Shopping 86 - Centros Comerciais em Revista

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Mundicenter junta o melhor de dois mundos Ano XXI - 2013 - Edição 86 Distribuição gratuita Shopping Centros comerciais em revista Índices APCC Radiografia do sector ICSC anuncia 2013 awards finalists Alegro Setúbal inaugura em 2014

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Publicação da Associação Portuguesa de Centros Comerciais

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Mundicenter juntao melhor de dois mundos

Ano XXI - 2013 - Edição 86Distribuição gratuita

ShoppingCentros comerciais em revista

Índices APCCRadiografia do sector

ICSC anuncia2013 awards finalists

Alegro Setúbalinaugura em 2014

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Propriedade

Associação Portuguesa de Centros Comerciais

Morada Av. Eng.º Duarte Pacheco

Amoreiras Torre 2 - Piso 9 - Sala 21070-102 Lisboa

PortugalTel.: 21 319 31 88 - Fax: 21 354 34 01

E-mail: [email protected]

DirecçãoAntónio Sampaio de Mattos

Direcção ExecutivaPedro Teixeira

ShoppingCentros Comerciais em Revista

Bimestral • Ano XXI - 2013 - Edição 86

Coordenação EditorialLuís Aragão

Edição GráficaMediapearl - Comunicação e Serviços, Lda.

Rua 1º Cabo José Martins Silvestre, 6 3-Dtº1800-310 Lisboa

[email protected]

PublicidadeFernando Rodrigues

Tm: 91 373 32 20

Tiragem: 15 000 exemplares

Distribuição GratuitaDepósito Legal n.º 54-808/92

Registo no ICS n.º 117131

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Nestes momentos de crise amplificada como os que estamos a viver, tudo se questiona sem qualquer preceito. O que foi mal feito, encontra obviamente um espaço à crítica e insurreição, pelo despesismo, pelo conluio e pelos interesses de alguns que se sobrepuseram ao interesse colectivo. O problema é que questiona-se até o que foi, ou tem sido, bem feito, anulando com isso a imprescindível eficácia depurativa desta conjuntura.

Fala-se muito na postura que nos leva a enfrentar a crise com maturi-dade e objectividade, mas esse exercício diário passa essencialmente por sermos criteriosos, valorizando e enaltecendo o que considera-mos positivo, preservando o que foi alcançado com muitos anos de trabalho e crescimento. Quer concordemos ou não, temos assistido à governação de um país em estado de emergência e sob escrutínio permanente, e não nos poderemos alhear nunca desse pressuposto, pois temos a tendência, com o passar do tempo, a considerar que a situação melhora por si. Certamente estaremos mais distantes da bancarrota, do que há um ano atrás, mas a prossecução do nosso ajustamento é constante e todas as políticas são condicionadas.

Não poderemos de igual forma julgar imprudentemente alguns erros de comunicação e mesmo de governação do actual executivo, pois não há qualquer precedente de uma situação como esta. É obrigação de todos contribuir para a eficácia da aplicação do Orçamento 2013.

Aqui chegados, importa acrescentar que a herança de governos an-teriores é pesada em todos os domínios e já estamos a pagar muito caro pelos erros cometidos. Porém, nem tudo o que vem do passado foi mau, pois é reconhecido que se assumiu e acarinhou uma iniciativa privada empreendedora e competente, cujos investimentos se têm revelado estruturantes e necessários, quer ao nível local, quer nacional. A indústria dos centros comerciais é disso um bom exemplo, apesar dos grandes obstáculos burocráticos com que se depararam os in-vestidores, e que deverão ser abolidos em futuros empreendimentos.

Assim, resta-nos ter esperança que o ano 2013 marque o início do fim destes dias difíceis que estamos a viver.

António Sampaio de Mattos

Presidente

editorial

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12 Strada junta o melhor de dois mundosO grupo Mundicenter concluiu a reformulação do antigo Odivelas Par-que, desenvolvendo um empreendimento inovador que agrega num único espaço a experiência de um shopping tradicional aos benefícios de um outlet.

15 MAPIC reflecte o desafio digital no retalhoA edição 2012 do MAPIC decorreu sob o tema da economia digital, dos mercados emergentes, tendo a Rússia como convidado de honra, e da tendência para a procura de localizações premium no centro das cidades por parte dos promotores imobiliários.

20 Alegro Setúbal inaugura em 2014A marca Alegro detida pelo Grupo Auchan, vai inaugurar mais uma uni-dade. Trata-se do centro comercial que irá revitalizar a actual galeria e hipermercado Jumbo de Setúbal, à semelhança do que foi feito nos empreendimentos de Alfragide e Castelo Branco.

26 ICSC revela finalistas 2013Já são conhecidos os finalistas para os ICSC Shopping Centre Awards, cujos vencedores vão ser anunciados durante a próxima conferência europeia, a realizar em Estocolmo, em Abril de 2013. Entre os candi-datos, também se encontram os portugueses da Sonae Sierra.

32 Índices APCCA Associação Portuguesa de Centros Comerciais divulgou pela primeira vez os índices de tráfego e vendas do sector e interpreta os dados de forma positiva, na medida em que os efeitos da crise foram atenuados no último exercício.

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12 Strada junta o melhor de dois mundosO grupo Mundicenter concluiu a reformulação do antigo Odivelas Par-O grupo Mundicenter concluiu a reformulação do antigo Odivelas Par-O grupo Mundicenter concluiu a reformulação do antigo Odivelas Parque, desenvolvendo um empreendimento inovador que agrega num único espaço a experiência de um shopping tradicional aos benefícios de um outlet.

15 MAPIC reflecte o desafio digital no retalhoA edição 2012 do MAPIC decorreu sob o tema da economia digital, dos mercados emergentes, tendo a Rússia como convidado de honra, e da tendência para a procura de localizações premium no centro das cidades por parte dos promotores imobiliários.

20 Alegro Setúbal inaugura em 2014A marca Alegro detida pelo Grupo Auchan, vai inaugurar mais uma uni-dade. Trata-se do centro comercial que irá revitalizar a actual galeria e hipermercado Jumbo de Setúbal, à semelhança do que foi feito nos empreendimentos de Alfragide e Castelo Branco.

26 ICSC revela finalistas 2013Já são conhecidos os finalistas para os ICSC Shopping Centre Awards, cujos vencedores vão ser anunciados durante a próxima conferência europeia, a realizar em Estocolmo, em Abril de 2013. Entre os candi-datos, também se encontram os portugueses da Sonae Sierra.

32 Índices APCCA Associação Portuguesa de Centros Comerciais divulgou pela primeira vez os índices de tráfego e vendas do sector e interpreta os dados de forma positiva, na medida em que os efeitos da crise foram atenuados no último exercício.

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Strada junta o melhor de dois mundosO grupo Mundicenter concluiu a reformulação do antigo Odivelas Parque, desenvolvendo um empreendimento inovador que agrega num único espaço a experiência de um shopping tradicional aos benefícios

MAPIC reflecte o desafio digital no retalhoA edição 2012 do MAPIC decorreu sob o tema da economia digital, dos mercados emergentes, tendo a Rússia como convidado de honra, e da tendência para a procura de localizações premium no centro das cidades

A edição 2012 do MAPIC decorreu sob o tema da economia digital, dos mercados emergentes, tendo a Rússia como convidado de honra, e da tendência para a procura de localizações premium no centro das cidades por parte dos promotores imobiliários.

20 Alegro Setúbal inaugura em 2014A marca Alegro detida pelo Grupo Auchan, vai inaugurar mais uma unidade. Trata-se do centro comercial que irá revitalizar a actual galeria A marca Alegro detida pelo Grupo Auchan, vai inaugurar mais uma unidade. Trata-se do centro comercial que irá revitalizar a actual galeria e hipermercado Jumbo de Setúbal, à semelhança do que foi feito nos

Já são conhecidos os finalistas para os ICSC Shopping Centre Awards, cujos vencedores vão ser anunciados durante a próxima conferência europeia, a realizar em Estocolmo, em Abril de 2013. Entre os candidatos, também se encontram os portugueses da Sonae Sierra.

A marca Alegro detida pelo Grupo Auchan, vai inaugurar mais uma unidade. Trata-se do centro comercial que irá revitalizar a actual galeria e hipermercado Jumbo de Setúbal, à semelhança do que foi feito nos empreendimentos de Alfragide e Castelo Branco.

26 ICSC revela finalistas 2013Já são conhecidos os finalistas para os ICSC Shopping Centre Awards, cujos vencedores vão ser anunciados durante a próxima conferência europeia, a realizar em Estocolmo, em Abril de 2013. Entre os candidatos, também se encontram os portugueses da Sonae Sierra.

Já são conhecidos os finalistas para os ICSC Shopping Centre Awards, cujos vencedores vão ser anunciados durante a próxima conferência europeia, a realizar em Estocolmo, em Abril de 2013. Entre os candidatos, também se encontram os portugueses da Sonae Sierra.

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais divulgou pela primeira vez os índices de tráfego e vendas do sector e interpreta os dados de forma positiva, na medida em que os efeitos da crise foram atenuados

A edição 2012 do MAPIC decorreu sob o tema da economia digital, dos mercados emergentes, tendo a Rússia como convidado de honra, e da tendência para a procura de localizações premium no centro das cidades por parte dos promotores imobiliários.

Alegro Setúbal inaugura em 2014A marca Alegro detida pelo Grupo Auchan, vai inaugurar mais uma unidade. Trata-se do centro comercial que irá revitalizar a actual galeria e hipermercado Jumbo de Setúbal, à semelhança do que foi feito nos empreendimentos de Alfragide e Castelo Branco.

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MMM Shopping Lovers

Desenvolvida para iPhone e Android, a aplicação MMM Shopping Lovers, agora disponibilizada pela Multi Mall Management para os 10 centros comerciais e três retail parks que gere em Portugal, pretende facilitar a vida dos seus clientes. Totalmente gratuita, esta app constitui um guia oficial personalizado do centro comercial que escolher visitar. A aplicação tem geo-referenciação e fornece uma série de informações úteis, quer sobre o centro comercial (mapas dos pisos, localização das lojas, dos WC’s, dos elevadores, etc. e todos os eventos programados), quer sobre as próprias lojas, uma a uma, comunicando em cada momento os saldos em cada uma delas e em que percentagens, quais são as promoções do dia, as ofertas, etc. Outra vantagem é poder locali-zar o carro no interior do parque de estacionamento. Mais informações em www.mmmshoppinglovers.com e disponibilidade para download grátis na APP Store e na Google Play.

Sonae Sierra lança PromoFans A Sonae Sierra lançou a PromoFans, uma plataforma de promoções multicanal inovadora e única em Portugal. A PromoFans estabelece, pela primeira vez, a ligação online entre as promoções das marcas presentes nos centros comerciais e as suas lojas, onde as transacções com desconto terão lugar. Representando um investimento superior a dois milhões de euros, a PromoFans assenta no conceito “o seu shopping com descontos”. Este novo canal de comunicação de promoções constitui uma aposta da empresa em melhorar a experiência de compra dos seus visitantes e em acrescentar valor ao negócio dos seus lojistas, lançando uma proposta ao consumidor fluente do ponto de vista digital e cada vez mais atento a boas oportunidades de compra.

É possível aceder à PromoFans, com total conveniência e a todo o momento através do site www.promofans.pt, de aplicações grátis para smartphones (iPhone e Android), Facebook e também a partir de plataformas interactivas nos balcões promocionais localizados nos Centros Co-merciais aderentes da Sonae Sierra. A plataforma inclui os centros 8ª Avenida, ArrábidaShopping, CascaiShopping, Centro Colombo, Centro Vasco da Gama, GaiaShopping, LoureShopping, NorteShopping, RioSul Shopping e Centro ViaCatarina. Em 2013 será alargada a todos os Centros Comerciais da Sonae Sierra em Portugal e desenvolvem-se planos para no curto/médio prazo estender esta plata-forma a outras geografias, concretamente aos centros que detém a nível internacional.

Aqua Portimão abre Lojas Metropolitan e Mundo dos FatosO Centro Comercial Aqua Portimão acaba de reforçar a sua oferta de moda e vestuário com a abertura de duas novas Lojas: Metropolitan e Mundo dos Fatos. Localizadas no piso 1, vêm complementar a variedade de soluções já disponíveis, numa aposta na relação qualidade – preço. A Metropolitan é uma loja multi-marcas que aposta em modelos cosmopolitas e urbanos com a presença das marcas Selected, moda unissexo, Only para o segmento feminino, e na marca Jack & Jones, marca de vestuário masculino com um estilo jovem, prático e de uso diário.Dando continuidade à moda para homem, a Loja Mundo dos Fatos é uma marca clássica de Fatos para homem, com sete anos de actividade, que tem no seu portfólio produtos de marca própria, seguindo um padrão de moda moderno e actual numa combinação de estilos clássicos com modelos modernos e inovadores, onde o conforto e a qualidade são os principais aditivos.

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gestão do stress e na promoção do bem-estar. Adicional-mente, o projecto de Horta Comunitária vai desenvolver-se numa vertente teórica, através de workshops na Fnac, isto para além da vertente prática, através das plantações no exterior do LeiriaShopping.

CoimbraShopping abre Toys”R”Us e Komplementos O CoimbraShopping acaba de alargar a variedade comer-cial com a abertura de duas novas lojas, o Toys”R”Us e Komplementos, aumentando a atractividade da sua oferta. O foco da Toys “R”Us é bem conhecido, através de uma vasta gama de brinquedos. Já a Komplementos, actua no sector da moda e acessórios, privilegiando os artesões nacionais e os fornecedores europeus.

Neinver abre outlet de Sevilha

O centro outlet da NEINVER em Sevilha, abriu recentemente sob a marca The Style Outlets, elevando a sua imagem de acordo com os critérios estabelecidos pelo operador para outras infra-estruturas que já fizeram a remodelação, como é por exemplo o caso da unidade de Vila do Conde. Este é o segundo centro em Espanha da Plataforma Outlet Europeia da Neinver , a seguir ao Coruña The Style Outlets. Após cinco meses de trabalhos de remodelação, o centro apresenta um novo design, harmonioso e elegante, em tons de branco com espaços verdes e uma decoração muito cuidada.De acordo com a sua nova imagem, o centro oferece também um conjunto de novos serviços que irão melhorar a experiência de compra. Os visitantes podem usufruir de zonas de chill-out, área de wi-fi, entretenimento para crianças, sala de amamentação, assim como de uma ampla variedade de restaurantes. Paralelamente, o mix comercial foi igualmente alvo de alguns retoques, no sentido de melhor responder às exigêencias dos consumidores da Andaluzia.

Dolce Vita Tejo, Douro e Coimbra reforçam oferta comercial

Os Centros Comerciais Dolce Vita reforçaram o seu mix comercial com novas insígnias, alargando a oferta dispo-nibilizada nos domínios da moda, perfumaria, restauração, artigos para o lar e produtos de conveniência para o dia-a-dia. As inaugurações envolveram diversos centros da Cha-martín, concretamente Dolce Vita Tejo, Douro e Coimbra. No Dolce Vita Tejo foram inauguradas quatro novas lo-jas, das insígnias Gardenia, Llallao, Hussel e Equivalenza, reforçando a oferta nos segmentos de moda e serviços, dois segmentos-chave na estratégia da marca. Até ao final do último trimestre de 2012, o Dolce Vita Tejo irá registar a abertura de 12 novas lojas, referiu ainda a companhia em comunicado.O Dolce Vita Douro, localizado em Vila Real, reforçou a sua oferta de artigos para o lar com a Espaço Casa. Esta empresa, 100 por cento portuguesa, acaba de abrir a sua 31.ª unidade, disponibilizando as mais diversas utilidades para a casa, baseada numa grande variedade de cores e versatilidade de objectos.Dolce Vita Coimbra, por sua vez, acaba de receber a loja “Vícios Urbanos”. Num único espaço é possível encontrar tabacos, artigos de papelaria, material de escrita, marro-quinaria, Jogos Santa Casa e serviços Payshop.

Hortas Comunitárias no LeiriaShopping O LeiriaShopping, em parceria com a Espiral dos Girassóis – Associação, está a desenvolver um projecto inovador de Hortas Comunitárias no exterior do centro comercial, incentivando a comunidade local a criar as suas próprias hortas. O primeiro canteiro foi colocado em Novembro, no âmbito da celebração do Dia de S. Martinho.O projecto de Hortas Comunitárias surge como uma forma de incentivar a Horto-Terapia, que alia o trabalho directo com a Natureza com técnicas que ajudam o indivíduo na A

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Ria Shopping abre Ponto de EncontroO Ria Shopping acaba de reforçar a sua oferta na área de Restauração com a abertura do novo restaurante Ponto de Encontro. Este restaurante é um espaço direccionado para um target mais jovem, tendo como objectivo apresentar um conjunto de iniciativas que promovam o Ponto de Encontro como o local ideal para o convívio entre amigos. Tem como especialidades pratos simples, a um preço acessível, sendo o seu forte as tapas, as saladas e as tostas.

Sonae Sierra recolhe telemóveis inutilizadosA Sonae Sierra lançou uma campanha de responsabilidade social, de âmbito nacional, em parceria com o Banco de Bens Doados, que tem como objectivo angariar brinquedos novos para crianças carenciadas através da doação de tele-móveis usados. Intitulada o “Teletransformer do Pai Natal”, a acção decorrerá em 16 centros comerciais de norte a sul do país até ao dia 23 de Dezembro. A campanha social de Natal assenta na recolha de telemóveis usados que são transformados em brinquedos novos para as crianças que mais precisam. Caberá ao Banco de Bens Doados proceder à distribuição dos brinquedos pelas instituições mediante as suas necessidades. Esta iniciativa estará presente nos principais centros co-merciais da Sonae Sierra, nomeadamente Centro Colombo, NorteShopping, AlgarveShopping, ArrábidaShopping, Cas-caiShopping, Centro Vasco da Gama, CoimbraShopping, Estação Viana, GaiaShopping, GuimarãeShopping, LeiriaSho-pping, LoureShopping, MaiaShopping, RioSul Shopping, ViaCatarina e 8ªAvenida.

Amoreiras com clínica dentária“O Meu Dentista” inaugurou a sua 10.ª Clínica no Amoreiras Shopping Center, onde irá dis-ponibilizar diversos tratamen-tos de saúde e um serviço de urgência até às 23h. Este espaço, onde a primeira consulta será

gratuita, localiza-se no Piso 1, junto ao corredor do Pão de Açúcar Gourmet. Os interessados poderão ter acesso a uma variada lista de tratamentos, tais como: Implantes Dentários, Medicina Dentária Geral, Próteses Fixas, Pró-teses Removíveis, Estética Dentária, Higiene Oral, Cirurgia Oral, Aparelhos Dentários. Mais informações em www.omeudentista.pt, www.amoreiras.com ou no facebook do shopping e da marca.

Aqua Portimão Recebe Certificação Ambiental O Centro Comercial Aqua Portimão recebeu a certificação de gestão ambiental no âmbito da política ambiental que desenvolve e inserido no seu plano de responsabilidade social. O objectivo é proporcionar aos clientes uma melhor qualidade e segurança, enquanto permanecerem no seu espaço. Pretende, também, criar junto dos colaboradores e dos clientes uma maior consciencialização do impacto ambiental que a adopção de algumas medidas podem ter. O certificado de gestão ambiental ISO 14001:2004 foi atri-buído pela Bureau Veritas. Esta é uma norma internacional-mente reconhecida, que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental efectivo. A norma é desenvolvida com o objectivo de criar o equilí-brio entre a manutenção da rentabilidade e a redução do impacto ambiental, com o comprometimento de toda a empresa.

Gaia Jardim abre Loja de Moda para Crianças O Centro Comercial Gaia Jardim acaba de reforçar a sua oferta na área da moda infantil e juvenil com a abertura da Loja Norte Moda Kids. O novo espaço, apresenta aos clientes do Centro uma gama variada de vestuário para todas as crianças, com idades compreendidas entre os 0 e os 16 anos. O Norte Moda é um grupo português que conta com um conjunto de 21 lojas, por todo o país. A empresa pretende criar impacto no mundo da moda com o seu conceito de marca própria, prometendo qualidade e bom gosto para toda a família, numa combinação de vários estilos.

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Ségécé com Lojas Pop Up nos seus Centros A Ségécé Portugal tem um novo conceito de Loja nos seus Centros Comerciais, as “Fresh BIZ”. Trata-se de um conceito de Loja Pop Up, que permite a abertura de um negócio de forma rápida e imediata, com uma permanência temporária. Este novo conceito vem ajudar à criação de novas oportunidades de negócio e fomentar o empreen-dedorismo. A nova solução, Loja “Fresh BIZ” traz algumas vantagens: o facto de as aberturas poderem ser feitas de uma forma simples e rápida; ser uma excelente forma de mostrar um novo negócio, a concretização de uma boa ideia e uma primeira abordagem ao mercado; são lojas temporárias com um período de vida que pode ir de um dia a seis meses. Por outro lado, quem pretender aderir a este novo modelo de negócio tem a grande mais-valia de estar inserido num Centro Comercial onde se verifica um grande fluxo de visitantes, permitindo uma conjugação de oferta aos clientes, pela diversificação de produtos que oferece. Vão aderir a este novo conceito de Lojas “Fresh BIZ” o Centro Comercial Parque Nascente, o Centro Comercial Aqua Portimão, o Centro Comercial Minho Center, o Centro Comercial Gaia Jardim, o Centro Comercial Continente de Loures e o Centro Comercial Continente de Telheiras. Os interessados podem aceder ao site www.freshbiz.pt e preencher o formulário que lá se encontra ou enviar um e-mail para [email protected] para obter todas as informações necessárias.

Springfield abre loja no TorreShoppingA marca Springfield amplia o seu estilo smart-casual com nova loja no TorreShopping. O novo espaço Sprin-gfield Man&Woman abriu ao público em Novembro e apresenta ao longo de uma área de 375m2 as novas propostas da colecção outono/inverno 2012-2013. No âmbito desta inauguração, a marca lançou promoções específicas, com descontos e uma oferta aos 10 primei-ros clientes diários.

Palácio do Gelo Shopping reforça ofertaO Palácio do Gelo Shopping, em Viseu, acaba de reforçar a sua oferta comercial com a abertura da loja Mob, marca da Visabeira Indústria para concepção e produção de co-zinhas premium. O novo espaço, que ocupa uma área de aproximadamente 800 m2, vem complementar a oferta de produtos para o lar do centro comercial, disponibilizando um variado leque de opções de cozinha, assentes no trinómio inovação, ergonomia e qualidade.A abertura desta nova loja vem juntar-se à presença das marcas Express Car Wash e PC Speed, que abriram portas recentemente no Palácio do Gelo Shopping. Localizada no piso -1, a Express Car Wash dedica-se à limpeza de veículos dos clientes do centro comercial e a PC Speed, situada no piso 2, assegura a reparação de equipamentos informáticos.

Centro Comercial Continente de Loures reforça restauraçãoO Centro Comercial Continente de Loures acaba de re-forçar a sua oferta, com a abertura de mais um espaço comercial para os seus clientes. A nova unidade Confraria do Café localizada na loja n.º 40, junto ao AKI, acabou de abrir as suas portas aos consumidores mais ávidos por doces petiscos. O espaço apresenta uma imagem requintada e moderna, convidando os visitantes do centro a experimentar a sua variada oferta de cafés, gelados, chocolates, crepes ou biscoitos, disponíveis a qualquer momento do dia. Desta forma, o centro comercial reforça a sua oferta na área da restauração.

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Parque Nascente abre Loja Deep O Centro Comercial Parque Nascente abriu uma Loja Deep ourivesaria e relojoaria, que junta uma vasta oferta de reló-gios e jóias, tendo por base um design jovem e apelativo. A Loja Deep vem complementar o mix de um centro que constitui uma referência comercial no grande Porto, com as suas 152 lojas distribuídas por três pisos, 63.500 m2 de ABL, 12 salas de cinema ZON Lusomundo e 3.400 lugares de estacionamento.

Aula do comércio divulga oferta formativaA Aula de Comércio deu a conhecer a sua Oferta Formativa relativamente aos cursos de técnico comercial, técnico de vendas, técnico de logística e técnico de informática/sistemas. Trata-se de cursos de formação profissional ini-cial, em alternância, dirigidos a jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho. Os interessados devem ter menos de 25 anos e pelo menos o 9º ano de esco-laridade. O objectivo passa por intervir junto dos jovens em transição para a vida activa e dos que já integram o mercado de trabalho sem o nível secundário de formação escolar e profissional, com vista à melhoria dos níveis de empregabilidade e de inclusão social e profissional.

Centros comerciais preferidos por 74 por cento dos portuguesesO Observador Cetelem fez a análise da intenção de compra dos portugueses para este Natal, concretamente em rela-ção aos locais privilegiados para aquisição dos tradicionais presentes. O documento assinala que a escolha preferen-cial recai nos centros comerciais, embora haja diferenças

consoante a faixa etária. O estudo reflecte, por exemplo, que no intervalo de população entre os 18 e os 43 anos, a percentagem de pessoas que considera os shopping como locais de eleição para as compras natalícias ascende a 88 pontos. Já entre os 55 e os 65 anos, cerca de 50 por cento dos inquiridos recorre ao comércio tradicional.Uma boa parte dos portugueses, concretamente 43%, faz as suas compras dentro das duas semanas que antecedem o Natal. Por outro lado, destaca ainda o documento, na região do Sul há uma fatia significativa da população que já inclui as lojas do chinês na sua intenção de compra, com 23% a referir que prefere este conceito ao comércio tradicional. A importância dos centros comerciais é maior nas zonas urbanas, como seria de esperar, pois 85% da população considera aqueles espaços como preferências, face a uma média global do país de 74 por cento.

AM The Experience Group: nova marca de entretenimento e lazer.A organização detida pela empresa Austríaca MK Beittei-lungs Sgps e pela portuguesaSymbol Result Sgps surge como uma evolução natural das sinergias encontradas entre as diferentes insígnias do grupo empresarial onde se integra nomeadamente a Ases na Manga, Iberice e Mk Illumination. A AM The Experience Group é uma empresa global,multidisciplinar com a missão de criar, desenvolver e im-plementar experiências notórias e diferenciadas, com re-levância para os parceiros de negócio (shopping centers eretail), através do aumento de footfall e da sua notoriedade.Excelência, Inovação, Flexibilidade, Sustentabilidade e Ser-viço WOW são os valores que orientam a missão desta nova marca, isto a par do Know how técnico e flexibilidade na entrega de soluções integradas.Inspirados pela tendência “As pessoas que adoram expe-riências”, a assinaturaCreating Happiness traduz o seu posicionamento estraté-gico como uma marca voltadapara a criação de relações emocionais com os consumi-dores que experienciam osconceitos criados pela AM The Experience Group. Mais informações no site www.am-teg.com.

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O Freeport inaugurou o maior Centro de Congressos da Península Ibérica, considerando o número de salas e auditórios. O investimento, orçamentado em três milhões de euros, representa um contributo para fomentar o turismo de negócios em Portugal.

Freeport inaugura Centro de Congressos

Com uma área de 12.500 m2, o novo Centro de Congressos Freeport é o único centro de congressos do país com uma oferta superior a 20 salas e auditórios, destacando-se a enorme versatilidade dos formatos disponíveis. De

facto, a capacidade dos espaços varia entre os 96 e os 800 lugares, sendo de destacar ainda a sala multiusos de 2.000 m2, uma sala de exposições de 500 m2 e diversas zonas de apoio.Para o efeito, o outlet de Alcochete aplicou um valor de três milhões de euros em termos de investimento num con-junto de obras como adaptação dos auditórios, foyer, salas multiusos e espaços de circulação, que visaram adaptar o espaço às exigências de áreas e funcionalidades próprias de uma infra-estrutura com estas funções.Orçamentada em 300.000 euros, a requalificação do mesmo espaço, que já serviu como complexo de cine-mas, pautou-se pela conservação integral da imagem do edifício e a sua estrutura interior.As intervenções efetuadas e a instalação de novos equi-pamentos permitiram a criação de espaços multifacetados para uma utilização flexível que, para além de congressos, seminários e conferências, prevê ainda a realização de espectáculos, concertos, exposições, feiras e eventos de carácter social e corporativo.De acordo com Nuno Oliveira, diretor-geral do Freeport, “o novo Centro de Congressos constitui-se como uma nova área de negócios do maior outlet da Europa, que irá complementar a nossa principal atividade, que é o retalho. Identificámos uma oportunidade para contribuir para o turismo de negócios em Portugal, uma necessidade

apontada pelo Plano Estratégico Nacional de Turismo, e reunimos os melhores parceiros para criar o maior e mais completo centro de congressos em Portugal”. Com uma localização privilegiada junto à Reserva Natural do Estuário do rio Tejo, a nova estrutura goza de excelentes acessibilidades que lhe permitem estar apenas a 5 minutos da Ponte Vasco da Gama e a 20 minutos do Parque das Nações e do Aeroporto de Lisboa. O espaço coserá ser-vido por um parque de estacionamento interior e exterior, com capacidade para 2.475 lugares. Os utilizadores irão beneficiar desta infra-estrutura de qualidade e também da extensa área comercial do Freeport, com mais de 140 lojas.das mais prestigiadas insígnias internacionais.

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O grupo Mundicenter concluiu a reformulação do antigo Odivelas Parque, desenvolvendo um empreendimento inovador que agrega num único espaço a experiência de consumo de produtos, serviços e lazer de um shopping de tipologia tradicional, com os benefícios de um outlet. Nasce assim o Strada, um novo conceito comercial que promete revolucionar o sector na Área Metropolitana de Lisboa.

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O desenvolvimento e implementação de con-ceitos híbridos tem sido um dos factores de intenso debate na indústria dos centros comerciais, não só em Portugal, mas também um pouco por todo o mundo. Esta é aliás

uma consequência da maturidade dos mercados, e tal como acontece na maior parte dos produtos, os níveis de maturação resultam inevitavelmente num crescente grau de especialização.

A capacidade dos grupos promotores entenderem esta maturidade dos mercados, mas também o contexto eco-nómico adverso em que vivemos, aliado à necessária maleabilidade dos operadores, permite que actualmente se alterem os pressupostos de um negócio que sempre foi sinónimo de flexibilidade, mas um pouco “estanque” no que aos conceitos diz respeito.

No novo Strada Shopping & Fashion Outlet, a grande ino-vação implementada foi a possibilidade de coexistência de duas realidades, até agora vistas como distintas. A aposta da Mundicenter não estará certamente isenta de risco, mas é objectivamente uma marca deste operador, no que toca ao pioneirismo e coragem, em avançar para uma solução desta natureza.

A componente mais tradicional do conceito mantém a oferta quer em termos de conveniência, lazer, alimen-tação e serviços oferecidos. São assim de referenciar a continuidade dos cinemas, da loja alimentar Pingo Doce, da ampla e renovada praça de restauração, ou ainda da Loja do Cidadão, elemento fulcral do empreendimento na

sua capacidade de captação de tráfego. A breve prazo, será igualmente integrado um health club associado ao conceito low-cost.

Para os lojistas, a integração deste tipo de serviços fun-ciona também como garantia de tráfego de visitantes, potenciando as vendas. Aliás, refira-se, o centro tem vindo a crescer a dois dígitos, tanto ao nível de vendas como de aumento de visitantes, assegurou Paulo Pereira, Director-geral do Strada. Outra das vantagens para os retalhistas é que um conceito desta natureza permite uma melhor distribuição dos fluxos ao longo da semana, dada a pro-ximidade, mas também um horário de funcionamento mais alargado, incluindo o nocturno.

Ou seja, com uma localização privilegiada, nomeadamente o facto de estar junto à CRIL, por onde circulam diariamente milhares de automóveis, este novo conceito apresenta uma vantagem competitiva ao juntar o factor proximidade na sua proposta de valor para o cliente final o que lhe permite manter os níveis de tráfego de forma consistente.

Até ao momento, era habitual assistirmos ao surgimento destes empreendimentos designados “outlet” nas zonas ultra-periféricas das grandes cidades, e não em áreas urbanas como é o caso. Aqui a componente conveniência joga certamente em benefício dos residentes nos anéis de influência primária. Já a assinatura distintiva Shopping & Fashion Outlet alarga exponencialmente o raio de influên-cia e coloca-se no meio de uma mancha de dois milhões de pessoas, num raio de 15 minutos de automóvel, o que o tornará num caso especialmente interessante de seguir, A

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no que respeita à evolução do negócio na componente “outlet”. Isto porque a influência primária dos “outlets”, ultrapassa em muito os 15 minutos.

Esta visão estratégica por parte do grupo Mundicenter, que detém ainda outros centros comerciais, tais como o Amoreiras, o Braga Parque, Oeiras Parque, Spacio(Olivais) e Arena Shopping (Torres Vedras), surge também como resposta a uma conjuntura de baixo consumo, sendo o factor preço a componente mais valorizada actualmente pelas famílias portuguesas.

A reformulação do centro com a componente “outlet” resultou numa significativa valorização das actividades de moda e decoração, que obviamente vão equilibrar as restantes ofertas instaladas e que, de um modo habitual, encontramos nos centros comerciais.

Significa que o Strada mantém intacta toda a filosofia de centro comercial, com uma imagem e arquitectura modernas, um mix comercial que responde às expecta-tivas do cliente e elementos de projecto e de operação que proporcionam grande conforto aos utentes, pouco habituais nos conceitos “outlet”, marcados pelos baixos custos de construção.

Assim, a esta fórmula híbrida, junta-se agora a compo-nente desconto, os quais irão depender das sazonalidades decididas através da estratégia das próprias marcas. Porém, o Strada assegura, no mínimo, uma redução de 30 por cento face aos valores full-price geralmente pra-ticados, o que seguramente irá motivar muitos visitantes.

O sector outlet tem vindo a ganhar expressão. E tal não acontece apenas devido às maiores dificuldades no con-sumo. O cliente final de hoje é muito mais racional e tác-tico na hora de comprar. E procura benefícios adicionais, compara preços, é exigente com os níveis de serviço, etc. Neste sentido, o próprio posicionamento das marcas perante o conceito tem vindo a mudar.

Nos principais organismos internacionais ligados à indús-tria dos centros comerciais, uma das actuais discussões tem precisamente a ver com a abordagem que as ca-deias de retalho devem fazer a este modelo comercial, colocando-se mesmo a possibilidade de passarem a ter

uma estratégia concertada, que por exemplo inclua pro-dução direccionada, ao invés de o encararem meramente como um meio complementar de escoamento.

A própria adequação dos lojistas ao novo conceito do Strada está a decorrer em sintonia com as premissas que o espaço sugere. Significa isto que, não obstante assumirem a lógica de descontos, estão a manter todas as condições de serviço e atendimento ao cliente, a ima-gem e layout do espaço e até o mix de produtos, mesmo que seja de colecções mais antigas. Ou seja, oferecem um benefício adicional sem colocarem em causa toda a notoriedade construída ao longo dos anos.

Recorde-se que o processo de reconfiguração teve o seu início há cerca de dois anos. Durante todo o período, o Odivelas Parque manteve-se em funcionamento, isto ape-sar da reformatação de algumas lojas que, por exemplo, tiveram de alterar a sua dimensão, para melhor responder ao novo conceito. No futuro, quem sabe se esta lógica, confirmando-se as previsões, não poderá ser adaptada por outra tipologia de oferta, reforçando as virtudes do modelo outlet agora implementado.

Moda e Decoração valorizadas no mix StradaAo nível da oferta, e para além de uma série de lojas que normalmente encontramos nos centros comerciais, o Strada dispõe de marcas de renome, tais como Sa-coor; Fly London; Stefanel; Ana Salazar; Lanidor; Salsa; Throttleman Factory Store; Quebramar; Made In; Ana Sousa; Globe; Zara Lefties; Calzedonia, Intimissimi; Teze-nis; Foreva; Parfois Reduced; Prof; Tiffosi Factory Store; Columbia; Rockland; Susana Gateira, La Fée Maraboutée; Mike Davis; Suits Inc.; Vitrine; Casa Batalha; Smash; Girân-dola; Romaia; Brooklins; Arrow; Optika; Opticlinique; Ouro Vivo; AcabeHome; Companhia do Campo, FunnySpirit; Fifty Factory By Cortefiel.

A isto juntam-se diversas cadeias de prestígio ao nível da restauração, como por exemplo McDonald’s, Pizza Hut, Pan’s & Company, Companhia das Sandes, Burger King, H3; A Loja das Sopas; Pateó, Vitaminas entre outros. Isto para além de uma série de outros conceitos, menos mediáticos em termos de implantação, mas que confe-rem ao Strada uma assinalável diversidade em termos de opções gastronómicas.

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MAPIC reflecte o desafio digital no retalhoA edição 2012 do MAPICMAPIC decorreu sob o tema da economia digital, dos mercados emergentes, tendo a Rússia como convidado de honra, e da tendência para a procura de localizações premium no centro das cidades por parte dos promotores imobiliários, a qual resulta numa subida das rendas nas cidades de referência mundial.

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Apesar das dificuldades que se vão sentindo por toda a Europa, a edição 2012 do MAPIC-MAPIC foi uma demonstração de vitalidade por parte do sector retalhista e da indústria dos centros comerciais. Cannes voltou as-

sim a receber, entre 14 e 16 de Novembro, muitos os profissionais ligados a este sector, ou seja, as grandes cadeias retalhistas a nível internacional, assim como os principais grupos ligados à promoção imobiliária, entre os quais os portugueses, como já vem sendo hábito.

O balanço é francamente positivo, tendo em atenção que marcaram presença no evento 8.500 profissionais, um acréscimo de 6,2% face a 2011, sendo cerca de 2.400 representantes retalhistas e ainda 850 investidores. A delegação norte-americana merece um destaque es-pecial, uma vez que na comparação homóloga cresceu quase 40 por cento, tendo estado representadas 113 empresas nesta delegação específica.

O evento, já se sabe, é composto por diversas variantes que pretendem conectar os profissionais deste ramo. Para além dos stands de exibição e dos prémios anu-ais (ver caixa à parte) realizam-se diversas palestras e mesas redondas em conferências e workshops com temáticas actuais, as quais resultam num diagnóstico assertivo da realidade do sector, ao mesmo tempo que se perspectivam os principais pontos de desenvolvimento para o futuro.

À medida que os trabalhos foram avançando, foi notório o consenso, por parte dos principais analistas deste mercado, que se assistiu a um aumento das rendas nas principais cidades, incluindo Nova Iorque, Hong Kong, Londres, Paris, Moscovo, Milão e Madrid. Segundo as

consultoras, este cenário tem por base uma forte procura pelas marcas de moda de luxo e a redução do espaço disponível em localizações premium, nas principais ci-dades mundiais, algumas delas verdadeiros ícones do retalho a nível global, como as acima referidas.

Hot spot: RússiaUma das zonas do globo que mais centrou a atenção dos profissionais foi a Rússia, reconhecida não só pelo elevado potencial mas efectivamente pela actual con-juntura favorável que se vive no país. Aquele mercado lidera claramente a nível Europeu, no que diz respeito ao investimento em centros comerciais. Em resultado desta performance, a participação russa no MAPIC evoluiu 28%, incorporando um total de 294 empresas.

O crescimento da classe média no mercado russo, po-tenciou um acréscimo superior a sete pontos percen-tuais nas vendas a retalho, na análise dos primeiros seis meses de 2012. Os próximos anos serão de forte investimento, mas os promotores estão já a antecipar o futuro e, apesar de ainda haver espaço de crescimento nas principais urbes, estão já a procurar localizações menos centrais, em cidades de média dimensão onde a implementação dos modernos conceitos comerciais é praticamente nula.

Outra clara tendência deste mercado é a forte dinâmica que se espera para o formato outlet, até há pouco tempo inexistente no país. No final de 2013, estarão implantados mais 100.000 metros quadrados de espaço comercial associados a este conceito, isto num mercado que, a nível global, recebeu cerca de quatro mil milhões de euros de investimento ligado ao sector do retalho nos primeiros nove meses do ano, o que constituiu um novo recorde.

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Um mundo digitalTal como já era esperado, um dos temas quentes em debate ao longo dos três dias foi a resposta dos retalhis-tas ao advento da tecnologia digital, concretamente a forma como pretendem conjugar os espaços físicos com a variante online. Pela primeira vez, o MAPIC incluiu de forma integrada uma avaliação inicial sobre esta questão, na qual Pamela Wolf, da Invalio, consultora especializada nesta área de negócio, desafiou os retalhistas a serem rápidos a abraçar a “paisagem” digital.

A pergunta que se colocou aos retalhistas foi a seguinte: “O seu consumidor evoluiu. E você?”. E o conselho foi este: Não vale a pena tentar competir em preço com o espaço online. O retalho tem é de saber capitalizar a experiência única da presença do consumidor na loja, nomeadamente ao nível do contacto humano, aconse-lhamento, etc. E colocar o smartphone no centro das estratégias digitais, a par de um maior compromisso

Na sequência do evento, foram também divulgados os prémios anuais, que reconhecem o mérito de operadores de retalho e também de promotores imobiliários. Lista dos vencedores 2012, com as respectivas categorias:Melhor conceito de retalho – moda e vestuárioAdidas NEO – AlemanhaMelhor conceito de retalho – alimentaçãoEXKi – BélgicaMelhor conceito de retalho – lojas de ruaSanta Mónica Place – EUAMelhor estratégia multicanalMcDonald’s – FrançaPromoção imobiliária – melhor desenvolvimentoMorocco mall – Casablanca, MarrocosPromoção imobiliária – melhor expansão globalDebenhams – Reino UnidoPromoção imobiliária – centro comercial mais inovadorThe Star Vista - Singapura

MAPIC AwardS

junto das redes sociais, como forma de interacção com o cliente e de activação de ferramentas de marketing.

Inclusivamente, as estratégias multicanal poderão ser catalisadoras de novas aberturas físicas, foi também referido. Num inquérito divulgado pela CBRE, por exem-plo, conclui-se que, não obstante a aposta no digital e a consciência acerca do novo paradigma, 75% das cadeias retalhistas questionadas revelaram ter planos para abrir mais do que cinco lojas no próximo ano e cerca de 20% da mesma amostra revelou mesmo ter expectativas de inaugurar mais de 30 espaços comerciais.

Por hipótese, o advento de novos meios de comunicação poderá levar a mais investimentos nas lojas físicas. Mas terão de ser “lojas do futuro”, preparadas para responder a uma era diferente, interactiva, digital e extremamente ágil, capaz até de integrar a tecnologia em perímetros clássicos de design e de conforto para o cliente. Isto, naturalmente, sem esquecer as plataformas web, que em 2011 evoluíram 22% em termos de vendas. O ob-jectivo passa, portanto, por aproveitar o acréscimo de pontos de acesso (à internet) e ser efectivo na resposta ao desafio de, neste cenário, assegurar a fidelização de clientes e a sustentabilidade dos modelos de negócio, incluindo o compromisso logístico.

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Tal como vem sendo tradição, a Escola de Comércio de Lisboa arrancou o seu 23º ano lectivo com mais uma aula inaugural, desta feita ministrada por Nuno Van Uden, responsável pela comunicação da cadeia de restauração H3. Uma vez mais, a ocasião foi aproveitada para distinguir os melhores alunos do Ano anterior, tendo a APCC patrocinado o prémio para o melhor aluno do curso técnico de vitrinismo, atribuído a Inês Pereira Duarte.

Escola do Comércio inicia 23º ano lectivo

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A cerimónia teve lugar em Novembro de 2012, nas instalações da ECL. Os presentes, entre os quais muitos alunos que ambicionam de-senvolver carreiras de sucesso no âmbito do comércio, tiveram oportunidade de tes-

temunhar como se tem construído o sucesso da H3 no mercado, aquém e além-fronteiras.

Antes da palestra os oradores institucionais destacaram a importância do projecto desenvolvido na ECL, sob o ponto de vista da formação técnica dos jovens, tendo Piedade Redondo Pereira, Directora, sintetizado os eixos fundamentais e estratégias em desenvolvimento neste projecto educativo.

A responsável mostrou-se orgulhosa da «excelente rela-ção» que a ECL mantém com as instituições e profissionais do sector, destacando ainda o facto desta escola ter visto novamente o seu trabalho reconhecido internacional-mente, ao receber a certificação de mobilidade Leonardo da Vinci, a qual atesta não só a qualidade do ensino mas a sua adaptação a parâmetros supranacionais.

Entre outros temas, o plano curricular inclui áreas como vendas, marketing, vitrinismo, informática e gestão, or-ganização de eventos, design gráfico ou banca e segu-ros, isto para além de um curso de menor duração para empregados comerciais, com acentuada especialização prática no que diz respeito ao atendimento, postura, etc.

A Escola de Comércio de Lisboa é uma Escola Profis-sional, reconhecida e integrada oficialmente no sistema educativo português, que completou este ano o seu 23º aniversário e que se orgulha de implementar «um ensino

inovador, integrando uma forte componente prática e interdisciplinar», capaz de proporcionar «uma formação integral, facultando o início e desenvolvimento de uma carreira profissional cheia de oportunidades».

A estreita ligação da Escola às empresas constitui uma das mais-valias deste projecto pedagógico e é evidenciada, desde logo, pelo facto das suas salas serem patrocina-das por empresas e instituições – de que é exemplo o patrocínio de longa data por parte da APCC – e de existi-rem Conferências semanais com profissionais, Visitas de Estudo, Intercâmbios Internacionais e Estágios em todos os anos dos cursos, realizados em empresas nacionais e noutros países da União Europeia, concretamente In-glaterra, Espanha e França.

Uma novidade para 2013 é a criação de um curso vo-cacional básico (com equivalência ao 9º ano) dirigido a jovens a partir dos 13 anos que procurem uma alternativa capaz de lhes proporcionar saídas profissionais de âmbito técnico. Esta iniciativa, apadrinhada pelo ministério da educação, insere-se numa experiência-piloto que está a ser desenvolvida em 12 estabelecimentos de ensino, entre os quais a ECL.

Piedade Pereira fez mesmo um apelo às empresas para que recebam estes formandos para estágios nas suas organizações, à semelhança do que acontece com os alunos dos restantes graus de ensino. Aliás, referiu, «a taxa de empregabilidade dos alunos da ECL está próxima dos 100%, mesmo nestes anos de crise. O êxito dos nossos alunos no mercado de trabalho deve-se ao reconheci-mento pelos empregadores da solidez e qualidade da sua formação», concluiu. A

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Alegro Setúbal inaugura em 2014

As obras para construção do Alegro tiveram o seu início em Novembro e a abertura ao pú-blico está prevista para o segundo semestre de 2014. À semelhança dos projectos ante-riores, o Alegro de Setúbal nasce da amplia-

ção da galeria comercial do hipermercado Jumbo que simbolicamente celebra este ano o seu 20º aniversário e

A marca Alegro vai receber mais uma unidade. Trata-se do centro comercial que irá revitalizar a actual galeria e hipermercado Jumbo de Setúbal, à semelhança do que foi feito nos empreendimentos de Alfragide e Castelo Branco. O grupo vai gerar cerca de 110 milhões de euros na região, dos quais 70 milhões são investimento directo no Centro Comercial Alegro

que, assinalou a companhia, irá receber a remodelação sem fechar portas ao público.

De acordo com Mário Costa, Director-geral da Immo-chan, , «toda a renovação urbanística e paisagística desta zona da cidade será bastante importante para a requalificação da cidade e é nesse sentido que temos

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Immochan com nova identidade visualEntretanto, a Immochan deu também a conhecer o seu novo posicionamento e a sua nova identidade visual, a qual passa pelo claim “Viver melhor todos os dias”. Através da nova assinatura, a empresa pretende «facilitar a vida aos habitantes, oferecer-lhes serviços, escolha e poder de compra; criar valor para os seus parceiros instaurando relações duráveis e de confiança, assim como construir soluções adaptadas a cada situação».

No centro do novo logótipo encontra-se representada uma personagem, enérgica e em movimento, uma fi-gura que simboliza a vivência e experiência do cliente naquele que é um espaço de vida, comércio, serviços e lazer, acrescentou a companhia. Com uma imagem contemporânea, a Immochan demonstra assim a sua ambição e dinamismo ao serviço dos seus clientes, colaboradores e parceiros.

vindo a trabalhar em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal».

O projecto, frisou a Immochan, «cumpre os principais requisitos que se prendem com a integração na envol-vente, em termos ambientais e de sustentabilidade. Para além disso, privilegia a redução de consumos energéti-cos e o conforto ambiental para o cliente, criando mais zonas verdes e espaços de convívio». O novo Alegro integra uma área de lazer e entretenimento, restauran-tes temáticos, um Health Club e 10 salas de cinema da última geração.

Mário Costa salienta ainda que «o Alegro Setúbal irá funcionar como um factor atractivo para a região, uma vez que se trata de uma das poucas cidades do país sem um conjunto comercial moderno que responda às necessidades dos cidadãos ao nível dos serviços, do lazer e do comércio. Através de uma oferta diversificada e adaptada a todos os poderes aquisitivos, o Alegro Se-túbal vai, seguramente, melhorar o poder de compra e a qualidade de vida dos habitantes do concelho de Setúbal e concelhos limítrofes».

A arquitectura do espaço assumiu como pressupostos o bem-estar e a agradabilidade do espaço. A oferta, as-sente na diversidade e complementaridade de produtos, serviços e funcionalidades, posiciona-se, ela própria, em torno dos valores da marca, disse a Immochan, desta-cando também que o novo centro será «um espaço de carácter simultaneamente comercial e social». A

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Debate “Big is beautiful or small is smarter?”

Como os centros comerciais estão a enfrentar o novo paradigma económicoPor ocasião do InRetail, congresso que anualmente debate o sector do retalho, teve lugar uma mesa redonda moderada por António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, na qual se debateu o actual cenário dos centros comerciais e as perspectivas de futuro que se colocam ao sector. Deixamos aqui o essencial desta discussão que abordou a questão da dimensão e convidou os participantes a reflectir sobre a dualidade se o maior será ainda o mais interessante ou o mais pequeno se constitui, afinal, como o mais inteligente.

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Debate “Big is beautiful or small is smarter?”

Como os centros comerciais estão a enfrentar o novo paradigma económico

A referida mesa redonda colocou à discussão a forma como os espaços comerciais se estão a adaptar à nova realidade económica. Tendo como pano de fundo a per-gunta “big is beautifull or small is smarter?”, Face a um novo paradigma, deverá haver um reajuste na estratégia aliada a uma verdadeira especialização? Ou o mercado e os retalhistas continuam a necessitar de espaços que sejam referências de vivência nas urbes, instalados em edifícios icónicos e de grande dimensão?

Fernando Oliveira, administrador da Mundicenter, grupo que gere activos como o centro Amoreiras, Braga Parque, Oeiras Parque, Spacio Shopping, Arena Shopping e o mais recente conceito misto implementado em Odivelas, denominado Strada, foi o primeiro dos participantes a intervir. Na sua opinião, estamos perante uma crise es-trutural e profunda que tem como resultado a mudança nos hábitos de consumo. «Nada irá ser como dantes», considerou, assinalando contudo que o cenário também traz oportunidades. «Temos de saber lidar com a situação e perceber que há bons e maus projectos, sendo que os primeiros terão seguramente futuro».

Para Lurdes Martins, Country Manager do Grupo Neinver, um dos principais players europeus na área de outlets e que em Portugal detém o Vila do Conde the Style Outlets, sustentou que este conceito «tem características muito positivas», afirmando mesmo que os outlets configuram uma tipologia de espaço comercial que se demarca da crise, como o comprovam o crescimento sustentado a

dois dígitos em Vila do Conde. «Temos um crescimento gradual. Trata-se de um conceito que convive bem com períodos bons e maus, pois tem uma elevada capacidade de adaptação», destacou a gestora.

Não é por caso, aliás, que os principais organismos inter-nacionais da indústria dos centros comerciais têm vindo a discutir a questão dos outlets e o seu relacionamento com os retalhistas. O grupo Mundicenter, entrou recentemente

no conceito, que não só integra a filosofia de descontos outlet num conjunto mais alargado de benefícios próprios de um shopping, como o traz para o interior da mancha urbana, o que não é habitual nos outlets, invariavelmente localizados nas periferias.

Para Filipe Rios, director de marketing da Sportzone, uma insígnia do grupo Sonae habituada à localização nos principais empreendimentos comerciais, «hoje há uma maior agressividade comercial que condiciona as margens. Compete-nos optimizar a cadeia de valor, comprando melhor, gerindo melhor e sendo mais criteriosos a adaptar a oferta, analisando a fundo a rentabilidade por metro quadrado». Ao mesmo tempo, o responsável aludia ao facto de o consumidor ser hoje mais exigente, havendo forte pressão no preço, mas também à questão do es-paço em função das necessidades operacionais. Ainda assim, destacou, «estar nos centros comerciais é uma vantagem competitiva. A variável conveniência é cada vez mais importante».

Sampaio de Mattos presidente da APCC moderou o painel especializado em Centros Comerciais

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Por parte da Multi Mall Development, detentora da marca Forum nos centros comerciais, a par de outros activos como os Armazéns do Chiado, participou Pedro Congrinho, que ocupa o cargo de Associate Leasing director. Nas suas palavras, «olha-se para o centro comercial como o gigante. Eu não partilho dessa ideia. Há é boas e más empresas, e quem faz bem o seu trabalho, continuará competitivo». A vasta experiência no mercado permitiu também ao orador referir que «por vezes, a crise pode estar dentro da loja, e não no rendimento disponível dos clientes». Por isso, considerou, são constantemente levadas a cabo reformulações do mix comercial. Por outro lado, «considero que os recursos humanos são muitas vezes descurados. Pode haver menos rendimento, mas, se tivermos o vendedor certo, a venda acontece», acrescentou.

Diversificar serviçosNa constante adaptação do mix comercial, fundamental na estratégia de um centro, torna-se imperativo analisar as novas tendências e conceitos que estão a ser imple-mentados. Nesta fase, é notória uma apetência para a ins-talação de serviços ligados à saúde. É o caso do grupo 32 Senses, que gere uma cadeia de clínicas dentárias e que começou também a instalar-se nos centros comerciais.

Para Gabriela Coutinho, directora de marketing, a marca que defende não foi pioneira na instalação em centros comerciais, mas foi-o na massificação desse conceito, concretamente não se instalando apenas nos principais centros urbanos mas marcando presença também em zonas mais interiores. Para a responsável, «estar nos cen-

tros comerciais é uma grande vantagem. Também temos clínicas de rua e reconheço que nos centros comerciais é muito mais fácil fazer o arranque e a activação de marca», disse, sugerindo precisamente a vantagem competitiva do enquadramento nestes espaços.

Numa segunda ronda de intervenções, Fernando Oliveira teve ainda oportunidade para, respondendo directamente às questões colocadas em pano de fundo para o painel, afirmar que «a dimensão em si não é nada. Há excelen-tes e péssimos projectos de todas as dimensões». Para o administrador, contudo, é verdade que no país existe um excesso de oferta, muita dela configurada sem os necessários padrões de qualidade, o que diminui a área

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de influência dos centros e, por consequência, o seu potencial ao nível de rentabilidade.

Adaptação constanteAssim, as regras de ouro a observar para que se alcance o sucesso passam por quatro parâmetros centrais: antecipar as tendências, utilizar as novas tecnologias disponíveis, perceber os novos hábitos de consumo e trabalhar em conjunto com os parceiros. Significa isto também que, na grande maioria dos casos, com as infra-estruturas já implementadas, a solução terá de passar não tanto pela sua transformação física mas antes ao nível da oferta, serviços, etc, assim como uma permanente atenção à necessidade de remodelações.

O painel retomou então a questão dos outlets, para afirmar haver ainda espaço para mais empreendimentos desta natureza em território nacional após o lança-mento do Strada. Como se sabe, o grupo Neinver tem um projecto para o Algarve, mas também o Freeport já manifestou a intenção de ali se localizar com uma segunda unidade.

Em jeito de conclusão, Sampaio de Mattos referiu: «Num cenário em que não há grande capacidade para inves-timento, assistimos a uma série de remodelações. Os centros comerciais têm todas as condições para funcionar, pois em termos genéricos há uma grande capacidade não só de gestão mas também de adaptação». Na opinião do presidente da APCC, todavia, «ninguém pode parar, con-siderando que a crise é apenas cíclica e que volta tudo ao mesmo. Bem pelo contrário. Quando a crise passar, nada vai estar como antes», finalizou.

KEEP CAlM…It’S only thE futurE

Foi com esta frase que foram lançados os trabalhos do último InRetail. Num dia de intensas exposições e debates, destaque para a intervenção de Boris Planer, do Planet Retail, reputado organismo de análise do retalho à escala mundial. A principal mensagem do analista prende-se com o facto de a crise não ser a única questão que está a motivar a mudança. As alterações demográficas, que centraram o seu discurso, são outro dos aspectos que, ao modificarem as necessidades e padrões de consumo, estão a obrigar o retalho a uma forte adaptação.

Os desafios de uma economia global estão também cada vez mais presentes e, neste tema em particular, merece relevo a expressão adiantada por Luís Simões, da Kantar Worldpanel, ao referir uma interessante mudança de pa-radigma no pensamento global: a lógica sempre foi a de “made in China”. Pois cada vez mais teremos de pensar “made for China”, numa alusão ao enorme potencial da-quele enorme mercado.O especialista aconselhou ainda que, quem queira avançar para a zona, o faça de forma cautelosa, tendo em aten-ção as acentuadas diferenças culturais, com padrões de consumo e estruturas de distribuição bem distintos dos modelos europeus. E afirmou igualmente que qualquer estratégia deve passar por uma lógica regional, para evitar excessiva dispersão. O país tem, de facto, uma série de cidades de média dimensão – à escala chinesa, o que significa grande dimensão na Europa – que crescem de forma exponencial e com elevado poder de compra.

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Já são conhecidos os finalistas para os ICSC Shopping Centre Awards, cujos vencedores vão ser anunciados durante a próxima conferência europeia, a realizar em Estocolmo, em Abril de 2013. Entre os candidatos, também se encontram os portugueses da Sonae Sierra.

Centros Finalistas dos European Shopping Centers Awards 2013

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Bulvar yasam ve Alisveris MerkeziCom 44 lojas, este novo centro que nasceu na Turquia configura uma tipologia de loja de maiores dimensões. É igualmente um projecto de renovação urbana, aproveitando as antigas instalações de uma fábrica de tabaco. Localiza-se mesmo no centro da principal rua de comércio da cidade, tornando-se por isso um activo central para a vida social dos habitantes. Entre outras virtudes, teve a capacidade de trazer para Samsun, cidade localizada na costa do Mar Negro, as grandes marcas internacionais.Promotor: TTA Gayrimenkul YatirimLocalização: Samsun (Turquia)

Novos Centros – Média Dimensão (entre 20.001 e 45.000 m2)

l’AtollCom um total de 57 lojas, o L’Atoll é um retail park que se distingue pelo seu carácter único em ter-mos da paisagem que cria. Joga muito com os elementos exteriores, onde encontramos zonas de lazer e serviços de restauração, mas também com a sua forma arquitectónica elíptica, a qual permite uma integração uniforme das lojas de média dimensão. Combina uma estética arrojada com um posicionamento amigo do ambiente, destacando-se a este nível os vários espaços verdes e a tecnologia de ponta.Promotor: Compagnie de PhalsbourgLocalização: Angers (França)

Novos centros – Muito Grande Dimensão (mais de 85.000 m2)

Westfield Stratford CityO impressionante número de 268 lojas espalhadas por 176 mil metros quadrados fazem deste centro uma das principais referências comerciais do Reino Unido e um dos mais bem conseguidos projectos europeus da actualidade. Trata-se de um complexo multifuncional que agrega a área de retalho e lazer, como o edifício de escri-tórios e habitação, isto para além de três hotéis. Inaugurado em Setembro de 2011, e localizado em pleno parque olímpico da cidade, combina na perfeição os espaços interiores com os exteriores. Foi também integrado com sucesso na Vila Olímpica e dispõe ainda de uma série de outras fun-cionalidades, como 17 salas de cinema, um casino e uma pista de bowling.Promotor: WestfieldLocalização: Stratford City - Londres NE (Inglaterra)

Novos centros – Grande Dimensão (entre 45.001 e 85.000 m2)(entre 45.001 e 85.000 m2)

Akbati Shopping MallA Turquia novamente em destaque, agora na capital Istambul, com um centro com 65 mil metros qua-drados de ABL e 190 lojas, cujo principal atractivo é o arrojado design, capaz de alterar os parâme-tros comerciais da própria cidade. Sendo um dos principais centros comerciais de Istambul, trouxe um novo modelo de en-tretenimento à região, com as suas áreas de relaxamento e sociais, novos conceitos de espaços recreativos para os mais novos e uma grande avenida de restaurantes. Tornou-se no novo ponto de encontro dos habitantes através do centro de festivais e da constante animação que vai desenvolvendo.Promotor: Akis Real Estate Investment TrustLocalização: Istambul (Turquia)

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Novos centros – Pequena Dimensão (menos de 20.000 m2)

Retalho especializado

la terrazeEste centro merece desde logo destaque pelo facto de ser promovido pela portuguesa Sonae Sierra, neste caso em parceria com a ING Real Estate. São 39.000 metros quadrados de ABL que agregam um total de 102 unidades de retalho, num projecto

que se destaca pela sua capacidade de harmonização com a envolvente paisagística. De modo a reforçar estes fortes laços com a zona geográfica, todo o interior é decorado com pinturas alusivas à beleza da região, criando elementos de destaque para a tradição e cultura locais. É mais uma prova da nossa capacidade nesta área, também numa lógica de internacionalização.Promotor: Sonae SierraLocalização: Spezia (Itália)

thier-galerie DortmundUm centro com 33.000 metros quadrados e 154 lojas, cujas principais características consistem numa arquitectura que une elementos de mo-dernidade – desde logo a cobertura em vidro – com outros mais tradicionais, como a fachada

principal, que resulta da reconstrução de um edifício antigo. Mais uma vez, falamos de um centro que foi capaz de se inserir plenamente no coração da cidade, articulando os aspectos históricos com a necessidade de um visual dinâmico e atractivo.Promotor: ECE ProjektmanagementLocalização: Dortmund (Alemanha)

St. lazare ParisUm centro que combina conveniência, conforto e acessibilidade. Destaque para o enorme tecto de vidro com mais de 200 metros de comprimento, num espaço que se desenvolve por três andares e alberga 83 lojas nos seus 11.691 metros quadra-

dos de ABL. É um exemplo de adaptação urbana, ao mesmo tempo que respeita o traçado original da estação ferroviária onde foi implementado, conseguindo um feliz casamento entre arquitectura moderna e histórica.Promotor: KlépierreLocalização: Paris (França)

Izmir optimum outlet and Entertainment CentreUm outlet que ultrapassa as meras funções deste conceito para se tornar um verdadeiro centro de entretenimento, conforme aliás o próprio nome indica. Recebe 162 lojas nos seus quase 60 mil

metros quadrados de ABL, destacando-se pela moderna arquitectura que separa o complexo em dois grandes espaços: os courts de Verão e de In-verno. Neste último caso, o espaço fica centrado na pista de gelo desenhada como um lago congelado, enquanto o espaço de Verão dá lugar ao verde das plantas e das árvores, iluminadas pela luz do céu.Promotor: Renaissance DevelopmentLocalização: Izmir (Turquia)

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ICSC - International Council of Shopping Centers

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Altmarkt-Galerie DresdenCom uma localização central e um papel funda-mental para o desenvolvimento urbano da cidade, este centro faz a ligação entre a zona histórica da cidade e a necessidade comercial. Após a sua inauguração, em 2002, foi alvo de uma expansão que juntou mais 93 unidades de retalho às 107 já existentes. O objectivo foi precisamente reforçar os laços com a vertente histórica de Dresden.Promotor: ECE ProjektmanagementLocalização: Dresden (Alemanha)

Gordion Shopping CenterUm centro multifunções que serve a capital turca, tendo sido o primeiro investimento por parte da Redevco na área de centros comerciais. O objectivo era introduzir no panorama comercial elevados padrões de qualidade, providenciando o ambiente ideal tanto para os retalhistas como para os consumidores, numa lógica de arquitectura artística e utilizando os melhores conceitos ambientais e encorajando a reciclagem. Foi o primeiro centro verde de Ankara, trazendo as mais prestigiadas marcas internacionais e constituindo a referência de uma atmosfera comercial particularmente atractiva que nasceu na cidade.Promotor: Redevco Localização: Ankara (Turquia)

MurparkInaugurado em Março de 2007, providencia uma experiência de compra única através de uma ar-quitectura inovadora que se insere plenamente na azáfama da vivência quotidiana dos habitantes da cidade. Um centro com um conceito virado para a família, dispondo de áreas específicas para o con-forto dos pais e das crianças, isto para além da criação de um universo de entretenimento infantil que tem caracterizado o lazer em Graz.Promotor: SES Spar European Shopping CentresLocalização: Graz (Áustria)

Silesia City CenterTem actualmente 337 lojas, tendo sido desde a sua inauguração o principal pólo comercial da cidade, na altura com 250 unidades, em 2005. O interesse demonstrado pelas grandes cadeias internacionais pressionou a administração a promover a amplia-ção, acrescentando cerca de 20 mil metros quadrados, mais de 60 lojas e 500 lugares de estacionamento. Neste momento, o centro tem quase 90 mil metros quadrados de ABL e reforçou a sua já importante presença no contexto comercial polaco.Promotor: Immofinanz AGLocalização: Katowice (Polónia)

Remodelações e expansões

Centros já estabelecidos

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Retalho equaciona estratégias paraoutlets

De acordo com um comunicado da organiza-ção, mesmo os operadores que trabalham no modelo “tradicional” já perceberam que têm muito a aprender com este seu parente, mais pequeno mas também mais ágil. Andrew Rich,

do fundo de investimento Henderson Global Investors referiu na conferência que «os outlets têm sido um sector mal-entendido e negligenciado, mas o actual retorno dos investidores neste formato tem sido significativamente maior comparativamente a outros conceitos, ao longo dos últimos dez anos».

Portugal, conhecido pela alta capacidade de actualização e empreendedorismo do sector do comércio, e dos centros comerciais em particular, parece estar a compreender esta realidade transmitida na conferência do ICSC. Por exemplo, o grupo Mundicenter, habituado a trabalhar ao longo de décadas nos formatos full-price, acaba de integrar um modelo híbrido em Odivelas, alinhando o conceito já existente com características outlet e a forte proposta de valor que constituem os descontos.

Da mesma forma, o grupo Neinver, um dos principais players europeus em outlets, que em Portugal detém uma infra-estrutura em Vila do Conde e tem planos para

O formato outlet está a funcionar melhor que os modelos full-price, os investidores olham cada vez mais para o conceito, mas os fornecedores ainda não têm estratégias definidas para esta tipologia de espaço comercial. De forma resumida, estas são as conclusões da conferência europeia anual promovida pelo ICSC sobre outlets, que teve lugar em Barcelona, no passado mês de Outubro.

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de conceito como ser uma fórmula para escoamento de stocks, sendo esta encarada de forma mais pontual.

Outro dos outputs da conferência é que, nesta fase, a questão que se coloca ao retalho face ao conceito outlet prende-se com a abordagem por parte dos diferentes operadores. Ou seja, devem procurar o modelo mais tra-dicional de implementação, ou olhar para o formato como uma nova dinâmica, criando mesmo modelos de negócios a ele dirigidos, com layouts e ofertas comerciais especi-ficamente concebidos para a optimização da presença nestes espaços?

Muitos retalhistas, afirmaram em Barcelona, não estar a produzir directamente para outlets. No entanto, reconhe-cem que o modo simples de encarar o formato para esco-amento de stocks já não satisfaz as tendências de procura do lado do consumidor que visita outlets. Na verdade, a expectativa destes últimos é crescente e aspectos antes apenas presentes nos centros comerciais, começam a fazer parte das exigências. O comércio, com a sua reconhecida capacidade de adaptação, irá seguramente implementar as novas tendências e responder dessa forma a um con-sumidor mais atento no acto de compra.

Um retalhista presente na conferência referiu que, de facto, já produz directamente para outlets. Mas que o faz utilizando as mesmas fábricas e os mesmo materiais. A única diferença, segundo referiu, é a menor margem, o que pressupõe custos operacionais mais baixos de forma a manter níveis de rentabilidade sustentáveis.

Essa resposta, obviamente, terá de ser dada através da própria operação dos lojistas, mas também por parte das administrações dos espaços, por exemplo nas negociações. Outra hipótese, que parece cada vez mais plausível, é que a própria oferta dos retalhistas venha a ser cada vez mais dirigida para o formato, fazendo com que o outlet passe a ser parte integrante de toda a sua estratégia comercial e não apenas uma solução para escoar stocks.

abrir outra no Algarve, acaba de apresentar um estudo sobre hábitos de consumo em Portugal, no qual, e entre outras conclusões, é reforçada a ideia da crescente im-portância do factor preço e a apetência dos portugueses pelo formato outlet.

Segundo o estudo, 60 por cento da população visita ou-tlets de forma periódica e 17 por cento fá-lo mesmo com alguma regularidade. O preço é claramente a motivação primordial, sendo apontado como o principal móbil para visitar o conceito por mais de metade da amostra. Regra geral, aponta ainda a estatística, os outlets são bem vistos pelo consumidor, em particular no que se refere à dicoto-mia qualidade/preço.

Mas, voltando à conferência de Barcelona, este comporta-mento positivo tem naturalmente justificativos. Um deles é o facto de serem equipamentos agradáveis e com boa apresentação, não obstante a forte aposta no preço como principal veículo de footfall. Alguma sofisticação, até, e uma significativa evolução conceptual nos últimos anos, faz com que o conceito tenha correspondido às expectativas do consumidor.

Esta resposta afirmativa fez também alterar a forma como as marcas olham para o conceito. Em especial após a crise que deflagrou em 2008, muitas lojas de departamento centraram a sua comunicação no preço. Algumas marcas reagiram mal aos efeitos que este tipo de abordagem tinha perante a percepção de valor do consumidor, mas a verdade é que foram integrando a nova realidade. Hoje, ouviu-se na conferência, já não existe uma relação po-bre entre os retalhistas e o conceito outlet. Os primeiros compreenderam que, mesmo numa lógica de descontos, os seus produtos têm de ser bem apresentados e a sua valorização nos outlets aumenta os níveis de notoriedade da marca.

Conceito não imune à criseApesar de um conceito com maior flexibilidade perante tempos difíceis, é óbvio que os próprios outlet não estão imunes à crise, não apenas devido às condicionantes do consumo privado, mas também à própria operação dos retalhistas. Durante a conferência, foram por exemplo apresentados diversos casos em que, dentro de um es-paço comercial desta natureza, foi necessário proceder a reformulações de mix comercial e a ajustamentos ao nível dos espaços.

Por outro lado, assistimos também a outras tendências neste formato. Alguns retalhistas mostram predisposição para ali criarem flagship stores, o que prova que o outlet pode, também ele, ser um conceito de reforço de notorie-dade das marcas junto do consumidor. Mais uma situação que parece estar na ordem do dia é a intenção de muitas marcas aproveitarem as oportunidades pop-up nestes espaços, medindo a aceitação do público perante a sua oferta. E isto pode dar-se tanto ao nível de desenvolvimento A

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Centros comerciais estabilizam performanceA Associação Portuguesa de Centros Comerciais divulgou pela primeira vez os índices de tráfego e vendas do sector e interpreta os dados de forma positiva, na medida em que os efeitos da crise foram atenuados no último exercício. Sampaio de Mattos, presidente da APCC, acrescentou na ocasião que os últimos números mostram mesmo uma estabilização dos parâmetros de análise.

Índices APCC

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Num sector que congrega um universo de 9.000 pontos de venda e gera 100 mil postos de trabalhos directos, representando uma facturação anual na ordem dos cinco mil mi-lhões de euros (não inclui lojas alimentares),

a APCC faz um balanço positivo dos volumes de tráfego e vendas registados durante 2012. Ao nível das visitas, o exercício “fechou” com uma quebra de 4,8 pontos percentuais, uma redução significativa face à descida de 5,7 por cento que se havia registado em 2011.

Quanto às vendas, e após uma dolorosa contracção de 11% em 2011, os centros comerciais contabilizam um de-créscimo de seis por cento, número que é negativamente influenciado por um primeiro trimestre ainda bastante penalizador, como se pode ver no gráfico. A partir de Abril foi evidente uma “retoma” que se manteve relativamente homogénea até final do ano.

Intimamente ligado ao consumo, o sector não poderia deixar de reflectir as condicionantes económicas. Contudo, esses efeitos abrandaram de forma relevante a partir do segundo trimestre de 2011 e, segundo Sampaio de Mattos, reportando a performance mais recente dos associados APCC, estarão mesmo a mostrar tendência para a estabi-lização. Ou seja, a indústria dos centros comerciais terá espelhado o “ajustamento” nos dois exercícios anteriores e deverá a partir de agora assentar em comportamentos mais estáveis.

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Trimestre 2.º

Trimestre 3.º

Trimestre 4.º

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2011/2010 1.º

Trimestre 2.º

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Trimestre

-7,3% -6,0% -4,2% -5,3%

-5,7%

2012/2011 1.º

Trimestre 2.º

Trimestre 3.º

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Trimestre

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Índice de tráfego APCC Variações Homólogas (%)

2010 2011

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Trimestre 2.º

Trimestre 3.º

Trimestre 4.º

Trimestre

-9,0% -5,8% -4,2% -5,2%

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índice de vendas APCC Variações Homólogas (%)

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Questionado sobre os níveis de inaugurações previstos para o ano em curso, o responsável lembrou o perfil «adequado» do conjunto de equipamentos disponíveis no país, o que no fundo representa a maturidade para uma área de actividade que foi alvo de forte investimento entre 1985 e 2010. Após 25 anos de crescimento sus-tentado, a lógica poderá agora passar por requalificar formatos e conceitos, reconheceu Sampaio de Mattos, adequando a oferta às expectativas do consumidor e aos novos hábitos.

Nesta vertente, entram em cena as plataformas digitais. A APCC sublinha que o conceito físico de loja e de cen-tro comercial não estará em causa, mas aconselha os

operadores a continuarem atentos às novas realidades: «Nos próximos 10 a 15 anos vai mudar muita coisa e da nossa parte teremos de estar preparados para a mudança, característica aliás sempre demonstrada pelo sector do comércio», ressalvou Sampaio de Mattos.

No ano passado, registaram-se cerca de 700 milhões de visitas nos centros comerciais agregados pela APCC. O modelo de negócio continua a atrair o interesse das marcas e, consequência disso, é uma taxa de ocupação na ordem dos 98% na generalidade shoppings, o que configura um cenário de plena ocupação, na medida em que esse percentual residual faz parte do natural processo de renovação e actualização do mix comercial.A

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