Seminário Ricardo Azevedo
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Faculdade Sumaré
SEMINÁRIO DE LITERATURA INFANTIL 2013Professor: Marco A. Canadas.
Obra Analisada: O Leão AdamastorEscritor: Ricardo de Azevedo
Dori Eni do Carmo – RA 1110265
Guilhermina Lima – Ra 1113212
Ivoneide da S. M. Barros – RA 1110063
Kelly Antonio – RA 1115720
Michelle Marcondes – RA 1111322
Patrícia de C. P. Carvalho – RA 1110730
Paulo Roberto – RA 1112214
Sidneia Bratti – RA 1115401
25/05/2013
1. Introdução
A elaboração do trabalho foi dividido as tarefas entre os alunos. Depois cada
um passou por e-mail para aluno responsável pela digitação e montagem da
apresentação no Power point. Os encontros foram feitos na própria faculdade,
o primeiro livro que lemos, com sua leitura agradável e divertida escolhemos O
Leão Adamastor. O texto foi divido para cada representante do grupo explicar
a sua parte.
2. Biografia do autor estudado
Figure 1 - Imagem do Google
Ricardo José Duff Azevedo, paulista, nasceu em 1949, escritor, ilustrador,
compositor, pesquisador e publicitário, é autor de vários livros para crianças e
jovens.
Cursou a Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando
Álvares Penteado (FAAP) em 1970, mas optou pelo curso de comunicação visual da
Faculdade de Artes Plásticas, forma-se 1974 passa a trabalhar com redator e como
ilustrações, direção de arte e projetos visuais.
Cresceu em uma casa onde ler e escrever livros era uma prática, já que o
pai, geógrafo, foi autor de diversas obras. Aprendeu desde cedo, portanto, a
importância da literatura.
Tinha muitos livros em casa. Sempre foi prazeroso encarar a estante e
escolher um livro. Na infância, lia muito "O tesouro da juventude" (uma maravilhosa
coleção de 18 volumes), os livros do Monteiro Lobato e também "As Aventuras de
Tintim", de Herge.
Aos 16 anos, três contos infantis de um escritor suíço chamado Peter
Bichsel, decidiu que gostaria de escrever daquele jeito, pouco tempo depois com 17
anos escreveu seu primeiro livro para crianças com o título Um Homem no Sótão,
mais tarde acabou se transformando num seus livros mais premiados.
Na década de 80, estreia como autor e ilustrador com O Peixe que Podia
Cantar e dedica-se mais à literatura e à ilustração do que aos trabalhos de
publicidade.
E autor de mais de 100 livros para crianças e jovens em que o folclore é a
palavra-chave, diz que “A cultura popular não é uma coisa morta que precisa ser
relembrada. Ela é viva, imensa e ocorre o tempo todo, em todos os lugares, todos os
dias do ano”.
Retorna aos estudos acadêmicos é mestre em Letras pela Universidade de
São Paulo e doutorando em Teoria Literária (USP). É também pesquisador na área
da cultura popular. Já recriou mais de uma centena de mitos, lendas e contos do
imaginário brasileiro. Ele defende que essa cultura que tem origem na tradição oral –
incluindo suas variações musicais, como o samba – deveria ter uma presença mais
forte na escola.
Entre as obras do escritor destacam-se: Um Homem no Sótão (Ática),
Armazém do Folclore (Ática), No meio da noite escura tem um pé de maravilha!
(Ática), História de bobos, bocós, burraldos e paspalhões (Projeto), Trezentos
parafusos a menos (Companhia das Letrinhas) e O sábio ao contrário (SENAC).
Azevedo recebeu quatro prêmios Jabuti e tem livros publicados na
Alemanha, Portugal, México e Holanda.
Também ministra palestras e escreve artigos abordando questões referentes
à formação de leitores e ao uso da literatura de ficção na escola. Autor, na maioria
das vezes, dos desenhos de seus próprios livros, Azevedo ilustra também textos de
outros autores. Compõem ainda letras de músicas, algumas publicadas em Feito
Bala Perdidas, juntamente com outros poemas.
Seus livros são destinados ao público infanto-juvenil. Sua obra inclui ainda a
recriação de narrativas de tradição popular e brincadeiras com palavras.
O autor trabalha com diferentes estratégias narrativas que se alternam ou se
conjugam com elementos do real e do maravilhoso. Os protagonistas são ora
animais ou objetos humanizados, ora personagens tradicionais de contos de fadas,
ou simplesmente personagens que representam crianças e adultos. Algumas vezes,
diferentes textos retomam os mesmos personagens, ampliando ou reduzindo o nível
de aprofundamento no tema, como ocorre em Araújo Ama Ofélia e Chega de
Saudade, ou em Marinheiro Rasgado, O Rei das Pulgas e Coração Maltrapilho.
A linguagem que utiliza é direta e concisa, e o vocabulário, coloquial, mas a
leitura de seus textos pode ser feita em diversos níveis, encerrando, na maioria das
vezes, mais de um significado.
As narrativas apresentam uma estrutura linear, mas nem todas são
construídas de forma convencional. Em algumas são intercalados artigos de jornal,
cartas, anúncios publicitários ou partituras musicais, em outras são introduzidos
episódios aparentemente autônomos, sem a mediação do narrador, e em outras
ainda varia o foco narrativo, provocando um efeito de estranhamento no leitor.
Referente aos espaços representados nas suas obras são tanto a casa, a
rua ou a escola como as áreas indeterminadas que adquirem uma configuração
simbólica. O espaço urbano, embora tenha como referência a cidade de São Paulo.
Autor das ilustrações da maioria de seus livros procura a
complementariedade das linguagens visual e verbal, de modo que a ilustração não
se limite ao texto, mas amplie seu universo de significação. Essa preocupação é
relativizada, naturalmente, de acordo com a faixa etária a que se destina o livro; e
mesmo naqueles destinados a crianças recém-alfabetizadas, que precisam de
ilustrações que as ajudem a compreender o texto, observa-se a presença de
elementos não referidos na narrativa que estimulam a imaginação do leitor. Os
traços são próximos do desenho infantil, com imagens geralmente coloridas em tons
fortes. Em alguns livros em que faz a releitura de textos de tradição popular, cria
desenhos a nanquim que se aproximam das xilogravuras populares e remetem à
ilustração da literatura de cordel.
Para o Ricardo Azevedo, o problema não está em fazer ler e, sim, em
mostrar para as crianças o verdadeiro papel e a importância da literatura. “A leitura é
um patrimônio completamente insubstituível. O que acontece é que muitas escolas
ainda confundem livros didáticos com literatura, então, a criança fica achando que
todo livro tem necessariamente uma lição que ela precisa aprender”, aponta o autor.
Agora, quando o aluno percebe que o livro que ele tem em mãos compartilha
emoções, dúvidas e conflitos humanos, ele muda de comportamento - e passa a ser
leitor. E isso, apesar de todo o apelo tecnológico dos dias de hoje. Vamos ser claros:
a literatura sempre trata de conflitos humanos, incoerências, acasos e contradições,
caso contrário nem haveria porque contar uma história... O livro técnico é o oposto
disso, ele é sempre coerente, "limpo" e pretende que 100% dos seus leitores tenham
uma mesma e única interpretação.
3. Resumo da obra/Texto analisado
Figure 2 - imagem Google
Escolhemos o livro: O Leão Adamastor.
Quase todos os anos, um anão vestido de palhaço anunciava para a cidade
que “brevemente aqui o espetacular Gran Circo Irmãos Molina!”.
Quando o circo chegava, um autofalante anunciavam as principais atrações,
palhaços, magico, trapezista e o magnifico leão africano que vivia num jaula e nem
domador já ousara a enfrentar. Chamava-se Adamastor
No circo todos queria ver o Leão, o rei dos animais, o grande e terrível
bichano. Adamastor morria de orgulho.
Um dia, o circo pegou fogo, causado pelas labaredas que saia da boca do
engolidor de fogo, pois ele havia ficado doente e estava cuspindo fogo, ninguém fico
ferido, mas Adamastor aproveitou a grande confusão, sabe-se lá como, fugiu de sua
jaula e foi parar na floresta. Estava tão feliz que conseguiu a sua liberdade, começou
a dançar, sapatear e rosnar. Adormeceu, quando acordou estava rodeado por
animas da floresta. Lá foi logo se impondo para os outros animais e reivindicando
sua condição de rei, mas não imaginava que os bichos começaram a gargalhar da
sua cara, pois nunca tinham visto um leão. E não dera bola para Adamastor,
portanto os animais por sua vez, não o conheciam e perguntaram a ele que tipo de
bicho ele era.
O Leão frustrado, não sabia o que fazer. Sem as mordomias do circo e sem
saber caçar, pois já não lembrava mais, se viu perdido e com saudade de sua terra
natal: a África.
Alguns dias depois, já magro, teve uma ideia brilhante, se disfarçaria de
cachorro para viver na cidade como cão de guarda de alguém, então cortou a sua
enorme juba, pelos do rabo e aparou as unhas e bigodes e foi arranjar um emprego,
e no primeiro dia, é capturado pela carrocinha, mas ao mesmo tempo é um leão de
sorte, apareceu no canil um velhinho elegante e levou Adamastor para casa.
Passou a ser chamado pelo velhinho de Lelê, e a sua vida disfarçado de
cachorro, mudou da água para o vinho, era uma vida boa demais.
Numa tarde o professor Antônico foi encontrar com sua namorada e levou
Adamastor junto para passear, ficou zanzando para matar o tempo, nisso acabou
fazendo amizade com as crianças.
De repente apareceu um elefante na direção das crianças, apareceu um
cachorro com tamanho vozeirão e dentes afiados. O elefante atrapalhou-se e levou
um tombo e escorregou e esborrachando no chão. Quando apareceram os
funcionários do Zoológico e levando embora. Foi um herói enfrentou o elefante
sozinho, professor Antônico sentiu muito orgulho.
Por ironia do destino, ele consegue um emprego e vai trabalhar no cinema,
e ficou famoso, só que nas noites de insônia ficava pensativo e triste queria largar
tudo e assumir a sua verdadeira identidade e voltar para a África.
Adamastor seguiu para o local onde ia ser filmado o filme, passaram por
vários lugares, até o momento que Adamastor começou a sentir uma coisa estranha
dentro do peito, pensou que estava doente? Mas quando o jipe entrou no matagal,
uma coisa esquisita, sentiu o coração. Vinha um ruído no fundo da floresta.
Adamastor arregalou os olhos, prestou atenção e aguçaram os ouvidos, neste
momento o leão saltou fora do jipe urrando de peito estufado. Por um acaso do
destino e com muita sorte, dessas que acontece só uma vez na vida, ele volta para a
África, conseguindo assim sua tão sonhada liberdade.
Havia voltado a ser o grande, indescritível, portentoso e magnifico leão
africano. O rei das selvas. O senhor dos aninais.
Feliz e muito apressado, mergulhou na mata.
O livro nasceu quando um dia Ricardo Azevedo levou os filhos num circo
mambembe perto de sua casa. O apresentador anunciou o “grande leão africano”,
foi levado dentro do picadeiro num jaula. Ricardo se lembra do olhar arregalados dos
seus filhos, quando entrou o leão no picadeiro, magro e maltratado. Nessa época
ainda trabalhava como publicitário, mas pensava em abandonar o emprego e
dedicar aos livros. Era decisão difícil. Acho que da mistura dessas situações, de um
lado o leão maltratado e do outro dúvida de largar o emprego e assumir uma nova
profissão, saíram às ideias para escrever esse livro, publicado em 1981 pela
Melhoramentos, e agora reformulado pela Formato.
4. Análise da obra/texto escolhido
O livro O Leão Adamastor possui 47 páginas e o personagem principal
dessa obra é um leão e a história inteira se passa nas aventuras e riscos que ele
enfrenta, desde o circo até sua liberdade.
O narrador não é um personagem, apenas narra à história.
Nesta obra, ele usa uma linguagem formal, há presença de oralidades, pois
os personagens se interagem entre si, não há rimas, possui sonoridade na escrita e
figuras de linguagens, como a metáfora onde o autor emprega uma palavra para
comparar a semelhança entre dois termos.
Podemos dizer que esta obra é objetiva e subjetiva.
Objetiva, pois é uma história que envolve vários assuntos importantes como
a ética, a capacidade de integração, o relacionamento na comunidade, a relação do
meio ambiente com a qualidade de vida.
Subjetiva porque envolve a fantasia, como o circo, palhaços, bailarinas, tudo
isso mexe com a imaginação da criança.
No final do texto, o autor nos deixa uma mensagem implícita, ou seja, uma
moral da história: Ser quem você realmente é acreditar no seu potencial, ser
autoconfiante, sem imitar alguém ou alguma coisa, pois pode não dar certo.
5. Possíveis relações entre a obra (ou autor) aos textos de Monteiro Lobato e
Ricardo Azevedo – comparativo
O LEÃO ADAMASTOR: A linearidade da narrativa é aparente, pois há
recuos no tempo, o que rompe com a ordem cronológica. A história apresenta um
final feliz e aberto, visto que o leão encontra o espaço desejado, mas o narrador não
revela e nem sugere como foi sua adaptação na selva africana.
O texto O leão Adamastor fala sobre a busca da identidade e os conflitos
interiores vividos pelo personagem protagonista. Como também, da adaptação a
novas situações, do mecanismo de defesa e da necessidade de sobrevivência, da
resolução de problemas por meio de situações criativas, da amizade, da música e da
busca pelo ideal.
REINAÇÕES DE NARIZINHO: O livro é composto de várias pequenas
histórias, previamente publicadas, compostas em capítulos. Algumas histórias são
plenamente originais, enquanto outras histórias são interessantes combinações
utilizando histórias e personagens já conhecidos, como a visita dos personagens do
Mundo das Maravilhas, incluindo as princesas Branca de Neve e Cinderela e Aladim.
O fato de o livro ser composto de várias histórias é evidenciado por pequenos lapsos
de continuidade, assim como por alguns trechos com explicação que só fariam
sentido em publicações separadas. Ou seja, o livro Reinações de Narizinho é um
livro que mostra todos os livros já escritos por Monteiro Lobato.
O livro faz uso de uma linguagem simples onde realidade e fantasias estão
lado a lado com habilidade única de quem é excelência no assunto. Reinações de
Narizinho é uma dos melhores obras da literatura infantil porém, já mostra algumas
inadequações ao contexto sócio-político atual. Dois problemas que podem ser
facilmente identificados são a linguagem antiga, já em desuso, e a abordagem
preconceituosa e politicamente incorreta (mas aceita na época quando foi escrito)
dada ao personagem negro, Tia Nastácia.
O realismo é impressionante, começamos a entrar na história e perceber
que os personagens usam um linguajar que reflete os termos usados pelas crianças,
o que facilita a identificação com esse público.
Reinações de Narizinho mesmo sendo um livro com capítulos extensos,
poucas ilustrações, continua sendo referência dessa nova ideia de Literatura Infantil,
podemos dizer que é o eterno ícone da literatura infantil brasileira.
Conclusão: Existem pontos comuns entre as duas obras, os dois são
destinada ao público infantil, usa de uma linguagem simples ao alcance das crianças
e personagens conhecidas do público infantil com temas e personagens que dizem
respeito às questões do mundo que o cerca ,levando o leitor infantil, juvenil ou
adulto, ao mundo da imaginação.
Os autores trabalham com diferentes narrativas que se alternam com
elementos do real e do maravilhoso. Os protagonistas são ora animais ou objetos
humanizados, ora personagens tradicionais de contos de fadas, ou simplesmente
personagens que representam crianças e adultos, os espaços representados nas
obras também é familiar aos leitores, casas, ruas, florestas, circo, animais e floresta.
O que tem de opostos são as ilustrações, Lobato trabalha com poucas ilustrações e
Ricardo Azevedo enriquece seus livros com variedades de ilustrações.
6. Proposta de leitura – procedimentos de leitura
7. Bibliografia consultada
http://www.ricardoazevedo.com.br/
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_texto&cd_verbete=5332
http://divertudo.com.br/entrevista3.htm
http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0090.asp
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/razoes-ler-ficcao-709025.shtml
http://www.canalkids.com.br/arte/literatura/adamastor.htm
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/2006/leituras1.pdf
http://www.ple.uem.br/defesas/pdf/plssilvestre.pdf