SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO · 2017. 11. 8. · GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO...

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS 1 1 o RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL Projeto Agrisus n. o 2059-17 Título da Pesquisa: SISTEMAS CONSERVACIONISTAS DE MANEJO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR EM SUCESSÃO ÀS CULTURAS DA SOJA E DO AMENDOIM Coordenador: Denizart Bolonhezi Instituição: Pólo Regional Centro-Leste - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Endereço: Avenida Bandeirantes, n. 2419, CEP:14030-670, Ribeirão Preto/SP, Fone (16-3637109), celular (997222402), E-mail: [email protected] ou [email protected] Local da Pesquisa: Setor de Agronomia do Polo Centro-Leste (antiga Estação Experimental do IAC), Ribeirão Preto/SP Valor Financiado pela Agrisus: R$ 35.000,00 Vigência do Projeto: 29/01/2015 a 01/10/2016 ____________________________________________________________ 1. INTRODUÇÃO A área cultivada com cana-de-açúcar situa-se ao redor de 11,2 Mha no Brasil, sendo distribuída em duas regiões principais, a região Nordeste responsável por 1,27 Mha e a Centro-Sul com aproximadamente 9,9 Mha, os quais são responsáveis pela produção de 652 milhões de toneladas de matéria-prima, 38 milhões de toneladas de açúcar e 27 bilhões de litros de etanol (UNIÃO DAS INDÚSTRIAS DE CANA-DE-AÇÚCAR, 2016; CANASAT, 2016). A produtividade média de colmos cresceu 40 Mg ha -1 entre 1975 e 2008, com destaque para os canaviais paulistas, que apresentavam média de 82 Mg ha -1 . Esses resultados podem ser atribuídos ao melhoramento genético, ao uso de insumos e ao aperfeiçoamento das práticas culturais. Todavia, após crise iniciada em 2009, devido à redução dos investimentos em reforma de canaviais e tratos culturais, associado aos problemas climáticos e aos impactos da mecanização, bem como elevação nos custos, houve o fechamento de 96 das 384 unidades industriais e a produtividade média desde a safra 2016/17 não

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  • GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

    AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

    1

    1o RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL

    Projeto Agrisus n.

    o 2059-17

    Título da Pesquisa: SISTEMAS CONSERVACIONISTAS DE MANEJO DO

    SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR EM SUCESSÃO ÀS CULTURAS DA SOJA E

    DO AMENDOIM

    Coordenador: Denizart Bolonhezi

    Instituição: Pólo Regional Centro-Leste - Agência Paulista de Tecnologia dos

    Agronegócios (APTA)

    Endereço: Avenida Bandeirantes, n. 2419, CEP:14030-670, Ribeirão Preto/SP, Fone

    (16-3637109), celular (997222402), E-mail: [email protected] ou

    [email protected]

    Local da Pesquisa: Setor de Agronomia do Polo Centro-Leste (antiga Estação Experimental do IAC), Ribeirão Preto/SP

    Valor Financiado pela Agrisus: R$ 35.000,00

    Vigência do Projeto: 29/01/2015 a 01/10/2016

    ____________________________________________________________ 1. INTRODUÇÃO

    A área cultivada com cana-de-açúcar situa-se ao redor de 11,2 Mha no Brasil, sendo distribuída

    em duas regiões principais, a região Nordeste responsável por 1,27 Mha e a Centro-Sul com

    aproximadamente 9,9 Mha, os quais são responsáveis pela produção de 652 milhões de toneladas de

    matéria-prima, 38 milhões de toneladas de açúcar e 27 bilhões de litros de etanol (UNIÃO DAS

    INDÚSTRIAS DE CANA-DE-AÇÚCAR, 2016; CANASAT, 2016). A produtividade média de

    colmos cresceu 40 Mg ha-1

    entre 1975 e 2008, com destaque para os canaviais paulistas, que

    apresentavam média de 82 Mg ha-1

    . Esses resultados podem ser atribuídos ao melhoramento genético,

    ao uso de insumos e ao aperfeiçoamento das práticas culturais. Todavia, após crise iniciada em 2009,

    devido à redução dos investimentos em reforma de canaviais e tratos culturais, associado aos

    problemas climáticos e aos impactos da mecanização, bem como elevação nos custos, houve o

    fechamento de 96 das 384 unidades industriais e a produtividade média desde a safra 2016/17 não

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    ultrapassou 72 Mg ha-1

    (DELGADO, EVANGELISTA e ROITMAN, 2017). A reforma dos canaviais

    é uma das principais alternativas para aumentar a produtividade e reverter esse cenário.

    Para as condições da região Centro-Sul, a área destinada para renovação nas últimas 10 safras,

    representou em média 9.1 % dos canaviais. Essa expressiva diminuição, observada também em

    outros Estados, decorre do alto custo da reforma. No contexto da cana crua, a adoção de manejos

    conservacionistas é desejável no sentido de controlar erosão hídrica e diminuir os custos. Porém,

    ainda faltam informações técnicas que subsidiem a adoção, pois existem sensíveis variações

    edafoclimáticas e de manejo entre as diferentes regiões produtoras.

    Considerando o exposto, o projeto PA2059-17 tem como objetivos; estudar em duas regiões

    canavieiras e sucessões de culturas (amendoim e soja) o crescimento vegetativo e radicular da cana-

    de-açúcar em quatro sistemas de manejo do solo (convencional com grade, grade + subsolador,

    prepro reduzido com Rip Strip e plantio direto), quantificar as alterações nas características

    agronômicas e tecnológicas, bem como as mudanças nos atributos químicos e físicos do solo. Nesse

    primeiro relatório parcial serão apresentados detalhes da instalação e alguns resultados preliminares.

    2. MATERIAL & MÉTODOS

    2.1 Experimento em Sucessão ao Cultivo de Soja

    Na região de Jardinópolis/SP (Fazenda Cresciúma), em talhão de 3 ha com histórico de 7

    cortes mecanizados e sem queima, em solo classificado como LATOSSOLO Vermelho eutrófico,

    foi cultivado soja em semeadura direta sobre palhiço. Após a colheita da soja (entre 21/02/2017 e

    03/03/2017) foram realizadas amostragens de solo, compostas para fins de fertilidade do solo e de

    anéis para caracterização física, as quais foram realizadas nas camadas 0-5, 5-10, 10-20, 20-40 e 40-

    60 cm de profundidade. As amostras compostas foram armazenadas para análise juntamente com as

    que serão coletadas após a colheita da cana planta. Na ocasião foram abertas trincheiras para coleta

    de solo para determinação da estabilidade de agregados. As amostras indeformadas, coletadas em

    anéis volumétricos, e para estudo de agregados foram encaminhadas ao laboratório da

    FEAGRI/UNICAMP.

    Nessa ocasião, foram realizadas amostragens da quantidade de resíduo presente na superfície

    do solo e da resistência mecânica do solo à penetração (RMSP) com penetrômetro digital marca

    DLG, modelo PNT-2000. A gleba apresentava 14,7 Mg ha-1

    de matéria seca de palhiço de cana

    crua por ocasião da semeadura direta da soja, quantidade reduzida a 8,7 Mg ha-1

    no final do ciclo da

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    soja (palhiço de cana + resteva de soja). Foram realizadas leituras na linha de e entrelinha da cultura

    de soja já colhida, sendo 10 pontos de leituras em cada bloco.

    Os tratamentos de manejo de solo foram instalados conforme delineamento experimental

    blocos ao acaso com 5 repetições, porém com algumas alterações. Foram instalados quatro

    tratamentos de manejo de solo: 1) Preparo convencional com grade aradora + grade niveladora, 2)

    Preparo convencional com grade aradora + subsolagem, 3) Preparo reduzido com Rip Strip®

    ajustado para duas linhas e 4) Transplantio Direto. Cada parcela experimental compreendeu 4

    sulcos a 1,5 m de espaçamento por 200 metros de comprimento, totalizando 1.500 m2

    por parcela

    experimental. Convém esclarecer, que foi realizada parceria com a empresa BASF, a qual forneceu

    40 mil mudas pré-brotadas da variedade CTC 9003 (Sistema AGmusa) e equipamento para

    transplantio. Por essa razão, o tratamento plantio direto deve ser denominado transplantio direto.

    Em relação ao plano original (mudas convencionais e plantio manual), essa parceria proporcionou

    sensível redução nos custos do projeto, rapidez na instalação e melhor qualidade no processo. Na

    Figura 1, pode-se verificar a imagem realizada com Vant, após a instalação dos tratamentos de

    manejo do solo. É possível identificar as faixas com coloração clara contínua, que referem-se ao

    tratamento transplantio direto, assim como as faixas do Rip Strip. Detalhes dos tratamentos de

    manejo do solo podem ser vistos nas Figuras 2 e 3. O tratamento Rip Strip foi realizado no dia

    14/03/2017 e os tratamentos convencionais no dia 25/03/2017.

    Figura 1. Vista dos tratamentos de manejo após a colheita da soja.

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    Figura 2. Preparo convencional com gradagem (esquerda) e subsolagem (direita).

    Figura 3. Rip Strip ajustado para o espaçamento da cana-de-açúcar (esquerda) e uso do

    equipamento sobre resteva de soja semeada diretamente sobre soqueira de cana crua (direita)

    A mesma transplantadora foi utilizada nos quatro tratamentos de manejo do solo. O

    equipamento foi desenvolvido pela empresa AGRICEF, por encomenda da BASF e partiu de um

    projeto inicialmente desenvolvido pela DMB. É composta por dois sulcadores, reservatório de

    fertilizantes, tanque pulverizador para inseticidas, suporte para bandejas de mudas pré-brotadas e

    sistema de distribuição de mudas do tipo “carrossel” (Figura 4).

    Figura 4. Detalhe da muda pré-brotada e da transplantadora da BASF (Agricef).

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    O transplantio foi realizado nos 27 e 28 de março de 2017, a adubação consistiu no fornecimento de

    30 kg ha-1

    de N, 150 kg ha-1

    P2O5 e 50 kg ha-1

    K2O, através da aplicação de 500 kg ha-1

    da

    formulação 6-30-10 e na ocasião foi aplicado 0,5 L ha-1

    do fungicida Comet (piraclostrobina), além

    do inseticida fipronil (0,25 kg ha-1

    ). A transplantadora foi regulada distribuir mudas a cada 60 cm e

    profundidade de sulcação variou conforme tratamento de manejo. Em virtude do tratamento Rip

    Strip ter sido realizado 15 dias antes, foi utilizado trator com GPS, permitindo a casualização dos

    tratamentos em cada bloco. Por conseguinte, houve a necessidade de utilizar trator com bitola

    estendida de 3,0 metros, para realizar o transplantio no tratamento Rip Strip (Figura 5), evitando

    assim trafegar com rodado do trator dentro do sulco previamente preparado

    Figura 5. Trator utilizado para transplantio nos tratamentos convencionais e direto (esquerda).

    Trator com bitola estendida de 3 metros para transplantio no tratamento Rip Strip (direita).

    Com finalidade de garantir um bom “pegamento” das mudas, é recomendado realizar

    irrigação (Figura 6) logo após o transplantio de mudas pré-brotadas. Assim sendo, utilizou-se

    caminhão pipa logo após o transplantio com finalidade de aumentar contato do solo com o sistema

    radicular. Devido a dificuldade de entrar com caminhão na gleba, as demais irrigações (semanais

    durante um mês) foram realizadas com pipa tracionada por trator. A primeira irrigação foi realizada

    com base na recomendação da BASF, a qual recomenda o fornecimento de 2,5 L por planta. A

    irrigação foi suspensa a partir do mês de maio, quando iniciaram-se as avaliações.

    Figura 6. Irrigação na fase de pegamento das mudas com pipa (esquerda) e caminhão (direita).

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    As avaliações iniciaram-se no mesmo dia do transplantio, com objetivo de quantificar as

    falhas do equipamento em função dos diferentes sistemas de manejo do solo. Foram amostrados

    quatro pontos de duas linhas em cada passada da transplantadora, nos quais foram anotadas as

    distância média entre as mudas, o número de mudas descobertas e tombadas. As falhas decorrentes

    do plantio foram corrigidas no mesmo dia.

    Após 30 dias transcorridos do transplantio, encerradas as irrigações, no dia 26/05/2017 foi

    realizada a avaliação da infestação de plantas daninhas. Para tal deixou-se uma faixa sem aplicação

    de herbicida pós-emergente, na qual foram amostrados dois sulcos de 3 metros de comprimento (3 x

    3 m de área amostrada). Na área amostrada, as plantas presentes foram identificadas, contadas e

    coletadas para quantificação da biomassa seca (Figura 7).

    Figura 7. Avaliação da infestação de plantas daninhas no preparo convencional (esquerda) e no

    manejo com Rip Strip (direita)..

    A partir dos 30 dias após o transplantio (26/05/2017) foram iniciadas as avaliações do

    número de perfilho e acúmulo da biomassa seca da parte aérea. Foram quantificadas todas as

    plantas presentes em dois sulcos de 4 metros, nos quais foram contabilizados todos os perfilhos

    presentes. A parte aérea das plantas presentes em 1 metro de linha foi cortada e levada para estufa

    de secagem (T 60 oC) até massa constante. Essas avaliações foram realizadas no mês de maio,

    junho, julho, agosto, setembro e outubro, devendo seguir até a colheita. Nas últimas avaliações, em

    virtude do tamanho das plantas, uma alíquota da biomassa é retirada para determinação da biomassa

    seca. Mais adiante, quando o número de colmos já tornar-se definitivo em cada tratamento, serão

    incluídas outras características (número de colmos, número de internódios, comprimento e

    diâmetro).

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    No dia 21/06/2017, foram instalados três tubos de acesso (100 cm de profundidade) do

    sensor de umidade do solo do tipo FDR (Reflectometria no Domínio da Frequência), modelo

    DIVINER 2000®

    (Figura 8). Os tubos foram posicionados na linha de plantio, 15 cm ao lado e no

    centro da entrelinha. O equipamento de propriedade da FEAGRI/UNICAMP, foi instalado para

    monitorar o conteúdo de água no solo, sobretudo durante o período seco. Foram realizadas três

    leituras, porém em virtude de problemas técnicos na calibração do sensor, os resultados gerados no

    período necessitam de transformação antes da interpretação.

    Figura 8. Instalação dos tubos de leitura da sensor de umidade do solo Diviner (FDR) e

    procedimento de leitura.

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    Estava prevista amostragem de raiz no mês de agosto, todavia em virtude da estiagem,

    optou-se em esperar as primeiras chuvas para fazê-la. Entre os dias 25 e 28 de outubro, foram

    coletadas 600 amostras de solo, nas profundidades de 0-20, 20-40, 40-60, 60-80, 80-100 cm em três

    posições (15, 45 e 75 cm) nos dois lados da soqueira. Após amostragem, as amostras foram

    congeladas para posterior lavagem, separação das raízes, geração das imagens em scanner, análises

    das mesmas no software Safira®

    e secagem para determinação da biomassa seca. Na ocasião foram

    realizadas leituras com penetrômetro digital e coletadas amostras indeformadas e para estabilidade

    de agregados, as quais serão analisadas no laboratório de solos da FEAGRI/UNICAMP.

    10.4.2. Experimento em Sucessão ao Cultivo de Amendoim

    Na região de Assis/SP, em canavial com histórico de 7 cortes mecanizados sem queima e

    solo classificado como NEOSSOLO Quartzarênico órtico Álico, textura arenosa, foi destinado

    talhão com 10 hectares para instalação de diversos sistemas de manejo de solo para a cultura do

    amendoim. Embora sem delineamento estatístico, devido às circunstâncias da pesquisa (on farm),

    esta área de validação foi instalada após cultivo de amendoim, adubo verde e uma faixa deixada

    em pousio desde dezembro de 2016. Antes do início das operações de preparo de solo (26/11/2016),

    foram coletadas 10 amostras da palhada presente na superfície do solo, em área de 0,5 x 0,5 m, que

    após secagem indicaram quantidade estimada de 10.9 Mg ha-1. Na mesma ocasião, foram coletadas

    amostras de terra para fins de fertilidade, considerando as seguintes profundidades; 0-5, 5-10, 10-

    20, 20-40 e 40-60 cm. Como práticas corretivas, foram aplicados 1,7 Mg ha-1 de calcário, 1.0 Mg ha-1

    de gesso agrícola e 350 Mg ha-1 de fosfato, os quais foram incorporados nos sistemas de manejo de

    solo convencional e deixados sobre palhada nos sistemas conservacionistas. Os tratamentos

    estabelecidos foram; 1) Destruidor mecânico de soqueira + grade + arado + semeadura de

    amendoim, 2) Semeadura direta de amendoim, 3) Destruidor de soqueira + grade + subsolagem +

    semeadura do amendoim, 4) Rip Strip + Semeadura de amendoim, 5) Destruidor de soqueira +

    grade + Rip Strip + Semeadura de Amendoim, 6) Destruidor de soqueira + grade + subsolagem +

    Semeadura de Crotalaria ochroleuca; 7) Destruidor de soqueira + grade + subsolagem + pousio. A

    distribuição desses tratamentos no campo podem ser visualizados no mapa da Figura 9. A área de

    cada tratamentos é de 1 ou 2 hectares e já foi georeferenciada para o plantio da cana-de-açúcar. Nas

    Figuras 10 e 11, podem ser visto o desenvolvimento do amendoim em alguns dos tratamentos.

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    O plantio manual da variedade RB867515 foi realizado no dia 20/05/2017 utilizando

    espaçamento duplo alternado. Nota-se pela Figura 12 que chuva ocorrida no dia 02/05/2017 gerou

    danos expressivos nas áreas adjacentes ao talhão destinado à essa pesquisa. Outra chuva ocorrida

    em junho assoreou os sulcos de plantio, como pode ser verificado na Figura 13, cobrindo parte

    considerável dos resíduos da colheita de amendoim e o palhiço remanescente da cana crua. Mesmo

    o resíduo da Crotalaria ochroleuca, manejada com triturador, foi recoberta pelo solo erodido.

    Após a colheita do amendoim foram retiradas amostras para fins de fertilidade e anéis

    volumétricos. A resistência mecânica do solo à penetração (RMSP) foi realizada com penetrômetro

    digital marca DLG modelo PNT-2000 respeitando as normas da ASAE S313.3 (ASAE, 1996), que

    possui motor elétrico que mantém força constante, eliminando erro do operador. Foram relizadas

    leituras ao longo do ciclo do amendoim.É importante esclarecer que nesse ensaio, os preparos foram

    realizados para a cultura do amendoim e nenhum foi realizado previamente ao plantio da cana-de-

    açúcar. No período compreendido desde o plantio, foram realizada avaliações de perfilhamento e

    está programada para o mês de novembro (6 meses após o plantio), a realização de amostragem do

    sistema radicular, bem como uma caracterização física do solo.

    Figura 9. Mapa com a distribuição dos tratamentos de manejo (esquerda) e faixas com amendoim

    semeado em dois sistemas de manejo diferentes aos 20 dias após semeadura (05/01/2017) (direita)

    Figura 10. Faixa do sistema convencional ao lado do Rip Strip (esquerda) e faixas com amendoim

    na semeadura direta aos 120 dias (direita).

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    Figura 11. Amendoim cultivado no sistema Rip Strip ao lado da faixa com Crotalaria ochroleuca

    (direita) e a mesma ao lado do pousio (direita).

    Figura 12. Erosão ocasionada por chuva de 120 mm (02/05/2017) após a colheita do amendoim

    (esquerda) e detalhes da camada compactada em subsuperfície (direita).

    Figura 13. Vista da variedade RB867515 no manejo de solo Rip Strip (esquerda) e no convencional

    (direita).

    3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Informações das condições microclimatológicas foram coletadas em estação automatizada, a

    qual está posicionada a cerca de 20 km do experimento. Na Figura 15, pode-se observar a

    distribuição das chuvas, temperatura máxima e mínima do ar, considerando o período

    compreendido desde o transplantio até final de outubro/2017, perfazendo 270 mm, distribuídos em

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    33 dias de chuva. A temperatura média máxima e mínima foram respectivamente 29,3 e 15.9 oC.

    Verifica-se que entre 23/05 e final de outubro houve pronunciado período de deficiência hídrica

    (120 dias sem chuva). Na Figura 16 encontram-se os dados microclimatológicos referentes à região

    de Assis/SP, onde está localizado o ensaio em parceria com a AGROTERENAS. Nota-se que a

    chuva acumulada após o plantio foi de 484 mm, distribuídos em 46 dias de um total de163 do

    período. A temperatura média máxima e mínima foram respectivamente 26,7 e 12,0 oC.

    Comparando-se os dois gráficos, pode-se verificar o contraste entre as duas regiões, sendo que

    embora haja maior disponibilidade hídrica em Assis/SP, devido as baixas temperaturas, o

    crescimento da cultura é menor nesse período.

    Figura 15. Distribuição das chuvas, das temperaturas máximas, mínimas no período compreendido entre 01/03/2017 até

    30/10/2017. Ribeirão Preto, SP. APTA Centro Leste.

    Figura 16. Distribuição das chuvas, das temperaturas máximas, mínimas no período compreendido entre 01/03/2017 até

    30/10/2017. Assis, SP. APTA Médio Vale do Parapanema.

    Devido a maior parte dos resultados gerados nesse período ainda estarem em fase de

    processamento, serão apresentados nesse item somente uma parte relativa ao ensaio conduzido em

    Jardinópolis/SP, o qual refere-se à estratégia de realizar os preparos de solo após a colheita da

    cultura de sucessão. Como o aumento da adoção da semeadura da soja sobre palhiço de cana crua,

    com o intuito de reduzir custos e erosão, os canavicultores enfrentam esse dilema, se devem ou não

    realizar o preparo após a colheita da soja, considerando que o próximo canavial deverá ser

    explorado por um longo período.

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    Os resultados sobre infestação de plantas daninhas variou muito entre os tratamentos, pois a

    faixa disponível para amostragem foi restrita e pequena em relação ao tamanho da parcela. De

    qualquer forma, de maneira geral, o maior número foi contabilizado no tratamento

    grade+subsolador (18 plantas em 9 m2), seguido pelos tratamentos com Rip Strip (11 plantas em 9

    m2), transplantio direto (5,8 plantas em 9 m

    2) e convencional com grade (4,6 plantas em 9 m

    2). No

    contexto da cana crua, a adoção de sistemas de manejo conservacionistas do solo podem auxiliar

    sobremaneira no controle de plantas daninhas. Pesquisas conduzidas em condição de Argissolo e

    Latossolo no Estado de São Paulo, estudaram a interação entre sistemas de manejo do solo e

    culturas utilizadas em sucessão, dentre elas, a Crotalaria juncea e a mucuna-cinza, além do pousio,

    soja, amendoim e girassol. Verificou-se que a manutenção da palhada de cana crua no sistema

    plantio direto reduziu significativamente a diversidade de espécies (11 de um total de 25

    identificadas), diminuiu a população infestante, a biomassa seca e o índice de valor de importância

    relativo das plantas daninhas (SOARES et al., 2011). Embora no pousio, o plantio direto e cultivo

    mínimo reduziram a biomassa seca das plantas daninhas em 62% e 55%, respectivamente em

    comparação com o convencional, se utilizada à rotação de culturas com Crotalaria juncea ou

    mucuna-cinza, o efeito destas sobre a vegetação espontânea é tão importante que o manejo de solo

    não exerce influência significativa (SOARES et al., 2012; SOARES et al., 2016, SOARES et al.,

    2017). Vale salientar que a seletividade aos herbicidas comumente utilizados na cultura da cana-de-

    açúcar convencional não é a mesma para mudas pré-brotadas. Portanto, a manutenção dos resíduos

    na superfície e o menor distúrbio na camada superior do solo, poderão auxiliar no controle de

    plantas daninhas. Resultados gerados no PA1495/15, o qual utilizou MPB em diferentes manejos de

    solo, permitiu identificar com clareza esse benefício da palhada. Provavelmente, na presente

    pesquisa, devido o uso de soja transgênica, houve um controle mais efetivo das plantas daninhas ao

    longo do ciclo da soja, diminuindo a infestação e o espectro de espécies presentes.

    Com relação ao perfilhamento, as análises estatísticas não mostraram interação significativa

    entre os sistemas de manejo de solo e as datas de amostragem (a cada 30 dias). Por conseguinte,

    nota-se na Figura 16 que na média das avaliações mensais não houve diferença significativa entre

    os sistemas de manejo. Por outro lado, nota-se que para a média dos sistemas de manejo do solo, o

    perfilhamento atingiu máximo número no mês de agosto (> 30 perfilhos por metro) e diminuiu a

    partir desse mês até a avaliação de outubro. O maior perfilhamento da cana-de-açúcar em manejo

    conservacionista é relatado em algumas pesquisas (Bolonhezi et al., 2011; Bolonhezi et al., 2014),

    vantagem apregoada à maior disponibilidade hídrica, situação não verificada até o momento nesse

    projeto.

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    Figura 17. Perfilhamento da cana-de-açúcar CTC 9003 em diferentes manejos de solo sobre resteva de soja. Média de

    seis meses de avaliação. Jardinópolis/SP, 2017.

    Figura 18. Perfilhamento da cana-de-açúcar CTC 9003 em diferentes meses de avaliação. Média de quatro manejos de

    solo. Jardinópolis/SP, 2017.

    Com relação ao acúmulo da biomassa seca da parte vegetativa, verifica-se no gráfico da

    Figura 19 que houve diferença estatística somente nas avaliações realizadas nos meses de julho e

    agosto. No mês de julho, o manejo com grade proporcionou a maior produtividade de matéria seca,

    diferindo significativamente dos manejos conservacionistas. Ao contrário no mês de agosto,

    normalmente o período com maior deficiência hídrica, a maior produtividade foi constatada no

    tratamento transplantio direto. Nas demais avaliações não houve diferença estatística entre as

    médias. Embora ainda não seja possível concluir sobre os resultados, há indícios de maior

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    resistência das plantas de cana-de-açúcar ao período de estresse hídrico no plantio direto. O fato de

    não haver diferença na maioria das avaliações, em termos de acúmulo de biomassa seca, já é uma

    resultado importante na medida em que confere maior segurança na adoção do sistema.

    Figura 19. Perfilhamento da cana-de-açúcar CTC 9003 em diferentes meses de avaliação. Média de quatro manejos de

    solo. Jardinópolis/SP, 2017. Com relação à compactação do solo, foram realizadas três leituras com penetrômetro digital

    DLG, logo após a colheita da soja em março, no mês de junho e setembro. Nota-se na Figura 19,

    que após a colheita da soja, na camada de 0-20 cm a haste escarificadora da semeadora utilizada

    (Jumil, modelo Guerra GII, 7090) proporcionou uma redução na RMSP, todavia nessa época o solo

    encontrava-se com maior conteúdo de água. No mês de junho, a diminuição da umidade no solo, os

    sistemas conservacionistas apresentaram maior conteúdo de água nos primeiros 20 cm de

    profundidade (Figura 21). O ressecamento do solo nesse período de início do inverno, concorreu par

    aumentar expressivamente a RMSP, sobretudo na entrelinha dos sulcos de plantio (Figura 22) na

    camada entre 10 e 20 cm, onde os valores máximos foram observados principalmente no tratamento

    com grade aradora. Por outro lado na linha de plantio, verificou-se uma sensível redução nos

    valores de RMSP nos tratamento Rip Strip e Grade + Subsolador, os quais proporcionaram valores

    de RMSP menores que 1,5 MPa. No mês de setembro, após 120 dias sem chuva, os valores

    máximos de RMSP foram verificados nos tratamentos plantio direto e grade aradora, nos quais

    ultrapassaram 8 MPa na camada compreendida entre 20 e 30 cm de profundidade. Os valores de

    umidade do solo fornecidos pela sonda DIVINER-2000® em leituras realizadas no mês de setembro

    foram 113, 112, 106 e 90 mm de água, respectivamente nos tratamentos grade + subsolador, Rip

    Strip, grade e plantio direto. Esses valores ainda necessitam de ajustes, todavia correlacionam-se

    com os valores de RMSP medidos neste período.

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    Figura 20. Resistência mecânica do solo à penetração (MPa) em diferentes sistemas de manejo do solo, sendo RS (Rip

    Strip), GA (Grade), GA+S (grade + subsolador) e PD (plantio direto). Valores médios de 15 leituras realizadas no sulco

    de plantio. LATOSSOLO Vermelho textura argilosa,Jardinópolis, SP, março de 2017.

    Figura 21. Umidade do solo em diferentes sistemas de manejo, em junho de 2017. Jardinópolis/SP.

    Figura 22. Resistência mecânica do solo à penetração (MPa) em diferentes sistemas de manejo do solo. Valores médios

    de 15 leituras realizadas na entrelinha. LATOSSOLO Vermelho textura argilosa, Jardinópolis, SP, junho de 2017.

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    Figura 23. Resistência mecânica do solo à penetração (MPa) em diferentes sistemas de manejo do solo. Valores médios

    de 15 leituras realizadas na linha. LATOSSOLO Vermelho textura argilosa, Jardinópolis, SP, junho de 2017.

    Figura 24. Resistência mecânica do solo à penetração (MPa) em diferentes sistemas de manejo do solo, sendo RS (Rip

    Strip), GA (Grade), GA+S (grade + subsolador) e PD (plantio direto). Valores médios de 15 leituras realizadas no sulco

    de plantio. LATOSSOLO Vermelho textura argilosa, Jardinópolis, SP, setembro de 2017.

    4. CONCLUSÕES

    Os resultados preliminares obtidos até o momento não permitem concluir com segurança

    sobre o efeito dos tratamentos. Todavia, é possível dizer que é factível o transplantio direto de

    mudas pré-brotadas sobre resteva de soja, a qual foi semeada diretamente sobre palhiço de cana

    crua. O transplantio direto direto ou sobre faixa preparada, proporcionaram menor percentual de

    mudas tombadas e maior regularidade entre a distância das plantas. Todavia, em períodos de severa

    deficiência hídrica, os manejos que contemplam subsolagem (Grade+Subsolador e Rip Strip)

    proporcionaram redução significativa na resistência à penetração.

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    Ações de Divulgação e Treinamento. Grupo da COOPERCITRUS (esquerda) e participantes do XI

    Workshop Agroenergia ocorrido em junho de 2017.

    5. DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS

    Não foi possível manter a mesma variedade de cana-de-açúcar nos dois ensaios instalados,

    pois são ambientes de produção totalmente diferentes e demandam o posicionamento compatível

    com as características, sendo Jardinópolis considerado ambiente A (alta fertilidade) optou-se pela

    CTC 9003 e em Assis, por ser classificado como ambiente E, foi escolhida a variedade RB 867515

    (rústica). Deve-se ressaltar que, a pesquisa é realizada em parceria com produtores, portanto há a

    necessidade de ajustar os interesses tanto da pesquisa quanto do agricultor. Por outro lado, não

    estava previsto o uso de mudas pré-brotadas na proposta original, fato que permitirá gerar

    informações para esse importante método de propagação.

    A busca por parcerias continua sendo uma estratégia importante para otimizar uso de

    recursos e permitir treinamento de recursos humanos. Nesse sentido, o projeto permitiu a inserção

    de um aluno em nível de graduação como bolsista do CNPQ modalidade PIBIT (Olavo Betiol) e

    uma aluna ingressante de Doutorado na FEAGRI/UNICAMP (Eng.a Agrícola Ingrid Nehme de

    Oliveira). Da mesma forma, a parceria com a BASF possibilitou economia considerável no custo de

    implantação do canavial em Jardinópolis.

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    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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    Scotland, 2012, Abstracts…University of Dundee, 2011. (CD-rom) BOLONHEZI, D.; GENTILIN Jr., O.; SCARPELLINI, J.R.; BOLONHEZ, D.; SILVA, T.L.

    Sugarcane in No-tillage and Liming Long-term Experiment: Fifteen Years fo Results. In: WORLD

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    Proceedings…Winnipeg, 2014, p. 4-5.

    DELGADO, F.; EVANGELISTA, M.; ROITMAN, T. BioCombustíveis. Cadernos FGV Energia,

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    SOARES, M.B.B.; FINOTO, E.L.; BOLONHEZI, D.; CARREGA, W.; ALBUQUERQUE, J.A.A.;

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    SOARES, M.B.B.; FINOTO, E.L.; BOLONHEZI, D.; CARREGA, W.; ALBUQUERQUE, J.A.A.

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    SOARES, M.B.B.; BIANCO, S.; FINOTO, E.L.; BOLONHEZI, D.; ALBUQUERQUE, J.A.A;

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    SOARES, M.B.B.; BIANCO, S.; FINOTO, E.L.; BOLONHEZI, D.; ALBUQUERQUE, J.A.A;

    SILVA, A.A. Phytosociological study on the weed communities in green sugarcane field reform

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    UNIÃO DA INDÚSTRIA DE CANA-DE-AÇUCAR. Dados e cotações: estatística: produção

    Brasil. [São Paulo], 2016. Disponível em: .

    Acesso em: 10 ago 2016.