Saber mais Cuidar melhor REVISÃO DE PSORÍASE · American Academy of Dermatology (AAD) em março e...

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JULHO 2017 VOL 13 NÚMERO 2 EDIÇÃO EM PORTUGUÊS REVISÃO DE PSORÍASE Saber mais | Cuidar melhor International Psoriasis Council 1034 S. Brentwood Blvd., Suite 600 St. Louis, MO 63117 Tel 972.861.0503 Fax 214.242.3391 www.psoriasiscouncil.org Neste número A cada seis meses, os conselheiros e a diretoria do IPC sugerem e escolhem pelo voto os artigos que mais influenciaram a pesquisa em psoríase. Os cinco artigos mais votados publicados entre julho e dezembro de 2016 são revistos nesta edição. Os resumos e comentários foram escritos pelos coeditores deste número: a Profª. Dr. Elke M.G.J. de Jong (Nijmegen, Países Baixos) e o Dr. Murlidhar Rajagopalan (Chennai, Índia). 1. Metotrexato subcutâneo produz perfil risco/benefício favorável no tratamento de psoríase em placas moderada a grave An intensified dosing schedule of subcutaneous methotrexate in patients with moderate to severe plaque-type psoriasis (METOP): a 52 week, multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Warren RB, Mrowietz U, von Kiedrowski R, et al. Lancet. 2016 Dec 21. pii:S0140-6736(16)32127- 4. doi: 10.1016/S0140-6736(16)32127-4. [Epub ahead of print] Resumo O metotrexato é uma das drogas sistêmicas mais usadas contra a psoríase, mas as evidências disponíveis se referem apenas ao tratamento por via oral. Este é o primeiro estudo em que o metotrexato (MTX) subcutâneo foi comparado com placebo em pacientes com psoríase. Pacientes adultos que nunca haviam tomado metotrexato foram randomizados em proporção 3:1 para MTX 17,5 mg/ semana ou placebo durante as primeiras 16 semanas. Depois de 16 semanas, todos os pacientes foram tratados com MTX mais ácido fólico 5 mg/semana. A dose foi mantida em todos os pacientes, exceto naqueles que não obtiveram PASI 50 depois de 24 semanas de tratamento com MTX. Nestes casos, foi permitido aumentar a dose de MTX para 22,5 mg/semana. O principal critério de eficácia foi a obtenção de PASI 75 após 16 semanas, que foi analisada segundo a intenção de tratar com imputação de dados aos não respondedores. O estudo acompanhou 120 pacientes. Na semana 16, 41% dos que receberam MTX haviam obtido resposta PASI 75, contra apenas 10% no grupo placebo. O MTX subcutâneo foi geralmente bem tolerado. Dos pacientes que receberam MTX durante todo o período de 52 semanas, 3 (3%) sofreram eventos adversos sérios. O estudo mostrou que o MTX subcutâneo apresentou perfil risco/ benefício favorável e que doses mais elevadas são benéficas em pacientes com resposta insuficiente. REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS: JULHO A DEZEMBRO DE 2016 Cont., página 3 1 Cinco principais artigos de pesquisa básica e clínica • An intensified dosing schedule of subcutaneous methotrexate in patients with moderate to severe plaque-type psoriasis (METOP): a 52 week, multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. • The spectrum of mild to severe psoriasis vulgaris is defined by a common activation of IL-17 pathway genes, but with key differences in immune regulatory genes. • IL-1 and IL-36 are dominant cytokines in generalized pustular psoriasis. • Association between changes in coronary artery disease progression and treatment with biologic agents for severe psoriasis. • Phase 3 trials of ixekizumab in moderate-to-severe plaque psoriasis. 2 Carta da Presidente 10 Foco na psoríase: IPC participa da 75ª Reunião Anual da Academia Americana de Psoríase • Simpósio Conjunto do Conselho Internacional de Eczema (IEC) e do IPC: Psoríase e dermatite atópica: • Simpósio do IPC: “Individualização do tratamento da psoríase 20 Simpósio da Society for Investigative Dermatology 22 Outras notícias sobre psoríase 23 Notícias do IPC • Liderança do IPC: Perguntas e respostas com Alexa Boer Kimball, Presidente do Conselho do IPC • Atendimento aos pacientes • Pesquisa • Educação e disseminação • Na mídia • Novos conselheiros do IPC

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E D I Ç Ã O E M P O R T U G U Ê S

REVISÃO DE PSORÍASES a b e r m a i s | C u i d a r m e l h o r

International Psoriasis Council1034 S. Brentwood Blvd., Suite 600St. Louis, MO 63117

Tel 972.861.0503 Fax 214.242.3391

www.psoriasiscouncil.org

Neste número

A cada seis meses, os conselheiros e a diretoria do IPC sugerem e escolhem pelo voto os artigos que mais influenciaram a pesquisa em psoríase. Os cinco artigos mais votados publicados entre julho e dezembro de 2016 são revistos nesta edição. Os resumos e comentários foram escritos pelos coeditores deste número: a Profª. Dr. Elke M.G.J. de Jong (Nijmegen, Países Baixos) e o Dr. Murlidhar Rajagopalan (Chennai, Índia).

1. Metotrexato subcutâneo produz perfil risco/benefício favorável no tratamento de psoríase em placas moderada a graveAn intensified dosing schedule of subcutaneous methotrexate in patients with moderate to severe plaque-type psoriasis (METOP): a 52 week, multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Warren RB, Mrowietz U, von Kiedrowski R, et al. Lancet. 2016 Dec 21. pii:S0140-6736(16)32127-4. doi: 10.1016/S0140-6736(16)32127-4. [Epub ahead of print]

ResumoO metotrexato é uma das drogas sistêmicas mais usadas contra a psoríase, mas as evidências disponíveis se referem apenas ao tratamento por via oral. Este é o primeiro estudo em que o metotrexato (MTX) subcutâneo foi comparado com placebo em pacientes com psoríase. Pacientes adultos que nunca haviam tomado metotrexato foram randomizados em proporção 3:1 para MTX 17,5 mg/semana ou placebo durante as primeiras 16 semanas. Depois de 16 semanas, todos os pacientes foram tratados com MTX mais ácido fólico 5 mg/semana. A dose foi mantida em todos os pacientes, exceto naqueles que não obtiveram PASI 50 depois de 24 semanas de tratamento com MTX.

Nestes casos, foi permitido aumentar a dose de MTX para 22,5 mg/semana. O principal critério de eficácia foi a obtenção de PASI 75 após 16 semanas, que foi analisada segundo a intenção de tratar com imputação de dados aos não respondedores. O estudo acompanhou 120 pacientes. Na semana 16, 41% dos que receberam MTX haviam obtido resposta PASI 75, contra apenas 10% no grupo placebo. O MTX subcutâneo foi geralmente bem tolerado. Dos pacientes que receberam MTX durante todo o período de 52 semanas, 3 (3%) sofreram eventos adversos sérios. O estudo mostrou que o MTX subcutâneo apresentou perfil risco/benefício favorável e que doses mais elevadas são benéficas em pacientes com resposta insuficiente.

REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS: JULHO A DEZEMBRO DE 2016

Cont., página 3

1 Cinco principais artigos de pesquisa básica e clínica

• An intensified dosing schedule of subcutaneous methotrexate in patients with moderate to severe plaque-type psoriasis (METOP): a 52 week, multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial.

• The spectrum of mild to severe psoriasis vulgaris is defined by a common activation of IL-17 pathway genes, but with key differences in immune regulatory genes.

• IL-1 and IL-36 are dominant cytokines in generalized pustular psoriasis.

• Association between changes in coronary artery disease progression and treatment with biologic agents for severe psoriasis.

• Phase 3 trials of ixekizumab in moderate-to-severe plaque psoriasis.

2 Carta da Presidente10 Foco na psoríase: IPC participa da

75ª Reunião Anual da Academia Americana de Psoríase

• Simpósio Conjunto do Conselho Internacional de Eczema (IEC) e do IPC: Psoríase e dermatite atópica:

• Simpósio do IPC: “Individualização do tratamento da psoríase

20 Simpósio da Society for Investigative Dermatology

22 Outras notícias sobre psoríase23 Notícias do IPC • Liderança do IPC: Perguntas e

respostas com Alexa Boer Kimball, Presidente do Conselho do IPC • Atendimento aos pacientes • Pesquisa • Educação e disseminação • Na mídia • Novos conselheiros do IPC

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Prezados colegas,

Apresentamos a edição de julho de 2017 de nossa newsletter, a Revisão de Psoríase do IPC. Estamos entrando na segunda metade do ano. Tenho prazer em informar que o IPC continua avançando bastante em promover nossa missão: melhorar o tratamento de pessoas que sofrem

de psoríase no mundo inteiro por meio de educação, pesquisas e defesa de interesses dos pacientes. Todos esses componentes são importantes para nosso plano de ação estratégico.

Um excelente exemplo é a recente participação do IPC na Conferência Nacional Anual da Sociedade Chinesa de Dermatologia, realizada em Chongqing, na China. Em maio, apresentamos junto com o Comitê Chinês de Psoríase (CPC) um Simpósio Internacional de Psoríase e um programa educativo Encontro com Especialistas. Foi com enorme prazer que vimos, em ambos esses eventos, o enorme interesse despertado nos participantes da China e de outros países asiáticos.

Essa colaboração com o CPC surgiu do compromisso do IPC de participar de pelo menos um evento por ano na Ásia para expandir a presença de nossa organização pelo mundo inteiro.

Outro compromisso do IPC é expandir nossa participação em congressos na América Latina. Em maio, realizamos dois eventos: uma reunião com om Grupo de Trabalho do IPC para América Latina e um programa educativo Encontro com Especialistas, ambos na Reunión Annual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA) realizada em Bogotá, na Colômbia.

Esperamos desenvolver novas parcerias como essas em Pretória, na África do Sul, e no Cairo, no Egito, onde realizaremos programas de Encontro com Especialistas na reunião anual da South African Dermatological Society em agosto e no congresso Sharm Derma em outubro.

Neste ano, nossas iniciativas educativas também incluíram dois simpósios que o IPC realizou na Reunião Anual da American Academy of Dermatology (AAD) em março e um simpósio de pesquisa na 26ª reunião anual da Society for Investigative Dermatology em abril. Apresentamos um resumo desses eventos nas páginas 10 a 17 e 20 a 21.

Em nossas pesquisas, o renomado British Journal of Dermatology aceitou para publicação um artigo produzido pelo IPC que apresenta os desafios globais de saúde impostos pela psoríase e descreve nossos ambiciosos panos de criar um Atlas Global de Psoríase pra documentar a prevalência da doença no mundo inteiro.

O artigo, intitulado “The Global State of Psoriasis Epidemiology: A Workshop Report”, explica por que o atlas é necessário e sua importância para o estudo da epidemiologia da doença. Para desenvolver o atlas, o IPC vem trabalhando em parceria com a International League of Dermatological Societies (ILDS) e a International Federation of Psoriasis Associations (IFPA).

Também neste número:• Na página 23, eu apresento, em formato de perguntas e

respostas, minha visão e objetivos como nova presidente do conselho e da organização à medida que expandimos nossa influência global.

• Na página 26, a coluna Na mídia apresenta a grande dedicação e as impressionantes realizações de vários membros e conselheiros do IPC.

• O IPC também ganhou três novos conselheiros: Kelly M. Cordoro e Robert E. Kalb, ambos dos EUA, e Siew Eng Choon, da Malásia.

• Nossa seção Cinco principais artigos apresenta revisões dos cinco artigos de pesquisa básica e clínica, selecionados e escolhidos no início deste ano pelos conselheiros do IPC.

Finalmente, gostaria de reconhecer e agradecer a participação dos coeditores científicos deste numero: a Drª. Elke M.G.J. de Jong, do Nijmegen Medical Centre da Universidade Radboud (Nijmegen, Países Baixos) e o Dr. Murlidhar Rajagopalan (Apollo Hospitals, Chennai, Índia).

Esperamos que você ache essa edição interessante e informativa. Gostaria de agradecer por toda a dedicação e contribuição de todos os voluntários para cumprir a missão do IPC e realizar nossa visão de um mundo sem psoríase.

Atenciosamente,

Alexa Boer Kimball, MD, MPH Presidente, Conselho Internacional de Psoríase

CARTA DA PRESIDENTE

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COMENTÁRIO Esse ensaio randomizado foi bem conduzido e eliminou uma importante lacuna nas evidências sobre o metotrexato, uma droga que continua sendo importante para pacientes com psoríase. As evidências sobre a eficácia e a segurança foram suplementadas pelo acompanhamento da evolução clínica dos pacientes e exame histopatológico de biópsias de pele. O Dermatology Quality of Life Index (DLQI) foi menor ou igual a 5 em 59% dos pacientes tratados com MTX, e o escore DLQI foi de 0 a 1 em 43% dos pacientes, contra 34% e 10% no grupo placebo depois de 16 semanas. A porcentagem de eventos adversos sérios foi baixa (n=3). Os eventos foram categorizados como gastrointestinais, diminuição da contagem de leucócitos e aumento de enzimas hepáticas. Todos esses eventos exigiram interrupção permanente do tratamento. Também

foram realizadas biópsias no início do tratamento e após 16 semanas, que apresentaram boa correlação com PASI, sobretudo quando foram obtidos resultados PASI 75 ou melhores. Praticamente todas as evidências disponíveis antes desse estudo se referiam apenas ao metotrexato administrado por via oral. Também existem poucas evidências sobre estratégias posológicas em dermatologia. Esse estudo foi um importante primeiro passo para obter evidências sobre o tratamento com MTX subcutâneo em pacientes com psoríase. A determinação da diferença entre as vias subcutânea e oral em relação à eficácia e aos efeitos colaterais requer estudos de comparação direta, mas o artigo de Warren et al. apresenta uma perspectiva original e importante, que ajudará a orientar as recomendações futuras sobre a posologia ideal do MTX. – Drª. Elke MGI de Jong

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Para obter mais cópias da Revisão de Psoríase do IPC ou saber mais sobre o IPC, acesse www.psoriasiscouncil.org

CONSELHO DIRETOR DO IPCExecutivosAlexa B. Kimball, Presidente,

Estados Unidos Jonathan Barker,

Vice-Presidente e Presidente Eleito, Reino Unido

Bruce Strober, Secretário, Estados Unidos

Craig L. Leonardi, Tesoureiro, Estados Unidos

Christy Langan, Chief Execu-tive Officer, Estados Unidos

DiretoresHervé Bachelez, França Claudia de la Cruz, Chile Christopher E.M. Griffiths,

Presidente Anterior, Reino Unido

Robert Holland III, Estados Unidos

Lars Iversen, Dinamarca Alan Menter, Presidente Fun-

dador, Estados Unidos Ricardo Romiti, Brasil Peter van de Kerkhof, Países

Baixos

CONSELHEIROS DO IPCÁfricaEgitoMahira Hamdy El SayedÁfrica do SulGail ToddÁsiaChinaXuejun ZhangÍndia Murlidhar RajagopalanIrãOmid ZargariIsrael Arnon D. CohenJapãoAkimichi MoritaHidemi NakagawaYukari OkuboKuwaitNawaf Al-MutairiMalásiaSiew Eng ChoonFilipinas Vermén Verallo-RowellCingapura Wei-Sheng ChongColin ThengEuropaÁustria Georg Stingl Robert Strohal

Dinamarca Lone SkovClaus ZachariaeFrançaCarle PaulAlemanha Matthias AugustinUlrich MrowietzAlexander NastJörg PrinzKristian ReichRobert SabatWolfram SterryDiamant ThaçiIrlanda Brian KirbyCaitríona RyanItália Giampiero GirolomoniPaolo GisondiLuigi NaldiCarlo PincelliPaíses Baixos Menno Alexander de Rie Elke MGJ de JongErrol PrensMarieke B. SeygerEspanhaCarlos FerrándizLluís Puig SanzSuéciaMona Ståhle Suíça Wolf-Henning BoehnckeCurdin ConradMichel Gilliet

Reino Unido Anne BowcockIan BruceChristine BundyArthur David BurdenRobert ChalmersAndrew FinlayElise KleynRuth MurphyAnthony OrmerodNick ReynoldsCatherine SmithRichard WarrenHelen YoungAmérica LatinaArgentina Edgardo ChouelaCristina EcheverríaBrasilGladys Aires-MartinsAndré Vicente Esteves de

CarvalhoChile Fernando ValenzuelaColômbiaCésar GonzalezAngela LondoñoMéxicoNancy PodoswaAmérica do NorteCanadá Robert BissonnetteMarc BourcierWayne GulliverCharles W. Lynde

Richard LangleyYves PoulinRonald VenderEstados UnidosApril ArmstrongAndrew BlauveltKristina Callis DuffinClay CockerellKevin CooperKelly M. CordoroJT ElderCharles EllisColby EvansJoel GelfandKenneth GordonAlice GottliebJohann GudjonssonAndrew JohnstonRobert E. KalbFrancisco KerdelGerald KruegerJames KruegerMark LebwohlNehal MehtaAmy PallerDavid PariserMark PittelkowLinda Stein GoldNicole L. WardJashin WuOceaniaAustráliaPeter Foley

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2. Diferenças entre genes imunorregulatórios ajudam a distinguir a psoríase leve da moderadaThe spectrum of mild to severe psoriasis vulgaris is defined by a common activation of IL-17 pathway genes, but with key differences in immune regulatory genes. Kim J, Bissonnette R, Lee J, et al. J Invest Dermatol. 2016 Nov;136(11):2173-2182. doi: 10.1016/j.jid.2016.04.032.

ResumoA distinção entre psoríase leve e moderada geralmente se baseia em critérios clínicos como o Psoriasis Area Severity Index (PASI) e a área de superfície corporal (ASC). Nesse estudo, os autores analisaram biópsias de pele de 34 pacientes adultos com psoríase leve (escore PASI médio de 5,5) e 23 pacientes com formas graves da doença (escore PASI médio de 23,2). Foram colhidas biópsias de placas representativas de grupos de pacientes não tratados, sendo que esses grupos não apresentavam diferença de sexo, idade ou duração da doença. As biópsias foram analisadas para pesquisa de características histológicas, expressão de citoquinas, expressão de RNA mensageiro e expressão gênica relacionada à ativação de vias de resposta à doença. A histologia mostrou que as células T CD3+ e CTLA4+ eram mais abundantes na epiderme e na derme em casos de psoríase leve em que em formas graves da doença. Um painel de citoquinas associadas à doença mostrou expressão mais acentuada na psoríase leve que na psoríase grave (citoquinas reguladas por Th17 ou por Th1, assim como expressão imunomediada de moléculas regulatórias). A expressão de citoquinas promotoras de inflamação diminuição proporcional à gravidade da doença, o mesmo ocorrendo com a expressão de citoquinas imunorregulatórias. A agregação da expressão de mRNA foi diferente na psoríase leve e na psoríase grave: nas formas leves, foram observados padrões mais acentuadas de ativação de células T, citoquinas reguladas por Th17, citoquinas reguladas por Th1 e imunorregulação negativa em comparação com formas graves da doença. As vias da resposta à doença também foram investigadas usando-se a técnica de análise de variação de conjuntos de genes (GSVA). O transcriptoma da psoríase foi expresso em níveis elevados na psoríase leve ou grave, e os escores GSVA foram maiores na psoríase leve que na psoríase

grave. Em resumo, a psoríase leve foi caracterizada por lesões cutâneas com células T mais numerosas, expressão mais acentuada de IL-17A e expressão mais intensa do transcriptoma básico da psoríase. Na psoríase grave, alguns genes de resposta epidérmica apresentaram expressão mais acentuada; entretanto, a principal diferença molecular foi a expressão mais acentuada de genes imunorregulatórios negativos em lesões leves que em lesões graves.

COMENTÁRIO Segundo o paradigma atual, a gravidade da psoríase é determinada em função da inflamação, tanto da pele como sistêmica. Esse estudo revelou importantes evidências que mudam esse paradigma. Os investigadores constaram que lesões de psoríase cutânea leve possuem infiltrados imunes mais densos, expressão de IL-17 mais acentuada e indução de produtos a montante, assim como escore genômico global mais acentuado para alterações moleculares induzidas que formas mais graves da doença. Lesões cutâneas de pacientes com formas leves da doença também exacerbaram a expressão de imunorreguladores negativos em comparação com formas graves da doença. O número de células T em pele psoriásica e a proliferação de células T parecem ser fatores importantes para a progressão de formas leves para graves. Esse processo parece ser facilitado pelas deficiências da imunorregulação em pacientes que desenvolvem lesões psoriásicas mais extensas. O principal ponto forte desse estudo é que diversos métodos foram usados para corroborar esses surpreendentes achados de forma robusta. Em pesquisas futuras sobre psoríase, a mensuração de PASI e ASC poderá não ser suficiente para determinar a gravidade do acometimento cutâneo na doença. -EdJ

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3. Estudo da participação da IL-1 e da IL-36 na psoríase pustulosa generalizada pode ajudar a desenvolver drogas mais específicas e eficazesIL-1 and IL-36 are dominant cytokines in generalized pustular psoriasis. Johnston A, Xing X, Wolterink L, et al. J Allergy Clin Immunol. 2016 Dec 31. pii: S0091-6749(16)32489-7. doi: 10.1016/j.jaci.2016.08.056. [Epub ahead of print]

ResumoEsse estudo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology analisou a expressão de IL-1 e IL-36 na psoríase pustulosa generalizada (PPG). As várias citoquinas envolvidas na psoríase foram examinadas em ensaios de expansão gênica em cortes de pele acometida emblocados em parafina. A PPG foi comparada com a psoríase vulgar (PV). Em ambas as formas da doença, foram detectados efeitos significativos de IL-17A, TNF, IL-1, IL-36 e interferons, mas na PPG se observou mais expressão de IL-36 e IL-1 e menos expressão de mRNA de IL-17A e IFN-g mRNA que em lesões de PV. Os investigadores também detectaram expressão acentuada de IL-36 em queratinócitos próximos a pústulas neutrofílicas e demonstraram que as proteases de neutrófilos ativam a IL-36. As serpinas A1 e A3, duas inibidoras de protease que inibem a elastase e a catepsina G, também foram detectadas em ambas as formas da doença e apresentaram atividade inibitória de IL-36. Esses achados explicam por que muitos tratamentos comumente usados na PV, tais como a acitretina, ciclosporina e até bloqueadores de TNF-α, são menos eficazes contra PPG. Os novos dados apresentados nesse artigo proporcionam uma base para um tratamento medicamentoso eficaz da PPG, que é caracterizada por períodos de inflamação cutânea neutrofílica acompanhada de pústulas. Houve forte aumento da expressão de quimioquinas de neutrófilos como CXCL1, CXCL2 e CXCL8 (IL-8) na PPG, que contribuiu para a indução de neutrófilos na epiderme. Em comparação com a PV, essas quimioquinas foram 5 a 15 vezes mais transcritas. Essa diferença demonstra uma clara diferença entre os mecanismos fisiopatológicos das duas doenças. A IL-1 possui três isoformas — IL-35 alfa, beta e gama — que ativam o processo inflamatório em queratinócitos e desenvolvem sinergismo com o restante da inflamação cutânea. O TNF-α é um mediador central da psoríase crônica em placas. Isso é demonstrado pela eficácia dos

tratamentos que bloqueiam a atividade de TNF-α. O infliximabe é o bloqueador de TNF-α mais usado para PPG e PV, pois inibe o sinergismo do TNF-α e da IL-36 com outras citoquinas. Esse estudo também detectou atividade mais acentuada de IL-17A em lesões de PPG, o que aponta para uma nova perspectiva de tratamento para essa forma da doença.

COMENTÁRIO O tratamento direcionado contra vários fenótipos de psoríase começou com o início do uso de agentes biológicos no início deste século. Depois dessas primeiras tentativas muitas pesquisas vêm buscando tornar o tratamento com agentes biológicos mais seguro e mais eficaz. Para isso, os pesquisadores começaram a analisar pacientes com psoríase nos quais o tratamento com biológicos padrão falhou ou que sofreram efeitos adversos com a agentes biológicos mais antigos. Assim, surgiu uma nova geração de agentes biológicos. Esse estudo e outros estudos de fisiopatologia demonstraram que determinadas subformas da doença requerem tratamento específico. Pesquisas mostraram que a PPG é difícil de tratar apenas com bloqueadores de TNF-α. O estudo de Johnston et al. ajudará a caracterizar a melhor maneira de usar agentes biológicos contra IL-36 na PPG. Algumas publicações também descrevem o uso de anakinra, um antagonista de receptor de IL-1 que já está disponível no mercado, para tratamento de PPG. Evidências laboratoriais incentivarão estudos do grande porte do anakinra e agentes semelhantes em PPG. Isso poderá fazer com que pacientes com GPP possam vir a ser tratados com esquemas mais breves de um agente biológico específico que não os disponíveis atualmente. Esse é um importante conceito: o tratamento da psoríase vem se tornando menos oneroso, mais barato e, ao mesmo tempo, mais preciso e individualizado.

-Dr. Murlidhar Rajagopalan

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4. Tratamentos biológicos parecem reduzir a progressão da doença coronária em pacientes com psoríase graveAssociation between changes in coronary artery disease progression and treatment with biologic agents for severe psoriasis. Hjuler KF, Bøttcher M, Vestergaard C, Bøtker HE, Iversen L, Kragballe K. JAMA Dermatol. 2016 Oct 1;152(10):1114-1121. doi: 10.1001/jamadermatol.2016.1984

ResumoEsse estudo descreve a associação entre tratamentos biológicos clinicamente relevantes e alentecimento da progressão da doença coronária (DC) medida por tomografia computadorizada (TC) das coronárias em pacientes com psoríase grave. Os autores investigaram se o tratamento biológico afeta a progressão da doença coronária. Foi desenvolvido um ensaio clínico monocêntrico, prospectivo, controlado e com observadores mascarados, que comparou pacientes com psoríase grave que iniciaram tratamentos biológicos com controles semelhantes que não receberam nenhum tratamento sistêmico. A TC foi realizada no início do estudo e depois de 13 meses de tratamento em 28 pacientes tratados inicialmente com adalimumabe (n=21), etanercepte (3), infliximabe (1) ou ustequinumabe (3) e 28 controles com características semelhantes.

Os dois grupos apresentavam características e fatores de risco cardiovascular semelhantes, com exceção do Psoriasis Area Severity Index (PASI) 15,4 (DP 4,3) versus 12,4 (DP 3,9) (p = 0,01). Os escores de calcificação coronária (CC) se mantiveram estáveis no grupo submetido à intervenção, mas os grupos controle apresentaram progressão. O número de segmentos com anomalias luminais não mudou em nenhum dos grupos, mas o estreitamento luminal aumentou no grupo controle e permaneceu estável no grupo que sofreu intervenção. A doença permaneceu bem controlada no grupo que recebeu a intervenção durante todo o período do estudo, com redução média de PASI de 88%. Os autores concluíram que o tratamento clinicamente com biológicos foi associado com redução da progressão da CC em pacientes com psoríase grave. Esse achado indica

que o tratamento com biológicos pode ser eficaz em alentecer a progressão da doença coronária em pacientes sem doença coronária sintomática.

COMENTÁRIO Embora as vias inflamatórias da psoríase e os mecanismos da aterosclerose apresentem algumas semelhanças, os efeitos de drogas anti-inflamatórias sobre a evolução da aterosclerose coronária ainda são desconhecidos. Cada vez mais estudos sobre psoríase e doença cardiovascular vêm sendo publicados, e esse campo de estudo vem ganhando importância. Ainda existe pouca literatura sobre os efeitos de tratamentos biológicos sobre a doença coronária (DC) em pacientes com psoríase. Esse estudo contribuiu com importantes evidências sobre os efeitos do tratamento anti-inflamatório com agentes biológicos sobre parâmetros de DC. A DC progrediu mais lentamente no grupo tratado com agentes biológicos. Houve também nítida melhora do escore PASI e diminuição dos níveis séricos médios de proteína C reativa (PCR) durante o estudo. No grupo controle, a PCR não diminuiu, mas esse grupo já apresentava níveis mais baixos de PCR no início do estudo. Como a artrite psoriásica (APs) pode influenciar os níveis de PCR, seria interessante saber se havia pacientes com APs associada. Talvez os efeitos nesses pacientes fossem ainda maiores. A confirmação de que tratamentos antipsoriásicos produzem efeitos benéficos sobre a DC é importante para fortalecer as observações desse importante estudo. Esses achados poderão contribuir para o surgimento de uma ferramenta melhor de avaliação do prognóstico de pacientes com psoríase grave e DC, que poderá contribuir significativamente para definir a conduta terapêutica. -EdJ

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5. Ixequizumabe produz altos níveis de resposta em ensaios clínicosPhase 3 trials of ixekizumab in moderate-to-severe plaque psoriasis. Gordon KB, Blauvelt A, Papp KA, et al, UNCOVER-1 Study Group, UNCOVER-2 Study Group, UNCOVER-3 Study Group. N Engl J Med. 2016 Jul 28;375(4):345-56. doi: 10.1056/NEJMoa1512711. Epub 2016 Jun 8.

Resumo Esse artigo descreve os efeitos do ixequizumabe, um bloqueador de IL-17, no tratamento de pacientes com psoríase. A publicação descreveu três ensaios de fase 3 do ixequizumabe: o UNCOVER 1, que acompanhou 1.296 pacientes, UNCOVER 2 (1224 pacientes) e UNCOVER 3 (1.346 pacientes). O UNCOVER 1 apresenta dados de 12 semanas, enquanto o UNCOVER 2 e o UNCOVER 3 apresentam dados de 60 semanas. Nos ensaios UNCOVER 2 e 3, o etanercepte foi alocado aleatoriamente em outras coortes depois da alocação inicial de ixequizumabe. Na semana 12 do ensaio UNCOVER 1, 87% dos pacientes obtiveram PASI 75, comprovando a eficácia do tratamento. Os outros dois ensaios demonstraram que o efeito persistiu por 60 semanas. Todos os ensaios foram estudos de fase 3, multicêntricos, randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo. Nos ensaios UNCOVER 2 e UNCOVER 3, foi usada uma droga de controle ativo. O principal objetivo do ensaio UNCOVER 1 foi avaliar se o ixequizumabe se mostraria superior ao placebo, conforme medido pelo parâmetro PASI 75. Um objetivo secundário, que também foi avaliado, foi a obtenção de escores PASI 90 e 100. Nos ensaios UNCOVER 2 e 3, o período de observação de 60 semanas gerou tanto dados de eficácia do uso prolongado como dados de segurança. Foi interessante notar que a maioria dos pacientes no ensaio UNCOVER 3 não atingiu e manteve PASI 90 ou 100 na semana 60. Após a retirada randomizada, foram observadas altas taxas de remissão persistente. Os principais efeitos colaterais adversos foram cefaleia, nasofaringite e candidíase oral. Uma proporção significativa dos paciente desenvolveu neutropenia, e 11 pacientes desenvolveram doença inflamatória intestinal. Em 9% dos casos, surgiram anticorpos antidroga que reduziram a eficácia do medicamento. Uma importante limitação desse artigo é a falta de detalhes sobre os grupos designados para tratamento com etanercepte.

COMENTÁRIO Desde 2008, drogas anti-IL-17 vêm sendo usadas no tratamento antipsoriásico. A IL-17, em especial os subtipos IL-17A e a L-17F, é uma citoquina distal importante para a ação de drogas como o secuquinumabe (que já vem sendo usado), o ixequizumabe e o brodalumabe. Todos esses medicamentos podem proporcionar PASI 90 a PASI 100 em poucas semanas após o início do tratamento. Os ensaios UNCOVER examinaram os efeitos do ixequizumabe e definiram os parâmetros de sua utilização. Além de ser eliminada rapidamente, a droga mostrou poucos efeitos colaterais, a maioria dos quais foram infecções leves. O ixequizumabe atua em um nível periférico e distal, ao nível do sistema imunológico na pele, e não em níveis mais proximais de imunomodulação; portanto, a droga apresenta excelente perfil de segurança. Os ensaios clínicos mostraram que as remissões se mantêm por períodos prolongados, mas são necessários mais estudos para identificar quais pacientes respondem rapidamente e em quais subtipos de psoríase a droga é mais eficaz. Os autores também afirmaram que a eficácia e a segurança foram comprovadas ao longo de cinco anos de uso, mas não em períodos mais prolongados. Isso é compreensível, pois o estudo é de fase 3. Atualmente, a eliminação rápida é uma importante vantagem. Níveis séricos baixos de IL-17 podem causar instabilidade em placas ateroscleróticas. Embora tenham sido descritos dois óbitos de causa vascular, a droga não produziu efeitos adversos cardíacos significativos. Cerca de 3% dos pacientes apresentaram neutropenia grau 1, e 11 pacientes desenvolveram doença inflamatória intestinal. Os autores concluíram que o perfil de segurança da droga só será completamente conhecido depois que ela tiver sido usada fora de ensaios clínicos por um período prolongado. Atualmente, o ixequizumabe considerado um tratamento eficaz para psoríase moderada a grave. ■ -MR

REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS: JULHO A DEZEMBRO DE 2016

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Co-ChairsJonathan Barker – London, UK

Christopher Griffiths – Manchester, UK

Local Organising CommitteeDavid Burden – Edinburgh, UKCatherine Smith – London, UK

Richard Warren – Manchester, UK

Scientific CommitteeHervé Bachelez – Paris, FranceJames Elder – Ann Arbor, USA

Michel Gilliet - Lausanne, SwitzerlandLars Iversen – Aarhus, Denmark

Alexa Kimball – Boston, USAJames Krueger – New York, USA

Alan Menter – Dallas, USAErrol Prens – Rotterdam, The Netherlands

Jörg Prinz – Munich, GermanyPeter Van de Kerkhof – Nijmegen, The Netherlands

Email: [email protected]: www.psoriasisg2c.comPSORIASIS

from gene to clinic

Organised by Conference and Events Services of The British Association of Dermatologistsunder the auspices of St. John’s Institute of Dermatology, Kings College London and the Dermatology Centre, University of Manchester

Abstract submission deadline: August 1st 2017Early bird registration deadline: September 1st 2017

PSORIASISfrom gene to clinic

8th International CongressThe Queen Elizabeth II Conference Centre london, UKThursday 30th November - Saturday 2nd December 2017

Call forAbstracts!

PROGRAMMEThe programme will concentrate on key issues relating to psoriasis at both scientific

and clinical levels. There will be keynote and invited lecturers present. Plenary sessions will cover the following topics:

• Genetics• Immunology and immunity

• Co-morbidities and outcome measures • Targeted therapeutics

For further information please contact: Organising Secretariat, Conference and Event Services, British Association of

Dermatologists, 4 Fitzroy Square, London W1T 5HQ

Tel: +44 (0)20 7391 6358 Email: [email protected]

Website: www.psoriasisg2c.com

Psoraisis advery (7.75x9.75") .indd 1 22/03/2017 12:41

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It begins with a promise to discover medicines that make life better.Since 1876, we have worked tirelessly to develop and deliver trusted medicines that meet real needs, finding ways to come through no matter the odds. From the development of insulin to the discovery of new treatments for mental illness, we have pioneered breakthroughs against some of the most stubborn and devastating diseases. We bring this same determination to our work today, uniting our expertise with the creativity of research partners across the globe to keep finding ways to make life better.

To find out more about our promise, visit www.lilly.com/about.2016 CA Approved for External Use PRINTED IN USA ©2016, Eli Lilly and Company. ALL RIGHTS RESERVED.

Hong Hu, Research Advisor, Lilly Research Laboratories

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Psoríase e dermatite atópica: duas doenças ou um único espectro?Jessica M. Donigan, MD

A Drª. Jessica Donigan é residente terceiranista de dermatologia na Universidade de Utah em Salt Lake City. Ela se formou em ciências ambientais pela Universidade de Redlands, na Califórnia, e em medicina pela John A. Burns School of Medicine Universidade do Havaí em Honolulu. Antes de começar a residência em dermatologia,

ela realizou um ‘fellowship’ de pesquisa clínica sob supervisão da Drª. Alexa B. Kimball, Presidente do Conselho do IPC, no Massachusetts General Hospital em Boston.

Historicamente, a psoríase e a dermatite atópica (DA) sempre foram consideradas doenças distintas e com etiologia e patogênese próprias. Entretanto, novos conhecimentos sobre a genética e as vias biológicas revelaram alguma sobreposição entre as duas doenças.

Em outubro de 2016, o Conselho Internacional de Psoríase (IPC) e o Conselho Internacional de Eczema (IEC) apresentaram um simpósio que explorou esse tema durante o 25º Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia, realizado em Viena, na Áustria. Nas avaliações dos simpósios, os participantes informaram que as apresentações tiveram bom conteúdo didático e ajudaram a desenvolver a capacidade de diagnosticar pacientes com psoríase e/ou dermatite atópica, a classificar os subtipos da doença de acordo com o imunofenótipo subjacente e selecionar os tratamentos de acordo com o quadro clínico do paciente em geral.

Como o simpósio foi muito bem recebido e contou com mais de 400 participantes, o IPC e o IEC apresentaram um segundo simpósio sobre o mesmo tema durante o encontro anual da American Academy of Dermatology, realizado em março em Orlando, Flórida. O programa destacou a epidemiologia, genética, imunopatogênese, comorbidades e tratamento da psoríase e da dermatite atópica, com ênfase na sobreposição e nas diferenças entre as duas doenças. As apresentações contaram com a presença de especialistas em ambas as doenças.

Epidemiologia e história natural A epidemiologia e a história natural da dermatite atópica e da psoríase foram apresentadas, respectivamente, pelo Dr.

Jonathan Silverberg, professor assistente de dermatologia, medicina preventiva e medicina social da Feinberg School of Medicine da Universidade Northwestern e diretor do Centro Multidisciplinar de Eczema do Northwestern Medicine, e pela Drª. Junko Takeshita, professora assistente de dermatologia e epidemiologia da Perelman School of Medicine da Universidade da Pensilvânia.

Embora não haja bons dados sobre a incidência de nenhuma dessas duas doenças, existem mais informações disponíveis sobre a prevalência. A dermatite atópica é mais prevalente em crianças, afroamericanos, mulheres e residentes de áreas urbanas,1,2 ao passo que a psoríase é mais comum em adultos caucasianos, embora seja mais grave em afroamericanos.3,4 A dermatite atópica parece começar na infância e, em alguns casos, persiste na idade adulta.5 A psoríase, por sua vez, geralmente começa no início da idade adulta e persiste por toda a vida.4 A obesidade e o tabagismo são fatores de risco para dermatite atópica e psoríase.6,7,8 Embora possuam epidemiologia e história natural diferentes, tanto a dermatite como a psoríase exercem forte impacto sobre a qualidade de vida9,10,11e devem ser devidamente diagnosticadas e tratadas.

GenéticaA Conselheira do IPC Anne Bowcock, professora e diretora de genômica do câncer do Imperial College de Londres, e o Dr. Wilson Liao, diretor do Centro de Tratamento de Psoríase e Doenças de Pele e professor adjunto de dermatologia da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF), discutiram a genética da dermatite atópica e da psoríase, respectivamente. Ambas as doenças possuem um forte componente genético. A herdabilidade

FOCO NA PSORÍASE: IPC PARTICIPA DA 75ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE PSORÍASE

A dermatite atópica é mais prevalente em crianças, afroamericanos, mulheres e residentes de áreas urbanas, ao passo que a psoríase é mais comum em adultos caucasianos, embora seja mais grave em afroamericanos.

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da dermatite atópica é de 75% a 80%12 , e a da psoríase 68%.13 Estudos de associação em genoma inteiro (GWAS), revelaram 34 lócus genéticos para dermatite atópica e 64 para psoríase. Ambas as doenças possuem uma assinatura gênica: 42% dos casos de dermatite atópica apresentam mutações de perda de função na filagrina14; na psoríase, as mutações de HLA-C*06:02 aumentam em quatro vezes o risco de surgimento da doença.15

A disfunção de barreira pode ser importante em ambas as doenças. Na dermatite atópica, a disfunção de barreira pode ser causada por mutações da filagrina; na psoríase, ela pode ocorrer devido à deleção dos genes do envelope cornificado tardio (LCE) 3B e 3C.16 Tanto a dermatite atópica como a psoríase apresentam associação com antígenos leucocitários humanos (HLA), mas a associação entre DA e HLA-DRB1*0701 não é tão forte quanto a associação entre psoríase e HLA-C*06:02.17 Uma comparação direta entre os genes não revelou nenhum lócus comum à dermatite atópica e à psoríase. Com efeito, foram encontrados oito genes com efeitos opostos.18 Embora a dermatite atópica e a psoríase sejam comuns, não se conhece nenhum lócus comum a ambas as doenças.

Imunopatogênese Debateram a imunopatogênese da dermatite atópica e da psoríase, respectivamente, a Drª. Emma Guttman-Yassky, diretora do Centro de Excelência em Eczema e do Laboratório de Doenças Inflamatórias da Pele, vice-diretora e professora de dermatologia da Icahn School of Medicine em Mount Sinai; e o Dr. Frank Nestle, diretor global de pesquisa em imunologia e tratamento de doenças inflamatórias e diretor científico para América do Norte da empresa farmacêutica Sanofi.

Infiltrados de linfócitos T estão presentes tanto na psoríase como na artrite psoriásica,19 mas a dermatite atópica depende de Th2 e apresenta ativação de TSLP e IL-33 com produção de IL-4 e IL-13 na ausência de ativação por Th17. Na psoríase, a Th17/IL-17 ativa IL23 e IL-12-e a IL-12 ativa as vias Th1/IFNγ.20 A importância dessas vias foi confirmada pela excelente resposta da dermatite atópica ao dupilumabe e da psoríase aos inibidores de IL-12/23 e IL-17.21 Cabe notar que, embora pacientes asiáticos com dermatite atópica apresentem perfis de Th2 semelhantes aos observados em pacientes caucasianos, também pode haver aumento da IL-17 peri e intralesional acompanhado de um fenótipo mais psoriasiforme.22 Uma via que pode se sobrepor na dermatite atópica e na psoríase são as células Th22 e IL-22.23 A importância da inflamação sistêmica já foi bem estabelecida na psoríase, e estudos recentes mostraram que os níveis sistêmicos de células T são maiores na dermatite atópica que na psoríase.24 Embora as principais vias de citoquinas sejam diferentes na psoríase e na DA, ambas essas doenças são patologias sistêmicas, imunomediadas e reversíveis, e o tratamento sistêmico deve ser empregado em pacientes com doença moderada a grave.

Comorbidades O Dr. Eric Simpson, diretor da unidade de ensaios clínicos da Oregon Health & Sciences University, e o Conselheiro do IPC Dr. Joel Gelfand, professor de dermatologia e epidemiologia, vice-diretor de pesquisa clínica e diretor médico da unidade de ensaios clínicos e diretor do centro de psoríase e fototerapia da Perelman School of Medicine da Universidade da Pensilvânia , apresentaram as comorbidades da dermatite atópica e da psoríase, respectivamente.

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Ambas as doenças possuem um forte componente genético. A herdabilidade da dermatite atópica é de 75% a 80%, e a da psoríase 68%. Estudos de associação em genoma inteiro (GWAS), revelaram 34 lócus genéticos para dermatite atópica e 64 para psoríase.

Em uma comparação genética direta, não foi encontrado nenhum lócus comum à dermatite atópica e à psoríase. Com efeito, foram encontrados oito genes com efeitos opostos. Embora a dermatite atópica e a psoríase sejam comuns, não se conhece nenhum lócus comum a ambas as doenças.

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Tanto a psoríase como a dermatite atópica são doenças imunomediadas que produzem comorbidades significativas. A associação da psoríase com outras doenças é bem conhecida, mas vêm se acumulando evidências de que a dermatite atópica, além das associações já bem estabelecidas, também está associada com doença cardiovascular (DCV), infecções e comorbidades neuropsiquiátricas.25 São necessários mais estudos para esclarecer a associação e a relevância clínica da DCV na dermatite atópica. Os profissionais de saúde devem verificar se seus pacientes com dermatite atópica e psoríase estão sendo devidamente acompanhados e pensar nas comorbidades ao escolher o tratamento. Embora ainda haja necessidade de estudos clínicos mais rigorosos, randomizados e controlados com placebo, o tratamento agressivo da dermatite atópica e da psoríase pode melhorar o risco de comorbidades futuras.

Tratamento O Dr. Thomas Bieber, presidente e diretor do departamento de dermatologia e alergia da Universidade de Bonn na Alemanha, e a Drª. Alexa Kimball, presidente do conselho do IPC e professora de dermatologia da Harvard Medical School, discutiram os tratamentos da dermatite atópica e da psoríase, respectivamente.

À medida que se obtêm novos conhecimentos sobre a imunopatogênese dessas doenças, novas opções de tratamento direcionado estão se tornando disponíveis. Entretanto, o Dr. Thomas Bieber e a Dr. Alexa Kimball notaram que os tratamentos clássicos (tópicos e orais) não estão ultrapassados e podem ser empregados dependendo da gravidade da doença.

Os tratamentos que agem sobre vias imunológicas podem ser muito eficazes. Ao final de março de 2017 (depois dessa apresentação), a Food and Drug Administration dos EUA aprovou o dupilumabe, um bloqueador da sinalização de IL-4/IL-13, para tratamento de dermatite atópica moderada a grave. A droga produziu Eczema Area and Severity Index (EASI) 75 em mais de 50% dos pacientes em 16 semanas.26

Os agentes biológicos mais recentes usados no tratamento da psoríase são os inibidores de IL-17 (secuquinumabe, ixequizumabe e brodalumabe), que produziram resposta Psoriasis Area and Severity Index (PASI) 75 em mais de 80% dos pacientes na semana 12.27,28,29 Como cada vez mais comorbidades vêm sendo associadas a ambas as doenças, deve-se adaptar o tratamento às comorbidades ou, talvez, tentar evitá-las.

Pediatria: diagnóstico, fenótipos e medicina translacional em adultos As Conselheiras do IPC Drª. Amy Paller, professora de dermatologia e pediatria Feinberg School of Medicine da Universidade Northwestern, e a Drª. Kelly Cordoro, professora adjunta de dermatologia e pediatria da UCSF, discutiram a dermatite atópica e a psoríase na população pediátrica. As incidências de psoríase e dermatite atópica vêm aumentando.30,31 Ambas as doenças possuem apresentação diferente em crianças e em adultos, com distribuição e aspecto clínico que variam em função da idade.

Em crianças com menos de 12 anos, a psoríase produz um aspecto clínico bastante semelhante ao da dermatite atópica.32 Em alguns raros casos, as duas doenças podem estar presentes.33 As vias imunológicas envolvidas também são diferentes. Na dermatite atópica pediátrica de início recente, a indução de citoquinas da via Th17 é muito maior que em adultos com a doença.34 Em contraste, um estudo publicado pela Drª. Kelly Cordoro mostrou diminuição da expressão de IL-17 na psoríase pediátrica.

FOCO NA PSORÍASE: IPC PARTICIPA DA 75ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE PSORÍASE

A associação da psoríase com outras doenças é bem conhecida, mas vêm se acumulando evidências de que a dermatite atópica, além das associações já bem estabelecidas, também está associada com doença cardiovascular (DCV), infecções e comorbidades neuropsiquiátricas.

Os tratamentos clássicos (tópicos e orais) não estão ultrapassados e podem ser empregados dependendo da gravidade da doença.

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As comorbidades podem começar a surgir na infância e incluem a “marcha atópica”, com dermatite, obesidade, síndrome metabólica e DCV precoce na psoríase (possível “marcha psoriásica”).25,34 As duas doenças dispõem de diversas opções de tratamento. Alguns novos medicamentos podem ser eficazes contra ambas as doenças porque elas possuem mecanismos fisiopatológicos comuns. Entre esses medicamentos estão os inibidores da fosfodiesterase (PDE) 4, o crisaborol, o apremilaste e os inibidores da janus quinase (JAK). É importante notar que o etanercepte foi aprovado recentemente para psoríase pediátrica nos Estados Unidos. Na Europa, o etanercepte, o adalimumabe e o ustequinumabe já foram todos aprovados para psoríase pediátrica. À medida que sabemos mais sobre o crisaborol e a psoríase em adultos e adolescentes, os pacientes pediátricos devem receber tratamento apropriado e que possa evitar as marchas da atopia e da psoríase.

O simpósio foi patrocinado em parte pela LEO Pharma, Sanofi Genzyme e Regeneron Pharmaceuticals. ■

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FOCO NA PSORÍASE: IPC PARTICIPA DA 75ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE PSORÍASE

As comorbidades podem começar a surgir na infância e incluem a ”marcha atópica”, com dermatite, obesidade, síndrome metabólica e DCV precoce na psoríase (possível ”marcha psoriásica”).

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FOCO NA PSORÍASE: IPC PARTICIPA DA 75ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE PSORÍASE

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33. Eyerich S, Onken AT, Weidinger S, et al. Mutual antagonism of T cells causing psoriasis and atopic eczema. N Engl J Med. 2011;365(3):231-238.

34. Esaki H, Brunner PM, Renert-Yuval Y, et al. Early-onset pediatric atopic dermatitis is TH2 but also TH17 polarized in skin. J Allergy Clin Immunol. 2016;138(6):1639-1651.

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FOCO NA PSORÍASE: IPC PARTICIPA DA 75ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE PSORÍASE

Simpósio do IPC explora a individualização do tratamento da psoríaseJessica M. Donigan, MD

Segundo duas pesquisas recentes entre médicos, existem necessidades educativas não atendidas entre profissionais de saúde em relação ao tratamento da psoríase e da artrite psoriásica. Isso faz com que essas doenças sejam subdiagnosticadas e subtratadas.

Em 2014, a pesquisa Multinational Assessment of Psoriasis and Psoriatic Arthritis (MAPP) avaliou 800 médicos e constatou que muitos pacientes com essas doenças recebem pouco ou nenhum tratamento. Em 2016, o IPC realizou uma pesquisa multinacional sobre interesses em educação médica global. Os entrevistados disseram que gostariam de saber mais sobre como tratar e manejar ambas as doenças.

Com base nesses e em outros interesses acadêmicos de profissionais envolvidos no tratamento da psoríase e da artrite psoriásica, o IPC organizou um simpósio acreditado para Educação Médica Continuada durante o encontro anual da American Academy of Dermatology realizado em março em Orlando, na Flórida, para discutir a individualização do tratamento da psoríase em função das necessidades dos pacientes.

Comorbidades da psoríase O simpósio foi moderado pelo Dr. Alan Menter, chefe de dermatologia e diretor do Psoriasis Research Institute da Universidade Baylor. Foram discutidas as comorbidades da psoríase, com foco na artrite psoriásica e doença cardiovascular (DCV).

• Artrite psoriásica Os dermatologistas precisam pesquisar cuidadosamente sintomas articulares, pois a doença articular surge em média 5 a 10 anos depois da doença de pele e o tratamento apropriado pode evitar artrite destrutiva. A doença ungueal era considerada um indicador de doença articular, mas essa associação não se mostrou estatisticamente significativa, exceto nos casos com envolvimento interfalângico distal e acometimento da matriz ungueal.1 Ao contrário da doença ungueal, a entesite é um marcador típico de artrite psoriásica. Deve-se perguntar aos pacientes sobre rigidez matinal e examinar os dedos, mãos, artelhos e pés em todas as consultas. Pode-se também encaminhá-lo precocemente a um reumatologista.

• Doença cardiovascular A associação entre DCV e psoríase vem sendo alvo de intensas pesquisas. A inflamação, a ativação de células T e a produção de anticorpos contribuem significativamente para o surgimento de DCV. A Th1, a Th17 e as citoquinas por elas induzidas já foram encontradas em placas ateroscleróticas. Essas vias inflamatórias são essenciais para a ruptura e trombose de placas coronárias.2 Também foi demonstrado que a psoríase é um fator de risco independente para infarto do miocárdio.3

Os pacientes tratados com fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) podem apresentar menos eventos cardiovasculares que os tratados com metotrexato.4 Entretanto, essas melhoras não foram consistentes em todos os estudos, e não foi observada nenhuma diferença significativa na inflamação vascular entre pacientes tratados com inibidores de TNF-α ou placebo.5 A relação entre DCV e psoríase e os efeitos do tratamento da psoríase sobre a DCV continuam sendo questões importantes e vêm sendo examinados em estudos clínicos.

Manejo do estilo de vidaChristine Bundy, professora de medicina comportamental da Universidade de Manchester, no Reino Unido, destacou a abordagem ao estilo de vida de pacientes com psoríase. Embora a psoríase seja uma doença crônica, poucos profissionais de saúde desenvolvem planos de tratamento de longo prazo. Alguns pacientes têm expectativas pouco realistas ou não aceitam que a psoríase é incurável. Muitos pacientes com psoríase apresentam ansiedade, depressão e suicidalidade.6,7 Como a doença produz estigma e rejeição social, muitos pacientes têm dificuldades de relacionamento.8 Para lidar com essas demandas, muitos pacientes começam a praticar comportamentos de risco como tabagismo, obesidade e abuso de álcool.

Esses comportamentos são fatores de risco para DCV; portanto, se forem modificados, isso melhoraria tanto a doença de pele como a DCV. A Professora Christine Bundy incentivou os profissionais de saúde a falarem com seus pacientes sobre humor e oferecer suporte para modificações do estilo de vida. Ela sugeriu o uso da entrevista motivacional, que é uma conversa colaborativa que desperta e fortalece a capacidade de autocuidado do paciente e ajuda a tomar decisões sobre estilo de vida. A

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entrevista motivacional deve ser realizada por profissionais treinados, mas a Professora Christine Bundy apresentou uma intervenção rápida, com apenas cinco perguntas, que pode ser realizada em qualquer consulta:

• O que você sabe sobre a sua psoríase?

• Em um escala de 1 a 10, o quanto você acha que a psoríase pode ser controlada por você ou pelo tratamento?

• Em um escala de 1 a 10, o quanto o psoríase deixa você ansioso, preocupado ou deprimido?

• Qual a coisa que você mais gostaria de mudar?

• O que você pode fazer para atingir esse objetivo e como eu posso ajudar você?

Embora não sejam praticadas por muitos dermatologistas, as intervenções de estilo de vida devem ser parte de todo plano de tratamento para pacientes com psoríase.

Aspectos econômicos do tratamento da psoríaseA psoríase dura a vida inteira e seu tratamento é dispendioso. Nessa sessão, a Drª. April Armstrong, correitora, vice-diretora e professora adjunta de dermatologia da Keck School of Medicine da Universidade de Southern California, comparou os custos relacionados com o tratamento genérico ou individualizado.

Muitas doenças inflamatórias podem ser tratadas de forma genérica, ou seja, um tratamento é iniciado e substituído por outro se não for eficaz. Muitas seguradoras exigem tratamento incremental, começando pelas opções mais baratas e depois passando para as mais caras.

Essa regra se deve ao custo dos medicamentos, que é uma parte pequena do custo total to tratamento. Os outros custos podem ser custos diretos (p.ex. consultas, medicamentos e exames laboratoriais), custos indiretos (custos de oportunidade, como incapacidade para o trabalho) e custos intangíveis (p.ex. prejuízo da autoimagem).9

Para examinar os custos associados ao tratamento individualizado, a Drª. April Armstrong analisou os custos de aquisição no atacado de medicamentos no compêndio Red Book e dados de estudos sobre diferentes medicamentos. O incremento do custo por respondedor pode ser calculado multiplicando-se o número de tratamentos necessários (NTN) pela diferença entre o custo do tratamento e o

custo do controle [NTN x (custo do tratamento – custo do controle)]. O ixequizumabe possui o menor NTN e o apremilaste o maior. Para um ano de tratamento, o infliximabe é a opção mais barata, e a mais cara é o etanercepte.10

Entretanto, assim como ocorre no tratamento em incrementos, esse método considera apenas o custo da receita, que é uma parte pequena do custo total. Embora seja difícil calcular os verdadeiros custos dos tratamentos genéricos ou individualizados, o objetivo final é iniciar o tratamento com medicamentos que ajam rapidamente sem produzir efeitos colaterais graves.

Observação: Esta atividade foi planejada e implementada de acordo com os pré-requisitos de acreditação do Accreditation Council for Continuing Medical Education (ACCME), com atuação conjunta do A. Webb Roberts Center for Continuing Medical Education da Baylor Scott & White Health e do Conselho Internacional de Psoríase. O A. Webb Roberts Center for Continuing Medical Education da Baylor Scott & White Health possui acreditação da ACCME para fornecer produtos de educação médica continuada a médicos.

O A. Webb Roberts Center for Continuing Medical Education da Baylor Scott & White Health designou esta atividade presencial para obtenção de até 2,0 PRA Category 1 Credit(s).™ da AMA. Os médicos devem solicitar créditos de forma proporcional à sua participação na atividade. ■

FOCO NA PSORÍASE: IPC PARTICIPA DA 75ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE PSORÍASE

A Drª Christine Bundy sugeriu o uso da entrevista motivacional, uma técnica de conversa colaborativa que desperta e fortalece a capacidade de autocuidado do paciente e ajuda a tomar decisões sobre estilo de vida.

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Referências 1. Wittkowski KM, Leonardi C, Gottlieb A, et al. Clinical symptoms of skin, nails, and joints manifest independently in patients with concomitant psoriasis and psoriatic arthritis. PLoS One. 2011;6(6):e20279.

2. Libby P. Mechanisms of acute coronary syndromes and their implications for therapy. N Engl J Med. 2013;368(21):2004-2013.

3. Gelfand JM, Neimann AL, Shin DB, Wang X, Margolis DJ, Troxel AB. Risk of myocardial infarction in patients with psoriasis. JAMA. 2006;296(14):1735-1741.

4. Wu JJ, Guerin A, Sundaram M, Dea K, Cloutier M, Mulani P. Cardiovascular event risk assessment in psoriasis patients treated with tumor necrosis factor-alpha inhibitors versus methotrexate. J Am Acad Dermatol. 2017;76(1):81-90.

5. Bissonnette R. TNF-alpha antagonist and vascular inflammation in patients with psoriasis vulgaris: A randomized placebo-controlled study. Apresentação no Annual Meeting of the American Academy of Dermatology em 2017; 2017 Mar 3-7; Orlando, Florida.

6. Wu JJ, Penfold RB, Primatesta P, et al. The risk of depression, suicidal ideation, and suicide attempt in patients with psoriasis, psoriatic arthritis, or ankylosing spondylitis. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2017.doi:10.1111/jdv.14175[Epub ahead of print]

7. Picardi A ME, Pasquini P. Prevalence and correlates of suicidal ideation among patients with skin disease. J Am Acad Dermatol. 2006;54(3):420-426.

8. Donigan JM, Pascoe VL, Kimball AB. Psoriasis and herpes simplex virus are highly stigmatizing compared with other common dermatologic conditions: A survey-based study. J Am Acad Dermatol. 2015;73(3):525-526.

9. Parsi K, Chambers CJ, Armstrong AW. Cost-effectiveness analysis of a patient-centered care model for management of psoriasis. J Am Acad Dermatol. 2012;66(4):563-570.

10. Armstrong AW, Betts KA, Sundaram M, Thomason D, Signorovitch JE. Comparative efficacy and incremental cost per responder of methotrexate versus apremilast for methotrexate-naive patients with psoriasis. J Am Acad Dermatol. 2016;75(4):740-746.

FOCO NA PSORÍASE: IPC PARTICIPA DA 75ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE PSORÍASE

Relatório online: Reunião Anual da Academia Americana de Dermatologia em 2017Você não pôde comparecer ao encontro anual da AAD? O evento discutiu a patogênese, as comorbidades e o manejo da psoríase. Apresentamos um relatório com um resumo das principais sessões relacionadas à psoríase apresentadas nas reuniões pelos conselheiros do IPC. Entre as sessões, houve a palestra “O que o dermatologista precisa saber sobre comorbidades”, um simpósio que debateu as comorbidades da psoríase, tratamento de pacientes grávidas com psoríase e drogas biossimilares. Houve também discussões sobre lacunas nos conhecimentos sobre psoríase e novos critérios de avaliação usados em ensaios clínicos, tratamentos biológicos, comorbidades, genética e biossimilares. O potencial e os riscos dos agentes biológicos também foram discutidos. O relatório completo está disponível em bit.ly/2aad17.

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Iniciativa de educação médica continuadaO Conselho Internacional de Psoríase tem o prazer de anunciar uma nova série de educação médica continuada para clínicos que cuidam d pacientes com psoríase. O programa inclui atividades online e presenciais para profissionais de saúde apresentadas por alguns dos maiores especialistas em psoríase.

Profesores: Alan Menter, MD, EUA, organizador do curso April Armstrong, MD, MPH, EUA Christine Bundy, PhD, C Psychol AFBPS, Reino Unido Claudia de la Cruz, MD, Chile Peter van de Kerkhof, MD, Países Baixos Mark Lebwohl, MD, EUA

15 de setembro de 2017 | 5:00 - 6:30 pmAvanços em psoríase: Foco em novos tratamentos e novas abordagens Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia | Genebra, Suíça

Programas desenvolvidos em parceria pelo A. Webb Roberts Center de Educação Médica Continuada da Baylor Scott & White Health e pelo Conselho Internacional de Psoríase.

Essas atividades são patrocinadas por verbas educativas da Janssen Scientific Affairs, LLC, Lilly e da Sun Pharma.

Saiba mais em www.psoriasiscouncil.org

Individualização do tratamento da psoríase: Tomando boas decisões em parceria com seus pacientes Webseminário filmado na Reunião Anual de 2017 da American Academy of Dermatology, disponível online Disponível a partir de junho de 2017

Encontro com especialistas: Estudo de casos online ao vivo Encontro com Especialistas virtual, onde líderes de opinião discutem casos difíceis de psoríase Disponível a partir de setembro de 2017

Casos interativos de psoríase Atividade de casos interativos para melhorar a capacidade de manejo de casos complexos Disponível a partir de outubro de 2017

Avanços em psoríase: Foco em novos tratamentos Webseminário filmado na Reunião Anual de 2017 da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia, disponível online Disponível a partir de dezembro de 2017

TÓPICOS Fatores comportamentais Comorbidades e complicações Tratamento baseado nas necessidades de cada paciente Novos tratamentos para psoríase

EVENTOSPRESENCIAIS

ATIVIDADESONLINE

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Simpósio do IPC destaca avanços em pesquisasDrª. Megan Noe, MD, MPH

A Drª. Megan Noe, MPH, é instrutora clínica e ‘fellow’ de pesquisa de pós-doutorado no departamento de dermatologia da Universidade da Pensilvânia. A Drª. Megan Noe se formou com distinção em pesquisa pela Escola de Medicina da Universidade Tufts, formando-se em medicina e realizando mestrado em saúde pública; em seguida concluiu a

residência em dermatologia na Universidade de Iowa.

Avanços recentes na imunologia e epidemiologia da psoríase foram o foco de um simpósio patrocinado pelo IPC durante a reunião anual da Society for Investigative Dermatology, realizada em Portland, Oregon, em abril. O simpósio foi organizado e dirigido pelos Conselheiros do IPC Dr. Johann Gudjonsson (Universidade de Michigan) e Dr. Andrew Blauvelt (Oregon Medical Research Center) e contou com a participação de clínicos e pesquisadores de todos os EUA. Cinco pesquisadores fizeram apresentações, que são resumidas a seguir.

• A interleucina (IL) 17 é uma importante citoquina, sinalizadora de inflamação na psoríase e serve como alvo para vários agentes biológicos novos. A Drª. Beatrice Dyring-Andersen, PhD, do Brigham and Women’s Hospital, apresentou suas pesquisas sobre a contribuição relativa dos neutrófilos para a produção de IL-17 em placas psoriásicas na pele. Usando imunocoloração de lesões psoriásicas humanas e pele normal, ela observou que os neutrófilos podem ser uma importante fonte de produção de IL-17A na pele. Em um experimento separado, neutrófilos cultivados junto com queratinócitos aumentaram a ativação em comparação com a cultura isolada de neutrófilos, e a produção de IL-17A, IL-17F e IL-22 foi sobrerregulada em neutrófilos cultivados nessas condições. Esses resultados sugerem que os neutrófilos podem ser uma importante fonte de citoquinas inflamatórias em pacientes com psoríase.

• Sylviane Lambert, PhD da Universidade de Michigan, também concentrou suas pesquisas na IL-17. Seu trabalho examinou a importância da D10N, uma variante do gene TRAF3IP2 com um polimorfismo de um nucleotídeo (SNP), na sinalização por IL-17. O TRAF3IP2 foi identificado como um lócus de suscetibilidade genética que codifica a proteína Act1. A Act1 se liga ao receptor de IL-17 e ativa os fatores transcricionais pelas vias MAPK e NFKB, promovendo um estado pró-inflamatório. Foram isolados queratinócitos e fibroblastos de indivíduos portadores da variante do tipo selvagem (protetora) e da variante com SNP associada à psoríase (D10N). Constatou-se que a variante D10N estava associada com aumento significativo da expressão de TRAF3IP2 em queratinócitos, mas não em fibroblastos. A variante D10N com SNP aumentou a produção de IL-17A após estimulação policlonal. Isso é compatível com evidências de que a D10N é um lócus de suscetibilidade genética associado com aumento do risco de psoríase.

• Além da TRAF3IP2, estudos de associação no genoma inteiro (GWAS) identificaram diversos lócus de suscetibilidade genética para psoríase. Contudo, os efeitos específicos desse lócus sobre o risco global de psoríase ainda são desconhecidos. Zhaolin Zhang, PhD, também da Universidade de Michigan, discutiu suas pesquisas, nas quais buscou identificar maneiras de identificar mudanças na paisagem de cromatina e dos mecanismos de regulação gênica relacionados a células imunes na psoríase, em especial as células T CD4 e CD8 com tropismo cutâneo. Essa pesquisa poderá ajudar a compreender melhor os efeitos da variação gênica sobre o desenvolvimento da psoríase. Foram isoladas células T com tropismo cutâneo de amostras de sangue periférico para análise da paisagem de cromatina em torno de lócus de suscetibilidade à psoríase. Foi usado um ensaio ATAC seq (Assay for Transposase-Accessible Chromatin and Sequencing). Esse estudo confirmou que se pode usar o ATAQ seq para caracterizar a paisagem de cromatina de células T com tropismo cutâneo. Pesquisas futuras continuarão buscando definir essas mudanças nas células CD4 e CD8 encontradas em lesões psoriásicas.

• Pesquisas epidemiológicas anteriores mostraram que indivíduos com psoríase apresentam risco aumentado para diversas comorbidades. A Drª. Megan Noe, MPH, da Universidade da Pensilvânia, examinou o risco de

IPC PARTICIPA DA 76ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIETY FOR INVESTIGATIVE DERMATOLOGY

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mortalidade de pacientes com psoríase em comparação com controles populacionais em um banco de dados de prontuários médicos no Reino Unido. Estudos prévios sobre mortalidade usaram o “tratamento recebido” como indicador de gravidade, mas essa métrica pode não indicar com precisão o risco de mortalidade em todos os indivíduos. Nesse estudo, a Drª. Megan Noe acompanhou uma coorte prospectiva de pacientes com diagnóstico de psoríase confirmado por médico e gravidade da doença informadas por médico. Usando essa coorte prospectiva de pacientes com psoríase e controles normais, ela concluiu que pacientes com envolvimento psoriásico de mais de 10% da área de superfície corporal (ASC) possuem risco de óbito maior que controles com a mesma idade e sexo. O aumento do risco persistiu mesmo após controle para estado de saúde inicial. Isso sugere que as comorbidades subjacentes não explicam totalmente o aumento do risco de óbito. Esses resultados sugerem que devem ser tomadas medidas preventivas em pacientes co psoríase e acometimento de mais de 10% da ASC.

• Crianças com psoríase também apresentaram incidência maior de comorbidades. A Drª. Megha Tollefson, da Clínica Mayo, apresentou suas p3esquisas sobre a relação

entre psoríase, obesidade e outras comorbidades. Ela analisou dados de faturamento de seguros de saúde dos EUA e constatou que crianças com psoríase eram mais propensas a desenvolver hiperlipidemia, hipertensão, síndrome metabólica, doença do ovário policístico, diabetes, hepatopatia não-alcoólica e aumento de enzimas hepáticas que crianças sem psoríase. Outro achado importante é que crianças com psoríase correm mais risco de desenvolver essas comorbidades, sejam obesas ou não; portanto, a psoríase é um fator de risco independente para o surgimento de comorbidades. Esses resultados sugerem que todas as crianças com psoríase, qualquer que seja o peso corporal, devem ser acompanhadas para detectar o surgimento de outros problemas de saúde.

Em resumo, o simpósio do IPC na Society for Investigative Dermatology destacou avanços recentes em pesquisas em psoríase, tanto em genética e imunologia como em comorbidades. Novas pesquisas e colaborações ajudarão os pesquisadores e clínicos a compreenderem melhor a complexa fisiopatologia da psoríase, desenvolver novos tratamentos e cuidar melhor de pacientes com psoríase. ■

IPC PARTICIPA DA 76ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIETY FOR INVESTIGATIVE DERMATOLOGY

Apresentadores do simpósio do IPC na Reunião Anual da Society for Investigative Dermatology (da esquerda para a direita): Dr. Andrew Blauvelt, do Oregon Medical Research Center, que é Conselheiro do IPC e foi codiretor do programa; Megha Tollefson, da Clínica Mayo; Beatrice Dyring-Andersen, do Brigham and Women’s Hospital; Zhaolin Zhang e Sylviane Lambert, da Universidade de Michigan; Megan Noe, da Universidade da Pensilvânia; e Johann Gudjonsson, da Universidade do Michigan, que é Conselheiro do IPC e foi codiretor do programa.

Crianças com psoríase apresentam, sejam obesas ou não, risco maior de desenvolver comorbidades como hiperlipidemia, hipertensão e síndrome metabólica.

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Evento nos EUA discute semelhanças entre doenças autoimunesO Interdisciplinary Autoimmune Summit, realizado em março na cidade de Nova York, discutiu características comuns a várias doenças inflamatórias imunomediadas, entre elas a psoríase e a artrite psoriásica.

O Conselheiro do IPC Dr. Joel Gelfand, MSCE, da Perelman School of Medicine da Universidade da Pensilvânia, foi comoderador do evento, que reuniu clínicos de diversas especialidades que tratam pacientes com doenças autoimunes. Além da psoríase, foram discutidas a artrite reumatoide, espondilartrite, doença de Crohn e colite.

As apresentações destacaram as semelhanças entre essas doenças e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar ao diagnóstico e tratamento de pacientes com doenças inflamatórias. Foram realizadas sessões interativas com tecnologias 3D, que revisaram as vias inflamatórias subjacentes à patologia dessas doenças, assim como tratamentos direcionados inovadores que interrompem a cascata inflamatória.

Os pesquisadores também destacaram a contribuição dos genes, do microbioma e do estresse psicossocial para o processo inflamatório e seus efeitos sobre os mecanismos fisiopatológicos da doença. Diversas sessões também apresentaram novas evidências sobre a importância da nutrição, exercício e conscientização no tratamento dos pacientes. Os palestrantes enfatizaram a necessidade de detecção e tratamento mais precoce das doenças imunomediadas e da importância de adaptar o tratamento a cada paciente e do envolvimento multidisciplinar.

Além do Dr. Joel Gelfand, foram comoderadores o Dr. Leonard H. Calabrese, do Cleveland Clinic Lerner College of Medicine da Universidade Case Western Reserve, e o Dr. Stephen B. Hanauer, da Feinberg School of Medicine da Universidade Northwestern. ■

Retinoides orais em estudo na Europa no âmbito de estratégias de prevenção de gravidezA convite da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o Membro do Conselho do IPC Professor Peter van de Kerkhof (Países Baixos) compareceu a uma reunião de consulta para discutir estratégias de minimização de riscos para prevenção de gravidez. A reunião foi organizada pelo Comitê de Avaliação de Riscos em Farmacovigilância (PRAC) da EMA no dia 3 de março em Londres.

Os retinoides orais podem agir sobre embriões e causar defeitos congênitos; portanto, devem ser evitados em gestantes. Em toda a União Europeia, foram adotadas estratégias de minimização de risco, chamadas programas de prevenção de gravidez (PPG). O Professor van de Kerkhof foi um dos profissionais de saúde e representantes de associações de pacientes convidados a comparecer à reunião para compartilhar suas opiniões sobre adesão aos PPG, possíveis melhorias, abordagens de comunicação entre médico e paciente e as melhores medidas para monitorar a eficácia das estratégias de minimização de risco.

Para saber mais sobre a análise do comitê, acesse bit.ly/2emaps. ■

OUTRAS NOTÍCIAS SOBRE PSORÍASE

Joelle van der Walt, diretora científica do IPC, e o Dr. Joel Gelfand, Conselheiro do IPC, que foi coapresentador do evento, compareceram ao Interdisciplinary Autoimmune Summit, que explorou aspectos comuns a várias doenças autoimunes.

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LIDERANÇA DO IPCOlhando para a frente: Perguntas e respostas com Alexa Boer Kimball, Presidente do Conselho do IPCEm janeiro, a Drª. Alexa Boer Kimball, que é membro do conselho do IPC desde 2006, se tornou presidente do conselho, substituindo o Professor Chris Griffiths. Como eminente médica, pesquisadora e executiva de saúde, ela é prestigiada na comunidade global de psoríase e contribui com seus conhecimentos e qualificação para a posição de destaque que o IPC goza em psoríase.

Além de professora de dermatologia da Harvard Medical School, a Drª. Kimball também é presidente e diretora da Harvard Medical Faculty Physicians do Beth Israel Deaconess Medical Center. Suas pesquisas estudaram a psoríase e a hidradenite supurativa. Ela já recebeu diversos prêmios por suas pesquisas sobre economia em saúde da força de trabalho médica, qualidade de vida e desfechos clínicos, alem de participar dos conselhos de diversas entidades filantrópicas como a Society for Investigative Dermatology e a Hidradenitis Suppurativa Foundation. Em 2016, a Women’s Dermatologic Society a nomeou Mentora do Ano; em 2017, ela recebeu o prêmio Outstanding Physician-Clinician Award da National Psoriasis Foundation.

Em uma entrevista, a Professora Alexa Kimball falou sobre o IPC, sobre suas atividades como presidente do conselho e sobre suas atividades de lazer.

Por que você contribui com tempo e esforço para o IPC?Trabalhar com psoríase foi uma das partes da minha carreira que mais me deu satisfação. Acho que o lema do IPC resume isso muito bem: — Saber mais, cuidar melhor. Evidentemente, a base de todo nosso trabalho são os pacientes. Temos uma oportunidade única de alavancar a capacitação acadêmica e clínica de nossos conselheiros para promover uma agenda de pesquisa e tratamento.

O IPC se expandiu e se tornou mais influente no mundo inteiro desde sua criação em 2004. Agora que você assumiu a liderança do IPC, qual a sua visão para o futuro do grupo?Concluímos um plano estratégico de cinco anos, que nos ajudará a continuar criando momento e a conquistar novas realizações nas nossas principais áreas de atuação, que são educação e pesquisa, e reunir grupos para trocar conhecimentos e enfrentar problemas difíceis. Também queremos melhorar nossas plataformas de comunicação, incluindo o website, orientar médicos médicos em início de carreira e incentivá-los a continuar nosso trabalho e expandir nossas atividades em países em desenvolvimento.

Como você vê o futuro da pesquisa e do tratamento em psoríase? Fizemos enorme progresso em nossa capacidade de tratar os pacientes com as formas mais graves da doença, tanto quanto nas formas moderadas significativas. Mas precisamos usar nossos conhecimentos e nosso arsenal para ajudar grandes populações no resto do mundo que ainda não foram atingidas, assim como a pacientes com formas moderadas da doença. Acho que veremos recursos melhores, que permitirão escolher melhor o tratamento de cada paciente com base na biologia, nas preferências e na possibilidade de êxito.

Quais os principais desafios enfrentados pelo IPC?O pubmed.gov contém mais de 44.000 artigos sob o termo de busca “psoriasis”. Nosso desafio é acompanhar todo esse conhecimento, sintetizar as informações mais importantes, identificar lacunas no conhecimento e encontrar maneiras eficazes de prender a atenção das pessoas. Nosso excelente grupo de conselheiros, seu compromisso e qualificação nos dá a melhor perspectiva para identificar, agora e no futuro, as coisas mais importantes e em levar informações a médicos e pacientes.

Fale um pouco sobre você. Quais seus hobbies e outros interesses? Como você passa seu tempo livre? Eu gosto de fazer qualquer coisa com minha família (marido, dois filhos e um labradoodle), seja assistir TV ou viajar pelo mundo. Ainda consigo ir jogar tênis toda semana, e, por mais que eu esquie, nunca acho que é suficiente.

NOTÍCIAS DO IPC

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ATENDIMENTO AOS PACIENTESGrupo de trabalho em biossimilaresOs codiretores Jashin J. Wu e Arnon D. Cohen anunciaram que enviaram um manuscrito para publicação. O novo artigo analisa perspectivas regulatórias e questões relacionadas aos biossimilares, que poderão vir a influenciar a conduta médica de dermatologistas no mundo inteiro. O grupo encaminhará uma nova proposta de projeto ao conselho diretor do IPC para análise. O novo estudo analisará a segurança, o custo e a acessibilidade dos biossimilares.

Grupo de trabalho em tratamentos tópicosOs codiretores Co-chairs Lars Iversen, Charles Lynde e Vermén Verallo-Rowell anunciaram que o novo manuscrito do grupo de trabalho, intitulado “Topical treatment of psoriasis: questionnaire results on topical therapy accessibility and influence of body surface area on usage” (Tratamento tópico da psoríase: resultados de um questionário sobre acessibilidade dos tratamentos tópiocos e influência da área de superfície corporal sobre sua utilização) , foi aceito para publicação pelo Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology. Um segundo manuscrito, intitulado “Review of international guidelines for the treatment of psoriasis: recommendations for topical corticosteroid use” (Revisão das diretrizes internacionais sobre o tratamento da psoríase: recomendações sobre o uso tópico de corticoides), está sendo elaborado e será enviado em breve. O grupo também vem trabalhando em um terceiro manuscrito, que discute os resultados de questionários sobre o uso de tratamentos tópicos em determinaras áreas do corpo para tratamento prolongado. O grupo de trabalho encaminhará uma proposta para o Conselho do IPC para examinar a associação de medicamentos tópicos e sistêmicos a fim de emitir recomendações para uso eficaz dessas combinações;

Grupo de trabalho em tratamentos sistêmicos Caitriona Ryan moderou uma vigorosa discussão entre os conselheiros do IPC e representantes da indústria sobre a definição de pacientes com psoríase moderada. A discussão se baseou nos resultados de uma pesquisa de 2016, que procurou entender os critérios utilizados no mundo inteiro para identificar e tratar formas moderadas da doença. O grupo de trabalho e os membros do Comitê de Atendimento a Pacientes elaborará uma proposta de projeto para analisar a definição de psoríase moderada e as dificuldades de tratamento.

Grupo de trabalho para América LatinaO Grupo de Trabalho para América Latina do IPC se reuniu durante a Reunión Annual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA), realizada em maio em Bogotá, Colômbia. O Conselheiro do IPC Matthias Augustin (Universidade de Hamburgo, Alemanha) conduziu discussões sobre a estruturação e o processo do recém-lançado Atlas Global de Psoríase (GPA). O GPA é um projeto conjunto do IPC, da International Federation of Psoriasis Associations (IFPA) e da International League of Dermatological Societies (ILDS) para criar um atlas completo e abrangente de psoríase. Os conselheiros do IPC participarão de estudos epidemiológicos futuros na América Latina para compreender melhor os efeitos da psoríase na região. O grupo de trabalho também vem abordando problemas relacionados a biossimilares, pois muitos desses medicamentos já estão disponíveis na América Latina. Os Diretores do IPC Claudia de la Cruz, da Clínica Dermacross, em Santiago do Chile, e Ricardo Romiti, da Universidade de São Paulo, que foram codiretores da reunião, destacaram a necessidade de o grupo realizar mais estudos para garantir o uso seguro de biossimilares no tratamento de pacientes com psoríase.

PESQUISAIPC analisa utilidade do questionário Psoriasis Symptom InventoryAs métricas de desfechos informadas pelos pacientes são importantes para caracterizar as experiências dos pacientes e melhorar a interação médico-paciente. O IPC desenvolveu e realizou um estudo global para avaliar a utilidade prática do Psoriasis Symptom Inventory (PSI) em ambientes clínicos. O questionário é um instrumento validado de oito itens, desenvolvido para avaliar a gravidade dos sinais e sintomas de psoríase conforme percebidos pelo paciente.

Nesse estudo, pacientes com psoríase foram solicitados a preencher um questionário sobre oito sintomas: prurido, vermelhidão, descamação, queimação, ardência, rachadura, esfoliação e dor. O PSI foi testado em oito situações clínicas: Utah, Missouri e Connecticut nos Estados Unidos; Quebec, no Canada; Manchester, na Inglaterra; Nijmegen, nos Países Baixos; Porto Alegre, no Brasil; e Santiago do Chile.

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Os resultados do estudo ajudarão os dermatologistas a decidir se o PSI deve ser usado em atividades clínicas globais. Em última análise, é preciso saber a perspectiva do paciente para se manter o foco no paciente ao tratar a doença.

O estudo foi liderado pelo Dr. Bruce Strober, do University of Connecticut Health Center e Membro do IPC, que apresentou os resultados em um pôster na reunião anual da American Academy of Dermatology em março. O pôster está disponível em bit.ly/2s2q15w.

O estudo foi patrocinado e financiado em parceria com a Amgen e os resultados serão apresentados ainda esse ano.

EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃOEncontro com Especialistas do IPCChongqing, China Nos dias 11 e 12 de maio, o IPC participou do International Psoriasis Symposium um evento de um dia e meio de duração realizado em conjunto com a Sociedade Chinesa de Dermatologia e o Comitê Chinês de Psoríase. Foram discutidos temas importantes do ponto de vista internacional e a situação da pesquisa em psoríase na China.

O programa Encontro com Especialistas incluiu uma discussão com conselheiros do IPC, que apresentaram casos difíceis que encontraram em suas clínicas. O painel contou com a participação de Chris Griffiths, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e Presidente Anterior do IPC; April Armstrong, da Universidade de Southern California, nos Estados Unidos; Georg Stingl, da Universidade de Viena, na Áustria; e Siew Eng Choon, da Universidade Monas, na Malásia. O dia terminou com uma discussão livre sobre assuntos relacionados à psoríase.

O comitê organizador contou com a participação do Professor Griffiths, da Conselheira do IPC Xuejun Zhang, Universidade Médica Anhui, de Hefei, China; Min Zheng, da Universidade Zhejiang (Hangzhou, China); e Chun-Lei Zhang, da Universidade de Beijing (Hospital Número Três, Beijing).

Avaliando a participação do IPC no evento, o Professor Griffiths disse, “como parte do plano estratégico do IPC, nossa missão é promover o tratamento de pessoas com psoríase no mundo inteiro. Essa reunião foi especialmente importante para nós, pois encontramos colegas na China e iniciamos novas parcerias.”

A Drª. Xuejun Zhang, que entrou para o IPC em 2016, disse que o evento foi um sucesso e que “no futuro haverá novas oportunidades como essa de cooperação e parcerias”.

Como parte de sua iniciativa de expansão internacional, o IPC participará de um evento na Ásia por ano.

Bogotá, Colômbia O Conselheiro do IPC Dr. Fernando Valenzuela, da Universidade do Chile em Santiago, moderou o primeiro programa Encontro com Especialistas, realizado no âmbito da Reunión Anual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA) em maio. Foram tratados assuntos como a

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Conselheiros do IPC que participaram do encontro com especialistas em Chongqing, na China (da esquerda para a direita): Xuejun Zhang, MD, PhD, China, que ajudou a organizar o evento e fez apresentações; Professor e Presidente Anterior do IPC Christopher EM Griffiths, Reino Unido; April Armstrong, dos Estados Unidos; Siew Eng Choon, da Malásia; e Georg Stingl, da Áustria.

O Conselheiro do IPC Fernando Valenzuela, MD (Universidad de Chile, Santiago) foi moderador do programa Encontro com Especialistas do IPC na Reunión Anual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA) em Bogotá.

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psoríase em populações especiais, diagnóstico diferencial em psoríase, psoríase e artrite reumatoide, alopecia e papilomavírus humano e um estudo do caso de um paciente com perda secundária de resposta ao adalimumabe. O painel contou com a participação dos Conselheiros do IPC Dr. Richard Langley, da Universidade Dalhousie, de Halifax, no Canadá; Dr. André Vicente Esteves de Carvalho, PhD da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre; Drª. Nancy Podoswa, do Instituto Mexicano del Seguridad Social, Cidade do México; Drª. Angela Londoño, da Universidade CES, de Medelim, na Colômbia; e Dr. César González, da Clinica Colombia, em Bogotá. Também apresentaram a Dr. José Manuel Carrascosa, do Hospital Universitari Germans Trias i Pujol, de Barcelona, Espanha; e Drª. Irene Araya, do Hospital Clínico Universidad de Chile, em Santiago.

NA MÍDIAO IPC felicita os membros do conselho por suas realizações

Jonathan Barker, presidente eleito, vice-presidente do conselho e diretor do comitê científico do IPC, apresentou a palestra Eugene M. Farber Endowment Lecture na reunião anual da Society of Investigative Dermatology, realizada em abril em Portland, Oregon. Essa palestra é apresentada todos os anos por

um investigador cujo trabalho ajudou a criar novos insights na fisiopatologia e tratamento da psoríase. O Dr. Jonathan Barker é professor de dermatologia clínica e diretor de departamento do St John’s Institute of Dermatology do King’s College de Londres, além de codiretor da Unidade de Pesquisa em Tratamento de Pele e do Serviço de Psoríase, um dos principais investigadores que vêm buscando mapear os genes de suscetibilidade à psoríase e diretor do projeto de genética do exoma do IPC. Ele foi apresentado por Nicole Ward, palestrante do ano anterior.

O Dr. André Vicente Esteves de Carvalho, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, concluiu PhD em patologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, com tese intitulada “Eficácia das medicações imunobiológicas e inibidores de pequenas moléculas na psoríase: uma revisão sistemática e

metanálise de ensaios clínicos randomizados”.

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Relaxando durante uma pausa na Reunión Anual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA) em Bogotá, Colômbia: Professor Ricardo Romiti (São Paulo, Brasil), CEO do IPC Christy Langan (Estados Unidos), Drª. Claudia de la Cruz (Santiago do Chile) e Dr. César Gonzalez (Bogotá).

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O Dr. César Gonzalez, da Clínica Colombia de Bogotá, foi nomeado recentemente presidente da Reunión Anual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA), o principal congresso de dermatologia da América Latina. Ele também foi diretor da 35ª edição da RADLA, realizada em Bogotá. Como conselheiro do IPC desde

2015, o Dr. César Gonzalez é reconhecido por suas pesquisas em psoríase e como palestrante em diversas conferências internacionais de dermatologia, reumatologia e medicina interna. Em 2010, ele recebeu o prêmio nacional de pesquisa no 27º e 28º congressos de dermatologia e de cirurgia dermatológica, respectivamente.

A Drª. Alexa Boer Kimball, MPH, é a nova presidente do conselho do IPC, e o Dr. Joel Gelfand, MSCE, recebeu o 2º Medical Professional Award da National Psoriasis Foundation por “seu incansável trabalho e compromisso em melhorar a evolução clínica e buscar a cura da psoríase e da artrite psoriásica.” Esse prêmio é dado a clínicos que influenciaram significativamente comunidade de psoríase e trabalham junto à NPF para encontrar a cura e melhorar as vidas dos pacientes. Os premiados são escolhidos por pacientes e colegas.

• A Drª. Alexa Kimball começou em janeiro seu mandato como

presidente do conselho do IPC. Além do prêmio da NPF, ela recebeu diversas outras homenagens esse ano. Na página 23, ela explica sua visão para o futuro do IPC.

• O Dr. Joel Gelfand é professor de dermatologia da Perelman School of Medicine da Universidade da Pensilvânia e seu trabalho se concentra em dermatologia geral e psoríase. Ele criou uma abordagem multidisciplinar ao tratamento de pacientes com psoríase na universidade, onde vem servindo como orientador para um dermatologia e um cardiologista que hoje são especializados em complicações sistêmicas da psoríase. O Dr. Joel Gelfand

também recebeu o prêmio Marjorie Bowman Penn Medicine Award de excelência em pesquisas orientadas para pacientes e a Achievement Award da American Skin Association por suas pesquisas em psoríase.

A Drª. Amy Paller, MS, recebeu o Stephen Rothman Memorial Award, o maior prêmio da Society of Investigative Dermatology, concedido anualmente para atuação de destaque em pesquisas de medicina cutânea. Ela é professora da cátedra Walter J. Hamlin e diretora e professora da Feinberg School

of Medicine da Universidade Northwestern, diretora da Unidade de Ensaios Clínicos em Dermatologia Pediátrica da universidade e pioneira em descobertas relacionadas ao diagnóstico e tratamento de doenças de pele genéticas, assim como investigadora principal em diversos importantes artigos relacionados a doenças de pele inflamatórias. Entre diversas outras condecorações, ela recebeu o Clarence S. Livingood, MD, Memorial Award da American Academy of Dermatology e o Rose Hirschler Award da Women’s Dermatological Society.

Nicole Ward, PhD, foi eleita para um mandato de seis anos como secretária-tesoureira da Society for Investigative Dermatology. Ela é a primeira não-médica e a segunda mulher desde 1938 a exercer esse cargo. Suas responsabilidade incluem ajudar a realizar a visão, promover a missão e cuidar da saúde financeira da sociedade.

Ela é professora adjunta de dermatologia e diretora do Núcleo de Morfologia do Centro de Pesquisa em Doenças de Pele da Universidade Case Western Reserve e dos University Hospitals do Cleveland Medical Center. O foco de seu trabalho são três áreas de pesquisa: inflamação vascular e trombose remotas causadas por inflamação da pele, ativação neural da inflamação e proliferação da pele e estudo dos efeitos da sinalização por Il-17c e IL-17RE sobre a patogênese da psoríase.

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NOVOS CONSELHEIROS DO IPCKelly M. Cordoro, MDSan Francisco, California, EUAA Drª. Kelly Cordoro e professora adjunta de dermatologia e pediatria da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF), onde é chefe adjunta do departamento e diretora do programa de ‘fellowship’ em dermatologia pediátrica. Ela se formou pela

faculdade de medicina da Pennsylvania State University, fez residência em dermatologia pela Universidade da Virginia e ‘fellowship’ em dermatologia pediátrica pela UCSF. Sua principal área de atuação são casos complexos em dermatopediatria, com foco em doenças inflamatórias, e sua principal área de pesquisa é a psoríase pediátrica. Por suas atividades na área, ela recebeu o prêmio Dermatology Foundation Career Development. Ela também é membro fundador e e codiretora do grupo de investigação de psoríase pediátrica da Pediatric Dermatology Research Alliance (PeDRA), diretora de vários grupos de trabalho em relacionados à psoríase da Academia Americana de Dermatologia (AAD) e membro do comitê de desenvolvimento e liderança. A Drª. Kelly Cordoro é editora assistente de dermatopediatria do Journal of the American Academy of Dermatology, membro do quadro editorial da revista Pediatric Dermatology e editora de conteúdo de dermatologia do programa Knowledge Plus do New England Journal of Medicine.

Siew Eng Choon, MBBS, MRCP, FRCPJohor Bahru, MalásiaA Drª. Siew Eng Choon é dermatologista sênior do Hospital Sultanah Aminah e professora adjunta de clínica médica da School of Medicine and Health Sciences da Universidade Monash. Ela se formou pela Universidade da Malaia e se pós-graduou em medicina

geral, é membro do Royal College of Physicians (Londres, Reino Unido), no qual foi eleita como ‘fellow’. Ela recebeu uma bolsa para realizar treinamento em dermatologia e ‘fellowship’, também em dermatologia, no St. John’s Institute of Dermatology em Londres. Atualmente ela ensina estudantes de medicina e supervisiona o treinamento de pós-graduandos no curso avançado

de dermatologia. Seus interesses de pesquisa incluem psoríase, em especial a forma pustulosa da doença, e reações adversas cutâneas a medicamentos. A Drª. Siew Eng Choon é membro fundador da Asian Academy of Dermatology and Venereology e membro da Malaysian Society of Dermatology e da Malaysian Medical Association, além de participar do comitê diretor do Malaysian Psoriasis Registry e do subcomitê de registros de dermatologia da Malásia. Ela também é autora e coautora de mais de 60 artigos e capítulos de um livro texto de dermatologia, assim como outras publicações.

Robert E. Kalb, MDBuffalo, Nova York, EUAO Dr. Robert Kalb é professor de dermatologia clínica da School of Medicine and Biomedical Sciences da State University of New York em Buffalo. Ele é professor adjunto de dermatologia da Perelman School of Medicine da Universidade da Pensilvânia, na cidade da Filadélfia,

e possui ampla experiência em pesquisa e tratamento da psoríase, tendo apresentado várias palestras em eventos locais, nos Estados Unidos e em outros países. Além de sua atividade acadêmica, ele realiza ensaios clínicos de novos tratamentos para psoríase. O Dr. Robert Kalb atua em clínica particular no departamento de dermatologia do Buffalo Medical Group desde 1989 e coordena o departamento de fototerapia do grupo, que é o principal centro de tratamento de psoríase da região oeste do Estado de Nova York. O Dr. Robert Kalb se formou em medicina cum laude pelo Downstate Health Science Center no Brooklyn e realizou internato no hospital da Cornell University e da Universidade North Shore. Em seguida, ele concluiu treinamento em dermatologia no College of Physicians and Surgeons da Universidade Colúmbia em Nova York. Com mais de 60 publicações, o Dr. Robert Kalb é membro da American Academy of Dermatology, da Master’s Dermatology Society e da Buffalo Rochester Dermatology Society.

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5th World Psoriasis& Psoriatic ArthritisConference

THEME Psoriasis: Science and Patients Global Challeng es and Future Perspectives

PRESIDENT Mona StåhleCO-CHAIRS Dr. Arthur Kavanaugh Pro f. Peter van de Kerkhof

LOC ATION Waterfront Congress Center Stockholm, SWEDEN

June 27-30

2018

IFPA thanks its corporate partners for supporting the marketing and promotion of the conference.

www.ifpa-pso.com www.ifpaworldconference.com

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AGRADECIMENTOS

O IPC gostaria de agradecer aos coeditores Professora Drª. Elke M.G.J. de Jong, do Nijmegen Medical Centre da Universidade Radboud (Nijmegen, Países Baixos), e Murlidhar Rajagopalan, MD, da Apollo Hospitals (Chennai, Índia) por contribuir com textos e serviços editoriais para a edição de julho de 2017 da newsletter Revisão de psoríase do IPC.

REVISÃO DE PSORÍASE DO IPCAutoresJessica Donigan, MDMegan Noe, MD, MPHJoelle van der Walt, PhD

Equipe editorialMary Bellotti, editoraErika Fey, editoraRene Choy, design gráficoTina Rouhoff, assistente de designPaulo Mendes, tradução

Conselheiros do IPC Johann Gudjonsson, da Universidade of Michigan, nos Estados Unidos, à esquerda, e Andrew Blauvelt, do Oregon Medical Research Center, também nos Estados Unidos, fazem uma pausa para ler a Revisão de Psoríase do IPC depois de apresentaram como comoderadores o simpósio “Avanços científicos e clínicos em psoríase: 2017 e além” na reunião da Society of Investigative Dermatology Annual Meeting, realizada em Portland, Oregon, no mês de abril. Em Chongqing, na China, a Conselheira do IPC Xuejun Zhang, da Anhui Medical University de Hefei, passa pelo estande do IPC e pega uma cópia da Revisão de Psoríase do IPC. A Drª. Xuejun Zhang (abaixo) ajudou a organizar o programa Encontro com Especialistas do IPC, realizado durante a Conferência Nacional Anual da Sociedade Chinesa de Dermatologia em maio.

OLHA SÓ QUEM ESTÁ LENDO A REVISÃO DE PSORÍASE

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RECURSOSO International Psoriasis Council tem o prazer de levar a você as seguintes oportunidades educativas para expandir seus conhecimentos sobre como tratar pacientes com psoríase.

Saber mais | Cuidar melhorO International Psoriasis Council (IPC) é uma organização de voluntários de alcance global, sem fins lucrativos e dirigida por dermatologistas, que incentiva a inovação

em todos os aspectos da psoríase promovendo pesquisas, educação e atendimento aos pacientes. A missão do IPC é promover nossa rede global de líderes formadores

de opinião para promover os conhecimentos sobre a psoríase e as comorbidades associadas, melhorando o tratamento dos pacientes no mundo inteiro.

Leia este código com seu smartphone para conectar-se à Revisão de Psoríase do IPC online.

Para acessar sem smartphone, o link www.psoriasiscouncil.org/psoriasisreview

PROXIMOS EVENTOS DO IPC

26 de agosto de 2017Encontro com especialistas do IPC:Reunião anual da South African Dermatological Society Pretória, África do Sul

15 de setembro de 2017Simpósio do IPC válido para CME: Avanços em psoríase: Foco em novos tratamentosCongresso da European Academy of Dermatology and Venereology Congress (EADV) Genebra, Suíça

29 de setembro de 2017 O IPC apresenta a Scientific Poster Walk47º congresso da European Society of Dermatological Research (ESDR) Salzburgo, Áustria

27 de outubro de 2017Encontro com especialistas do IPCSharmDerma Congress Cairo, Egito

30 de novembro a 2 de dezembro de 2017Psoríase: Do gene à clínica8º Congresso Internacional Londres, Inglaterra

RECURSOS ONLINE DO IPC

Webcasts sob demanda“Individualização do tratamento da psoríase: empoderando você e seus pacientes para tomarem decisões bem informadas em equipe.” A participação nesses webcasts pode ser usada para obter créditos de Educação Médica Continuada (CME).

Simpósio Conjunto do Conselho Internacional de Eczema (IEC) e do IPC: Psoríase e dermatite atópica: duas doenças ou um único espectro?” Partes 1 e 2 Webcasts de dois simpósios do IPC com especialistas reconhecidos mundialmente e debates sobre as semelhanças e diferenças entre as duas doenças.

Esses e outros webcasts do IPC, incluindo o “IPC’s Crossfire Symposium: The Advent of Biosimilars” e o “Challenging Cases in Psoriasis”, ambos apresentados por líderes globais em psoríase, estão disponíveis em http://bit.ly/ipcwebcast.

PATROCINADORES CORPORATIVOS 2017DiamanteAbbVie

PlatinaSunPharma/Almirall

OuroEli Lilly and CompanyPfizer

PrataAmgenLeo PharmaJanssen Biotech Inc. NovartisSandoz Biopharmaceuticals

BronzeCelgene

Os membros corporativos oferecem verba sem impor condições para apoio à missão do IPC.