Saber [sobre algo] não é a mesma coisa de saber fazer SLESS | 1992.
Transcript of Saber [sobre algo] não é a mesma coisa de saber fazer SLESS | 1992.
saber [sobre algo]
não é a mesma coisade saber fazer
SLES
S |
1992
programa de pós graduação em design
5 curso de especialização em design da informação
design da informação
solange coutinho
aula 1
objetivos
1
compreender o papel
do designer da informação
na sociedade contemporânea
problemas a serem estudados
1
detectar através da análise as diferenças
e similitudes dos sistemas de informação
2
detectar as características que
evidenciam
a eficiência ou deficiência destes sistemas
sistemática
seminários
aulas expositivas
análise de documentos
trabalho final
avaliação
participação nas discussões | 2
exercícios [t1 + t2 + t3 + t4] | 8
tema 1
design da informação
entender a natureza
do design da informação
e o papel da linguagem gráfica
nos sistemas informacionais
sless | bonsiepe | twyman
avaliação de documentos | t1
tema 2
linguagem gráfica pictórica
compreensão e ingredientes da LGP
ashwin | goldsmith | twyman
avaliação de documentos | t2a e
t2b
tema 3
linguagem gráfica verbal |
tipografia
noções básicas da LGV
aspectos intrínsecos e extrínsecos
exercícios práticos | t3
tema 4
ergonomia informacional
legibilidade
visibilidade
compreensibilidade
leiturabilidade
exercícios práticos | t4
definições
o planejamento e a formatação
do conteúdo de uma mensagem
e do ambiente em que ela é apresentada
onde existe a intenção de se atingir
objetivos particulares em relação
às necessidades dos usuários
|1
International Institute for Information Design IIID
definições
o campo do design da informação
é o da tradução
análise | seleção | classificação | organização |
edição
e apresentação de dados
[às vezes complexos | desorganizados | desestruturados]
em informação valiosa
e significativa para o usuário
design da informação
é a área que se encarrega
do gerenciamento da relação
entre pessoas e a informação
de forma que a torne
acessível e usável
pelas mesmas
SLES
S |
1992
definições
introdução
o design de artefatos informacionais
cujo propósito principal é tornar
a informação acessível e usável
pelas pessoas acontece
há mais de 40.000 anos
|2
Figura 1
Representação gráfica
de um calendário lunar
gravado em placa de osso,
com 40.000 anos,
encontrado em Abri Larlet,
na França [Fonte: Sless, 1992]
introdução
há uma vasta contribuição acumulada
sobre
o design da informação
muito anterior aos anos atuais
no século XVI, por exemplo, a perspectiva é criada
em conjunto com o desenho de observação
“a realidade virtual do renascimento”
SLE
SS |
1992
Figura 2
De Humani Corporis Fabrica 1543
Andreas Vesalius
os conhecimentos de anatomia
na Itália da época consistia
de um único livro sem imagens,
escrito séculos antes pelo grego
GALEN0, que era até então
a autoridade em anatomia
os alunos tinham que memorizar
os textos, pois era proibido dissecar
cadáveres
Figura 3
Crânio humano e de cachorro 1543
Andreas Vesalius
usado no frontispício
de todos seus trabalhos
Vesalius projeta o livro para auxiliar
estudantes a memorizar as partes
descritas por Galeno
traduzindo palavras em imagens
tornando a informação acessível
e usável
introdução
vesalius estabeleceu um momento
fundamental na história
o rompimento da visão clássica
| baseada em dogma e autoridade |
e estabelece uma visão moderna
| baseada em observação e ciência |
introdução
existem muitos outros exemplos
mas não há dúvidas que o design
da informação é um aspecto central
da nossa civilização
grande parte da atividade do InfoDesigner
está relacionada com aspectos do nosso
cotidiano
e não com momentos históricos
Figura 4
Blocos Cerâmicos [c. 3300 ac]
Blocos numéricos de contabilidade
de Uruk, Mesopotâmia
quase-pictográficos
sistema de design da informação
[Fonte: Robinson, 1995:62]
introdução
SLE
SS |
1992
sociedade pré-industrial: fazendo
os que faziam artefatos
eram provavelmente também
consumidores dos mesmos
havia pouca distinção entre fazer e usar
com o avanço tecnológico o usuário da informação
e o originador deixam de ser os mesmos
introdução
sociedade industrial: projetando
desenvolvimento das habilidades do fazer
tornam-se mais complexas
gerando especialistas para cada habilidade
exemplo do livro
autor | editor | ilustrador | fotógrafo
| tipógrafo operador da matriz de impressão
| impressor | encadernador | distribuidor
introdução
no final do séc. XIX e início do XX
o designer surge como coordenador,
planejador de várias destas habilidades
na sociedade industrial o design é separado
do fazer e do usar
mas ainda foi possível assegura
uma informação acessível e usável
introdução
sociedade pós-industrial: gerenciando
com o advento do DTP e os softwares
tornou-se difícil distinguir o escritor do editor,
tipógrafo, ilustrador, impressor, etc
ao mesmo tempo que abre novos caminhos
como originadores da informação
novas habilidades são criadas | novo grau técnico
SLE
SS |
1992
introdução
se o nosso controle
sobre a tecnologia cresceu
o nosso controle
sobre o sentido do discurso diminuiu
a sociedade tornou-se muito mais complexa
socialmente diversa
e especialista em sua função
introdução
não estamos mais certos se os símbolos
sinais e modos do discurso
que nós entendemos
são os mesmos entendidos por outros
pré-industrial industrial pós-
industrialdesigners
e usuários próximos
socialmente e fisicamente
designers e usuários
remotamente próximos
fisicamente e socialmente
diferentes dos usuários
introdução
talvez haja um enorme espaço no que se
refere
a compreensão entre os designers
e os usuários da informação
os InfoDesigners têm explorado e
desenvolvido habilidades para construir
uma ponte
que não pertence ao repertório tradicional
do designer de artefatos
as habilidades do InfoDesigner
um bom design da informação não
representa apenas a criação de um
excelente objeto
que incorpora informação
mas
assegura que o processo
[o uso da informação] seja satisfatório
SLE
SS |
199
2
|3
as habilidades do InfoDesigner
o foco não está exclusivamente no fazer
o desafio está em gerenciar
satisfatoriamente
o processo
ou seja
a relação entre a informação e o usuário
as habilidades do InfoDesigner
as habilidades não são encontradas
em um indivíduo
um bom sistema é resultado
da colaboração entre indivíduos
trabalhando em grupo interdisciplinarmente
as habilidades do InfoDesigner
com conhecimento de 5 áreas
artes comunicativas
filosofia
análise de sistemas
etnografia
e negociação
SLE
SS |
199
2
as habilidades do InfoDesigner
artes comunicativas
designers gráficos
escritores
editores
comunicólogos
especialistas em mídia
possíveis produtores de soluções para problemas
as habilidades do InfoDesigner
filosofia
nos séculos XX e XXI a atenção dos filósofos
está na linguagem, percepção e ciência
fundamentais na compreensão
contemporânea da informação
análises de sistemas
a troca de informação contemporânea
acontece dentro de organizações complexas
as habilidades do InfoDesigner
etnografia
estuda grupos sociais ou indivíduos
em contexto culturais diferentes
fundamental para compreender o que as
pessoas fazem com a informação
e como elas a utilizam
as habilidades do InfoDesigner
negociação
a negociação é vital para o sucesso de um
projeto de design da informação
o contexto político e social circunda
a implementação de um sistema
complexo de informação
algumas considerações
o sentido muda, e muito, quando
se muda a configuração visual
de uma cadeia de significantes gráficos
a conformação tecnológica dada
no tratamento do design
fará diferença no processo
comunicacional
a tecnologia interferirá
na dimensão comunicacional
|4
TW
YM
AN
| 1
98
5
algumas considerações
um design relativamente
“mal executado”
pode muitas vezes ser extremamente
efetivo
exemplo:
as placas das feiras de pernambuco
estudo da moema cruz 2000 WR
IGH
T |
19
90