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    DIDA

    TIKA

    PROVA TIPO FUVEST 1 FASEPROVA TIPO FUVEST 1 FASE

    INSTRUES PARA A REALIZAO DA PROVA

    LEIA COM MUITA ATENO

    1. S abra este caderno quando o fiscal autorizar.

    2. Esta prova contm 90 testes, cada um com 5 alternativas, das quais apenas uma correta.

    3. Assinale a alternativa correta na folha de respostas.

    4. Todos os espaos em branco podem ser usados para rascunho.

    5. A durao total da prova de 5 horas e o tempo mnimo de permanncia em sala de 3 horas.

    6. No deixe nenhuma questo em branco pois no sero descontadas respostas erradas.

    7. A questo em que for assinalada mais de uma alternativa, ser anulada.

    8. No haver tempo adicional para transcrio de gabarito.

    9. No se esquea de colocar seu nome completo na folha de respostas.

    10. Ao terminar voc poder levar consigo seu caderno de questes.

    BOA PROVA !

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    S12E01 FUVEST

    Simulado - 3

    S I M U L A D O

    DIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKAVestibulares

    1. Leia o poema a seguir.

    INOCENTES DO LEBLON

    1 Os inocentes do Leblon

    2 no viram o navio entrar.

    3 Trouxe bailarinas?

    4 trouxe imigrantes?

    5 trouxe um grama de rdio?

    6 Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,7 mas a areia quente, e h um leo suave

    8 que eles passam nas costas, e esquecem.

    Carlos Drummond de Andrade

    Sentimento do Mundo, Nova Aguilar, 1983, pg. 127

    Considere as afirmaes seguintes a respeito do poema:

    I - O poema indica a existncia de um grupo de indivdu-

    os que se mostram alheios aos eventos da realidade

    que os cerca.

    II - O pronome eles e os verbos viram (verso 2), igno-ram (verso 6), passam (verso 8) e esquecem (verso 8)

    sugerem o distanciamento entre o eu-lrico e os inocen-

    tes do Leblon.

    III - O verso 6 reafirma o ponto de vista do eu-lrico a

    respeito dos inocentes do Leblon.

    Esto corretas:

    a) as afirmaes Ie II.

    b) somente a afirmao I.

    c) todas as afirmaes.d) apenas as afirmaes I e III.

    e) somente as afirmaes II e III.

    Textos para as questes 2 a 5.

    I

    SONETO DO MAIOR AMOR

    Maior amor nem mais estranho existe

    Que o meu, que no sossega a coisa amada

    E quando a sente alegre, fica triste

    E se a v descontente, d risada.

    E que s fica em paz se lhe resiste

    O amado corao, e que se agrada

    Mais da eterna aventura em que persiste

    Que de uma vida mal-aventurada

    Louco amor meu, que quando toca, fere

    E quando fere vibra, mas prefere

    Ferir a fenecer - e vive a esmo

    Fiel sua lei de cada instante

    Desassombrado, doido, delirante

    Numa paixo de tudo e de si mesmo.

    Vinicius de Moraes

    II

    Amor fogo que arde sem se ver;

    ferida que di e no se sente; um contentamento descontente;

    dor que desatina sem doer.

    um no querer mais que bem querer;

    solitrio andar por entre a gente;

    nunca contentar-se de contente;

    cuidar que se ganha em se perder;

    Cames

    IIISONETO

    Passei ontem a noite junto dela.

    Do camarote a diviso se erguia

    Apenas entre ns - e eu vivia

    No doce alento dessa virgem bela ...

    Tanto amor, tanto fogo se revela

    Naqueles olhos negros! S a via!

    Msica mais do cu, mais harmonia

    Aspirando nessa alma de donzela!

    Como era doce aquele seio arfando!

    Nos lbios que sorriso feiticeiro!

    Daquelas horas lembro-me chorando!

    Mas o que triste e di ao mundo inteiro

    sentir todo o seio palpitando ...

    Cheio de amores! E dormir solteiro!

    lvares de Azevedo

    2.Quando comparados, os textos I e II, podem ser apro-

    ximados porque apresentam algumas similitudes. Uma

    similaridade deve-se a um dos seguintes fatores:

    a) Embora da autoria de poetas distanciados por scu-

    los, os textos comungam a abordagem especulativa, pois

    pretendem definir o que seja o amor.

    b) Vinicius de Moraes e Cames tratam do tema amoro-

    so segundo uma perspectiva confessional - o primeiro -

    e espiritual - o segundo.

    c) Os dois poetas valem-se de contrastes para caracte-

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    Simulado - 4

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    rizar a paixo que experimentam.

    d) Vinicius - poeta do sculo XX - recupera de Cames,

    poeta do sculo XVI, a mesma estrutura formal: os ver-

    sos decasslabos e o mesmo esquema de rimas.

    e) Os textos afirmam que a natureza contraditria do

    amor produz a frustrao e o sofrimento.

    3. Entre outros aspectos, Vinicius de Moraes comentao carter sempre mutvel do seu amor. O verso que ex-

    pressa mais claramente essa dimenso :

    a) Maior amor nem mais estranho existe.

    b) Louco amor meu, que quando toca, fere.

    c) Fiel sua lei de cada instante.

    d) E quando a sente alegre, fica triste.

    e) E se a v descontente, d risada.

    4. O verso final do soneto de lvares de Azevedo revela

    um trao ausente nos textos I e II:a) Viso otimista quanto ao futuro de sua paixo.

    b) Uma nota de ironia que demonstra a esperana da

    realizao amorosa.

    c) Revela a conscincia da natureza fantasiosa de sua paixo.

    d) Lamenta-se a perda do objeto amado.

    e) Registra o instante em que o poeta despede-se da-

    quilo que deseja.

    5. Os textos I e III foram escritos em momentos diferen-

    tes da literatura brasileira. Enquanto o soneto de Viniciusde Moraes enquadra-se nos limites da modernidade do

    sculo XX, lvares de Azevedo foi um dos expoentes do

    romantismo do sculo XIX. Apesar daquilo que os distin-

    gue, os dois sonetos partilham de alguns pontos em

    comum, quando lidos comparativamente. Assinale a al-

    ternativa que indique, respectivamente, um aspecto que

    os aproxima e outro que os distingue.

    a) Tom confessional / versos decasslabos

    b) Fantasia superando a realidade / esquema formal do

    soneto.c) Forte subjetividade / ironia

    d) Distanciamento do tema / exagero sentimental.

    e) Contradies / subjetividade intensificada

    6. Leia o trecho e assinale a alternativa correta

    Que coita tamanha ei a sofrer

    Por amar amigue non o veer!

    (amigue non o veer = amigo e no o ver)

    E pousarei so lo avela!

    (avela = avel)

    Que coita tamanha ei a endurar,

    (endurar = suportar)

    Por amar amigue non lhi falar!

    E pousarei so lo avela!

    a) Trata-se do trecho de uma cantiga de amigo, como

    demonstra a referncia ao amigo.

    b) um exemplo de cantiga de amor, pela meno coita.

    c) O ambiente da cantiga remete corte.

    d) No h indcios de paralelismo na cantiga.

    e) O eu-lrico sofre a expectativa de reencontrar sua

    amada.

    7. Observe com ateno a seguinte figura.

    A ela podemos associar:

    a) as cantigas de amigo em razo do ambiente pastoril.

    b) o costume medieval de satirizar os vcios da corte.

    c) as cantigas de amor.

    d) o assdio dos trovadores, tpico das cantigas de es-

    crnio e maldizer.

    e) a igualdade entre trovadores e realeza.

    8. Leia com ateno e responda.

    AR CONDICIONADO

    Crebro Eletrnico

    Aspirar condicionado

    Respirar condicionado

    Resfriar condicionado

    Espirrar condicionado

    Nas ruas de So Paulo

    eu hei de te encontrar

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    Simulado - 5

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    Das possibilidades de interpretao que essa letra de

    msica pode ter, incorreto afirmar que:

    a) a repetio de ar condicionado, implcita na sonori-

    dade dos versos da letra, representa a constante pre-

    sena do objeto no dia a dia do paulistano.

    b) ar condicionado pode ser interpretado como o ambi-

    ente construdo sob regras impostas de convivncia da

    capital paulista (condicionado = sob regras).c) as aes bsicas do paulistano e de seu ambiente,

    assim como aspirar, respirar, resfriar e espirrar, seriam

    monitoradas por esse ambiente condicionado.

    d) ar condicionado algo to constante na vida do pau-

    listano que fcil encontr-lo nas ruas de So Paulo.

    e) ar condicionado visto pelo eu-lrico como algo ne-

    cessariamente negativo vida do paulistano, a partir do

    uso do verbo espirrar.

    9.Atravs de qual efeito do uso da lngua podemos vis-lumbrar diferentes interpretaes da letra de msica,

    como visto na questo anterior?

    a) catacrese b) ambiguidade c) cacofonia

    d) eufonia e) paradoxo

    10. Leia com ateno e responda.

    VOC NO LIGA PRA MIM

    Zeca Baleiro

    Voc no liga pra mim, mas eu ligo

    Voc nunca fica sO celular o seu melhor amigo

    Te convidei prum chopp no bar

    Voc me disse: no, nem pensar!

    Que que eu posso fazer pra voc me notar?

    voc no crer em amor nem paixo

    Faz pouco caso do meu corao

    Voc quer ver o meu fim

    No diz que sim

    Tambm no diz que no

    Eu ligo o rdio pra te esquecer

    Mas tudo ali me lembra voc

    Tambm vou fazer canes de amor pra vender

    Igual a mim quanto trouxa que tem

    Que se apaixona e chora tambm

    Voc quer ser o meu mal

    Mas sabe que podia ser meu bem

    A letra de msica fala de um amor no correspondido.

    No primeiro verso h dois usos do verbo ligar. A partir

    disso incorreto afirmar que:

    a) Voc no liga para mim expressa o lamento do eu-

    lrico em no estar recebendo ateno da sua amada.

    b) Voc no liga para mim expressa o lamento do eu-

    lrico em no estar recebendo ligaes telefnicas de

    sua amada.c) A resposta mas eu ligo s pode ser entendida como

    a declarao do eu-lrico de que ele faz chamadas tele-

    fnicas sua amada, embora ela no o faa.

    d) A resposta mas eu ligo expressa tanto a declarao

    de que o eu-lrico se importa e d ateno a sua amada,

    quanto ideia de que ele faz chamadas telefnicas a ela.

    e) Voc nunca fica s uma ideia reafirmada logo em

    seguida pelo perodo o celular o seu melhor amigo.

    11.A transitividade do verbo ligar est corretamente clas-sificada em:

    a) voc no ligapra mim = verbo intransitivo

    b) voc no ligapra mim = verbo de ligao

    c) mas eu ligo= verbo transitivo direto

    d) mas eu ligo= verbo transitivo direto/indireto

    e) voc no ligapra mim = verbo transitivo indireto

    12. Leia com ateno e responda.

    MEU POVO, MEU POEMA

    Ferreira GullarMeu povo e meu poema crescem juntos

    como cresce no fruto

    a rvore nova

    No povo meu poema vai nascendo

    como no canavial

    nasce verde o acar

    No povo meu poema est maduro

    como o solna garganta do futuro

    Meu povo em meu poema

    se reflete

    como a espiga se funde em terra frtil

    Ao povo seu poema aqui devolvo

    menos como quem canta

    do que planta

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    S12E01 FUVEST

    Simulado - 6

    S I M U L A D O

    DIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKAVestibulares

    Os termos No povo (v.7) e Ao povo (v.1 3), exercem,

    respectivamente, as funes sintticas de:

    a) objeto indireto - adjunto adverbial.

    b) objeto indireto - complemento nominal.

    c) complemento nominal - objeto indireto.

    d) adjunto adverbial - adjunto adverbial.

    e) adjunto adverbial - objeto indireto.

    13. Leia com ateno e responda.

    OS CINCO SENTIDOS

    Os sentidos so dispositivos para a interao com o

    mundo externo que tm por funo receber informao

    necessria sobrevivncia. necessrio ver o que h

    em volta para poder evitar perigos. O tato ajuda a obter

    conhecimentos sobre como so os objetos. O olfato e o

    paladar ajudam a catalogar elementos que podem servir

    ou no como alimento. O movimento dos objetos gera

    ondas na atmosfera que so sentidas como sons.As informaes, baseadas em diferentes fenme-

    nos fsicos e qumicos, apresentam-se na natureza de

    formas muito diversas. Os sentidos so sensores cujo

    desgnio perceber, de modo preciso, cada tipo distinto

    de informao. A luz parte da radiao magntica de

    que estamos rodeados. Essa radiao percebida atra-

    vs dos olhos. O tato e o ouvido baseiam-se em fen-

    menos que dependem de deformaes mecnicas. O

    ouvido registra ondas sonoras que se formam por varia-

    es na densidade do ar, variaes que podem ser cap-tadas pelas deformaes que produzem em certas mem-

    branas. Ouvido e tato so sentidos mecnicos. Outro

    tipo de informao nos chega por meio de molculas

    qumicas distintas que se desprendem das substnci-

    as. Elas so captadas por meio dos sentidos qumicos,

    o paladar e o olfato. Esses se constituem nos tradicio-

    nais cinco sentidos que foram estabelecidos j por

    Aristteles.

    SANTAELLA, Lucia - Matrizes da Linguagem e Pensamento

    So Paulo: Iluminuras, 2001

    A palavra relacional queaparece quatro vezes no primeiro

    pargrafo exercendo, pela ordem, as seguintes funes:

    a) sujeito, objeto direto, sujeito, sujeito.

    b) sujeito, sujeito, sujeito, sujeito.

    c) sujeito, sujeito, sujeito, objeto direto.

    d) objeto direto, objeto direto, sujeito, sujeito.

    e) objeto direto, sujeito, objeto direto, sujeito.

    14. Observe a tira a seguir e responda.

    Quino - Djenme Inventar: Buenos Aires: Ediciones de La Flor, 2003

    Na tira do cartunista argentino Quino, util izam-se recur-

    sos grficos que lembram o cinema. A associao com

    a linguagem artstica do cinema, que lida com o movi-

    mento e com o instrumento da cmera, garantida pelo

    procedimento do cartunista demonstrado a seguir:

    a) ressaltar o trabalho com a vassoura para sugerir ao.

    b) ampliar a imagem da mulher para indicar aproximao.

    c) destacar a figura da cadeira para indiciar sua importn-cia.

    d) apresentar a sombra dos personagens para sugerir

    veracidade.

    e) divide o desenho em dois planos: o fundo e a frente do

    desenho, onde se desenrolam as cenas.

    15. Leia com ateno e responda.

    SINHA VITRIA

    Sinha Vitria tinha amanhecido nos seus azeites. Fora

    de propsito, dissera ao marido umas inconvenincias arespeito da cama de varas. Fabiano, que no esperava

    semelhante desatino, apenas grunhira: Hum! hum!

    E amunhecara, porque realmente mulher bicho difcil

    de entender, deitara-se na rede e pegara no sono. Sinha

    Vitria andara para cima e para baixo, procurando em

    que desabafar. Como achasse tudo em ordem, queixa-

    ra-se da vida. E agora vingava-se em Baleia, dando-lhe

    um pontap.

    Avizinhou-se da janela baixa da cozinha, viu os me-

    ninos entretidos no barreiro, sujos de lama, fabricando

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    S12E01 FUVEST

    Simulado - 7

    S I M U L A D O

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    bois de barro, que secavam ao sol, sob o p-de-turco, e

    no encontrou motivo para repreend-los. Pensou de novo

    na cama de varas e mentalmente xingou Fabiano. Dor-

    miam naquilo, tinha-se acostumado, mas seria mais agra-

    dvel dormirem numa cama de lastro de couro, como

    outras pessoas.

    Fazia mais de um ano que falava nisso ao marido.

    Fabiano a princpio concordara com ela, mastigara cl-culos, tudo errado. Tanto para o couro, tanto para a ar-

    mao. Bem. Poderiam adquirir o mvel necessrio eco-

    nomizando na roupa e no querosene. Sinha Vitria res-

    pondera que isso era impossvel, porque eles vestiam

    mal, as crianas andavam nuas, e recolhiam-se todos

    ao anoitecer. Para bem dizer, no se acendiam cande-

    eiros na casa.

    RAMOS, Graciliano - Vidas Secas

    Rio de Janeiro; So Paulo: Record; Martins, 1975. pgs. 42-43

    Marque a alternativa que comenta adequadamente o

    emprego dos pronomes no texto.

    a) Fabiano, que no esperava semelhante desatino,

    apenas grunhira: Hum! hum!. O pronome relativo des-

    tacado evita a repetio da palavra desatino.

    b) E agora vingava-se em Baleia, dando-lhe um ponta-

    p / Fabiano a princpio concordara com ela. Os ter-

    mos destacados so duas formas de expresso do pro-

    nome pessoal em funo de objeto direto.

    c) Fabiano (...) deitara-se na rede e pegara no sono /(...) no encontrou motivo para repreend-los. Os dois

    pronomes pessoais destacados possuem o mesmo re-

    ferente e servem para marcar uma ao reflexiva.

    d) Sinha Vitria respondera que isso era impossvel,

    porque eles vestiam mal. Os pronomes destacados re-

    tomam o mesmo termo do perodo anterior.

    e) Fazia mais de um ano que falava nisso ao marido. A

    forma destacada, contrao do demonstrativo issocom

    a preposio em, tem funo coesiva, pois retoma e sin-

    tetiza segmento expresso anteriormente.

    16. Leia com ateno e responda.

    Passaram-se semanas. Jernimo tomava agora, to-

    das as manhs, uma xcara de caf bem grosso, moda

    da Ritinha, e tragava dois dedos de paratipra cortar a

    friagem.

    Uma transformao, lenta e profunda, operava-se

    nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e

    alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e sur-

    do de crislida. A sua energia afrouxava lentamente:

    fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a

    natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos im-

    previstos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos

    seus primitivos sonhos de ambio, para idealizar feli-

    cidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal,

    imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guar-

    dar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e vol-

    via-se preguioso, resignando-se, vencido, s imposi-es do sol e do calor, muralha de fogo com que o esp-

    rito eternamente revoltado do ltimo tamoio entrincheirou

    a ptria contra os conquistadores aventureiros.

    E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos

    os seus hbitos singelos de aldeo portugus: e

    Jernimo abrasileirou-se. (...)

    E o curioso que, quanto mais ia ele caindo nos

    usos e costumes brasileiros, tanto mais os seus senti-

    dos se apuravam, posto que em detrimento das suas

    foras fsicas. Tinha agora o ouvido menos grosseiropara a msica, compreendia at as intenes, poticas

    dos sertanejos, quando cantam viola os seus amores

    infelizes; seus olhos, dantes s voltados para a espe-

    rana de tornar terra, agora, como os olhos de um

    marujo, que se habituaram aos largos horizontes de cu

    e mar, j se no revoltavam com a turbulenta luz, selva-

    gem e alegre, do Brasil, e abriam-se amplamente de-

    fronte dos maravilhosos despenhadeiros ilimitados e das

    cordilheiras sem fim, donde, de espao a espao, surge

    um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricaspedrarias refulgentes e as nuvens toucam de alvos tur-

    bantes de cambraia, num luxo oriental de arbicos prn-

    cipes voluptuosos.

    Alusio Azevedo - O Cortio

    A passagem posto que em detrimento das suas foras

    fsicas, no ltimo pargrafo, ao ligar-se com a ideia

    anterior, estabelece qual relao de sentido?

    a) explicao b) causalidade c) oposio

    d) condio e) conformidade

    17. Leia com ateno e responda.

    A LTIMA ROMNTICA

    Cigarros, isqueiros, copos com drinques coloridos,

    garrafas vazias - de vodca, do licor de coco Malibu ...

    s flores, velas, retratos e mensagens de praxe os fs

    acrescentaram em frente casa de Amy Winehouse

    esses objetos que do prazer, podem viciar e fazem

    mal sade. Para alm da homenagem, era uma forma

    de participar do universo de excessos da cantora.

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    S12E01 FUVEST

    Simulado - 8

    S I M U L A D O

    DIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKAVestibulares

    curioso o apelo de Amy num mundo conservador,

    cada vez mais antitabagista e alerta para os riscos das

    drogas - um mundo onde vamos sendo ensinados a com-

    prar produtos sem gordura trans e onde at as garotas

    de esquerda consomem horas dentro da academia.

    Numa poca em que as pessoas so estimuladas a

    abdicar de certos prazeres na expectativa de durar bas-

    tante, simplesmente para durar, Winehouse fez o rotei-ro oposto - intenso, autodestrutivo, suicida.

    Sob o aspecto clnico, era uma viciada grave, neces-

    sitando desesperadamente da ajuda que insistia em re-

    cusar. Uma de suas canes mais famosas trata exata-

    mente disso.

    Amy foi presa fcil do jornalismo de celebridades,

    voltado escandalizao da intimidade dos famosos

    (quanto pior, melhor). Foi tambm, num tempo improv-

    vel, a herdeira de Janis Joplin, morta aos 27 em 1970, e

    de Billie Holiday, morta aos 44, em 1959, ambas poroverdose.

    Como suas antecessoras, Amy leva ao extremo o

    thos romntico - do artista que vive em conflito perma-

    nente e se rebela contra o curso prosaico e besta do

    mundo. Na sua figura atormentada e em constante

    desajuste, o autoflagelo quase sempre se confunde com

    o dio s coisas que funcionam. Numa cultura inteira-

    mente colonizada pelo dinheiro e que convida idola-

    tria, fazer sucesso parecia uma espcie de vexame e de

    vileza, o supremo fiasco existencial, contra o qual erapreciso se resguardar.

    Nisso Amy evoca os gnios do romantismo tardio -

    Lautramont, Rimbaud e outros poetas do inferno hu-

    mano, que tinham plena conscincia da vergonha de dar

    certo.

    Fernando de Barros e Silva - Folha de So Paulo, 26/07/2011

    Se a frase Nisso Amy evoca os gnios do romantismo

    tardio for reescrita na voz passiva analtica, a forma ver-

    bal correta ser:a) so evocados. b) evocam-se.

    c) foram evocados. d) tinham evocado.

    e) eram evocados.

    18.A porcentagem de gua no corpo humano pode vari-

    ar de, aproximadamente, 80 %, no nascimento a, apro-

    ximadamente, 50 % em idade avanada. Assumindo que

    todo o oxignio do corpo humano esteja contido na gua

    nele presente qual a porcentagem de gua numa pes-

    soa em que a porcentagem de oxignio 64 %.

    a) 64 % b) 72 % c) 60 %

    d) 80 % e) 75 %

    Dados: O = 16 g/mol e H = 1 g/mol

    19. Verificaes experimentadais mostram que para os

    metais, no estado slido, massa atmica e calor espe-

    cfico so grandezas inversamente proporcionais. Con-siderando massas idnticas, recebimento de igual quan-

    tidade de calor, mesma temperatura inicial, para os me-

    tais listados nas alternativas, alcanar temperatura mais

    elevada, no estado slido:

    a) alumnio b) ferro c) cobre

    d) prata e) ouro

    Dados: Alllll = 27 g/mol; Fe = 56 g/mol; Cu = 64 g/mol;

    Ag = 108 g/mol e Au 197 g/mol

    20. Observe as figuras a seguir, onde os tomos so

    representados por esferas e cada tamanho representa um

    tomo diferente. Depois, assinale a alternativa correta:

    a) Nas figuras 1 e 2 encontramos somente substncias

    simples.

    b) As figuras 1 e 3 representam misturas.

    c) Na figura 2 esto representados 14 elementos qumi-cos.

    d) Durante uma mudana de estado fsico, a temperatu-

    ra permanece constante para as amostras representa-

    das nas figuras 2 e 3.

    e) Na figura 3 esto presentes 6 substncias.

    21. O cido lurico conhecido na indstria farmacuti-

    ca pela sua propriedade antimicrobiana. O grfico repre-

    senta a curva de resfriamento de uma amostra desse

    cido, inicialmente no estado lquido, a uma temperatu-

    1 2

    3 4

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    ra acima de seu ponto de solidificao.

    Sobre esse sistema e suas transformaes, afirma-se,

    corretamente, que:

    a) a temperatura de fuso do cido lurico 30C.

    b) a temperatura de ebulio do cido lurico 60C.

    c) as fases lquida e slida coexistem no segmento BC.

    d) as molculas de cido se movimentam mais no ponto

    D, do que no A.

    e) no segmento AB o cido encontra-se no estado gaso-so.

    22. Em cavernas asiticas h vestgios de fogueiras fei-

    tas h 500 mil anos. Alis, a possibilidade de usar o

    fogo diferencia o ser humano de outros animais. Socie-

    dades primitivas podem ter tomado contato com o fogo

    que ocorria naturalmente por ao de um raio, por exem-

    plo. Em primeiro lugar, a humanidade aprendeu a con-

    trolar e alimentar essa importante fonte de energia, que

    a prpria natureza oferecia. Posteriormente, o fogo foiproduzido atritando-se dois pedaos de madeira. Do

    ponto de vista qumico, o fogo foi o grande responsvel

    pela possibilidade de produzir alteraes na matria.

    Dentre as transformaes provocadas pelo fogo, identifi-

    que aquelas que so qumicas.

    I - Os humanos podiam aproveitar a luz e o calor da

    queima da lenha.

    II - As carnes, churrasqueadas em um braseiro, melho-

    ravam de consistncia e sabor e podiam ser conserva-

    das por mais tempo.III - Obtinha-se sal aquecendo e evaporando a gua do

    mar.

    IV - O metal fundido, ao ser derramado no interior do

    molde (de pedra), tomava sua forma aps o resfriamento

    e a solidificao.

    So transformaes qumicas o que se apresenta em

    apenas:

    a) I e II. b) I e III. c) I e IV.

    d) II e IV. e) III e IV.

    23. Veculos movidos a lcool utilizam como combust-

    vel o lcool hidratado (mistura de etanol com pequena

    porcentagem de gua). Veculos movidos somente ga-

    solina usam gasolina misturada com uma quantidade

    de lcool anidro (somente etanol) cuja proporo regu-

    lada por lei. O lcool anidro obtido retirando-se resdu-

    os de gua do lcool hidratado. Para tal, deve-se esco-

    lher um agente secante adequado de modo a evitar rea-es qumicas perigosas e indesejveis. A cal virgem,

    CaO, o agente secante que atua formando o compos-

    to insolvel Ca(OH)2 conhecido como cal hidratada. De

    acordo com as informaes acima, correto afirmar que:

    a) lcool hidratado constitui uma mistura heterognea

    de etanol e gua.

    b) etanol e CaO reagem formando Ca(OH)2.

    c) lcool e gua no podem ser separados completa-

    mente por destilao por formarem mistura azeotrpica.

    d) CaO e Ca(OH)2 so totalmente solveis em etanol.e) a mistura de Ca(OH)2 e etanol homognea.

    24. Uma das atividades prticas da cincia a separa-

    o de substncias presentes em misturas e a dosa-

    gem de elementos qumicos a partir de substncias, atra-

    vs da anlise imediata. Sobre os mtodos de separa-

    o e de dosagem de elementos, correto afirmar que:

    a) uma soluo contendo gua e etanol pode ter os seus

    componentes separados completamente por meio de

    destilao simples.b) no composto sulfeto de ferro II (FeS), um m pode ser

    utilizado para separar o metal ferro do ametal enxofre.

    c) a destilao fracionada amplamente utilizada para

    separar fraes do petrleo.

    d) em uma mistura contendo os solutos NaClllll e KNO3totalmente dissolvidos em gua, a separao dos sais

    pode ser feita por centrifugao.

    e) peneiramento e catao no so considerados pro-

    cessos de separao.

    25.Na queima do cigarro, h a liberao dos gases CO,

    CO2

    e de outras substncias txicas como alcatro, ni-

    cotina, fenis e amnia (NH3). Para a conscientizao

    sobre a toxicidade do cigarro, a campanha antifumo do

    Estado de So Paulo mostrava

    o uso do monoxmetro,

    bafmetro do cigarro, que

    mede a concentrao de

    monxido de carbono, em ppm

    (partes por milho), no ar exala-

    7065605550454035

    302520

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 tempo (min)

    CB

    D

    A

    temperatura (C)

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    do dos pulmes do indivduo. A figura representa o re-

    sultado da aplicao do teste.

    www.bhsbrasil.com.br/monoximetro.htm - adaptado

    Dado que 1 ppm de CO refere-se ao teor de 1 L de CO

    em 106 L de ar e que a densidade do CO 1,145 g/L nas

    condies do teste, qual deve ser o valor de XX, indicado

    no visor do monoxmetro, se dois litros de ar exalado poraquele indivduo contm 4,58 . 10-2 mg de monxido de

    carbono?

    a) 4,58 ppm b) 10 ppm c) 20 ppm

    d) 15 ppm e) 11 ppm

    26. Pesquisas recentes comprovam que um dos princi-

    pais problemas do consumo de cafena o efeito que

    ela exerce sobre o sono, principalmente sobre o sono

    profundo. O tempo de meia-vida da cafena no organis-

    mo de aproximadamente 6 horas. Desse modo, se umindivduo beber uma xcara de caf coado (150 mg de

    cafena) s 17 horas, ainda restaro cerca de 75 mg de

    cafena no seu organismo s 23 horas, o que poder

    impossibilit-lo de gozar um sono profundo. A sensao

    de fadiga voltar a incomod-lo no dia seguinte, levando-

    o a consumir mais cafena e iniciando uma relao de

    dependncia.

    frmula estrutural da cafena

    Dados: C = 12 g/mol; H = 1 g/mol;

    N = 14 g/mol; O = 16 g/mol

    Considerando que um indivduo bebeu uma xcara de caf

    expresso s 22 horas, assinale o nmero aproximado

    de moles de molculas de cafena, provenientes desse

    caf, que ainda estaro em seu corpo s 4 horas da

    manh do dia seguinte.

    a) 5,4 . 1020 b) 5,4 . 1023 c) 1,8 . 10-3

    d) 9,0 . 10-4 e) 9,0 . 10-1

    27. Um balo leve, de volume fixo, flutua no ar quando

    preenchido com gs hlio temperatura ambiente. O

    mesmo balo pode flutuar no ar se for preenchido com

    ar aquecido e gases quentes produzidos pela queima deC4H10. Conhecendo as massas molares, em g/mol:

    ar = 29 (valor mdio), He = 4, H = 1, C = 12, N = 14 e

    O = 16, a explicao para o fato do balo, preenchido

    pela mistura gasosa aquecida, flutuar no ar, :

    a) os produtos CO2 e H2O, formados na combusto do

    C4H

    10, so menos densos que o ar.

    b) com o consumo de O2 do ar na combusto do C4H10,

    ocorre a formao de hlio gasoso.

    c) com o consumo de O2 do ar na combusto do C4H10,

    s resta N2 em seu interior.d) com o aquecimento, as molculas de C

    4H

    10sofrem

    decomposio, formando H2.

    e) como os gases no interior do balo esto bem mais

    quentes que o ar que o circunda, ocorre diminuio do

    nmero total de mols dos gases nele contidos, tornando

    o balo menos denso que o ar.

    28. Para responder questo seguinte considere o tre-

    cho que segue, extrado da obra Da Terra Lua - Ao

    Redor da Lua de Jlio Verne.Assim, um litro de plvora pesa cerca de duas li-

    bras (900 g), e, ao se inflamar, produz quatrocentos li-

    tros de gases; os gases liberados e sob a ao de uma

    temperatura que alcana dois mil e quatrocentos graus

    ocupam um espao de quatro mil litros.

    O volume da plvora est, portanto, para o volume

    de gases produzidos por sua deflagrao como um est

    para quatro mil. Assim, podemos compreender o terrvel

    impulso desses gases quando comprimidos num espa-

    o quatro mil vezes mais apertado.

    Considerando que a reao qumica que leva exploso

    da plvora seja:

    2 KNO3(s)

    + 3 C(s)

    + S(g)

    N2(g) + 3 CO2(g) + K2S(s)Conclui-se que, no espao de quatro mil litros ocupados

    pelos gases produzidos na exploso, a relao: pres-

    so parcial do nitrognio/presso parcial do gs carbnico

    vale:

    a) 1/4 b) 1/3 c) 1

    d) 3 e) 4

    Tipo de caf

    coado

    expresso

    instantneo

    Dose mdia por xcara

    150 mg de cafena

    350 mg de cafena

    100 mg de cafena

    O

    C

    H3C N

    C N CH3

    C C C

    N N H

    O

    CH3

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    29. Um trabalho desenvolvido por pesquisadores da

    UNIFESP indica que, embora 70% dos fumantes dese-

    jem parar de fumar, apenas 5% conseguem faz-lo por

    si mesmos, devido dependncia da nicotina. A depen-

    dncia do cigarro passou a ser vista no somente como

    um vcio psicolgico, mas como uma dependncia fsi-

    ca, devendo ser tratada como uma doena: a depen-

    dncia da nicotina.

    Numa embalagem de cigarros, consta que o produtocontm mais de 4700 substncias txicas, sendo rela-

    cionados o alcatro, com 6 mg, o monxido de carbono,

    com 8 mg, e a nicotina, com 0,65 mg. Os teores dessas

    substncias referem-se fumaa gerada pela queima

    de um cigarro. A quantidade em mol de molculas de

    nicotina presentes na fumaa de um cigarro dessa em-

    balagem :

    a) 4,0 . 10-6 b) 5,0 . 10-6 c) 6,0 . 10-6

    d) 7,0 . 10-6 e) 8,0 . 10-6

    Dados: C = 12; H = 1; N = 14 (g/mol).

    30.Supondo que o limite de ingesto diria de cafena

    de 0,01 g por quilograma de peso corporal e que uma

    dose de 100 mL de ch-mate contm 0,015 g de cafe-

    na, pode-se afirmar que, com a ingesto de 1 litro dessa

    bebida, uma pessoa com massa igual a 60 kg:

    a) ultrapassa em 40 vezes o limite.

    b) ultrapassa em 4 vezes o limite.

    c) atinge exatamente o limite.d) no atinge o limite, pois ingere uma quantidade 40

    vezes menor.

    e) no atinge o limite, pois ingere uma quantidade 4 ve-

    zes menor.

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    contribute entries and programming time for free. The

    concept is as simple as it is ambitious: anybody cancreate or edit the articles, and the system relies on

    masses of users to catch mistakes andthusensure the

    information is correct, comprehensive and up-to-date.

    Time - adapted

    31. Segundo o texto:

    a) Wiki o nome de um dos criadores e colaboradores

    do site.

    b) o controle de qualidade das enciclopdias virtuais

    feito pelas provedoras.c) a enciclopdia Wikipedia.org est equiparada s en-

    ciclopdias Britannia.com e Encarta.com.

    d) Jimmy Wales publicou um artigo interessante sobre o

    p qumico Anthrax.

    e) o sonho de Jimmy Wales era lanar uma enciclop-

    dia gratuita e abrangente ao alcance de todos.

    32. De acordo com o texto, Jimmy Wales gasta diaria-

    mente, com a manuteno do site:

    a) at 12 horas bem remuneradas.b) mais de 12 horas bem remuneradas.

    c) mais de 12 horas mal remuneradas.

    d) at 12 horas no remuneradas.

    e) mais de 12 horas no remuneradas.

    33.A palavra thus destacada no texto poder substituda,

    sem alterao de sentido por:

    a) however ou yet. b) although ou despite.

    c) therefore ou hence. d) moreover ou unless.

    e) nevertheless ou nonetheless.

    H

    C

    CH

    HC

    HC C

    N

    H2C

    C

    H

    N

    CH3

    CH2

    CH2

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    ETHICAL ABUSES IN THE AUTHORSHIP OF

    SCIENTIFIC PAPERS

    Problems regarding the order of authorship of

    scientific papers have become more frequent and more

    abusive. These problems may have heightened due to

    the ever increasing pressure topublish or perish in the

    academic world, given that the publication of scientific

    articles has become the benchmark of success in afield with few job opportunities. This article reviews the

    abuses in the authorship of scientific papers. Different

    examples are given of the most common problems and

    recommendations are provided for authors and journal

    editors.

    Rev. Bras. Entomol - vol. 51 - n l So Paulo, Jan./Mar. 2007

    adapted from ITA

    34. O objetivo do artigo ao qual se refere o texto :

    a) divulgar as dificuldades no mercado de trabalho aca-dmico.

    b) analisar abusos relacionados autoria de artigos ci-

    entficos.

    c) estimular a publicao de artigos cientficos.

    d) divulgar as recomendaes de editores para a elabo-

    rao de artigos cientficos.

    e) publicar diferentes textos cientficos.

    35. Considere as seguintes afirmaes:

    I - O artigo ao qual o texto se refere divulga uma lista depublicaes cientficas com problemas relacionados ao

    plgio.

    II - As oportunidades de trabalho no mundo acadmico

    so mais restritas para os pesquisadores que no publi-

    cam artigos cientficos.

    III - Para que o pesquisador seja reconhecido diante da

    comunidade acadmica, a publicao de artigos cient-

    ficos importante.

    Est(o) correta(s):a) II e III. b) I. c) I e II.

    d) I e III. e) todas.

    36.Um avio, voando a uma altitude constante e igual a

    500 m, segue uma trajetria retilnea que passa exata-

    mente sobre um ponto P onde uma pessoa o observa.

    Instantes antes de sobrevoar o ponto P, a pessoa o v

    segundo uma altura angular de 30 e, aps 10 segun-

    dos, a pessoa passa a v-lo segundo uma altura angular

    de 45, conforme mostra a figura.

    Utilizando a aproximao 3 = 1,7, pode-se concluir

    corretamente que a velocidade mdia do avio, nesseintervalo de tempo, igual a:

    a) 120 m/s b) 128 m/s c) 135 m/s

    d) 140 m/s e) 145 m/s

    37. Seja S o conjunto soluo da equao

    xx

    32+

    +x-x

    4-2x2 = 1-x

    5-x2

    O nmero de elementos de S :

    a) 0 b) 1 c) 2d) 3 e) 4

    38. Na figura seguinte x igual a:

    a) 1 b)23

    c)23

    d)25

    e)33

    39. A Repblica da Colmbia foi criada em 1819, com

    uma rea de 2.580.637 km2. Com a secesso da Venezue-

    la, em 1829, a Colmbia ficou com uma rea de

    1.668.586km2

    . Em 1830 ocorreu a secesso do Equa-dor, o que reduziu a Colmbia a uma rea de

    1.213.168km2. Por fim, em 1903, houve a secesso do

    Panam, ficando a Colmbia com sua rea atual de

    1.139.159 km2.

    x

    1

    2

    30 45

    P

    Colmbia

    1819 Colmbia

    Venezuela

    Panam

    Equador1903

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    Qual , aproximadamente, o percentual que o territrio

    do Equador ocupa quando comparado ao territrio que a

    Colmbia possua em 1819?

    a) 18 % b) 22 % c) 24 %

    d) 28 % e) 30 %

    40. Simplificando a expresso

    3x

    x.x 2 , temos:

    a)3xx4 3 b)

    3xx3 c)

    3x

    d)3x4

    e)31

    41. O valor de18.3

    1922485-37 + igual a:

    a) 1 b)63

    c)33

    d) 362 e) 66

    42.Qual o nmero que somado ao quadrado de 1957,

    resulta igual ao quadrado de 1958?

    a) 1 b) 1958 c) 1957

    d) 3915 e) (1957)2

    43. Se efetuarmos os clculos indicados na expresso:

    2543 - 2513 - 3 . 2542 . 251 + 3 . 254 . 2512, obteremos:

    a) 3 b) 9 c) 27

    d) 505 e) 10101

    44. Se a +a1

    = 2 ento a2 + 2a

    1ser igual a:

    a) 2 b) 4 c) 6

    d) 8 e) 16

    45.O valor do inteiro positivo N tal que 222 . 552 = 102 . N2 :

    a) 1 b) 11 c) 22

    d) 55 e) 121

    46. Pois h menos peixinhos a nadar no mar

    Do que os beijinhos que darei na sua boca.

    Vinicius de Moraes

    Supondo que o volume total de gua dos oceanos seja

    cerca de um bilho de quilmetros cbicos e que haja

    em mdia um peixe em cada cubo de gua de 0,1 km de

    aresta, o nmero de beijos que o poeta beijoqueiro teria

    que dar em sua namorada, para no faltar com a verda-

    de, seria da ordem de:

    a) 1010 b) 1012 c) 1014

    d) 1016 e) 1018

    Dado: o volume de um cubo de aresta a dado por V = a

    47. Leia com ateno o texto abaixo e em seguida assi-

    nale a alternativa correta.

    No se busca mais conectar os mltiplos objetosda histria em um conjunto racional (...) a noo de

    histria total que me parece problemtica hoje. Vive-

    mos uma histria em migalhas, ecltica, ampliada em

    direo s curiosidades, s quais no precisamos nos

    recusar (...) Devemos renunciar histria total. O tem-

    po nico desacelera-se em temporalidades heterogne-

    as. O tempo deixa de ser homogneo e de ter um signi-

    ficado global. H uma evoluo em direo pluralidade

    temporal.

    Franois Dosse - A Histria em Migalhas - Editora Ensaio

    Pela leitura do texto, pode-se concluir que:

    a) As ideias nele contidas concordam com as concep-

    es de Marx ao abordar a revoluo como uma aconte-

    cimento lento e gradual.

    b) Desde os primrdios da histria, a humanidade cami-

    nha de acordo com um tempo nico, linear e homogneo.

    c) A histria deve renunciar s grandes snteses e inte-

    ressar-se, ao contrrio, pela fragmentao dos saberes.

    d) A histria em migalhas a que se refere o texto umcomplemento da histria total.

    e) A histria tem mltiplos objetos que rejeitam a

    pluralidade temporal.

    48. Toda revoluo nada mais que a subverso de

    uma estrutura e o advento de uma nova estrutura. Con-

    siderada nesse sentido, a palavra revoluo perde sua

    aura ideolgica. Ela no designa mais a transformao

    global da sociedade, uma espcie de renovao geral

    que relega a histria precedente mais completa insig-nificncia, uma espcie de ano zero a partir do qual o

    mundo no mais concebido como uma mutao, ain-

    da que no violenta e espetacular, pelo menos dramti-

    ca; ela no raro, silenciosa e imperceptvel para aque-

    les que a fazem; o caso da revoluo agrcola ou da

    revoluo demogrfica. Inclusive, nem sempre ela r-

    pida; s vezes ela se estende por vrios sculos.

    Pomian. Krzysztof - A Histria das Estruturas

    De acordo com o texto:

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    a) Durante a revoluo implica numa acelerao dos

    acontecimentos e uma alterao das estruturas.

    b) Toda revoluo implica numa tomada violenta de po-

    der pelas classes revolucionrias.

    c) A revoluo implica necessariamente numa ruptura

    drstica com o perodo anterior.

    d) No processo revolucionrio h sempre um conflito de

    interesses, decorrente do envolvimento de ideologiasrevolucionrias.

    e) A revoluo promove uma mudana das estruturas en-

    volvidas implicando em continuidades e rupturas histri-

    cas.

    49. A cultura arcaica da aldeia cedeu lugar civilizao

    urbana, essa peculiar combinao de criatividade e con-

    trole, de expresso e de represso, de tenso e liberta-

    o, cuja manifestao exterior foi a cidade histrica.

    Assim, o termo revoluo urbana mais obscurece doque esclarece o que realmente ocorreu. A ascenso da

    cidade, muito longe de apagar antigos elementos de

    cultura, realmente os ajuntou e aumentou sua eficcia e

    alcance. O prprio incentivo de ocupaes no-agrco-

    las acentuou a necessidade de alimentos e provavel-

    mente causou a multiplicao de aldeias e entrega de

    mais terras ao cultivo.

    Munford. Lewis - A Cidade na Histria

    a) O aparecimento da cidade eliminou as aldeiasneolticas.

    b) Com as cidades as ocupaes no agrcolas desapa-

    receram.

    c) A cidade mesclou elementos da vida na aldeia com

    novas formas de vida, mas rejeitou a criatividade e pro-

    dutividade das aldeias.

    d) Nas cidades surgiram novos interesses e poderes

    polticos antes ausentes nas aldeias.

    e) A cidade foi simplesmente uma aldeia ampliada e

    amuralhada para garantir-lhe proteo, eliminando a di-viso do trabalho.

    50. A relao entre religio, cincia e arte estreita e

    significativa no Egito. As convices dos egpcios acer-

    ca de reis mortos propiciaram enorme desenvolvimento

    cientfico, j que sem matemtica, geometria, mecni-

    ca e outros conhecimentos, construes como as pir-

    mides no teriam sido possveis. Tambm a pintura, a

    arquitetura, a escultura, a arte de embalsamar, entre ou-

    tras artes, desenvolveram-se para dar forma s convic-

    es religiosas.

    A partir do texto, pode-se afirmar que:

    a) Sem a religio, os egpcios no teriam desenvolvido

    nem as cincias e nem as artes.

    b) As certezas no campo religioso deram aos antigos

    egpcios o alimento espiritual necessrio para a criao

    artstica e intelectual.c) A arte egpcia estava ligada religio, ao contrrio da

    cincia totalmente ligada s necessidades prticas.

    d) Os egpcios desenvolveram a observao, a experin-

    cia e a formulao de conceitos cientficos.

    e) O desenvolvimento da cincia e da arte no Egito foi

    estimulado pela sua filosofia antropocntrica.

    51. A respeito do aparecimento do Estado na histria,

    Engels afirmou:

    O Estado no , pois, de modo algum, um poderque se imps sociedade de fora para dentro (...)

    antes de tudo um produto da sociedade, quando esta

    chega a um determinado grau de desenvolvimento; a

    confisso de que essa sociedade se enredou numa irre-

    medivel contradio com ela prpria e est dividida por

    antagonismos irreconciliveis que no consegue conju-

    rar. Mas para que esses antagonismos, essas classes

    com interesses econmicos colidentes no se devorem

    e no consumam a sociedade numa luta estril, faz-se

    necessrio um poder colocado aparentemente por cimada sociedade, chamado a amortecer o choque e a mant-

    la dentre dos limites da ordem. Este poder, nascido da

    sociedade, mas posto acima dela e se distanciando cada

    vez mais, o Estado.

    Friederich Engels - A Origem da Famlia, da Propriedade Privada

    e do Estado

    A partir do texto e de seus conhecimentos, pode-se afir-

    mar que:

    a) O Estado foi consequncia do aparecimento da pro-priedade privada e do surgimento das classes, com o

    papel de estimular os movimentos sociais.

    b) O surgimento do Estado ocorreu independentemente

    da evoluo histrica, visando exacerbar os conflitos de

    classes.

    c) O Estado foi implantado por povos diferentes (egpci-

    os, hebreus, fencios) e em pocas diferentes, para pre-

    servar a ordem social.

    d) O aparecimento do Estado se deu de fora para dentro

    para se posicionar de forma neutra diante dos interes-

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    Simulado - 15

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    DIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKADIDATIKAVestibulares

    ses envolvidos.

    e) O Estado surgiu para defender as tribos e aldeias

    eliminando as contradies e os antagonismos sociais.

    52.H cerca de 2000 anos, os stios superficiais e sem

    cermica dos caadores antigos foram substitudos por

    conjuntos que evidenciam uma forte mudana na

    tecnologia e nos hbitos. Ao mesmo tempo que apare-cem a cermica chamada itarar (no Paran) ou taquara

    (no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultiva-

    dos, encontram-se novas estruturas de habitaes.

    Andr Prous - O Brasil Antes dos Brasileiros. A Pr-Histria do

    Nosso Pas - Rio de Janeiro: Zahar, 2007 - pg. 49 - adaptado

    O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o

    da cermica entre os habitantes do atual territrio do

    Brasil, h 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agri-

    cultura:a) favoreceu a ampliao das trocas comerciais com

    povos andinos, que dominavam as tcnicas de produ-

    o de cermica e as transmitiram aos povos guarani.

    b) possibilitou que os povos que a praticavam se tornas-

    sem sedentrios e pudessem armazenar alimentos, cri-

    ando a necessidade de fabricao de recipientes para

    guard-los.

    c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis,

    que conciliaram a produo de objetos de cermica com

    a utilizao de conchas e ossos na elaborao de ar-mas e ferramentas.

    d) difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noro-

    nha, regio de caa e coleta restritas, o que forava as

    populaes locais a desenvolver o cultivo de alimentos.

    e) era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam

    nas reas litorneas e que estavam, portanto, mais su-

    jeitos a influncias culturais de povos residentes fora da

    Amrica.

    53.

    A palavra feudalismo carrega consigo vrios senti-dos. Dentre eles, podem-se apontar aqueles ligados a:

    a) sociedades marcadas por dependncias mtuas e

    assimtricas entre senhores e vassalos.

    b) relaes de parentesco determinadas pelo local de

    nascimento, sobretudo quando urbano.

    c) regimes inteiramente dominados pela f religiosa, seja

    ela crist ou muulmana.

    d) altas concentraes fundirias e capitalistas.

    e) formas de economias de subsistncia pr-agrcolas.

    54.Deve-se notar que a nfase dada faceta cruzadstica

    da expanso portuguesa no implica, de modo algum,

    que os interesses comerciais estivessem dela ausen-

    tes - como tampouco o haviam estado das cruzadas do

    Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela

    burguesia das repblicas martimas da Itlia. To mes-

    clados andavam os desejos de dilatar o territrio cristo

    com as aspiraes por lucro mercantil que, na sua ora-o de obedincia ao pontfice romano, D. Joo II no

    hesitava em mencionar entre os servios prestados por

    Portugal cristandade o trato do ouro da Mina, comr-

    cio to santo, to seguro e to ativo que o nome do

    Salvador, nunca antes nem de ouvir dizer conhecido,

    ressoava agora nas plagas africanas ...

    Luiz Felipe Thomaz, - D. Manuel, a ndia e o Brasil - Revista de

    Histria (USP), 161 - 2 Semestre de 2009, pgs. 16-17 - adaptado

    Com base na afirmao do autor, pode-se dizer que aexpanso portuguesa dos sculos XV e XVI foi um em-

    preendimento:

    a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos

    sculos anteriores, j que essas eram, na realidade,

    grandes empresas comerciais financiadas pela burgue-

    sia italiana.

    b) ao mesmo tempo religioso e comercial, j que era

    comum, poca, a concepo de que a expanso da

    cristandade servia expanso econmica e viceversa.

    c) por meio do qual os desejos por expanso territorialportuguesa, dilatao da f crist e conquista de novos

    mercados para a economia europeia mostrar-se-iam in-

    compatveis.

    d) militar, assim como as cruzadas dos sculos anterio-

    res, e no qual objetivos econmicos e religiosos surgiri-

    am como complemento apenas ocasional.

    e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comrcio

    intercontinental, a despeito de, oficialmente, autorida-

    des polticas e religiosas afirmarem que seu nico obje-

    tivo era a expanso da f crist.

    55.Os indgenas foram tambm utilizados em determi-

    nados momentos, e sobretudo na fase inicial [da coloni-

    zao do Brasil]; nem se podia colocar problema ne-

    nhum de maior ou melhoraptido ao trabalho escravo

    (...). O que talvez tenha importado a rarefao

    demogrfica dos aborgines, e as dificuldades de seu

    apresamento, transporte, etc. Mas napreferncia pelo

    africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sis-

    tema mercantilista de colonizao; esta se processa num

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    sistema de relaes tendentes a promover a acumula-

    o primitiva de capitais na metrpole; ora, o trfico

    negreiro, isto , o abastecimento das colnias com es-

    cravos, abria um novo e importante setor do comrcio

    colonial, enquanto o apresamento dos indgenas era um

    negcio interno da colnia. Assim, os ganhos comerci-

    ais resultantes da preao dos aborgines mantinham-

    se na colnia, com os colonos empenhados nesseg-nero de vida; a acumulao gerada no comrcio de afri-

    canos, entretanto, flua para a metrpole; realizavam-na

    os mercadores metropolitanos, engajados no abasteci-

    mento dessamercadoria. Esse talvez seja o segredo

    da melhor adaptao do negro lavoura ... escravista.

    Paradoxalmente, a partir do trfico negreiro que se

    pode entender a escravido africana colonial, e no o

    contrrio.

    Fernando A. Novais - Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema

    Colonial - So Paulo: Hucitec, 1979, pg. 105 - adaptado

    Nesse trecho, o autor afirma que, na Amrica portuguesa:

    a) os escravos indgenas eram de mais fcil obteno

    do que os de origem africana, e por isso a metrpole

    optou pelo uso dos primeiros, j que eram mais produti-

    vos e mais rentveis.

    b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho

    duro dos canaviais do que os indgenas, o que justifica-

    va o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar

    mais para a obteno, na frica, daqueles trabalhadores.c) o comrcio negreiro s pde prosperar porque alguns

    mercadores metropolitanos preocupavam-se com as

    condies de vida dos trabalhadores africanos, enquan-

    to que outros os consideravam uma mercadoria.

    d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mo de

    obra indgena contribuiu decisivamente para que, a partir

    de certo momento, tambm escravos africanos fossem

    empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo

    comrcio de pessoas.

    e) o principal motivo da adoo da mo de obra de ori-gem africana era o fato de que esta precisava ser trans-

    portada de outro continente, o que implicava a abertura

    de um rentvel comrcio para a metrpole, que se arti-

    culava perfeitamente s estruturas do sistema de colo-

    nizao.

    56. assim extremamente simples a estrutura social

    da colnia no primeiro sculo e meio de colonizao.

    Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os pro-

    prietrios rurais, a classe abastada dos senhores de

    engenho e fazenda; doutro, a massa da populao es-

    pria dos trabalhadores do campo, escravos e semi li-

    vres. Da simplicidade da infraestrutura econmica - a

    terra, nica fora produtiva, absorvida pela grande ex-

    plorao agrcola - deriva a da estrutura social: a reduzi-

    da classe de proprietrios e a grande massa, explorada

    e oprimida. H naturalmente no seio desta massa

    gradaes, que assinalamos. Mas, elas no so contu-do bastante profundas para se caracterizarem em situa-

    es radicalmente distintas.

    Caio Prado Jr. - Evoluo Poltica do Brasil

    20 Edio - So Paulo: Brasiliense, pgs. 28-29, 1993 [1942]

    Neste trecho, o autor observa que, na sociedade colonial:

    a) s havia duas classes conhecidas, e que nada sabido

    sobre indivduos que porventura fizessem parte de outras.

    b) havia muitas classes diferentes, mas s duas esta-

    vam diretamente ligadas a critrios econmicos.c) todos os membros das classes existentes queriam

    se transformar em proprietrios rurais, exceto os peque-

    nos trabalhadores livres, semi livres ou escravos.

    d) diversas classes radicalmente distintas umas das

    outras compunham um cenrio complexo, marcado por

    conflitos sociais.

    e) a populao se organizava em duas classes, cujas

    gradaes internas no alteravam a simplicidade da es-

    trutura social.

    57. O glten uma protena, presente nas sementes

    das gramneas trigo, cevada, aveia e centeio conhe-

    cidas como cereais. Em sua composio esto pre-

    sentes dois polipeptdeos: a gliadina e a glutenina.

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    Lembre-se que: dois aminocidos podem se ligar atra-

    vs de uma ligao peptdica resultando um dipeptdeo,

    composto por dois resduos de aminocidos e uma

    molcula de gua metablica. Pondere n o nmero

    de resduos de aminocidos em uma molcula de

    gliadina ou de glutenina. Podemos ento concluir que o

    nmero de molculas de gua metablica obtidas, res-

    pectivamente, na traduo de uma molcula de gluteninae de uma molcula de gliadina ser igual a:

    58.Segundo o Dogma Central da Biologia Molecular ,pro-posto por Francis Crick, se fosse possvel utilizarmos :

    tARNs das fibras musculares de uma espcie de

    pirarucu, ribossomos de espermatozoides de arraia,

    mARN das clulas de ptalas do maracuj e aminocidos

    de uma espcie de levedura, em uma traduo realiza-

    da em laboratrio poderamos obter:

    a) uma protena de arraia.

    b) um polipeptdeo de lvedo.

    c) uma protena muscular de pirarucu.

    d) um polipeptdeo hbrido de arraia com maracuj.e) um tetrapeptdeo de maracuj.

    59.Utilizando-se como parmetro a Teoria Celular, pro-

    posta em 1839 por Matthias Jacob Schleiden e Theodor

    Schwann:

    a) os viroides podem ser classificados como seres vivos

    uma vez que so dotados de uma unidade estrutural

    denominada clula.

    b) as leveduras podem ser classificadas como seres vivos

    pelo fato da sua unidade estrutural ser uma protoclula.c) os vrus no podem ser classificados como seres vi-

    vos, uma vez que a sua unidade estrutural, o vrion, no

    a clula.

    d) as bactrias podem ser classificadas como seres vi-

    vos pelo fato de apresentarem uma euclula como uni-

    dade estrutural.

    e) os vrus podem ser classificados como seres vivos,

    uma vez que em sua composio bioqumica so en-

    contrados peptdeos, DNA ou RNA e por apresentarem

    capacidade de copiar sua carga gentica quando no in-

    a)

    b)

    c)

    d)

    e)

    gliadina

    n + 1

    n - 1

    n + 1

    n - 1

    n / 1

    glutenina

    n + 1

    n + 1

    n - 1

    n - 1

    n / 1

    terior de uma clula hospedeira.

    60. Utilize a anlise dos fatos a seguir para a resoluo

    da questo.

    I - Cleptoplastia (gr. klptein = roubar) um fen-meno simbitico pelo qual alguns animais se alimentam

    de algas, digerindo-as completamente mas conservan-

    do seus cloroplastos, que continuam realizando

    fotossntese por dias a meses. Uma lesma-do-mar da

    espcie Elysia chlorotica, por exemplo, pode se alimen-

    tar de algas por duas semanas e sobreviver o resto de

    sua vida sem comer nada e fazendo uso da matria or-

    gnica obtida, diariamente, pela fotossntese realizada

    pelos cloroplastos incorporados.

    II - Utricularia sp (lat. utriculus = sculo, utrculo, bol-sa) representa um gnero de planta fotossintetizante de

    hbito aqutico ou semiaqutico que digere animais, al-

    gas e estruturas vegetais (sementes por exemplo). Esse

    vegetal permanece flutuando debaixo dgua podendo se

    prender a pecolos e caules de outras plantas. A utriculria

    obtm nutrientes fosfatados e nitrogenados da digesto

    dos seres vivos capturados, pelos utrculos, que so pron-

    tamente absorvidos e incorporados em sua biomassa.

    utrculo

    Utricularia sp

    Elysia chlorotica Candidatus Magnetoglobus

    multicellularis

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    III - A lagoa de Araruama, no litoral do Rio de Janeiro,

    foi a fonte da descoberta , em 2001, de um novo tipo de

    espcie bacteriana. A bactria Candidatus

    Magnetoglobus multicellularis foi encontrada pela equi-

    pe do professor Ulysses Lins, do Instituto de Microbio-

    logia da UFRJ.

    Sua estrutura , totalmente multicelular. Cada indivduo

    se divide, aumentando o tamanho de suas clulas edobrando o volume de todo o organismo quando ento

    origina dois descendentes.

    Quais afirmativas podem ser consideradas incorretas?

    I - At ento, ainda no foram relatados animais fotossin-

    tetizantes, durante toda a sua vida.

    II - Os unicelulares conhecidos apresentam, geralmen-

    te, uma unidade estrutural denominada protoclula.

    III - Caso existam, vegetais auttrofos quimiossintetizan-

    tes ainda so desconhecidos.IV - Todas as bactrias conhecidas so unicelulares.

    a) I, II e IV. b) IV e II. c) III e I.

    d) I,II e III. e) IV e III.

    61.Este desenho foi realizado por Albrecht Drer (1471-

    1528) e datado de 1515. Este rinoceronte um marco

    da iconografia cientfica. At o sculo XV, os desenhos

    de animais e outros objetos naturais eram pouco deta-

    lhados, no possuam perspectiva e davam uma fracaideia do original. Drer e outros artistas conseguiram

    transformar totalmente a representao da natureza.

    Drer realizou seu desenho baseado em um esboo fei-

    to por um portugus, conseguindo, apesar disso, dar

    figura uma aparncia real, viva, tridimensional. Sobre este

    animal e o perodo histrico cultural em que foi realiza-

    do, pode-se afirmar que:

    a) Trata-se de um animal mamfero pertencente ao filo

    dos cordados, um animal pseudocelomado.

    b) A classe dos Mamferos a que pertence o rinoceronte

    evoluiu diretamente da classe dos Anfbios.

    c) Drer viveu no perodo histrico cultural do Renas-

    cimento quando elaborou este espcime celomado.

    d) Drer viveu durante a Idade Mdia quando elaborou

    este exemplar dotado de placas espessas caractersti-

    cas da classe a que pertence: os rpteis.

    e) A aparncia real, viva, tridimensional deste rinoceron-

    te permite perceber a simetria bilateral do animal e de-

    duzir tratar-se de um animal protostmio.

    62. Hoje preciso, em especial, entender como o

    Trypanosoma entra na clula humana; que estruturas e

    que substncias qumicas so compatveis de um lado

    e de outro para permitir que ele se grude membrana

    da clula humana e nela penetre; quais so os ligantes

    e receptores envolvidos nesse processo, diz o profes-

    sor Walter Colli, diretor do Instituto de Qumica da USP,

    chefe do Laboratrio de Bioqumica de Parasitas e um

    dos mais respeitados pesquisadores brasileiros em do-

    ena de Chagas.http://revistapesquisa.fapesp.br?art=104&bd=1&pg=1&lg=,

    acessado em 16 mar 2012

    I - A doena causada pelo Trypanosoma endmica em

    algumas regies do Brasil.

    II - Na transmisso por ingesto do protozorio, a forma

    do causador presente no barbeiro macerado dotada de

    flagelo.

    III - A pessoa doente pode apresentar cardiomegalia, um

    grande inchao no corao.IV - Certamente o mosquito barbeiro adquiriu os

    Trypanosomas picando um ser humano doente.

    Esto corretas as afirmaes:

    a) I, II e III b) II e III. c) I e IV.

    d) II, III e IV. e) I e III.

    63.Um estudante de Biologia da DIDATIKA observando

    a imagem do barbeiro transmissor da doena de Cha-

    gas, fez trs afirmaes:I - Trata-se de um organismo holo-

    metbolo, isto , com desenvolvi-

    mento indireto e metamorfose com-

    pleta.

    II - Observando-se o animal con-

    clui-se tratar-se de um artrpode

    hematfago e triblstico.

    III - A simetria deste animal bila-

    teral e tambm sua larva apresen-

    ta este tipo de simetria.

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    Esto corretas as afirmaes:

    a) I, II e III b) II. c) I

    d) III. e) I e III.

    64.Um estudante de biologia, ao observar uma amostra

    de gua, encontrou uma ameba viva. Em seu relatrio,

    escreveu: O animal observado um eucarioto, apresen-

    ta o corpo formado por nica clula e no possui umaforma definida, j que altera sua conformao constan-

    temente. Sua locomoo ocorre atravs de expanses

    do corpo, denominadas pseudpodes.

    A descrio do aluno est:

    a) errada, pois a ameba um procarioto e unicelular.

    b) certa, pois o aluno descreveu corretamente todas as

    caractersticas do animal.

    c) parcialmente certa, pois a ameba formada por mui-

    tas clulas.

    d) parcialmente certa, pois errou apenas ao dizer que aameba um eucarioto.

    e) errada, pois a ameba no considerada um animal e

    unicelular.

    65.Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS),

    dentre as principais doenas parasitrias da atualidade,

    podem ser citadas malria, esquistossomose, amebase,

    giardase, ascaridase e doena de Chagas. Conside-

    rando essas parasitoses, pode-se dizer que

    a) os protozorios so responsveis por todas as doen-as citadas.

    b) a Giardia lamblia, causadora da giardase, alimenta-

    se de nutrientes e apresenta instalao preferencial no

    intestino grosso.

    c) doaes sanguneas so as principais responsveis

    pela transmisso da doena giardase.

    d) trs dessas doenas podem ser prevenidas atravs

    de medidas de higiene e saneamento bsico

    e) somente trs dessas doenas so causadas por

    protozorios.

    66. Todos os organismos so compostos de clulas.

    Todas as clulas so originadas a partir de clulas

    preexistentes. Essas duas afirmativas constituem a

    Teoria Celular. Com base nessa teoria, constatou-se, com

    auxilio de microscpios, a existncia de dois tipos de

    clulas que constituem os seres vivos: as clulas

    eucariotas e as procariotas. Das estruturas ou organelas

    apresentadas, identifique aquelas que so encontradas

    somente em clulas eucariotas.

    a) Cromatina, mitocndrias e peptdioglicano.

    b) Carioteca, mitocndrias e lisossomos.

    c) Parede celular, mesossomas e cloroplastos.

    d) Cromossomos, fmbrias e lisossomos.

    e) Carioteca, plasmdeos e aparelho de Golgi.

    67. Dentre os nutrientes necessrios sade, assim

    como existem as protenas, gorduras, carboidratos e vi-taminas, h um grupo de elementos chamados mine-

    rais. Essenciais na constituio estrutural dos tecidos

    corpreos, os minerais possuem papis importantes

    como reguladores orgnicos que controlam os impulsos

    nervosos, atividade muscular e o balano cido-base do

    organismo e como componentes ou ativadores/regula-

    dores de muitas enzimas. Cada mineral requerido em

    quantidades especficas, numa faixa que varia de

    microgramas a gramas por dia. A ingesto excessiva ou a

    carncia dos minerais podem trazer srios comprometi-mentos ao organismo. A tabela a seguir apresenta a quan-

    tidade dos minerais clcio e ferro em alguns alimentos.

    FROTA Pessoa, O. - Os Caminhos da Vida - Manual do Professor

    Editora Scipione - 2001, pgs. 37-9

    Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente,

    os alimentos mais importantes na preveno de anemia

    e osteoporose.

    a) carne de boi magra assada e couve manteiga.

    b) milho verde em conserva e queijo prato.

    c) queijo prato e couve manteiga.

    d) rosbife e queijo prato.e) pepino cru e rosbife.

    68. Considerando que uma clula tenha parede celular

    sem quitina, presena de plasmodesmas para a comu-

    nicao entre as clulas, fuso mittico sem a presena

    de centrolos e membrana citoplasmtica composta de

    protenas e fosfolipdios, pode-se concluir que essa c-

    lula de um (a):

    a) alface. b) bactria. c) cogumelo.

    d) cachorro. e) levedura.

    Alimento (100 g)

    Carne de boi magra assada

    Couve manteiga

    Milho verde em conserva

    Pepino cru

    Queijo prato

    Rosbife

    Clcio (mg)

    9

    330

    6

    10

    1023

    16

    Ferro (mg)

    3,20

    2,20

    0,80

    0,23

    0,78

    4,20

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    69.A chamada Segunda Revoluo Industrial, ocorrida

    nas ltimas dcadas do sculo XIX, foi caracterizada:

    a) pela concentrao do processo de industrializao

    na Inglaterra e pela montagem do imprio colonial brit-

    nico.

    b) pelo desenvolvimento da eletricidade e da siderurgia e

    pela expanso da industrializao para alm do conti-

    nente europeu.c) pela industrializao e pela formao de Estados na-

    cionais no continente africano, a partir das suas antigas

    fronteiras culturais e lingusticas.

    d) pelo equilbrio de foras entre as antigas colnias

    europeias e os Estados europeus devido difuso da

    industrializao.

    e) pela retrao da economia mundial devido mecani-

    zao da produo e diminuio da oferta de produtos

    industrializados.

    70.Vivemos numa era verdadeiramente global, em que

    o global se manifesta horizontalmente e no por meio

    de sistemas de integrao verticais, como o Fundo Mo-

    netrio Internacional e o sistema financeiro. Muito da

    literatura sobre a globalizao foi incapaz de ver que o

    global se constitui nesses densos ambientes locais.

    Saskia Sassen - www.estadao.com.br/noticias/suplementos,

    a-globalizacao-do-protesto, 758135,0.htm, 13/08/2011

    Assinale a alternativa que contm uma proposio coe-rente com os argumentos apresentados no texto:

    a) As metrpoles no apenas sofrem os efeitos da

    globalizao, mas so espaos que produzem a globali-

    zao.

    b) As foras globais, tais como o FMI e os sistemas fi-

    nanceiros, no afetam os ambientes locais, desde que

    eles sejam densos.

    c) Na escala global, os agentes operam horizontalmen-

    te, enquanto, na escala local, os agentes operam verti-

    calmente.d) A noo de escala global deixou de ter importncia em

    geografia, j que o global s se revela por meio do local.

    e) A globalizao conferiu densidade a todos os ambien-

    tes locais, na medida em que suas foras atingem to-

    dos os lugares.

    71. A Geografia Poltica atual foca o interesse nos pro-

    cessos ligados s formas de gesto do territrio, exami-

    nando mais de perto as engrenagens da atividade esta-

    tal, formulando e pondo em prtica polticas pblicas

    territoriais.

    I - A China pode ser considerada um novo ator nas rela-

    es econmicas, polticas e militares, desbancando os

    Estados Unidos como polcia do mundo.

    II - As guerras travadas pelos Estados Unidos da Amri-

    ca nos ltimos anos (Iraque, Afeganisto etc.) tm surti-

    do efeito positivo quanto segurana mundial.

    III - Qualquer sociedade em qualquer tempo histricoestabelece determinados modos de relao com seu

    espao, ou seja, valoriza-o.

    IV - A Unio Europeia no tem medido esforos para a

    entrada da Turquia, pois este pas estratgico para as

    pretenses de expanso territorial da Unio Europeia na

    Europa e fora deste continente.

    V - Na maioria dos Estados a institucionalizao do

    poder poltico que determina a fixao de limites entre

    as sociedades-naes; por conseguinte, os conflitos se

    tornam cada vez mais internacionais.VI - No mundo contemporneo a dominao de um im-

    prio no se d apenas pela influncia geogrfica e/ou

    militar, mas tambm pela supremacia nas redes econ-

    micas, pelos fluxos financeiros, pelas inovaes

    tecnolgicas, pelas trocas comerciais etc.

    Assinale a alternativa em que as proposies caracteri-

    zam de forma correta o entendimento dos movimentos

    geopolticos na atualidade.

    a) I, III e V. b) II, IV e VI. c) II, III e V.d) III, V e VI. e) III, IV e VI.

    72. Leia os itens apresentados.

    I - As inovaes tcnicas nas reas dos transportes e

    das comunicaes tendem a conferir fluidez ao espao

    geogrfico. Os espaos de maior fluidez so aqueles

    nos quais a circulao de bens, de pessoas e de infor-

    maes se realiza em menos tempo e, portanto, com

    menores custos.

    II - As empresas, ao definirem a localizao das suasunidades, levam em conta os custos de transferncia de

    bens (transportes) e de informao (comunicao). Por

    meio da implantao de sistemas de transporte eficien-

    tes, os governos podem definir estratgias de moderni-

    zao destinadas a conferir vantagens comparativas aos

    territrios.

    III - Do ponto de vista dos custos de deslocamento de

    cargas, uma anlise genrica distingue cinco categori-

    as de meios ou modos de transporte: dutos, rodovias,

    ferrovias, hidrovias e areo. Os dutos, as hidrovias e as

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    ferrovias apresentam altos custos unitrios. Devido a esse

    alto custo, pases como o Brasil optaram por investir na

    construo de rodovias.

    IV - O transporte martimo ganhou forte impulso no s-

    culo XIX, com os navios a vapor. A construo do canal

    de Suez possibilitou a ligao entre os mares Mediter-

    rneo e Vermelho, reduzindo as distncias e o custo

    dos trajetos entre a Europa e a regio do oceano ndico.Atualmente, o canal de Suez a principal rota de petro-

    leiros entre a rea produtora do Golfo Prsico e os mer-

    cados consumidores europeus.

    V - A construo do canal do Panam interligou os oce-

    anos Atlntico e Pacfico. No incio, o canal funcionou

    como rota entre as costas leste e oeste dos Estados

    Unidos. Depois, tornou-se principal via de circulao entre

    o leste dos Estados Unidos e da Europa Ocidental com

    pases da bacia do Pacfico.

    Assinale a alternativa corretasobre os fluxos e os siste-

    mas de transporte.

    a) I, II, III e V.

    b) I, II, III e IV.

    c) I, II, IV e V.

    d) II, III, IV e V.

    e) Apenas II, III e V.

    73.Leia o fragmento do artigo do professor Octavio Ianni.

    os membros daselites, isto , classes e grupossociais dominantes, ou blocos de poder, organizam-se

    e comportam - se como conquistadores, colonizadores,

    desfrutadores

    Tanto assim, que definem as fuses e as aquisi-

    es de empresas nacionais promovidas pelas

    transnacionais comomodernizao, insero no mer-

    cado mundial, entrada no primeiro mundo. Esquecem

    o agravamento das desigualdades sociais.

    IANNI, O. - O Declnio do Brasil-Nao

    in: www.scielo.br, dezembro/2000

    A concentrao espacial da riqueza, as corporaes

    transnacionais e o comrcio internacional so fatores

    que explicam a economia global, logo:

    a) os domnios de mercado so fenmenos econmicos

    tpicos do perodo do capitalismo financeiro.

    b) a livre concorrncia uma consequncia do acmulo

    de capital nas corporaes transnacionais.

    c) a cincia foi um dos fatores da descentralizao da

    riqueza, haja vista a sua homognea distribuio no es-

    pao internacional.

    d) as corporaes internacionais so agentes dessa

    mudana na produo mundial nos pases socialistas.

    e) o perodo do capitalismo financeiro estruturou-se, ide-

    ologicamente, a partir do Liberalismo Econmico.

    74. Leia o texto a seguir.

    O desenvolvimento no um mecanismo cego queage por si. O padro de progresso dominante descreve

    a trajetria da sociedade contempornea em busca dos

    fins tidos como desejveis, fins que os modelos de pro-

    duo e de consumo expressam. preciso, portanto,

    rediscutir os sentidos. Nos marcos do que se entende

    predominantemente por desenvolvimento, aceita-se re-

    ver as quantidades (menos energia, menos gua, mais

    eficincia, mais tecnologia), mas pouco as qualidades:

    que desenvolvimento, para que e para quem?

    LEROY, Jean Pierre - Encruzilhadas do Desenvolvimento. O

    Impacto Sobre o Meio Ambiente - Le Monde Diplomatique Brasil

    - jul./2008, pg. 9

    A situao apontada no texto remete a problemas no

    uso dos recursos naturais. Com base no texto, no enun-

    ciado e nos conhecimentos sobre o desenvolvimento

    capitalista, considere as afirmativas a seguir.

    I - O desenvolvimento do capitalismo industrial baseou-

    se no uso de fontes de energia limpa como principal

    elemento para a realizao da produo.II - Elementos da natureza, como madeira e minrios,

    serviram para estruturar mecanismos coloniais de domi-

    nao.

    III - No mundo atual, a conscincia ecolgica e a

    reciclagem de materiais so insuficientes para deter o

    consumo desenfreado dos recursos naturais.

    IV - O capitalismo racional no espao de cada unidade

    produtiva e anrquico no plano social, pois o capitalista

    contempla apenas o seu interesse individual.

    Assinale a alternativa correta.

    a) Somente as afirmativas I e II so corretas.

    b) Somente as afirmativas I e III so corretas.

    c) Somente as afirmativas III e IV so corretas.

    d) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas.

    e) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas.

    75.A Terra comporta-se como um imenso m, ou seja,

    tem magnetismo prprio. Observe a seguir as figuras,

    que so representaes do campo magntico da Terra.

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    Wilson Teixeira et al - Decifrando a Terra, 2009 - adaptado

    A partir da observao das figuras e de seus conheci-

    mentos, pode-se afirmar que:

    a) se buscamos as coordenadas geogrficas do polo

    norte magntico para atingir o polo norte geogrfico, o

    provvel que no cheguemos l, porque a localizao

    dos polos magnticos da Terra no coincide com a dos

    polos geogrficos.

    b) o polo norte magntico encontra-se na costa norte doAlasca e o polo sul magntico na costa oeste da Antrtida.

    c) se buscarmos as coordenadas geogrficas do polo

    sul magntico para atingir o polo sul geogrfico, o prov-

    vel que alcancemos nosso intento, porque a localiza-

    o dos polos magnticos da Terra coincide com a dos

    polos geogrficos.

    d) o polo norte magntico encontra-se na Groenlndia,

    na Amrica do Norte, e o polo sul geogrfico na costa

    norte da Antrtida.

    e) o polo norte magntico encontra-se na costa norte do

    Canad, no oceano Atlntico, portanto, junto localiza-

    o do polo norte geogrfico.

    76. Observe o esquema abaixo, que indica a circulao

    atmosfrica sobre a superfcie terrestre, e indique a al-

    ternativa correta.

    a) Os ventos alsios dirigem-se das reas tropicais para

    as equatoriais, em sentido horrio no hemisfrio norte e

    anti-horrio no hemisfrio sul, graas ao da Fora

    de Coriolis, associada movimentao da Terra.

    b) Os ventos alsios dirigem-se das reas de alta pres-

    so, caractersticas dos trpicos, em direo s reas

    de baixa presso, prximas ao equador, movimentando-

    se em sentido anti-horrio no hemisfrio norte e em sen-tido horrio no hemisfrio sul.

    c) Os ventos contra-alsios dirigem-se dos trpicos em

    direo ao equador, movimentando-se em sentido hor-

    rio no hemisfrio norte e anti-horrio no hemisfrio sul,

    graas ao da Fora de Coriolis.

    d) Os ventos contra-alsios dirigem-se da rea tropical

    em direo aos polos, provocando quedas bruscas de

    temperatura e eventualmente queda de neve, movimen-

    tando-se em sentido anti-horrio no hemisfrio sul e em

    sentido horrio no hemisfrio norte.e) Os ventos do mapa so as mones de vero que

    sofrem um desvio no equador em funo da maior veloci-

    dade da rotao.

    77. Considerando duas cidades, uma localizada a 35

    de latitude Sul e a outra a 21 de latitude Norte, corre-

    to concluir que:

    a) ambas estariam na mesma zona trmica da Terra.

    b) a cidade que est a 35 Sul ter, ao meio-dia, horrio

    solar, a sua sombra voltada para o Norte.

    11,5eixo de rotao

    linhas de fora

    eixo magntico

    polo norte magntico

    polo sul magntico

    Polo Norte

    60

    30

    0

    30

    60

    altapresso

    altapresso

    altapresso

    altapresso

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    c) a cidade localizada a 21 Norte ter o Sol no znite

    duas vezes ao ano.

    d) na cidade localizada no Hemisfrio Sul, o Sol nascente

    sempre estar no ponto Leste da Rosa dos Ventos.

    e) o ngulo de incidncia do Sol ao meio-dia, horrio

    civil, ser sempre igual nas duas cidades.

    78. Um grupo de pescadores pretende passar um finalde semana do ms de setembro, embarcado, pescando

    em um rio. Uma das exigncias do grupo que, no final

    de semana a ser escolhido, as noites estejam ilumina-

    das pela lua o maior tempo possvel.

    A figura representa as fases da lua no perodo proposto.

    Considerando-se as caractersticas de cada uma das

    fases da lua e o comportamento desta no perodo deli-

    mitado, pode-se afirmar que, dentre os fins de semana,

    o que melhor atenderia s exigncias dos pescadores

    corresponde aos dias:

    a) 08 e 09 de setembro. b) 15 e 16 de setembro.

    c) 22 e 23 de setembro. d) 29 e 30 de setembro.e) 06 e 07 de outubro.

    79. Observe a rbita terrestre desde um ponto no espa-

    o ao sul da eclptica.

    Com base na figura anterior, so feitas as seguintes afir-

    maes.

    I - Na posio 4 temos solstcio de inverno para Hemis-

    frio Sul e de vero para Hemisfrio Norte.

    II - Na posio 4 a velocidade do movimento de translao

    maior do que na posio 2.

    III - Na posio 3 no Hemisfrio Norte inverno, e a velo-

    02 de outubro 17 de setembro

    24 de setembro

    10 de setembro

    cidade do movimento de translao a mais lenta ao

    longo da rbita.

    IV - Nas posies 1 e 2 temos equincio de outono e de

    inverno para o Hemisfrio Sul, respectivamente.

    Quais esto corretas?

    a) I. b) II. c) III.

    d) II e III. e) II e IV.

    Observao: Nas questes em que for necessrio, adote

    para g, acelerao da gravidade na superfcie da Terra, o

    valor de 10 m/s2; para a massa especfica (densidade) da

    gua, o valor de 1000 kg/m3 = 1 g/cm3; para o calor espec-

    fico da gua, o valor de 1,0 cal/(g . C); para uma caloria, o

    valor de 4 joules.

    80. O grfico a seguir indica a posio S em funo do

    tempo t para um automvel em movimento num trechohorizontal e retilneo de uma rodovia.

    grfico fora de escala

    Da anlise do grfico, pode-se afirmar que o automvel:

    a) est em repouso, no instante 1 min.

    b) possui velocidade escalar nula, entre os instantes

    3 min e 8 min.

    c) sofreu deslocamento de 4 km, entre os instantes0 min e 3 min.

    d) descreve movimento progressivo, entre os instantes

    1 min e 10 min.

    e) tem a sua posio inicial coincidente com a origem

    da trajetria.

    81. No grfico a seguir so apresentados os valores da

    velocidade V, em m/s, alcanada por um dos pilotos em

    uma corrida em um circuito horizontal e fechado, nos

    primeiros 14 segundos do seu movimento. Sabe-se que

    sentido da rbita

    1

    2

    3

    4

    S (km)

    4

    0

    -2

    1 3 8 10 t (min)

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    de 8 a 10 segundos a trajetria era retilnea. Considere

    g = 10 m/s2 e que para completar uma volta o piloto deve

    percorrer uma distncia igual a 400 m.

    A partir da anlise do grfico, so feitas as afirmaes:

    I - O piloto completou uma volta nos primeiros 8 segun-

    dos de movimento.

    II - O piloto demorou 9 segundos para completar uma volta.

    III - A fora resultante que agiu sobre o piloto, entre os

    instantes 8 e 10 segundos, tem mdulo igual a zero.IV - Entre os instantes 10 e 12 segundos, agiu sobre o

    piloto uma fora resultante, cuja componente na direo

    do movimento equivalente a trs vezes o seu peso.

    So verdadeiras apenas as afirmaes:

    a) I e III. b) II e IV. c) III e IV.

    d) I, III e IV. e) II, III e IV.

    82. Assinale a alternativa que apresenta a histria que

    melhor se adapta ao grfico.

    a) Assim que sa de casa lembrei que deveria ter envia-

    do um documento para um cliente por e-mail. Resolvivoltar e cumprir essa tarefa. Aproveitei para responder

    mais algumas mensagens e, quando me dei conta, j

    havia passado mais de uma hora. Sa apressado e to-

    mei um txi para o escritrio.

    b)Sa de casa e quando vi o nibus parado no ponto corri

    para peg-lo. Infelizmente o motorista no me viu e par-

    tiu. Aps esperar algum tempo no ponto, resolvi voltar para

    casa e chamar um txi. Passado algum tempo, o txi me

    pegou na porta de casa e me deixou no escritrio.

    c) Eu tinha acabado de sair de casa quando tocou o

    celular e parei para atend-lo. Era meu chefe, dizendo

    que eu estava atrasado para uma reunio. Minha sorte

    que nesse momento estava passando um txi. Acenei para

    ele e poucos minutos depois eu j estava no escritrio.

    d) Tinha acabado de sair de casa quando o pneu furou.

    Desci do carro, troquei o pneu e finalmente pude ir para

    o trabalho.

    e) Sa de casa sem destino - estava apenas com vonta-de de andar. Aps ter dado umas dez voltas na quadra,

    cansei e resolvi entrar novamente em casa.

    83. Considere uma situao em que o dono de um co

    lana um graveto e, no mesmo instante, o co que est

    ao seu lado parte para apanh-lo. O co alcana o graveto

    10 s aps o lanamento e a velocidade mdia do co

    desde a posio de partida at alcanar o graveto de

    5,0 m/s. Sabendo que o graveto atinge o repouso 4,0 s

    aps o lanamento, a velocidade mdia horizontal dograveto do lanamento at alcanar o repouso de:

    a) 2,0 m/s. b) 5,5 m/s. c) 12,5 m/s.

    d) 20,0 m/s. e) 25,0 m/s.

    84. Um trem se locomove de uma estao a outra du-

    rante 5 minutos e, aps chegar a ela, o maquinista abre

    as portas e espera 30 segundos para que todas as pes-

    soas possam entrar e sair. A partir da, fecha as portas e

    movimenta o trem para a prxima estao. Consideran-

    do que o trem realize um percurso total de 28 km desen-volvendo uma velocidade mdia de 60 km/h, pode-se

    estimar que o nmero de paradas (estaes), contando

    desde a primeira at a lt