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Redigido com informação disponível até 23 de dezembro de 2016 Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes – 3.º trimestre de 2016

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Redigido com informação disponível até 23 de dezembro de 2016

Sistema Bancário Português

Desenvolvimentos Recentes – 3.º trimestre de 2016

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Índice

• Sistema bancário português – Avaliação global

• Indicadores macroeconómicos e financeiros

• Sistema bancário português

• Estrutura de balanço

• Liquidez e financiamento

• Qualidade dos ativos

• Rendibilidade

• Solvabilidade

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Sistema bancário português – Avaliação global

I. Estrutura de balanço

• O ativo total do sistema bancário continuou a diminuir de forma gradual no terceiro trimestre de 2016, refletindo aevolução do crédito concedido.

II. Liquidez e financiamento

• O rácio de transformação e o gap comercial reduziram-se em relação ao trimestre anterior, tal como ofinanciamento obtido junto do Eurosistema.

III. Qualidade dos ativos

• O rácio de crédito em risco diminuiu ligeiramente no terceiro trimestre de 2016, refletindo essencialmente aevolução no segmento das sociedades não financeiras.

IV. Rendibilidade

• Apesar de ligeiramente positiva, a rendibilidade do sistema bancário nos três primeiros trimestres de 2016decresceu em termos homólogos, devido, em grande parte, a uma diminuição expressiva dos resultados comoperações financeiras, que tinham sido elevados no período homólogo.

• A margem financeira cresceu em relação aos três primeiros trimestres de 2015, em resultado de uma redução mais

acentuada dos encargos com juros do que a redução dos rendimentos com juros.

V. Solvabilidade

• Os níveis de solvabilidade aumentaram ligeiramente no terceiro trimestre de 2016, devido, sobretudo, à reduçãodos ativos ponderados pelo risco.

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-6,0

-1,8

1,5 0,1 0,4-0,5

0,5

1,52,1

1,6

1,5 1,20,7

1,2

-8

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-2

0

2

4

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Balança de capital Balança corrente

-1,8

-4,0

-1,1

0,91,6

0,30,8

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Taxa de crescimento do PIB – Volume, em %

Indicadores macroeconómicos e financeiros (I/IV)

Balança corrente e de capital, em % do PIB

No terceiro trimestre de 2016, oPIB registou uma taxa de variaçãoem cadeia positiva (0,8%),significativamente superior à dostrimestres anteriores.

Em termos homólogos, o PIBcresceu 1,6%.

Em relação ao segundotrimestre, a balança corrente e decapital cresceu cerca de 1,4 p.p.do PIB, devido, sobretudo, aoaumento da primeiracomponente. Em relação aotrimestre homólogo, a balançacorrente e de capital decresceu0,4 p.p. do PIB.

Ainda em termos homólogos,mas considerando os noveprimeiros meses de 2016, o saldoda balança corrente e de capitaldecresceu 0,6 p.p. do PIB, para1,0% do PIB.

Gráfico 1

Nota: Os valores trimestrais correspondem a taxas de variação em cadeia. As estatísticas das contas nacionais e da balançade pagamentos apresentadas incorporam já as regras emanadas pelo Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais naUnião Europeia (SEC 2010) e pelo Manual da Balança de Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional (BPM6).

//

Nota: Os dados trimestrais encontram-se ajustados de sazonalidade.

Gráfico 2

//

Fonte: Banco de Portugal e INE

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-7,4-5,7

-4,8 -4,4-3,1 -2,6

-1,7

-2,8

-1,3

-8

-6

-4

-2

02011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

12,9

15,8 16,5

14,112,6

11,2 10,9

0

3

6

9

12

15

18

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Taxa de desemprego, em % da população ativa

Saldo orçamental, em % do PIB

Fonte: Banco de Portugal e INE

Gráfico 4

Gráfico 3

Indicadores macroeconómicos e financeiros (II/IV)

Dívida pública

(% do PIB)

//

A taxa de desemprego cifrou-seem 10,9% no terceiro trimestrede 2016, diminuindo 0,3 p.p. faceao trimestre anterior e 1,4 p.p.face ao trimestre homólogo.

O rácio de dívida públicasituou-se em 133,2% do PIB nofinal do terceiro trimestre de2016, tendo aumentado 1,4 p.p.do PIB face ao trimestre anterior.O mesmo indicador, líquido dedepósitos da AdministraçãoCentral, situou-se em 121,6% doPIB.

111,4 126,2 129,0 130,4 128,9 131,8 133,2

//

Nota: A taxa de desemprego corresponde à taxa de desemprego publicada pelo INE no mês central a cada trimestre. Odéfice orçamental de 2014 reflete a inclusão de 4,9 mil milhões de euros relacionados com a capitalização do NovoBanco como transferência de capital (-2,8% do PIB). O défice orçamental de 2015 reflete a inclusão de 2,3 mil milhões deeuros como injeção de capital no contexto da resolução do Banif ocorrida no quarto trimestre de 2015 (-1,3% do PIB).

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2,62,9

3,6

2,2

1,00,6 0,8

0

2

4

2011 2012 2013 2014 2015 3T 2015- 2T 2016

4T 2015- 3T 2016

-3,5

-0,3

1,4 1,20,5 0,4 0,4

-4

-2

0

2

2011 2012 2013 2014 2015 3T 2015- 2T 2016

4T 2015- 3T 2016

Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento dos particulares, em % do PIB

Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento das sociedades não financeiras (SNF), em % do PIB

No final do segundo trimestre de2016, o endividamento dassociedades não financeiras cifrou-seem 110,8% do PIB, mantendo-sepraticamente inalterado em relaçãoao trimestre anterior (redução de4,6 p.p. do PIB em termoshomólogos).

A capacidade de financiamentodeste setor foi de 0,4% do PIB noano terminado no terceiro trimestrede 2016.

O endividamento dosparticulares voltou a diminuir nosegundo trimestre de 2016, para78,2% do PIB, passando arepresentar, aproximadamente,menos 1,5 p.p. do PIB do que nofinal de 2015.

No ano terminado no terceirotrimestre de 2016, a capacidade definanciamento dos particularestotalizou 0,8% do PIB.

Gráfico 6

Dívida das SNF

(% do PIB)

Dívida dos particulares(% do PIB)

Indicadores macroeconómicos e financeiros (III/IV)

Gráfico 5

n.d. – não disponível.

Nota: As contas nacionais por setor institucional foram revistas aquando da divulgação pelo INE das contas do quartotrimestre de 2014. Estas revisões refletem as alterações introduzidas nas contas nacionais anuais detalhadas para 2012(resultados finais), com consequências nos anos seguintes.

Fonte: Banco de Portugal e INE

120,2 127,8 124,7 117,7 111,7110,8

(2T 2016)n.d.

(3T 2016)

//

//

92,6 93,2 88,8 84,7 79,878,2

(2T 2016)n.d.

(3T 2016)

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7 •Fonte: Bloomberg e BCE

Taxas de rendibilidade de dívida pública a 10 anos, em %

Indicadores macroeconómicos e financeiros (IV/IV)

Taxas de juro do BCE, em %

A taxa de rendibilidade implícita(yield) da dívida pública portuguesa a10 anos aumentou cerca de 30 pontosbase no terceiro trimestre de 2016.

As taxas de juro interbancáriasmantêm-se negativas em todos osprazos, refletindo a orientaçãoacomodatícia da política monetáriado BCE.

As taxas de juro do BCEmantêm-se inalteradas desde marçode 2016: a taxa da facilidadepermanente de depósito em -0,4%, ataxa das operações principais derefinanciamento em 0% e a taxa dafacilidade permanente de cedência deliquidez em 0,25%.

Gráfico 8

Gráfico 7

-2

0

2

4

6

8

10

12

out-15 nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16 set-16

Portugal Espanha Itália Alemanha Grécia

-0,4

-0,2

0,0

0,2

out-15 nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16 set-16

Taxa das operações principais de refinanciamento

Taxa da facilidade permanente de depósitos

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8 •

Sistema Bancário Português

Os dados em base consolidada do sistema bancário apresentam quebras de série decorrentes:

• Da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo (BES) no terceiro trimestre de 2014. Em particular, osativos/responsabilidades não transferidos para a situação patrimonial do Novo Banco (NB) não são considerados no agregado dosistema bancário a partir de agosto de 2014.

Na ausência de informação contabilística relativa ao BES em base consolidada, para o período compreendido entre 30 de junho de 2014e o dia da aplicação da medida de resolução (balanço e demonstração de resultados “de fecho”), foi considerado o reporte do BES embase individual, com referência a 31 de julho de 2014, no apuramento dos resultados agregados do sistema bancário relativos aoterceiro trimestre de 2014. Contudo, não foram considerados os ajustamentos decorrentes da medida de resolução aplicada ao BES.

As variações das responsabilidades representadas por títulos de dívida e dos fundos próprios do sistema bancário, no quarto trimestrede 2015, foram também afetadas pela retransmissão, do Novo Banco para o BES, de cinco séries de emissões de instrumentos de dívidanão subordinada, que tinham sido transferidas para o NB na sequência da Deliberação do Banco de Portugal de 3 de agosto de 2014;

• Da medida de resolução aplicada ao BANIF – Banco Internacional do Funchal (Banif) no quarto trimestre de 2015. Osativos/responsabilidades transferidos para o veículo de gestão de ativos especialmente criado para o efeito – Oitante, S.A. – não sãoconsiderados no agregado do sistema bancário a partir de 20 de dezembro de 2015.

Na ausência de informação contabilística relativa ao Banif em base consolidada, para o período compreendido entre 30 de setembro de2015 e o dia da aplicação da medida de resolução, no apuramento dos resultados agregados do sistema bancário relativos ao quartotrimestre de 2015 foi considerado o reporte do Banif em base individual, com referência a 30 de novembro de 2015 (demonstração deresultados “de fecho”). Contudo, não foram considerados os ajustamentos decorrentes da medida de resolução aplicada ao Banif.

• Da reclassificação de alguns ativos/passivos provenientes das classes de “ativos/passivos não correntes detidos para venda e operaçõesdescontinuadas”, associada à aquisição, por parte do Bankinter, da operação do Barclays em Portugal, no segundo trimestre de 2016.Esta reclassificação, embora não tenha tido impacto na evolução do ativo total, exige cuidado na análise das variações das rubricas debalanço. Adicionalmente, a desconsolidação do Banco Millennium Angola, também no segundo trimestre de 2016, constituiu umacontecimento não recorrente com impacto relevante nas rubricas de balanço.

Nota referente à informação contabilística e prudencial

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0

200

400

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2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Capital e outrospassivos

Recursos de bancoscentrais

Mercado interbancário

Títulos

Depósitos

513 496460

430 413 405 399

0

200

400

600

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Outros ativos

Aplicações em outrasinstituições de crédito

Instrumentos de capital

Instrumentos de dívida

Crédito

//

//

Ativos (€mM) – Valor em final do período

Estrutura de balanço

A redução do ativo total do sistemabancário continuou no terceiro trimestrede 2016, suportada principalmente pelocrédito. Face ao final de 2015, o ativo totaldiminuiu 3,4% e o crédito 2,0%.

Em base comparável (i.e., controlandoas quebras de série ocorridas desde oinício do ano), o ativo reduziu-se 2,5%entre o final de 2015 e o terceiro trimestrede 2016. O crédito diminuiu 3,0%.

No terceiro trimestre de 2016 registou-se um decréscimo do financiamentoobtido no mercado interbancário e, talcomo no trimestre anterior, um aumentodos depósitos. Em relação ao final de2015, o financiamento interbancário e osdepósitos totais diminuíram 4,8% e 0,4%,respetivamente (os depósitos do setorprivado residente não financeiroaumentaram 3,3%).

Em base comparável, o financiamentointerbancário decresceu 2,5% entre o finalde 2015 e o terceiro trimestre de 2016 eos depósitos totais diminuíram 0,7% (osdepósitos do setor privado residente nãofinanceiro aumentaram 2,1%).

Ativos / PIB

Gráfico 9

Estrutura de financiamento bancário (€mM) – Valor em final do período

Gráfico 10

Fonte: Banco de Portugal

2,9 2,9 2,7 2,5 2,3 2,2 2,2

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140128

117107

103 103 101

0

30

60

90

120

150

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

46,052,8

47,9

31,226,2 24,8 23,5

4,73,4

3,3

2,52,1 2,1 2,6

0

20

40

60

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Operações de política monetária junto do Banco de Portugal Outros recursos de Bancos Centrais

Recursos de bancos centrais (€mM) – Valor em final de período

Liquidez e financiamento (I/II)

Rácio crédito-depósitos (%) – Valor em final de período

No terceiro trimestre de 2016, orecurso ao financiamento de bancoscentrais diminuiu ligeiramente,passando a representar 6,5% do totaldo ativo do sistema bancário. Este é ovalor mais baixo desde o início doPrograma de Assistência Económica eFinanceira (o máximo foi registadoem junho de 2012: 64,1 €mM, 12,5%do total do ativo).

A redução do crédito e, em menormedida, o aumento dos recursos declientes face ao segundo trimestreditaram a diminuição do rácio detransformação no trimestre emanálise.

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//

Gráfico 12

Gráfico 11

Fonte: Banco de Portugal

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-2,5

5,8

9,8 10,6

13,4 12,9 12,2

-5,5

3,4

7,79,2

12,210,6 10,9

-8,2

1,33,4

6,78,9

7,8 8,5

-10

-5

0

5

10

15

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Até 3 meses Até 6 meses Até 1 ano

98,2

70,0

42,7

18,0

6,6 6,3 2,80

40

80

120

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Gaps de liquidez das instituições domésticas em escalas cumulativas de maturidade em % de ativos estáveis – Valor em final de período

Gap comercial (€mM) – Valor em final de período

Liquidez e financiamento (II/II)

O gap comercial (diferença entrecrédito e depósitos) reduziu-se para2,8 mil milhões de euros no terceirotrimestre de 2016.

Os gaps de liquidez dasinstituições financeiras monetáriasdomésticas mantiveram-se elevadosno trimestre em análise para todosos prazos.

Gráfico 14

//

//

Gráfico 13

Fonte: Banco de Portugal

Nota: O gap de liquidez define-se como a diferença entre ativos líquidos e passivos voláteis em proporção dadiferença entre ativo total e ativos líquidos, em cada escala cumulativa de maturidade residual. Um aumentoneste indicador traduz uma melhoria da posição de liquidez.

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4,2

5,5

6,2

7,78,1 8,2 8,2

0

3

6

9

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

5,0 5,6 6,1 5,9 6,0 6,1 6,0

13,415,6

16,6 17,014,9 14,6 14,9

9,7

13,816,1

19,019,7 21,0 20,2

0

5

10

15

20

25

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Habitação Consumo e outros fins Empresas não financeiras Total

Imparidades para crédito em % do crédito bruto – Valor em final de período

Rácio de crédito em risco em % do crédito bruto – Valor em final de período

Qualidade dos ativos

O rácio de crédito em riscosituou-se em 12,6% no terceirotrimestre de 2016, reduzindo-se0,1 p.p. face ao trimestre anterior.

A diminuição do crédito emrisco reflete, sobretudo, osdesenvolvimentos no segmentodas sociedades não financeiras, noqual se conjugou uma diminuiçãodo crédito em risco (efeitonumerador) e um aumento docrédito (efeito denominador).

No terceiro trimestre de 2016, ostock de imparidades para créditosituou-se em 8,2% do créditobruto, tal como nos dois trimestresanteriores.

Gráfico 16

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//

Gráfico 15

Fonte: Banco de Portugal

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-6,3 -5,5

-11,6

-19,0

3,0 3,8 1,3

-0,4 -0,3

-0,8

-1,3

0,2 0,30,1

-2,5

-2,0

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

2011 2012 2013 2014 2015 1T-3T 2015 1T-3T 2016

Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) Rendibilidade do ativo (ROA) - esc. direita

-160

-120

-80

-40

0

40

80

120

2011 2012 2013 2014 2015 1T-3T2015

1T-3T2016

Outrosproveitos

Comissões

Margemfinanceira

Imparidades

Custosoperacionais

Outros custos

ROE e ROA (%) – Valor do período

Custos e proveitos em % do produto bancário – Valor do período

Rendibilidade (I/II)

No conjunto dos primeiros trêstrimestres do ano, a rendibilidadedos capitais próprios e do ativosofreu uma quebra substancial emrelação ao período homólogo,mantendo-se, ainda assim, positiva.

A diminuição da rendibilidadecontinuou a ser determinada,principalmente, por uma reduçãosignificativa dos resultadosrelacionados com operaçõesfinanceiras, que tinham sidoexpressivos em 2015.

A margem financeira aumentou5,8% nos três primeiros trimestresde 2016, em termos homólogos,seguindo a tendência observadadesde 2014. Este aumento resultoude uma redução dos custos comjuros superior à diminuição dosproveitos com juros.

O fluxo de imparidades aumentouem termos homólogos, devidoexclusivamente às imparidades paraoutros ativos financeiros que nãocrédito.

Gráfico 17

Gráfico 18

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Fonte: Banco de Portugal

Nota: A rendibilidade é medida pelos resultados antes de impostos e de interesses minoritários. Apresentam-sevalores anualizados.

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0

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40

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0

2

4

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8

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2011 2012 2013 2014 2015 1T-3T 2015 1T-3T 2016

Custos operacionais Cost-to-Income - esc. direita

0

1

2

3

4

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6

7

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Empréstimos a sociedades não financeiras Empréstimos a particulares à habitação

Depósitos de sociedades não financeiras Depósitos de particulares

Taxas de juro bancárias (novas operações) – Valor médio do período (%)

Custos operacionais (€mM), cost-to-income (%) – Valor do período

Rendibilidade (II/II)

A redução dos custos operacionaisnos três primeiros trimestres de 2016não evitou o aumento do ráciocost-to-income, face ao períodohomólogo, uma vez que o produtobancário diminuiu de forma maisacentuada.

As taxas de juro em novasoperações registaram ligeirasreduções no terceiro trimestre de2016.

Em relação ao segundo trimestrede 2016, as taxas de juro de novosempréstimos a particulares –habitação – e a sociedades nãofinanceiras diminuíram 7 e 9 pontosbase, respetivamente.

O custo dos novos depósitosdiminuiu 7 pontos base no segmentodos particulares e 1 ponto base nosegmento das sociedades nãofinanceiras.

Gráfico 20

Gráfico 19

//

Fonte: Banco de Portugal

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8,7

11,512,3

11,312,4 12,1 12,3

0

2

4

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12

14

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

5,4

7,0 7,1 6,97,6 7,3 7,5

0

2

4

6

8

2011 2012 2013 2014 2015 2T 2016 3T 2016

Capital Tier 1 sobre total do ativo – Valor em final de período (%)

Solvabilidade

O rácio entre o capital Tier 1 e oativo aumentou 0,2 p.p. noterceiro trimestre de 2016,refletindo a redução do ativo.

O rácio Common Equity Tier 1(CET 1) e o rácio de solvabilidadetotal aumentaram ligeiramenteem relação ao segundo trimestrede 2016, devido, sobretudo, àredução dos ativos ponderadospelo risco.

Nota: A transição para um novo regimeprudencial em 2014 determinou quebras deestrutura dos indicadores de solvabilidade,justificadas por diferenças metodológicas nocálculo das componentes de fundospróprios, afetando a comparabilidade dosrácios relativamente a anos anteriores.

Gráfico 22

Gráfico 21

9,8 12,6 13,3 12,3 13,3 13,1 13,2Rácio de

solvabilidade total (%)

Fonte: Banco de Portugal

//

//

Rácio Core Tier 1 (até 2013) e rácio CET 1 (a partir de 2014) – Valor em final de período (%)

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