Sessões Coordenadas

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SESSÕES CORDENADAS Sessão 28

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sessões coordenadas - décimo salão de extensão

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CUIDANDO DE NOSSOS IDOSOS: INTERAÇÃO ENTRE ACADÊMICOS DE MEDICINA E IDOSOS INSTITUI-CIONALIZADOSOs idosos pertencem a um grupo sujeito a pequenos trau-mas, os quais resultam em lesões que podem ser prevenidas e até mesmo tratadas pelos seus cuidadores. Porém, devido a falta de instrução e treinamento constantes desses pro-fissionais, muitos ferimentos acabam por não ter o atendi-mento condizente com a literatura médica corrente. Como grande parte das lesões sofridas pelo idoso não necessita de tratamento em centros de promoção de saúde (como postos e hospitais), esse manejo inicial poderia ser provido na própria instituição de cuidado ao idoso. Para isso, entre-tanto, é essencial que os cuidadores tenham acesso à infor-mação e treinamento adequados. Esse projeto objetiva o treinamento de graduandos de medicina para que os aca-

dêmicos forneçam essa orientação embasada na literatura corrente. Assim, é possível diminuir o encaminhamentos desnecessários desses tipos de lesões a centros especiali-zado, além de melhorar o atendimento em seus locais de origem. O projeto tem como objetivo geral orientar cuida-dores de idosos a manejar ferimentos respeitando as dire-trizes atuais, focando na prevenção complicações. Como objetivos especificos visa-se divulgar o manejo correto de úlceras de pressão e escaras, ferimentos corto-contusos, cortantes, lacerantes e prevenir os acidentes resultantes em lesões mais comuns em idosos. As técnicas adequa-das de higienização de ferimentos, bem como os cuidados com curativos têm a sua devida importância ressaltada. Os alunos participantes do projeto ministrarão palestras com exposição teórica e prática em instituições públicas e pri-vadas de atenção aos idosos de Porto Alegre, apresentan-do de forma enfocada, para os cuidadores, a importância do manejo adequado para a prevenção de complicações. Serão apresentadas aulas expositivas, fornecendo dados estatísticos, fotografias das principais lesões, exemplos de

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complicações e formas de como evitá-las e interativas com simulações de situações frequentes, demonstrando os as-pectos teóricos do manejo de lesões como escoriações , ferimentos corto-contusos, lácero-contusos entre outros. Enfatizar-se-á a higienização e antissepsia, relacionando com a incidência de infecções entre outras complicações. Também serão abordadas as situações em que o idoso pre-cisará ser encaminhado para centros especializados, como no caso de fraturas decorrentes de quedas. Para esses ca-sos, haverá aulas expositivas e práticas simulando as ocor-rências mais prevalentes e o atendimento inicial adequado pré- hospitalar. Os cuidadores receberão uma cartilha abor-dando os principais tópicos do assunto e sítios confiáveis na internet para consulta. Sendo essa a primeira edição desse projeto, este foi dividido em duas fases conforme os semes-tres de 2009. No primeiro semestre, enfocou-se na revisão de materias didáticos e seleção de instituições a serem visi-tadas. No segundo semestre, serão realizadas as visitas para orientação dos cuidadores, assim como a revisão contínua da literatura e atualização do material.

LIGA ACADÊMICA DE CIRURGIA: FAMED/UFRGS - HCPAMuitos dos graduandos em Medicina compartilham de um interesse em Cirurgia. Com a reforma curricular, essa grande área da Medicina perdeu importante carga horária como disciplina dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Assim, os alunos terminam sua graduação com uma lacuna de conhecimento nesse tópico, prejudicando principalmente os interessados nele. As ligas acadêmicas, já bem consolidadas no Bra-sil e no mundo, têm um papel relevante na formação profissional dos estudantes, atuando em atividades de ensino, pesquisa e principalmente de extensão. Nesse contexto, a Liga de Cirurgia pretende diminuir a lacuna entre o graduando em Medicina e a Cirurgia, comple-mentando a graduação com ações extensionistas que, além de suprirem o aluno com o conhecimento neces-sário, levam esse conhecimento à comunidade. Este

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projeto tem como objetivo geral desenvolver e apri-morar o conhecimento de graduandos em Medicina na área cirúrgica, bem como levá-lo à comunidade de for-ma apropriada. Entre os objetivos específicos estão le-var à comunidade informações pertinentes em relação à cirurgia; aproximar acadêmicos interessados em aten-dimento a comunidade em ambulatórios; aproximar acadêmicos interessados em estágios na área; auxiliar no desenvolvimento de habilidades cirúrgicas em labo-ratório; promover pesquisa em cirurgia, principalmente em educação cirúrgica; proporcionar conhecimento te-órico adicional nas diversas áreas em cirurgia; realizar intercâmbio de conhecimentos, membros discentes e docentes de ligas de cirurgia brasileiras e estrangeiras. Para isso, a liga atuará na comunidade levando informa-ções adequadas, baseadas na literatura médica corren-te, aos cuidadores de idosos e crianças ao visitar asilos e creches para ministrar palestras de forma expositiva teórico-prática, abordando o manejo das condições po-tencialmente cirúrgicas mais freqüentes nessas faixas

etárias, como ferimentos corto-contusos, escoriações nas crianças e úlceras de pressão, escaras em idosos. Essas palestras devem enfocar o manejo inicial, dando especial atenção à higienização e antissepsia para evi-tar complicações, como a infecção do ferimento. O pro-jeto também inclui o atendimento da comunidade pe-los alunos através de acompanhamento ambulatorial em diversas especialidades cirúrgicas, o que incluirá, além da abordagem assistencial, a coleta de dados epi-demiológicos e informações clínicas que possibilitem a produção científica. Além do atendimento a comunida-de, a Liga de Cirurgia da UFRGS mantem contato com os principais Serviços de Cirurgia do estado, oferecen-do aos alunos interessados informações atualizadas so-bre vagas e pré-requisistos de estágios, já que muitos deparam-se com dificuldades para encontrar-las. A Liga proporciona também diversas atividades que auxiliam na obtenção de conhecimento teórico-prático na for-ma de cursos, discussão de casos, atividade científicas, visitas a laboratórios, de modo que os alunos possam

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desenvolver habilidades cirúrgicas e conhecimento adicional ao oferecido pelo currículo. A Liga de Cirurgia considera que assistir a comunidade, complementar a formação do estudante de medicina e produzir conhe-cimento são ações muito importantes; entretanto, mais importante do que elas em si, é compartilhar essas in-formações para que a comunidade possa de beneficiar dela, encurtando a distpara que a Liga seja um multi-plicador dessas atividades, encurtando, cada vez mais, a distância entre a Academia e a Comunidade. Para tan-to, o intercâmbio desses conhecimento, de alunos e de professores entre instituições é fundamental.

CUIDANDO DE NOSSOS IDOSOS – ORIENTAÇÕES PARA OS PROFIS-SIONAIS DE ASILOSOs idosos pertencem a um grupo sujeito a pequenos traumas, os quais resultam em lesões que podem ser prevenidas e até mesmo tratadas pelos seus cuidadores. Porém, devido a falta de instrução e treinamento cons-tantes desses profissionais, muitos ferimentos acabam por não ter o atendimento condizente com a literatura médica corrente. Como grande parte das lesões sofridas pelo idoso não necessita de tratamento em centros de promoção de saúde (como postos e hospitais), esse ma-nejo inicial poderia ser provido na própria instituição de cuidado ao idoso. Para isso, entretanto, é essencial que os cuidadores tenham acesso à informação e treinamento adequados. Esse projeto objetiva o treinamento de gra-duandos de medicina para que os acadêmicos forneçam essa orientação embasada na literatura corrente. Assim,

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é possível diminuir o encaminhamentos desnecessários desses tipos de lesões a centros especializado, além de melhorar o atendimento em seus locais de origem. O pro-jeto tem como objetivo geral orientar cuidadores de ido-sos a manejar ferimentos respeitando as diretrizes atuais, focando na prevenção complicações. Como objetivos es-pecificos visa-se divulgar o manejo correto de úlceras de pressão e escaras, ferimentos corto-contusos, cortantes, lacerantes e prevenir os acidentes resultantes em lesões mais comuns em idosos. As técnicas adequadas de higie-nização de ferimentos, bem como os cuidados com cura-tivos têm a sua devida importância ressaltada. Os alunos participantes do projeto ministrarão palestras com expo-sição teórica e prática em instituições públicas e privadas de atenção aos idosos de Porto Alegre, apresentando de forma enfocada, para os cuidadores, a importância do manejo adequado para a prevenção de complicações. Serão apresentadas aulas expositivas, fornecendo dados estatísticos, fotografias das principais lesões, exemplos de complicações e formas de como evitá-las e interativas

com simulações de situações frequentes, demonstrando os aspectos teóricos do manejo de lesões como escoria-ções , ferimentos corto-contusos, lácero-contusos entre outros. Enfatizar-se-á a higienização e antissepsia, relacio-nando com a incidência de infecções entre outras compli-cações. Também serão abordadas as situações em que o idoso precisará ser encaminhado para centros especiali-zados, como no caso de fraturas decorrentes de quedas. Para esses casos, haverá aulas expositivas e práticas simu-lando as ocorrências mais prevalentes e o atendimento inicial adequado pré- hospitalar. Os cuidadores receberão uma cartilha abordando os principais tópicos do assunto e sítios confiáveis na internet para consulta. Sendo essa a primeira edição desse projeto, este foi dividido em duas fases conforme os semestres de 2009. No primeiro semes-tre, enfocou-se na revisão de materias didáticos e seleção de instituições a serem visitadas. No segundo semestre, serão realizadas as visitas para orientação dos cuidadores, assim como a revisão contínua da literatura e atualização do material.

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TREINO DE FORÇA PARA A SAÚDEO treino de força, conhecido popularmente como “mus-culação”, vem ganhando mais adeptos a cada dia. Estima-se que existam cerca de 12.300 praticantes de muscula-ção somente na cidade de Porto Alegre. Quando falamos em musculação a primeira imagem que nos vem à cabe-ça é a de pessoas jovens e corpos “esculpidos”, mas esta imagem certamente destoa da população atendida no projeto “Musculação para a comunidade” que é desen-volvido na Escola Superior de Educação Física da UFR-GS. A “Melhor idade”, esta é a predominância do público atendido todos os dias na sala de musculação da ESEF/UFRGS. Indivíduos em sua maioria residentes nas ime-diações do Campus Olímpico da Universidade, com mé-dia de idade de 60 anos, procuram os profissionais for-mados e/ou em formação com um objetivo em comum, explicitado na anamnese realizada no seu primeiro dia de treino, SAÚDE. O desenvolvimento da aptidão física

constitui-se uma das formas mais adequadas e de me-nor custo para a promoção da saúde, sendo esta sobre-tudo determinada pelos níveis das condições cardiovas-cular, neuromuscular e da composição corporal. Sendo assim, o oferecimento de atividades físicas direcionadas à comunidade das imediações do Campus Olímpico que se proponham a aprimorar estas capacidades, à partida, justificam tal proposição. Além disso, há a possibilidade de que acadêmicos do curso de Educação Física desta Universidade incrementem a sua formação acadêmica, numa espécie de laboratório em que são aplicadas as técnicas ministradas em algumas das disciplinas do De-partamento de Educação Física, relacionadas à prática do exercício físico e, mais especificamente, direcionadas ao treino de força. Esta integração Universidade-Comu-nidade reforça o papel social da Universidade Pública. Incrementar os principais componentes da aptidão físi-ca nos sujeitos participantes do projeto, nomeadamen-te a capacidade cardiovascular, a função neuromuscular, a flexibilidade e a composição corporal. A sala de trei-

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no de força do Campus Olímpico conta com diversos aparelhos para exercícios de contra resistência, halte-res, anilhas, caneleiras, colchonetes, bicicletas ergomé-tricas, esteiras e etc. Assim que o aluno inscreve-se no projeto “Musculação para a comunidade” na secretária de extensão do Campus Olímpico já é marcada a sua avaliação inicial que consiste em uma anamnese (Ques-tionário “PAR – Q & VOCÊ”), definição do objetivo que pode ser Resistência Muscular Localizada (RML), cerca de 65% da 1RM estimada, Hipertrofia, cerca de 75% da 1RM estimada, ou Força máxima, cerca de 85% da 1RM estimada (Fleck & Kraemer, 2006) e perguntas informais sobre hábitos de vida, experiências fisicomotoras ante-riores e lesões. Feito isso, o aluno participa da parte ini-cial da aula que consiste em um aquecimento articular e alongamentos que são ministrados por um dos profes-sores mediante escala semanal. Em seguida é aplicado um treino de adaptação que consiste basicamente em exercícios multi-articulares para todo o corpo, sempre alternando membros superiores com inferiores, com in-

tensidade de 50% da 1RM estimada que resulta em 15 a 20 Repetições Máximas (RM´s) e somente uma série de repetições por exercício. Os alunos são instruídos a manter um ritmo de execução em torno de 2 segundos na fase concêntrica e 2 segundos na fase excêntrica de movimento sempre na maior amplitude de movimento que a articulação do aluno e o exercício permitirem. No fim desta sessão a ficha de treino do aluno fica pronta e na próxima aula estará disponível para ele treinar sozi-nho, sempre sob a supervisão dos professores. Na parte final um alongamento marca o término da aula. Após três ou quatro semanas de treino de adaptação é mar-cada uma avaliação física que consiste em: • Avaliação da composição corporal por dobras cutâneas (Protoco-lo Pollock 7 dobras); • Avaliação da 1RM estimada pelo coeficiente de Lombardi; • Avaliação do número de re-petições máximas a 50, 60, 70 e 80% da RM estimada; • Teste de função muscular de peitoral, psoas, extensores e flexores do joelho e teste de força abdominal (Kendall, 1995). Com os dados obtidos nas avaliações e testes an-

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teriores é feita a prescrição do treino com base no obje-tivo inicial do aluno. Terminada a periodização prescrita pelo professor responsável, o aluno é reavaliado e esta é comparada com a avaliação inicial com o intuito de visualizar se as expectativas do aluno foram atingidas. Trabalhar no projeto “Treino de força para a saúde” é muito proveitoso para os acadêmicos, pois somente a experiência de campo dá a eles a segurança de traba-lhar e aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da vida acadêmica. Aprender a explicar para o aluno, de uma maneira que ele entenda, que fazer força é funda-mental para atingir seus objetivos é uma das grandes conquistas neste projeto.

LIGA ACADÊMICA DE CIRURGIA: UMA EXPERIÊNCIA DOS ALUNOSMuitos dos graduandos em Medicina compartilham de um interesse em Cirurgia. Com a reforma curricular, essa grande área da Medicina perdeu importante carga horária como disciplina dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Assim, os alunos terminam sua graduação com uma lacuna de conhecimento nesse tópico, prejudicando principalmente os interessados nele. As ligas acadêmicas, já bem consolidadas no Bra-sil e no mundo, têm um papel relevante na formação profissional dos estudantes, atuando em atividades de ensino, pesquisa e principalmente de extensão. Nesse contexto, a Liga de Cirurgia pretende diminuir a lacu-na entre o graduando em Medicina e a Cirurgia, com-plementando a graduação com ações extensionistas que, além de suprirem o aluno com o conhecimento necessário, levam esse conhecimento à comunidade.

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Este projeto tem com objetivo geral desenvolver e apri-morar o conhecimento de graduandos em Medicina na área cirúrgica, bem como levá-lo à comunidade de for-ma apropriada. Entre os objetivos específicos estão le-var à comunidade informações pertinentes em relação à cirurgia; aproximar acadêmicos interessados em aten-dimento a comunidade em ambulatórios; aproximar acadêmicos interessados em estágios na área; auxiliar no desenvolvimento de habilidades cirúrgicas em labo-ratório; promover pesquisa em cirurgia, principalmente em educação cirúrgica; proporcionar conhecimento te-órico adicional nas diversas áreas em cirurgia; realizar intercâmbio de conhecimentos, membros discentes e docentes de ligas de cirurgia brasileiras e estrangeiras. Para isso, a liga atuará na comunidade levando informa-ções adequadas, baseadas na literatura médica corren-te, aos cuidadores de idosos e crianças ao visitar asilos e creches para ministrar palestras de forma expositiva teórico-prática, abordando o manejo das condições po-tencialmente cirúrgicas mais freqüentes nessas faixas

etárias, como ferimentos corto-contusos, escoriações nas crianças e úlceras de pressão, escaras em idosos. Es-sas palestras devem enfocar o manejo inicial, dando es-pecial atenção à higienização e antissepsia para evitar complicações, como a infecção do ferimento. O projeto também in clui o atendimento da comunidade pelos alunos através de acompanhamento ambulatorial em diversas especialidades cirúrgicas, o que incluirá, além da abordagem assistencial, a coleta de dados epide-miológicos e informações clínicas que possibilitem a produção científica. Além do atendimento a comunida-de, a Liga de Cirurgia da UFRGS mantem contato com os principais Serviços de Cirurgia do estado, oferecen-do aos alunos interessados informações atualizadas so-bre vagas e pré-requisistos de estágios, já que muitos deparam-se com dificuldades para encontrar-las. A Liga proporciona também diversas atividades que auxiliam na obtenção de conhecimento teórico-prático na for-ma de cursos, discussão de casos, atividade científicas, visitas a laboratórios, de modo que os alunos possam

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desenvolver habilidades cirúrgicas e conhecimento adicional ao oferecido pelo currículo. A Liga de Cirurgia considera que assistir a comunidade, complementar a formação do estudante de medicina e produzir conhe-cimento são ações muito importantes; entretanto, mais importante do que elas em si, é compartilhar essas in-formações para que a comunidade possa de beneficiar dela, encurtando a distpara que a Liga seja um multi-plicador dessas atividades, encurtando, cada vez mais, a distância entre a Academia e a Comunidade. Para tan-to, o intercâmbio desses conhecimento, de alunos e de professores entre instituições é fundamental.

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE COAGULOPATIAS HEREDITÁRIASAs coagulopatias hereditárias são doenças hemorrági-cas crônicas decorrentes da deficiência de um ou mais fatores de coagulação. A doença de von Willebrand, a Hemofilia A e a Hemofilia B são as mais freqüentes, abrangendo juntas 95-97% de todas as deficiências he-reditárias de fatores de coagulação. O objetivo deste projeto é a realização de testes laboratoriais para iden-tificação das principais doenças hemorrágicas hereditá-rias: a hemofilia A (deficiência de fator VIII), a hemofilia B (deficiência de fator IX) e a doença de Von Willebrand (deficiência do fator von Willebrand). Pacientes com sus-peita de coagulopatia são encaminhados pelos serviços da saúde e atendidos com hora marcada no laborató-rio. O atendimento consiste em uma entrevista sobre os sintomas hemorrágicos e história familiar, e coleta do sangue do paciente para a realização dos testes. Foram

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realizados os testes de triagem (tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcial) e quantificação dos fatores VIII, IX e von Willebrand. Desde o início de 2009, foram testados 383 pacientes. Os resultados laborato-riais indicam 122 pacientes com hemofilia A, 21 com he-mofilia B e 104 com doença de Von Willebrand. Outras coagulopatias foram detectadas em 12 pacientes e 124 pacientes apresentaram todos os testes dentro dos limi-tes normais. O diagnóstico correto das doenças hemor-rágicas é de grande importância na escolha da terapia adequada para tratamento do paciente, no aconselha-mento genético, assim como para tomar as devidas pre-cauções em procedimentos cirúrgicos e acidentes que possam ocorrer.

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE TROMBOFILIAS HEREDITÁRIAS

Trombofilia é uma tendência ao desenvolvimento de trombose e pode ser adquirida ou hereditária. As trombo-filias hereditárias mais freqüentes são as mutações Fator V Leiden e G20210A no gene da Protrombina, que são en-contradas em aproximadamente 50% dos pacientes que apresentam trombose venosa recorrente. Além de trom-bose venosa, essas mutações podem estar associadas ao desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares, como AVC e infarto agudo do miocárdio, e a abortos de re-petição. O projeto visa à realização de testes laboratoriais para identificar essas alterações da hemostasia. Pacientes com suspeita destas trombofilias são encaminhados pelos médicos dos Serviços de Saúde e atendidos com hora mar-cada. Durante o atendimento, são realizados entrevista a respeito dos sintomas do paciente e sua história familiar, esclarecimentos sobre os testes e coleta de sangue para

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a extração do DNA. A genotipagem das mutações é rea-lizada através de PCR, seguida de clivagem com enzimas de restrição específicas para cada uma dessas mutações. Desde o início deste ano, foram atendidos 83 pacientes para investigação destas mutações. Destes pacientes, 64 foram encaminhados por possuírem episódios prévios de trombose venosa ou outra doença cardiovascular, 8 por ocorrência de abortos de repetição e 11 eram assintomáti-cos, mas possuíam história familiar de trombose e/ou des-tas mutações. A partir dos testes realizados, 8 pacientes apresentaram a mutação Fator V Leiden e 9 apresentaram a mutação G20210A no gene da Protrombina. Dos pacien-tes com mutação Fator V Leiden, 75% tiveram episódios prévios de trombose venosa e 25% haviam tido AVC. Dos pacientes positivos para a mutação G20210A no gene da Protrombina, dois (22%) eram sintomáticos. Das oito pa-cientes encaminhadas por ocorrência de abortos repeti-dos, nenhuma apresentou as mutações. A identificação destas mutações é importante na escolha da terapia para o paciente, bem como no aconselhamento genético.

CUIDADO AO CLIENTE COM DOR CRÔNICAConsulta de enfermagem e atendimento em grupo de pacientes portadores de fibromialgia.

CURSO DE EXTENSÃO EM KARATE UFRGSO Objetivo geral do projeto é difundir junto a comunida-de universitária práticas e princípios do Karate-do. Pro-cura-se proporcionar aos participantes experiências nos estilos de karate reconhecidos pela World Karate Fede-ration, além de proporcionar aos participantes, conhe-cimento de aspectos da história e cultura do Japão. O público alvo é a Comunidade Acadêmica da UFRGS (alu-

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nos, professores e funcionários). Justifica-se este projeto por ser uma atividade que busca a integração dos uni-versitários, através do esporte. Além disso, a disciplina de Karate-do não vem sendo oferecida pelos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Educação Fisica. O curso ocorre em 30 encontros, realizados aos sábados à tarde, das 14h às 18h, sendo que os finais de semana previstos para que não ocorra aula serão os mesmos onde acon-teçam eventos da FGK tais como Campeonato Estadual ou Exame de Faixas. Nos encontros são desenvolvidas as técnicas fundamentais (kihon), divididas em ‘técnicas de mão’ (te waza), ‘chutes’ (keri waza) e combinações (hen-zoku waza). Após, são estudados os exercícios formais (kata), sequências de técnicas pré-determinadas que si-mulam o combate contra vários adversários. Nesta fase, os praticantes aprendem os exercícios e suas aplicações (bunkai). Atingindo um domínio mínimo destas duas es-feras de exercícios, passa-se à prática da luta (kumite). Nesta fase, inicia-se a prática através das lutas combi-nadas (gohon kumite, sanbon kumite, ippon kumite e

yakusoku kumite), passando para a prática da luta livre (jiyu kumite) e da luta de competição (shiai kumite). Es-pera-se colaborar com os participantes em seu desen-volvimento integral, condicionando o corpo através dos exercícios práticos, as outras esferas do ser através de atividades próprias da cultura oriental (zazen, haragei, toate etc) e a mente pela prática das lutas, onde a estra-tégia e a concentração são pontos chave para o sucesso da atividade.

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UMA OFICINA ABERTA À COMUNI-DADE: DESCOBRINDO O MUNDO DOS ANIMAIS PEÇONHENTOSAnimais peçonhentos são aqueles que apresentam um órgão inoculador de veneno (quelíceras, dentes, agui-lhão, maxilípodes). No entanto, a peçonha que um ani-mal carrega nem sempre é perigosa aos seres humanos. O objetivo desse estudo foi coletar dados sobre a per-cepção dos participantes de uma oficina sobre animais peçonhentos (principais conceitos, atitudes frente a si-tuações de contato e de acidentes com esses animais). Foram ministradas oficinas abertas ao público de todas as faixas etárias, situadas no ginásio de esportes da es-cola municipal de ensino fundamental Petronilha Maria Alves de Souza, no bairro Guará, cidade de Xangri-lá, RS. Os animais peçonhentos (serpentes, aranhas, escor-piões, centopéias e taturanas) foram expostos em uma bancada, a fim de que o público participante pudesse

observar, tirar dúvidas em geral, contar seus relatos e manipulá-los. Além disso, foram distribuídos questioná-rios para se obter o aumento do número de informações sobre a percepção da comunidade em relação a esses animais. De acordo com as falas de pessoas das mais va-riadas idades, percebeu-se que esse assunto pode des-pertar muita curiosidade, fascínio e até medo, mesmo ex-pondo apenas animais mortos, conservados em formol/álcool. Algumas perguntas atuaram como mola-mestra para traduzir o comportamento dessa comunidade so-bre o tema. Ao perguntar se todo animal feio é perigoso, cerca de 68% responderam que não; 21,5%, sim e 10,5% não souberam responder. Ao responder à pergunta: “Se você encontrasse um animal perigoso em seu quintal, o que você faria?”, cerca de 38% pediriam socorro; 27% matariam o animal; 13,5% o capturariam; 13,5% não me-xeriam nele; apenas 2,6% chamariam um órgão compe-tente, como os bombeiros ou IBAMA e 5,4% não soube-ram responder. Ao avaliar as atitudes em caso de picada por um animal peçonhento a alguém próximo, cerca de

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78% dos entrevistados levariam a vítima a um médico/hospital; 8% não fariam nada; uma minoria (2,7%) suga-ria o veneno/faria torniquete e quase 11% não saberia o que fazer nessa situação. Diante desse quadro, embora a maioria das pessoas entrevistadas tenha incorpora-do alguns conceitos básicos e saiba proceder com bom senso ao se deparar com algum animal peçonhento, uma minoria deve ser informada sobre o tema, a fim de mitigar os danos causados tanto ao ambiente quanto à saúde. Por esse motivo, é de fundamental importância que oficinas como essa sejam acessíveis à grande parte da população, com a finalidade de desconstruir mitos, levando uma informação atualizada, visto que a maioria dos acidentes e das complicações nos casos de envene-namento é gerada pela falta de informação.

A MICROBIOLOGIA APLICADA NA ESCOLA: UMA VISÃO DO MUNDO MICROBIOLÓGICO NO QUOTIDIA-NO DE ALUNOS DE EJAA Microbiologia Aplicada na Escola: uma visão do mundo microbiológico no quotidiano de alunos de EJA Carolina Souza Gusatti, Daniel Derrossi Meyer, Karina Heck da Sil-va, Renata Viero, Kátia Valença Correia Leandro da Silva. Embora a descoberta e o estudo de Microbiologia sejam recentes, ao longo da História, a humanidade tem utiliza-do micro-organismos para diversos fins, desde a transfor-mação das mais variadas matérias-primas em bens con-sumíveis, como por exemplo, na fabricação de produtos alimentícios, como pães, bolos, cervejas, vinhos. Aqueles vem sendo utilizados inclusive em processos biológicos como a compostagem, tratamento de águas e esgotos e a remediação de áreas contaminadas por poluentes. Este

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trabalho objetivou introduzir o estudo da Microbiologia aos alunos de terceiro ano do Ensino Médio de Educação de Jovens e Adultos por meio de oficinas que visaram buscar a multidisciplinariedade e a interatividade dos alunos. Foram abordados aspectos diários do quotidia-no dos alunos, como o uso de desinfetantes, a fabricação de produtos alimentícios, bem como discussões sobre os processos microbiológicos utilizados atualmente e pato-logias causadas por micro-organismos. Foram desenvol-vidas aulas práticas em que os alunos inocularam, em pla-cas de TSA (caseína triptona de soja) com hastes flexíveis de algodão esterilizadas, amostras bacterianas que foram testadas quanto à susceptibilidade aos desinfetantes: álcool, água sanitária e desinfetante de uso doméstico. Também foi testado o crescimento, em meio de cultura apropriado para fungos (YLC) e bactérias (TSA), de fer-mentos biológico e químico, cerveja com e sem álcool e bebidas lácteas fermentadas, como leite fermentado e io-gurte. Após a incubação a 37 °C por 48 h, as placas foram avaliadas e os resultados discutidos com os alunos. Desse

modo, os alunos puderam comprovar que os micro-orga-nismos estão presentes no dia-a-dia, não só na forma de patógenos causadores de doenças graves, mas também sendo responsáveis pela fabricação de muitos produtos industrializados, utilizados como bens de consumo pela população. As discussões focadas na inibição bacteriana por desinfetantes mostraram que estes, através dos resul-tados das aulas práticas, foram capazes de inibir o cresci-mento bacteriano, mostrando que o uso de desinfetantes pode ser eficaz na redução da carga microbiana presente em superfícies e que medidas de controle microbiológico com o uso de desinfetantes podem ser eficazes na redu-ção de micro-organismos, principalmente em ambientes muito contaminados, como o ambiente hospitalar, em que a limpeza é uma medida necessária para contenção de infecções microbiológicas. Os alunos puderam verifi-car a presença de micro-organismos presentes em vários produtos como o iogurte, leites fermentados, cervejas e fermentos, mostrando a importância dos processos fer-mentativos, em que bactérias e fungos são os principais

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transformadores das matérias-primas na fabricação dos mesmos. Neste contexto, foi discutido o processo de fer-mentação, e como esta pode ser utilizada em benefício humano, na produção de álcool e ácido láctico, e como esses subprodutos fazem parte do presente dos alunos, através de produtos como vinhos, cervejas, iogurtes e derivados do leite. Com este trabalho, pode concluir-se que o ensino deve focar na interdisciplinariedade e que, quando acompanhado de atividades práticas, mostra resultados de aprendizagem mais eficazes que quando apenas aulas expositivas são desenvolvidas, atentando para a importância do diálogo e da discussão dos assun-tos que abordam o quotidiano dos alunos. As discussões se mostraram produtivas, pois contribuíram para o apren-dizado da disciplina de Microbiologia de uma maneira dinâmica e interativa, em que os alunos puderam trazer experiência pessoais e enriquecer o conteúdo abordado. Acredita-se que esse tipo de iniciativa deveria ser mais amplamente abordada nas práticas de ensino, possibili-tando uma melhor aprendizagem e entendimento dos

conteúdos abordados durante o Ensino Médio com fina-lidade de transformar, por intermédio do conhecimento, alunos em cidadãos formadores de opiniões consistentes e conscientes sobre os mais derivados assuntos que me-deiam a Sociedade.

OFICINAS DE PARASITOLOGIA: A UNIVERSIDADE VAI À ESCOLAOs parasitas são seres vivos que retiram de outros orga-nismos os recursos necessários para a sua sobrevivência. Eles são considerados agressores, pois prejudicam o hos-pedeiro. O objetivo desse estudo foi apresentar por meio de oficinas realizadas para a comunidade do bairro Guará, município de Xangri-Lá, quais são os animais que causam as parasitoses mais freqüentes no homem que vive na re-gião sul do Brasil. Estas oficinas foram realizadas durante

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a 1ª Feira de Saúde do Guará, promovida pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Secreta-ria Municipal de Saúde de Xangri-Lá (PET-Saúde Xangri-Lá). O evento aconteceu no primeiro sábado de julho de 2009, no ginásio de esportes da Escola Municipal de En-sino Fundamental Petronilha Maria Alves dos Santos, por ocasião da entrega do boletim escolar. Foram dispostos Lupas e Microscópios sobre uma bancada, cedidos pelo Instituto de Biociências sob a responsabilidade da profes-sora orientadora da equipe de trabalho. O público pode examinar as morfologias dos vermes e insetos. A feira foi aberta ao público em geral e os participantes puderam observar, tirar dúvidas, contar seus relatos e manipular os animais. Além disso, receberam informações sobre a morfologia de cada espécie e orientações de prevenção e higiene que geraram discussões interessantes, tanto para a nossa equipe quanto para os demais participantes. Do público infantil notou-se muita curiosidade, relaciona-vam os parasitas com o que aprenderam em aula ou em

casa, alguns apreendiam o conhecimento tornando-se multiplicadores no momento da oficina, utilizando-se do material disponível para socializar o conhecimento para seus colegas. Além disso, através das oficinas, muitos de-les tiveram o primeiro contato com microscópios e lupas. Os adultos se mostraram interessados nas orientações e alguns, inclusive, traziam alternativas de controle e tra-tamento de algumas parasitoses. Acontecendo a troca de experiências entre o graduando e a comunidade. Os helmintos expostos foram Trichuris trichiura (indivíduo e lâmina). Toxocara sp (indivíduo adulto e larva migrans visceral), Ancylostoma sp (indívudo do adulto e lâmina da Larva Migrans Visceral), Ascaris lumbricoides (indiví-duo adulto, “Lombriga”) Taenia sp (individuo adulto, “So-litária”), Cisto hidático (Echinococcus), Fasciola hepatica (individuo, “baratinha do fígado”). Os indivíduos estavam consevados em álcool a 70%, Railet-Henry. Os insetos ex-postos foram: a mosca Cochliomyia e Musca domestica os barbeiros Triatoma e Panstrogylus, o mosquito Culex, a pulga Pulex irritans e o popular “chato” Pthirus pubis, to-

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dos em indivíduos ou lâminas para visualização na lupa ou microscópio. Muitos desses animais causam infec-ções e doenças. Podem ser adquiridos em contato com animais de estimação, ou ainda, pela ingestão de carne contaminada de animais como o gado ou o porco. Ou-tras parasitoses podem ser contraídas através do contato direto ou indireto com outros humanos, ratos, moscas e baratas, principalmente pela ingestão de água ou alimen-tos contaminados. Portanto, foram elaborados pôsteres com esquemas dos ciclos biológicos de alguns desses pa-rasitas e imagens de microscopia eletrônica. Acreditamos que o aprendizado torna-se efetivo quando associamos a teoria à prática. A oficina levou conhecimento e informa-ções atualizadas para a comunidade do bairro Guará. Este trabalho será desenvolvido em mais três Feiras de Saúde a serem realizada em bairros diferentes no municípiode Xangri-Lá. Os resultados foram satisfatórios, observando principalmente o interesse e o fascínio dos participantes em relação a esses pequenos animais que estão entre nós e que raramente os visualizamos. [%1%]

INCLUSÃO SOCIAL ATRAVES DO FUTEBOLA Inclusão Social nada mais é que trazer aquele que é excluído socialmente por algum motivo, para uma so-ciedade que participe de todos os aspectos e dimensões da vida. O econômico, o cultural, o político, o religioso e todos os demais, além do ambiental. (Mafra, 2007). O fu-tebol quando incentivado, seja em periferias ou centros urbanos faz com que os seus praticantes se sintam valo-rizados em relação ao local em que vivem, dando-lhes o sentimento de pertencerem a uma sociedade integrada (Cruz,2003). Cavalli (2007), em seu trabalho de pesquisa defende, ainda, que a criança ou adolescente que tem contato com o esporte produz transformações significati-vas e gratificantes em comunidades totalmente carentes de atenção e oportunidades. Gratificante por gerar, atra-vés de projetos esportivos de cunho social, o bem estar das pessoas nele envolvidas não somente fisicamente,

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mas mental e socialmente. Este trabalho iniciou em 2007 tendo como objetivo geral proporcionar entretenimento, aprendizado e qualidade de vida para as crianças mora-doras do bairro Figueirinha, utilizando o futebol como instrumento de trabalho, auxiliando na mudança psíqui-ca, física e social, visando à formação de cidadãos com um futuro melhor. O projeto é caracterizado por crianças moradoras do bairro Figueirinha, localizado no Município de Xangri-Lá. Elas tem entre 4 e 16 anos de idade e par-ticipam do projeto Futebol/Inclusão Social, coordenado pelo professor de Educação Física Frederico Freire Figuei-ró, que tem apoio da Secretária da Saúde do Município. É desenvolvido no campo de futebol do bairro Figueirinha. É composto por no mínimo 33 crianças podendo chegar ao número de 50 participantes. Os objetivos específicos são: a) afastar as crianças dos grupos de risco; b) propi-ciar a formação esportiva; c) incentivar o rendimento escolar; d) melhorar as relações familiares; e) interagir com diferentes classes sociais; f ) oferecer oportunidades para que se tornem cidadãos com perspectiva de futuro. Sabe-se que o esporte é um grande elemento disciplina-

dor. Através do futebol e de seus fundamentos práticos e teóricos, busca-se um equilíbrio físico, mental, social e cultural para as crianças do projeto. Trabalham-se através dos treinamentos, jogos, palestras e passeios. Buscam-se o cooperativismo em equipe, o respeito e a aceitação da vitória ou da derrota, aprender a dar valor a si próprio e ao lugar onde se vive, auxiliando na promoção da comu-nicação social e da saúde. O esporte além de melhorar a saúde e reduzir o estresse, é considerado como manifes-tação cultural e elemento disciplinador, contribuindo no aprendizado e na vivência em sociedade, aceitar os desi-guais, perder e ganhar, reconhecer o melhor e o pior, for-te e o fraco (Rocha, 2004). Os profissionais da área da saú-de, mais especificamente da educação física entendem e reconhecem ser o esporte um excelente instrumento de inclusão social, o melhor divulgador de metas e compor-tamentos, um fantástico exercitador de valores éticos e morais. O projeto existe a pouco mais de um ano, e neste tempo percebem-se mudanças significativas em relação ao comportamento na parte disciplinar, na união do gru-po, e um aumento do rendimento escolar dos alunos. Per-

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cebe-se um progresso de maneira sólida e correta, e com certeza almejam-se mais conquistas para este projeto. É este sentimento que preconiza uma continuação na luta pela igualdade e por direitos iguais.

COMPARTILHANDO SABERES: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PRECEPTORES E ALUNOS DO PET XANGRI-LÁO Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET) de Xangri-Lá tem por proposta geral desenvolver atividades de promoção da saúde junto à comunidade de tal município, sob forma interdisciplinar e intersetorial. Sendo um de seus objetivos a aproximação de saberes e a troca de experiências entre alunos, professores da UFRGS, comunidade local e profissional da saúde atuante na rede

de saúde de tal município. A participação no programa PET nos proporcionou ganhos, tanto em âmbito profis-sional como pessoal. Estar mais próximo da comunidade juntamente com alunos de variadas academias levou-nos a lançar um olhar mais crítico em relação à realidade local e repensar atitudes perante o ser humano que nos procura em busca de auxílio em momentos delicados de sua existência. A inserção precoce do acadêmico junto ao objeto de seu cuidado é uma iniciativa de grande valia e que reflete na formação de profissionais mais comprome-tidos com a visualização integral do ser humano. Partici-par do PET nos sensibilizou quanto à necessidade de que os futuros profissionais da saúde e os já atuantes na área percebam o seu trabalho como uma arte e não como um simples conjunto de técnicas a ser realizada com a maior perfeição possível. O cuidar do cuidado tornou-se urgen-te e acreditamos que programas como o PET sejam gran-des facilitadores para tal processo.

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