Serviços Portugueses de Handling, S. A. Relatório de Gestão 2011.pdf · melhor das suas Pessoas...

83
Serviços Portugueses de Handling, S. A. Relatório de Gestão

Transcript of Serviços Portugueses de Handling, S. A. Relatório de Gestão 2011.pdf · melhor das suas Pessoas...

Serviços Portugueses de Handling, S. A.

Relatório de Gestão

P. 2 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 3 /38 

Índice  

 Estrutura do Relatório de Gestão relativo ao ano de 2011 

 I. Introdução .......................................................................................................................................................... 4 

II. Mensagem do Administrador‐delegado ................................................................................................................ 5 

III. Enquadramento macroeconómico internacional .................................................................................................. 7 

IV. Enquadramento macroeconómico nacional ......................................................................................................... 8 

V. Enquadramento sectorial ...................................................................................................................................... 9 

VI. Fatos relevantes de 2011 ................................................................................................................................... 11 

VII. A Atividade da Empresa .................................................................................................................................... 12 

Operações ......................................................................................................................................................... 12 

Atividade Comercial .......................................................................................................................................... 13 

Recursos Humanos ............................................................................................................................................ 15 

Serviço ao Cliente .............................................................................................................................................. 21 

Qualidade .......................................................................................................................................................... 22 

Segurança e Inspeção ........................................................................................................................................ 23 

Tecnologias de Informação ............................................................................................................................... 25 

VIII. Desempenho Operacional ............................................................................................................................... 27 

IX. Desempenho económico‐financeiro ................................................................................................................... 31 

X. Perspetivas futuras ............................................................................................................................................. 36 

XI. Proposta de aplicação de resultados .................................................................................................................. 38 

 

XII .‐ Anexos – Demonstrações Financeiras 

 

   

P. 4 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

I. Introdução   O  presente  Relatório  de  Gestão  respeita  ao  exercício  económico  de  2011  e,  concretamente,  ao período compreendido entre 1 de Janeiro de 2011 e 31 de Dezembro de 2011 da Sociedade Serviços Portugueses de Handling, SA (SPdH).  De forma a fazer coincidir o calendário contabilístico e fiscal de todo Grupo TAP, a SPdH, em 2010, alterou as datas de  início e  fim do ano  fiscal,  (que anteriormente compreendia o período de 1 de novembro a 31 de outubro.     

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 5 /38 

II. Mensagem do Administrador-delegado   Em 2011, a SPdH desenvolveu a  sua atividade num  contexto nacional e  internacional nitidamente adverso,  caracterizado  pelos  fatores macroeconómicos  sobejamente  conhecidos.  A  crise  dos  dois últimos anos veio  revelar a exposição da  indústria do  transporte aéreo e atividades  relacionadas a uma multiplicidade de riscos, cada um deles passível de provocar graves prejuízos ao sector.  Ainda assim, ao  longo do ano, e de  forma muito particular no  segundo  semestre de 2011,  foram conseguidos avanços  significativos na  linha da  sustentabilidade da SPdH  ‐ Serviços Portugueses de Handling, SA, dos quais se realçam, pelo seu alcance estratégico:  1)  A  apresentação  das  propostas  para  os  Concursos  Internacionais  das  Escalas  de  Lisboa  e  Porto lançados pelo Instituto Nacional de Aviação Civil;  2)  O desenho do modelo de recapitalização da Empresa;   3)  O complexo processo de alienação da maioria do capital social da Empresa e que culminará com a venda à PASOGAL/ Grupo URBANOS em 2012;  4)   O Acordo de Princípio alcançado com os Sindicatos e que originou a alteração do clausulado do AE – Acordo da Empresa.  Ponderadas as questões de natureza estrutural e encontradas as respetivas soluções de estabilidade empresarial,  em  2011  a  gestão  da  Empresa  foi  desenvolvida  dentro  de  um modelo  baseado  nos melhores padrões de gestão, em que foi dada prioridade a um desempenho económico sustentável, baseado na eficiência operacional e no extremo  rigor  técnico,  apto a gerar  valor para as diversas partes  interessadas  e  adotando  as  melhores  práticas  ambientais,  a  par  de  uma  gestão  ética  e socialmente responsável.  Assim, o  compromisso  assumido  foi  o de  tornar  a  SPdH numa  empresa  sustentável  com base na geração  de  resultados  líquidos  positivos  e  crescentes,  proporcionando,  simultaneamente,  um elevado nível de satisfação aos clientes companhias e passageiros, suportada por trabalhadores com elevado profissionalismo, sentido de responsabilidade.  Foi desenvolvido um enorme esforço para reequilibrar as suas contas, e cujos resultados obtidos no exercício de 2011 refletem a sua capacidade de ajustamento e flexibilidade ao nível dos custos, face à quebra de atividade  registada pelas companhias clientes e pelo negócio da carga, devido a uma conjuntura  económica  difícil,  e  que  permitiu  à  SPdH manter  o  estatuto  de  principal  handler  do mercado nacional. 

P. 6 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

Os  valores  da  pontualidade  e  das  irregularidades  ao  nível  da  bagagem  processada  –  principais indicadores da qualidade de serviço prestada –, mantiveram‐se em excelentes níveis, fruto de uma reengenharia de processos e de uma avaliação contínua dos indicadores operacionais.  No  plano  interno,  a  SPdH  prosseguiu  a  política  de  desenvolvimento  e  valorização  dos  seus Colaboradores,  enquadrada  no  projeto  de  Certificação  Investors  in  People,  que  pretende  obter  o melhor  das  suas  Pessoas  através  de  uma  forte  aposta  na  formação,  comunicação  e  liderança. Também  a  nível  interno,  promovemos  a  higiene,  saúde  e  segurança  no  trabalho  através  do lançamento  de  campanhas  de  sensibilização  para  assegurar  que  são  proporcionadas  as melhores condições de saúde, segurança e bem‐estar dos trabalhadores, o principal ativo da Empresa.  Para  2012,  o  caminho  para  a  sustentabilidade  encontra‐se  já  projetado,  de  forma  a  superar  os enormes desafios que se apresentam no próximo ciclo, sempre em busca do equilíbrio e dos bons resultados em todos os quadrantes – económico ‐ financeiros, sociais e ambientais.    Carlos Nogueira  Administrador‐delegado    

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 7 /38 

III. Enquadramento macroeconómico internacional

  O  crescimento  da  economia  global  abrandou  durante  2011.  Depois  de  um  crescimento  de  3,5% durante o primeiro trimestre, a economia mundial atingiu apenas 2,9% nos restantes trimestres. Esta tendência refletiu os desastres no Japão e a fraca performance do comércio mundial, agravado pela divida  soberana na  zona Euro que geraram  incerteza nos mercados  financeiros e a diminuição da confiança dos consumidores.  Os  EUA  constituíram  exceção,  tendo  beneficiado  da  recuperação  no  emprego  e  correspondente impulso no consumo privado. A evolução recente dos  indicadores coincidentes de atividade sugere alguma  estabilização  económica.  Porém,  as  projeções  continuam  condicionadas  pela  elevada incerteza  relacionada  com  o  endividamento  excessivo  das  economias  desenvolvidas  e  com  a sustentação dos processos de crescimento nas economias emergentes e em desenvolvimento.   Na Área Euro, o clima de aversão ao risco predominou mas não de modo uniforme. A deterioração da  conjuntura  económica,  as  reduções  de  rating  de  dívida  soberana,  e  respetiva  repercussão  em emitentes  relacionados  como  os  bancos,  e  a  incerteza  quanto  ao  desfecho  da  reformulação  do quadro  institucional  europeu  suportaram  o  alargamento  dos  spreads  de  crédito,  acentuaram  a procura  por  aplicações  financeiras  em  países  classificados  com  melhor  qualidade  de  rating  e conduziram a uma depreciação do euro para níveis inferiores a 1,30 dólares.  Perante  a  progressão  do  ciclo  vicioso  entre  risco  soberano,  sistema  bancário  e  financiamento  da economia e a crescente disfuncionalidade do mercado interbancário europeu, o BCE reduziu as taxas de  juro  para  1%,  alargou  os  prazos  de  cedência  de  liquidez  ao  sistema  bancário  até  três  anos, diminuiu o rácio de reservas mínimas obrigatórias para metade, suavizou os critérios de aceitação de colateral,  retomou  o  programa  de  aquisição  de  obrigações  hipotecárias  e manteve  a  compra  de dívida pública em mercado secundário. Com este conjunto de medidas, que prevalecerá pelo menos nos primeiros meses de 2012, o risco de liquidez dos bancos europeus e a tensão sobre os mercados de dívida  soberana de  alguns  estados membros poderão diminuir. A  resolução da  crise da dívida soberana europeia depende da  recuperação da confiança dos  investidores na sustentabilidade das contas públicas.  Em termos médios anuais, a inflação na área do euro aumentou de 1,6 por cento em 2010 para 2,7 por cento em 2011.  

P. 8 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

IV. Enquadramento macroeconómico nacional

  A  contração  da  economia  portuguesa  em  2011  estima‐se  em  1,6%,  inferior  ao  inicialmente antecipado mas com uma dinâmica progressivamente negativa. Os desvios na execução orçamental e as  reclassificações  nas  administrações  públicas  exigiram  a  adoção  de medidas  excecionais  para  o cumprimento  das metas  orçamentais  estabelecidas  no  programa  de  ajustamento.  Entre  outras,  a transferência dos  fundos de pensões dos bancos para o estado  terá permitido alcançar um défice público bastante inferior ao exigido mas não resolveu o desequilíbrio estrutural subjacente.   Transitam para 2012  responsabilidades acrescidas que exigem grande disciplina na disposição dos fundos públicos e que penalizam a condição financeira das famílias e das empresas, prevendo‐se um agravamento  da  conjuntura  recessiva  por  retração  da  procura  interna.  A  incerteza  económica  e financeira tem prejudicado o desempenho do sistema bancário nacional  ‐ redução dos volumes de negócio,  deterioração  dos  indicadores  de  qualidade  do  crédito,  quebra  na  rendibilidade  ‐  e  tem dificultado  o  cumprimento  das  exigências  regulamentares  de  recapitalização  e  de  liquidez  dos bancos.   Destaca‐se  o  relevo  acrescido  na  captação  de  recursos  financeiros  estáveis,  a  par  de  uma maior seletividade nos processos de atribuição de crédito e  identificação de  segmentos de negócio mais competitivos, crucial para, em simultâneo, se conseguir cumprir com as metas de desalavancagem e suportar o crescimento da economia em contexto de forte restrição de financiamento.  De  acordo  com  informação  relativa  ao  comércio  internacional  de  mercadorias,  em  termos acumulados desde o  início do ano, as exportações e as  importações  totais aumentaram 16,1 e 2,7 por cento, respetivamente no período de  janeiro a novembro de 2011. Relativamente ao comércio internacional  de  serviços,  as  variações  acumuladas  de  9,4  e  5,6  por  cento,  respetivamente,  no período de janeiro a novembro de 2011.   Em termos médios anuais, a inflação em Portugal aumentou de 1,5 por cento em 2010 para 3,7 por cento em 2011.    

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 9 /38 

V. Enquadramento sectorial   A envolvente estratégica do negócio de handling a nível mundial está a enfrentar um conjunto de fatores  de  mudança;  Alianças  entre  Companhias  Aéreas  Desenvolvimento  de  Redes  Globais, Liberalização e Abertura de Mercados, Mudanças na Gestão Aeroportuária e o surgimento das Low‐Cost Carriers, todas com um grande impacto nos Ground Handlers.   O crescimento dos operadores  independentes a concentração por via de aquisições e abertura de mercados a concentração das companhias aéreas no core business e o crescimento dos operadores independentes  são  fatores  que  têm  contribuído  para  o  aumento  da  competitividade  no Groundhandling.  O  sector  do  transporte  aéreo  tem  apresentado  historicamente  elevadas  taxas  de  crescimento. O decréscimo  registado  após  o  11  de  Setembro;  terrorismo,  guerras,  revoluções,  pandemias, terramotos, vulcões, economias em decréscimo, subida do preço do petróleo dominaram os últimos 10 anos   Na última década assistiu‐se a  tudo exceto a crescimentos sustentáveis. Tem estado em modo de sobrevivência, a transformarem‐se, cortando custos, aumentando a produtividade e a eficiência no consumo de  combustível. “ Shrink  to  survive” é o mote que domina o  sector,  retirar do mercado capacidade e custos mais depressa do que a velocidade do decréscimo do tráfego é o grande desafio.  O mundo assistiu ao encerramento da Sabena  (2001), Swissair  (2002), Ansett  (2002), Varig  (2007), Aloha (2008) e Mexicana (2010).  O  ano de 2010  foi o melhor da década, 18 mil milhões USD de  lucro, mas  com uma margem de apenas 3,2%. Em 2011 continuamos a assistir a um serie de acontecimentos: aumento do preço do combustível,  instabilidade politica no Médio Oriente, desastres naturais  (Japão) e ainda uma nova erupção vulcânica. Como resultado, a IATA prevê que o  lucro de 2011 seja apenas de 4 mil milhões USD  e uma margem de  0,7%.  Este  tipo de  acontecimentos  já  vêm  sendo habituais, no  entanto  a indústria  tem  desenvolvido  uma  notável  flexibilidade  para  enfrentar  estes  fatores  exógenos  – resiliência é a palavra que mais a caracteriza.  Em 2011 o  tráfego global cresceu cerca de 2,3%, maioritariamente  suportado pelo Médio Oriente (+6,1%) e pela América Latina e Caraíbas (+5,9%).   A Carga Aérea apresentou um decréscimo de cerca de 4%. O cenário repetiu‐se em todas as zonas do globo. Na Ásia os  exportadores  globais  apresentaram um decréscimo  entre 8%  e 9,8% nos  fretes aéreos; os aeroportos dos Estados Unidos vocacionados para a carga aérea registaram decréscimos superiores a 5%; a Europa cerca de  ‐4,4%. Apesar do abrandamento global no  transporte de carga 

P. 10 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

aérea alguns blocos económicos em África, (Joanesburgo +8%) América Latina (Brasil: São Paulo‐ GRU +13,7, Campinas‐VCP +10,7) e Médio Oriente (+2,3%) foram menos afetados pelos riscos associados da dívida soberana de países em desenvolvimento.  Estima‐se  uma  recuperação  lenta  para  os  anos  futuros  decorrente  da  procura  dos  mercados emergentes, da expansão das Low‐Cost Carriers e da abertura de novas rotas. Prevê‐se  igualmente um crescimento de Handlers Independentes.  

 

   Criar  uma  indústria  sustentável  é  o maior  desafio  e  todos  os  intervenientes  na  cadeia  de  valor, aeroportos,  companhias  aéreas  e  handlers  partilham  juntos  a  responsabilidade  da  “customer experience”, devendo unir‐se  sobre uma  visão  comum para melhor  servir os  clientes  e  assumir  a responsabilidade de construir uma indústria global de sucesso.     

65% 55% 45%

35% 45% 55%

0%

100%

2007 2010 2015F

Aeroportos e Self‐Handling Handlers Independentes

Market Value

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 11 /38 

VI. Fatos relevantes de 2011   Ao longo do exercício de 2011 destacam‐se os seguintes fatos relevantes:  1) Em dezembro de 2011 a TAP e a Urbanos anunciam o acordo de princípio para a aquisição, por parte deste Grupo de 50,1% das ações  representativas do capital  social da SPdH, na  sequência da imposição da Autoridade da Concorrência tendo por base a legislação nacional e comunitária;  2) Em  dezembro  de  2011,  na  sequência  do  concurso  internacional  aberto  pelo  INAC  ‐  Instituto Nacional de Aviação Civil, procedeu‐se á entrega das propostas relativas à atribuição da  licença de prestação de serviços de Assistência em Escala a Terceiros para as categorias 3, 4 e 5, nos aeroportos de Lisboa e Porto, pelo prazo de sete (7) anos;  3) Por  força do processo de  venda de participação  social qualificada e do Concurso  Internacional aberto  pelo  INAC,  como  descrito  nas  alíneas  a)  e  b)  anteriores,  foi  desenvolvido  o  modelo  de recapitalização  da  SPdH  que  assenta,  fundamentalmente,  na  conversão  dos  empréstimos concedidos, pelo Grupo TAP, em prestações acessórias de capital;  4) No  sentido de assegurar a  sustentabilidade da SPdH procedeu‐se á  renegociação do Acordo de Empresa (AE) com os Sindicatos, tendo‐se alcançado um acordo de princípio, em 20 de dezembro de 2011 e outorgado em 20 de janeiro de 2012. 

   

P. 12 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

VII. A Atividade da Empresa   

Operações  O  ano  de  2011  caracterizou‐se  pela  implementação  de  um  conjunto  de  reestruturações  aos processos operacionais. Desta  forma,  foi  implementado um  rigoroso plano de  controlo de  custos, assim como a correta e eficaz gestão dos meios. Estas reestruturações  foram  feitas em conjunto e com  o  excelente  contributo  de  todos  os  colaboradores  que  muito  têm  contribuído  para  uma reconhecida melhoria operacional, cujo crescimento gradual permite o desenvolvimento sustentado da empresa, mantendo consistentemente a performance no que se refere à Qualidade de Serviço.   Outro fator que muito tem contribuído para a manutenção da Qualidade do Serviço prende‐se com a forma atempada e rigorosa como planeamos e preparamos a nossa atividade operacional. Exemplo desta realidade é o do projeto Verão Azul.   O projeto Verão Azul, sendo hoje considerado por todos um caso de sucesso, teve a sua origem no ano de 2010  com o objetivo de preparar  toda a operação para o  verão desse mesmo ano. Neste projeto,  para  além  de  se  terem  tido  em  consideração  as  questões  relacionadas  com  a  gestão  e planeamento dos meios humanos e materiais necessários, foi dado especial enfase à antecipação das possíveis  irregularidades. Desta  forma  foram  feitas sessões de sensibilização e de envolvimento de todos os colaboradores na preparação do verão,  identificando oportunidades de melhoria e planos de ação para a prevenção de irregularidades. A experiência obtida e os bons resultados atingidos em 2010,  transitaram  naturalmente  para  2011,  proporcionando  assim  as  melhores  condições  à prestação de um excelente serviço aos nossos clientes.   A pontualidade Groundforce é uma prova cabal da eficiência da cadeia de funcionamento de toda a operação, desde o  check‐in  até  à partida do  avião, passando pela  chegada dos  autocarros  e pelo carregamento das bagagens.   A SPdH está fortemente comprometida com o objetivo de manter a consistência e regularidade da performance  das  operações,  procurando,  por  isso,  a melhoria  contínua  dos  processos.  Com  esta orientação,  continuar‐se‐á  o  esforço  que  tem  vindo  a  ser  efetuado,  com  determinação  e  novas metodologias  de  trabalho,  de  forma  a  responder  mais  e  sobretudo  melhor  às  exigências  e expetativas dos clientes.    

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 13 /38 

Atividade Comercial  Em 2011, no âmbito do desenvolvimento da atividade da área de Vendas, foram renovados vinte e três contratos e conquistados sete novos clientes, através de uma atitude comercial clara e ajustada que nos diferencia e que motiva a preferência por parte dos Clientes.  No processo de Vendas  ‐  conceção e desenvolvimento,  são estabelecidos os  interfaces  técnicos e organizacionais  inerentes à atividade comercial, e no qual se procede à avaliação e à adequação de recursos para a prestação do serviço, de acordo com os níveis acordados no Service Level Agreement.   A nossa atividade é exercida num mercado cada vez mais competitivo e exigente, pelo que se torna de  extrema  importância  conhecer  em  detalhe  os  requisitos  dos  clientes,  estabelecendo  com  eles uma relação de confiança de forma a criar ganhos sustentados e vantagens mútuas para as partes.  É também da competência da Área Comercial mediar as necessidades das companhias e a resposta das áreas operacionais, bem como remeter os inquéritos de satisfação periódicos, assegurando a sua resposta e monitorizando os resultados obtidos.  Adicionalmente, a gestão cuidada e atenta de todos os serviços complementares à atividade central, muitas vezes concebidos à medida dos requisitos específicos de cada Cliente, contribuem para a sua satisfação. Serviços já consolidados como o Blue Lounge, a Groundcare, a Entrega de Bagagem e as Assistências Personalizadas, permitem proporcionar uma oferta integrada e cada vez mais completa junto dos nossos Clientes, aliando também o potencial de angariação de novos Clientes e Parceiros.   Para além dos sete novos clientes novos a carteira manteve‐se  inalterada. A quota de mercado da SPdH apresenta os seguintes perfis, globalmente e por escala.   

 

 

71% 68% 62%

29% 32% 38%

0%

50%

100%

2009 2010 2011

Global (Movimentos)

83% 82% 81%

17% 18% 19%

0%

50%

100%

2009 2010 2011

Lisboa  (Movimentos)

Groundforce                                         Portway e Self Handling

P. 14 /38 

 Verifica‐segment Na  vertFaturaçãorienta eClientes,num efe No conteadicionahandlingcumprin O gráficode euros 

 

0%

50%

100%

‐se uma perdto que tem s

ente  do  incão com o inteste program, incluindo seetivo trabalho

exto atual, aais  ao  preçog e  represendo estritame

o abaixo reps). 

64%

36%

2009

Porto

1.24610

SPd

da de quota sido absorvid

cremento  datuito de otimma é, com eempre que po de parceria

as companhio  da  tarifa  bntante das coente com as 

presenta a di

 

56%

44%

2010

(Movimento

0.891 2.262

dH, S.A. ‐ Rela

de mercadodo pela conco

a  receita,  dmizar esta árefeito, potenpossível, proda.  

as aéreas enbase,  de  forompanhias, práticas de t

stribuição d

53%

47%

2011

os)

91.981

2

Breakd

tório de Gestã

o, decorrentorrência. 

deu‐se  contiea nas suas ciar a faturadutos especí

ncontram‐serma  a  aumeassume‐se ctolerância ze

a receita de 

0%

50%

100%

1

down Receita

ão 2011

e do crescim

nuidade  aovárias modaação, aliandoíficos que po

 cada vez mentar  as  reccomo o prinero dos Clien

acordo com

79%

21%

2009

Madei

a (000€)

mento do me

  Programa alidades. O po mais‐valiasossam acresc

ais focadas eitas.  A  SPdcipal dinamintes. 

m os serviços 

77%

23%

2010

ira (Movime

Han

Han

Carg

Outr

 

ercado das L

de  Maximizprincipal objes para as comcer valor à su

na cobrançadH,  como  agizador desta

prestados, (

76%

24%

2011

entos)

dling Taxa Ba

dling Extras

ga

ra Receita

Low‐cost, 

zação  da etivo que mpanhias ua oferta, 

a de itens gente  de a política, 

(milhares 

 

ase

Recurs Em Dezerepartidgráfico s

 Conformuma ant Quanto 1.090 co 

 Head Co

Média et

Antiguid

Faixa Etá

< 30 ano

30 a 40 a

41 a 50 a

> 50 ano

Total 

Dados re    

sos Huma

embro de 20os entre emseguinte. 

me ilustra a ttiguidade mé

ao fator idadolaboradores

ount (Dez. 20

tária (anos) 

dade média (

ária 

os 

anos 

anos 

os 

elativos ao q

nos 

011 existiam mpresas de  t

tabela  infra, édia de 14,6 

de, concluiu‐s. 

011) 

anos) 

uadro da SP

 

FT

SPdH, S.

2.367 FTE’s,rabalho  tem

a média etáanos. 

‐se que a fai

Sede 

69 

41,5 

15,2 

32 

27 

69 

dH  

46

TE's GF F

.A. ‐ Relatório

, sendo 1903mporário e p

ária dos recu

xa etária do

Lisboa

1.249 

38,6 

13,5 

95 

726 

327 

101 

1.249

64

FTE's Trab Te

o de Gestão 20

3 FTE’s colabrestadores d

ursos human

minante é a 

Porto

388

39,7

15,5

19

210

128

31

388

1.903

mporário E O

011

boradores dade  serviço co

os situava‐se

dos 30‐40 a

o  Mad

23

41

17

4

12

70

43

23

Outros

a SPdH e os ronforme evi

e em 39,3 a

anos com um

eira  T

39  1

,3  3

,4  1

4  1

22  1

0  5

3  1

39  1

P. 15 /38 

restantes idencia o 

 

nos, com 

m total de 

Total 

.945 

39,3 

14,6 

120 

.090 

552 

183 

.945 

P. 16 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

De acordo com a tabela seguinte, a maioria dos colaboradores da SPdH são Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados (1.043), seguida dos Quadros Médios (416) e Profissionais Semi Qualificados (409).  No  que  concerne  ao  género,  os  colaboradores  da  Groundforce  são  maioritariamente  do  sexo masculino – 1.352 homens, valor que compara com 593 mulheres, em termos globais.   

 Total Colab. 

Sexo Masc. 

Sexo Femin. 

< 30 Anos 

30‐40 Anos 

41‐50 Anos 

> 50 Anos

Órgãos Sociais  4  3  1  4 

Dirigentes  3  2  1  3   

Profissionais Altamente Qualif.  e Qualificados 

1.043  720  323  22  677  290  54 

Profissionais Não Qualificados 

6  2  4    

2  4 

Profissionais Semi Qualificados 

409  358  51  96  270  36  7 

Quadros Intermédios 

9  7  2  

1  1  7 

Quadros Médios  416  239  177  1  112  202  101 

Quadros Superiores  55  21  34  1  30  18  6 

Total  1.945  1.352  593  120  1.090  552  183 

Dados relativos ao quadro da SPdH   No que diz respeito ao tipo de vínculo  laboral, pela  leitura da tabela  infra verifica‐se que a maioria dos colaboradores da SPdH tem um contrato permanente a tempo inteiro.  Quanto à sua distribuição geográfica, é a escala de Lisboa que ocupa a posição cimeira com 1.249 colaboradores,  seguida  das  escalas  do  Porto  e  da  Madeira  com  388  e  239  colaboradores, respetivamente.    

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 17 /38 

Indicadores  Out‐10 Saídas  

Nov10 a Dez11Entradas 

Nov10 a Dez11Dez11 

%  2011/2010 

Colaboradores   

Total  2.356  475  64  1.945  ‐21% 

Contrato Permanente   

Tempo Inteiro  2.111  1.830  ‐15,36% 

Tempo parcial  120  80  ‐50% 

Contrato a Termo   

Tempo Inteiro  102  ‐240%  ‐240% 

Tempo parcial  23  ‐360%  ‐360% 

Distribuição por Escala           

Corporate  73  69  ‐5,80% 

Lisboa  1.311  1.249  ‐4,96% 

Porto  390  388  ‐0,52% 

Madeira  252  239  ‐5,44% 

Dados relativos ao quadro da SPdH   Relativamente ao absentismo, registaram‐se em 2011, 40.931 dias de absentismo, o que equivale a 20,7 dias de absentismo por colaborador.   Formação Em  2011,  foram  desenvolvidas  1.519  ações  de  formação  que  compara  com  as  1.205  ações  de formação que estavam programadas.  Foram atingidos 6,06 dias de  formação por  colaborador, que  compara  com 6,78 dias previstos de formação.  Um dos  vetores  estratégicos do Plano Anual de  Formação de 2011  foi  a  formação  em  Liderança, tendo sido formados 92 Líderes de todas as escalas da SPdH.  Esta formação pretende estimular uma Liderança efetiva assumindo‐se como fundamental para que os  Líderes da Groundforce estejam  totalmente  comprometidos  com o processo de Mudança, que sejam reconhecidos dentro da Empresa e que sejam capazes de  impulsionar o esforço da Mudança Organizacional.  O  Plano  Anual  de  Formação  de  2011  teve,  ainda,  como  vetor  de  desenvolvimento  estratégico  a formação de Serviço ao Cliente, tendo sido  implementadas 14 ações de formação, com um total de 147 formandos. 

P. 18 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

 A  formação  de  Serviço  ao  Cliente  tem  como  objetivo  o  desenvolvimento  de  comportamentos operacionais, capazes de potenciar a ação profissional dos colaboradores e a qualidade do serviço prestado  aos  Clientes,  bem  como  sensibilizar  e  orientar  todos  os  colaboradores  que  estão  em contacto com o Cliente final, no sentido da melhoria contínua e da inovação permanente.   Pacote SGI – Sistema de Gestão Integrado de Qualidade Em 2011, foi concebido o Pacote Formativo SGI (Sistema de Gestão Integrado de Qualidade), tendo sido implementado com o objetivo geral de diminuir a sinistralidade laboral através da dinamização de ações preventivas aplicáveis às atividades exercidas na SPdH, de sensibilizar os trabalhadores para a  importância  da  gestão  ambiental  e  informar  sobre  a  aplicação  dos  requisitos  normativos,  bem como sensibilizar os trabalhadores sobre a temática da Responsabilidade Social.  O Pacote Formativo permitiu: 

1) Sensibilizar  os  colaboradores  para  a  importância  de  comportamentos  ergonómicos preventivos no exercício de funções; 

2)  Conhecer a forma de aplicação dos principais requisitos da norma EN ISO 14001; 3) Identificar e controlar operacionalmente; 4) Conhecer a forma de aplicação dos principais requisitos da norma SA 8000. 

Foram  desenvolvidas  119  ações  de  formação  em  toda  a  Empresa,  tendo  sido  abrangidos  1.337 colaboradores. Cada ação teve a duração de um dia.  A Certificação Investors in People ‐ IIP O desenvolvimento dos recursos humanos é um fator crítico de sucesso para as empresas que pretendem melhorar o seu desempenho.   É neste contexto que em 1990, no Reino Unido surge o Investors in People Standard,no âmbito de uma iniciativa chamada National Training Task Force, a qual reuniu empresas e organizações de topo, com o objectivo de criar uma ferramenta para ajudar as organizações a melhorar a  performance por meio dos seus recursos humanos.   Em 1993,  foi  criada a organização  Investors  in People UK, que promove o uso da  ferramenta e é responsável pelas revisões feitas a cada três anos, para assegurar a sua actualidade e relevância.  A    Investors  in  People  fornece  uma  metodologia  de  planeamento  e  gestão  para  melhorar  os resultados das organizações a partir da formação e do desenvolvimento dos seus recursos humanos, relacionando‐os com as estratégias e objectivos da empresa.   Assenta em 3 etapas  chave  (Planear;Fazer e Rever) e 10  indicadores que orientam o  trabalho em cada uma das etapas. Para cada  indicador existem requisitos específicos de evidência, num total de 39. 

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 19 /38 

  A SPdH tem vindo a desenvolver um conjunto de boas práticas de gestão de recursos humanos face ao referencial IIP. Em 2011, a SPdH conquistou mais 13 requisitos, sendo atualmente detentora de 24 requisitos de um total de 39, o que representa uma evolução muito acentuada face aos resultados das três auditorias anteriores, conforme evidenciado pela tabela seguinte.   

 

Total de requisitos obtidos em 2008  0 

Total de requisitos obtidos em 2009  8 

Total de requisitos obtidos em 2010  11 

Total de requisitos obtidos em 2011  24 

  

Destacam‐se Melhorias Significativas nas seguintes áreas: 

  Comunicação – as mensagens relevantes acerca do negócio são divulgadas de modo eficaz a todos os colaboradores. As auditoras constataram que as Pessoas conhecem melhor a realidade atual da empresa,  nomeadamente,  os  objetivos  e  indicadores  dos  processos‐chave  da  Groundforce,  o desempenho da empresa, entre outros.   Formação – a formação é gerida e planeada de forma rigorosa. A SPdH tem um Plano de Formação assente num diagnóstico individual de necessidades de formação e que responde aos objetivos do negócio,  e  cuja  taxa  de  cumprimento  é  periodicamente  medida  e  divulgada.  As  auditoras 

P. 20 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

verificaram que a maioria das Pessoas  sente que possui  toda a  formação necessária para o bom desempenho da função.    Avaliação do Desempenho – destacou‐se ainda a melhoria registada no processo de avaliação do desempenho, tendo a mesma sido assegurada para a totalidade dos colaboradores da empresa, de acordo com a metodologia previamente estabelecida.   Liderança – a empresa  implementou um conjunto de ações de desenvolvimento dos seus Líderes, nomeadamente a Avaliação 360º, que contribuíram para que os Líderes saibam o que a empresa espera deles em  termos de competências de Liderança e  respetivos comportamentos, e quais os aspetos a melhorar. 

  Certificações – o bom desempenho da Groundforce  reflete‐se num  conjunto de  certificações de que  a  empresa  é detentora, nomeadamente, 3*  EFQM,  ISO 9001:2000  ‐Qualidade,  ISO  14001  – Ambiente, OHSAS 18001 – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Cargo 2000 e ISAGO. 

   

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 21 /38 

Serviço ao Cliente  A nossa ambição é compreender melhor as necessidades dos nossos Clientes, Companhias Aéreas e Passageiros seus Clientes, recolhendo e providenciando informação precisa para suporte à organização no processo de melhoria contínua.   Consideramos a melhoria e a consistência da Qualidade do Serviço da SPdH, com enfoque no Serviço ao Passageiro, vitais para o permanente alinhamento com o posicionamento estratégico da SPdH no mercado, de prestador de  serviços de elevada qualidade, bem  como para melhorar  a  imagem da organização  junto dos Clientes Companhias e Passageiros, e, de um modo geral, de todas as partes interessadas.  Considera‐se  que  a monitorização  sistematizada  permite  uma melhor  avaliação  do desempenho operacional e a  identificação dos aspetos do  serviço que necessitam de  intervenção, para  assegurar  a  qualidade  de  serviço  desejada.  Para  se  alcançar  esse  objetivo,  procedeu‐se  à integração  do  serviço  de  monitorização  no  “Service  Quality  Control”,  ganhando‐se  sinergias  e possibilitando  maior  rapidez  de  intervenção  na  correção  de  desvios  registados  no  âmbito  das observações  no  terreno  à  conformidade  do  serviço  entregue,  bem  como  desenvolver  ações preventivas.  A avaliação da perceção do Cliente foi realizada numa base periódica, tendo em conta a importância que as Companhias Clientes e Clientes Passageiros atribuem a cada elemento de avaliação de forma a potenciar o estabelecimento de prioridades. Foi ainda  implementada a realização semestral do  inquérito “C2K –GHA scorecard” no âmbito do negócio de Carga, direcionado às companhias membros do Cargo 2000.  Processos de avaliação da Satisfação das Companhias Clientes e dos Clientes Passageiros  

Indicador  2010 2011 

Índice de Satisfação Global Cias Clientes  81% 83% 

Índice de Satisfação Global Clientes Passageiros 84% 88% 

 Elogios de Clientes 

O  tratamento  de  Elogios  de  Clientes  constituiu mais  um  indicador  na  avaliação  da  Satisfação  de Clientes, que manifestaram a sua perceção ou experiência positiva vivenciada relativa aos serviços da Groundforce, quer no respeitante à qualidade geral do serviço, quer ao atendimento.  Por outro lado, o reconhecimento pelos Clientes de prestação do serviço acima do normal expectável é um fator de motivação para os colaboradores, sendo particularmente relevante no caso do Cliente Passageiro a quem  temos por Missão: Prestar um Serviço de Excelência numa  lógica Business  to Business to Consumer.  

Indicador  2010 2011

Elogios Recebidos  173  185  141 

P. 22 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

Qualidade  A SPdH encara a qualidade como um dos  fatores estratégicos do desenvolvimento da organização, considerando o cliente externo e  interno o ponto de convergência de todos os seus esforços. Com este  compromisso,  seguimos  e  defendemos  uma  Política  de  Gestão  Integrada  da  Qualidade cumprindo, fazendo cumprir e dinamizando o Sistema de Gestão Integrada, nas vertentes Qualidade, Safety  e  Security,  Saúde  e  Segurança  no  Trabalho  e  potenciando  os  comportamentos  éticos  e  a responsabilidade social no seio da organização.  Enquadradas nesta Política de Gestão  Integrada da Qualidade, as Certificações  ISO 9001:2008,  ISO 14001:2004, OHSAS 18001:2007, ISAGO/IATA, e Cargo 2000 (C2K), entretanto obtidas, continuaram na senda da melhoria continua.  Em relação ao Modelo de Excelência EFQM a Groundforce obteve através de uma avaliação levada a cabo  pela  Associação  Portuguesa  para  a  Qualidade  o  reconhecimento,  em  Março  de  2011,  de empresa “Recognised for excellence – 3 stars”.   A  obtenção  do  prémio Modelo  de  Excelência  EFQM  vem  possibilitar  à  Groundforce  solidificar  e integrar de uma  forma coerente  todas as certificações obtidas e em vias de serem obtidas, que, a médio  prazo,  irão  seguramente  permitir  alcançar  todas  as  boas  práticas  que  nos  assegurarão  a excelência da organização.  A SPdH orgulha‐se ainda de fazer parte do primeiro grupo de handlers europeus a receber em todas as Escalas onde opera, a certificação de grande  referência no  sector  ISAGO  IATA, e que garante o cumprimento todos os requisitos de safety e security.  Complementarmente, a SPdH, convicta de que a dimensão do sucesso das empresas é um conceito cada  vez  mais  assente  nos  interesses  das  várias  partes  interessadas,  iniciou  o  processo  de certificação em Responsabilidade Social ‐ SA 8000. Com a integração da Responsabilidade Social nas suas Práticas de Gestão, a SPdH estabelece desta forma o equilíbrio entre desempenho económico, ambiental  e  social.  Através  deste  conjunto  de  certificações,  a  empresa  pretende  dotar‐se  das melhores  práticas  e  procedimentos  já  testadas  e  reconhecidas  pelo  mercado,  não  só  como elementos  diferenciadores  da  organização,  mas  também  como  importantes  aliados  no aperfeiçoamento organizacional rumo à Excelência e ao Desenvolvimento Sustentando.    

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 23 /38 

Segurança e Inspeção  As matérias  de  Security  e  de  Safety  são  encaradas  pela  SPdH  como  uma mais‐valia  para  toda  a Organização e não  como meras obrigações de natureza  legal ou  regulamentar. A adoção de boas práticas  nestas  áreas  resultou  inequivocamente  em  enormes  vantagens  para  todos  os  nossos Colaboradores, Parceiros, Clientes e Acionistas. Esta realidade conta atualmente com a cobertura de todas as Escalas onde a SPdH opera, através dos seus Delegados de Segurança Local, que atuam e exercem a sua função na dependência funcional da Direcção de Segurança e Inspeção. A atuação da Direcção de Segurança e  Inspeção é assim  transversal a  toda a Organização, constituindo‐se como fundamental para a integridade de toda a estrutura organizacional e operacional.  Ora, perante as ameaças reais, passadas, e futuras, que recaem sobre esta  indústria, a SPdH é mais um elo na cadeia que se pretende construir na defesa do bem comum, não podendo descurar as suas responsabilidades  no  cumprimento  dos  mais  elevados  padrões  na  aplicação  das  medidas  de segurança em vigor na Aviação Civil.   Os  Incidentes/Acidentes,  envolvendo  aeronaves,  registam  pelo  terceiro  ano  consecutivo  uma redução. Face a 2010 ocorreu um decréscimo de 11,5%, passando de 26 para 23.  Os  Incidentes/Acidentes,  envolvendo material  circulante  registam  um  decréscimo  de  47,0%  e  de material  circulante  “versus”  infraestrutura  uma  redução  de  66,0%,  face  ao  período  homólogo  de 2010.   Os  valores  alcançados  significam uma  acentuada  redução nos  custos  inerentes  às  reparações dos equipamentos, bem como consequente diminuição de imobilização dos mesmos.  Para estes resultados muito contribuiu a averiguação sistemática de  todos os Acidentes/Incidentes ocorridos  e  subsequente  análise  de  causas  que  originaram  a  correção  de  procedimentos  ou comportamentos.   Igualmente  e  em  colaboração  com  as  diversas  áreas  (Placa  e  Terminais),  foram  desenvolvidas campanhas de sensibilização de safety, tendentes a prevenir futuros Acidentes/Incidentes. As Averiguações, envolvendo reclamações por furto de bagagens, registam uma redução de 35,0%, face ao período homólogo de 2010.   Em  2011,  a  SPdH  obteve  a  Certificação  PSAR  –  PROGRAMA  DE  SEGURANÇA  DE  AGENTE RECONHECIDO, para a Escala de Lisboa, Porto e Funchal, válida por cinco anos. Esta certificação é reconhecida pela ANSAC  ‐ Autoridade Nacional de Segurança da Aviação Civil, Comissão Europeia, Organização de Aviação Civil Internacional e Conferência Europeia da Aviação Civil.  O processo de Certificação de Agente Reconhecido  tem como objetivo principal assegurar que um agente,  transitário  ou  outra  entidade  que  tenha  relações  comerciais  com  um  operador  aéreo, 

P. 24 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

garanta, ou execute, controlos de segurança à carga, ao correio e a encomendas expresso, exigidos pela ANSAC.  Em  2011  a  SPdH  obteve  a  Aprovação  pelo  INAC  do  Módulo  de  Refrescamento  da  Ação  de Sensibilização de Segurança da Aviação Civil – ASSAC. Esta aprovação, permitirá que a partir de Junho de 2012,  todos os  refrescamentos  tenham  somente a duração de 01h30,  contra as 04h30, atuais. Trata‐se de um ganho significativo para a Operação da Groundforce, em virtude de se tratar de um curso que abrange 90% dos seus colaboradores, é de carácter obrigatório para todos os que operam nas  denominadas  Zonas Restritas/Criticas  de  Segurança  e  é  revalidado  de  três  em  três  anos,  nos termos  da  Legislação  Nacional  e  Comunitária.  A  presente  aprovação  garante  igualmente  à Groundforce,  poder  continuar  a  ministrar  esta  formação  a  outros  operadores,  constituindo‐se, igualmente, como uma fonte de receita.    

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 25 /38 

Tecnologias de Informação  A  Área  de  Tecnologias  de  Informação  é  responsável  pelo  bom  funcionamento  dos  sistemas informáticos  existentes,  mantendo  e  gerindo‐os,  apresentando  soluções  para  a  melhoria  dos mesmos, para que os requisitos dos clientes sejam cumpridos.  A  adequada  determinação  das  necessidades  associadas  com  os  requisitos  do  serviço,  o  nosso posicionamento num mercado cada vez mais competitivo e em permanente mudança, obrigam‐nos ao  desenvolvimento  de  novas  soluções  informáticas  que  possam  dar  uma  resposta  pronta  e  de efetivo valor acrescentado reconhecida pelos nossos clientes e parceiros de negócio.   A  implementação dos sistemas GROUNDSTAR e HERMES V4 demonstram um salto  tecnológico em termos de sistemas de informação surgindo também associado o conceito de reengenharia, tendo as tecnologias de Informação um papel fundamental no quotidiano operacional da SPdH.  Neste  sentido,  a  atuação  da  SPdH  está  orientada  para  a  consolidação  e  implementação  de  três grandes projetos na infraestrutura da Empresa, a saber: o sistema Groundstar, o sistema Hermes e o sistema de DCS‐CIAS.  

Sistema Groundstar  Sistema Hermes  Sistema de DCS 

‐ Gestão eficaz dos recursos humanos nas áreas de Passageiros e Placa 

‐ Disponibilização de novas funcionalidades para gestão do processo operacional da carga. 

‐ Melhoria do processo operacional nomeadamente na aceitação dos passageiros e load 

control. 

 A gestão da carteira tecnológica inclui ainda projetos para redução de custos: Redução de custos com telemóveis; Renegociação dos preços de todos os sistemas de informação inclusive com a Megasis; Descontinuidade de sistemas antigos (Fisos, Apra, Faturação Handling, SIM HD e SIGET); Redução do parque de Multifuncionais nas Unidades de Negócio.  Implementação de Sistemas A  importância  dos  sistemas  de  informação  é  cada  vez  maior,  permitindo  fortes  vantagens competitivas para a tomada de decisão, aos vários níveis da gestão.  » Sistema Groundstar Continuação  da  implementação  do  Projecto  Groundstar  ‐  crucial  e  estratégico  para  a  empresa. Durante 2011 a SPdH consolidou os módulos atualmente em funcionamento (Roster; Planning; RTC‐Ramp Agent; RTC‐Passengers; RTC‐Baggage Terminal arrival; RTC‐Ramp teams; RTC‐Bus) e procedeu à implementação do módulo de RTC‐Push back.  

P. 26 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

» Sistema Hermes Foi  implementado em  todas as escalas da SPdH o upgrade para a Versão 4 do Hermes permitindo desta  forma  disponibilizar  mais  funcionalidades  que  permitiram  melhorar  significativamente  os processos operacionais da Carga.   » Departure Control Systems ‐ Companhias Na  sequência  da  descontinuidade  do  atual DCS  a  SPdH  decidiu  consultar  o mercado  de  forma  a implementar um novo sistema de controlo de partidas adaptado ás exigências dos seus clientes.  

Principais Áreas de Intervenção O aproveitamento das  sinergias existentes no Grupo TAP  revelou‐se  crucial para a  consolidação e fortalecimento dos sistemas da SPdH. Para o efeito, foi elaborado um projeto de reestruturação ao nível operacional e de suporte, com vista à otimização dos recursos tecnológicos do Grupo TAP, em detrimento do recurso a fornecedores de tecnologias de informação e comunicações externos.   

Projetos para Redução de Custos  

1) Custos com telemóveis e controlo de equipamentos móveis 2) Preços de todos os sistemas de informação incluindo a Megasis 3) Custos com o Sistema Hermes 4) Plano de Cutover de sistemas antigos (Fisos, Apra, Faturação Handling, SIM HD e SIGET) 5) Redimensionamento do parque de Multifuncionais nas Unidades de Negócio 

   

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 27 /38 

VIII. Desempenho Operacional   Em 2011, a SPdH assistiu 81.944 movimentos, 14,4 milhões de passageiros e 107 mil toneladas de carga. Relativamente  ao  ano  anterior  (sem  Faro  e  apenas  com  12  meses)  a  operação  (Movimentos  e Passageiros) não apresentou variação digna de registo.  

   A atividade de Carga apresentou um decréscimo de 4,2%. O volume de negócios de 10.891 milhares de euros, ficou aquém do valor registado no ano anterior, ‐11,6%. A TAP apresentou um decréscimo de 3% e os restantes clientes 9,1% no que concerne a toneladas assistidas.  

  

88.08899.559

81.972 81.944

2009 2010 2010 (12 meses s/Faro)

2011

Movimentos

15,3

17,8

14,3 14,4

2009 2010 2010 (12 meses s/Faro)

2011

Passageiros (Milhões)

96.391

121.435111.650 107.122

2009 2010 2010 (12 meses s/Faro)

2011

Carga (Toneladas)

11.551

14.467

12.26410.891

2009 2010 2010 (12 meses s/Faro)

2011

Volume de Negócios Carga (€000)

P. 28 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

Em termos de indicadores de qualidade de serviço, a SPdH têm vindo a melhorar consideravelmente a sua performance operacional, quer no que diz  respeito ao número de bagagens Left Behind que decresceu de 23 em 2010, para 19 em 2011, quer nos tempos de entrega de bagagem, registando‐se um valor médio de 18 minutos na entrega da primeira bagagem.  

Número de bagagens left behind/1000 Passageiros 

     

Tempos de Entrega de Bagagem: Minutos  

  A pontualidade é um dos  indicadores de performance mais  importantes na  indústria do Transporte Aéreo. Para além de  servir como grande ponto de diferenciação perante os clientes, a boa gestão deste indicador permite evitar grandes perdas e custos.   Através de uma grande focalização na qualidade de serviço e na capacidade de planear e organizar a execução de tarefas, de acordo com o tempo, os procedimentos estabelecidos e meios disponíveis, a SPdH tem contribuído de forma positiva para os bons resultados deste indicador. 

2523

21

2009 2010 2011

Left Behind (Lisboa TAP)

2119 18

27 26 25

2009 2010 2011

1ª bagagem Última Bagagem

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 29 /38 

O  índice  de  pontualidade  da  Groundforce  (corresponde  à  percentagem  de  minutos  da responsabilidade da Groundforce do total de minutos de atrasos) observou uma ligeira melhoria (de 98,8%, em 2010, para 99,3% em 2011).  

 Verificou‐se um aumento dos  índices de produtividade em  todas as áreas,  revelando desta  forma uma melhoria da eficiência operacional. A redução de horas extraordinárias, a redução ou eliminação de tarefas marginais, através da análise processual, a melhor alocação de recursos e os processos de certificação foram os grandes potenciadores deste indicador.   

 Nota: Movimentos Ponderados são movimentos equiparados a A320 TAP com 162 lugares  A  produtividade na  área de passageiros  evidencia  consistência, não obstante  a  ligeira quebra  em 2010.  

99,1%

98,8%

99,3%

98,0%

98,4%

98,8%

99,2%

99,6%

2009 2010 2011

Pontualidade Groundforce

0,20

0,16

0,20

2009 2010 2011

Produtividade Placa:Mvts Ponderados/FTE

P. 30 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

 A  produtividade  de  Carga  regista  um  crescimento  devido  à  diminuição  dos  FTE’s  por redimensionamento do quadro.  

          

   

73,16

70,58

72,86

65,00

70,00

75,00

2009 2010 2011

Produtividade Passageiros: Número de Passageiros/FTE 

0,951,09

1,17

2009 2010 2011

Produtividade de Carga: Toneladas / FTE  

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 31 /38 

IX. Desempenho económico-financeiro  

 

Análise de Rentabilidade  Como nota prévia  importa referir que o exercício de 2010  inclui a Escala de Faro e compreende 14 meses de atividade.  No  sentido de assegurar a  comparabilidade dos principais  indicadores de desempenho económico procedeu‐se à preparação de indicadores homogéneos.  O  exercício  de  2011,  não  obstante  o  sinal  negativo  dos  principais  indicadores  de  rentabilidade, apresentou  uma  considerável melhoria  face  ao  exercício  de  2010,  como  se  pode  comparar  pela leitura direta do quadro abaixo:  

EUR '000 2009 2010 2010 (12meses s/Faro) 2011 % Cresc 11/10

EBITDA ‐21.816 ‐36.320 ‐8.375 ‐6.499 ‐22,40%

Margem EBITDA ‐18,9% ‐27,5% ‐7,7% ‐6,0%

Resultado Operacional ‐28.603 ‐41.860 ‐15.918 ‐8.589 ‐46,04%

Margem Operacional ‐24,8% ‐31,7% ‐14,6% ‐7,9%

Resultado Antes  de Impostos ‐28.193 ‐43.520 ‐15.212 ‐11.059 ‐27,30%

Resultado Líquido ‐28.223 ‐43.556 ‐15.250 ‐11.124 ‐27,06%

 

Serviços Prestados Os  Serviços  Prestados  no  exercício  registaram  um  ligeiro  crescimento  de  0,9%  considerando  a informação  homogénea  relativa  ao  exercício  de  2010.  Tal  comportamento  é  justificado  pela faturação do sistema CUTE/MUSE e pelo aumento da atividade da TAP.  

      

111.632127.928

105.383 106.381

2009 2010 2010 (12meses s/Faro)

2011

Serviços Prestados (€000)

P. 32 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

Custos de Exploração  Em 2011, os custos de exploração registaram um decréscimo de 4,3% (‐ 5,2M Euros) em relação ao exercício de 2010 (informação homogénea) fortemente influenciada pela redução de gastos com o pessoal. 

  A  diminuição  dos  gastos  com  o  pessoal,  observando  a  informação  homogénea,  ascendeu  a  4,4 milhões de Euros em resultado das medidas governamentais em sede da Lei de Orçamento Geral do Estado e do congelamento de carreiras.    

 Os  Fornecimentos  e  Serviços  Externos,  e  os  restantes  custos  de  exploração,  apresentaram  uma redução de aproximadamente 800 mil Euros, observando a informação homogénea.  

139.001

168.180

120.366 115.200

2009 2010 2010 (12meses s/Faro)

2011

Custos de Exploração (€000)

98.530

118.224

77.276 72.899

2009 2010 2010 (12meses s/Faro)

2011

Custos com Pessoal (€000)

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 33 /38 

 A  estrutura  da demonstração dos  resultados  e  a  sua  evolução no período de  2008/2011 permite constatar o comportamento das diferentes componentes dos custos e observar, o peso dos gastos com  pessoal. Numa  ótica  agregada  (gastos  com  pessoal  +  subcontratação)  observa‐se  um  ligeiro decréscimo no exercício de 2011.  

Evolução da Estrutura de Custos 

     

40.47149.956

43.090 42.301

2009 2010 2010 (12meses s/Faro)

2011

FSE e Outros Custos de Exploração (€000)

73%

73%

72%

62%

8%

6%

7%

7%

6%

3%

2%

8%

2%

2%

2%

2%

2%

3%

3%

3%

2%

3%

2%

3%

6%

9%

10%

14%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2008

2009

2010

2011

Custos com pessoal  ANA Aeroportos Subcontratação

Custos de Manutenção Prestação de serviços Megasis Prestação de Serviços TAP

Combustíveis Outros

P. 34 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

Para uma adequada visualização da evolução do EBITDA e dos Resultados Líquidos apresentam‐se os respetivos gráficos.  

       

Análise da Situação Financeira  A  estrutura  financeira da  SPdH  continua  a  revelar uma  completa dependência de  capitais  alheios (essencialmente  Grupo  TAP),  face  ao  nível  e  à  expressão  negativa  dos  capitais  próprios.  O financiamento crescente, em consequência dos elevados resultados negativos apurados no exercício, tem vindo a ser tempestivamente assegurado pela TAP SGPS, SA.  Em 31 de dezembro o valor dos empréstimos obtidos  (financiamento da TAP SGPS, SA)  totalizava 119,4 milhões de Euros.  O  passivo  total  cresceu  apenas  2,435  milhões  de  Euros,  apesar  da  expressão  atingida  pelos resultados  líquidos  (prejuízo de 11,124 mil Euros). Para tal  foi relevante a redução do ativo  líquido total em 8,7 milhões de  Euros explicados pela  acentuada diminuição do  saldo de  clientes em 6,3 milhões de Euros em consequência da melhoria verificada no prazo médio de recebimentos.            

‐21.816

‐36.320

‐8.375 ‐6.499

2009 2010

2010 (12meses s/Faro) 2011

EBITDA (€000)

‐28.223

‐43.556

‐15.250‐11.124

2009 2010

2010 (12meses s/Faro) 2011

Resultado  Líquido (€000)

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 35 /38 

O balanço apresenta a seguinte estrutura:   

EUR '000  2011  %  2010  % 

Ativos Não Correntes  7.973  32%  9.634  29% 

Ativos Correntes  16.730  68%  23.757  71% 

Total do Ativo  24.703  100%  33.391  100% 

Capitais Próprios  (123.085)  ‐498%  (111.961)  ‐335% 

Passivos Não Correntes  6.300  26%  4.791  14% 

Passivos Correntes  141.487  573%  140.560  421% 

Total do Passivo  147.787  598%  145.352  435% 

0% 

Total de Capital Próprio e Passivo  24.703  100%  33.391  100% 

 

   

P. 36 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

X. Perspetivas futuras 

  O  exercício  económico  de  2012  encerra  enormes  desafios  empresariais  para  a  SPdH,  face  a  um enquadramento macroeconómico nacional  e  internacional  claramente  adverso,  caracterizado pela recessão do PIB, a  instabilidade do Euro, a dimensão da dívida pública e do défice orçamental e o crescente  aumento  de  desemprego.  O  transporte  aéreo  e,  consequentemente,  o  handling,  nas vertentes  de  passageiros  e  carga,  serão  atividades  bastante  afetadas  pela  crise  económica  e financeira, cujos efeitos se farão sentir muito para além de 2012.  O  volume  de  negócios  projetado  para  2012  apresenta,  pelas  razões  aduzidas,  um  modesto crescimento, o que significa que o desafio da gestão, na busca de  resultados  líquidos positivos, se centrará,  fundamentalmente,  do  lado  dos  custos.  O  Plano  Estratégico  e  Operativo  para  2012 estabelece as orientações e constitui o compromisso com a sustentabilidade da Empresa. 

 No  sentido  de  assegurar  a  continuidade  empresarial  da  SPdH  torna‐se  crucial  assegurar  duas condições essenciais ditadas pelo contexto legal. São elas a concretização da transação da maioria do capital social da SPdH ao Grupo Urbanos e a obtenção das licenças de Handling para as categorias 3,4 e 5, para as Escalas de Lisboa e Porto, no âmbito do concurso  internacional promovido pelo INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil.  A par da verificação das condições indicadas importa ainda:  1. Renegociar o Acordo de Empresa e assegurar a sua plena implementação A renegociação do AE – Acordo de Empresa é crucial, já que a viabilidade, o reequilíbrio económico‐financeiro e a sustentabilidade da SPdH dependem em larga medida do sucesso do referido processo negocial. Pretende‐se ajustar o conteúdo do AE às características da operação obtendo, por essa via, a necessária flexibilidade no planeamento dos recursos humanos, o incremento de produtividade e a melhoria da eficiência da operação. O AE foi assinado a 20 de Janeiro de 2012.   2. Melhorar a Eficiência e a Produtividade Operacional Adotar  os  standards  operacionais  praticados  pela  indústria,  com  ganhos  significativos  de produtividade e poupança de custos.  Continuar com os Processos de Certificação e Análise de Processos, que  se encontram na base de uma maior eficiência e produtividade operacionais.   3. Continuar os Processos de Certificação A estratégia de recuperação da SPdH tem por base os Processos de Certificação nas várias áreas. A obtenção das Certificações ISO 9001:2008, ISAGO IATA, EFQM, ISO 14 001 ‐ Ambiente, Cargo 2000, e 

SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011  P. 37 /38 

OHSAS  18001  –  Saúde  e  Segurança  no  Trabalho,  motivam‐nos  para  continuar  o  bom  caminho delineado e acreditar nas reais capacidades da nossa organização. Estas  Certificações  nas  várias  áreas  significam  maior  consistência  de  processos  e  melhoria  da eficiência operacional, constituindo etapas do caminho traçado a breve prazo para a conquista plena do Modelo de Excelência EFQM.   4. Aumentar o Grau de Satisfação dos Clientes Constitui atitude permanente da Gestão a melhoria contínua dos KPIs e o cumprimento escrupuloso dos  SLAs  no  sentido  de  proporcionar  um  grau  adequado  de  satisfação  dos  clientes  Companhias Aéreas  e  dos  clientes  Passageiros, mediante  a  prestação  de  serviços  de  acordo  com  os melhores standards da indústria de handling, e a superação das suas expectativas. Só assim é possível obter a fidelização dos clientes e a efetivação de uma verdadeira lógica de parceria num horizonte temporal de médio e longo prazo.                    

   

   

P. 38 /38  SPdH, S.A. ‐ Relatório de Gestão 2011

XI. Proposta de aplicação de resultados    

A  SPdH  –  Serviços  Portugueses  de  Handling,  S.A.,  apresentou  um  resultado  líquido  negativo  no montante de 11.123.877 Euros, no exercício de 2011.  Propõe‐se, assim, que o resultado líquido negativo do exercício seja transferido, na totalidade, para lucros retidos, de acordo com a legislação em vigor e com os estatutos da Empresa.  Face ao montante negativo do resultado líquido no final do exercício, sendo o total do capital próprio negativo  em  123.084.625  Euros,  e  dando  cumprimento  ao  disposto  no  art.  35º  do  Código  das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração irá propor, para sua cobertura, o seguinte:  ‐ Entrada de dinheiro de 3.960.000 Euros, tendo em consideração o montante de 119.378.765 Euros de  prestações  acessórias,  concedidas  pela  TAP  SGPS  para  cobertura  de  prejuízos,  conforme deliberado em Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012.  Lisboa, 28 de março de 2012  

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO    

Luís Manuel Miguel Correia da Silva PRESIDENTE 

   

Carlos Gomes Nogueira ADMINISTRADOR‐DELEGADO 

    

Luís Manuel da Silva Rodrigues ADMINISTRADOR 

José Manuel Fragoso de Sousa ADMINISTRADOR 

   

Maria da Conceição dos Santos Varejão ADMINISTRADORA 

SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. Demonstrações Financeiras 31 de dezembro de 2011

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 2

Índice das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA ....................................................................................... 3 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................................... 4 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL ................................................................................... 5 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO ........................................................... 6 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................................................................ 7 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................................................... 8 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 8 1 RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ............................................................................ 9 2 ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS ............................................................................................................. 19 3 POLÍTICAS DE GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO ....................................................................................... 20 4 CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS ........................................................................................... 23 5 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS ...................................................................................................................... 24 6 ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS ...................................................................................... 25 7 INVENTÁRIOS ....................................................................................................................................... 26 8 OUTRAS CONTAS A RECEBER ............................................................................................................... 27 9 ESTADO ............................................................................................................................................... 28 10 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES ............................................................................................................... 28 11 CAPITAL .............................................................................................................................................. 29 12 RESERVAS, PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS E PRÉMIOS DE EMISSÃO DE AÇÕES ............................................. 29 13 PENSÕES E OUTROS BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO ................................................................................... 30 14 PROVISÕES .......................................................................................................................................... 33 15 PASSIVOS REMUNERADOS .................................................................................................................... 34 16 OUTRAS CONTAS A PAGAR ................................................................................................................... 36 17 SERVIÇOS PRESTADOS E OUTROS GANHOS OPERACIONAIS .................................................................... 37 18 INVENTÁRIOS CONSUMIDOS E VENDIDOS ................................................................................................ 37 19 VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO .................................................................................................................... 38 20 MATERIAIS E SERVIÇOS CONSUMIDOS ................................................................................................... 38 21 GASTOS COM O PESSOAL ..................................................................................................................... 39 22 IMPARIDADES DE INVENTÁRIOS E CONTAS A RECEBER............................................................................ 39 23 OUTROS GASTOS OPERACIONAIS .......................................................................................................... 40 24 DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ................................................................ 40 25 RESULTADOS FINANCEIROS LÍQUIDOS ................................................................................................... 40 26 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO ........................................................................................................... 41 27 RESULTADOS POR AÇÃO ...................................................................................................................... 42 28 COMPROMISSOS .................................................................................................................................. 43 29 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES ...................................................................................................... 43 30 PARTES RELACIONADAS ....................................................................................................................... 44 31 CUSTOS COM AUDITORIA E REVISÃO LEGAL DE CONTAS ......................................................................... 45 32 EVENTOS SUBSEQUENTES .................................................................................................................... 45

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 3

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

Valores em Euros Nota 2011 2010

ATIVOAtivos não correntesAtivos f ixos tangíveis 5 7.972.689 9.634.132

7.972.689 9.634.132Ativos correntesInventários 7 563.215 691.093Outras contas a receber 8 11.771.899 20.912.123Estado 9 2.701.542 1.861.317Caixa e seus equivalentes 10 1.693.402 292.245

16.730.058 23.756.778

Total do Ativo 24.702.747 33.390.910

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCapital e reservasCapital social 11 500.000 500.000Reserva legal 12 704.323 704.323Prestações acessórias 12 3.700.000 3.700.000Prémios de emissão de ações 12 3.960.000 3.960.000Lucros retidos (120.825.071) (77.269.180)Lucros retidos do exercício (11.123.877) (43.555.891)Total do Capital Próprio (123.084.625) (111.960.748)

Passivos não correntesPassivos por impostos diferidos 6 448 1.078Pensões e outros benefícios pós-emprego 13 1.828.571 11.040Provisões 14 3.944.384 3.551.819Passivos remunerados 15 527.031 1.227.313

6.300.434 4.791.250Passivos correntesPassivos remunerados 15 2.038.736 22.015.079Outras contas a pagar 16 137.169.546 113.793.574Estado 9 2.278.656 4.751.755

141.486.938 140.560.408

Total do Passivo 147.787.372 145.351.658

Total do Capital Próprio e Passivo 24.702.747 33.390.910

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 4

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS DE 2011 e 2010

Valores em Euros Nota 2011 2010

Ganhos e rendimentosServiços prestados 17 106.380.733 127.928.296

Outros ganhos operacionais 17 2.320.527 3.931.287

108.701.260 131.859.583

Gastos e perdasInventários consumidos e vendidos 18 (818.431) (1.096.995)Variação da produção 19 (45.999) (40.108)Materiais e serviços consumidos 20 (40.811.697) (49.694.522)Gastos com o pessoal 21 (69.866.932) (118.912.549)Gastos com benefícios pós-emprego 13 (3.032.331) 688.231 Imparidades de inventários e contas a receber 22 (39.884) 81.511 Provisões 14 (395.877) 1.049.926 Outros gastos operacionais 23 (189.224) (255.508)

(6.499.115) (36.320.431)

Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 24 (2.090.302) (5.539.790)

Resultados operacionais (8.589.417) (41.860.221)

Resultados f inanceiros líquidos 25 (2.469.760) (1.659.600)

Resultados antes de impostos (11.059.177) (43.519.821)

Imposto sobre o rendimento 26 (64.700) (36.070)

Lucros retidos do exercício (11.123.877) (43.555.891)

Resultados por açãoResultados básicos e diluídos por ação 27 (222) (871)

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 5

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS EXERCÍCIOS DE 2011 e 2010

Valores em Euros 2011 2010

Lucros retidos do exercício (11.123.877) (43.555.891)

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio - -

Rendimento integral do exercício (11.123.877) (43.555.891)

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 6

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DE 1 DE NOVEMBRO DE 2009 A 31 DE DEZEMBRO DE 2011

Prémios de LucrosCapital Reserva Prestações emissão de Reservas de Lucros retidos do

Valores em Euros social legal acessórias ações reavaliação retidos exercício TotalCapital próprio em 1 de novembro de 2009 500.000 704.323 3.700.000 3.960.000 227.984 (49.274.619) (28.222.545) (68.404.857)

Primeira adoção de novo referencial contabilístico - - - - (227.984) 227.984 - - Aplicação do resultado líquido do exercício 2009 - - - - - (28.222.545) 28.222.545 - Resultado líquido do exercício - - - - - - (43.555.891) (43.555.891)Capital próprio em 31 de dezembro de 2010 500.000 704.323 3.700.000 3.960.000 - (77.269.180) (43.555.891) (111.960.748)Aplicação do resultado líquido do exercício 2010 - - - - - (43.555.891) 43.555.891 - Resultado líquido do exercício - - - - - - (11.123.877) (11.123.877)Capital próprio em 31 de dezembro de 2011 500.000 704.323 3.700.000 3.960.000 - (120.825.071) (11.123.877) (123.084.625)

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 7

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS DE 2011 e 2010

Valores em Euros Nota 2011 2010

ATIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes 96.915.401 114.697.177Pagamentos a fornecedores (65.576.950) (61.004.066)Pagamentos ao pessoal (53.538.558) (77.707.878) Fluxos gerados pelas operações (22.200.107) (24.014.767)

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento (109.166) (62.751)Outros (pagamentos)/recebimentos da actividade operacional 1.417.087 (4.005.969) Fluxos das atividades operacionais (1) (20.892.186) (28.083.487)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de:

Ativos f ixos tangíveis - -Empréstimos concedidos - -Juros e proveitos similares 4.115 5.520

4.115 5.520Pagamentos respeitantes a:

Ativos f ixos tangíveis (234.591) (1.589.576)Empréstimos concedidos - -

(234.591) (1.589.576)

Fluxos das atividades de investimento (2) (230.476) (1.584.056)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 118.659.903 73.000.000

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos (85.085.559) (41.000.000)Amortização de contratos de locação financeira (1.289.821) (1.709.217)Juros e custos similares (795.382) (1.110.037)

(87.170.762) (43.819.254)

Fluxos das atividades de financiamento (3) 31.489.141 29.180.746

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 10.366.479 (486.797)EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO 40.838 100.204CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO (9.905.635) (9.519.042)CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 10 501.682 (9.905.635)

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 8

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Introdução A SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (“Empresa” ou “SPdH”) é uma sociedade anónima, com sede em Lisboa, constituída em 1 de outubro de 2003, no âmbito de uma cisão da sociedade Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (“TAP S.A.”), nos termos da qual todo o património afeto à atividade de assistência em escala foi destacado para a SPdH. Os efeitos contabilísticos desta cisão foram reportados ao dia 1 de janeiro de 2003 conforme previsto no projeto de cisão elaborado nos termos e para os efeitos dos artigos 14º e 15º do Decreto-Lei n.º 122/98, de 9 de maio, com as redações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 34/2000, de 14 de maio e pelo Decreto-Lei nº 57/2003, de 28 de março, bem como dos artigos 118º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais. Sede Social Aeroporto de Lisboa, Edifício 25 Capital Social 500.000 Euros N.I.P.C. 506 651 649 A Empresa desenvolve a atividade de prestação de serviços de assistência em escala ao transporte aéreo, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Porto Santo. Durante o exercício de 2010, a unidade de Faro foi descontinuada. Em março de 2009, um consórcio de três bancos (BIG, Banif e Banco Invest) transferiu para a TAP a participação detida na SPdH (50,1%) por 31,6 milhões de Euros. Na mesma data e durante o período de pendência do processo de concentração na Autoridade da Concorrência, a TAP transferiu o exercício dos seus direitos de voto e supervisão, enquanto acionista maioritária da SPdH, para uma entidade independente do Grupo TAP. A Autoridade da Concorrência (“AdC”) deliberou, em 19 de novembro de 2009, após uma investigação aprofundada, adotar uma decisão de proibição relativamente à operação de concentração que consistia na aquisição pela TAP, do controlo exclusivo da Empresa, para uma entidade independente do Grupo TAP. A AdC impôs, assim, a obrigação de alienação, por parte do Grupo TAP, das ações referentes a, pelo menos, 50,1% do capital social da Empresa. Até à venda, o regulador impôs que a gestão da SPdH fosse efetuada por um mandatário de gestão, que agia em nome da AdC, gerindo a Empresa de forma independente do Grupo TAP. A 5 de dezembro de 2011, a TAP S.A. chegou a um acordo de princípio com o Grupo URBANOS para aquisição, por parte deste, de 50,1% do capital da SPdH. A Autoridade da Concorrência já deu o seu parecer favorável sobre a operação, pelo que a concretização deste negócio está agora dependente da avaliação do Governo. As licenças de atividade da SPdH para prestação de serviços de handling a terceiros, em Lisboa e no Porto, nas categorias 3 (assistência a bagagem), 4 (assistência a carga e correio) e 5 (assistência de operações em pista) de acesso reservado caducaram em 31 de dezembro de 2011. Considerando que o INAC ainda não concluiu os concursos públicos internacionais para emissão de novas licenças, e consequente seleção do segundo prestador de serviços nessas categorias de acesso reservado para os aeroportos de Lisboa e Porto, em que a SPdH é opositora, foi, entretanto, publicado o Decreto-Lei nº 19/2012, de 27 de janeiro. O referido Decreto-Lei vem permitir a possibilidade de o INAC prorrogar, a título excecional, as licenças de acesso à atividade de prestador de serviços de assistência em escala, nas referidas categorias reservadas nos aeroportos de Lisboa e Porto, detidas pela SPdH à data de 31 de dezembro de 2011 até

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 9

à data em que os prestadores de serviços de assistência em escala, a selecionar no âmbito dos concursos públicos em curso1, iniciem a sua atividade. Relativamente às restantes licenças de atividade nas categorias de acesso livre, com termo de vigência igualmente para 31 de dezembro de 2011, a SPdH formalizou, oportunamente, o seu pedido de emissão de novas licenças com efeitos a 1 de janeiro de 2012. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 28 de março de 2012. Os membros do Conselho de Administração que assinam o presente relatório, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação nele constante foi elaborada em conformidade com as Normas Contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Empresa. 1 Resumo das principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo.

1.1. Base de Preparação As presentes demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e com as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), em vigor à data da preparação das referidas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, e tomando por base o custo histórico. A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes na aplicação das políticas contabilísticas da Empresa. As principais asserções que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou os pressupostos e estimativas mais significativas para a preparação das referidas demonstrações financeiras, estão divulgados na Nota 2.

1.2. Comparabilidade das demonstrações financeiras No decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 a Empresa procedeu à alteração da data de encerramento do seu exercício económico de 31 de outubro para 31 de dezembro de forma a convergir para o mesmo período de tributação do Grupo TAP. Assim, as demonstrações financeiras elaboradas apresentam como comparativo o exercício de 2010, que compreende 14 meses, iniciado em 1 de novembro de 2009 e findo em 31 de dezembro de 2010. Adicionalmente, o exercício de 2010 engloba os gastos e rendimentos relativos à unidade de Faro que foi encerrada nesse ano.

1 Ao abrigo do artigo 27º do DL nº 275/99, de 23 de julho, alterado pelos Decretos-Lei nºs 208/2004, de 19 de agosto e 216/2009, de 4 de setembro.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 10

Caso o exercício comparativo tivesse iniciado a 1 de janeiro, e não considerando a unidade de Faro, os comparativos dos serviços prestados, gastos com o pessoal, resultados operacionais e lucros retidos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2011, teriam a seguinte composição:

1.3. Adoção pela primeira vez das IFRS A Empresa adotou as Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas e em vigor à data de 1 de janeiro de 2010, tendo aplicado estas normas retrospetivamente para todos os períodos apresentados. A data de transição é 1 de novembro de 2009 e a SPdH preparou a sua demonstração da posição financeira de abertura a essa data, considerando as isenções e exclusões a outras normas existentes, permitidas pela IFRS 1 - Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro.

A IFRS 1 permite isenções, em especial no que se refere à aplicação retrospetiva, relativamente ao tratamento preconizado por outras IFRS, não tendo a SPdH optado por qualquer isenção, por estas não serem aplicáveis à Empresa. Em 1 de novembro de 2009 e 31 de dezembro de 2010, a adoção de princípios e políticas contabilísticas de acordo com as IFRS não teve qualquer efeito nos capitais próprios. As alterações à demonstração dos fluxos de caixa não foram consideradas significativas para divulgação.

1.4. Novas normas, alterações e interpretações a normas existentes a) Novas normas e interpretações de aplicação mandatória em 31 de dezembro de 2011: As interpretações e alterações a normas existentes identificadas abaixo, são de aplicação obrigatória pelo IASB, para os exercícios que se iniciem em 1 de janeiro de 2011:

dez 2010(não auditado)

Serviços prestados 106.380.733 105.352.097Gastos com o pessoal (69.866.932) (76.648.415)Resultados operacionais (8.589.417) (8.685.126)Lucros retidos do exercício (11.123.877) (15.079.959)

dez 2011

12 meses

Novas normas em vigor Data de aplicação *

IAS 32 (alteração) - Instrumentos f inanceiros: Apresentação 1 de janeiro de 2011IFRS 1 (alteração) - Adoção pela primeira vez das IFRS 1 de janeiro de 2011IAS 24 (alteração) - Partes relacionadas 1 de janeiro de 2011IFRIC 14 (alteração) - IAS 19: Limitação aos ativos decorrentes de planos de benefícios definidos e a sua interação com requisitos de contribuições mínimas

1 de janeiro de 2011

IFRIC 19 - Regularização de passivos f inanceiros com instrumentos de capital 1 de janeiro de 2011* Exercícios iniciados em ou após

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 11

Adicionalmente, como parte do processo de revisão da consistência da aplicação prática das IAS/IRFS, o IASB decidiu fazer melhorias às normas com o objetivo de clarificar algumas das inconsistências identificadas. A introdução destas interpretações e a alteração das normas referidas anteriormente não tiveram impactos relevantes nas demonstrações financeiras da Empresa. b) Novas normas e interpretações de aplicação não mandatória em 31 de dezembro de 2011: Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem depois de 1 de julho de 2011, que a Empresa decidiu não adotar antecipadamente neste exercício, como segue:

A Empresa não concluiu ainda o apuramento de todos os impactos decorrentes da aplicação das normas supra pelo que optou pela sua não adoção antecipada. Contudo, não espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e resultados.

Melhoria anual das normas em 2010 (a aplicar para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de 2011) Data de aplicação *

IFRS 1 - Adoção pela primeira vez das IFRS 1 de janeiro de 2011IFRS 3 - Concentrações de atividades empresariais 1 de janeiro de 2011IFRS 7 - Instrumentos f inanceiros: divulgações 1 de janeiro de 2011IAS 1 - Apresentação das demonstrações f inanceiras 1 de janeiro de 2011IAS 27 - Demonstrações f inanceiras separadas e consolidadas 1 de janeiro de 2011IAS 34 - Relato f inanceiro intercalar 1 de janeiro de 2011IFRIC 13 - Programas de f idelização de clientes 1 de janeiro de 2011* Exercícios iniciados em ou após

Novas normas aprovadas pela Comissão Europeia Data de aplicação *

IRFS 7 (alteração) - Instrumentos f inanceiros: Divulgações 1 de julho de 2011* Exercícios iniciados em ou após

Novas normas não aprovadas pela Comissão Europeia Data de aplicação *

IFRS 1 (alteração) - Adoção pela primeira vez das IFRS 1 de julho de 2011IAS 12 (alteração) - Impostos sobre o rendimento 1 de janeiro de 2012IAS 1 (alteração) - Apresentação de demonstrações f inanceiras 1 de janeiro de 2012IFRS 9 (novo) - Instrumentos f inanceiros – classif icação e mensuração 1 de janeiro de 2013IFRS 10 (novo) - Demonstrações f inanceiras consolidadas 1 de janeiro de 2013IFRS 11 (novo) - Acordos conjuntos 1 de janeiro de 2013IFRS 12 (novo) - Divulgação de interesses em outras entidades 1 de janeiro de 2013IFRS 13 (novo) - Justo valor: mensuração e divulgação 1 de janeiro de 2013IAS 27 (revisão 2011) - Demonstrações f inanceiras separadas 1 de janeiro de 2013IAS 28 (revisão 2011) - Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 1 de janeiro de 2013IAS 19 (revisão 2011) - Benefícios aos empregados 1 de janeiro de 2013IFRS 7 (alteração) - Divulgações – compensação de ativos e passivos f inanceiros 1 de janeiro de 2013IAS 32 (alteração) - Compensação de ativos e passivos f inanceiros 1 de janeiro de 2014IFRIC 20 (nova) - Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície 1 de janeiro de 2013* Exercícios iniciados em ou após

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 12

1.5. Conversão cambial

i) Moeda funcional e de apresentação Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato da Empresa. ii) Transações e saldos As transações em moedas diferentes do Euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/recebimento das transações bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do relato, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica “Resultados financeiros líquidos”, se relacionadas com empréstimos ou em outros ganhos ou gastos operacionais, para todos os outros saldos/transações. iii) Cotações utilizadas As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estrangeira foram como segue:

1.6. Ativos fixos tangíveis Os ativos tangíveis encontram-se valorizados ao custo deduzido das depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. Este custo inclui o custo estimado à data de transição para as IFRS, e os custos de aquisição para ativos obtidos após essa data. O custo de aquisição inclui o preço de compra do ativo, as despesas diretamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do ativo para que se encontre na sua condição de utilização. Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são reconhecidos como um gasto do exercício em que são incorridos. Os custos a suportar com o desmantelamento ou remoção de ativos instalados em propriedade de terceiros serão considerados como parte do custo inicial dos respetivos ativos quando se traduzam em montantes significativos. As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo utilizado o método das quotas constantes por duodécimos, utilizando-se as taxas que melhor refletem a sua vida útil estimada, como segue:

Moeda dez 2011 dez 2010

USD 1,2939 1,3362

Anos de vida útil

Equipamento básico 10Equipamento de transporte 4-10Ferramentas e utensílios 8Equipamento administrativo 5-16Outras imobilizações corpóreas 10

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 13

Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, à data do relato. Se a quantia escriturada for superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Notas 5 e 24). Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações deduzido dos custos de transação e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, como outros ganhos ou outros gastos operacionais.

1.7. Imparidade de ativos

Os ativos não correntes que não têm uma vida útil definida, não estão sujeitos a amortização, mas são objeto de testes de imparidade anuais. Os ativos sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável. Sempre que o valor recuperável determinado é inferior ao valor contabilístico dos ativos, a Empresa avalia se a situação de perda assume um carácter permanente e definitivo, e se sim regista a respetiva perda por imparidade. Nos casos em que a perda não é considerada permanente e definitiva, é feita a divulgação das razões que fundamentam essa conclusão. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo, deduzidos os gastos para venda, e o seu valor de uso. Para realização de testes por imparidade, os ativos são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar separadamente fluxos de caixa (unidades geradoras de fluxos de caixa a que pertence o ativo), quando não seja possível fazê-lo individualmente, para cada ativo. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Depreciações, amortizações e perdas por imparidade”, a não ser que o ativo tenha sido reavaliado, situação em que a reversão corresponderá a um acréscimo da reavaliação. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

1.8. Ativos financeiros Os ativos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira na data de negociação ou contratação, que é a data em que a Empresa se compromete a adquirir ou alienar o ativo. No momento inicial, os ativos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis, exceto para os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são imediatamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais da Empresa ao recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) a Empresa tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Empresa tenha transferido o controlo sobre os ativos. Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, a Empresa tem o direito a compensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor líquido.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 14

A SPdH classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: ativos financeiros ao justo valor através de resultados, ativos financeiros disponíveis para venda, investimentos detidos até à maturidade e empréstimos concedidos e contas a receber. A classificação depende do objetivo de aquisição do investimento. A classificação é determinada no momento de reconhecimento inicial dos investimentos, sendo essa classificação reavaliada em cada data de relato. Todas as aquisições e alienações destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, sendo o justo valor equivalente ao preço pago, incluindo despesas de transação. A mensuração subsequente depende da categoria em que o investimento se insere, como segue: • Ativos financeiros ao justo valor através de resultados São classificados nesta categoria os ativos financeiros não derivados adquiridos com o objetivo de vender no curto prazo ou se assim designado pelos gestores. Nesta categoria integram-se também os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de ativos mensurados ao justo valor através de resultados, são reconhecidos em resultados do exercício em que ocorrem. • Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que são designados nesta categoria ou que não são classificados em nenhuma das outras categorias. São incluídos em ativos não correntes, exceto se os gestores entenderem alienar o investimento num prazo até 12 meses após a data de relato. Estes investimentos financeiros são contabilizados ao valor de mercado, entendido como o respetivo valor de cotação à data de relato financeiro. Se não existir mercado ativo, a Empresa determina o justo valor através da aplicação de técnicas de avaliação, que incluem o uso de transações comerciais recentes, a referência a outros instrumentos com características semelhantes, a análise de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções modificados para incorporar as características específicas do emitente. As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas diretamente na reserva de justo valor até que o investimento financeiro seja vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulado, anteriormente reconhecido na reserva de justo valor é incluído no resultado líquido do exercício. Caso não exista um valor de mercado ou não o seja possível determinar, os investimentos em causa são mantidos ao custo de aquisição. São reconhecidas perdas por imparidade para a redução de valor nos casos que se justifiquem. A Empresa avalia, em cada data de relato financeiro, se há uma evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros sofreram uma perda por imparidade. Se existir uma diminuição no justo valor por um período prolongado dos ativos disponíveis para venda, a perda cumulativa – calculada pela diferença entre o custo de aquisição e o justo valor corrente, menos qualquer perda por imparidade nesse ativo financeiro que já foi reconhecida em resultados – é anulada através do capital próprio e reconhecida no resultado do exercício. Uma perda por imparidade reconhecida relativamente a ativos financeiros disponíveis para venda é revertida se a perda tiver sido causada por eventos externos específicos de natureza excecional que não se espera que se repitam mas que acontecimentos externos posteriores tenham feito reverter, sendo que nestas circunstâncias a reversão não afeta a demonstração dos resultados, registando-se a subsequente flutuação positiva do ativo na reserva de justo valor.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 15

• Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que a Empresa tem intenção e capacidade para manter até à maturidade. Esta categoria de investimento está registada ao custo amortizado pelo método da taxa de juro efetiva. • Empréstimos concedidos e contas a receber Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e que não são cotados num mercado ativo. São originados quando a Empresa fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem intenção de negociar a dívida. São incluídos nos ativos correntes, exceto quando se tratam de ativos com maturidades superiores a 12 meses após a data da demonstração da posição financeira, sendo nesse caso classificados como ativos não correntes.

1.9. Inventários As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas incorridas até ao armazenamento, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.

1.10. Outras contas a receber Os saldos de outras contas a receber correntes são contabilizados pelo valor nominal deduzido de perdas por imparidade, necessárias para os colocar ao seu valor realizável líquido esperado (Nota 8). As perdas por imparidade são registadas quando existe uma evidência objetiva de que a Empresa não receberá os referidos montantes em dívida conforme as condições originais das contas a receber.

1.11. Caixa e equivalentes de caixa A rubrica de caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo com maturidade inicial até 3 meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados na demonstração da posição financeira, no passivo corrente, na rubrica “Passivos remunerados”.

1.12. Capital social As ações ordinárias são classificadas no capital próprio. Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão. Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 16

1.13. Passivos remunerados Os passivos remunerados são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação incorridos sendo, subsequentemente apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor de reembolso é reconhecido na demonstração dos resultados ao longo do período da dívida, utilizando o método da taxa de juro efetiva. A dívida remunerada é classificada no passivo corrente, exceto se a Empresa possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do relato financeiro (Nota 15).

1.14. Encargos financeiros com empréstimos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reconhecidos como gastos financeiros, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção (caso o período de construção ou desenvolvimento exceda um ano) ou produção de ativos fixos são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou quando a execução do projeto em causa se encontre suspensa ou substancialmente concluída. Qualquer rendimento diretamente relacionado com um investimento específico é deduzido ao custo do referido ativo.

1.15. Outras contas a pagar Os saldos de outras contas a pagar são inicialmente registados ao justo valor sendo subsequentemente mensurados ao custo amortizado (Nota 16). As contas a pagar são desreconhecidas quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram.

1.16. Imposto sobre o rendimento O imposto sobre rendimento do exercício compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração dos resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais próprios. O valor do imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor. O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em vigor no período em que as diferenças temporárias serão revertidas. São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais poderão ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 17

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

1.17. Benefícios aos empregados Conforme descrito em maior detalhe na Nota 13, a Empresa assumiu responsabilidades pelo pagamento de complementos de pensões de reforma e prestações de pré-reforma aos seus empregados. De acordo com o IAS 19, as empresas que atribuem benefícios pós-emprego reconhecem os gastos com a atribuição destes benefícios à medida que os serviços são prestados aos empregados beneficiários. Deste modo a responsabilidade total da Empresa é estimada anualmente para cada plano separadamente, por uma entidade especializada e independente de acordo com o método das unidades de crédito projetadas. Os custos por responsabilidades passadas, que resultem da implementação de um novo plano ou acréscimos dos benefícios atribuídos, são reconhecidos imediatamente nos resultados da SPdH. A responsabilidade assim determinada é apresentada na demonstração da posição financeira, deduzida do valor de mercado dos fundos constituídos, na rubrica “Pensões e outros benefícios pós-emprego”, nos passivos não correntes. Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efetivamente ocorreu (bem como de alterações efetuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos ativos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos nos resultados do exercício. Os rendimentos e gastos gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do exercício quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material.

1.18. Provisões São reconhecidas provisões sempre que a Empresa tenha uma obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados, seja provável que uma saída de fluxos e/ou de recursos se torne necessária para liquidar a obrigação e possa ser efetuada uma estimativa fiável do montante da obrigação. Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. As provisões são revistas na data do relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data (Nota 14).

1.19. Ativos e passivos contingentes Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas Notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação. São reconhecidas provisões para passivos que satisfaçam as condições previstas na Nota 1.18. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas são divulgados no Anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 18

1.20. Locações Os ativos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do ativo é registado nos ativos fixos tangíveis, a correspondente responsabilidade é registada no passivo na rubrica “Passivo remunerado” e, os juros incluídos no valor das rendas bem como a amortização do ativo, calculada conforme descrito na Nota 1.6, são registados como gastos na demonstração dos resultados do período a que respeitam. As locações em que uma parte significativa dos riscos e benefícios da propriedade é assumida pelo locador sendo a Empresa locatária, são classificadas como locações operacionais. Os pagamentos efetuados nas locações operacionais, líquidos de quaisquer incentivos recebidos do locador, são registados na demonstração dos resultados durante o período da locação.

1.21. Rédito e especialização dos exercícios A Empresa procede ao reconhecimento do rédito relacionado com serviços de handling e reparação de equipamentos no momento em que os serviços são prestados. Os juros recebidos são reconhecidos pelo princípio da especialização do exercício, tendo em consideração o montante em dívida e a taxa de juro efetiva durante o período até à maturidade. A Empresa regista os seus gastos e rendimentos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual os gastos e rendimentos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos são registadas nas rubricas “Outras contas a receber correntes” e “Outras contas a pagar correntes” (Notas 8 e 16, respetivamente).

1.22. Demonstração dos fluxos de caixa A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. A Empresa classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica “Passivos remunerados”. A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis. As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, compra e venda de ações próprias e pagamento de dividendos.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 19

1.23. Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data de relato que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam a essa data são considerados na preparação das demonstrações financeiras do exercício. Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após essa data são divulgados nas notas às demonstrações financeiras, caso sejam materialmente relevantes. 2 Estimativas e julgamentos A preparação de demonstrações financeiras exige que a gestão da Empresa efetue julgamentos e estimativas que afetam os montantes de rendimentos, gastos, ativos, passivos e divulgações à data do relato. Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão da SPdH, baseados: (i) na melhor informação e conhecimento de eventos presentes e em alguns casos em relatos de peritos independentes e (ii) nas ações que a Empresa considera poder vir a desenvolver no futuro. Todavia, na data de concretização das operações, os seus resultados poderão ser diferentes destas estimativas. As estimativas e as premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos ativos e passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo: Imposto sobre o Rendimento A Empresa reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nas provisões para impostos, no período em que tais diferenças se constatam. Reconhecimento de provisões e ajustamentos A Empresa é parte envolvida em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efetua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências. Os ajustamentos para contas a receber são calculados, essencialmente, com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. Os ajustamentos de inventários são calculados com base em critérios que atendem à natureza, finalidade de utilização, antiguidade e rotação de materiais. Pressupostos atuariais As responsabilidades referentes a planos de benefícios a empregados com benefícios definidos são calculadas com base em determinados pressupostos atuariais. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades. Ativos tangíveis A determinação das vidas úteis dos ativos, bem como a determinação do valor residual e o método de depreciação a aplicar é essencial para determinar o montante das depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados de cada exercício.

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 20

Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Administração para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas do setor ao nível internacional. 3 Políticas de gestão do risco financeiro A atividade de handling tem como matéria-prima fundamental a mão-de-obra, num blend natural de diferentes graus de qualificação, distribuição etária e por escalas. Sendo os gastos com pessoal responsável por cerca de 60% dos gastos totais da Empresa, são cruciais os efeitos conjugados de reduções ou aumentos de efetivo, alterações salariais, níveis de laboração e grau de produtividade atingido. Fator determinante para a melhoria estrutural da exploração da Empresa foi o fecho da escala de Faro, cujo impacto, a nível de indemnizações salariais, foi absorvido na totalidade no exercício de 2010. Por outro lado, a política salarial implementada, incluindo medidas impostas exogenamente relativas a remunerações, permitiram conter os custos nesta área fundamental para o desempenho económico-financeiro da Empresa, reduzindo substancialmente os resultados negativos. Um fator que tem naturais implicações na produtividade e rentabilidade do efetivo laboral da Empresa é o nível de atividade conseguido, função da procura e da política comercial seguida. A atividade da Empresa é dirigida em cerca de 80% ao seu principal cliente, a TAP S.A., estando por isso muito dependente da dinâmica gerada pela atividade desta. O relacionamento contratual com a TAP S.A. é estabelecido a longo-prazo, sendo portanto um fator de estabilidade na exploração da Empresa e permitindo a esta ser beneficiária de fluxos de tráfego conquistados pela TAP S.A. em múltiplas áreas geográficas, umas com maior crescimento que outras. Desta forma indireta, e em resultado do estreito relacionamento com a TAP S.A., a Empresa acaba por estar sujeita a uma exposição a mercados emergentes como Brasil e Angola, que a generalidade dos outros clientes não lhe proporciona, sendo esses, na sua maioria, para além da SATA Internacional, grandes companhias europeias a operar no mercado nacional com rotas europeias. O dinamismo das rotas intercontinentais, no contexto do crescimento geral da TAP S.A., constituiu, assim, uma vez mais, no ano, um importante fator dinamizador da atividade do handling. Risco de preço Naturalmente, que, os efeitos negativos da retração económica na Europa e a forte concorrência interna, tiveram impacto nos rendimentos gerados. A quota de mercado global da Empresa baixou, tendo no entanto sido possível obter um aumento do preço médio ponderado de assistência por movimento, apesar do ambiente concorrencial difícil. De referir que o preço médio de assistência a aeronaves resulta do número de operações nos aeroportos servidos mas também do mix de tipo de aeronaves servidas. Dado que o preço de uma assistência a um avião de longo-curso é quase 50% superior a um de médio curso, por exemplo A330 versus A320, é relevante o impacto nos rendimentos que resulta do crescimento ou contração verificado nas diversas rotas e a variação de equipamentos utilizados, nos diversos aeroportos. O efeito conjugado entre os preços praticados, as frotas e clientes servidos, e os impactos da concorrência e da atividade em geral, determinaram uma redução global ligeira dos rendimentos da Empresa de 2010 para 2011, em termos comparáveis homólogos (sem a escala de Faro). Essa redução por sua vez foi menos pronunciada na assistência a aeronaves e mais acentuada no handling de carga, segmento mais sensível à conjuntura económica. Risco cambial De referir que, em geral, toda a atividade económica e financeira da Empresa está denominada em Euros, sendo residual a faturação em Dólares. A nível de custos, alguns fornecimentos implicam exposição cambial, mas com um peso limitado. Os custos com combustíveis, ao contrário das atividades

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 21

de transporte, representam no handling uma fração mínima dos custos de exploração. Já as rendas de instalações nos aeroportos têm alguma expressão na estrutura de custos da atividade. A exposição da Empresa ao risco de taxa de câmbio a 31 de dezembro de 2011 e 2010, com base nos valores de balanço dos ativos e passivos financeiros da Empresa, convertidos para Euros aos câmbios em vigor à data de relato, apresenta-se como segue:

Risco de taxa de juro, de liquidez e de crédito No plano financeiro, a TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (“TAP SGPS”), principal contraparte da SPdH, tem vindo a aportar os recursos necessários ao prosseguimento e desenvolvimento da atividade da Empresa, embora se mantenham residualmente algumas operações de leasing financeiro e de financiamento de curto prazo, de reduzida expressão. A reestruturação do passivo da Empresa está pendente da conclusão do seu processo de venda. Nestes termos, o risco assumido pela Empresa, no imediato, corresponde ao custo de financiamento negociado com a TAP SGPS para remuneração dos apoios de tesouraria disponibilizados, e que tem como indexante a Euribor. Nas operações de crédito existentes, os spreads, tal como para a generalidade das empresas nacionais, têm vindo a subir e os limites de crédito concedidos a baixar, o que reflete a situação de restrição ao crédito que se agravou durante todo o ano. Em termos futuros, a suscetibilidade ou vulnerabilidade da Empresa às flutuações dos mercados financeiros dependerá, naturalmente, do reforço de capital que lhe vier a ser proporcionado, da capacidade que a Empresa tenha, de forma progressiva, de se autofinanciar, e da própria conjuntura futura dos mercados de capitais. Caso o montante do passivo remunerado se mantivesse nos níveis presentes, mesmo posteriormente à conclusão do processo de alienação da Empresa, a sensibilidade dos resultados líquidos ao custo de financiamento seria elevada, tendo em conta a dimensão relativa da demonstração da posição financeira e da demonstração dos resultados da Empresa. A dívida remunerada da SPdH registou uma redução, sendo que em final de 2010 e final de 2011, ascendeu a 23.242.392 Euros e 2.565.767 Euros, respetivamente (Nota 15). Ao longo do ano verificou-se, portanto, o reembolso parcial das operações de curto prazo em vigor, através do financiamento concedido pela TAP SGPS.

USD GBP OUTRAS TOTALATIVOSCaixa e equivalentes de caixa 7.542 17.871 - 25.413Outras contas a receber - clientes 10.785 - - 10.785Outras contas a receber - outros 14.057 - - 14.057

32.384 17.871 - 50.255

PASSIVOSOutras contas a pagar - fornecedores (3.409) - (731) (4.140)Outras contas a pagar - outros (3.209) - - (3.209)

(6.618) - (731) (7.349)

USD BRL OUTRAS TOTALATIVOSCaixa e equivalentes de caixa 6.709 11.727 - 18.436Outras contas a receber - clientes 26.078 - - 26.078Outras contas a receber - outros 20.670 1.589 310 22.569

53.457 13.316 310 67.083

PASSIVOSOutras contas a pagar - fornecedores (56.121) (9.316) (108) (65.545)Outras contas a pagar - outros (786) - - (786)

(56.907) (9.316) (108) (66.331)

Ativos e passivos em divisas2011

Ativos e passivos em divisas2010

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 22

No quadro do passivo remunerado abaixo, englobando capital e juros, assumiu-se o pressuposto relativo a taxa de juro de mercado de 3%. Note-se que o indexante dos passivos remunerados é a Euribor. Os valores de passivo expressam os valores a pagar nos prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto simplificador de ritmo de amortização intra-anual linear para efeito de cálculo dos juros futuros:

No quadro acima não se encontra refletido o financiamento concedido pela TAP SGPS, no montante de 119.378.765 Euros, conforme detalhe mencionado na Nota 16 e eventos subsequentes divulgados na Nota 32. Adicionalmente, na Nota 15 encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante. O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez da Empresa a 31 de dezembro de 2011 e 2010, bem como saldos de contas a receber, que refletem o risco de crédito nessas mesmas datas:

De referir que uma percentagem de cerca de 84% do total da rubrica “Contas a receber-clientes”, correspondia em 2011, a créditos ainda não vencidos. Quanto a créditos já vencidos, a parcela de antiguidade inferior a 12 meses representava, em 2011, cerca de 10% do total.

Taxa variável < 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos TotalEmpréstimos 1.240.184 - - 1.240.184Locações f inanceiras 881.902 434.652 110.422 1.426.976Total 2.122.086 434.652 110.422 2.667.160

Taxa variável < 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos TotalEmpréstimos 21.487.659 - - 21.487.659Locações f inanceiras 1.316.519 839.528 424.897 2.580.944Total 22.804.178 839.528 424.897 24.068.603

2010

2011

2011 2010

Ativos correntesCaixa e equivalentes de caixa 1.693.402 292.245 Contas a receber - clientes 10.026.603 16.433.601 Outras contas a receber 1.451.282 3.723.575

13.171.287 20.449.421

Exposição ao risco de crédito fora de balançoGarantias prestadas (Nota 28) 3.346.488 2.896.629 Outros compromissos (Nota 15) 1.997.039 2.658.625

5.343.527 5.555.254

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2011 23

4 Classes de instrumentos financeiros As políticas contabilísticas apresentadas na Nota 1.8 foram aplicadas de acordo com as classes abaixo apresentadas:

A 31 de dezembro de 2011 e 2010 a SPdH não detém ativos e passivos mensurados ao justo valor. Outros ativos financeiros Estes valores são reconhecidos ao seu justo valor, correspondendo ao seu valor de mercado, deduzido de eventuais imparidades. Créditos e valores a receber Estes valores são reconhecidos ao seu justo valor, correspondendo ao seu valor nominal, deduzido de eventuais imparidades identificadas no decurso da análise dos riscos de crédito das carteiras de crédito detidas. Outros passivos financeiros Estes valores são reconhecidos pelo seu custo amortizado, correspondendo ao valor dos respetivos fluxos de caixa, descontados pela taxa efetiva de juro associada a cada um dos passivos.

Créditos e valores

a receber

Outros passivos

financeiros

Ativos / passivos

não financeiros Total

AtivosValores a receber correntes 11.477.885 - 2.995.556 14.473.441Caixa e seus equivalentes 1.693.402 - - 1.693.402

Total Ativos 13.171.287 - 2.995.556 16.166.843

PassivosPassivos remunerados não correntes - (527.031) - (527.031)Passivos remunerados correntes - (2.038.736) - (2.038.736)Valores a pagar correntes - (137.169.546) (2.278.656) (139.448.202)

Total Passivos - (139.735.313) (2.278.656) (142.013.969)

Créditos e valores

a receber

Outros passivos

financeiros

Ativos/ passivos

não financeiros Total

AtivosValores a receber correntes 20.157.176 - 2.616.264 22.773.440Caixa e seus equivalentes 292.245 - - 292.245

Total Ativos 20.449.421 - 2.616.264 23.065.685

PassivosPassivos remunerados não correntes - (1.227.313) - (1.227.313)Passivos remunerados correntes - (22.015.079) - (22.015.079)Valores a pagar correntes - (113.793.574) (4.751.755) (118.545.329)

Total Passivos - (137.035.966) (4.751.755) (141.787.721)

2011

2010

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 24

5 Ativos fixos tangíveis Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e 2010 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível, bem como nas respetivas amortizações e perdas e imparidade, foram como segue:

Edifícios e outras

construçõesEquipamento

básico

Equipamento de

transporteFerramentas e utensílios

Equipamento administrativo

Outros ativos tangíveis

Ativos em curso Total

Custo de aquisiçãoSaldo em 1 de novembro de 2009 107.851 43.048.641 2.960.796 116.936 7.271.459 1.261.696 13.945 54.781.324Aquisições - 2.258.475 - 3.050 175.754 35.055 475 2.472.809Alienações - (980.158) (38.900) - - - - (1.019.058)Regularizações, transferências e abates - (2.504.858) (484.455) (1.514) (14.524) (428) (13.945) (3.019.724)Saldo em 31 de dezembro de 2010 107.851 41.822.100 2.437.441 118.472 7.432.689 1.296.323 475 53.215.351Aquisições - 391.542 - 744 88.378 1.553 - 482.217Alienações - (94.319) - - - - - (94.319)Regularizações, transferências e abates - (934.369) (275.196) (9.910) (414.264) (13.998) (475) (1.648.212)Saldo em 31 de dezembro de 2011 107.851 41.184.954 2.162.245 109.306 7.106.803 1.283.878 - 51.955.037

Amort. acumuladas e perdas por imparidadeSaldo em 1 de novembro de 2009 51.162 34.945.576 2.851.064 106.990 6.111.231 717.595 - 44.783.618Amortizações e perdas por imparidade (Nota 24) 25.165 2.207.162 71.824 1.483 400.630 87.314 - 2.793.578Alienações - (969.419) (25.934) - - - - (995.353)Regularizações, transferências e abates - (2.500.169) (484.455) (1.363) (14.209) (428) - (3.000.624)Saldo em 31 de dezembro de 2010 76.327 33.683.150 2.412.499 107.110 6.497.652 804.481 - 43.581.219Amortizações e perdas por imparidade (Nota 24) 21.570 1.574.602 16.453 2.207 398.925 76.545 - 2.090.302Alienações - (57.898) - - - - - (57.898)Regularizações, transferências e abates - (921.439) (275.196) (9.834) (410.965) (13.841) - (1.631.275)Saldo em 31 de dezembro de 2011 97.897 34.278.415 2.153.756 99.483 6.485.612 867.185 - 43.982.348

Valor líquido a 1 de novembro de 2009 56.689 8.103.065 109.732 9.946 1.160.228 544.101 13.945 9.997.706Valor líquido a 31 de dezembro de 2010 31.524 8.138.950 24.942 11.362 935.037 491.842 475 9.634.132Valor líquido a 31 de dezembro de 2011 9.954 6.906.539 8.489 9.823 621.191 416.693 - 7.972.689

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 25

O aumento no montante de 391.542 Euros, registado na rubrica “Equipamento básico” refere-se, essencialmente, à aquisição de diverso equipamento operacional, nomeadamente viaturas de placa (186.078 Euros) e mangas rebocáveis (98.188 Euros). A redução no montante de 1.028.688 Euros, na rubrica “Equipamento básico”, refere-se, essencialmente, ao abate e alienação de diversos equipamentos de placa. À data de 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Equipamento básico” tinha a seguinte composição:

As depreciações dos ativos fixos tangíveis estão reconhecidas na rubrica “Depreciações, amortizações e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados pela sua totalidade (Nota 24). 6 Ativos e passivos por impostos diferidos Conforme mencionado na Nota 1.16 a Empresa reconhece nas suas demonstrações financeiras o efeito fiscal das diferenças temporárias entre ativos e passivos numa base contabilística e fiscal, sendo o mesmo reconhecido com base nas seguintes taxas agregadas de imposto: 25%, no caso de ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e 26,5% nos casos dos restantes ativos e passivos por impostos diferidos. Na data de cada relato financeiro é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante do impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura. As principais diferenças temporárias entre os valores contabilísticos e tributáveis em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os correspondentes ativos e passivos por impostos diferidos e o respetivo efeito nos resultados do exercício de 2011, são como segue:

Valor Amortizações Valor Valor Amortizações Valorbruto acumuladas líquido bruto acumuladas líquido

Manutenção 786.072 (665.461) 120.611 789.781 (638.870) 150.911Placa 31.966.010 (26.535.482) 5.430.528 32.419.792 (26.164.390) 6.255.402Tratores 8.432.872 (7.077.472) 1.355.400 8.612.527 (6.879.890) 1.732.637

41.184.954 (34.278.415) 6.906.539 41.822.100 (33.683.150) 8.138.950

2011 2010

DemonstraçãoA 1 de

janeiro de 2011

dos resultados

(Nota 26)

A 31 de dezembro de

2011

Passivos por impostos diferidos Reavaliação de ativos tangíveis 1.078 (630) 448

DemonstraçãoA 1 de

janeiro de 2010

dos resultados

(Nota 26)

A 31 de dezembro de

2010

Passivos por impostos diferidos Reavaliação de ativos tangíveis 2.763 (1.685) 1.078

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 26

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo De acordo com a legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência para os exercícios até 2009, e de quatro anos para os exercícios de 2010 e 2011, e suscetíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse exercício. Os prejuízos fiscais sobre os quais a SPdH considera, em 31 de dezembro de 2011, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se conforme segue:

7 Inventários O detalhe de inventários em 31 de dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo referem-se a material técnico para utilização na manutenção e reparação dos equipamentos de handling. O movimento ocorrido na rubrica de imparidade de inventários, nos exercícios de 2011 e 2010, é como segue:

Exercício fiscal

Exercício económico /

civil

Prejuízos fiscais a

31 de dezembro de 2011

Ano limite para dedução

2008 2009 30.877.194 20142009 2010 22.182.018 20152010 2010 24.165.871 2014

2011 (provisório) 2011 (provisório) 10.864.037 2015148.879.738

2011 2010

Matérias primas, subsidiárias e de consumo (material técnico) 990.361 1.075.344 Matérias primas, subsidiárias e de consumo (material não técnico) 159.551 232.942 Produtos acabados e intermédios 123.451 162.074

Imparidade inventários (710.148) (779.267)

563.215 691.093

2011 2010

A 1 de janeiro 779.267 779.238 Aumentos (Nota 22) - 11.386 Reduções (Nota 22) (69.119) (11.357)

A 31 de dezembro 710.148 779.267

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 27

8 Outras contas a receber Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a decomposição da rubrica “Outras contas a receber correntes” é como segue:

Nestes exercícios não existem diferenças entre os valores contabilísticos e o seu justo valor. O movimento ocorrido na rubrica de imparidade de contas a receber, nos exercícios de 2011 e 2010, é como segue:

A redução de imparidade de contas a receber ocorrida durante o exercício de 2010 deveu-se, essencialmente, a recebimentos. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica de clientes detalha-se como segue:

A rubrica “Clientes de cobrança duvidosa” encontra-se totalmente ajustada em 31 de dezembro de 2011 e 2010. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica de outros devedores detalha-se como segue:

2011 2010Clientes 12.956.244 19.264.682 Outros devedores 1.496.599 2.748.094 Adiantamentos a fornecedores 417.201 734.174 Gastos diferidos 294.014 754.947 Fundo de pensões VIVA (Nota 13) - 710.098 Acréscimos de ganhos - 3.009

Imparidade de contas a receber (3.392.159) (3.302.881)

11.771.899 20.912.123

2011 2010A 1 de janeiro 3.302.881 10.823.124

Aumentos (Nota 22) 119.283 704.662 Reduções (Nota 22) (10.280) (786.202)Utilizações (19.725) (7.438.703)

A 31 de dezembro 3.392.159 3.302.881

2011 2010Partes relacionadas (Nota 30) 7.582.203 13.427.505 Companhias de aviação 1.395.203 1.853.889 Outros 1.285.471 1.388.281 Clientes de cobrança duvidosa 2.693.367 2.595.007

12.956.244 19.264.682

2011 2010Pessoal 347.455 778.407 Clearing House 166.735 110.118 Partes relacionadas (Nota 30) - 467.968 Valores a receber de fornecedores 35.805 319.461 Faturas "HERMES" - cash 30.322 80.209 Outros 453.765 520.331 Devedores de cobrança duvidosa 462.517 471.600

1.496.599 2.748.094

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 28

A rubrica “Devedores de cobrança duvidosa” encontra-se totalmente ajustada em 31 de dezembro de 2011 e 2010. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 a rubrica de gastos diferidos detalha-se como segue:

9 Estado

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 os saldos desta rubrica detalham-se como segue:

O saldo devedor do IVA refere-se aos pedidos de reembolsos efetuados, relativos aos meses de setembro a dezembro de 2011. 10 Caixa e seus equivalentes Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o detalhe de caixa e seus equivalentes apresenta os seguintes valores:

2011 2010Rendas e alugueres 190.014 754.922 Outros 104.000 25

294.014 754.947

Ativo corrente

Passivo corrente

Ativo corrente

Passivo corrente

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas - IRCPagamentos por conta 70.000 - - - Estimativa de imposto (Nota 26) (66.100) - - 39.585 Retenções na fonte 387 - - (36)

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - IRS - 800.035 - 1.476.069 Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA 2.697.255 - 1.861.317 - Contribuições para a Segurança Social - 1.391.068 - 3.077.143 Restantes impostos - 87.553 - 158.994

2.701.542 2.278.656 1.861.317 4.751.755

2011 2010

2011 2010

Caixa 18.508 33.722 Depósitos à ordem 1.674.894 258.523 Descobertos bancários (1.191.720) (10.197.880)

501.682 (9.905.635)

Caixa e equivalentes de caixa - ativo (Nota 15) 1.693.402 292.245

Equivalentes de caixa - passivo (Nota 15) (1.191.720) (10.197.880)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 29

11 Capital Em 31 de dezembro de 2011 o capital social da SPdH encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 50.000 ações com o valor nominal de 10 Euros, detido em 43,9% pela TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A., em 50,1% pela Transportes Aéreos Portugueses, S.A. e em 6% pela Portugália – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (“PGA”). 12 Reservas, prestações acessórias e prémios de emissão de ações Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 não ocorreram quaisquer movimentos nestas rubricas:

Reserva legal A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade. Porém, poderá ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Prestações acessórias Em 29 de dezembro de 2008 o acionista TAP SGPS procedeu a uma entrada em dinheiro, totalmente realizada, no montante de 3.700.000 Euros, sob a forma de prestações acessórias. De acordo com a legislação em vigor, as prestações acessórias só podem ser restituídas aos acionistas desde que o capital próprio não fique inferior à soma do capital social e da reserva legal. Prémios de emissão de ações Esta rubrica resulta do aumento do capital social efetuado em 24 de outubro de 2003, através da emissão de 48.000 ações com o valor nominal de 10 Euros cada, subscritas e realizadas integralmente pela PGA, mediante o pagamento em numerário de 92,5 Euros por cada ação, gerando um prémio de emissão por ação de 82,5 Euros. O saldo desta rubrica não é distribuível aos acionistas.

Reserva legal

Prestações acessórias

Prémios de emissão de

ações Total

1 de novembro de 2009 704.323 3.700.000 3.960.000 8.364.323

Aumentos / diminuições - - - -

31 de dezembro de 2010 704.323 3.700.000 3.960.000 8.364.323

Aumentos / diminuições - - - -

31 de dezembro de 2011 704.323 3.700.000 3.960.000 8.364.323

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 30

13 Pensões e outros benefícios pós-emprego Conforme referido na Nota 1.17 a SPdH atribui aos seus trabalhadores diversos benefícios pós-emprego. Complementos de pensões de reforma e prestações de pré-reforma Decorrente do processo de cisão da TAP, a Empresa assumiu o compromisso de assegurar o pagamento aos empregados no ativo, admitidos na TAP até 31 de maio de 1993, de uma pensão complementar de reforma correspondente à diferença entre a pensão de reforma, por limite de idade ou invalidez, atribuída pela Segurança Social, e um montante mínimo garantido pela Empresa. Este montante corresponde a uma percentagem fixa (4%) do vencimento pensionável à data da reforma, por cada ano de serviço na Empresa, até um máximo de 20 anos. Adicionalmente, a Empresa assumiu responsabilidades pelo pagamento de prestações de pré-reforma, de modo a que o montante a receber em situação de pré-reforma se situe entre 75% e 100% do valor que o empregado receberia no ativo. A quantificação das responsabilidades teve em devida consideração que, nos termos expressos da regulamentação coletiva que consagra o plano de pensões referido, a pensão total garantida pela Empresa, ou seja, pensão da segurança social e complemento de reforma, nunca será superior ao valor da remuneração base mensal líquida de IRS e Segurança Social no ativo. Cuidados de Saúde A Empresa assegura aos pré-reformados antecipadamente, que tenham idade inferior a 65 anos, um plano de saúde que lhes dá acesso a serviços médicos a uma taxa reduzida. Desta forma, a esta data, a provisão existente cobre a totalidade das responsabilidades com atos médicos com pré-reformados, tendo a referida responsabilidade sido determinada com base em estudo atuarial calculado por entidade independente. Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades Os principais pressupostos atuariais utilizados na elaboração dos estudos são apresentados como segue:

2011 2010Tabela de mortalidade TV-88/90 TV-88/90Tabela de invalidez EKV-80 EKV-80Rotação do pessoal 0% 0%Taxa de desconto 4,75% 4,75%

Taxa de crescimento

Salários 1,50% 1,50% Pensões 1,00% 1,00%Taxa de rendimento do fundo 4,75% 4,75%

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 31

As responsabilidades da Empresa foram determinadas por estudos atuariais reportados a 31 de dezembro de 2011 e 2010, elaborados por entidades independentes, utilizando o método Unidade de Crédito Projetado. As responsabilidades em 31 de dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

O excesso de financiamento registado em 31 de dezembro de 2010 nas Pensões Viva, no montante de 710.098 Euros, nos termos da lei, é reembolsável e/ou possibilita a dispensa de contribuições futuras. Evolução das responsabilidades com pensões e outros benefícios pós-emprego A evolução das responsabilidades assumidas, refletidas no balanço em 31 de dezembro de 2011 e 2010, são conforme segue:

Caso a taxa de tendência dos custos médicos registe um aumento ou decréscimo de um ponto percentual o respetivo impacto nas responsabilidades da Empresa a 31 de dezembro de 2011 é o seguinte:

Pensões Atos Pensões Atos

Viva médicos Viva (Nota 8) médicos

Responsabilidades por serviços passados

- Ativos 592.286 - 592.286 1.399.944 - 1.399.944

- Pré-reformados 3.077.150 220.576 3.297.726 60.290 11.040 71.330

- Aposentados 86.095 - 86.095 87.031 - 87.031

Valor de mercado dos fundos (2.147.536) - (2.147.536) (2.257.363) - (2.257.363)

Insuficiência / (excesso) 1.607.995 220.576 1.828.571 (710.098) 11.040 (699.058)

2011 2010

Total Total

Pensões Atos Pensões Atos

Viva médicos Viva médicos

Responsabilidades no início do exercício 1.547.265 11.040 1.558.305 2.368.802 36.716 2.405.518

Valores registados nos resultados do exercício:

Serviços correntes 64.800 209.536 274.336 99.066 (25.676) 73.390

Custo dos juros 73.495 - 73.495 115.868 - 115.868

Desvios atuariais 2.069.971 - 2.069.971 (1.036.471) - (1.036.471)

Responsabilidades no fim do exercício 3.755.531 220.576 3.976.107 1.547.265 11.040 1.558.305

TotalTotal

2011 2010

Taxa 2011

Taxa de crescimento anual dos custos médicos 1,50% 220.576

Aumento de 1% na taxa de tendência dos custos médicos 2,50% 227.919

Decréscimo de 1% na taxa de tendência dos custos médicos 0,50% 213.471

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 32

Gastos suportados com pensões e outros benefícios pós-emprego Relativamente aos gastos suportados com pensões e outros benefícios pós-emprego o detalhe é conforme segue:

Os custos com pensões e outros benefícios pós-emprego do exercício encontram-se registados na rubrica “Gastos com benefícios pós-emprego”. As perdas atuariais registadas no exercício de 2011 resultam, essencialmente, da decisão da Administração, no corrente ano, em antecipar a pré-reforma de um grupo significativo de colaboradores. Evolução dos fundos afetos aos planos de benefícios com pensões Nos exercícios de 2011 e 2010 a evolução do património dos fundos foi conforme segue:

A composição dos fundos e respetiva categoria das quantias incluídas no justo valor dos ativos do plano, em 31 de dezembro de 2011 e 2010 é conforme segue:

Pensões Atos Pensões Atos

Viva médicos Viva médicos

Serviços correntes 64.800 209.536 274.336 99.066 (25.676) 73.390

Custo dos juros 73.495 - 73.495 115.868 - 115.868

Retorno dos ativos dos planos 109.827 - 109.827 (33.791) - (33.791)

(Ganhos)/perdas atuariais 2.574.673 - 2.574.673 (843.698) - (843.698)

2.822.795 209.536 3.032.331 (662.555) (25.676) (688.231)

2011 2010

Total Total

Pensões Atos Pensões Atos

Viva médicos Viva médicos

Saldo inicial 2.257.363 - 2.257.363 1.031.439 - 1.031.439

Dotação efetuada no exercício - - - 1.192.133 - 1.192.133

Rendimento dos fundos no exercício (109.827) - (109.827) 33.791 - 33.791

Saldo Final 2.147.536 - 2.147.536 2.257.363 - 2.257.363

Total Total

2011 2010

Pensões Pensões

Viva Viva

Ações 1 476.759 1 563.768

Produtos derivados 2 2.163 2 1.699

Obrigações 1 470.451 1 556.914

Dívida pública 1 624.910 1 834.361

Imobiliário 1 142.666 1 161.078

Liquidez 1 430.587 1 138.333

Outras aplicações - curto prazo 1 - 1 1.210

2.147.536 2.257.363

2010

Nível de justo valor

Nível de justo valor

2011

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 33

14 Provisões No decurso dos exercícios de 2011 e 2010 realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

Destes movimentos resultaram uma perda de 395.877 Euros e um ganho de 1.049.926 Euros, respetivamente, nos exercícios de 2011 e 2010, que foram registados na rubrica “Provisões”. Processos judiciais em curso As provisões para processos judiciais em curso são constituídas de acordo com as avaliações de risco efetuadas pela Empresa e pelos seus consultores legais, baseadas na probabilidade de desfecho desfavorável para a Empresa, destinando-se a provisão existente em 31 de dezembro de 2011, no montante de 3.904.384 Euros, a fazer face a diversos processos judiciais intentados contra a Empresa.

Provisão para processos judiciais em

curso Outras Total

1 de novembro de 2009 5.503.857 - 5.503.857

Aumentos 119.091 - 119.091Reversões (1.169.017) - (1.169.017)Utilizações (902.112) - (902.112)

31 de dezembro de 2010 3.551.819 - 3.551.819

Aumentos 444.386 40.000 484.386Reversões (88.509) - (88.509)Utilizações (3.312) - (3.312)

31 de dezembro de 2011 3.904.384 40.000 3.944.384

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 34

15 Passivos remunerados Dívida remunerada corrente e não corrente Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a dívida remunerada detalha-se como segue:

Dívida bancária remunerada Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a dívida bancária remunerada detalha-se como segue:

O montante global de responsabilidades, acrescidos dos juros vincendos, encontra-se apresentado no capítulo referente ao risco de taxa de juro (Nota 3). Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a SPdH não tem créditos bancários concedidos e não sacados.

2011 2010

Não correntes

Empréstimos bancários - -

Dívida bancária remunerada - -

Locação f inanceira 527.031 1.227.313

Outras dívidas remuneradas 527.031 1.227.313

Total de dívida remunerada não corrente 527.031 1.227.313

2011 2010

Correntes

Empréstimos bancários 1.193.461 20.763.031

Dívida bancária remunerada 1.193.461 20.763.031

Locação f inanceira 845.275 1.252.048

Outras dívidas remuneradas 845.275 1.252.048

Total de dívida remunerada corrente 2.038.736 22.015.079

2011 2010

Não corrente 527.031 1.227.313

Corrente 2.038.736 22.015.079

Total de dívida a terceiros remunerada 2.565.767 23.242.392

2011 2010 Indexante

Correntes

Descoberto bancário (Nota 10) 1.191.720 10.197.880 Euribor 3M

Linha de crédito Millennium BCP - 6.531.110 Euribor 1M

Linha de crédito BPI - 4.005.916 Euribor 1M

Outros 1.741 28.125 -

Dívida bancária remunerada no fim do exercício 1.193.461 20.763.031

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 35

Dívida referente a locações financeiras A Empresa regista no seu ativo fixo tangível os ativos adquiridos em regime de locação financeira. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a SPdH tinha assumido compromissos decorrentes de contratos de locação financeira, encontrando-se o capital em dívida incluído na demonstração da posição financeira na rubrica passivos remunerados, como segue:

Os planos de reembolso da dívida de médio e longo prazo da Empresa, referente a locações financeiras, detalham-se como segue:

O montante global de responsabilidades, acrescidos dos juros vincendos, encontra-se detalhado no capítulo referente ao risco de taxa de juro (Nota 3). Locações operacionais Conforme referido na Nota 1.20, estas responsabilidades não se encontram registadas na demonstração de posição financeira da Empresa. Estes contratos têm durações variáveis, podendo ser prorrogados por vontade expressa das partes contraentes. Os planos de reembolso da dívida da Empresa, referentes a locações operacionais de viaturas, detalham-se como segue:

CorrenteNão

correnteTotal Corrente

Não corrente

Total

Equipamento básico 667.030 354.733 1.021.763 1.063.906 877.571 1.941.477Equipamento de transporte 14.459 3.440 17.899 20.887 17.583 38.470Equipamento administrativo 72.275 56.912 129.187 76.846 128.977 205.823Outros ativos tangíveis 91.511 111.946 203.457 90.409 203.182 293.591

Total de dívida por locação financeira 845.275 527.031 1.372.306 1.252.048 1.227.313 2.479.361

2011 2010

2011 2010

1 a 2 anos 421.187 810.860

2 a 3 anos 76.559 383.133

3 a 4 anos 29.285 33.320

Valor atual das responsabilidades 527.031 1.227.313

2011 2010

Até 1 ano 641.909 658.090

1 a 2 anos 540.624 644.668

2 a 3 anos 530.826 541.309

3 a 4 anos 283.680 530.878

Mais de 4 anos - 283.680

1.997.039 2.658.625

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 36

16 Outras contas a pagar Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o detalhe da rubrica de outras contas a pagar é como segue:

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica de acréscimos de gastos decompõe-se como segue:

A rubrica “Custos de encerramento da unidade de Faro” englobava: i) os encargos relacionados com as indemnizações de rescisões acordadas no exercício de 2010, no montante de 12.187.531 Euros, cuja liquidação apenas se verificou em 2011 e ii) os custos incorridos até ao seu encerramento definitivo. Na sequência do Orçamento de Estado de 2012, as empresas públicas não irão proceder ao pagamento, em 2012, dos subsídios de férias e de Natal. A SPdH, na sequência do processo de compra das ações pelo Grupo URBANOS, irá proceder ao pagamento do subsídio de férias, pelo que, em 31 de dezembro de 2011, aquela responsabilidade encontra-se estimada. O saldo da rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de 2011 e 2010:

2011 2010

Empréstimos de empresas do Grupo (Nota 30) 119.378.765 73.519.873 Acréscimos de gastos 11.880.189 33.202.964 Fornecedores 5.045.090 5.099.135 Outras contas a pagar correntes 865.502 1.971.602

137.169.546 113.793.574

2011 2010

Remunerações a liquidar 9.307.823 11.308.330 Subcontratos 374.880 3.478.050 Partes relacionadas (Nota 30) 525.268 1.724.223 Rendas e alugueres 115.366 222.508 Refeitório 69.463 165.505 Seguros 38.546 183.416 Trabalhos especializados 18.835 287.206 Custos de encerramento da unidade de Faro - 14.633.905 Taxas de exploração e assistência a bagagens - 349.272 Outros acréscimos de gastos 1.430.008 850.549

11.880.189 33.202.964

2011 2010

Partes relacionadas (Nota 30) 1.352.271 2.331.551 Adecco Recursos Humanos, Lda. 812.044 - ANA - Aeroportos de Portugal 297.185 320.262 ANAM - Aeroportos da Madeira 244.449 266.242 Império Bonança - Companhia de Seguros 244.777 232.083 Air Pass - Prestação de serviços 235.233 7.517 Carristur Portugal 159.848 - Cross Staff - Empresa de trabalho temporário 151.759 - Outros 1.547.524 1.941.480

5.045.090 5.099.135

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 37

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica de outras contas a pagar correntes decompõe-se como segue:

17 Serviços prestados e outros ganhos operacionais O detalhe dos serviços prestados durante os exercícios de 2011 e 2010 é como se segue:

Durante os exercícios de 2011 e 2010 a rubrica de outros ganhos operacionais apresenta o seguinte detalhe:

18 Inventários consumidos e vendidos Os gastos com inventários consumidos e vendidos em 2011 e 2010 apresentam-se como segue:

2011 2010

Adiantamentos de clientes 405.826 259.247 Pessoal 233.906 122.429 Recebimentos por conta de terceiros - HERMES 61.786 423.048 Partes relacionadas (Nota 30) 34.828 740.659 Outras contas a pagar 129.156 426.219

865.502 1.971.602

2011 2010Handling 95.289.468 113.141.697 Carga 10.891.052 14.467.676 Outras prestações de serviços 200.213 318.923

106.380.733 127.928.296

2011 2010Reparação de equipamentos 991.415 1.058.782 Cursos de formação profissional 476.706 613.403 Rendas e sublocações 187.265 500.563 Consultoria técnica 259.314 356.002 Diferenças de câmbio 4.473 184.715 Outros proveitos suplementares 401.354 1.217.822

2.320.527 3.931.287

2011 2010

Inventários iniciais 1.308.286 1.374.883 Compras 660.057 979.369 Regularização de inventários - 51.029 Inventários f inais (Nota 7) (1.149.912) (1.308.286)

818.431 1.096.995

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 38

19 Variação da produção A variação da produção em 2011 e 2010 foi como segue:

20 Materiais e serviços consumidos Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Os custos referentes a fornecimentos e serviços externos reduziram em comparação com o exercício de 2010, sendo esta variação explicada pelo número de meses considerado em 2010 (ver Nota 1.2). Adicionalmente, o encerramento da unidade de Faro em 2010 contribuiu igualmente para a redução dos custos com materiais e serviços consumidos.

2011 2010

Inventários iniciais 162.074 206.684 Regularização de inventários 7.376 (4.502) Inventários f inais (Nota 7) (123.451) (162.074)

45.999 40.108

2011 2010

Subcontratos 13.538.428 16.304.371 Rendas e alugueres 9.946.235 12.998.010 Trabalhos especializados 3.714.604 4.505.880 Conservação e reparação 2.976.324 3.198.229 Taxas de exploração 2.743.683 3.130.586 Taxas de assistência de bagagem 2.070.008 2.482.432 Combustíveis 1.568.364 1.689.517 Comunicação 1.013.707 1.232.786 Limpeza, higiene e conforto 503.806 646.293 Vigilância e segurança 524.664 618.560 Material de escritório 257.848 538.226 Seguros 444.658 525.434 Electricidade 500.687 279.966 Outras despesas com passageiros 188.131 262.377 Deslocações e estadas 167.286 240.398 Etiquetas e cartões de embarque 153.766 195.943 Honorários 52.438 86.189 Outros fornecimentos e serviços externos 447.060 759.325

40.811.697 49.694.522

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 39

21 Gastos com o pessoal Os gastos com o pessoal, incorridos durante os exercícios de 2011 e 2010, foram como segue:

Concorreram para a redução de gastos com o pessoal, de 2010 para 2011, a diferença no número total de meses de ambos os exercícios (ver Nota 1.2), bem como as indemnizações por despedimento, associadas ao encerramento da unidade de Faro, que teve lugar, igualmente, naquele exercício. Durante os exercícios de 2011 e 2010 o número médio de trabalhadores foi de 1.945 e 2.435, respetivamente. De referir que, o encerramento da unidade de Faro teve como consequência o despedimento coletivo de 319 trabalhadores.

22 Imparidades de inventários e contas a receber Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica detalha-se como segue:

2011 2010

Órgãos sociais 287.144 414.141 Pessoal 69.579.788 118.498.408

69.866.932 118.912.549

Remunerações f ixas 44.471.077 67.669.485 Remunerações variáveis 5.383.511 8.088.370 Encargos sobre remunerações 11.617.848 17.846.917 Seguros de pessoal 2.021.979 2.750.432 Custos de ação social 3.689.051 5.562.335 Comparticipação de refeições 1.830.993 2.637.945 Uniformes e trajes de trabalho 511.062 682.750 Instrução e recrutamento de pessoal 18.778 175.390 Indemnizações 107.512 13.156.431 Outras despesas com o pessoal 215.121 342.494

69.866.932 118.912.549

2011 2010

Imparidade inventários (Nota 7) (69.119) 29 Imparidade contas a receber (Nota 8) 109.003 (81.540)

39.884 (81.511)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 40

23 Outros gastos operacionais O detalhe da rubrica de outros gastos operacionais é apresentado no quadro seguinte:

24 Depreciações, amortizações e perdas por imparidade Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica depreciações, amortizações e perdas por imparidade decompõe-se como segue:

25 Resultados financeiros líquidos O detalhe dos resultados financeiros líquidos dos exercícios de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

Impostos 72.010 161.672 Menos valias de ativos tangíveis 20.812 5.153 Serviços bancários 43.840 55.202 Outros gastos operacionais 52.562 33.481

189.224 255.508

2011 2010Depreciações de ativos tangíveis (Nota 5)

Edifícios e outras construções 21.570 25.165 Equipamento básico 1.574.602 2.207.162 Equipamento de transporte 16.453 71.824 Ferramentas e utensílios 2.207 1.483 Equipamento administrativo 398.925 400.630 Outros ativos tangíveis 76.545 87.314

2.090.302 2.793.578 Amortizações de ativos intangíveis

Despesas de investigação e de desenvolvimento - 2.049.714 Propriedade industrial e outros direitos - 696.498

- 2.746.212

2.090.302 5.539.790

2011 2010

Juros suportados 2.429.294 1.622.101 Juros obtidos (1.799) (384)Outros gastos e perdas f inanceiros 42.265 37.883

2.469.760 1.659.600

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 41

26 Imposto sobre o rendimento A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 25%, acrescida em 1,5% sobre o lucro tributável pela aplicação da Derrama, resultando numa taxa de imposto agregada de 26,5%. Com as medidas de austeridade aprovadas pela Lei n.º 12-A/2010, de 30 de setembro, esta taxa é elevada em 2,5% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 2.000.000 Euros. No apuramento da matéria coletável, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos montantes não aceites fiscalmente. Estas diferenças entre o resultado contabilístico e fiscal podem ser de natureza temporária ou permanente. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas naquele artigo. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a decomposição do montante de imposto do exercício reconhecido nas demonstrações financeiras é conforme segue:

O imposto corrente é composto essencialmente pelas tributações autónomas.

2011 2010

Imposto corrente (Nota 9) 66.100 39.585 Imposto diferido (Nota 6) (630) (1.685)Diferenças de estimativa de imposto (770) (1.830)

64.700 36.070

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 42

A reconciliação do montante de imposto do exercício é conforme segue:

A taxa de imposto adotada na determinação do montante de imposto nas demonstrações financeiras é conforme segue:

27 Resultados por ação Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da SPdH, pelo que não existe diluição de resultados.

2011 2010Imposto sobre o rendimento 64.700 36.070

2011 2010Resultado antes de impostos (11.059.177) (43.519.821)Taxa nominal de imposto 26,50% 26,50%Imposto esperado (2.930.682) (11.532.753)Diferenças permanentes (a) 51.712 (749.438)Tributação autónoma 66.100 39.585 Insuficiência de estimativa de imposto (770) (1.830)Outros ajustamentos 162.331 693.534 Prejuízos f iscais reportáveis sem constituição de AID 2.716.009 11.586.972

64.700 36.070

Taxa efetiva de imposto -0,59% -0,08%

(a) Este valor respeita, essencialmente, a:2011 2010

Provisões não dedutíveis 192.956 (1.363.040)Amortizações e reintegrações não aceites como custo 19.310 555.456 Ajustamentos não aceites como custo - (1.826.014)Outros ajustamentos não dedutíveis (17.127) (194.470)

195.139 (2.828.068)Impacto f iscal 26,5% 51.712 (749.438)

2011 2010

Taxa de imposto 25,00% 25,00%Derrama 1,50% 1,50%

26,50% 26,50%

2011 2010

Resultado atribuível ao acionista (11.123.877) (43.555.891)

Número médio ponderado de ações 50.000 50.000

Resultado básico por ação (222,48) (871,12)

Resultado diluído por ação (222,48) (871,12)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 43

28 Compromissos Garantias prestadas Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 as garantias prestadas pela Empresa decompõem-se como segue:

As garantias prestadas ao Serviço de Finanças de Lisboa, referem-se, essencialmente, às garantias no âmbito das execuções fiscais instauradas contra a Empresa, na sequência do não pagamento de faturas relacionadas com as taxas devidas pela utilização dos sistemas Imuse e CUTE, aplicáveis nas escalas da Madeira e de Faro, respetivamente. Na sequência do acordo extra-judicial celebrado entre a ANA, ANAM, TAP S.A. e SPdH, a 12 de maio de 2010, cujos termos produziram efeitos a 30 de abril do mesmo ano, foram acordados os termos de desistência de todos os pedidos de execução fiscal formulados e consequente levantamento das garantias bancárias prestadas. Em 13 de janeiro de 2012, o Serviço de Finanças de Lisboa procedeu à devolução das garantias bancárias à SPdH, por se encontrarem extintos por anulação e pagamento os referidos processos executivos, no montante de 2.866.775 Euros. Compromissos de compra Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 existiam compromissos financeiros assumidos pela Empresa relativos a rendas de locação operacional de viaturas, nos montantes de 1.997.039 Euros e 2.658.625 Euros, respetivamente (Nota 15). 29 Ativos e passivos contingentes Ativos contingentes De referir, que, se encontram em curso impugnações judiciais junto do Tribunal Tributário de Lisboa, no montante de 1.821.246 Euros, para reconhecimento dos benefícios fiscais, em sede de IRC de 2003 e 2004, respeitantes à criação líquida de emprego. Adicionalmente, a Empresa espera ainda vir a receber o montante de 439.165 Euros, também relacionado com a criação líquida de emprego, contemplado na declaração de substituição referente ao período compreendido entre 1 de Janeiro de 2005 e 31 de Outubro de 2005. Deste modo, o montante total de 2.260.411 Euros, é considerado pela Empresa como ativo contingente. Logo que o reembolso esteja virtualmente assegurado, o que ainda não se verifica a esta data, este montante será registado como ativo. Passivos contingentes

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a Empresa não possuía passivos contingentes.

Entidade 2011 2010

Serviço de Finanças de Lisboa 2.866.775 2.866.775Direcção Geral das Alfândegas 400.000 -

Tribunal do Trabalho de Faro 59.666 -

IGFSS - Instituto Gestão Financeira da Segurança Social 11.138 -

Tribunal do Trabalho 7.226 14.964Autoridade Condições Trabalho 1.683 -Tribunal Judicial de Faro - 14.890Tribunal do Trabalho de Gaia - -

3.346.488 2.896.629

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 44

30 Partes relacionadas Os saldos e transações com entidades relacionadas a 31 de dezembro de 2011 e 2010 são como segue:

Consideram-se partes relacionadas todas as subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas pertencentes ao Grupo TAP conforme identificadas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo. As remunerações auferidas pelo Conselho de Administração apresentam-se como segue:

TAP SA PGA TAP SGPS Megasis LFP Cateringpor UCS Total

Saldos:

Clientes (Nota 8) 7.567.897 10.383 - 237 2.176 950 560 7.582.203

7.567.897 10.383 - 237 2.176 950 560 7.582.203

Fornecedores (Nota 16) (1.025.963) (386) - (276.665) - (5.525) (43.732) (1.352.271)Acréscimos de gastos (Nota 16) (525.268) - - - - - - (525.268)Contas a pagar (Nota 16)

Empréstimos obtidos - - (119.378.765) - - - - (119.378.765) Correntes (34.828) - - - - - - (34.828)

(1.586.059) (386) (119.378.765) (276.665) - (5.525) (43.732) (121.291.132)

Transações:

Serviços prestados 76.732.059 110.785 - - 5.940 4.500 1.771 76.855.055 Compras e serviços recebidos (6.846.686) (5.816) - (3.120.083) - (547) (486.862) (10.459.994)Juros suportados (4) (1.784.547) - - - - - (1.784.551)

69.885.369 (1.679.578) - (3.120.083) 5.940 3.953 (485.091) 64.610.510

TAP SA PGA TAP SGPS Megasis LFP Cateringpor UCS Total

Saldos:

Clientes (Nota 8) 13.399.857 - - 340 1.506 - 25.802 13.427.505 Outras contas a receber correntes (Nota 8) 169.022 298.945 - 1 - - - 467.968

13.568.879 298.945 - 341 1.506 - 25.802 13.895.473

Fornecedores (Nota 16) (2.272.803) (27.717) - - - (15.862) (15.169) (2.331.551)Acréscimos de gastos (Nota 16) (1.261.966) (28.175) - (417.245) - - (16.837) (1.724.223)Contas a pagar (Nota 16)

Empréstimos obtidos - - (73.519.873) - - - - (73.519.873) Correntes (354.963) (320.576) - - - - (65.120) (740.659)

(3.889.732) (376.468) (73.519.873) (417.245) - (15.862) (97.126) (78.316.306)

Transações:

Serviços prestados 87.724.364 67.052 - 580 6.810 7.050 2.129 87.807.985 Compras e serviços recebidos (9.677.380) (520) - (4.687.064) - (4.172) (730.449) (15.099.585)Juros suportados - - (519.873) - - - - (519.873)

78.046.984 66.531 (519.873) (4.686.484) 6.810 2.878 (728.320) 72.188.526

2011

2010

2011 2010

Conselho de Administração (Nota 21) 287.144 414.141

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 45

31 Custos com auditoria e revisão legal de contas Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 os dispêndios com auditoria e com serviços de revisão legal de contas decompõem-se como segue:

32 Eventos subsequentes Na sequência do acordo de venda de 50,1% do capital da SPdH, os empréstimos concedidos até 31 de dezembro de 2011, no montante de 119.378.765 Euros (Nota 16), foram convertidos em prestações acessórias, para cobertura de prejuízos, por decisão da Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012.

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Sandra Candeias Matos da Luz Luís Manuel Miguel Correia da Silva Presidente

Carlos Gomes Nogueira Administrador-Delegado Luís Manuel da Silva Rodrigues Administrador José Manuel Fragoso de Sousa Administrador Maria da Conceição dos Santos Varejão Administradora

2011 2010

Serviços de auditoria, revisão legal de contas e outros 28.353 25.844Serviços de assessoria f iscal 10.400 5.475

38.753 31.319