Santarém - 6 Junho 2015 - comunicação JPeres + JClaro · correção do pH final + presença de...
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25-05-2015
1
Tratamento e valorização de subprodutos de lagares de azeite: processos de oxidação avançada e tecnologia
BioCombus
José Alcides Peres; João Claro
Congresso Nacional do AzeiteFeira Nacional de Agricultura
Santarém, 8 de junho 2015
José Alcides Peres, João Claro Departamento de Química, Centro de Química de Vila Real
UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
1. INTRODUÇÃO
Produção de azeite - Uma das atividades agroindustriais mais antigase tradicionais na bacia do Mediterrâneo: Espanha, Itália (os maiores produtores mundiais) Grécia, Tunísia, Portugal, Turquia, Marrocos
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Lagares de azeite em Portugal: Alentejo Trás-os-Montes e Alto Douro Beira Interior
Subprodutos de lagares de azeite: um problema ambiental
Estimativa: 100 000 a 350 000 m3 de águas ruças/ano Carga poluente equivalente = 2,5 milhões de habitantes
Produção de azeite
elevado número de lagares (dispersos geograficamente) laboração sazonal (Novembro a Fevereiro) coexistência de diferentes tecnologias
Processo contínuoProcesso descontínuo
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Lagares de prensas
Lagares “ecológicos” (de 2 fases)
Azeite Bagaço (48-53% hum.)
Água Ruça
Azeite Bagaço húmido
(57%-80% hum.)
Lagares contínuos (de 3 fases)
Azeite Bagaço (26-35% hum.)
Água Ruça
Subprodutos de lagares de azeite: um problema ambiental
pHCBO5 CQOSST SSV Óleos e gorduras Fenóis N Kjeldahl CBO5/CQO
4,310 18060 4806 7806 470
804560409
0,168
4,832 00092 50067 07039 920
6272 250
3900,346
6,0-9,040
15060-
150,515-
Parâmetro(mg/L)
Trás-os-Montes(contínuo)
Extremadura (Esp.)(descontínuo)
VLE(DL 236/98)
Características de águas ruças
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Oxidação Química
Coagulação/ Floculação
Águas ruças
Processo Fenton Com Ca(OH)2
(1ª Etapa) (2ª Etapa)
Tratamento de águas ruças com Processos de Oxidação Avançados
Processo Fenton: Instalação experimental
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Etapa 1:Matéria orgânica + H2O2 + Fe2+ espécies oxidadas parcialmente
(e.o.p.)Etapa 2:
(e.o.p.) + H2O2 + Fe2+ CO2 + H2O + sais inorgânicos
Fe2+ + H2O2 Fe3+ + HO. + OH- (1)
- Processo catalítico homogéneo : Peróxido de hidrogénio + iões ferroso Desempenho ótimo: pH 3 – 3,5
Processo Fenton
.tk)CQO (CQO)CQO(CQOln D
0
0 5 10 15 20 25 30 35
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
Temperatura 10ºC 20ºC 30ºC 40ºC 50ºC
ln[(C
QO
0-CQ
Oin
f)/(C
QO
-CQ
Oin
f)]
Tempo (min)
1. Influência das variáveis operativas
2. Modelo cinético:
Remoção de CQO
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[Fe(H2O)6]3+ + H2O [Fe(H2O)5OH]2+ + H3O+
[Fe(H2O)5OH]2+ + H2O [Fe(H2O)4(OH)2]+ + H3O+
Processo Fenton correção do pH final + presença de iões Fe3+
coagulação / floculação química com Ca(OH)2
A - Formação de Fe(OH)3 e de complexos hidroxi-férricos:
B - Formação de complexos muito pouco solúveis ferro-compostos orgânicos:
Fe3+(aq) + H2O + comp.orgânicos(aq) [Fe(OH)x – comp.orgânico](s)
Efeito da razão ponderal R=H2O2/CQO na diminuição de CQO em
águas ruças e na percentagem de lamas obtidas no final.
(Condições: temperatura=30ºC, pHinicial = 3,5 e razão molar H2O2/Fe2+ = 15:1).
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
CQOfinal
CQ
Ofin
al (m
g O
2/L)
R=H2O2/CQO
8
12
16
20
24
28
32
% d
e la
mas
(v/v
)
Lamas
Remoção de CQO
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7
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.00.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
CBO
5/CQ
O
R=H2O2/CQO
Efeito do valor de R (concentração inicial de peróxido de hidrogénio) sobre a relação CBO5/CQO
Condições: temperatura=30ºC; pHinicial = 3,5; razão molar H2O2:Fe2+=15:1
Índice de biodegradabilidade
Evolução do ORP, teor em oxigénio dissolvido e pH durante a
adição de reagente de Fenton a água ruça (Experiência AR-6).
0 2000 4000 6000 8000 10000 120000
100
200
300
400
500
600
700
800
900
ORP
OR
P (m
V)
Tempo (seg)
0
10
20
Oxi
géni
o di
ssol
vido
(mg/
L)pH
OD
0
2
4
6
8
10
12
14
pH
Controlo do sistema Fenton
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Oxidação Química
Tratamento Biológico
Águas ruças
Processo Fenton Digestão Aeróbia (1ª Etapa) (2ª Etapa)
Tratamento de águas ruças Processos de Oxidação Avançados + Degradação Biológica Aeróbia
Reactor biológico aeróbio
28 ºCBactérias Mesófilas
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PROCESSO COMBINADO: FENTON + AERÓBIO
Modelo de Grau:
Reagente de Fenton:
R = H2O2/CQO = 0,20
Determinação da constante cinética kb nos ensaios de degradação biológica aeróbia de água ruça, pré-tratadacom reagente de Fenton.
0 1 2 3 4 5 6 70
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
-S' 0*
ln(S
'/S' 0)
(g
/L)
Y = B * X------------------------------------- B = 24,69644 ± 0,57492
Tempo (dias)
tkSSlnS b0
0
Comparação entre os valores obtidos:--- modelo adoptado (linhas) resultados experimentais (pontos)
0 1 2 3 4 5 60
10
20
30
40
50
60
70
S0=36 g/L exp. S0=36 g/L modelo S0=43 g/L exp. S0=43 g/L modelo S0=52 g/L exp. S0=52 g/L modelo S0=60,1 g/L exp. S0=60,1 g/L modelo S0=60,2 g/L exp. S0=60,2 g/L modelo S0=59 g/L exp. S0=59 g/L modelo
S' (g
/L)
Tempo (dias)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
PTPTCQO
CQO
%
Aeróbio Fenton + Aeróbio
PROCESSO COMBINADO: FENTON + AERÓBIO
Aumento na constante biocinética: Aumento na conversão de matéria
orgânica (XCQO)Maior redução do índice de polifenóis
totais
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Oxidação Química
Tratamento Biológico
Águas ruças
Processo Fenton Digestão Anaeróbia (2ª Etapa)(1ª Etapa)
Tratamento de águas ruças Processos de Oxidação Avançados + Degradação Biológica Anaeróbia
Degradação biológica anaeróbia: Instalação experimental
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0 10 20 30 40 50 60 70 80
-3,0
-2,5
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
Y = B * X---------------------------------- B = -0,03585 ± 0,00149
ln[1
-VCH
4/(V
*YCH
4*S'
0)]
Tempo (horas)
Determinação da constante cinética kN nos ensaios de degradação biológica anaeróbia de água ruça, pré-tratadacom reagente de Fenton.
Reação fundamental:
Fe2+ + H2O2 Fe3+ + HO. + OH-
PROCESSO COMBINADO: FENTON + ANAERÓBIO
Reagente de Fenton:
R = H2O2/CQO = 0,20
0 20 40 60 80 100 1200
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
FN-1 exp. FN-1 modelo FN-2 exp. FN-2 modelo FN-3 exp. FN-3 modelo FN-4 exp. FN-4 modelo
Vm
etan
o (m
L)
Tempo (horas)
Comparação entre os valores estimados de substrato biodegradável (S') obtidos pelo modelo adotado (linhas) e os valores experimentais (pontos) para as experiências de degradação biológica anaeróbia realizadas (FN-1 a FN-4).
tkS'VY
V-1ln N0CH4
CH4
Cinética de formação de metano:
Modelo de Monod
PROCESSO COMBINADO: FENTON + ANAERÓBIO
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- constante biocinética global do processo combinado (kFN=0,036) é maior que no processo anaeróbio simples (kN=0,017).
- aumento na conversão de matéria orgânica (XCQO) atingindo um valor de 58%.
- aumento no rendimento de produção de metano YCH4: rendimento médio de 306 mL de CH4 por grama de CQO degradado para o processo combinado.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
CH4CH4
k
k
CQOCQO
Os resultados obtidos mostram que:
Anaeróbio Fenton + Anaeróbio
PROCESSO COMBINADO: FENTON + ANAERÓBIO
Poderão ser usados diferentes processos com potencialidades deaplicação prática no tratamento de águas ruças:1. Tratamento por oxidação química, processo Fenton, conjugado comcoagulação/floculação química, usando Ca(OH)22. Pré-tratamento químico, com o processo Fenton, combinado comtratamento aeróbio convencional3. Pré-tratamento químico, com o processo Fenton, conjugado comdigestão em regime anaeróbio.
Pré-tratamento com um processo de oxidação avançada (processo Fenton): - degrada parte da matéria orgânica; - reduz o teor de compostos fenólicos presentes no efluente aumentando
a respetiva biodegradabilidade.
CONCLUSÕES PARCIAIS
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Projecto BioCombus
CAOM - Coop. Agric. Olivicultores de Murça
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Projecto BioCombus, Nº 3483, co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional do Norte pelo Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico nas Empresas, projecto em Co-Promoção com um investimento elegível de 1.168.574,03 €
Pó de Cortiça
Resíduo da indústria corticeira
- Resíduo industrial (código LER 03 01 99)
- 50 000 a 60 000 toneladas por ano
- Destino final
Estimativa da quantidade de resíduos de cortiça a utilizar na implementação do processo em todo o território nacional:
40 000 t
Deposição no solo
Valorização energética
Colmatação de rolhas≈15%
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Secador
UGV
Atmosfera
Condensação
Extrusora/misturadora
Cogeração
EP 07398008.8 PT 103 739
Implementação da tecnologia
Caracterização do Produto como Biocombustível Sólido
CBE – Centro da Biomassa para a Energia
Parâmetro Resultado Unidades Método
Humidade 8,9 % LAQ / MI 01
PCS – poder calorífico superior 22,2 MJ / kg ASTM D 1989
PCI – poder calorífico inferior 20,6 MJ / kg ASTM D 1989
Cinzas 3,4 % LAQ / MI 04
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Dados comparativos
RESÍDUOS TIPO DE RESÍDUO HUMIDADE (%)
PCS (MJ/Kg)
PCI (MJ/Kg)
Pontas e ramos de Pinheiro bravo 55 8,68 6,68
Pontas e ramos de Eucalipto 55 7,89 5,93
Pontas e ramos de Pinheiro bravo 29 14,0 12,2
Pontas e ramos de Eucalipto 31 12,4 10,7
EXPLORAÇÃO FLORESTAL
Pontas e ramos de Criptoméria 60 7,32 5,24
Casca de Pinheiro bravo 42 11,4 9,56
Casca de Eucalipto 43 9,04 7,27
Casca de Pinheiro bravo 23 16,2 14,6
Casca de arroz 7,7 15,5 14,2
Casca de pistachio 7,6 20,6 19,0
Casca de amendoim 8,1 19,6 18,2
Casca de pinhão 7,7 19,1 17,7
Bagaço de uva 20 14,9 13,4
Graínha de uva 13 20,7 19,1
INDÚSTRIA
Caroço de pêssego 21 16,2 14,6
Briquetes de Pinho 14 17,9 16,7
Briquetes de Bambu 13 17,3 15,9 COMPACTADOS
Pellets de resíduos florestais 9,2 18,7 17,2
PCI(MJ / kg)
20,6 (+ 20%)
Caracterização do Produto como Biocombustível Sólido
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Tanque de bagaço húmido
Secador
Silo de póSilo
de pó
Armazém
(pellets)
Ext/mist
Arm
azém
biom
assa
Folh
a
Evaporador solar
SUL
Recolha/Embalagem
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"European awareness raising campaign for an environmentally sustainable olive mill waste management"
Project LIFE07/INF/IT/438Started: 01/01/2009 - Ending: 30/12/2011Total project budget 1,003,636 € - EC financial contribution 500,413 €
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MUITO OBRIGADO
Projeto InnoFood BioCombus