Semana da Mobilidade - Relatos

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Semana da Mobilidade - Relatos de pais e alunos da Escola Viva Prezados senhores, Parabéns, mais uma vez, pela iniciativa. Nos últimos dois anos, em função de ter deslocado minhas atividades profissionais para um home office, tenho procurado fazer todos os meus novos compromissos em locais que me permitam deslocamentos a pé. Por exemplo, às segundas, quartas e quintas-feiras, vou a pé à Paróquia Sta. Teresa (Clodomiro Amazonas X Tabapuã), onde exerço trabalho voluntário. Tem sido muito interessante constatar que os deslocamentos, ainda que com chuva, sempre se fazem dentro do horário previsto. Não há atrasos e não há o aborrecimento e custo com estacionamento. Consigo ver vitrines, árvores, novas e antigas construções, gente etc. Alguns colegas vão de bicicleta, mas a maioria que tem a sorte de morar próximo, vai a pé. Médicos, tratamentos de fisioterapia, restaurantes, bares etc. Sempre que possível, vou a pé. Recentemente, passei duas semanas divididas entre Lisboa e Berlim, onde também andei a pé ou de metrô, sempre que possível, aí agregando as alegrias de cidades mais preparadas para receber turistas que caminham. Em Berlim, pude alugar uma bicicleta e fazer parte da programação turística com ela, o que foi muito agradável. O fato de que autos respeitam-nas nos deixa mais tranquilos e preparados para desfrutar os trajetos. Naquela palestra sobre mobilidade, foi uma surpresa ouvir que São Paulo se prepara, constantemente, para privilegiar os carros, em detrimento de transportes coletivos, táxis, bicicletas e pedestres. Estamos na contramão do mundo e fiquei satisfeito por ouvir o óbvio que, até então, não o era para mim. Nessa viagem, mais uma vez vi como estavam certos os palestrantes da Escola Viva. Não consigo motivar Enrico para sair comigo num fim de semana, de metrô ou outro transporte coletivo. Será que a Escola poderia ajudar nessa tarefa? Será que, se grupos forem formados, a presença dos colegas o motivará? Contem comigo e aguardo qualquer sugestão ou convocação que possa contribuir para amenizar este que é um dos grandes problemas de SP. Atenciosamente, Mario Manzoli

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Relatos de pais e alunos da Escola Viva sobre a Semana da Mobilidade.

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Semana da Mobilidade - Relatos de pais e alunos da Escola Viva

Prezados senhores,

Parabéns, mais uma vez, pela iniciativa.

Nos últimos dois anos, em função de ter deslocado minhas atividades profissionais para um

home office, tenho procurado fazer todos os meus novos compromissos em locais que me

permitam deslocamentos a pé. Por exemplo, às segundas, quartas e quintas-feiras, vou a pé à

Paróquia Sta. Teresa (Clodomiro Amazonas X Tabapuã), onde exerço trabalho voluntário.

Tem sido muito interessante constatar que os deslocamentos, ainda que com chuva, sempre

se fazem dentro do horário previsto. Não há atrasos e não há o aborrecimento e custo com

estacionamento. Consigo ver vitrines, árvores, novas e antigas construções, gente etc. Alguns

colegas vão de bicicleta, mas a maioria que tem a sorte de morar próximo, vai a pé. Médicos,

tratamentos de fisioterapia, restaurantes, bares etc. Sempre que possível, vou a pé.

Recentemente, passei duas semanas divididas entre Lisboa e Berlim, onde também andei a pé

ou de metrô, sempre que possível, aí agregando as alegrias de cidades mais preparadas para

receber turistas que caminham. Em Berlim, pude alugar uma bicicleta e fazer parte da

programação turística com ela, o que foi muito agradável. O fato de que autos respeitam-nas

nos deixa mais tranquilos e preparados para desfrutar os trajetos.

Naquela palestra sobre mobilidade, foi uma surpresa ouvir que São Paulo se prepara,

constantemente, para privilegiar os carros, em detrimento de transportes coletivos, táxis,

bicicletas e pedestres. Estamos na contramão do mundo e fiquei satisfeito por ouvir o óbvio

que, até então, não o era para mim.

Nessa viagem, mais uma vez vi como estavam certos os palestrantes da Escola Viva.

Não consigo motivar Enrico para sair comigo num fim de semana, de metrô ou outro

transporte coletivo. Será que a Escola poderia ajudar nessa tarefa? Será que, se grupos forem

formados, a presença dos colegas o motivará?

Contem comigo e aguardo qualquer sugestão ou convocação que possa contribuir para

amenizar este que é um dos grandes problemas de SP.

Atenciosamente,

Mario Manzoli

Ir para a Escola de bicicleta

Eu acordei às 7h30, arrumei tudo, tomei café da manhã e comecei a pedalar. Como a minha

casa é perto do quartel do Exército, eu estava pedalando na frente da minha casa quando um

de seus pelotões passou ao meu lado correndo, gritando umas coisas estranhas.

Vendo o trânsito que estava, eu só pensava “ainda bem que eu não estou num carro!”.

Aí eu atravessei o Parque Ibirapuera, nossa que bom! Quando entrei no parque senti que o

chão era bem diferente, muito melhor para pedalar!

Desci na Rua Canário e continuei seguindo. Então quando eu cheguei à Rua Cotovia eu

descobri que tinha feito uma bolha no meu dedo bem no lugar de segurar o guidão da

bicicleta! Continuei seguindo e cheguei à escola.

De bicicleta cansa bem mais, mas tem duas grandes vantagens: você ajuda o meio ambiente e

faz exercício!

Relato do aluno Tiago Americano Rodrigues, do 3°ano.

Aluno: Pedro Boemer de Carvalho Cunha, 8º B

Mãe: Romina Boemer

Trajeto Escola/Casa realizado de ônibus

Saímos da escola a pé e caminhamos em direção à Avenida Santo Amaro para

pegarmos o ônibus que nos levaria à nossa casa.

- calçadas esburacadas e carros que não dão passagem ao pedestre foram os principais

problemas.

No ponto de ônibus:

- cadeiras de espera depredadas;

- sinalização de indicação de ônibus confusa, uma vez que no corredor há vários

pontos e você não sabe em qual ponto o seu ônibus vai parar;

- lixo no chão.

O ônibus:

- estava limpo;

- o trajeto foi bem rápido e tranquilo pelo corredor, ao contrário da via destinada aos

carros, que estava congestionada;

- conseguimos sentar e olhar a cidade “de cima”, observar as pessoas que estavam

dentro do ônibus e que devem fazer este percurso muitas vezes, a poluição, o barulho

dentro do ônibus.

Do ponto de ônibus até nossa casa:

- calçadas melhores, mas ainda motoristas desrespeitosos;

- bom caminhar ao invés de dirigir!

Conclusão:

Com três filhos, hoje só ando de carro. Mas andei minha infância e adolescência toda

de ônibus para ir e voltar da escola e do clube, e sempre gostei. Só não gostava

quando ia em pé a viagem toda (risos)! Mas sempre alguém se oferecia para segurar

minha mochila.

O Pedro, desde os 11 anos, volta de ônibus do Integral. Quando estávamos escrevendo

este relato, falou: “Adoro andar de ônibus”. Este ano não volta mais, pois tem que ir

direto para as atividades no clube. Mas sempre que necessário, ainda faz o uso, além

de usar a bicicleta ou ir a pé para lugares não muito longe de casa.

Meu nome é Renata Barretto e sou mãe da Carolina Barretto, do 8° B, e da Julia

Barretto, do grupo amarelinho.

No ano passado, nós morávamos no Butantã e fazíamos tudo de carro, até se

quiséssemos ir à padaria, nós pegávamos o carro. O fato de meu trabalho ser na Faria

Lima também me forçava a fazer o uso do carro diariamente. Eu costumava perder 2

horas por dia no trânsito.

Até que eu decidi dar uma guinada nesse estilo de vida. Resolvi que iria fazer tudo a

pé, mas para isso dar certo eu deveria morar mais próximo de meu trabalho e também

deveria trocar as meninas de escola, já que a antiga situava-se no Butantã.

Dentre as opções de escola, não foi difícil reconhecer que a Viva seria a melhor opção

para minhas filhas. Com isso reduzi a área de localização do apartamento para a faixa

contida entre meu escritório e a Escola.

Em outubro do ano passado, encontrei um apartamento na rua da Escola. Perfeito!

Hoje, estamos há quase um ano lá. De manhã, a minha filha mais velha vai a pé para a

Escola, sozinha, e um pouco mais tarde deixo a mais nova na unidade dos amarelinhos.

Depois, calçada de tênis, sigo para meu escritório que fica a 18 quarteirões de casa. Ao

chegar lá, troco os tênis por sapatos de trabalho. Ainda na hora do almoço, volto a pé

para buscar a pequena na escola, almoço com as minhas duas filhas e retorno ao

trabalho.

Cada caminhada dura por volta de 15 minutos, o que é um tempo excelente, que não

me deixa cansada ou suada, mas me dá mais energia para o resto do dia. Ainda como

recompensa perdi 5 kg, sem sequer mudar hábitos alimentares ou fazer regime.

Não vou enganá-los. Há dias, quando a preguiça deseja atacar durante a caminhada

para o trabalho, penso umas 10 vezes em parar no meio e chamar um táxi. Mas, 99,9%

das vezes não me sucumbo à tentação e continuo a andar.

Hoje em dia, meu humor melhorou, vejo minhas filhas durante o almoço e ainda

contribuo para deixar a cidade com menos um carro na rua.

ADORO!!

Relato sobre passeio no Dia Mundial sem Carro

Foi uma experiência já vivida pelo menos umas três vezes. Eu e meu pai saímos de

nossa casa com o objetivo de chegar ao Parque do Ibirapuera. Apesar de ser o Dia

Mundial sem Carro, no caminho vimos muitos carros. Nós chegamos mais rápido do

que minha mãe e meu irmão que foram de carro.

Bento Lautert - 7ºC

Fui a pé!

Foi muito legal e eu gostei mais da parte que eu vi um bando de cachorros na rua. Eu

gostei que estava sol e não estava chovendo! E também não gosto de ficar sentada o

tempo todo, ainda mais quando tem trânsito!

Adorei o passeio!

Manuela Aydar - 2º A Manhã - Professoras Cris e Maria Helena

Aluno Antônio Lange Vieira Barcellos (5º ano E - Tarde)

Na tarde do dia 16/09/12, domingo, meus filhos Antônio e Gilberto e eu fomos até a escola de

inglês do Antônio a pé, com os cachorros. A escola fica a 4 quarteirões de nosso apartamento,

no bairro Jardim Vitória Régia, região do Morumbi.

O passeio foi agradável: era uma ensolarada e tranquila tarde. Antônio relatou que foi possível

observar muito melhor o ambiente à sua volta. Disse que se cansou mais, porém foi mais

divertido.

Atenciosamente,

Rodrigo Barcellos