Seminário sobre o livro do professor Ricardo Antunes - Caracol e sua Concha

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UNIPE Mestrado em Direito e Desenvolvimento Sustentável Direitos Fundamentais, desenvolvimento econômico sustentável na tutela laboral Profa: Maria Áurea Barone Cecato Aluno: Caio Roberto [email protected]

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UNIPE

Mestrado em Direito e

Desenvolvimento Sustentável

Direitos Fundamentais,

desenvolvimento econômico

sustentável na tutela laboral

Profa: Maria Áurea Barone Cecato

Aluno: Caio Roberto

[email protected]

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ANTUNES, Ricardo. O caracol e sua

concha: ensaios sobre a nova

morfologia do trabalho. São Paulo:

Boitempo, 2005.

A nova morfologia do trabalho;

Algumas teses sobre o presente;

A dialética do trabalho e

O caráter polissêmico e multifacetado do mundo do trabalho – p. 48-83]

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Objetivo Geral:

Firmar junto aos discentes do programa de pósgraduação stricto sensu, mestrado em Direto, do Unipe,a novel concepção da morfologia do trabalho, e o seucaráter polissêmico e multifacetado.

Ademais, servirá também, como critério de avaliaçãopara disciplina Direitos Fundamentais, desenvolvimentoeconômico sustentável na tutela laboral, ministradapela Dra. Profa. Maria Àurea.

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Metodologia:

Pesquisa bibliográficaem livros e em artigos;

Publicações na internet de temasjuridicamente relevantes, com oescopo de aprofundar a análisecrítica do seminário.

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PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:

Os procedimentos a serem utilizados

centram-se na atividade reflexiva e interativa de

nós discentes, resgatando nossas

concepções (saberes, representações,

vivências, experiências) sobre o objetivo do

conhecimento. (nova morfologia do trabalho)

Método dialógico da autonomia e de inserção do sujeito que se

conhece no conhecimento.

Protagonista do conhecimento:

NÓS ALUNOS DO MESTRADO

As Técnicas de Aprendizagem

estão relacionadas ao aproveitamento

dos recursos didáticos na exposição e

discussão dos assuntos desse

seminário.

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ESTA

DO

DA

AR

TE Destacam-se as consequências das distintasformas de trabalho presentes na era dainformatização;

O seu sentido pendular, que oscila ora emdireção à sua condição de perenidade, oraacentuando seu traço de superfluidade e,

Exploram-se analiticamente os significadosda ampliação do trabalho imaterial nomundo do capital, indicando algumas dassuas consequências na lei do valor.

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O presente seminárioapresenta algunselementos empíricos eanalíticos que configuram oque denominamoscomo nova morfologia dotrabalho.

Contrariamente às tesesque advogaram o fim dotrabalho ou visualizaram asua desconstrução e perdade centralidade, procura-secompreender as novasmodalidades de trabalhoque estão em emergênciano mundo contemporâneo,cujo traço mais visível é oseu desenho multifacetado,resultado das fortesmutações que abalaram omundo produtivo e deserviços nas últimasdécadas.

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Hipótese

A tese central apresentada é a deque o progresso científico-tecnológico no capitalismocontemporâneo não resulta, comoexpõe a corrente eurocêntrica, nafinitude da teoria do valor trabalho.

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PROBLEMATIZAÇÃO

Se a classe trabalhadora

metamorfoseou-se, será que ela está vivendo um

processo de definhamento

(desaparecimento) ?

Ela não tem mais um

estatuto de centralidade?

O trabalho, enfim, teria perdido seu

sentido estruturante na ontologia do ser

social?

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Numa passagem de “O Capital”, Karl Marx afirmaque a manufatura separou o trabalhador dos meiosde produção, assim como quem aparta o caracol dasua concha. Ocorre que tal molusco, não conseguesobreviver sem sua proteção natural.

Breve introdução

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Implicações políticas e sociais

“O caracol e sua concha” reúne 12

ensaios escritos por Ricardo Antunes entre os anos de

2000 e 2005 continuidade às suas reflexões

sobre o mundo do trabalho,

registradas em outros dois livros:

“Adeus ao trabalho?” (1995) e

“Os sentidos do trabalho” (1999).

Sendo um deles inédito, produzido

para a apresentação da

aula para a obtenção do título de professor titular

no IFCH

Aborda diversos

temas relacionados à questão do trabalho

no capitalismo contemporâ

neo

O primeiro deles diz respeito à crise

da sociedade do trabalho. O docente

da Unicamp discute as

implicações da chamada sociedade do conhecimento e da informação no

âmbito do trabalho.

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A classe operária é o coração do sistema. É o trabalho produtivo que cria riqueza na sociedade. O capital apenas pode crescer com a mais valia que é criada na produção. A classe operária pode existir sem patrões capitalistas,

mas o patronato não existe sem os trabalhadores. É precisamente aqui que o seu papel como ator da

transformação histórica se joga para a classe operária.

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CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO

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É no setor terciário, o mais atingido pela reestruturação produtiva da última década, que encontramos uma maior flexibilização dos direitos

trabalhistas, com a intensificação das jornadas de trabalho e novas formas de contratação

Nesse período, ocorreu uma série de reformas estruturais, que variaram em intensidade, a partir da abertura dos mercados nacionais

e da desregulamentação do mercado de trabalho interno.

O processo de globalização econômica, internacionalização dos capitais e reestruturação produtiva, teve como principal característica

a flexibilização e a precarização das relações de trabalho.

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O ser humano não age apenas em

função das necessidades

imediatas, nem se guia pelos instintos.

É a partir do momento em o homem começa a produzir para viver

que ele produz também uma

diferenciação entre os homens e os animais.

O homem antecipa suas ações através da projeção

em sua cabeça dos diversos caminhos

possíveis para alcançar o seu objetivo, traduzindo

em uma atividade propriamente humana de

domínio da natureza: o TRABALHO.

A dominação das forças naturais promove um

naturalização do homem e uma humanização da

natureza, possibilitando ao homem criar as condições

para sua existência material e seu modo de ser.

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O TRABALHO é, portanto, a única manifestação da capacidade humana de criar.

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PRESSUPOSTOS:

O trabalho é uma eterna necessidade natural da vida

social humana

O trabalho é a categoria central, na qual todas as outras

determinações que compõem a estrutura necessária da realidade social humana já se apresentam

naturalmente.

Mediante o trabalho, tem lugar uma dupla transformação: ao

passo que por meio dele o homem transforma a natureza, ao mesmo tempo transforma a sua própria

natureza.

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trabalho = transformação da realidade

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MORFOLOGIA DO

TRABALHO

Deve ser compreendida

a partir do caráter

multifacetado do trabalho

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O número de indivíduos vinculados a uma atividade formal não decresceu - o que se percebeu

foi um aumento do trabalho precário e a intensificação do

trabalho

Houve um redimensionamento ético e moral do trabalho, entretanto a intervenção

humana pelo trabalho está longe de desaparecer.

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O núcleo teórico de sua argumentaçãoinspira-se em Marx: o autor afirma quea acumulação capitalista do saber, dasforças produtivas gerais do cérebrosocial, é absorvida pelo capital, e seapresenta como propriedade deste,mais precisamente do capital fixo(trabalho morto), na medida em queingressa como verdadeiro meio deprodução capitalista.

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Para Marx, o saber rigoroso

e o conhecimento

técnico-científico

desempenham papel

fundamental na

transformação da produção.

Nesse sentido, a produção capitalista

depende cada vez menos do

trabalho diretamente produtivo,

embora este ainda

permaneça como um elemento

essencial na produção do

valor.

A maquinaria e os dispositivos mecânicos

automáticos da refinada tecnologia são absorvidos pelo capital, na forma de capital fixo (trabalho

morto), transformando-se, no processo de produção

capitalista, em instrumento de realização e de apropriação do

sobrevalor, ao regular e moldar o espaço, o ritmo e a destreza do trabalho necessário,

diretamente produtivo, realizado pelo trabalho vivo.

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É dentro deste arcabouçoteórico que Ricardo Antunesempreende um estudorefinado sobre a alteraçãoproduzida pela incorporaçãoda ciência e da tecnologia nacomposição orgânica docapital e nas suas relaçõesentre o trabalho produtivo eimprodutivo, manual eintelectual, material eimaterial e na formaassumida pela divisão sexualdo trabalho, interferindo nanova composição das classessociais do capitalismocontemporâneo globalizado.

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O trabalho tem sido compreendido como:

expressão de vida e degradação, criação e infelicidade,

atividade vital e escravidão,

felicidade social e servidão.

trabalho e fadiga.

momento de catarse e vivência de martírio.

Ora cultuava-se seu lado positivo, ora acentuava-se o traço de negatividade

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manteve o trabalho humano como questão nodal em nossas vidas. E, neste conturbado

limiar do século XXI, um desafio crucial é dar sentido ao trabalho, tornando também a vida

fora do trabalho dotada de sentido.

Essa dimensão dúplice e mesmo contraditória, presente no mundo do trabalho que:

cria, mas também

subordina,

humaniza e degrada,

libera e escraviza,

emancipa e aliena,

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liofilização organizacional

• Liofilização» se refere aqui ao processo pelo qual o trabalho vivo é progressivamente substituído pelo maquinário tecno-informacional (trabalho morto).

Nas empresas «liofilizadas», é necessário um «novo tipo de trabalhador», que os capitais denominam, de maneira enganosa, como «colaborador».

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Cenário de competição global

As empresas não somente se

apropriam da dimensão manual do trabalho, como

nas épocas taylorista e

fordista, mas também do seu

caráter intelectual.

A Toyota, uma das maiores fabricantes

de veículos do mundo, utiliza um

slogan que em português significa “Bons pensamentos

significam bons produtos”

Ou seja, é preciso fazer com que a

classe trabalhadora pense e, dentro do

universo estrito das empresas, produza

maiores ganhos.

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Uma consequência desse modelo, é naturalmente o aumento da produtividade e do lucro

Mas junto com este reflexo surge um outro, que é aprecarização do trabalho. Isso ocorre, segundoRicardo Antunes, em razão do que ele classifica de“informalização” do trabalho, aqui incluídas asalternativas cada vez mais utilizadas pelascorporações, como a terceirização e as contrataçõestemporárias ou parciais, com a respectiva reduçãode direitos

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Fim do trabalho ou sua transformação?

• Hoje, o trabalho assumiu uma forma completamentediferente daquela de há 40 ou 50 anos.

• Precisamos entender as formas contemporâneas daagregação do valor-trabalho. Atualmente, a mais-valia não é extraída apenas do plano material dotrabalho, mas também do imaterial.

• Valendo-se da imagem de um pêndulo, RicardoAntunes defende em seu livro a tese segundo a qualo mundo do trabalho oscila entre a sua dimensãoperene e a supérflua.

• É perene na medida em que uma parcela dapopulação consegue se manter no mercado detrabalho, cumprindo jornadas cada vez maiores erealizando múltiplas atividades.

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Mas também é supérfluo, dado que cada vez maispessoas vivem a condição do desempregoestrutural, aquele em que a vaga do trabalhador foisubstituída por máquinas ou processos produtivosmais modernos, ou foram empurradas para ainformalidade e a precariedade.

Se o trabalho assumiu uma forma diversa daconhecida por nossos avós, provocando um novorecorte em relação à classe trabalhadora, é naturalque essa transformação traga impactos para asesferas social e política.

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Fim da centralidade do trabalho no capitalismo

contemporâneo, procurando analisar dois dos principais

defensores dessa tese:

•Adam Schaff

•André Gorz.

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Para contrapor a tese dos referidos autores, busca-se recuperar, na literatura marxiana e marxista da teoria do valor-trabalho, os elementos necessários

para negar a perda da centralidade do trabalho no capitalismo contemporâneo.

Dessa forma, a classe trabalhadora estaria inapta a reivindicar a propriedade dos meios de produção por meio da superação

positiva do capitalismo.

Esses autores constatam que, com toda a série de inovações tecnológicas em curso nos últimos 30 anos, a classe trabalhadora estaria fadada ao

desaparecimento e, junto com ela, estaria ocorrendo a perda da importância do seu papel histórico de criadora de riqueza no modo de produção

capitalista.

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Crítica a André Gorz:

• Confunde a crise doproletariado com uma supostacrise do trabalho

• Concebe a categoria trabalho em umsentido limitado - o trabalhoassalariado

• Gorz concebe trabalhoestritamente como emprego,identificando a crise dodesemprego como a crise dotrabalho.

• Entretanto a categoria trabalho nãose limita a esfera do trabalhoassalariado.

• Não identifica os elos intermediáriosdos múltiplos fenômenos sociais, emreciprocidade dialética.

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A centralidade cotidiana do emprego

Diminuição do operariado manual,

fabril, estável

Aumento do novo proletariado, das

inúmeras formas de subproletarização

ou precarização do trabalho;

Esses elementos demonstram que o capitalismo contemporâneo não caminha no sentido da eliminação da classe trabalhadora, mas da sua complexificação, utilização e intensificação, de maneira diversificada, acentuada e precarizada.

Aumento do trabalho feminino;

Expansão dos assalariados médios (setor de serviços);

Exclusão dos trabalhadores idosos e jovens;

Processo de desemprego estrutural;

Expansão do trabalho social combinado.

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Assim, seriam causas do refluxo do movimento

operário:

• os processo de reestruturação do capital;

• o fim do socialismo e perda dos direitos sociais;

• a subordinação da esquerda a ordem do capital -

institucionalização e burocratização do movimento sindical.

Para ANTUNES, a crise atual do mundo do trabalho

afetou a materialidade e a subjetividade da classe

trabalhadora (a sua forma de ser).

A centralidade política da classe trabalhadora

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A classe-que-vive-do-trabalho

Noção ampliada da classe trabalhadora:

Chave analítica - Assalariamento

e/ou venda da força de trabalho.

Proletariado industrial;

Assalariados dos setor de serviços;

Proletariado rural;

Proletariado precarizado;

Subproletariado moderno;

Trabalhadores terceirizados;

Trabalhadores da economia informal;

Trabalhadores desempregados;

e outros.

Não fazem parte da classe trabalhadora aqueles que detêm o

controle sobre a produção: gestores do capital, altos funcionários,

micro-empresários, etc.

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Assim, entendemos o

TRABALHO como:

precedência estrutural da

formação social capitalista.

um sistema de relações

entre proprietários e não-

proprietários que assume a

forma de sistema de

expropriação de mais-valia.

meio que reafirma a

supremacia do homem frente

a natureza.

capaz de suscitar no

homem novas capacidades e

novas necessidades.

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Considerações finais:

(re)desenhando a nova morfologia

do trabalho

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Contrariamente, portanto, àsteses que advogam o fim dotrabalho, estamos desafiados acompreender a nova morfologia,cujo elemento mais visível é o seudesenho multifacetado, resultadodas fortes mutações queabalaram o mundo do capital nasúltimas décadas.

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• desde o operariado industriale rural clássicos, em relativoprocesso de encolhimento(que é desigual quando secomparam os casos do Nortee do Sul), até os assalariadosde serviços, os novoscontingentes de homens emulheres terceirizados,subcontratados, temporáriosque se ampliam.

Nova morfologia que

compreende:

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• a retração do operariado industrialestável de base tayloriano-fordistae, por outro lado, a ampliação,segundo a lógica da flexibilidade-toyotizada, das novas modalidadesprecarizadas de trabalho, de quesão exemplos as trabalhadorasdetelemarketing e call center,os motoboys que morrem nas ruase avenidas, os digitalizadores quelaboram (e se lesionam) nosbancos, os assalariados do fastfood, os trabalhadores jovens doshipermercados, etc.

Nova morfologi

a que pode

presenciarsimultaneamente:

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