SAPIR A realidade psicológica dos fonemas

2
7/22/2019 SAPIR A realidade psicológica dos fonemas http://slidepdf.com/reader/full/sapir-a-realidade-psicologica-dos-fonemas 1/2 .@J ~

Transcript of SAPIR A realidade psicológica dos fonemas

Page 1: SAPIR A realidade psicológica dos fonemas

7/22/2019 SAPIR A realidade psicológica dos fonemas

http://slidepdf.com/reader/full/sapir-a-realidade-psicologica-dos-fonemas 1/2

.@J

~

Page 2: SAPIR A realidade psicológica dos fonemas

7/22/2019 SAPIR A realidade psicológica dos fonemas

http://slidepdf.com/reader/full/sapir-a-realidade-psicologica-dos-fonemas 2/2

btloll:lltt<>, IPgo qllt' :ultnititnns que todas as entidades signifi·c;l(Ívas 11:1experiência SfiO assim rcviSI<IS, p:1rli11d0 do nsicamen\c dado,

l \ ~ a n altav<s do fil\r\1 do que é runcional ()\1 relacionalmenlc siglli·liratlvo: l11go q111   wmos que p o t l c 1 n o ~ nllllC1 c ~ l n h c l c c c r 111l

c ~ c a l a de sir.nincados adicionados 0\1 alterados que correspondn ~ h n p l c s ·1 1rntc :l e ~ c : t l a de adições físicas, fnremos implicilamentc uma cUstin

qll< l r s t e j ~ t i i O S c i o s ou n!ío, entre fonema e som naqurle

atcabnuço < ' ~ p e c í f i c n ua experiência que é conhecido como linguagem{Ch:1111<tO de rala) . ()i7.el <JIIC llfll datlo ronelll:t niio é suficienlcrnCilleddlnidn em lcttnos :uliculatúrim ou acústicos, 1111s que precisa serencaixado no sislrnw total de relações sônicas pcculhn : lfngua, não

<' no fundo. m:tis misterioso do que dizer que um t1 cape nffo nos éd<linitlo qu:111do di7   (jiiC feito de madeira, que tem um:1 formaIai c t:tis dintensõcs . T <' IIIOS que comptec11der porque u111 objeto

mais nu mcnns semelhante, niio tão diferente aos nossos olhos, não

de tn ;111ci• a alguma 11111 c a p e c porque um terceiro objeto, de cormuito dircr<'nte, muito mais longo e pesado que o primeiro, a des·

peito disso, qusc chega a ser um t ~ c a p e .Algum l i n g ü i ~ t a s parecem ser da opinião de que o fonema é

um conceito suficicnterne11tc útil numa discussão abstrata de lingüfstica -- na :1ptcsentação teórica da forma de uma lfngua ou na compa·

rnçllo de llnj!.uas aparentadas - m11s que é de pouca rclcv&ncia pnrnas rc:did:1dc5 \In fnla. Tal po11l0 de vista me parece contrário à renllda·de. mc!;lll<l 111<l11Cira qu e se requer um físico ou um f116sofo p a r < ~definir 11111 nhjelo em termos de conceitos tlio abstratos quanto nHISSil,

vnlu111r, e s l r t t l t t químicn c locali1ação, :.ssim tnmbém se requer um~ ~ ~ ~ l r a d n n i s \ ; 1 lingüfslico, 11111 fonelicista puro c simples, parn rc<l111ir

a r ~ l a at tic uladn a s i r n p processos f{sicm. J > : ~ r a o ffsi co , os três objetosde ru:tcleir:t são igual111enlc dircrcntes uns llos outros, ''lacapes" sffo

i n t t n n r i ~ ~ o e s I O I I 1 ~ n t i c ; ~ s 11 s austera!; c o n t i n u i d a d e da natureza. Maso ingênuo ser ltum:mo cstft muito 1 1 1 a i ~ seguro n respeito de seus laca·pcs r l a n ç a ~ do que a trspcilo dos objetos se 111 nome que deverão,dnli l'''r d 1anle. se r definidos Clll tc tmo s físicos. Assim, 11;1 I ; ~ , ex·

s ~ é > c ~ f o n é t i a ~ p r e c i s ; ~ s podclll se r nhslrafdas somente a t r ; ~ v é s uei r n l e o h s e r v : ~ ç : i o c, muilas vc1.es, às expens:1s de um desprc7.o

dite O 110$Sa< ÍlltiiiÇÕCS fonél (.(IS ( dcvcrianios dizer "ronêmicas").

No 1111111do risicu, falantes c ouvint es leigos emi tem c são scnsfveisa mas o que eles S<n lcm qur esl :11 prOntlllCinndo e ouvindo são" foncnws" . f lcs ordenam OS e\cmcnloS fund : lllC ll:liS da experiê ncia

g ü l ~ l i c a etn formas funcional c cslcticamc nle dctcr111inadas, cada

'

_ _. _!_

11111a da s q\lnis é forj:Hb de :.c!11dll com h ~ i s exclusivas ele trlaçfln dentto

d:1 totalidade complexa de todas as 1claçõcs possfvcís lll\IC os som.l':ua falante c ouvinte leigos, sons (i:;tn é,l'onemns) 11fin diferem 1\a

I I H I I H i r ; ~ como ns c l l t h l n c l c ~ "ci11ço p o l c ~ : H i a ~ " o11 " ~ c i \ polegadas''dllctctll, ~ ~ ~ ~ ~ ela IIHIIlclr:t como t u c . : n p l · ~ 1: l n l t \ ' U ~ lllf'c1c1ll. Se onctidsta descobre 11a cone111c dn fal:1 tenl algu que ufio ~ c j a nr111 ' 'ta·

cape", 11e111 "la11ça", ele, como l'oncticisla. te111 o ~ ~ i r e i l o de cstahc·Ieee• um "intcrmedi:írio entre \acape e lan\ a": do ponto de vista funcional, cntrc\anh1, lal entidade é lllll;t lkçiio e falan le c ouvinte leigosn:io sfln sutHcnlc levados pelo comporl:nncnto tela<:ional da c111idadc

a classillc:í- a cotno 11111 "lacapc" ou uma "lança", IIHJS realmente l'uvem

c senfcm que c l < ~ é isso.Se a n\ i\ 11dc fonêntit.:a fosse, p s i c n l o j ~ i c : n 1 1 e n l e fal:mdn. ma

h:ísicn que a atitud e m:t is cs ltil <lllentc fonrtira. dcvclia sc1 p o ~ s í v c lnol;í-la 11(15 dcsnlida dos julgan1l'ntos lit1giifslicos de f ; i l a n l c ~ l e i g o ~so\Jre a ~ l i a próptia língua, raJanfCS C ~ S e S que pOsSIICill IU11 dlliiiÍiliOco111plcto da 111CSl no ~ c n t i d o p.:ltlco, mas que dcl:1 n;in lêtn conhc·cimento rnciomtll7.:tdo ou conscientemente ~ i s t c m a I 7.ado . l'mlr-scesperar que ocorram "erros" de análise, ou ~ q u i l o que o ohsct vadorsofisticado provàvelmcnlc interpretaria c01110 tal : que lcnhalll n c:llaC·

terístka de scte m fonclic:tlllentc d e f c í t u o ~ o s ou incom isletttcs, masq11e :tO lliCS II10 tempo rcgisllcllr 1111H plI CCJl\:\0 daq11ÍIO CJIIC é fP11é111

c:mtclllc exalo. Tais "e11os", ( ~ c r a l 1 1 1 e n l e n11o lcvrulos c111 Clmsideraçllopelo g O I ~ t n pt:it ko dt· l'<1111pn . pndc111 c o n ~ t i t n i l · ~ t · c111 prova valillS:l

da tealtdadc 1lin:intic01 d:t c ~ l m t u r a fo 11êtnir :1 da l i n ~ t n l g . ' ' l 1 1 .No l i r . C l l l ~ " dr tllllitos a1111S de IXIHtiénci:l tll lll a11nt:11;:io I :m:Í·

li sc de l í n g u a ~ niiu C\rtitas. tanto ;11nctindias t:lllflll < ~ I I Í c ; J I I õ l ~ . l'ltcgncic o m ; l n ~ ã o prática de que aq1tilo que o inleilm:ulot lcigu o11ve 1 1 ~ 0

~ : i o cktlll'lllns lonélicos 1 1 1 : 1 ~ ~ i 1 1 1 fo11C1nas. O pr11hknw : l l i 1 1 ~ e 11111:1

rase de \cslc pt:íficll qll:tlldO se qiiCl' CttSillaf i1 CSlI{VCI Sl l : l prÓp rialíngua a 11111 nal ivo inlclif\l'nlc ,lig < IIIIS . l l l l l que P " ~ s : t lc1 rt;tloavl·lmtII\C he111 em ~ ; l é s c que além disso tcnlt<t alp,11111:1 cutiosi·dadc intcl•:ctual . A diticnldade de''" 1:11cla valia, é rlato, de aconlncom a inteligência do nalivl' c a tlililnhhHic illlrín,cra 1lc l11g11a ,1 1 1 : 1 ~ varia la111hé111 de acônlo com :1 "intulçr!n t(mémka"' 1lo illstllllor.Mniti> S lingüistas bem intcndl'll:tdi'S tivctnn1 expetiências d c ~ . : c p c i o n a n les nCS$C mister com nntivos hem inteligentes, sem nunca tcrc111 suspei·(;HIO que o pro\;lcrna não cstav<l 110 nativo, lllílS neles p r ú p t i o ~ Í. exltC1111 111C liC difícil, se não itnpossívcl, cns innr 11111 nativo a kvar emcmtl:. variações f e l i H plii<IIIICIIIC rncdillicas que n;it> lcllh<Jill ne-

39 Q)