estatura, a estrutura ssea, a atividade fsica, entre outros. Em geral, uma aluna de 2o grau que

    tenha uma atividade normal, sem exagero em atividade fsica, necessita em torno de 1.800 a 2.000 calorias por

    dia. Um aluno de 2o grau, nas mesmas condies, necessita em tomo de 2.200 a 2.500 calorias por dia.

    Um grama de carboidrato ou de protena fornece cerca de 4 calorias, enquanto um grama de lipdio fornece 9

    calorias.

    Para voc ter uma ideia da quantidade de calorias de alguns alimentos e o que necessrio fazer para

    queimar todas as calorias contidas neles, analise o grfico a seguir:

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    A tabela mostra quanto tempo o organismo gasta para queimar as calorias dos alimentos em cada atividade.

    Quando ingerimos alimentos acima das nossas necessidades dirias, o inevitvel acontece: engordamos.

    Todo o alimento ingerido em excesso transformado em gordura e depositada nas nossas clulas adiposas. Assim, o segredo para manter o nosso peso adequado comer somente o necessrio para fornecer a energia

    que o nosso corpo precisa para funcionar bem. Se comermos mais, engordamos. Se comermos menos, nossos estoques de gordura vo diminuindo, pois a gordura que estava reservada vai sendo "queimada", ou seja, degradada, a fim de fornecer a energia necessria para o funcionamento do nosso organismo; nesse caso, emagrecemos.

    Alm de nos preocuparmos com as calorias, devemos nos preocupar tambm em ter uma dieta balanceada, rica em vitaminas e sais minerais.

    A BIOLOGIA NO VESTIBULAR 01. (FAFI-BH) So substncias inorgnicas da clula:

    a) cidos nuclicos. b) protenas. c) lipdios. d) sais minerais. e) carboidratos.

    02. (FAFI-BH) Afeco bucal, com irritao das gengivas, que se tornam vermelhas e facilmente sangrantes,

    enfraquecimento dos dentes, quadros hemorrgicos generalizados e principalmente articulares e digestivos so consequncias da falta de vitamina:

    a) A b) B c) C d) D e) E

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    03. (PUC-RS) Existe uma vitamina muito importante para o bom funcionamento do nosso organismo, visto ser necessria formao de uma srie de substncias indispensveis coagulao do sangue. Por isso, quando se verifica sua deficincia, a coagulao sangunea fica prejudicada. O texto acima refere-se vitamina:

    a) A b) C c) D d) E e) K

    04. (Fatec-SP) Os nutrientes desempenham vrias

    funes no organismo humano: fornecem energia para todos os processos vitais; suprem o organismo de substncias que permitem o crescimento e regenerao das partes do corpo; regula os processos fisiolgicos.

    A alternativa que relaciona a sequncia dos nutrientes com as funes acima discriminadas :

    a) carboidratos; vitaminas; protenas. b) vitaminas; protenas; carboidratos. c) protenas; vitaminas; carboidratos. d) carboidratos; protenas; vitaminas. e) vitaminas; carboidratos; protenas.

    05. (FMU-FIAM-FAAM-SP) Nos regimes de

    emagrecimento, a restrio ao consumo de nutrientes com alto poder calrico indica que deve ser reduzido o consumo de:

    a) carboidratos e protdeos. b) carboidratos e aminocidos. c) aminocidos e protdeos. d) lipdios e protdeos. e) lipdios e carboidratos.

    06. (UA-AM) A carncia das, vitaminas C, D e B12

    produz, respectivamente:

    a) o raquitismo, o beribri e o escorbuto. b) o beribri, o raquitismo e a anemia. c) o escorbuto, o beribri e o raquitismo. d) o beribri, o escorbuto e o raquitismo. e) o escorbuto, o raquitismo e a anemia.

    07. (UFPI) "Vitamina que pode ser fabricada na pele,

    por estimulao da radiao ultravioleta e relacionada fixao do clcio nos ossos. Sua falta em crianas provoca o raquitismo. O texto refere-se vitamina:

    a) A b) B c) C d) D e) E

    08. (FEPA) O DNA e o RNA-so constitudos de

    muitas unidades, os nucleotdeos. Cada

    nucleotdeo constitudo por um- grupo fosfato,

    uma pentose e uma base nitrogenada.

    A diferena entre DNA e RNA se estabelece:

    a) na pentose e nas bases nitrogenadas.

    b) no fosfato e nas bases nitrogenadas.

    c) na pentose e no fosfato.

    d) na pentose, nas bases nitrogenadas e no

    fosfato.

    e) apenas nas bases nitrogenadas.

    09. (FGV-SP) Glicognio e celulose tm em comum,

    na sua composio, molculas de:

    a) aminocidos.

    b) cidos graxos.

    c) carboidratos.

    d) protenas.

    e) glicerol.

    10. (FMSantos-SP) A respeito de hexoses e pentoses,

    podemos afirmar que:

    a) ambas fazem parte das molculas dos cidos

    nuclicos.

    b) ambas so carboidratos.

    c) ambas so polissacardeos.

    d) ambas fazem parte do componente esqueltico

    da parede das clulas vegetais.

    e) nenhuma das citadas.

    11. (UCS) Em uma refeio composta por arroz, feijo,

    bife, verdura cozida, salada crua, suco de fruta e

    doce, de sobremesa, no aproveitamos como

    nutriente a substncia denominada:

    a) sacarose.

    b) frutose.

    c) celulose.

    d) aminocidos.

    e) cido ascrbico.

    12. (UFPI) So exemplos de protenas:

    a) hemoglobina e colgeno.

    b) colesterol e quitina.

    c) celulose e insulina.

    d) glicognio e miosina.

    e) lactose e citocromo.

  • 36

    BIOLOGIA

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    VILAS

    13. (UFMS) Nos seres vivos, a gua o componente

    qumico mais abundante, contudo, as molculas

    orgnicas apresentam a maior variedade. De

    acordo com as molculas orgnicas, correto

    afirmar que:

    01. os cidos nuclicos s esto presentes em

    animais e vegetais.

    02. a glicose um carboidrato usado como

    combustvel celular.

    04. a falta de vitaminas no provoca danos ao

    organismo.

    08. os lipdios so insolveis na gua.

    16. as protenas so formadas pela polimerizao

    de aminocidos.

    32. as enzimas so protenas que atuam como

    catalisadores orgnicos.

    14. (UFMS) Os organismos animais conseguem

    sintetizar a maioria dos aminocidos. As reaes de sntese ocorrem nas clulas do parnquima heptico. Porm, alguns aminocidos no so sintetizados pelos animais. Em relao a essas molculas, correto afirmar:

    01. Os aminocidos naturais so aqueles

    produzidos no organismo.

    02. Os aminocidos essenciais so aqueles que

    devem ser obtidos atravs da alimentao.

    04. Nas protenas da carne, do leite e dos ovos

    encontram-se todos os aminocidos

    essenciais, sendo, por isso, considerados

    alimentos completos.

    08. Os aminocidos so as unidades dos cidos

    nuclicos.

    16. Um elevado nmero de aminocidos pode se

    originar por hidrlise de uma protena.

    15. (PUC-RJ) Analise as afirmativas abaixo sobre os

    papis desempenhados pela gua:

    I. Contribui para a estabilidade dos coloides,

    formando uma capa de hidratao em torno

    das micelas.

    II. Funciona como isolante trmico para seres que

    vivem em ambientes aquticos de clima frio.

    III. Atua, graas energia cintica das suas

    molculas, como catalisador enzimtico.

    E (so) correta(s): a) II, apenas. b) III, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III.

    16. (Unimep-SP) Das substncias a seguir, assinale aquela que tem funo basicamente energtica:

    a) vitaminas; b) sais minerais; c) carboidratos; d) protenas; e) nenhuma das alternativas.

    17. (UFCE) Em bolses de pobreza, onde h carncia

    de vitamina D, os indivduos no:

    a) regulam a formao dos glbulos do sangue. b) metabolizam carboidratos. c) mantm a integridade dos tecidos epiteliais. d) regulam o metabolismo do clcio e do fsforo. e) coagulam o sangue.

    18. (FAAP-SP) Leia com ateno os versos abaixo:

    E foi que de doena crua e feia, A mais que eu nunca vi, desamparam Muitos a vida, e em terra estranha e alheia Os ossos para sempre sepultaram. Quem haver que sem o ver o creia? Que to disformemente ali lhe incharam As gengivas na boca, que crescia A carne, e juntamente apodrecia: Apodrecia cum ftido e bruto Cheiro, que o ar vizinho inficionava: No tnhamos ali mdico astuto, Cirurgio sutil menos se achava; Mas qualquer, neste ofcio pouco instruto Pela carne j podre assim cortava, Como se fora morta; e bem convinha, Pois que morto ficava quem a tinha. Os Lusadas - Cames, Canto V, 81/82 De acordo com os versos de Cames, a doena acima descrita :

    a) Raquitismo, devido falta de vitamina D b) Xeroftalmia, devido falta de vitamina A c) Escorbuto, devido falta de vitamina C d) Anemia, devido falta de vitamina B12 e) Beribri, devido falta de vitamina B1

    GABARITO DO CAPTULO

    01) D 10) B

    02) C 11) C

    03) E 12) A

    04) D 13) 02, 08, 16, 32

    05) E 14) 01,02, 04, 16

    06) E 15) B

    07) D 16) C

    08) A 17) D

    09) C 18) C

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    SISTEMA DIGESTRIO

    1. INTRODUO O alimento que ingerimos corresponde a uma mistura de vrios alimentos, slidos, lquidos onde esto

    presentes amido, gorduras, protenas, gua, vitaminas, sais minerais, etc. As molculas pequenas como gua, sais minerais e vitaminas, so absorvidas pelo tubo digestivo sem sofrer modificao. Porm, as molculas maiores, precisam ser quebradas at se tornarem pequenas o suficiente para serem absorvidas.

    2. CONCEITO A digesto , portanto, o processo de fragmentao das molculas de alimento at um tamanho tal que

    permitam ser absorvidas. 3. COMPONENTES:

    -BOCA

    -FARINGE

    -ESFAGO

    -ESTMAGO

    -DUODENO

    INTESTINO DELGADO -JEJUNO

    -ILEO

    -COLO ASCENDENTE

    -COLO TRANSVERSO

    -COLO DESCENDENTEINTESTINO GROSSO

    -SIGMIDE

    -RETO

    -NUS

    GLNDULAS SALIVARES

    GLNDULAS ANEXAS FGADO

    PNCREAS

    4. FENMENOS DA DIGESTO

    MASTIGAO

    DEGLUTIO

    A) MECNICOS MOVIMENTOS PERISTLTICOS

    ABSORO

    DEFECAO

    lNSALIVAO

    B) QUMICOS QUIMIFICAO

    QUILIFICAAO

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    BOCA A digesto comea na boca por um movimento

    mecnico que denominamos de mastigao. A mastigao feita pelos dentes e tem como objetivo triturar bem os alimentos reduzindo-os a bocados menores, facilitando desta forma a ao das enzimas digestivas.

    medida que o alimento mastigado, mistura-se com a saliva, secretada pelas glndulas salivares, e que contm muco e uma enzima digestiva que denominada de AMILASE salivar ou PTIALINA, que atua sobre o amido transformando-o em MALTOSE. O muco produzido pelas glndulas salivares lubrifica o bolo alimentar, facilitando a deglutio. Portanto, ha boca s ocorre digesto do amido; as outras substncias passam pela boca sem sofrer nenhuma modificao.

    Sob a ao da enzima amilase salivar, lanada na cavidade bucal por trs pares de glndulas sali