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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS -

DPPE

Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2012

Título: A POESIA COMO DOCUMENTO NO ENSINO DE HISTÓRIA

Autor Marleide Terezinha Lussi

Disciplina/Área História

Escola de Implementação Escola Estadual Irmão Isidoro Dumont – Ensino

Fundamental. Rua Fernando Ferrari – 218 – Centro.

Município da escola Itapejara D’ Oeste

Núcleo Regional de Educação Pato Branco

Professor Orientador Ernando Brito Gonçalves Junior

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO

Relação Interdisciplinar Literatura e Arte

Resumo

Mesmo em busca de aperfeiçoamento no processo ensino-aprendizagem, ainda nos deparamos com alunos passivos, que vêm o professor como transmissor dos conhecimentos; onde a maioria não lê, não pesquisa e não demonstra motivação para conhecer a realidade em que vive. Este estudo visa entender melhor a problemática de sala de aula, refletir sobre os conteúdos desenvolvidos, métodos aplicados, bem como a postura do professor diante dos seus alunos. Não ensinar história como algo pronto e acabado, é preciso levar em conta o contexto e os sujeitos envolvidos. Entender que o conhecimento histórico se adquire de diversas fontes e buscá-lo através de metodologias diferenciadas como a poesia. A Unidade Didática propõe através de quatro poesias, abordarem as questões relacionadas a afro-descendência no Brasil, despertando o aluno a pesquisar o conteúdo que envolve o tema e época de cada poesia e entender as intenções do autor, contextualizando-as na história. Busca auxiliar no entendimento das relações raciais da sociedade brasileira, desmistificando o mito de democracia racial, reconhecendo o negro como uma das matrizes na formação do nosso povo e se engajar na construção de uma escola plural.

Palavras-chave Poesia; conteúdo; postura; negro; sujeito.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo 9º Ano - Ensino Fundamental

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho faz parte das atividades do Programa de desenvolvimento

Educacional (PDE), da secretaria da Educação do Paraná e tem por finalidade

auxiliar o professor na implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica, que

será aplicado na Escola Estadual Irmão Isidoro Dumont, no 9º Ano do Ensino

Fundamental, entre março a junho de 2013.

Esta unidade traz a literatura como fonte para o ensino da história onde

através das poesias: “A Canção do africano” de Castro Alves, “o Negro” de Augusto

dos Anjos, “Vozes-Mulheres” de Conceição Evaristo e “Brasil” de Oswald de

Andrade, se buscará o conteúdo sobre a imigração africana no Brasil, a origem do

tráfico e o país no contexto mundial. Contextualizando essas poesias se procurará

desvendar junto aos alunos, as relações de poder, econômicas, culturais e religiosas

que se desenvolveram durante o período escravocrata, suas mudanças e

permanências até os dias atuais.

Diante de uma história tradicional, os alunos não se vêm incluídos nela,

vêm-na como distante de sua realidade. No entanto, se o professor facilita o

surgimento do espaço ou época estudada, o educando se sentirá estimulado a

conhecer ou interagir na história. Também se pretende romper com a visão

unilateral, de se analisar a história a partir da Europa, mas abordá-la sobre a visão

da própria nação estudada.

Vivemos em um país multiétnico e pluricultural, no entanto ao longo da

história nossos alunos muitas vezes, se sentiram obrigados a negar suas origens, é

papel da escola, buscar a superação do racismo e isso é tarefa para todo educador.

A lei 10.639/03 determina a obrigatoriedade dos conteúdos referentes à

história e a cultura afro-brasileira e que sejam trabalhados no contexto do currículo

escolar, especialmente nas disciplinas de educação Artística, Literatura e História

Brasileira, é necessário resignificar a contribuição do povo afrodescendente na

construção da sociedade brasileira.

A escolha de um currículo não é neutra, está ligada a relações políticas e de

poder, a valores e a visões de mundo e como o racismo foi socialmente construído,

cabe esse legado às novas gerações, desconstruí-lo. A partir do momento, em que

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referendarmos conteúdos, antes ignorados, reconheceremos a participação do

negro na nossa história e promoveremos a dignidade do mesmo, enquanto cidadão

brasileiro.

Diante dessa realidade, pretende-se auxiliar o professor, a refletir sobre os

conteúdos estudados, repensar suas práticas, sua postura enquanto educador e o

aluno a aprender pesquisar, tornar-se um leitor, sair da passividade e participar do

processo de construção da história. Neste contexto atual, diante da necessidade de

humanização, estudar a história através deste gênero literário (poesia), nos

possibilita a entender a linguagem da vida. É como defende Silva e Jesus, que a

poesia tem sua função social, porque traz o modo de viver o mundo.

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UNIDADE DIDÁTICA

Caros alunos!

Iniciaremos um trabalho sobre a importância das fontes para a história. A

proposta é tirar o professor do papel de mero transmissor de conteúdos e o aluno da

passividade, participando dos estudos, pesquisas, análises e constatações;

interagindo com a história!

Atividade Inicial: Caixa-Museu

Trazer objetos que lembram fatos ou momentos importantes na sua vida ou de sua

família e uma caixa para guardá-los!

☺ Com a ajuda da professora de arte, vamos decorar a caixa!

☺ Agora, fazendo o rodízio na turma, vamos visitar o museu de cada colega;

☺ Com os objetos na caixa, cada um conta de que momento ou época lembram

os objetos!

O aluno que não trouxer objetos poderá preparar a sua caixa para registros

posteriores, lembrando que a vida, assim como a história é marcada por sucessivos

acontecimentos!

Trabalho com o(s) objeto(s):

1) Qual(is) objeto(s) você trouxe?

2) De que material é feito? Em que época e com quais recursos?

3) Para que foi feito o objeto? Seu uso mudou?

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4) Que significado ele tem para você? E para quem o fez? Tem valor comercial?

Para compreender a importância das fontes nas nossas vidas ou na história,

vamos assistir a três pequenos vídeos:

Disponíveis em:

http://www.youtube.com/watch?v=tq7KDxNUc6E

http://www.youtube.com/watch?v=KamVGyWiEd0&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=CzUeNbsF63E

Agora vamos observar com atenção a tabela da Maria Auxiliadora Schmidt e

da Marlene Cainelli com a Tipologia das Fontes Primárias:

Tabela constante no livro de SCHIMIT, M. A.; CAINELLI, M. 2009. p. 118-119.

ATIVIDADE

Baseado nos vídeos, na tabela e nas discussões responda:

1) O que são fontes históricas?

2) Como age um historiador diante das fontes disponíveis?

3) Quais os tipos de fontes existentes?

4) Qual a importância de se estudar o passado?

Exercitando o que aprendeu:

TRABALHO EM GRUPO

Formando grupos de 4 a 5 elementos, confeccionaremos e apresentaremos cartazes

ilustrativos com a divisão das fontes primárias.

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ATIVIDADE ORAL

1) A literatura é uma fonte para a história?

2) Elas se relacionam?

3) E a poesia pode ser um documento para a história?

Figura 1 – Lendas do Brasil

Fonte: PARANÁ, 2010.

Despertando o gosto pela poesia:

Convidados especiais vieram para declamar:

TRABALHO EM GRUPO

Vamos dividir a turma em 4 grupos e cada um vai trabalhar uma poesia:

1) ”Canção do africano” de Castro Alves;

2) “O Negro” de Augusto dos Anjos;

3) “Vozes-Mulheres” de Conceição Evaristo;

4) “brasil” de Oswald de Andrade.

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ATIVIDADES

Para analisarmos as poesias, faremos a uma leitura inicial

e em seguida as atividades seguintes:

“Canção do Africano” (Castro Alves)

1) O que retrata o poema? Quais são suas principais ideias?

2) Por que o canto da negra não pode ser ouvido por seu filho?

3) No poema o autor faz comparações entre a África e o Brasil. Quais?

Justifiquem:

4) Em qual estrofe ficam claros os castigos sofridos pelos escravos? Expliquem:

Figura 2 – Jean-Baptiste Debret – Escravidão no Brasil

Fonte: PARANÁ, 2012.

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“O Negro” (Augusto dos Anjos)

Figura 3 – Augusto dos Anjos

Fonte: PARANÁ, 2009

1) Em quais versos o poeta contraria a visão do negro como inferior, como

“coisa”, se identifica e reconhece sua grandeza?

2) A segunda estrofe indica o processo histórico intenso e duradouro que

ocorreu no Brasil. O que vocês sabem sobre isso?

3) Augusto dos Anjos apresenta um negro deformado pela escravidão? O que

ele é capaz de produzir?

“Vozes-Mulheres” (Conceição Evaristo)

Figura 4 – Jean-Baptiste Debret - Escravas Fonte: PARANÁ, 2012.

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1) O autor faz relação do tempo presente com o passado e com o futuro? Em

quais situações? Quais palavras evidenciam essa relação?

2) Quantas gerações estão presentes no poema? Quais as principais diferenças

entre essas mulheres e o que as identificam?

3) Qual a imagem que podemos fazer do povo negro?

4) Vocês se identificam com o texto? Justifiquem a resposta:

“brasil” (Oswald de Andrade)

Figura 5 – Oswald de Andrade I

Fonte: PARANÁ, 2009.

1) Oswald de Andrade foi um dos líderes de um movimento que propunha uma

poesia primitivista com base na revisão crítica do nosso passado histórico e

cultural. Esse poema retrata essa ideia?

2) O humor está presente nesta obra. Em quais situações?

3) Vale salientar a valorização do falar do povo da terra. Em que momento é

evidenciado?

4) O autor questiona o genocídio ocorrido no encontro entre portugueses e

indígenas ao trocar “Norte por Morte”. O que vocês sabem sobre isso?

5) A poesia faz referência à influência da religião católica? Justifiquem:

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Figura 6 – Padre Antônio Vieira

Fonte: PARANÁ, 2010

TRABALHO EM GRUPO

Na biblioteca, cada grupo complementa os estudos pesquisando um pouco

sobre o autor e sua poesia:

Quando foi escrita a poesia?

Em que circunstâncias?

Onde nasceu o autor? Quando?

O que defendia e suas principais obras?

A partir da poesia do seu grupo, investiguem qual a relação existente com o

conteúdo de história:

“Canção do Africano” (Castro Alves)

Figura 7 – Johann Moritz Rugendas – Negros no Porão

Fonte: PARANÁ, 2012.

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1) Qual era o cenário mundial na época do tráfico negreiro? O Brasil está

incluído neste contexto?

2) Como era feito o transporte dos escravos? Para onde eram levados?

3) Como era a vida de um escravo? Como eram os castigos?

“O Negro” (Augusto dos Anjos)

1) Quais e de que regiões vieram os principais grupos étnicos africanos?

2) A mão- de –obra escrava foi empregada em larga escala no Brasil? Em que

regiões e economias?

3) Houve resistência à escravidão? De que forma?

Figura 8 – Capoeira Fonte: PARANÁ, 2012.

“Vozes-Mulheres” (Conceição Evaristo)

1) Havia diferença no trabalho do homem e da mulher negra durante a

escravidão? Expliquem:

2) Com o que a mulheres mais sofriam?

3) Como foi o processo de abolição no Brasil? Quais as leis aprovadas durante

esse processo?

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4) A luta do afro-brasileiro é apenas dos seus descendentes e podemos

considerar que ela já faz parte do nosso passado enquanto história?

Justifiquem:

“brasil” (Oswald de Andrade)

1) Como foi o encontro entre europeus e indígenas? Expliquem:

2) A Igreja Católica concordava com a escravidão?

3) Como se deu o processo de aculturação indígena e africana? Essas culturas

conseguiram resistir a dominação?

4) Para vocês o que é ser brasileiro?

Figura 9 – Mapa Brasil Fonte: PARANÁ, 2010.

TRABALHO EM GRUPO

Após a contextualização da poesia na história, cada grupo apresenta o

trabalho aos demais colegas (poderão utilizar mapas, cartazes, maquetes, tv

pendrive, etc.):

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Diante as atividades propostas vamos verificar nosso aprendizado?

AUTOAVALIAÇÃO

Fontes históricas:

☺ Compreendo a importância das fontes históricas?

☺ Conheço a divisão das fontes?

☺ Sou capaz de fazer a relação do passado com o presente?

Poesia como fonte:

☺ Considero a literatura, principalmente a poesia como campo de estudo para a

história?

☺ Sou capaz de contextualizar a poesia no conteúdo de história?

O negro na história do Brasil:

☺ Compreendo a questão do tráfico de escravos da África para o Brasil dentro

de um contexto capitalista mundial?

☺ Reconheço o processo de dominação europeia e a aculturação de indígenas

e africanos?

☺ Identifico mecanismos de dominação e violência durante o regime

escravocrata no Brasil?

☺ Reconheço as formas de resistência utilizadas pelo negro durante o período

de escravidão?

☺ Entendo a importância do negro na formação da sociedade brasileira?

☺ Percebo o racismo como construção social?

☺ Tenho consciência da necessidade de uma nova postura diante do racismo e

o preconceito?

Vamos preparar um trabalho para apresentar à comunidade escolar?

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TRABALHO EM GRUPO

Cada grupo terá três atividades: ☺ Apresentar um resumo dos estudos realizados com as poesias em uma

contextualização histórica;

☺ Declamação da poesia;

☺ Interpretação da poesia através de desenhos ou colagens.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Pedir para os alunos trazer objetos que representem fatos ou momentos

importantes na sua vida ou da sua família;

Decorar a caixa-museu em interdisciplinaridade com a professora de arte;

Fazendo um rodízio na turma, cada aluno terá a oportunidade de expor aos

colegas, seus objetos e o que representam;

Os alunos responderão algumas questões sobre a morfologia, fabricação,

função e significado dos objetos;

Ao corrigir as questões, o professor junto aos alunos fará um diálogo sobre a

importância dos registros na vida de cada um e da utilização das fontes na

história;

A turma assistirá a 3 pequenos vídeos sobre fontes históricas:

1º - Traz um comentário sobre o papel do historiador que faz um trabalho de

detetive a partir dos vestígios deixados pelos seres humanos;

2º - Apresenta através das imagens, diversos exemplos de fontes históricas em

locais e tempos diferentes;

3º - Mostra monumentos, instrumentos e meios de transportes diferenciados,

bem como testemunhos de época;

Distribuição de uma tabela sobre a tipologia das fontes primárias para estudo;

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Após assistir aos vídeos e estudar a tabela, os alunos responderão a

questões sobre as fontes e suas diversidades;

Nesse meio tempo, o professor estará sempre instigando e intermediando o

debate sobre as fontes e aproveitará para explicar a diferença entre a

primária e a secundária, sendo que a última, de um modo geral, tem servido

de base a aprendizagem da história;

Oralmente, o professor perguntará sobre a relação da literatura com a história

e ressaltará a importância da poesia como documento;

Declamação de poesias por pessoas convidadas para motivar o trabalho;

Divisão da turma em 4 grupos;

Cada grupo fará a leitura e estudo de uma poesia;

As poesias trabalhadas são: “Canção do Africano” de Castro Alves, “O Negro”

de Augusto dos Anjos, “Vozes-Mulheres” de Conceição Evaristo e “brasil” de

Oswald de Andrade:

Na biblioteca os grupos complementarão as pesquisas sobre o autor e sua

obra;

A partir da poesia e com a mediação do professor, o grupo investigará a

relação existente com o conteúdo de história, nos livros, revistas, jornais e

internet, fazendo uma contextualização da mesma;

Após a contextualização da poesia na história, os grupos apresentam o

trabalho utilizando: mapas, cartazes, maquetes, tv pendrive, etc.;

Os alunos terão oportunidade de expor suas críticas, hipóteses levantadas,

estudo sobre a época, local, autor, intenções, ideologias, presentes na

poesia;

O aluno fará uma autoavaliação elaborada previamente, sobre fontes

históricas, a poesia como fonte e o negro na história do Brasil;

Além de considerar a auto avaliação do aluno, será levado em conta, as

atividades de leitura, interpretação, comentários em sala de aula, motivação e

interesse na busca de dados, durante as pesquisas, no estudo das poesias,

na confecção da caixa-museu, cartazes, maquetes, no trabalho em grupo, na

correção dos exercícios, nas ilustrações das poesias, declamações, nas

relações feitas entre presente e passado, mudanças e permanências,

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semelhanças e diferenças, na aquisição de conceitos, pela criticidade,

perguntas, hipóteses levantadas, nos debates e apresentações;

Para finalizar, cada grupo preparará 3 atividades para apresentar à comunidade

escolar como:

Apresentar um resumo dos estudos realizados com as poesias em uma

contextualização histórica;

Declamação da poesia;

Interpretação da poesia através de desenhos ou colagens;

O trabalho está em aberto para a interdisciplinaridade, principalmente com o

professor de literatura e arte, que quiser auxiliar na ilustração ou declamação

das poesias.

REFERÊNCIAS

BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e a cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da educação básica. Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG).

BRASIL. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares: o que diz a lei. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 10.639, de Janeiro de 2003.

FERRO, Marc, 1924. A Manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. Tradução de Wladimir Araújo. São Paulo: Ibrasa, 1983.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura).

KARNAL, L. (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 6. ed., São Paulo: Contexto, 2010.

LOPES, Ana Lúcia. Currículo, escola e relações étnico-raciais. In: Curso Educação Africanidades Brasil. MEC, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação das relações étnico-raciais: o desafio da formação docente. In: GONÇALVES, Luciane Ribeiro Dias.

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Secretaria Municipal de Educação – Ituiutaba. UNIPAC – Tupaciguara. NEAB/UFU – Uberlândia

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educando para as relações étnico-raciais II. Cadernos Temáticos. Desafios Educacionais Contemporâneos. In: NASCIMENTO, Gizêlda Melo do. O Negro como objeto e sujeito de uma escritura – p. 105 a 114.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. III Grupo de Estudos – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

SCHIMIDT, M. A.; CAINELLI, M. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2009.

(Pensamento e ação na sala de aula).

SILVA, Eliseu Ferreira da; JESUS Wellington Gomes de (coautor). Como e por que trabalhar com a poesia na sala de aula. Revista Graduando nº2 jan./jun. 2011.

Endereços das imagens utilizadas:

Augusto dos Anjos. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/5portugues/6_augusto.jpg Acessado em 19/09/12.

Capoeira. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/lingua_portuguesa/capoeira.jpg Acessado 20/09/12.

Jean-Baptiste Debret – Escravas. Disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1/383etniasescravas.jpg Acessado em 19/09/12.

Jean-Baptiste Debret. Escravidão no Brasil. Disponível em:

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1/384debretescravidao.jpg Acessado em 20/09/12.

Johann Moritz Rugendas. Negros no porão. Disponível em: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1/650rugenavios.jpgAcessado em 19/09/12 -

Lendas do Brasil. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/lingua_portuguesa/sacy01.jpg Acessado em 21/09/12.

Mapa Brasil. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/lingua_portuguesa/mapa_brasil_.jpg Acessado em 21/09/12.

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Oswald de Andrade. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/5portugues/oswalds.jpg Acessado em 19/09/12.

Padre Antonio Vieira. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/lingua_portuguesa/vieira2.jpg. Acessado em 20/09/12.

Vídeos utilizados

Disponíveis em:

http://www.youtube.com/watch?v=tq7KDxNUc6E. Acessado em 20/08/12.

http://www.youtube.com/watch?v=KamVGyWiEd0&feature=related. Acessado em 20/08/12

http://www.youtube.com/watch?v=CzUeNbsF63E. Acessado em 20/08/12.