SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: … · ponto de vista prático, a autopercepção da...

58
Londrina 2011 KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: ASSOCIAÇÕES COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, SUBJETIVOS E CONDIÇÕES CLÍNICAS

Transcript of SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: … · ponto de vista prático, a autopercepção da...

Londrina 2011

KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA

Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora

SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: ASSOCIAÇÕES COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS,

SUBJETIVOS E CONDIÇÕES CLÍNICAS

Londrina 2011

SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: ASSOCIAÇÕES COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS,

SUBJETIVOS E CONDIÇÕES CLÍNICAS

Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Odontologia. Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora. Orientadora: Prof. Drª Sandra Mara Maciel

KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI

AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação na publicação Universidade Norte do Paraná

Biblioteca Central Setor de Tratamento da Informação

Ulinski, Karla Giovana Bavaresco U35s Saúde bucal e qualidade de vida de idosos: associações com

fatores sociodemográficos, subjetivos e condições clínicas / Karla Giovana Bavaresco Ulinski. Londrina: [s.n], 2011.

viii; 59 p.

Dissertação (Mestrado). Odontologia. Dentística Preventiva e Restauradora. Universidade Norte do Paraná.

Orientador: Profª Dra. Sandra Mara Maciel

1- Odontologia - dissertação de mestrado – UNOPAR 2- Saúde bucal 3- Idoso 4- Qualidade de vida - impacto da doença I - Maciel, Sandra Mara, orient. II- Universidade Norte do Paraná.

CDU 616.314-089.27/28

Londrina,15 de dezembro de 2011.

Prof. Sandra Mara Maciel Universidade Norte do Paraná

Profª. Drª. Regina Poli-Frederico Universidade Norte do Paraná

Profª. Drª. Marina de Lourdes Calvo Fracasso Universidade Estadual de Máringá

KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI

SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: ASSOCIAÇÕES COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS,

SUBJETIVOS E CONDIÇÕES CLÍNICAS

Dissertação de Mestrado, apresentada à UNOPAR - Universidade Norte do

Paraná, no Centro de Ciências Biológica e da Saúde, como requisito parcial para

a obtenção do título de Mestre em Odontologia, Área de Concentração Dentística

Preventiva e Restauradora, com nota final igual a _______, conferida pela Banca

Examinadora formada pelos professores:

AGRADECIMENTOS

À Deus e Nossa Senhora, que me fortalecem todos os dias.

Ao meu pai, Arlindo, pelo exemplo da coragem para o recomeço.

À minha mãe, Hilda, pela dedicação incondicional, a quem faltariam linhas para

agradecer.

Ao meu marido Alessandro, pessoa fundamental para meu crescimento pessoal e

profissional.

Aos meus lindos, queridos e amados filhos, Marco Antônio e João Emídio, que

mudaram o sentido da minha vida.

À minha “irmãe” Luty, quem sabe a maior responsável por minha formação, com

quem sempre pude contar.

À minha irmã Ângela, que falta você faz...

Aos meus irmãos Silvio, Paulo e Carlos, que mesmo distantes são lembranças

constantes em meus pensamentos.

À querida amiga Vivian, parceira neste mestrado, amizade que pretendo levar

para a vida toda.

Aos meus colegas de curso, por tornarem tudo tão mais fácil e agradável...

À Profª Drª Sandra Mara Maciel, minha orientadora, com quem tive o privilégio

de conviver nestes dois anos, dividindo e transmitindo muito além do que eu

esperava aprender...

A todos os professores do Mestrado em Odontologia da UNOPAR, pelos

valorosos ensinamentos.

À Banca Examinadora, pelas importantes observações.

Aos idosos que participaram do projeto EELO.

Aos alunos de iniciação científica que contribuíram para a realização desta

pesquisa.

Aos funcionários da UNOPAR, entre as quais, D. Vera e Andresa.

ULINSKI, KGB. Saúde bucal e qualidade de vida de idosos: associações com fatores sociodemográficos, subjetivos e condições clínicas. 2011. 59p. Dissertação (Mestrado em Odontologia – Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2011.

RESUMO

O objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto das condições bucais sobre a qualidade de vida dos idosos independentes cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde do Município de Londrina – PR. Adicionalmente, avaliar quais fatores associaram-se a esse impacto. Trata-se de um estudo transversal, cuja amostra de estudo foi constituída por 504 idosos, de ambos os gêneros, com 60 anos e mais de idade. As condições clínicas foram avaliadas seguindo-se os critérios da Organização Mundial da Saúde. Para medir o impacto da saúde bucal na qualidade de vida dos idosos, utilizou-se o Oral Health Impact Profile em sua forma simplificada (OHIP-14). Simultaneamente ao OHIP-14, coletaram-se informações referentes às variáveis independentes. Estas foram reunidas em quatro subgrupos: fatores sociodemográficos, condições e necessidades bucais, uso dos serviços odontológicos e condições subjetivas, os quais foram distribuídos em um modelo hierárquico, baseado na teoria da determinação social das doenças. Para a análise dos dados utilizou-se a regressão de Poisson. As possíveis associações foram expressas pelas razões de prevalência (RP) e o nível de significância foi fixado em 5%. Associaram-se aos impactos negativos da saúde bucal sobre a qualidade de vida: ser do gênero feminino, estar entre os mais jovens, pertencer à classe econômica baixa, possuir menos que três pares de dentes posteriores em oclusão, necessitar de tratamento devido à cárie dentária, ter procurado assistência odontológica devido à dor ou algum problema e ter percebido de forma negativa a própria saúde bucal e a atenção prestada na última consulta odontológica.

Palavras-chave: Saúde bucal. Idoso. Qualidade de vida. Impacto da doença na qualidade de vida.

ULINSKI, KGB. Oral health and quality of life of elderly people: associations with sociodemographic and subjective factors and clinical conditions. 2011. 59p. Dissertação (Mestrado em Odontologia – Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2011. .

ABSTRACT

The principal objective of this study was to assess the impact of oral health conditions on the quality of life of independent elderly people registered with the Primary Healthcare Centres of the municipality of Londrina, Paraná, as well as to assess what factors were associated with this impact. It was a cross-cutting study involving a sample comprised of 504 elderly people of both genders aged 60 and over. Their clinical conditions were assessed following World Health Organization criteria. The simplified form of the Oral Health Impact Profile (OHIP-14) was used to measure the impact of oral health on the quality of life of the elderly subjects. Simultaneously to the application of OHIP-14, information was also collected in relation to the independent variables. These were divided between four subgroups: sociodemographic factors, oral conditions and needs, use of dental services and subjective conditions. The four subgroups were distributed in a hierarchical model based on the theory of the social determinants of diseases. Poisson regression was used to analyse the data. The possible associations were expressed by the prevalence ratios (PR) and the level of significance was set at 5%. The following variables were associated with the negative impacts of oral health on quality of life: being of the female gender, being among the less elderly, belonging to a low economic class, having fewer than three pairs of occluding posterior teeth, needing treatment owing to dental caries, having sought dental care because of pain or other problems, having perceived negatively one’s own oral health and the care provided during the most recent dental appointment.

Keywords: Oral health. Elderly. Quality of life. Impact of disease on quality of life.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 17

3 ARTIGO ................................................................................................................. 23

4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 41

ANEXOS ................................................................................................................... 46

ANEXO A - Autorização da Secretaria de Saúde de Londrina .................................. 47

ANEXO B - Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da UNOPAR ......................... 49

ANEXO C - Termo de consentimento ...................................................................... 51

ANEXO D – Questionário OHIP-14 ........................................................................... 53

ANEXO E – Ficha de exame das condições bucais ................................................. 55

ANEXO F – Questionário condições sociodemográficas .......................................... 57

14

1 INTRODUÇÃO

O País está passando por muitas mudanças, entre elas, a estrutura etária da

população brasileira (1). Em 2025, o Brasil terá cerca de 32 milhões de pessoas com

mais de 60 anos; tornando-se a sexta maior população de idosos no mundo (2).

Seguindo essa tendência, no município de Londrina, os idosos correspondem a

12,1% da população total (3).

Devido à rapidez e a grande proporção desse crescimento, é indispensável à

preocupação com esse grupo populacional, a fim de que o mesmo possa envelhecer

com saúde e qualidade de vida (4,5). Infelizmente isto não aconteceu com a maioria

dos idosos do Brasil; milhões de pessoas chegaram à terceira idade sem assistência

necessária e com várias limitações (6). Essa população requer cuidados especiais

que envolvem diversas áreas, entre elas, a Odontologia (7).

As condições bucais dos idosos brasileiros foram avaliadas em levantamentos

epidemiológicos de abrangência nacional em três momentos distintos: em 1986 (8),

em 2003 (9), e em 2010 (10). Ambos os estudos evidenciaram o quadro crítico de

saúde bucal dessa população, que mesmo em 2010 estão muito aquém do proposto

pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano 2000 (11). Esses resultados

refletiram a atenção odontológica prestada à população até o início dos anos 90, que

era centrada em modelos assistenciais curativos e excludentes (12).

Dados epidemiológicos são fundamentais para planejamento, organização e

monitoramento dos serviços (13), mas trata-se de uma visão unilateral e objetiva, ou

seja, são restritos à percepção profissional (14,15). Estes dados ganham outro

significado quando acompanhados da auto-avaliação por parte do paciente, onde as

condições de saúde bucal são auto-referidas. A importância da auto percepção se

deve ao fato de que o comportamento das pessoas é condicionado por suas

percepções e pela importância dada a elas (16, 17).

Os Idosos foram apontados como maiores usuários de serviços médicos e

maiores não usuários de serviços odontológicos (18). Mesmo em países que

mantém programas odontológicos gratuitos dirigidos a idosos, a principal razão para

não procurarem esse serviço seria a não percepção de sua necessidade (19). Do

ponto de vista prático, a autopercepção da saúde bucal tem impacto sobre a

utilização dos serviços, sendo preditora de freqüência por procura de atendimento

(20, 21, 22).

15

Em 2003, a OMS (Organização Mundial da Saúde), A FDI (Federação

Dentária Internacional) e a IADR (International Association for Dental Research),

estabeleceram novas metas para o ano 2020, entre as quais, minimizar o impacto

das doenças de origem bucal e craniofacial sobre o desenvolvimento da saúde e de

aspectos psico-sociais, com ênfase para a promoção de saúde bucal e redução das

doenças bucais entre as populações que sofrem mais com o ônus destas condições.

Esta informação evidencia a preocupação por parte das principais organizações

mundiais ligadas à odontologia com a melhoria das condições de saúde bucal das

populações em todas as faixas etárias e consequentemente com sua qualidade de

vida (23)

Qualidade de vida pode ser entendida como "o grau em que uma pessoa

desfruta as possibilidades importantes da vida" (24). Esse entendimento è

multidimensional e depende de fatores externos do indivíduo, como os sociais,

culturais, econômicos e políticos; de condições de saúde e de saúde relacionados à

qualidade de vida, como sintomas, estado funcional e componentes de percepção de

saúde; e finalmente de fatores internos do indivíduo, como: biológicos, estilo de vida,

comportamentos de saúde, personalidade e valores (25) .

A hipótese que os problemas odontológicos podem influenciar a qualidade de

vida e o bem-estar das pessoas é motivo de estudo em diferentes pesquisas (26 -

30). A maior parte das doenças orais não são fatais, mas podem levar à morbidades

significativas, podendo acarretar sérias conseqüências de ordem física, social e

psicológica, o que poderia afetar a qualidade de vida dos indivíduos (31) .

As variáveis referentes ao impacto da saúde bucal na qualidade de vida,

comumente aparecem associadas à autopercepção (22, 32 - 35), embora ainda seja

necessário compreender melhor os elementos básicos que determinam esta

autopercepção da saúde bucal, uma vez que o envelhecimento ocorre de maneira

diferente para cada indivíduo, de geração em geração, e de uma sociedade para

outra. Diante disso, estudos com idosos devem considerar diferentes elementos

intrínsecos ao processo de envelhecimento, os quais são diretamente ligados às

características do indivíduo, da sociedade, da cultura e das próprias políticas

públicas vigentes (36).

Buscando informações sobre as condições bucais relacionadas à qualidade

de vida dos idosos do município de Londrina, não se verificou nenhum estudo

abordando esse tema em amostras representativas dessa população. Dentro do que

16

foi apresentado, o objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto das condições

bucais sobre a qualidade de vida dos idosos independentes cadastrados nas

Unidades Básicas de Saúde do Município de Londrina – PR, e, adicionalmente,

avaliar quais fatores associaram-se a esse impacto.

.

17

REVISÃO DE LITERATURA

O aumento da expectativa de vida é uma aspiração, antes um privilégio dos

países desenvolvidos, hoje uma realidade mesmo nos países pobres (37). Mas para

que isso não se torne um problema, muitos fatores devem ser observados, entre

eles a atenção integral à saúde (38). Principalmente quando esse crescimento

acontece de forma acelerada como no Brasil, onde a população de idosos em

menos de 50 anos aumentou aproximadamente 700%. Anualmente há um

acréscimo de 650 mil novos idosos no país (1).

Segundo dados publicados no Perfil da População Idosa de Londrina (3),

vivem atualmente em Londrina 61.822 pessoas com 60 ou mais anos de idade, o

que significa que essa faixa etária representa 12,1% da população total do

município. Segundo dados da Autarquia Municipal de Saúde (2004), 81%

encontram-se cadastrados em alguma Unidade Básica de Saúde.

O envelhecimento da população se dá como resposta à mudança de alguns

indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade, da mortalidade e o

aumento da esperança de vida (39). Esse processo pode ocorrer de forma natural,

com a diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos, conhecida como

senescência, a qual, em condições normais, não costuma gerar qualquer problema;

ou de outra forma, em que condições de sobrecarga, como por exemplo, doenças,

acidentes e estresse emocional, podem evoluir para uma condição patológica

requerendo assistência: a senilidade. É de grande importância conhecer as

condições normais ocasionadas pela senescência, a fim de que não gerem

tratamentos medicamentosos desnecessários, e, que haja a detecção precoce de

doenças no caso da senilidade (40).

Existem algumas alterações comuns ao processo de envelhecimento ou

ainda alterações sistêmicas associadas ao uso de certos medicamentos que afetam

a saúde geral do idoso e consequentemente sua saúde bucal. Devido a essas e

outras peculiaridades, a pessoa idosa requer atenção de forma global e

multidisciplinar (40)

No que diz respeito à saúde bucal, a exemplo dos adultos, os idosos ficaram

desassistidos de medidas de promoção e prevenção por um longo período de

tempo, restando aos mesmos uma odontologia curativo-mutiladora (12, 41), Fato

com reflexos constatados através da realização do primeiro Levantamento

18

Epidemiológico em Saúde Bucal no Brasil, em 1986, onde se encontrou um CPO-D

de 27,19 para o grupo de idosos, com o índice do componente P=23,37 (8). Apesar

de ser um levantamento de abrangência nacional, esse estudo sofreu críticas, entre

elas a escolha da faixa etária que representou os idosos, pois ao invés de 65 a 74

anos como preconizava a OMS, optou-se pela faixa etária de 50 a 59 anos,

dificultando comparações internacionais ou até mesmo nacionais (41).

Com o objetivo de analisar os estudos epidemiológicos sobre a saúde bucal

dos idosos no Brasil, Colussi e Freitas, em 2002 (42), realizaram uma revisão de

literatura onde encontraram um CPO-D variando de 26,8 a 31,0 entre os sete

estudos que foram analisados, sendo que o componente extraído representou

aproximadamente 84% desse índice. A prevalência do edentulismo ficou em 68%.

Somente em 2004 foram divulgados os resultados do segundo levantamento

de abrangência nacional que incluiu os idosos na amostra, mas dessa vez seguindo

os padrões da OMS, a faixa etária que os representou foi a de 65 a 74 anos.

Novamente o CPO-D encontrado foi alto, de 27,8, e o componente P=25,83 (9).

À fim de proporcionar melhores condições de saúde bucal à população

brasileira, houve a implementação da Política Nacional de Saúde Bucal, com a qual

buscou-se a reorientação do modelo de atenção através do incremento da atenção

básica com a Estratégia Saúde da Família, a estruturação da atenção secundária

através dos Centros de Especialidades Odontológicas e também com as ações de

caráter coletivo. Como pressupostos dessa política, destacam-se: 1)“utilizar a

Epidemiologia e as informações sobre o território subsidiando o planejamento”;

2)“centrar a atuação na Vigilância à Saúde, incorporando práticas contínuas de

avaliação e acompanhamento dos danos, riscos e determinantes do processo saúde

doença” (12).

Dando continuidade à Política Nacional de Saúde Bucal, a fim de avaliar o

impacto das ações realizadas com o programa Brasil Sorridente, em 2010 foi

realizado outro levantamento epidemiológico de abrangência nacional, o SB 2010.

Estes dados foram recentemente publicados, e, no que se refere aos idosos, o

resultado apresentado em geral praticamente não se alterou. Entre os idosos de 65

a 74 anos, o CPO, ficou em 27,5 em 2010, com a maioria correspondendo ao

componente “extraído”. Na amostra avaliada, 23,9% necessitavam de prótese total

em pelo menos um maxilar e 15,4% necessitavam de prótese total dupla, ou seja,

nos dois maxilares. Estes números estão muito próximos dos encontrados em 2002/

19

2003, que foram 24% e 16% respectivamente (9, 10).

Quanto à situação da saúde bucal dos idosos de Londrina, Morita et al. (43)

encontraram um índice de CPO-D de 28,6, com uma taxa de edentulismo de 49,4%.

Mesas et al. (44), em um estudo feito em um conjunto habitacional no mesmo

município encontraram um número próximo para o CPO-D de 27,9, e a taxa de

edentulismo em 43,1%. Em outro estudo conduzido por Mesas et al. (45), com 43

idosos restritos ao domicílio, foi encontrado um CPO-D de 27,9. Analisando a

autopercepção em saúde bucal desses idosos, os autores verificaram que esta não

representava a realidade observada clinicamente, tendo concluído que os mesmos

tinham pouca informação sobre os cuidados com a saúde bucal, e necessitavam de

programas educativos específicos e com uma metodologia adaptada à sua condição.

Os referidos resultados, tanto os de abrangência nacional quanto os do

município deixaram muito a desejar no que diz respeito às metas da OMS, que, para

o ano 2000, determinavam que 50% da população na faixa etária de 65 a 74 anos

deveriam apresentar, pelo menos, vinte dentes em condições funcionais na boca

(11, 46). Coincidem com essa meta da OMS, resultados encontrados por autores

como Sheiham (47) e Marcenes et al. (48), que em seus estudos encontraram

relação entre idosos com uma dentição natural funcional, definida como ter mais que

20 dentes na boca, apresentarem uma dieta saudável rica em frutas, verduras e

legumes, um estado nutricional satisfatório e um Índice de Massa Corporal aceitável.

Além do impacto da condição bucal sobre o estado nutricional, há que se

considerar mais amplamente, sobre a qualidade de vida das pessoas. Vargas e

Paixão (49), em um estudo com adultos usuários de Serviço Público em Belo

Horizonte, encontraram problemas relatados na vida diária pelos usuários que

perderam seus dentes, de natureza funcional e social, tais como: dificuldades para

mastigar, falar, mudanças no comportamento, insatisfação com a aparência, prejuízo

na aceitação social e dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, causando forte

impacto na qualidade de vida.

Minayo et al. (50), definem qualidade de vida como sendo uma noção

eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação existencial,

pressupondo uma síntese cultural dos elementos que determinada sociedade

considera como padrão de conforto e bem-estar. Outra definição, mas dentro do

mesmo contexto, é dada pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial

da Saúde: “percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e

20

sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas,

padrões e preocupações” (51).

Esse grupo criou um instrumento denominado World Health Organization

Quality of Life (WHOQOL-100), para avaliar a qualidade de vida sob perspectiva

transcultural em âmbito internacional com cem questões nos seguintes domínios:

físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio ambiente e

aspectos espirituais/religião/crenças pessoais (52). Posteriormente, com o objetivo

de se obter uma ferramenta com maior facilidade de aplicação, mas que mantivesse

as características psicométricas satisfatórias do anterior, foi desenvolvido o

questionário abreviado WHOQOL-BREF que contém 26 questões nos domínios:

físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente (53).

Ambos os instrumentos são genéricos, não avaliam as dimensões

considerando um problema de saúde específico. No entanto, foram desenvolvidos

indicadores mais específicos de qualidade de vida relacionados à saúde, que

consideram o impacto de condições mais definidas, como por exemplo, os

problemas que acometem a cavidade bucal. Neste sentido, na odontologia, os

indicadores sócio-odontológicos têm sido propostos para medir com que magnitude

as alterações bucais comprometem a qualidade de vida e bem-estar, e incluem

medidas subjetivas como dor, incômodo, problemas estéticos, restrições na

alimentação, na comunicação, nas relações afetivas, nas atividades diárias e no

bem-estar psicológico dos indivíduos (54). São exemplos de indicadores: Geriatric

Oral Health Assessment Index (GOHAI) ou Índice de Determinação da Saúde Bucal

Geriátrica (55), o OIDP (Índice de Impactos Odontológicos no Desempenho Diário)

(56), o Oral Health Impact Profile (OHIP-49) (57) ou Perfil do Impacto da Saúde

Bucal, de Slade e Spencer, e a sua versão reduzida, o OHIP-14 (58).

O Oral Health Impact Profile (OHIP) desenvolvido na Austrália, por Slade e

Spencer (59) é composto por 49 questões e já foi validado em várias pesquisas, que

confirmaram suas boas propriedades psicométricas e sua eficiência (13,15-17, 60).

Tornou-se um dos questionários mais difundidos de auto-avaliação de saúde bucal

relacionados à qualidade de vida, sendo utilizado inclusive no Brasil (57).

O questionário OHIP-14, denominação conferida à sua forma simplificada,

demonstra propriedades similares às do formato original e, sendo mais sucinto,

requer menos tempo para aplicação, o que favorece sua utilização. Este questionário

constitui-se de catorze perguntas, duas para cada uma das sete dimensões do

21

instrumento: limitação funcional, dor, desconforto psicológico, inabilidade física,

inabilidade psicológica, inabilidade social e incapacidade (29, 58, 61).

Todas as perguntas do questionário OHIP- 14 procuram relacionar a condição

bucal ou das próteses em uso aos temas de cada uma. A dimensão limitação

funcional inclui perguntas sobre dificuldade para falar e piora no sabor dos

alimentos; na dimensão dor, pergunta-se sobre a sensação de dor e incômodo para

comer; na dimensão desconforto psicológico, as perguntas se referem à

preocupação e estresse pela condição bucal. O prejuízo na alimentação e a

necessidade de ter de parar de se alimentar são os quesitos da dimensão

inabilidade física, enquanto que na inabilidade psicológica as perguntas referem-se à

dificuldade para relaxar e ao sentimento de vergonha em função da condição bucal.

A dimensão inabilidade social inclui perguntas sobre irritação com terceiros e

dificuldade de realizar atividades da rotina diária por causa da condição bucal; e as

perguntas que compõem a dimensão incapacidade buscam saber se há a percepção

de que a vida tenha piorado e se a pessoa se sentiu totalmente incapaz de

desenvolver suas atividades rotineiras (29).

O OHIP 14 foi testado e validado na língua portuguesa por Oliveira e

Nadanovsky (61), em uma pesquisa realizada com puérperas brasileiras, em que se

verificou o impacto negativo da dor de dentes na qualidade de vida dessas mulheres.

Outro estudo utilizando o OHIP-14, foi realizado por Steele et al (27), em

amostras representativas de adultos e idosos da Austrália e do Reino Unido,

relataram menor impacto das condições bucais entre os idosos. Os autores

concluíram que a idade e a perda dentária estão fortemente relacionadas, mas têm

efeitos independentes quanto às condições bucais e qualidade de vida. A Perda

dentária relacionou-se ao envelhecimento com impactos negativos, enquanto que o

envelhecimento de forma independente resultou em impactos menores.

O OHIP-14 também foi utilizado para avaliar a associação entre a capacidade

mastigatória e a qualidade de vida em idosos Coreanos (62). Neste estudo, verificou-

se que os idosos que possuíam a capacidade de mastigar efetivamenete uma

grande variedade de alimentos sentiram significantemente menores impactos na sua

qualidade de vida em comparação aos que não possuíam.

Ainda em relação ao referido questionário, Silva et al. (29), avaliaram o

impacto da perda dentária sobre a qualidade de vida de pacientes usuários do

serviço público de saúde da região sudeste do Brasil, anterior ao tratamento para

22

inserção ou substituição de prótese total dupla. Entre seus achados, verificaram que,

entre as dimensões do OHIP-14, as mais impactadas foram, “desconforto

psicológico”, seguida da “dor física”. Já o menor impacto foi pecebido na dimensão

“inabilidade social”, que corresponde às relações interpessoais e ao

desenvolvimento das atividades rotineiras.

23

Artigo

24

ORAL HEALTH AND QUALITY OF LIFE OF ELDERLY PEOPLE: ASSOCIATIONS

WITH SOCIODEMOGRAPHIC AND SUBJECTIVE FACTORS AND CLINICAL

CONDITIONS

ABSTRACT The objective of this study was to assess the factors associated with the impact of oral health-related conditions on the quality of life (OHRQoL) of elderly South Brazilians. It is a cross-sectional study involving a sample comprised of 504 independent elderly people of both genders aged 60 and over who took part in the Aging and Longevity Study (Estudo sobre Envelhecimento e Longevidade – EELO project). Data collection included oral examinations, following World Health Organization criteria and recommendations, as well as structured interviews. The simplified form of the Oral Health Impact Profile (OHIP-14) was used to measure the impact of oral health on the quality of life of the elderly subjects. In addition, information was collected on sociodemographic factors, use of dental services and subjective measures of health. Poisson regression within a hierarchical model was used to analyse the data. The following were associated with the negative OHRQoL impact: belonging to the female gender (PR=1.40; CI 95%: 1.11-1.77), belonging to the 60 to 64 age group (PR=0.68; CI 95%: 0.62-1.77), having low economic classification (PR=1.58; CI 95%: 1.13-2.20); having fewer than 3 occluding pairs of posterior teeth (PR=1.88; CI 95%: 1.13-3.14), needing treatment for caries (PR=1.28; CI 95%: 1.06-1.54); the motive for the most recent dental appointment having been pain or an emergency (PR=1.52; CI 95%: 1.15-2.00); negative perception of their own oral health (PR=2.49; CI 95%: 1.92-3.24), and care provided during the most recent dental appointment (PR=1.34; CI 95%: 1.12-1.59). These findings suggest that in order to assess and gain a better understanding of OHRQoL, in addition to the clinical factors, the personal characteristics, social insertion and subjective aspects of the individuals also have to be taken into consideration. Keywords: Oral health. Elderly. Quality of life. Impact of disease on quality of life.

25

INTRODUCTION The health of the elderly is increasingly awakening the interest of researchers

since aging of the population, once seen as a phenomenon, is now a reality both in

developed and developing countries (1). It is estimated that by 2040 the developing

countries will have 1 billion people aged 60 or over (2). Given the great velocity and

extent of this growth, care with this specific group is essential so they can age

healthily and with quality of life (3). Oral health is among the factors that can exert

influence on the quality of life of the elderly, since poor oral health conditions results

in difficulty in chewing, speaking or even in the relations with other people (4 - 6).

In recent years a significant increase can be observed in studies on oral

health-related quality of life (OHRQoL) in the elderly. The impact of oral health on

quality of life broadens the sources of information from epidemiological research

beyond just clinical indicators (7, 8). Therefore, various instruments have been

developed, including the Oral Health Impact Profile (OHIP-49), in order to measure

people’s perceptions of the social impact of oral disorders on their well-being. OHIP-

49 was developed in Australia by Slade & Spencer (9). Later, Slade (10) published a

reduced version of this instrument, the OHIP-14. Although previous publications have

used OHIP-14 to analyze the influence of oral health on quality of life of the elderly

(5, 11 - 13), most were purely based on statistical associations from traditional

analysis, rather than using the hierarchical approach.

While various models seek out support for the social determinants of health,

the model proposed by Victora et al. (14) employs hierarchical frameworks to

investigate the determinants of diseases by using multivariate analysis techniques.

Although OHRQoL was not focused, the hierarchical approach has already been

used in oral health studies and sustains the theory that sociodemographic conditions

can determine oral morbidities and the use of health services (7, 15).

Considering that oral health might have an impact on the quality of life of the

elderly population, the purpose of this study was to assess through OHIP-14 which

factors are associated with this impact, within a theoretical hierarchical model.

METHODS

This cross-sectional study was approved by the Human Ethics Committee of

26

the North Paraná University (pp.0070/09). The target population was comprised of

independent elderly people, without physical and mental disabilities, aged 60 and

over of both gender, from 38 primary healthcare centres in the urban region of

Londrina, Paraná, Brazil. Other health indicators have been analyzed in this elderly

population from the municipality, as part of a broader investigation conducted by the

group of Interdisciplinary Aging and Longevity Study (EELO, Londrina, Brazil), which

in 2009 totalled 43,610 individuals.

A representative sample size was defined as 343 elderly, but 177 participants

were added in order to compensate for sample loss (N = 520). Participants were

randomly selected from information received from the primary healthcare centres.

Stratified random sampling was used considering the city’s five regions, obtaining

15% from the central region, 27% from the northern region, 23% from the southern

region, 19% from the eastern region and 16% from the western region. All

participants signed an informed consent form.

Dental exams were performed under artificial illumination using flat mirrors and

community periodontal index (CPI) probes according to biosecurity parameters. Oral

health was assessed through the experience and severity of dental caries (DMFT

index), the presence of edentulism, and the use of and need for prosthesis according

to criteria defined by the World Health Organization (WHO) (16). The dental exams

were performed by a single examiner and intra-examiner agreement (Kappa

coefficient = 0.97) was considered excellent.

The instrument used to measure the impact of oral health on the quality of life

of the elderly people was the OHIP-14 (10), which psychometric properties were

previously validated in Portuguese (11). The questionnaire is comprised of fourteen

questions, corresponding to seven dimensions: functional limitation, pain,

psychological discomfort, physical disability, psychological disability, social disability

and handicap. There are five possible answers for each question, according to the

Likert-type scale: never, rarely, occasionally, frequently and always. Answers were

coded from 0 (never) to 4 (always) and OHIP-14 scores were calculated by the

additive method. All the answers were added to produce a total score, which could

vary between 0 and 56; whereby the higher the OHIP-14 score, poorer OHRQoL.

Initially, a descriptive analysis was made of the OHIP-14 results; thus,

percentage distributions; mean, standard deviation, and median scores were

obtained. Subsequently, the dependent variable was obtained by the dichotomization

27

of the total OHIP-14 score, based on the median score (in this case 6). Therefore, all

scores greater than 6 implied in high impact of oral health on quality of life, while all

scores lower or equal to 6 represented low impact of oral health on quality of life. The

questionnaire was applied individually by two trained interviewers and, in addition to

the OHRQoL interview (OHIP-14), other information was also collected. Variables

were grouped from distal to proximal in four levels: level 1 = sociodemographic

factors, level 2 = oral health conditions and needs, level 3 = use of dental services,

level 4 = subjective conditions, in a hierarchical model (14).

The following variables comprised the sociodemographic factors in level 1:

gender (female/male); age (60-64 years, 65-69 years, 70-74 years); origin (rural area,

urban area); companionship (none, with companionship); skin colour (white, non-

white); schooling (up to 4 years, more than 4 years); economic class (upper, lower).

The oral health conditions and needs in level 2 was comprised of: number of

teeth (edentulous, 1-19 teeth, ≥ 20 teeth); occluding pairs of posterior teeth (up to 3,

more than 3); use of any type of prosthesis (yes, no); untreated caries lesions (none,

at least one); need for any type of prosthesis (yes, no).

The use of dental services in level 3 was composed by: visits to dental service

(regular visits, not regular); last dental appointment (≤ 1 year, > 1 year); type of

dental service (public, private); reasons for seeking the last dental appointment

(preventive, curative).

The subjective conditions in level 4 were: self-perception of overall health

(very good/good, fair, very poor/poor); self-perception of oral health (very good/good,

fair, very poor/poor); perception of dental care at the last appointment (good, poor).

Poisson regression models with robust variance and adjustment for design

effects were used. Bivariate analysis was performed at each hierarchical level.

Results were presented as prevalence ratios (PR). In the multivariable analysis,

variables were controlled for all others in the same level (horizontal) and those with a

significant level of 5% or lower were retained to the next level down (vertical), thus

characterizing the adjusted hierarchical model.

RESULTS

Five-hundred and four elderly were examined and answered the questionnaire

28

(OHIP-14), a response rate of 96.9%. Regarding the sociodemographic factors (level

1), the average age was 69.5 years. The following characteristics were predominant:

female gender (66.3%), white skin colour (62.1%), rural origin (53.8%), and with

companionship (65.1%). The majority (80.5%) had schooling up to 4 years and

belonged to the lower economic class (83.5%).

When considering oral health conditions and needs (level 2), mean DMFT

index was 26.1 (SD=8.6): 87.1%, 8.9%, and 3.8% of the index accounted for the

missing, filled, and decayed components, respectively. Almost half (47.4%) of the

studied population was edentulous and only 12.3% had ≥20 teeth. It is important to

point out that 73.4% had no upper teeth and 49.4% had no lower teeth. Regarding

the use of and need for prosthesis, 60.3% used some type of prosthesis, 37.9%

accounted for total prosthesis, and 54.5% needed full dentures in either the upper or

lower jaw.

In relation to the use of dental services (level 3), most of the participants did

not visit the dentist regularly (95.4%), had their last dental appointment >1 year

(73.2%) in the private sector (77.2%) for curative reasons (93.8%).

Regarding the subjective conditions (level 4), participants perceived their

overall health as very good/good (38.1%), fair (47%), or very poor/poor (14.9%); their

oral health as very good/good (40.5%), fair (25.6%), or very poor/poor (33.9%). Most

perceived dental care at the last appointment as good (76.4%).

Mean OHIP-14 scores were 9.1 (SD= 9.5) and median was 6.0. No negative

impact of oral health on quality of life (score 0) was registered in 15.1% of the

sample. A higher percentage of individuals reported to be concerned about their oral

health and were uncomfortable to eat (Table 1). When considering the dimensions of

OHIP-14, the highest mean were registered for physical pain and psychological

discomfort (Table 1).

Variables identified in the bivariate analysis (Table 2) that were associated to

higher negative impact on OHRQoL were, for the 4 levels: Level 1 - female gender,

age 60-64 years, lower economic class; Level 2 - up to 3 occluding pairs of posterior

teeth, at least one untreated caries lesion; Level 3 - seeking the public dental service

for curative reasons in the last dental appointment; Level 4 - very poor/poor self-

perception of overall health and oral health, poor perception of dental care at the last

appointment.

From the multivariate analysis (Table 3), the previously reported variables

29

remained associated with higher negative impact on quality of life, with exception of

site of last dental visit (level 3) and self-rating general status (level 4).

DISCUSSION

To the best of our knowledge, this is the first epidemiological investigation that

used the hierarchical model to assess the impact of oral health on the quality of life of

independent elderly. In the final model, all the hierarchical levels proposed resulted in

at least one significant variable associated with high negative impact on OHRQoL.

Among the sociodemographic variables (level 1), the female gender, the age

between 60-64 years, and the lower economic class had a high impact on OHRQoL.

When considering gender, women, even in similar clinical conditions to men, have

been more unsatisfied with their appearance (17), demonstrated greater perception

of oral conditions (18 - 20), and higher complains regarding pain and the ability to

chew (21).

Despite the evidence that oral health worsens with aging (22), in the present

study, the younger elderly (age 60-64 years) noticed a higher impact on OHRQoL.

According to our results, the high impact on OHRQoL was inversely proportional to

age, i.e. the higher the age, the lower the OHIP-14 scores. A similar fact was also

reported by McGrath and Bedi (23) and by Steele et al. (5), who observed that adults

perceived a greater impact on OHRQoL than the elderly. Thus, it is presumed that

the elderly become more tolerant towards oral health problems that result from aging

(24).

The association between high impact on OHRQoL and lower economic class

of the elderly in this study is consistent with previous publications (10, 25). This

supports the fact that the less privileged class had less access to the dental services,

despite their worse oral health condition (26). As consequence, the accumulation and

aggravation of oral problems may negatively impact on their quality of life (27).

Schooling, on the hand, did not produce a high impact on OHRQoL in the population

from this study, contrary to the reported by Atchinson et al. (17), who observed that

individuals with lower schooling perceived a higher impact on OHRQoL.

In respect to the oral health conditions and needs (level 2), the high DMFT

index and the high prevalence of edentulism observed in this study are similar to the

ones reported in the latest epidemiological national survey (28) as well as other

30

studies involving elderly Brazilians (29, 30). These data reflect the Brazilian health

care model, which historically has been centred on curative practices, often involving

mutilation (31). Surprisingly, the number of remaining teeth did not particularly

influence the quality of life of the investigated elderly. The latest observation was also

reported by Kim et al. (12) and may possibly be explained by the fact that tooth loss

is associated with aging as a natural and inevitable process (32, 33). This finding

corroborates with previous reports that identified a positive perception from the

majority of the elderly, in spite of their poor oral health (34, 35). However, having

fewer than three occluding pairs of posterior teeth had a high impact on OHRQoL,

which is in accordance with previous findings (36 - 38) and can be explained by their

importance to the masticatory ability (39). Relationships between chewing ability and

quality of life have been also found in elderly populations in countries such as Japan,

Korea and Great Britain (12, 39, 40). The poor oral condition implies in greater

treatment needs. During the validation of OHIP-14 in Brazil, significant higher

treatment needs due to dental caries were associated to higher impact on OHRQoL

(11), in agreement with the findings from this study.

The need for and use of dental prosthesis among the elderly, on the other

hand, were not associated to the high impact on OHRQoL. Silva et al. (41) suggested

that, although the absence of teeth and the use of deficient prosthesis do not

interfere in daily activities or social relations, these conditions result in negative

impacts on some of the OHIP dimensions, such as psychological discomfort, pain

and physical disability. In the present study, the impact of OHIP-14 were mostly

influenced by higher scores in the dimensions “physical pain” and “psychological

discomfort”, which was also observed in previous publications (12, 41, 42).

In this context, physical pain and psychological discomfort exert a direct

influence on the search for dental services (level 3). In the present study, pain or

curative needs were the main reason related to the latest dental appointment and

had a high impact on OHRQoL. This reinforces the idea that oral health care in Brazil

has been based mainly on a curative approach. For many decades in the country,

the oral health care has focused on school children, which consequently means that

these assistance programmes excluded adults and the elderly who, for the most part,

only received care in cases of dental emergencies (15). It is also interesting to point

out that only 26% of the elderly reported having used the public service for their last

dental appointment, although all the participants from this study were registered in

31

the public health system. A high impact of the use of the public oral health care on

OHRQoL was evident in the bivariate analysis, but this was not retained in the

hierarchical approach. Additionally, the elderly that reported poor service in their last

dental appointment demonstrated higher OHIP-14 scores when compared to the

ones that perceived the service as good.

The subjective conditions (level 4) also exert influence on OHRQoL, since the

perception of individuals is more strongly influenced by self-evaluation than by

objective parameters of their condition itself (43). Associations between the negative

self-perception of oral health and its negative impact on OHRQoL have been well

defined in the literature (11, 12, 41, 43). The individual’s self-perception of oral health

in the investigated population had a strong impact on OHRQoL.

Although the investigated population was representative of medium-sized

municipalities, it should be noted that the sample was comprised of individuals

registered in the primary healthcare centres. Therefore, the socio-economic profile of

the investigated population corresponds to the group of elderly who use the public

health system in a specific southern municipality in Brazil. Considering the marked

regional differences within Brazil, caution is recommended before generalizing the

results from the present study.

CONCLUSION

From the hierarchical model analysis, the following factors exerted a high impact

on OHRQoL of the elderly population: female gender, 60-64 years of age, lower

economic class, presence of up to three pairs of occluding posterior teeth, at least

one untreated caries, seeking the public dental service for curative reasons in the last

dental appointment, poor self-perception of oral health and poor perception of dental

care at the last appointment. Therefore, it is possible to conclude that the clinical

conditions, the sociodemographic variables, and the subjective conditions of the

individuals also have to be taken into consideration in the analysis of the impact of

oral health on quality of life of elderly people.

32

REFERENCES 1. Shrestha LB. Population aging in developing countries. Health Aff

(Millwood). 2000 May-Jun;19(3):204-12.

2. Kinsella K, He W. An Aging World: 2008. In: Office USGP, editor. Washington: U.S. Census Bureau; 2009. p. P95-109.

3. Veras R. Population aging today: demands, challenges and innovations.

Rev Saude Publica. 2009 Jun;43(3):548-54.

4. Petersen PE. The World Oral Health Report 2003: continuous improvement of oral health in the 21st century – the approach of the who Global Oral Health Programme. Community Dent Oral Epidemiol 2003;31(Suppl. 1):3-24.

5. Steele JG, Sanders AE, Slade GD, Allen PF, Lahti S, Nuttall N, et al. How do age and tooth loss affect oral health impacts and quality of life? A study comparing two national samples. Community Dent Oral Epidemiol. 2004 Apr;32(2):107-14.

6. Musacchio E, Perissinotto E, Binotto P, Sartori L, Silva-Netto F, Zambon S, et al. Tooth loss in the elderly and its association with nutritional status, socio-economic and lifestyle factors. Acta Odontologica Scandinavica. 2007;65(2):78-86.

7. Pattussi MP, Peres KG, Boing AF, Peres MA, da Costa JS. Self-rated oral

health and associated factors in Brazilian elders. Community Dent Oral

Epidemiol. 2010 Aug;38(4):348-59.

8. Stenman U, Ahlqwist M, Bjorkelund C, Hakeberg M. Oral health-related quality of life - associations with oral health and conditions in Swedish 70-year-old individuals. Gerodontology. 2011 Jun 28.

9. Slade GD, Spencer AJ. Development and evaluation of the Oral Health Impact Profile. Community Dent Health. 1994 Mar;11(1):3-11.

10. Slade GD. Derivation and validation of a short-form oral health impact

profile. Community Dent Oral Epidemiol. 1997 Aug;25(4):284-90.

11. Oliveira BH, Nadanovsky P. Psychometric properties of the Brazilian version of the Oral Health Impact Profile-short form. Community Dent Oral Epidemiol. 2005 Aug;33(4):307-14.

12. Kim HY, Jang MS, Chung CP, Paik DI, Park YD, Patton LL, et al. Chewing

function impacts oral health-related quality of life among institutionalized

and community-dwelling Korean elders. Community Dent Oral Epidemiol.

2009 Oct;37(5):468-76.

13. Johansson V, Axtelius B, Soderfeldt B, Sampogna F, Paulander J, Sondell K. Multivariate analyses of patient financial systems and oral health-related quality of life. Community Dent Oral Epidemiol. 2010 2010;38(5):436-44.

33

14. Victora CG, Huttly SR, C. FS, Olinto MT, 00. The role of conceptual frameworks in epidemiological analysis: a hierarchical approach. Int J Epidemiol. 1997;26(00):224–7.

15. Moreira RS. Factors associated with subjective need for dental treatment in

elderly Brazilians. Cad Saude Publica. 2009 2009;23(12):11.

16. World Health Organization. Oral health surveys: basic methods. . 4 ed

Geneva: WHO. 1997.

17. Klages U, Bruckner A, Zentner A. Dental aesthetics, self-awareness, and

oral health-related quality of life in young adults. Eur J Orthod. 2004

Oct;26(5):507-14.

18. Astrom AN, Haugejorden O, Skaret E, Trovik TA, Klock KS. Oral Impacts

on Daily Performance in Norwegian adults: validity, reliability and

prevalence estimates. Eur J Oral Sci. 2005 Aug;113(4):289-96.

19. Baker SR, Pankhurst CL, Robinson PG. Utility of two oral health-related

quality-of-life measures in patients with xerostomia. Community Dent Oral

Epidemiol. 2006 Oct;34(5):351-62.

20. Mason J, Pearce MS, Walls AW, Parker L, Steele JG. How do factors at

different stages of the lifecourse contribute to oral-health-related quality of

life in middle age for men and women? J Dent Res. 2006 Mar;85(3):257-

61.

21. Locker D. The burden of oral disorders in a population of older adults.

Community Dent Health. 1992 Jun;9(2):109-24.

22. Rihs LB, da Silva DD, de Sousa Mda L. Dental caries and tooth loss in

adults in a Brazilian southeastern state. J Appl Oral Sci. 2009 Sep-

Oct;17(5):392-6.

23. McGrath C, Bedi R. Why are we "weighting"? An assessment of a self-

weighting approach to measuring oral health-related quality of life.

Community Dent Oral Epidemiol. 2004 Feb;32(1):19-24.

24. Bulgarelli AF, Manço ARX. A population of elderly and their satisfaction

with their oral health. Ciência & Saúde Coletiva. 2008 2008;13(4):1165-74.

25. Sanders AE, Slade GD, Lim S, Reisine ST. Impact of oral disease on

quality of life in the US and Australian populations. Community Dent Oral

Epidemiol. 2009 Apr;37(2):171-81.

26. Kieser JA, Groeneveld HT. Inequalities in the pattern of dental delivery in

South Africa. J Dent Assoc S Afr. 1995 Jul;50(7):327-31.

34

27. Matos DL, Lima-Costa MF, Guerra HL, Marcenes W. [Bambui Project: an

evaluation of private, public and unionized dental services]. Rev Saude

Publica. 2002 Apr;36(2):237-43.

28. Brasil. Projeto SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal –

Resultados Principais. 2011:92.

29. Mendes DC, De Oliveira Poswar F, De Oliveira MV, Haikal DS, Da Silveira

MF, De Barros Lima Martins AM, et al. Analysis of socio-demographic and

systemic health factors and the normative conditions of oral health care in

a population of the Brazilian elderly. Gerodontology. 2010

30. Hugo FN, Hilgert JB, de Sousa Mda L, da Silva DD, Pucca GA, Jr.

Correlates of partial tooth loss and edentulism in the Brazilian elderly.

Community Dent Oral Epidemiol. 2007 Jun;35(3):224-32.

31. Moreira RdS, Nico LS, Tomita NE, Ruiz T. A saúde bucal do idoso

brasileiro: revisão sistemática sobre o quadro epidemiológico e acesso aos

serviços de saúde bucal. Cadernos de Saúde Pública. 2005;21(6):1665-

75.

32. Chen MS, Hunter P. Oral health and quality of life in New Zealand: a social

perspective. Soc Sci Med. 1996 Oct;43(8):1213-22.

33. Atchison KA, Gift HC. Perceived oral health in a diverse sample. Adv Dent

Res. 1997 May;11(2):272-80.

34. Matthias RE, Atchison KA, Lubben JE, De-Jong F, Schweitzer SO. Factors

affecting self-ratings of oral health. J Public Health Dent. 1995;55(4):197-

204.

35. Jokovic A, Locker D. Dissatisfaction with oral health status in an older adult

population. J Oral Health Dent. 1997;57(1):40-7.

36. Tsakos G, Marcenes W, Sheiham A. The relationship between clinical

dental status and oral impacts in an elderly population. Oral Health Prev

Dent. 2004;2(3):211-20.

37. Hassel AJ, Koke U, Schmitter M, Rammelsberg P. Factors associated with

oral health-related quality of life in institutionalized elderly. Acta Odontol

Scand. 2006 Feb;64(1):9-15.

38. Gerritsen AE, Allen PF, Witter DJ, Bronkhorst EM, Creugers NH. Tooth

loss and oral health-related quality of life: a systematic review and meta-

analysis. Health Qual Life Outcomes. 2010;8:126.

35

39. Takata Y, Ansai T, Awano S, Fukuhara M, Sonoki K, Wakisaka M, et al.

Chewing ability and quality of life in an 80-year-old population. J Oral

Rehabil. 2006 May;33(5):330-4.

40. Sheiham A, Steele JG, Marcenes W, Tsakos G, Finch S, Walls AWG.

Prevalence of impacts of dental and oral disorders and their effects on

eating among older people; a national survey in Great Britain. Community

Dent Oral Epidemiol 2001;29:195-203.

41. Silva MES, Villaça EL, Magalhães CS, Ferreira EF. [Impact of tooth loss in

quality of life]. Ciência & Saúde Coletiva. 2010 2010;15(3):841-50.

42. Heydecke G, Tedesco LA, Kowalski C, Inglehart MR. Complete dentures

and oral health-related quality of life -- do coping styles matter? Community

Dent Oral Epidemiol. 2004 Aug;32(4):297-306.

43. Martins AM, Barreto SM, Pordeus IA. [Objective and subjective factors

related to self-rated oral health among the elderly]. Cad Saude Publica.

2009 Feb;25(2):421-35.

36

Table 1: Distribution of responses (%) to OHIP-14 items, mean and median scores

subscales

Conceptual domains and Questions

Never (0)/ Hardly ever (1)

Occasionally (2)

Very often (3) / Fairly often (4)

Mean (SD) Median (range)

Functional limitation 1.34 (1.90) 0 (0-8)

Trouble pronouncing words 71.8 17.9 10.3

Felt sense of taste worsened 82.7 8.1 9.1

Physical pain 2.11 (2.19) 2 (0-8)

Had painful aching in mouth 70.2 17.1 12.1

Uncomfortable to eat foods 58.7 20.0 21.2

Psycological discomfort 2.02 (2.44) 1 (0-8)

Been self-conscious 57.3 19.0 23.6

Felt tense 78.2 9.7 12.1

Physical disability 1.37 (1.99) 0 (0-8)

Diet been unsatisfactory 73.0 12.7 14.3

Had to interrupt meals 82.1 11.3 6.5

Psycological disability 1.45 (2.06) 0 (0-8)

Difficult to relax 87.7 5.2 7.1

Been a bit embarrassed 66.7 14.7 18.7

Social disability 0.43 (1.17) 0 (0-8)

Irritable with other people 92.9 3.4 3.8

Difficult doing usual jobs 93.7 3.6 2.8

Handicap 0.39 (1.19) 0 (0-8)

Felt life less satisfying 90.9 4.0 5.2

Totally unable to function 96.6 2.0 1.4

Total OHIP-14 9.10 (9.47) 6 (0-56)

37

Table 2 – Bivariate analysis of factors associated with the impact of oral health on

quality of life of elderly independent of Londrina, PR

Variables Impact

PR CI 95% P value Yes

n %

Level 1 – Sociodemographic factors Gender

Male 58 34.1 1

Female 171 51.2 1.50 (1.18-1.89) 0.001

Age

60 a 64 years 75 58.6 1

65 a 69 years 113 41.4 0.70 (0.57-0.86) 0.001

75 or over 41 39.8 0.67 (0.51-0.90) 0.007

Geography

Urban 108 46.4 1

Rural 121 44.6 0.96 (0.79-1.16) 0.702

Living arrangements

Not alone 147 44.8 1

Alone 82 46.6 1.04 (0.85-1.26) 0.702

Ethnicity

White 148 47.3 1

Non-white 81 42.4 0.89 (0.73-1.09) 0.292

Education

> 4 years 42 42.9 1

≤ 4 years 187 46.1 1.07 (0.83-1.38) 0.575

Economicl class

Upper/Upper Middle 25 30.1 1

Lower Middle/Lower 204 48.5 1.60 (1.14-2.26) 0.006

Level 2 – Oral health conditions and needs

Number of teeth

≥ 20 24 38.7 1

< 1 – 19 103 50.7 1.31 (0.93-1.84) 0.120

Edentulous 102 42.7 1.10 (0.78-1.55) 0.580

Posterior occlusal pairs

≥ 3 11 26.8 1

< 3 218 47.1 1.75 (1.04-2.93) 0.032

Use of prosthesis

No 29 38.2 1

Yes 200 46.7 1.22 (0.90-1.65) 0.191

Untreated dental caries

No 139 42.1 1

At least one 90 51.7 1.22 (1.01-1.49) 0.035

Prosthetic need

No 44 40.4 1

Yes 185 46.8 1.16 (0.90-1.49) 0.246

Level 3 - Use of dental services

Pattern of dental atttendance

Regular 6 26.1 1

Irregular 223 46.4 1.77 (0.89-3.56) 0.105

Time since last dental visit

≤ 1 year 66 48.9 1

1 year 163 44.2 0.90 (0.73-1.11) 0.337

38

Site of last dental visit Private/ agreements 167 42.9 1

Public 62 53.9 1.25 (1.02-1.54) 0.029

Reason for dental visit

Check-up, exam or clean 209 44.2 1

Pain / problem 20 64.5 1.46 (1.10-1.93) 0.008

Level 4 – Subjective conditions

Self-rating general status

Good/very good 66 34.4 1

Fair 122 51.5 1.59 (1.19-2.11) 0.001

Poor/very poor 41 54.7 1.49 (1.18-1.88) 0.001

Self-rating of oral health

Good/very good 51 25.0 1

Fair 52 40.3 1.61 (1.17-2.21) 0.003

Poor/very poor 126 73.7 2.94 (2.28-3.80) 0.000

Perception of the last query

Good 154 40.0 1

Poor 75 63.0 1.57 (1.31-1.89) 0.000

39

Table 3 – Poisson regression analysis adjusted for factors associated with the impact

of oral health on quality of life of elderly independent of Londrina, PR.

Variables PR ajusted CI 95% P value

Level 1 – Sociodemographic factors Gender

Male 1

Female 1.40 (1.11-1.77) 0.004

Age

60 a 64 years 1

65 a 69 years 0.72 (0.59-0.88) 0.001

75 or over 0.68 (0.52-0.90) 0.006

Economical class

Upper/Upper Middle 1

Lower Middle/Lower 1.58 (1.13-2.20) 0.008

Level 2 – Oral health conditions and needs

Posterior occlusal pairs

≥ 3 1

< 3 1.88 (1.13-3.14) 0.015

Untreated dental caries

No 1

At least one 1.28 (1.06-1.54) 0.010

Level 3 - Use of dental services

Reason for dental visit

Check-up, exam or clean 1

Pain / problem 1.52 (1.15-2.00) 0.003

Level 4 – Subjective conditions

Self-rating of oral health

Good/very good 1

Fair 1.48 (1.08-2.02) 0.014

Poor/very poor 2.49 (1.92-3.24) <0.001

Perception of the last query

Good 1

Poor 1.34 (1.12-1.59) 0.001

40

CONCLUSÕES

Resultados do presente estudo apontaram para múltiplos fatores impactando

negativamente na qualidade de vida dos idosos estudados: ser do gênero feminino,

estar entre os mais jovens, pertencer à classe econômica baixa, possuir menos que

três pares de dentes posteriores em oclusão, necessitar de tratamento devido à cárie

dentária, ter procurado assistência odontológica devido à dor ou algum problema e

ter percebido de forma negativa a própria saúde bucal e a atenção prestada na

última consulta odontológica. Estes achados evidenciam que além dos aspectos

clínicos, características sociodemográficas, comportamentais e de autopercepção

dos idosos devem ser levadas em consideração ao se planejar ações de promoção e

reabilitação de saúde que atendam às necessidades dos mesmos, garantindo-lhes

melhor qualidade de vida.

41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Veras R. Population aging today: demands, challenges and innovations. Rev Saude Publica. 2009 Jun;43(3):548-54.

2. Veras R, Ramos LR, Kalache A. Crescimento da população idosa no Brasil: Transformação e conseqüências na sociedade. Rev Saúde Publica. 1987;21(3):225-33.

3. Londrina. Perfil da População Idosa de Londrina. In: Idoso SMd, editor. Londrina; 2009. p. 1-91.

4. Lima-Costa MF, Veras R. Saúde pública e envelhecimento. Cad de Saúde Pública. 2003;19(3):700-1.

5. Pereira RJ, Cotta RMM, Franceschini SdCC, Ribeiro RdCL, Sampaio RF, Priore SE, et al. Contribuição dos domínios físico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. 2006;28(1):27-38.

6. Parahyba MI, Veras R. [Socio-demographic differentials in the functional decline among the elderly in Brazil]. Cien Saude Colet. 2008 Jul-Aug;13(4):1257-64.

7. Ozkan Y, Ozcan M, Kulak Y, Kazazoglu E, Arikan A. General health, dental status and perceived dental treatment needs of an elderly population in Istanbul. Gerodontology. 2011 Mar;28(1):28-36.

8. Pinto VG. A odontologia brasileira às vésperas do ano 2000: diagnóstico e caminhos a seguir São Paulo: Editora Santos; 1993.

9. Brasil. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003: resultados principais. In: Saúde Md, editor. Brasília: MS; 2004. p. 68.

10. Brasil. Projeto SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Resultados Principais. 2011:92.

11. Federation Dentaire Internationale FDI. Global goals for oral health in the year 2000. Int Dental J 1982;32(1):74-7.

12. Moreira RDS, Nico LS, Tomita NE, Ruiz T. A saúde bucal do idoso brasileiro: revisão sistemática sobre o quadro epidemiológico e acesso aos serviços de saúde bucal. Cadernos de Saúde Pública. 2005;21(6):1665-75.

13. World Health Organization. Oral health surveys: basic methods. . 4 ed Geneva: WHO. 1997;

14. Sheiham A, Tsakos G. Oral health needs assessments. In: Pine C, Harris R, editors. Community oral health Mew Malden: Quintessence Publishing Co Limited. 2007. 59-79.

42

15. Gherunpong S, Tsakos G, Sheiham A. A sociodental approach to assessing dental needs of children: concept and models. Int J Paediatr Dent. 2006;16:81-8.

16. Esmeriz CE, Meneghim MC, Ambrosano GM. Self-perception of oral health in non-institutionalised elderly of Piracicaba city, Brazil. Gerodontology. 2011 Apr 20.

17. Matos DL, Lima-Costa MF, Guerra HL, Marcenes W. [Bambui Project: an evaluation of private, public and unionized dental services]. Rev Saude Publica. 2002 Apr;36(2):237-43.

18. Ettinger RL. Oral health needs of the elderly: an international review. Int Dent J. 1993;43:358-4.

19. Kiyak HA. Age and Culture: influences on oral health behavior. Int Dent J 1993;43(1):9-16.

20. Gilbert GH, Heft MW, Duncan RP, Ringelberg ML. Perceived need for dental care in dentate older adults. Int Dent J 1994;44(2):145-52.

21. Gilbert L. Social factors and self-assessed oral health in South Africa Community Dent Oral Epidemiol. 1994;22(1):47-51.

22. Matthias RE, Atchison KA, Lubben JE, De-Jong F, Schweitzer SO. Factors affecting self-ratings of oral health. J Public Health Dent. 1995;55(4):197-204.

23. Hobdell M, Petersen PE, Clarkson J, Johnson N. Global goals for oral health 2020. Int Dent J. 2003 Oct;53(5):285-8.

24. Sheiham A, Steele JG, Marcenes W, Tsakos G, Finch S, Walls AWG. Prevalence of impacts of dental and oral disorders and their effects on eating among older people; a national survey in Great Britain. Community Dent Oral Epidemiol 2001;29:195-203.

25. Patrick DL, Chiang YP. Measurement of health outcomes in treatment effectiveness evaluations: conceptual and methodological challenges. Med Care. 2000;38(Suppl):II-14-II-25.

26. Wong MC, Lo EC, McMillan AS. Validation of a Chinese version of the Oral Health Impact Profile (OHIP). Community Dent Oral Epidemiol. 2002 Dec;30(6):423-30.

27. Steele JG, Sanders AE, Slade GD, Allen PF, Lahti S, Nuttall N, et al. How do age and tooth loss affect oral health impacts and quality of life? A study comparing two national samples. Community Dent Oral Epidemiol. 2004 Apr;32(2):107-14.

28. Sanders AE, Slade GD, Lim S, Reisine ST. Impact of oral disease on quality of life in the US and Australian populations. Community Dent Oral Epidemiol. 2009 Apr;37(2):171-81.

43

29. Silva MES, Villaça EL, Magalhães CS, Ferreira EF. [Impact of tooth loss in quality of life]. Ciência & Saúde Coletiva. 2010;15(3):841-50.

30. Stenman U, Ahlqwist M, Bjorkelund C, Hakeberg M. Oral health-related quality of life - associations with oral health and conditions in Swedish 70-year-old individuals. Gerodontology. 2011 Jun 28.

31. Hegarty AM, McGrath C, Hodgson TA, Porter SR. Patient-centred outcome measures in oral medicine: Are they valid and reliable? . Int J Oral Maxillofac Surg. 2002;31:670-4.

32. Locker D, Slade G. Association between clinical and subjective indicators of oral health status in an older adult population. Gerodontology. 1994;11(2):108-14.

33. Jokovic A, Locker D. Dissatisfaction with oral health status in an older adult population. J Oral Health Dent. 1997;57(1):40-7.

34. Silva SRC, Fernandes RAC. Autopercepção das condições de saúde bucal por idosos. Rev Saúde Pública. 2001;35(4):349-55.

35. Martins AM, Barreto SM, Pordeus IA. [Objective and subjective factors related to self-rated oral health among the elderly]. Cad Saude Publica. 2009. 25(2):421-35.

36. Uchôa E, Firmo JA, Lima-Costa MFF, . Envelhecimento e Saúde: experiência e construção cultural In: Minayo MCS, Carlos EAC, organizadores. Antropologia, saúde e envelhecimento. Rio de Janeiro: Fiocruz. 2002:25-36.

37. Shrestha LB. Population aging in developing countries. Health Aff (Millwood). 2000 May-Jun;19(3):204-12.

38. Veras R. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso: revisão da literatura e aplicação de um instrumento de detecção precoce e de previsibilidade de agravos. Cadernos de Saúde Pública. 2003;19(3):705-15.

39. Ramos LR, Veras R, Kalache A. A populational aging: a brazilian reality. Rev Saúde Publica. 1987;21(3):211-24.

40. Brasil. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. In: Saúde Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Basica. Brasília: MS; 2006. p. 192.

41. Roncalli AG. Levantamentos epidemiológicos em saúde bucal no Brasil. In: Peres, M. A.; Antunes, J. L. F.; editores. Epidemiologia em saúde bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;. 2006.

42. Colussi CF, Freitas SFT. Aspectos epidemiológicos da saúde bucal do idoso no Brasil. Cad Saúde Pública. 2002;18(5):1313-20.

43. Morita C, Gonini CAJ, Souza RAAR. Perfil da saúde bucal da população idosa de Londrina. In: LONDRINA. Secretaria do Idoso. A saúde do idoso de Londrina. Londrina. mmmm. 2001.

44

44. Mesas AE, Andrade SM, Cabrera MAS. Condições de saúde bucal de idosos de comunidade urbana de Londrina, Paraná. Ver Bras Epidemiol. 2006;9(4):471-80.

45. Mesas AE, Trelha CS, Azavedo MJ. Saúde bucal de idosos restritos ao domicílio: Estudo descritivo de uma demanda interdisciplinar. Physis Revista de Saúde Coletiva. 2008;18(1):61-75.

46. Caldas Júnior AF, Caldas KU, Oliveira MRM, Amorim AA, Barros PMF. O impacto do edentulismo na qualidade de vida dos idosos. Rev Ciênc Méd. 2005;14(3):229-38.

47. Sheiham A, Steele JG, Marcenes W, Finch S, Walss AWG. The relationship between oral health status and Body Mass Index among older people: a national survey of older people in Great Britain. British. Dental Journal. 2002;192:703–6.

48. Marcenes W, Steele JG, Sheiham A, Walls AWG. The relationship between dental status, food selection, nutrient intake, nutritional status, and body mass index in older people. Cad Saúde Pública. 2003;19(3):809-16.

49. Vargas AMD, Paixão HH. Perda dentária e seu significado na qualidade de vida de adultos usuários de serviço público de saúde bucal do Centro de Saúde Boa Vista, em Belo Horizonte. Ciênc Saúde Coletiva. 2005;10(4):1015-24.

50. Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Cienc Saude Colet. 2000;5(1):7-18.

51. The Whoqol Group. The development of the World Health Organization quality of life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W, editors. Quality of life assessment: international perspectives. . Heidelberg: Springer Verlag;. 1994;00(00):41-60.

52. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL). Soc Sci Med. 1998;46(1569-85).

53. Development of the World Health Organization WHOQOL-bref. Quality of Life assessment. The WHOQOL Group. . Psychol Med. 1998;28(00):551-8.

54. Chianca TK, Deus MR, Dourado AS, T. LA, Vianna RBC. El impacto de la salud bucal en la calidad de vida. Rev Fola/Ora. 1999;5(15):96-102

55. Atchison KA, Dolan TA. Development of geriatric oral health assessment index. Dental Educ. 1990;54(11):680-7.

56. Adulyanon S, Sheiham A, 1997: . Oral impacts on daily performances. In: Slade G ed. Measuring oral health and quality of life. . Chapel Hill: University of North Caroline. 1997:151–60.

57. Pires CPAB, Ferraz MB, Abreu MHNG. Translation into Brazilian portuguese, cultural adaptation and validation of the oral health impact profile (ohip-49).

45

Braz Oral Res. 2006;20(3):263-8.

58. Slade GD. Derivation and validation of a short-form oral health impact profile. Community Dent Oral Epidemiol. 1997 Aug;25(4):284-90.

59. Slade GD, Spencer AJ. Development and evaluation of the Oral Health Impact Profile. Community Dent Health. 1994 Mar;11(1):3-11.

60. Broder HL, Slade G, Caine R, Reisine S. Perceived Impact of Oral Health Conditions Among Minority Adolescents. J Public Health Dent 2000;60(3):189-91.

61. Oliveira BH, Nadanovsky P. Psychometric properties of the Brazilian version of the Oral Health Impact Profile-short form. Community Dent Oral Epidemiol. 2005 Aug;33(4):307-14.

62. Kim HY, Jang MS, Chung CP, Paik DI, Park YD, Patton LL, et al. Chewing function impacts oral health-related quality of life among institutionalized and community-dwelling Korean elders. Community Dent Oral Epidemiol. 2009 Oct;37(5):468-76.

46

ANEXOS

47

ANEXO A

48

49

ANEXO B

50

51

ANEXO C

52

Termo de consentimento livre e esclarecido para participação na pesquisa intititulada “ DE IDOSOS FISICAMENTE INDEPENDENTES DO

MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR” (de acordo com a Resolução 196 de 10/10/1996 do Conselho Nacional de Saúde).

Eu,_______________________________________________________________________, RG nº __________________________ livremente, consinto

em participar da pesquisa “ DE IDOSOS FISICAMENTE INDEPENDENTES DO MUNICÍPIO Londrina/PR” sob responsabilidade do

professor , docente da Universidade do Paraná, localizada à Av. Paris, 675, Jardim Piza, Londrina/PR.

Objetivo da pesquisa:

Este estudo pretende de idosos independentes do munícipio de Londrina/PR,.

Procedimentos que serão necessários:

A pesquisa será conduzida da seguinte maneira:

a)

inicialmente será realizada uma entrevista estruturada com o objetivo de obter informações sobre perfil sociodemográfico, capacidade cognitiva, uso

de medicamentos, consumo alimentar entre outros;

b)

será necessário coletar uma pequena quantidade de sangue em jejum para realizar exames de sangue;

Esclarecemos que o risco decorrente da sua participação é o mesmo de procedimentos rotineiros de coleta de sangue, ou seja, não haverá nenhum risco

porque será utilizado material descartável e as pessoas são totalmente treinadas para realizar esta tarefa.

c)

será realizado um exame físico, denominado de bioimpedância, que tem por objetivo medir a massa gorda e magra. Será necessário estar de jejum

por pelo menos 5 horas. E também não há nenhum risco a sua saúde.

d)

será necessário coletar urina de 24 horas. O recipiente será fornecido pelos pesquisadores e esses orientarão o procedimento de coleta que será

realizado em sua residência. Não há nenhum risco a sua saúde durante a coleta.

e)

serão necessários aferir o peso, a altura, circunferências do braço, panturrilha, cintura. Estes procedimentos não causam nenhum dano físico e nem

mental.

f)

Será necessário submeter-se a alguns testes físicos para avaliar a capcidade funcional, de exercício e atividade físcia diária. Estes procedimentos não

causam nenhum dano físico e nem mental.

g)

Privacidade:

Os dados individualizados serão confidenciais. Os resultados coletivos serão divulgados apenas em eventos e revistas meios científicos e não é possível a

sua identificação.

Benefícios:

As informações obtidas nesta pesquisa poderão ser úteis cientificamente e de ajuda para todos, porém não receberei nenhuma compensação financeira por

participar deste estudo.

Riscos:

Não haverá nenhum risco para a minha integridade física, mental ou moral por participar desta pesquisa.

Desistência:

Poderei desistir a qualquer momento deste estudo, sem qualquer conseqüência para mim.

O(a) senhor(a) tem o direito de pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa que considerar necessário e de se recusar a participar ou interromper a sua

participação a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo.

Contato com os pesquisadores:

Caso haja necessidade de esclarecimento de dúvidas ou reclamações ligue para o Centro de Pesquisa em Saúde da UNOPAR, (43) 3371-7 , nos

seguintes horários: 8h:00min. às 12h:00min. e das 14h:00min às 17h:00min.

Declaro estar ciente das informações deste termo de consentimento livre e esclarecido e concordo em participar desta pesquisa.

________________________________

Assinatura do entrevistado

53

ANEXO D

54

OHIP – 14 ( Oral Health Impact Profile)

Questão Nunca Raramente (quase nunca)

Às vezes (ocasionalmente)

Repetidamente (muitas vezes)

Sempre

1 Você teve problema para pronunciar alguma palavra por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

2 Você sentiu que sua capacidade de sentir o gosto dos alimentos piorou por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

3 Você teve alguma dor em sua boca/ dentes?

0 1 2 3 4

4 Você sentiu dificuldade (desconforto/ dor) para comer alguma comida por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

5 Você se sentiu preocupado por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

6 Você se sentiu nervoso ou irritado (tenso) por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

7 Sua alimentação foi insatisfatória (precária, prejudicada) por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

8 Você interrompeu suas refeições por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

9 Você sentiu dificuldades para relaxar por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

10 Você ficou envergonhado por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura? Sentiu vergonha de sorrir ou falar?

0 1 2 3 4

11 Você ficou irritado com outras pessoas por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

12 Você sentiu dificuldade em realizar suas atividades habituais( estudar, trabalhar, passear, se divertir) por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

13 Você sentiu, no geral, que a vida é menos satisfatória por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

14 Você esteve totalmente incapaz de realizar suas atividades habituais por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?

0 1 2 3 4

55

ANEXO F

56 59

FICHA DE EXAME – CONDIÇÕES BUCAIS

INFORMAÇÕES GERAIS

NO. IDENTIFICAÇÃO :__________

NOME:____________________________

IDADE: SEXO: 1.MASC 2.FEM

CÁRIE DENTÁRIA E NECESSIDADE DE TRATAMENTO

COROA

RAIZ TRAT. COROA RAIZ TRAT

EDENTULISMO USO DE PRÓTESE NECESSIDADE DE PRÓTESE SUP. INF. SUP. INF. TEMPO DE USO:_

SUP:___________

INF:____________

___

CONDIÇÃO PERIODONTAL CPI

17/16 11 26/27 17/16 11 26/27 17/16 11 26/27

47/46 31 36/37 47/46 31 36/37 47/46 31 36/37

PIP

17/16 11 26/2 47/46 31 36/37

18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28

48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38

DATA: ___/___/____

EXAMINADOR:____________

ANOTADOR:______________

SANGRAMENTO

GENGIVAL CÁLCULO

DENTÁRIO BOLSA

PERIODONTAL

57

ANEXO G

58

INFORMAÇÕES SÓCIO-DEMOGRÁFICAS

IDENTIFICAÇÃO Nome: ______________________________________________________________________ Gênero: ( ) 1-M ( ) 2-F

Idade: ________anos. Data de nascimento: ____/____/____ Cor: ( ) 1.branca ( ) 2.negra ( ) 3.parda ( ) 4.amarela

Nacionalidade: ______________ Naturalidade: ____________ Religião: ________________ RG: _____________________________________ Situação legal conjugal: ( ) solteiro ( ) casado ( )separado/ divorciado ( )viúvo Co-habitação atual: ( ) com companheiro ( ) sem companheiro Procedência: ( ) rural ( ) urbana. Tempo de residência em Londrina: ____________anos. Endereço residencial: __________________________________________________________ Contato familiar: Nome: ________________________________________________________ Grau de parentesco: _______________________________ Telefone: ____________________

Peso corporal: _________________ Estatura corporal: ___________________

CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA Quantidade de Itens

0 1 2 3

4 ou +

Televisão em cores 0 1 2 3 4

Rádio 0 1 2 3 4

Banheiro 0 4 5 6 7

Automóvel 0 4 7 9 9

Empregada mensalista 0 3 4 4 4

Máquina de lavar 0 2 2 2 2

Videocassete ou dvd 0 2 2 2 2

Geladeira 0 4 4 4 4

Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex)

0 2 2 2 2

GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DA FAMÍLIA

Analfabeto / Primário incompleto Analfabeto / até 3ª série fundamental

0

Primário completo / Ginasial incompleto

Até 4ª série fundamental 1

Ginasial completo / Colegial incompleto

Fundamental completo 2

Formulário no. __________ Data: _____/_____/_____ UBS:_________________ Região:______________ Avaliador:____________

59

Colegial completo / Superior incompleto

Médio completo 4

Superior completo Superior completo 8

TOTAL DE PONTOS = _____________________

CLASSES:

A1= 42-43

A2= 35-41

B1 29-34

B2=23-28

C1=18-22

C2=14-17

D=8-13 E=0-7

DADOS SOCIAIS

Você sai de casa? ( ) sim ( ) não Freqüência: ____________________________

Quais lugares costuma freqüentar?________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Você usufrui de algum dos seguintes benefícios sociais?

Vacinas ( ) Passe livre ( ) Outros ( )

Medicamentos() Transporte ( )

CONDIÇÃO REFERIDA DE SAÚDE

Percepção de saúde

1 – Boa ( ) 2 – Regular ( ) 3.- Ruim ( ) 4 – Muito ruim ( )

Quão satisfeito(a) você está com sua vida sexual? ( ) muito insatisfeito ( ) insatisfeito ( ) nem satisfeito/ nem insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito satisfeito

MEDO DE QUEDAS

Você tem medo de cair? ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca Para respostas “sempre” e “às vezes”. Qual o motivo? ________________________________________________________

Você sofreu algum episódio de quedas nos últimos 12 meses? ( ) sim ( ) não Trouxe conseqüências para a sua saúde? ( ) não ( ) sim. Qual(is): ________________________________________