Simbolismo Da Elevacao

8/10/2019 Simbolismo Da Elevacao

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O Simbolismo da Elevao a Companheiro

Introduo

Inicialmente queremos dar nfase e chamar a ateno sobre a importncia

transcendental do simbolismo, que constitui os fundamentos da nossa Ordem,

legado que recebemos de nossos antecessores e que continua sendo a maneira

mais eficaz de transmitir nosso pensamento e nossa filosofia de vida. um dos mais

dignos suportes no qual se baseia nossa unio.

rata!se da representao vis"vel de uma id#ia ou uma fora que atr$s dele se

oculta. o instrumento atrav#s do qual as id#ias chegam a se manifestar, e ao

mesmo tempo # o mais apropriado ve"culo, que conduzido adequadamente nos leva

precisamente % compreenso da sua identidade. &eda seu conte'do aos que no

esto capacitados para saber( mas revela aos iniciados e aos que esto dispostos aver adiante das simples aparncias, os segredos e mist#rios do seu significado.

O conhecimento da verdade # como a luz pura que, refratada em um cristal

prism$tico, se decomp)e nas cores prim$rias. *ada indiv"duo, sob a

influncia de uma determinda cor en+ergar$ a luz de forma diferente de outro

sob a influncia de outra cor, um dir$ que a luz # vermelha, outro dir$ que a

luz # amarela, ambos esto certos, por#m, cada qual conhece apenas umaparcela daquilo que # verdadeiro.

or outro lado a interpretao dos s"mbolos depende da posio relativa do

indiv"duo e do momento psicol-gico que ele est$ vivendo, sendo ele um ser

'nico, ler$ de forma 'nica a mensagem oculta.

endo cada indiv"duo um ser 'nico e que, como /$ visto, o s"mbolo permite

v$rias interpreta)es, infere!se da" que cada um ter$ uma viso 'nica do seu

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significado , ainda mais, dependendo da sua vivncia, cada indiv"duo poder$

emitir uma interpretao totalmente diferente da anterior, fundamentado no

seu conhecimento relativo no tempo e do momento psicol-gico que est$

vivendo, por#m, no menos verdadeira. 1m resumo, cada s"mbolo pode ser

interpretado de infinitas maneiras.

2 n-s, maons, interessa buscar em cada s"mbolo o seu sentido ma3nico,

aquele sentido que pode nos levar ao aperfeioamento moral e #tico, que

nos a/ude a en+ergar as irregularidades da edra 4ruta que somos.

O Grau de Companheiro

O 5rau de *ompanheiro, # o segundo dentro do 6ito 1scocs 2ntigo e 2ceito.

7unto com o primeiro e terceiro so denominados de 5raus imb-licos. Os

demais graus do 6ito, so conhecidos como os 5raus 8ilos-ficos.

O 5rau de *ompanheiro tem como ob/etivo o estudo das *incias 9aturais, da

*osmologia, da 2stronomia, da 8ilosofia, da :ist-ria e a investigao da

origem de todas as causas de todas as coisas.

;edica!se, outrossim, ao estudo dos s"mbolos e, como o faz o 0< 5rau,

procura conhecer o homem como ser 'til na sociedade, buscando coloc$!lo a

servio da humanidade para semear bem!estar atrav#s do trabalho, da cincia

e da virtude.

O 2prendiz =aom que conclui seu tempo no est$gio que lhe foi proposto,

/ulga ter estudado e absorvido os ensinamentos de todos os s"mbolos queencontrou dentro do emplo, contudo verificar$ que, ao passar para o >< 5rau,

surgem novos s"mbolos e novas interpreta)es.

O seu caminho ser$ um pouco mas preciso e filos-fico?pr$tico, sem

obviamente, somar profundos conhecimentos ma3nicos, e+igidos

gradativamente em sua elevao e posterior e+altao ao @< 5rau.

or ser o grau intermedi$rio dentro da =aonaria imb-lica, assume relevante

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posio o estudo. er *ompanheiro, significa ser o lao de unio entre o

2prendiz e o =estre. 9o sendo mais 2prendiz e sem ter alcanado a posio

de =estre, o *ompanheiro coloca!se como se fora o fiel de uma balana

imagin$ria, equilibrando posi)es, aspira)es e tendncias.

2p-s cumprido seu per"odo, que tamb#m # longo, paciencioso e constante, a

sua fidelidade lhe dar$ um prmio valioso, o de ser aceito como =estre que #

dentro da =aonaria imb-lica a 'ltima posio.

O Simbolismo da Elevao

;evido a comple+idade do simbolismo contido na a 1levao, vamos procurar

nos deter na conceituao simb-lica do ritual das viagens.

*onstruir, talvez se/a o mais perfeito paradigma para o nosso

engrandecimento interior. Aualquer criao se/a ela f"sica, mental ou

espiritual # para nos maons uma obra de arquitetura. anto que na Ordem,

;eus # chamado de BO 5rande 2rquiteto do CniversoB. 1sta alegoria # to

forte que propicia no campo filos-fico, a possibilidade de um ser humano

alargar infinitamente seus horizontes e galgar sozinho alturas inimagin$veis,comeando simplesmente por aprender a desbastar sua edra 4ruta. 1ssa

did$tica # to eficaz, que passado somente alguns meses de nossa

Iniciao, podemos constatar o quanto evolu"mos intelectual, moral e

espiritualmente. em que nos d#ssemos conta, sub/etivamente, esta imagem

penetrou nosso inconsciente e ficou gravada profundamente na nossa

psique, lembrando!nos o tempo todo que somos ao mesmo tempo a mat#ria!

prima, a obra e o autor. 2ssim funciona a psicologia do desenvolvimentoma3nico. 1stamos comeando, ao menos simbolicamente, a nos libertar

das pai+)es, erros e v"cios e passando de 2prendizes a *ompanheiros,

dei+amos o trs para aprendermos o cinco.

*omo rito desta passagem, empreendemos cinco viagens, circulando por

cinco vezes o emplo, do Ocidente para a Duz do Oriente e retornando

sempre ao Ocidente. 2 cada etapa nos so apresentados diferentesinstrumentos e cada vez que retornamos ao ponto de partida nos elevamos a

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um plano superior.

1ntra!se no emplo portando a r#gua de vinte e quatro polegadas. 9a

primeira viagem ela # substitu"da pelo mao e cinzel. endo instrumentos

complementares, s- funcionam em con/unto. 6epresentam, o primeiroE a

vontade, a razo e a equidade, o bem /ulgar e o bem decidir( o segundoE o

livre arb"trio, a educao e a influencia do intelecto. o usados para

desbastar a edra 4ruta, a qual far$ parte do alicerce da futura construo.

1sta viagem nos alerta para os cinco sentidos que so nossas /anelas para o

mundo f"sico e nos permitem vivenci$!lo

9a segunda viagem a r#gua e o compasso substituem o mao e o cinzel. 2

r#gua simboliza o m#todo, a lei e a retido de car$ter. O compasso

representa o infinito, pelos infinitos c"rculos que pode traar. o relativo e o

absoluto coe+istindo em um 'nico s"mbolo.

2 Inter!relao entre a r#gua e o compasso # simbolicamente e+plicada pela funo

geom#trica dos dois instrumentos. 2 r#gua # utilizada para traar linhas retas que

significam a retido e infle+ibilidade do direito e da lei moral. imbolicamente, ainda

a este conceito, opor!se!ia a relatividade do c"rculo, resultado caracter"stico dotraado do compasso, simbolizando a realidade $gil e perene, com a curvatura

relativa a cada um de n-s. *omo somos limitados, devemos nos apoiar na r#gua

para balizar nossa conduta reta, por#m sem perder o senso de realidade a que

muitas vezes temos que nos render, %s vezes devemos nos espelhar no 55,

que escreve certo por linhas tortuosas.

2inda que o conceito f"sico da definio de reta nos prove de grande significadosimb-lico, onde se diz que toda reta # uma pequena seco de curva Fper"metro de

uma circunfernciaG com raio infinito, vem nos mostrar que, muitas vezes, o que nos

parece reto no o # e, muitas vezes, o que nos parece curvo to pouco o #.

*om estes dois instrumentos podemos desenhar qualquer figura geom#trica e

praticando os valores intr"nsecos destes s"mbolos, pro/etar qualquer planta da

2rquitetura =a-nica. 7untos, a r#gua e o compasso representam a :armoniae o 1quil"brio. 1sta viagem nos mostra o valor da 2rquitetura, ensinando!nos

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as cinco ordens b$sicas. *ada ordem # representada por uma coluna que ir$

decorar cada um dos cinco degraus que o *ompanheiro dever$ subirE ;-rica,

7-nica, *or"ntia, oscana e *omp-sita. *ada coluna representa tamb#m um

tema de estudo do *ompanheiroE Inteligncia, 6etido, &alor, rudncia e

8ilantropia.

ara a terceira viagem conserva!se a r#gua e recebe!se a alavanca. 1sta,

simboliza a perseverana, a fora moral, o movimento, a vontade

acompanhada da inteligncia e da bondade. ossibilita que com um m"nimo

de esforo e com um ponto de apoio preciso, movimentemos, praticamente,

qualquer ob/eto de qualquer peso. imbolicamente, a alavanca pode tamb#m

ser interpretada como nosso livre arb"trio, pois pode remover imensos

preconceitos alo/ados na nossa mente, impulsionada apenas pela fora da

razo e tendo como ponto de apoio a inteligncia. or isso a r#gua deve

acompanh$!la sempre, pois sem a retido e a moral seus efeitos poderiam

ser desastrosos. 9esta viagem nos so apresentadas as artes liberais. 2

gram$tica, a ret-rica e a l-gica permitem que nos comuniquemos,

transformando a fala em verdadeira arte. 2 aritm#tica nos permite a arter de

contar, a geometria a de medir, a astronomia a de conhecermos o Cniverso e

finalmente a musica que sendo tamb#m matem$tica, nos permite alcanaraltos n"veis de contato com as esferas superiores. 1m con/unto nos permitem

a vivncia e o conhecimento plenos do mundo e+terior e nos abrem as portas

para o mundo interior .

ara a quarta viagem troca!se a alavanca pelo esquadro e foi mantida a

r#gua. "mbolo da equidade, retido, /ustia e disciplina, o esquadro # a

soma do n"vel com o prumo. eria imposs"vel formatar nossa edra *'bicasem seu au+"lio.

1sta representa o ser e sua alma e o *ompanheiro dever$ ter a /usta

medida, a perseverana e a disciplina para geometriz$!la e pol"!la a fim de

que cada uma de suas faces resulte na perfeita representao de cada uma

das faculdades espirituais.

1mpreende!se a quinta viagem sem portar nenhum instrumento, pois como


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postulantes a *ompanheiros, naquele momento, /$ devem ter incorporado

suas qualidades. em!se apontada contra o peito a ponta de uma espada.

1ste ritual nos atenta para a pureza interna que deveremos alcanar e

possamos assim atingir as regi)es mais altas de nossa espiritualidade. 1sta

1spada representa o 2n/o da 1spada 8lame/ante que guarda o Bortal do

denB, regio situada no meio da espinha dorsal. 1la impede que os

pensamentos impuros do mundo inferior alcancem e poluam as regi)es

cristalinas do nosso mundo espiritual. 2 e+pulso do para"so se deu

e+atamente por ter o humano usado o intelecto para acumular dese/os

criando assim o seu inferno. O escopo desta quinta viagem # fazer com que

o homem refaa este caminho em sentido inverso e reencontre!se com seu

para"so, ou se/a, seu plano espiritual Fseguindo esta id#ia, algumas Do/as

mudam o ritual e fazem esta viagem em sentido inversoG.

2ssim, alcana!se o primeiro degrau da escada de 7ac-. 2 escada por onde

os 2n/os de ;eus sobem e descem. 1 como o 5rande 2rquiteto no nos

abandona nunca, envia estes mesmos an/os para nos au+iliar nesta subida.

;evemos durante essa escalada para a Duz, manter acesas as chamas da

8#, da 1sperana e da *aridade, simbolizadas pela *ruz, pela Jncora epelo *$lice. obretudo devem!se manter acesas as chamas da /ustia e da

liberdade, a nossa liberdade, a liberdade dos outros, mas principalmente

nossa liberdade interior. Aue nunca, ningu#m, nem nada, possam cercear

nosso direito de livre pensar.

4ibliografia

;icion$rio de =aonaria ! 7oaquim 5erv$sio de 8igueiredo

5rau do *ompanheiro e seus =ist#rios ! 7orge 2doum

imbolismo do egundo 5rau K 6izzardo da *amino

O 5rau de *ompanheiro por um *ompanheiro K 8rederico 5uilherme *osta

6itual do *ompanheiro =aom ! 5O4

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