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SI�ALIZAÇÃO DE RODOVIAS

1 Introdução

A sinalização é um conjunto de sinais codificados ou não, visuais, onde informações e mensagens podem ser formuladas, comunicadas ou entendidas. Enquadram-se nesta categoria os sinais navais, com bandeiras ou luzes, sentre os ferroviários, etc.

A história conta que os romanos, construtores de um sistema rodoviário fantástico, utilizavam um sistema de sinalização horizontal, com mãos de direção e de restrições de tráfego em certos horários. Os egípcios ude uma mistura de resinas, pigmentos e areia, para sinalizar o caminho dos veículos de tração humana. Entre os astecas, a sinalização também era realizada com pinturas típicas de faixas de tráfego brancas, nas vias urbanas

No século XX, os primeiros sinais foram implantados nos EUA e na Europa

Os sinais de tráfego devem sempre levar em consideração a mobilidade dos veículos e, como o tempo, vão se aprimorando, simplificando e chegando a um ideal de elementos de comunicação entre a via e o usuário (figura 1).

Figura 1

Considerando que no tráfego, os 3 elementos principais (homem, veículo e via), o primeiro é o mais complexo e mais frágil, a sua segurança está ligada diretamente com a sinalização, pois conduzirá o usuário ao seu destino, sem causar dúvidas, indecisões e operações arriscadas.

Assim, a sinalização é uma norma indispensável de operação e atinge seus objetivos quando consegue uma interação entre os 3 elementos, regulamentando, advertindo e indicando, com mensagens simples e diretas, com a necessária antecedência. A sinalização pode ser feita através de símbolos ou escritas simples

O primeiro acordo internacional sobre tráfego automobilístico foi realizado em Paris em 1909, onde houve uma Conferência das Nações Unidas, que ocorreu em 1968 em Viena. Portanto, existem 4 diferentes sistemas de sinalização utilizados internacionalmente:

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A sinalização é um conjunto de sinais codificados ou não, visuais, onde informações e mensagens podem ser formuladas, comunicadas ou entendidas.

se nesta categoria os sinais navais, com bandeiras ou luzes, sinais trocados

A história conta que os romanos, construtores de um sistema rodoviário fantástico, utilizavam um sistema de sinalização horizontal, com mãos de direção e de restrições de tráfego em certos horários. Os egípcios utilizavam demarcações resultantes de uma mistura de resinas, pigmentos e areia, para sinalizar o caminho dos veículos de tração humana. Entre os astecas, a sinalização também era realizada com pinturas típicas de faixas de tráfego brancas, nas vias urbanas.

No século XX, os primeiros sinais foram implantados nos EUA e na Europa

Os sinais de tráfego devem sempre levar em consideração a mobilidade dos veículos e, como o tempo, vão se aprimorando, simplificando e chegando a um ideal de

ão entre a via e o usuário (figura 1).

Figura 1 – velocidade de 80 km/h

Considerando que no tráfego, os 3 elementos principais (homem, veículo e via), o primeiro é o mais complexo e mais frágil, a sua segurança está ligada diretamente com

pois conduzirá o usuário ao seu destino, sem causar dúvidas, indecisões e

Assim, a sinalização é uma norma indispensável de operação e atinge seus objetivos quando consegue uma interação entre os 3 elementos, regulamentando,

ndo e indicando, com mensagens simples e diretas, com a necessária antecedência. A sinalização pode ser feita através de símbolos ou escritas simples

O primeiro acordo internacional sobre tráfego automobilístico foi realizado em uma unificação dos sinais viários. Atualmente, segue

uma Conferência das Nações Unidas, que ocorreu em 1968 em Viena. Portanto, existem 4 diferentes sistemas de sinalização utilizados internacionalmente:

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A sinalização é um conjunto de sinais codificados ou não, visuais, onde informações e mensagens podem ser formuladas, comunicadas ou entendidas.

inais trocados

A história conta que os romanos, construtores de um sistema rodoviário fantástico, utilizavam um sistema de sinalização horizontal, com mãos de direção e de

tilizavam demarcações resultantes de uma mistura de resinas, pigmentos e areia, para sinalizar o caminho dos veículos de tração humana. Entre os astecas, a sinalização também era realizada com pinturas

No século XX, os primeiros sinais foram implantados nos EUA e na Europa.

Os sinais de tráfego devem sempre levar em consideração a mobilidade dos veículos e, como o tempo, vão se aprimorando, simplificando e chegando a um ideal de

Considerando que no tráfego, os 3 elementos principais (homem, veículo e via), o primeiro é o mais complexo e mais frágil, a sua segurança está ligada diretamente com

pois conduzirá o usuário ao seu destino, sem causar dúvidas, indecisões e

Assim, a sinalização é uma norma indispensável de operação e atinge seus objetivos quando consegue uma interação entre os 3 elementos, regulamentando,

ndo e indicando, com mensagens simples e diretas, com a necessária antecedência. A sinalização pode ser feita através de símbolos ou escritas simples.

O primeiro acordo internacional sobre tráfego automobilístico foi realizado em uma unificação dos sinais viários. Atualmente, segue-se

uma Conferência das Nações Unidas, que ocorreu em 1968 em Viena. Portanto, existem

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a) Mensagens escritas: EUA, Austrália, Nova Zelândia; b) Pictogramas, onde os sinais de advertência são em formato quadrado,

regulamentação são circulares: Convenção de Draft; c) Mensagens escritas e pictogramas: países do leste e África do Sul; d) Mensagens escritas, símbolos modificados (verde e preto): sistema canadense.

2 Tipos de sinalização

Além dos sinais de tráfego dinâmico (buzina, luz, gestos, policiais), a comunicação visual no trânsito pode ser feita pelos seguintes processos de sinalização:

- sinalização vertical;

- sinalização horizontal;

- sinalização viva.

Tais processos usam os seguintes meios de informação:

- sinalização vertical: placas verticais implantadas nas bordas da pista e sobre elas, com símbolos convencionais ou inscrições; tais placas são fixadas em postes de madeira ou metálicos, pórticos ou bandeiras metálicas;

- sinalização horizontal: demarcação sobre o próprio pavimento, através de marcas ou tachas, de faixas demarcatórias, palavras ou elementos gráficos;

- sinalização viva: elementos vegetais, que têm a função de limitar ou reduzir o ofuscamento pelos faróis em sentido contrário (Road focus).

2.1 Sinalização vertical ou aérea

A sinalização vertical é feita por meio de placas assentadas em suportes simples ou pórticos. As placas são classificadas em 3 categorias:

- placas de regulamentação;

- placas de advertência;

- placas de indicação ou informação.

Os sinais de regulamentação têm por finalidade informar os usuários das condições, proibições ou restrições no uso da via, cujo desrespeito constitui infração. O uso de sinais de regulamentação deve ser restrito ao mínimo possível, dando aos usuários informações quanto às características técnicas e geométricas da via (figura 2).

Figura 2

Os sinais de advertência são usados para advertir o usuáriorodovia de condições potencialmente perigosas. Indicam a necessidade de um cuidado especial por parte do motorista e podem exigir a redução da velocidade ou outras manobras no interesse da segurança e melhor fluência do tráfego

Figura 3

Os sinais de indicação têm a finalidade de orientar o motorista ao longo das vias públicas para informá-lo sobre as vias transversais no rumo ou na travessia de cidades ou vilas, identificar rios, pontoindicação prestam informações ao usuário da maneira mais direta e mais simples possível. É preciso reforçar que os sinais de indicação devem ser feitos para quem não conhece a região e a via.

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Figura 2 – Exemplos de sinalização vertical

Os sinais de advertência são usados para advertir o usuário da existência na rodovia de condições potencialmente perigosas. Indicam a necessidade de um cuidado especial por parte do motorista e podem exigir a redução da velocidade ou outras manobras no interesse da segurança e melhor fluência do tráfego (figura 3).

Figura 3 – exemplos de sinais de advertência

Os sinais de indicação têm a finalidade de orientar o motorista ao longo das vias lo sobre as vias transversais no rumo ou na travessia de cidades

ou vilas, identificar rios, pontos históricos, turísticos, etc (figura 4). Os sinais de indicação prestam informações ao usuário da maneira mais direta e mais simples possível. É preciso reforçar que os sinais de indicação devem ser feitos para quem não

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da existência na rodovia de condições potencialmente perigosas. Indicam a necessidade de um cuidado especial por parte do motorista e podem exigir a redução da velocidade ou outras

Os sinais de indicação têm a finalidade de orientar o motorista ao longo das vias lo sobre as vias transversais no rumo ou na travessia de cidades

s históricos, turísticos, etc (figura 4). Os sinais de indicação prestam informações ao usuário da maneira mais direta e mais simples possível. É preciso reforçar que os sinais de indicação devem ser feitos para quem não

Figura 4

Quanto à forma, alguns sinais são exibidos em suportes exclusivos, como:

- octógono: sinal de PARE;

- triângulo eqüilátero com vértice para cima: sinal de PERIGO;

- cruz de Santo André é exclusiva do sinal de passag

- o círculo é exclusivo dos sinais de regulamentação;

- o quadrado com diagonal vertical e horizontal é exclusivo dos sinais de advertência;

- o retângulo com o lado maior vertical é exclusivo do marco quilométrico;

- o pentágono é exclusivo do sinal de identificação das estradas estaduais;

- o retângulo com o lado maior horizontal é exclusivo dos sinais de identificação, com exceção do marco quilométrico e do sinal de identificação.

Deve-se evitar que suportes laterais para sustentação de plavenham a se constituir um perigo para os veículos. Também é perigoso plantar árvores de médio e grande porte, muito próximas das laterais da pista, pois a sombra, em certas horas do dia, quebra a continuidade da pista.

2.2 Sinalização horizontal ou de pista

A sinalização horizontal pode ser considerada complementar, embora às vezes possa transmitir mensagens próprias.

É feita através da pintura do pavimento, que para melhorar a visibilidade à noite, são acrescentadas esferas de vidro nfonte luminosa, os faróis dos veículos, para alcançar os olhos do motorista na sua posição normal de trabalho.

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ra 4 – exemplos de sinais de indicação

Quanto à forma, alguns sinais são exibidos em suportes exclusivos, como:

triângulo eqüilátero com vértice para cima: sinal de PERIGO;

cruz de Santo André é exclusiva do sinal de passagem de nível;

o círculo é exclusivo dos sinais de regulamentação;

o quadrado com diagonal vertical e horizontal é exclusivo dos sinais de advertência;

o retângulo com o lado maior vertical é exclusivo do marco quilométrico;

o sinal de identificação das estradas estaduais;

o retângulo com o lado maior horizontal é exclusivo dos sinais de identificação, com ico e do sinal de identificação.

se evitar que suportes laterais para sustentação de placas de sinalização venham a se constituir um perigo para os veículos. Também é perigoso plantar árvores de médio e grande porte, muito próximas das laterais da pista, pois a sombra, em certas horas do dia, quebra a continuidade da pista.

orizontal ou de pista

A sinalização horizontal pode ser considerada complementar, embora às vezes possa transmitir mensagens próprias.

É feita através da pintura do pavimento, que para melhorar a visibilidade à noite, são acrescentadas esferas de vidro na tinta. Essas esferas refletem diretamente para a fonte luminosa, os faróis dos veículos, para alcançar os olhos do motorista na sua

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Quanto à forma, alguns sinais são exibidos em suportes exclusivos, como:

o quadrado com diagonal vertical e horizontal é exclusivo dos sinais de advertência;

o retângulo com o lado maior horizontal é exclusivo dos sinais de identificação, com

cas de sinalização venham a se constituir um perigo para os veículos. Também é perigoso plantar árvores de médio e grande porte, muito próximas das laterais da pista, pois a sombra, em certas

A sinalização horizontal pode ser considerada complementar, embora às vezes

É feita através da pintura do pavimento, que para melhorar a visibilidade à noite, a tinta. Essas esferas refletem diretamente para a

fonte luminosa, os faróis dos veículos, para alcançar os olhos do motorista na sua

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As pinturas podem ser do tipo plástico à frio (hot spray termoplástico), devendo a escolha ser feita em função da refletibilidade e durabilidade. A marcação pode ser feita também com peças plásticas ou metálicas de pequenas dimensões, para evitar problemas na circulação dos veículos.

Também existe a borracha clorada, pintura de baixa durabilidade, utilizada em obras provisórias e baixo tráfego.

A tabela 1 mostra os tipos de sinalização horizontais mais utilizadas nas estradas brasileiras.

Tabela 1 – balizamento horizontal

TIPOS CORES Linhas centrais Amarela interrompida

Linhas demarcadoras de faixa Amarela Linhas de proibição de ultrapassagem Amarela contínua

Linhas de borda de pista Branca interrompida Linhas de borda quando o acostamento é pavimentado Branca contínua

Marcação de transição de largura de pista Amarela Linhas de canalização Amarela

Marcação de aproximação de obstrução Amarela

Linhas de parada Amarela

Linhas de travessia de pedestre Amarela

Marcação indicativa de aproximação de passagem de nível Amarela Linhas limitadoras de estacionamento Amarela nos extremos

Branca na parte intermediária

Palavras e símbolos amarelo

O balizamento de rodovias pode ser feito de diversas formas, inclusive iniciando pelos taludes de corte que já dão ao usuário uma noção do raio de curvatura de uma curva horizontal.

A pintura de sarjetas e valetas, assim como as barreiras e defensas, constituem também elementos de balizamento de uma rodovia. O balizamento, associado ao paisagismo, que constitui no plantio de árvores espaçadas nas bordas externas dos acostamentos é proibida, pois introduz obstáculos fixos muito próximos das pistas.

A utilização de elementos refletivos para o balizamento noturno é uma medida que se impõe inteiramente pela melhoria de segurança que oferece, antecipando as variações do traçado em planta.

Nas pistas simples de duas faixas e duas mão de direção (2f2m), os balizadores de plataforma com duas faixas refletivas, uma branca ou amarela e outra vermelha, permitem colocar à frente do usuário uma linha vermelha que imediatamente chama a atenção se estiver trafegando na contramão.

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3 Drenagem de pavimentos

A drenagem define operações para dar escoamento às águas dos terrenos úmidos, por meio de canalização especial. A drenagem mais antiga foi uma realizada na Holanda, em 1924, que corresponde a um dique de 29 km de comprimento, para impedir o acesso das águas do mar do Norte, que proporcionou a utilização de uma área cultivável de mais de 2000 km2. Para evitar a saturação das terras do lado aproveitável do dique, foi executada uma rede de canais auxiliada por bombas de sucção e recalque.

No mundo todo há diversas obras que foram realizadas para aproveitar melhor áreas valorizadas para plantações e edificações. As águas que atingem uma via podem ser de diversas origens:

- chuvas diretas sobre o pavimento;

- fluxo de águas superficiais de terrenos adjacentes;

- inundações de cursos de água;

- infiltração subterrânea;

3.1 Drenagem de bacias

São conhecidas fórmulas empíricas e racionais.

3.1.1 fórmula empírica de Talbot

4

3

)(183,0 MCA ××=

Onde:

A: área da seção livre do bueiro (m2);

M: área drenada na bacia hidrográfica (Há);

C: função da configuração da vertente drenada, que varia de 1,0 (terrenos muito inclinados e solos rochosos), até 0,20 (zonas em nível não expostas a fortes inundações).

3.1.2 Fórmula racional de Burkli-Ziegler

4

1

)(022,0M

ScRMQ ××××=

Onde:

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Q: quantidade de água que chega à obra de arte (m3/s);

M: área drenada (Há);

R: precipitação, durante a chuva mais forte (cm/h), que pode ser determinada por:

)( bt

aR

+

=

Onde:

a e b: coeficientes variáveis de região para região;

t: intervalo de precipitação (min) para até 2 h.

3.2 Pavimentos

Devido os danos que a água pode causar em um pavimento, procura-se localizar as piores situações, o que leva a considerar que o excesso de água no subleito é a principal causa da deterioração dos pavimentos.

Entretanto, mesmo pavimentos corretamente projetados apresentam trincas com o tempo, provocando a entrada da água. Portanto, deve-se adotar um sistema de drenagem para a base e sub-base.

Estudos mostram que a parte que suporta as cargas de tráfego, é o subleito, então uma fundação seca poderá suportar estas cargas sem grandes deformações.

Segue algumas considerações obtidas pela experiência com obras de proteção dos pavimentos contra a ação da água:

a) A perda de serventia nos pavimentos rígidos e flexíveis é muito maior quando as estruturas contêm água livre;

b) Alterar o projeto robustecendo a estrutura do pavimento, sem alterar o sistema de drenagem não é solução;

c) Uma drenagem perfeita levará a um custo total mais econômico ao longo da vida útil de um pavimento;

d) Para um projeto de drenagem subterrânea deve-se levar em conta a percolação da água, estimando a vazão de saída;

e) Para uma drenagem rápida é necessária uma base drenante: macadame e coletores longitudinais de saída;

f) Os acostamentos jamais devem ter coeficiente de permeabilidade K menor que o das camadas do pavimento;

g) O binder executado como reforço da estrutura, sendo drenante, pode causar o confinamento das águas na parte inferior da camada;

h) Pavimentos com basapresentam acúmulo de água nas bordas, apresentando pressões neutras que destroem o pavimento

Figura 5 – seção transversal de um pavimento drenado

Deve-se tomar duas atitudes para proteágua:

- desviar as águas que possam causar danos;

- remover rapidamente as águas que penetram no pavimento.

Assim, parte da água que cai sobre o pavimento se evapora, parte é escoadadevido à inclinação transversal daspelas valetas ou dirigidas para banquetas e escoamento final e parte infiltra e se acumula no interior do pavimento. Esta última parte deve ser retirada para evitar rompimento da estrutura do pavimento.

4 Drenagem subsuperficial

Trata-se de captar e esgotar as águas que penetram no pavimento assim elas penetram no pavimento através do revestimento. Entretanto, o revestimento deve apresentar baixa permeabilidade, mas a água que mesmo assim penetra no revestideve ser retirada rapidamente. A drenagem subsuperficial deve ser feita pelo seguinte sistema:

- camada drenante;

- drenos rasos longitudinais;

- drenos laterais de base;

- drenos transversais.

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Pavimentos com base de pedras projetados sem coletores longitudinaisapresentam acúmulo de água nas bordas, apresentando pressões neutras que

(figura 5).

seção transversal de um pavimento drenado

se tomar duas atitudes para proteger o pavimento do efeito danoso da

desviar as águas que possam causar danos;

águas que penetram no pavimento.

Assim, parte da água que cai sobre o pavimento se evapora, parte é escoadadevido à inclinação transversal das faixas de tráfego ou das pistas, sendo captadas pelas valetas ou dirigidas para banquetas e escoamento final e parte infiltra e se acumula no interior do pavimento. Esta última parte deve ser retirada para evitar rompimento da estrutura do pavimento.

se de captar e esgotar as águas que penetram no pavimento assim elas penetram no pavimento através do revestimento. Entretanto, o revestimento deve

baixa permeabilidade, mas a água que mesmo assim penetra no revestideve ser retirada rapidamente. A drenagem subsuperficial deve ser feita pelo seguinte

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sem coletores longitudinais apresentam acúmulo de água nas bordas, apresentando pressões neutras que

ger o pavimento do efeito danoso da

Assim, parte da água que cai sobre o pavimento se evapora, parte é escoada, faixas de tráfego ou das pistas, sendo captadas

pelas valetas ou dirigidas para banquetas e escoamento final e parte infiltra e se acumula no interior do pavimento. Esta última parte deve ser retirada para evitar

se de captar e esgotar as águas que penetram no pavimento assim elas penetram no pavimento através do revestimento. Entretanto, o revestimento deve

baixa permeabilidade, mas a água que mesmo assim penetra no revestimento, deve ser retirada rapidamente. A drenagem subsuperficial deve ser feita pelo seguinte

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5 Drenagem profunda

A pesquisa dos lençóis subterrâneos de água deve sempre levar em conta que não interessa apenas saber a profundidade do lençol freático, nem a altura de saturação, mas é preciso saber também o nível atingido pela água denominado nível capilar. Se abrirmos um poço até atingir o lençol freático, a água se apresentará nos níveis:

- nível freático: água livre sob pressão atmosférica;

- nível de saturação: solo praticamente saturado;

- nível capilar: solo úmido até a altura em que os vazios serviram de tubos capilares para a subida da água, também sob pressão atmosférica.

Os dispositivos utilizados para drenagem profunda de pavimentos podem ser:

- drenos cegos;

- drenos associados;

- drenos tipo espinha de peixe;

- valetas laterais;

- drenos ou estacas verticais de areia.

Os materiais empregados na construção dos drenos profundos variam de acordo com as funções que devem exercer, na captação e no escoamento das águas. Podem ser classificado em:

- materiais filtrantes: areia, agregados britados, geotêxteis e outros similares;

- materiais drenantes: britas, cascalho grosso lavado, seixos rolados e similares;

- materiais condutores: tubos de concreto porosos ou perfurados, tubos cerâmicos perfurados, fibrocimento, materiais plásticos corrugados ou flexíveis perfurados ou ranhurados, metálicos.

6 Perfilagem e reciclagem de pavimentos

A manutenção dos pavimentos sempre em boas condições é uma necessidade constante, exigindo recursos financeiros consideráveis. Em geral, os recursos necessários a uma política eficiente de conservação de rodovias, 15% destinam-se para manutenção dos pavimentos e 85% para demais serviços (limpeza, drenagem, estabilização de taludes, obras de arte, manutenção de equipamentos, policiamento e sinalização).

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Para pavimentos, os serviços convencionais são:

- impermeabilização as fissuras e defeitos superficiais;

- tapa buracos;

- cobertura em áreas mais amplas;

- recapeamento em trechos contínuos.

A sucessão de recapeamentos acarreta uma série de incovenientes, como:

- dificuldade dos veículos pesados chegarem até o acostamento, devido os degraus formados;

- sobrecarga nas obras de arte pela superposição das camadas;

- rodovias com túneis, a sucessão de recapeamentos reduz a altura livre deles.

Portanto, a solução para evitar esses incovenientes consiste em cortar a capa antiga e repor uma nova capa, processo chamado de perfilagem. O material resultante da perfilagem pode ser reaproveitado para constituir parte da nova mistura betuminosa.

7 Referência

Senço, W. Manual de técnicas de pavimentação, vol. II, 1 edição. São Paulo: Pini, 2001.

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