Sistema de informações logísticos
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SISTEMA DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOSTécnico em Logística PRONATEC
Professor: Juarez Junior
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas o mundo dos
negócios tem enfrentado sérios desafios
decorrentes da mudança da Era Industrial para
a Era da Informação. Esta mudança foi em
grande parte liderada pelos avanços acelerados
na área de tecnologia da informação (TI).
INTRODUÇÃO
Na área de logística, esta rápida evolução
implica também em profundas mudanças. A TI
aplicada à logística ajuda a reduzir os custos logísticos
e redefine organizações e suas interconexões. Neste
contexto, os sistemas de informações logísticos (SIL),
apoiados pela TI, assumem papel importante no
aumento da competitividade logística de uma
empresa, na medida que permite coletar, armazenar,
disseminar e processar dados com relativa efetividade
e rapidez.
INTRODUÇÃO
No entanto, para se entender melhor os SIL,
faz-se necessário de antemão entender
o conceito por traz de termos mais primários como:
dados e informações. Dado: “É qualquer elemento
identificado em sua forma bruta que, por si, não
conduz a uma compreensão de um determinado fato
ou situação.” (OLIVEIRA, 2002, p.51) Já a informação,
segundo Stair (1998) é um conjunto de fatos
organizados que adquiram valor adicional além do
fato em si.
INTRODUÇÃO
Ou seja, o que trafega dentro dos SI são dados e não
informações, pois de forma genérica, a tecnologia
computacional trabalha com código binário, o que
caracteriza os SI como manipulador de dados, e não de
informações, já que o dado só vira informação quando se faz,
de algum sentido, para alguém. A tecnologia computacional
não analisa dados ou informações. Todos os processos
utilizados (algoritmos) por computadores são previamente
programados por alguém, ou seja, o modelo de inteligência
computacional vêm de um conhecimento humano, através
da linguagem de programação.
INTRODUÇÂO
Os SI são, na verdade, um conjunto de partes
integradas e dependentes entre si, que trabalham com um
objetivo em comum, utilizando recursos computacionais. “É
uma série de elementos ou componentes inter-relacionados
que coletam (entrada), manipulam e armazenam
(processo), disseminam (saída) os dados e informações e
fornecem um mecanismo de feedback.” (STAIR, 1998. p.11)
Apesar do autor citar em seu conceito “dados e
informações”, é questionável o fato de que: o que é dado
para alguns, pode ser informação para outros.
INTRODUÇÃO
Os SIL, segundo BALLOU (2006), podem
ser descritos pelas suas funcionalidades e
operação interna, já NAZÁRIO (2007) conceitua:
“Os sistemas de informações logísticas
funcionam como elos que ligam as atividades
logísticas em um processo integrado,
combinando hardware e software para medir,
controlar e gerenciar as operações logísticas.”
INTRODUÇÃO
Apesar do conceito ser semelhante, os
autores divergem na subdivisão dos sistemas.
BALLOU (2006) os divide em: Sistema de
Gerenciamento de Pedidos (SGP), Sistema de
Gerenciamento de Armazéns (SGA) e Sistema de
Gerenciamento de transportes (SGT) o que pode
retratar um modelo vertical, e NAZÁRIO (2007):
Sistema Transacional, Controle Gerencial, Apoio à
Decisão e Planejamento Estratégico, que serão
estratificados a seguir:
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
O maior propósito da coleta de informações
para as empresas é sua utilização no processo
decisório, que vai de medidas estratégicas a
operacionais, logo, facilitando as operações do
negócio. Segundo o autor, um SIL precisa ser
abrangente e ter a capacidade suficiente para
permitir a comunicação não apenas entre as áreas
funcionais da empresa, mas também entre os
membros do canal de suprimentos
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
Neste sentido, ele pode ser subdividido em
três subsistemas principais, que são:
1) Sistema de gerenciamento de pedidos (SGP);
2) sistema de gerenciamento de armazéns (SGA);
3) sistema de gerenciamento de transportes
(SGT).
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
Sistema de gerenciamento de pedidos (SGP):
Este sistema é o que tem o primeiro contato com o
cliente, na procura dos produtos e da colocação dos
pedidos. O SGP entra em contato com o sistema de
gerenciamento de armazéns para atualizar sobre a
situação da disponibilidade dos produtos, a partir
dos estoques ou programas de produção. Isso gera
uma informação sobre a localização do produto
na cadeia de suprimentos, bem como, quantidades
disponíveis e até o prazo de entrega.
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
Sistema de gerenciamento de armazéns
(SGA): Pode englobar o SGP ou ser tratado de
forma separada, tamanha importância da
integração entre os dois sistemas. Em outras
palavras o SGP verifica com o SGA a
disponibilidade de produtos, para seja conhecido o
que a empresa tem para vender. É um sistema
que assessora no gerenciamento do fluxo ou
armazenamento de produtos nas instalações da
rede logística.
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
O SGA pode ser dividido em cinco funções
principais. Entrada: O produto é desembarcado nas
docas de recebimento do armazém e identificado
por código e quantidade. Estocagem: de acordo
com o espaço disponível e nas regas do leiaute de
estocagem (definidas previamente e provavelmente
em conjunto, do programador com os responsáveis
pelo setor) o SGA aloca o produto que chega a um
local específico para posteriormente ser tirado.
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
Gerenciamento de estoque: O SGA
monitora os níveis do produto nos pontos de
estocagem no armazém. Se os níveis atingirem
o limite (de acordo com as regras pré
estabelecidas) o pedido de reposição é
transmitido ao departamento de compras ou
diretamente para o fornecedor. Processamento
de pedidos e retirada: identifica os itens
solicitados nos pedidos.
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
Divide o pedido a fim de adequá-lo às condições
de separação e organiza o fluxo do pedido ao longo das
diversas áreas de armazenagem a fim de que os itens
consigam chegar às docas de embarque com um
pedido completo e na sequência apropriada com outros
pedidos, para serem embarcados. Preparação para o
embarque: pedidos de clientes localizados na mesma
região são escolhidos simultaneamente a fim de
chegarem no ponto de embarque e na carroceria do
caminhão, contêiner ou vagão ferroviário, ao mesmo
tempo.
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
Sistema de gerenciamento de transportes
(SGT): o SGT tem como função principal, cuidar
do transporte da empresa e para a empresa. Dá
assistência ao planejamento e controle da
atividade de transportes da empresa: seleção de
modais, consolidação de fretes, roteirização e
programação dos embarques, processamento de
reclamações, rastreamento dos embarques e
faturamento e auditagem dos fretes.
SUBDIVISÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICOS SOB A ÓTICA DE RONALD BALLOU (2006)
Para o autor, o SGP, o SGA e o SGT, embora
focados em diferentes aspectos das operações
logísticas, devem comunicar-se de forma integrada para
a concretização das operações logísticas. Estes
subsistemas só farão sentido para o um SIL consistente
se operacionalizados de forma integrada. Caso
contrário, boa parte das informações relevantes ao
gerenciamento das operações logísticas não estarão
disponíveis aos gerentes, prejudicando a eficiência e
eficácia do sistema logístico como um todo.
DESAFIOS PARA OCORRÊNCIA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES NAS EMPRESAS
O uso de ferramentas tecnológicas vêm
crescendo desde a Revolução Industrial, onde começou-
se a substituição de homens por máquinas, nas
fábricas. Nota-se que esta substituição sempre ocorreu
em níveis operacionais. Mesmo hoje, a tecnologia tem
substituído desempenho humano em processos físicos
facilmente, através de automação comercial, que
proporciona uma série de benefícios, mas nota-se a
dificuldade em substituir o desempenho humano em
processos lógicos, por tecnologia.
DESAFIOS PARA OCORRÊNCIA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES NAS EMPRESAS
Integração;
Desenvolvimento de SI internamente é o mais
indicado, porém altos custos e demora na implantação;
Pacotes (softwares prontos de terceiros) são mais
baratos, porém podem não atender as exigências;
Risco de implantação: a empresa pode pagar pelo
software ou desenvolvimento, e a solução fracassar na
implantação (perda de recursos);
Resistência à mudança;
DESAFIOS PARA OCORRÊNCIA DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES NAS EMPRESAS
Não há um responsável, geralmente, pela área de SI desde o início
da empresa, logo como o SI não cresce conforme a empresa, a
implantação tende a ser mais difícil;
Analistas de SI sem experiência em assuntos empresariais;
Implantação de SI aos poucos, geralmente por setores, as vezes,
desintegrados, o que pode retratar uma “concha de retalhos” nos SI;
Geralmente as soluções de SI prontas (pacotes) não possuem foco
em logística, quando são soluções para toda a empresa (ERP);
O maior desafio de todos: Triar as informações relevantes nas
“entradas” do sistema.
INFORMAÇÕES GERENCIAIS/BENEFÍCIOS NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
Localização/direção dos veículos;
Controle total dos ciclos operacionais;
Otimização de recursos da empresa;
Fim dos desvio de rota;
Acompanhamento dos tempos de carga e
descarga;
Integração com roteirizadores;
INFORMAÇÕES GERENCIAIS/BENEFÍCIOS NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
Solução simultânea dos problemas de
manutenção;
Monitoramento do tempo de parada do motorista;
Padronização, qualidade e pontualidade da
entrega;
Informação mais precisa, e mais valiosa (“Tempo é
dinheiro!”);
Tendência a erro “zero”;
INFORMAÇÕES GERENCIAIS/BENEFÍCIOS NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
Incremento no nível de serviço;
Redução dos custos;
Redução dos espaços de armazenamento;
Redução do tempo de manuseio;
INFORMAÇÕES GERENCIAIS/BENEFÍCIOS NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
Melhoria na eficiência dos processos
logísticos;
Pode ultrapassar os limites da empresa,
facilitando o escoamento das informações;
Tendência a redução do estoque de
segurança;
Melhora o planejamento da mão-de-obra,
níveis de estoque, utilização de espaços.
REFLEXÕES
Se a integração entre toda a cadeia é tão importante, o fluxo
de informações vai correr pelo correio? E-mail? Telefone?
Como será feito o compartilhamento das informações?
Através de um mural? Papel?
Por que é mais fácil substituir o homem, quando o trabalho é
físico e não lógico?
Até que ponto devo compartilhar informações com os
participantes da cadeia?
BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2002.STAIR, Ralf M. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998.BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.