Sergio_Adesao_tratamento

14
Adesão ao Tratamento Hipertensão Arterial

Transcript of Sergio_Adesao_tratamento

Page 1: Sergio_Adesao_tratamento

Adesão ao Tratamento

Hipertensão Arterial

Page 2: Sergio_Adesao_tratamento

O que interfere na aderência ao tratamento medicamentoso em

pacientes em acompanhamento na atenção básica?

A falta de adesão ao tratamento anti-hipertensivo continua constituindo um dos maiores problemas na área de hipertensão arterial.

Buscar otimizar adesão do indivíduo ao tratamento é portanto uma meta primordial no direcionamento das ações da equipe de saúde junto ao hipertenso.

Que intervenções são efetivas para aumentar a aderência ao

tratamento medicamentoso?

Page 3: Sergio_Adesao_tratamento

Considera-se que a aderência ocorre quando a conduta do paciente em termos de tomar medicamentos, seguir dietas e executar mudanças no estilo de vida coincide com a prescrição clínica.

Os conceitos de adesão variam muito, mas pode-se definir como “a utilização dos medicamentos prescritos ou outros procedimentos em pelo menos 80% de seu total, observando horários, doses, tempo de tratamento”.

Page 4: Sergio_Adesao_tratamento

A opinião comum de que os pacientes são unicamente responsáveis por seguir seu tratamento é enganadora e reflete o equívoco mais comum de como outros fatores afetam o comportamento e a capacidade da pessoa em aderir a seu tratamento.

Para a OMS, adesão é um fenômeno multidimensional determinado pela interação de cinco fatores (Figura 1), denominados como “dimensões”, no qual os fatores relacionados ao paciente são apenas um determinante.

Page 5: Sergio_Adesao_tratamento

A aderência a tratamentos não se restringe a prescrever um medicamento ou uma conduta e imaginar que, mecanicamente, as pessoas seguirão o que está escrito e o que foi falado.

Esse seguimento depende muito mais do fato da prática clínica estar desfocada do médico e centrada na pessoa, princípio basilar da medicina.

Page 6: Sergio_Adesao_tratamento

O aumento da aderência depende muito da melhoria da

comunicação do médico com seu paciente, sobretudo quando

aborda aspectos práticos da condição ou da doença e de seu

tratamento, assim como aspectos fisiopatológicos e efeitos

colaterais palpáveis do uso de medicamentos.

Sugere-se que o profissional aborde os efeitos colaterais, mesmo

que o paciente não expresse espontaneamente, e o emprego da

expressão efeitos palpáveis pode facilitar a comunicação entre

ambos. Além disso, o profissional de saúde deve reforçar os efeitos

benéficos dos tratamentos, mesmo quando surgem efeitos

colaterais. Esses efeitos não devem ser minimizados, mas se deve

demonstrar que é um dos indicadores do efeito do tratamento,

pois, para o paciente, indicam que o tratamento está dando

resultados.

Page 7: Sergio_Adesao_tratamento

Nenhuma intervenção simples é eficaz.

Recomenda-se, portanto a combinação de várias estratégias:

• informação adequada, • aconselhamento, • auto monitoramento, • lembretes, • reforços periódicos, • terapia familiar, • psicoterapia, • acompanhamento por telefone , • e outras formas cabíveis para cada caso.

Page 8: Sergio_Adesao_tratamento

Sugere-se aplicar a escala ROMI periodicamente, que já está validada em português pelos estudos de Rosa e colaboradores (2005).

A escala ROMI (Rating of Medication Influences - Escala de Influências em Medicações que pode ser aplicada pelo próprio médico está dividida em duas partes. A primeira é semi-estruturada e aborda questões sobre o estilo de vida, local do tratamento, regime medicamentoso prescrito, atitude do paciente perante o tratamento, e a postura da família perante a condição clínica e tratamentos e orientações indicadas.

A segunda envolve questões sobre as razões de aderência ou não aderência.

Page 9: Sergio_Adesao_tratamento

Ambas as seções iniciam com uma questão aberta como

“Qual a sua motivação primária para tomar a medicação?“

ou “ Qual a sua motivação primária para não tomar a

medicação?”. Na seqüência, as seções apresentam uma escala de motivos para tomar ou não a medicação, sendo que o paciente atribui um grau de influência, ou um “peso”, para cada item; “nenhuma influência”, “moderada influência” ou “forte influência” pontuando-se respectivamente em 1, 2 ou 3 e 9 em caso de não ser possível avaliar o grau de influência do item.

Page 10: Sergio_Adesao_tratamento

Opção semelhante é o método SIMPLE, a partir de revisão narrativa, em que sugere o uso de abordagem combinada para melhorar a aderência e para facilitar o acompanhamento elaborou o seguinte acróstico:

S - Simplificação do regime terapêutico I – Intensificar a oferta dos seus conhecimentos sobre a condição do paciente M – Modificar crenças e mitos. P – Promover a melhoria da comunicação com pacientes e familiares. L – Levar em consideração aspectos demográficos E – Evolução da aderência

Dalla MDB ; et al. São Paulo: Associação Médica Brasileira, 2009

Page 11: Sergio_Adesao_tratamento

Dalla MDB ; et al. São Paulo: Associação Médica Brasileira, 2009

Page 12: Sergio_Adesao_tratamento

Como foi visto no caso, o paciente Sérgio teve dificuldade em aderir ao tratamento proposto pela Drª Laís, com o uso de anti-hipertensivos.

Continue lendo o caso e verifique como ocorreu a aplicação do método SIMPLE pela médica

direcionada ao paciente.

Page 13: Sergio_Adesao_tratamento

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Dalla MDB ; Stein, A. T. ; Castro-Filho ED ; Lopes AC ; Melo NR ; Virmond MCL . Aderência a Tratamento Medicamentoso. São Paulo: Associação Médica Brasileira, 2009 (Elaboração de Diretrizes Clínicas). Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/02-Aderencia.pdf

• Gusmão J. L, Mion J. D. Adesão ao tratamento – conceitos. Rev.

Bras. Hipertens, São Paulo, v.13, n.1, p. 23-25, janeiro 2006. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/13-1/06-adesao-ao-tratamento.pdf

• OMS - Organização Mundial da Saúde. Adherence to long-term

therapies- evidence for action, 2003. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/publications/2003/9241545992.pdf

Page 14: Sergio_Adesao_tratamento