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Anais do I Weed.Con 20/11/2020 Londrina/PR

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Anais do I Weed.Con

20/11/2020Londrina/PR

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• ANAIS •

Anais do I Weed.Con

1º edição

Londrina/PR 2020

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

AN532 Anais do I Weed.Con. Anais...Londrina(PR) SBCPD, 2020.

Disponível em <www.iweedcon.vpeventos.com/anais>

1. Agronomia 2. Fitotecnia. 3. Plantas Daninhas. 4. Herbicidas. I. Título.

SBCPD CDD - 370

Ficha catalográfica elaborada por vpEventos – Sistema de Gestão de Eventos e Cursos

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CORPO EDITORIAL

Fernando Storniolo Adegas (EMBRAPA)

Leonardo Bianco de Carvalho (Unesp)

Naiara Guerra (UFSC Curitibanos)

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ÍNDICE

Biologia e Manejo de Plantas Daninhas 3 .........................................................................

Eficácia de herbicidas no manejo outonal de poaia-branca, trapoeraba e buvaLetícia Christianini Cavalcante 4 .................................................................................................

Fitossociologia de plantas daninhas e monitoramento de insetos e inimigos naturais nacultura da couve-florBruna Teixeira Baixo 6 ..............................................................................................................

Efeito do glyphosate e fósforo no crescimento e nutrição de corda-de-violaRicardo Alcantara De La Cruz 8 ...................................................................................................

Persistência de saflufenacil para cultivares de soja em Latossolo Vermelho distroférricoAntonio Pedro Brusamarello 10 ...................................................................................................

Crescimento e atividade fisiológica de plantas de milho submetidas a associação deherbicidas com ácido salicílicoAndré Cosmo Dranca 12 ............................................................................................................

Deposição da aplicação e controle de plantas daninhas com associação de herbicidas eadjuvantes em estádios fenológicos distintos da cultura do milhoJoão Vagner Derhun 14 .............................................................................................................

Ação de herbicidas residuais associados ao ácido salicílico no desenvolvimento da culturada soja em sistemas distintos de manejo do soloAndré Augusto Pazinato Da Silva 16 ............................................................................................

Seletividade da associação de herbicidas e ácido salicílico na pré-semeadura da soja emLatossolo Bruno compactadoCleber Daniel De Goes Maciel 18 ................................................................................................

Efeito da temperatura sobre a buva com rápida resposta fisiológica ao herbicida 2,4-DJéssica Ferreira Lourenço Leal 20 ...............................................................................................

Deposição e eficiência de controle plantas daninhas de formulações de glyphosate +fertiaditivo aplicadas com e sem orvalhoJoão Paulo Matias 22 ................................................................................................................

Viabilidade da aplicação de subdoses de 2,4-D na cultura da sojaJosé Cristimiano Dos Santos Neto 23 ............................................................................................

Controle de plantas daninhas com aplicação de dicamba na palha e no soloVitor Alves Rodrigues 25 ...........................................................................................................

Controle de plantas daninhas e aspectos da seletividade de herbicidas aplicados com esem adjuvantes na cultura do alhoEnelise Osco Helvig 27 ..............................................................................................................

Curva de dose resposta de paraquat em buva oriunda de Muliterno-RS com suspeita deresistênciaAna Paula Hahn 29 ..................................................................................................................

Efeito de sub-doses do herbicida glyphosate em plantas daninhasYgor Mota Soca Machado 31 ......................................................................................................

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Fisioativadores e a fitotoxicidade causada por imazapique na cultura de cana-de-açúcarJeisiane De Fátima Andrade 33 ...................................................................................................

Novel Chemical Tools For Pre-emergence Weed Control in Flooded Rice FieldsDavi Rosa Moreira De Freitas 35 .................................................................................................

Manejo antecipado de azevém e buva na cultura da sojaFelipe Bagnara 37 ....................................................................................................................

Extração total de Dicamba aplicado no solo ou na palhaTamara Thais Mundt 39 .............................................................................................................

Compatibilidade físico-química entre diferentes formulações de glifosato em mistura como herbicida Flex®Gabriela De Souza Da Silva 41 ....................................................................................................

Fitossociologia de plantas daninhas no desenvolvimento inicial do milho sob palhada deplantas de coberturaJeferson Dambros Richzik 43 ......................................................................................................

Efeito de herbicidas pré-emergentes na nodulação da sojaFernando Ramos De Souza 45 ....................................................................................................

Efeito do déficit hídrico na eficiência de herbicidas no controle de corda-de-violaRaphael Mereb Negrisoli 47 .......................................................................................................

Environmental risk for aquatic and terrestrial organisms associated with drift fromherbicides used in soybean cropsMariana Rodrigues Bueno 49 ......................................................................................................

Seleção de espécies bioindicadoras para o residual do herbicida atrazina no soloLucas Rego Mendonca Marinho 51 ..............................................................................................

Impacto da aplicação do glufosinato de amônio sobre a nodulação e colonizaçãomicorrízica em soja tolerante sob condições de estresse hídrico e nutricionalFrancielli Santos De Oliveira 53 ..................................................................................................

Espectro de gotas de herbicidas é alterado sob diferentes volumes de caldasFrancisco Freire De Oliveira Junior 55 ..........................................................................................

Eficácia e fitotoxicidade de herbicidas pré-emergentes na cultura do caféLaís Sousa Resende 57 ..............................................................................................................

Banco de sementes de plantas daninhas em talude de canais de irrigação em plantaçõesde cana-de-açúcar em Rio largo, AL.Ana Marcela Ferreira Barros Veras 59 .........................................................................................

Influencia da formulação de glyphosate e da adição de VaporGrip na volatilização dedicamba DGA e BAPMASamia Rayara De Sousa Ribeiro 61 ..............................................................................................

Avaliação do efeito de diferentes concentrações do herbicida 2,4-D no solo sobre aemergência e desenvolvimento inicial das cultivares de milho BRS 1040 e 2B587RRMelina Navarro Dabéss 63 .........................................................................................................

Seletividade de herbicidas pré-emergentes para espécies florestais nativas da MataAtlântica.Luana Da Cunha Gouveia Leite 65 ...............................................................................................

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Doses de haloxyfop-methyl aplicadas sobre milho com a tecnologia EnListTM (gene aad-1)e sua isolinha sem o geneAlina Gava 67 ..........................................................................................................................

Influência de configurações de voo sobre a distribuição e deposição de calda e eficiênciana aplicação de herbicidas pós-emergentes através de DRONEPaula Sinigaglia Angonese 69 .....................................................................................................

Potencial de lixiviação em colunas de solos de diferentes formulações do herbicidasulfentrazoneJoão Vitor Scarlon Martoneto 71 .................................................................................................

Resistência de caruru a glyphosate no Sul do BrasilRicardo Do Couto Polino 73 ........................................................................................................

Flumioxazin and pendimethalin as potential tools for pre-emergent, selective weedmanagement in maize intercropped with Urochloa ruziziensisLucas Girotto 75 ......................................................................................................................

Dessecação de buva em pré-plantio da cultura da soja, através de aplicações sequenciaisde herbicidasPedro Henrique De Souza Menezes Da Costa 77 .............................................................................

Desempenho agronômico e alterações metabólicas na soja com gene pat após aplicaçãode glufosinateFernanda Gomes Cadamuro Galvão 79 ........................................................................................

Herbicidas no controle da buva, com indicativo de resistência ao paraquat, com aplicaçãosequencial de glufosinate em pré-semeadura da sojaGiuzeppe Augusto Maram Caneppele 81 ......................................................................................

Stressful conditions affect seed quality in glyphosate resistant Conyza bonariensisGabriel Da Silva Amaral 83 ........................................................................................................

Efeito residual de tembotrione e atrazine na cultura da cebolaCarolina Alves Gomes 85 ...........................................................................................................

Misturas de glifosatos não agrícolas e imazapir para controle de plantas daninhas emferroviasMarcos Vinicius Abreu Dos Santos 87 ..........................................................................................

Desenvolvimento inicial da Brachiaria brizantha cv. marandu em competição com a SennaObtusifolia sob dois manejos hídricosFlavia Barreira Gonçalves 89 ......................................................................................................

Levantamento fitossociológico de plantas daninhas em couve-flor cultivar AlpinaAmanda Gaertner 91 .................................................................................................................

Determinação de índices fitossociológicos no sistema produtivo de Bactris gasipaes.Vitor Henrique Soares Felicíssimo 93 ...........................................................................................

Interferência de plantas daninhas na cultura da couve-florPoliana Horst Petranski 95 .........................................................................................................

Sorção do sulfentrazone no perfil de um Latossolo Vermelho-AmareloPaulo Sérgio Ribeiro De Souza 97 ................................................................................................

O uso de diferentes coberturas vegetais no controle da Tiririca

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Nicolle De Oliveira Soares 99 .....................................................................................................

Mutações selecionadas em leiteiro são mecanismos de resistência a inibidores daPROTOX, ALS e EPSPSRafael Romero Mendes 101 .......................................................................................................

Levantamento fitossociológico de plantas daninhas em função do manejo químico nacultura da soja em Uberlândia, Minas Gerais.Júlia Resende Oliveira Silva 103 ..................................................................................................

Eficácia da interação entre herbicidas graminicidas e triclopir no controle do azevémMilena Gonçalves Costa 105 ......................................................................................................

Eficiência de herbicidas graminicidas aplicados isolados, em mistura e sequencial nocontrole do capim pé-de-galinhaJonathan Almeida Santos Simões 107 ...........................................................................................

SISTEMA DE ROTAÇÃO/SUCESSÃO DE CULTURAS, HERBICIDAS E COBERTURAS DEINVERNO PARA O CONTROLE DE PLANTAS DANINHASBianca Antoniolli Zanrosso 109 ...................................................................................................

Interação entre haloxifop e cletodim com herbicidas latifolicidas para controle de azevémLuana Jessica Da Silva Ferreira 111 ............................................................................................

Influência do período de seca na eficácia de controle de flumioxazin em ambiente decana-de-açúcarJéssica Cursino Presoto 113 .......................................................................................................

Melatonin safens bentazon to sweetpotato (Ipomoea batatas) in vitroGiovanni Antoniaci Caputo 115 ...................................................................................................

Subdoses de glyphosate favorece a dinâmica foliar e eficiência fotossintética de plantasde caféRenato Nunes Costa 116 ...........................................................................................................

Efeito dos herbicidas mesotrione e nicosulfuron aplicados em capim-paiaguás.Maria Elena Silva Montanhani 118 ..............................................................................................

Herbicidas, pré e pós-emergentes em associações, no controle da buva aplicados em pré-semeadura da sojaRoniereson Mateus Heineck Da Silva 120 .....................................................................................

Controle de poaia-branca na pós-emergência de milho RRFernando Cesar Munaro 122 ......................................................................................................

Controle de plantas daninhas na cultura da cebola em função da ponta de pulverização eda mistura em tanque de herbicidasFabrício Flávio Amler 124 ..........................................................................................................

NÍVEL DE DANO ECONÔMICO DE PLANTAS DANINHAS NA SOJA ENLIST E3™Eduardo Roncatto 126 ..............................................................................................................

Subdoses de herbicidas pós?emergentes no consorcio de milho e braquiáriaNagilla Moraes Ribeiro 127 .......................................................................................................

Atividade enzimática de plantas de buva resistente e suscetível ao herbicida paraquatVinicius Gabriel Caneppele Pereira 129 ........................................................................................

Herbicidas no controle de buva em pré-emergência da soja

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Caroline Beatriz Wayhs Backes 131 .............................................................................................

Hormesis por glyphosate na cultura do milhoVictor Jose Salomao Cesco 133 ...................................................................................................

Interferência de adjuvantes e adubos nitrogenados na eficiência do herbicida glufosinatode amônio no controle de buva.Eduardo Souza De Amorim 135 ..................................................................................................

Intervalo entre a roçada do capim-amargoso e aplicações de graminicidasMonique Macedo Alves 137 .......................................................................................................

Desenvolvimento inicial do milho sob palhada de plantas de coberturaGabriela Carolina Bündschen 139 ..............................................................................................

Mistura de herbicidas: seletividade na cultura do milho e eficácia no controle de plantasdaninhasKarina Petri Dos Santos 141 .......................................................................................................

Efeito da Hidrazida Maleica na brotação e vigor de tubérculos de tiriricaDeivide Patrik Alves 143 ...........................................................................................................

Controle de buva, com aplicação sequencial de saflufenacil/imazethapyr e outrosherbicidas, em pré-semeadura da soja.Felipe Ortolan Dazzi 145 ...........................................................................................................

Opções de herbicidas no controle de buva, com aplicação sequencial desaflufenacil/imazethapyr, em pré-semeadura da sojaÉvelin Mariana Schroer 147 ......................................................................................................

Interferência de adjuvantes e adubos nitrogenados na eficiência do herbicida saflufenacilno controle de buvaPatrícia Pessoa Matos 149 ........................................................................................................

Glufosinate no teor nutricional e desempenho agronômico de milho com gene patVagner Maurício Da Silva Antunes 151 ........................................................................................

Controle de duas espécies de trapoeraba com o herbicida 2,4D isolado e em misturaAmanda De Moraes Azevedo Pereira 153 ......................................................................................

Avaliação da atividade de isoxaflutole após diferentes períodos sem chuva em diferentessolosNatalia Da Cunha Bevilaqua 155 .................................................................................................

Biological and economic efficiency of glyphosate-containing herbicide mixtures for pre-plant burndown of Conyza spp. and other troublesome weed speciesAndré Luís Ribeiro De Paiva 157 .................................................................................................

Herbicidas no controle do capim-amargoso em pré-emergência da sojaCorina Colombari 159 ...............................................................................................................

Herbicidas com aplicação sequencial de glufosinate, em pré-semeadura da soja, nocontrole da buvaGabriel Giombelli Donin 161 ......................................................................................................

Sensibilidade de cultivares de soja da Embrapa a herbicidas do grupo químicosulfonilureiasNúbia Maria Correia 163 ...........................................................................................................

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Nível de dano econômico de biótipos de Digitaria insularis suscetível e resistente aoglifosato na cultura do milho safrinhaNeumarcio Vilanova Da Costa 165 ...............................................................................................

Desempenho agronômico de soja transgênica á aplicação de glyphosateAntonio Marcos Leite Da Silva 167 ..............................................................................................

Variação da ocorrência de resistência cruzada aos herbicidas inibidores da enzimaacetolactato sintase em capim-arrozLuan Cutti 168 ........................................................................................................................

Glyphosate no teor nutricional e desempenho agronômico de milho com gene cp4epspsLucas Martins Da Silva 170 .......................................................................................................

Levantamento da composição botânica em sistemas de pecuária e pecuária-florestaMariana Munaro 172 ................................................................................................................

Imazapic/imazapyr no controle de capim-amargoso em pré-semeadura da sojaGuilherme Rossano Dos Santos 174 .............................................................................................

Eficácia de sulfentrazone/diuron, e outros herbicidas, no controle de buva aplicados empré-semeadura da sojaKarine Yone Rodrigues Da Costa 176 ...........................................................................................

Mistura em tanque de glifosato com fertilizantes foliares e adjuvantes no controle deplantas daninhas na cultura da sojaAdilson Miguel Da Silva Júnior 178 ..............................................................................................

Influência do glyphosate no desempenho agronômico, comunidade bacteriana e teor denitrogênio foliar em soja transgênicaJulia Rodrigues Novais 180 ........................................................................................................

Períodos de interferência de plantas daninhas na soja tolerante ao 2,4-D.Bruna Dal'Pizol Novello 182 .......................................................................................................

Eficácia de descontaminação de tanque com a mistura dicamba + glyphosate, sob doissistemas de lavagem, e efeitos sobre plantas de soja e algodãoBruno Flaibam Giovanelli 184 ....................................................................................................

Mistura em tanque de herbicidas para a dessecação de manejo de área infestada combuva e azevém resistentes ao glyphosateLariane Fontana De Freitas 186 ..................................................................................................

Influência do regime hídrico e de herbicidas pré-emergentes aplicados sobre diferentesquantidades de palha para o controle do capim-amargosoDaniela Maria Barros 188 ..........................................................................................................

Culturas de cobertura, herbicidas pré e pós-emergentes e seus efeitos no controle deplantas daninhas e na produtividade do milhoEduardo Carlos Rüdell 190 ........................................................................................................

Potencial de lixiviação de 2,4-D e picloram em aplicação isolada, mistura formulada emistura em tanque.Carlos Henrique Jacob De Andrade 192 ........................................................................................

Variação do padrão de resistência de capim-arroz a herbicidas inibidores da ALS emfunção da variabilidade genética e modalidade de aplicação

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Guilherme Menegol Turra 194 ....................................................................................................

Fitotoxicidade da cultura da soja não-tolerante submetida à subdoses de dicamba emcondição de pré-emergênciaSaul Jorge Pinto De Carvalho 196 ................................................................................................

Seletividade de herbicidas para a cultura do grão-de-bicoGuilherme Henrique Teixeira Alves 198 .......................................................................................

Trifluralina no controle de capim-amargoso em solo argilosoDaniel Nalin 200 ......................................................................................................................

Atividade residual de quinclorac em solo úmido e saturado para controle de poáceasYuri Kiichler 202 ......................................................................................................................

Controle de corda-de-viola com misturas de glufosinato de amônio e saflufenacilPatrícia Helena Ribeiro 204 ......................................................................................................

Variabilidade espacial de plantas daninhas em área de mangicultura no Vale do SãoFranciscoBruno França Da Trindade Lessa 206 ..........................................................................................

Monitoramento da dispersão de capim-amargoso resistente ao glifosato em áreasprodutoras de soja do brasilCaroliny Pereira Santos 208 .......................................................................................................

Base-line de suscetibilidade de populações de capim-amargoso ao glifosatoCarlos Henrique De Sousa Ferreira 210 .......................................................................................

Alternativas visando superação de dormência em sementes de plantas daninhasIvana Santos Moisinho 212 ........................................................................................................

Chegada do herbicida diclosulam ao solo no momento da dessecaçãoIlca Puertas De Freitas E Silva 214 ..............................................................................................

Distribuição do 14C-glyphosate aplicado em mistura com fertilizante foliar no cafeeiropara reduzir os riscos por derivaMaura Gabriela Da Silva Brochado 216 ........................................................................................

Modalidade de aplicação de herbicidas auxínicos para o controle de caraguatá em camponativo no planalto sul catarinenseRodrigo Michels De Souza Camargo 218 ......................................................................................

Repostas nutricionais de híbridos de milho submetidos ao glyphosate e fósforoCarlos Zacarias Joaquim Júnior 220 .............................................................................................

Manejo de plantas daninhas: fitotoxicidade da água de fumaça no crescimentoRaphael Mota Garrido 222 .........................................................................................................

Absorção e translocação do glyphosate isolado e em mistura com Fertiactyl® nas plantasde café utilizando técnicas radiométricasKamila Cabral Mielke 224 .........................................................................................................

Efeito de adjuvantes em associação com fomesafen no controle de leiteiro e nafitotoxicidade à cultura do feijãoMorgana Gabriela Rezende 226 .................................................................................................

Atividade residual de quinclorac em solo úmido e saturado para controle de ciperáceas

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Luiz Carlos Bertoldi 228 ............................................................................................................

Levantamento fitossociológico de plantas daninhas em área de mangicultura no Vale doSão Francisco.Francisca Talita Da Gama Monteiro 230 ......................................................................................

Interferência de plantas daninhas na cultura da cebola cultivada em sistema desemeadura direta em função da aplicação inicial de pendimethalinDalvan Otavio Jeremias 232 .......................................................................................................

Períodos de interferência de plantas daninhas na cultura do alhoAngela Sofia Radzinski 234 ........................................................................................................

Cadastramento de plantas espontâneas na cultura do feijão-caupi no município de Cajari –MAJordanya Ferreira Pinheiro 236 ...................................................................................................

Resistência cruzada de nabiça a inibidores da ALSDiogo Luiz Fruet 237 ................................................................................................................

Sensibilidade de genótipos de arroz oriundos de rebrote a herbicidas do grupo químicodas imidazolinonasMayra Luiza Schelter 239 ..........................................................................................................

Eficácia de misturas de herbicidas para controle de buva em pós-emergência nasentrelinhas da cultura do caféBreno Ribeiro Bornelli 241 ........................................................................................................

Deriva simulada de dicamba em cafeeiro recém implantadoFabio Alessandro Muniz Pires 243 ...............................................................................................

Número e espaçamento crítico de plantas de Capim-camalote nas diferentes tecnologiasde plantio de cana-de-açúcarFabricio Simone Zera 245 ..........................................................................................................

Deposição de gotas na cultura da cebola em função da ponta de pulverização e da pressãode trabalhoDionatan Alan Amler 247 ..........................................................................................................

Efeito da disponibilidade de radiação solar e da inundação do solo sobre a seletividade deherbicidas em arroz irrigadoMateus Henrique Scariot 249 .....................................................................................................

Aplicação de metsulfuron-methyl e o milho cultivado em sucessãoBeatriz Nogatz 251 ..................................................................................................................

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BIOLOGIA E MANEJO DEPLANTAS DANINHAS

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Eficácia de herbicidas no manejo outonal de poaia-branca,trapoeraba e buva

Letícia Christianini Cavalcante

Letícia Christianini Cavalcante¹; Aderlan Ademir Bottcher¹; Alfredo JuniorPaiola Albrecht¹; Leandro Paiola Albrecht¹; Eduardo Seity Furlan

Kashivaqui¹; Marcelo Cassol¹

RESUMO

As plantas daninhas poaia-branca (Richardia brasiliensis), trapoeraba(Commelina benghalensis) e buva (Conyza sumatrensis) são importantesinfestantes em cultivos de soja e milho, com o controle dificultado por ummais destes fatores: elevada produção de propágulos, disseminação depropágulos pelo vento, resistência ou tolerância a herbicidas, tais comoglyphosate. Assim, outros herbicidas, isolados ou em associações comglyphosate, podem ser eficazes no controle das mesmas. Portanto, o objetivodeste estudo foi avaliar a eficácia de herbicidas, isolados e em associações,no controle de R. brasiliensis, C. benghalensis e C. sumatrensis no períododa entressafra. O experimento foi conduzido em Palotina, PR, outono de2017, em áreas em pousio após a colheita da soja. O delineamentoexperimental foi em blocos casualizados com 4 repetições. Os tratamentosforam compostos pela aplicação de saflufenacil/imazethapyr + glyphosate +dicamba sequencial (seq.) saflufenacil + glyphosate; saflufenacil +glyphosate + dicamba seq. saflufenacil/imazethapyr; saflufenacil +glyphosate + dicamba seq. imazethapyr; saflufenacil + glyphosate +clethodim seq. paraquat/diuron; glyphosate + dicamba seq. paraquat/diuron,além da testemunha sem aplicação, em um total de seis tratamentos,aplicados em pós-emergência das planta daninhas, que se encontravam bemdesenvolvidas, apresentando de 10 a 30 cm. Foi avaliado o controle deplantas daninhas aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias após a aplicação (DAA). Osdados foram submetidos a análise de variância e ao teste F (p ≤ 0,05). As

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médias dos tratamentos dos experimentos 1 e 2 foram comparadas pelo testede Tukey. Todos os tratamentos herbicidas foram eficazes no controle de R.brasiliensis (≥ 98,5%), C. benghalensis (≥ 96,8%) e C. sumatrensis (≥98,5%), aos 42 DAA. Isso pode ser explicado pela aplicação sequencial apósa primeira aplicação, uma vez que é verificado incremento no controle apartir da avaliação de 14 DAA (primeira avaliação após a aplicaçãosequencial). Os resultados evidenciam a importância das associações eaplicações sequenciais no controle químico de plantas daninhas, assim comodestacam a utilização de outros herbicidas além com glyphosate.

Palavras-chave: Glyphosate; Richardia Brasiliensis; CommelinaBenghalensis; Conyza Sumatrensis; Controle Químico.

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Fitossociologia de plantas daninhas e monitoramento deinsetos e inimigos naturais na cultura da couve-flor

Bruna Teixeira Baixo

Enelise Osco Helvig; João Paulo Matias; José Cristimiano dos Santos Neto;André Cosmo Dranca; Cleber Daniel de Goes Maciel

RESUMO

A couve-flor é uma espécie da família Brassicaceae de grande importânciaeconômica para agricultura familiar. Os problemas fitossanitários devido apresença de plantas daninhas, insetos-pragas e patógenos são prejudiciais àcultura. Assim, a presença de plantas daninhas pode permitir influênciasobre a biodinâmica de pragas na cultura da couve-flor, além de servirem deabrigo para inimigos naturais. Portanto, objetivou com esta pesquisa realizarum levantamento da comunidade infestante na cultura da couve-flor emGuarapuava/PR, assim como realizar a identificação e quantificação deinsetos-pragas e inimigos naturais hospedeiros. O levantamentofitossociológico das plantas daninhas foi realizado entre setembro anovembro de 2017, na área experimental de horticultura da UniversidadeEstadual do Centro-Oeste, Campus CEDETEG, Guarapuava-PR. Cincoperíodos de convivência da cultura da couve-flor cultivar Júlia com acomunidade infestante de plantas daninhas foram avaliados e representadospor 15, 30, 60, 80 e 100 dias após transplante das mudas, utilizando ométodo do quadrado inventário (0,25 m2) e rede entomológica, em oitopontos por período. As plantas daninhas foram arrancadas para osprocedimentos de contagem e identificação dos insetos. De forma geral,onze espécies de plantas daninhas foram identificadas e pertencentes a oitofamílias botânicas, com destaque para o índice de valor de importância emordem decrescente para: Urochloa plantaginea (Poaceae), Amaranthusviridis (Amaranthaceae) e Galinsoga parviflora (Asteraceae). Por outro lado,Euphorbia heterophylla e A. viridis se destacaram como plantas daninhas

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hospedeiras com maior preferência dos insetos-praga e inimigos naturais,hospedando principalmente Diabrotica speciosa Germar (vaquinha), Lagriavillosa Fabricius (besouro idiamin), Attas sp. (formiga) e Hippodamiaconvergens Guérin-Méneville (joaninha) e Neopamera bilobata (percevejodos frutos). Esses resultados indicam a necessidade de conhecimento maisaprofundado sobre as interações entre praga-planta daninha e a culturavisando o manejo mais sustentável em hortaliças como a couve-flor.

Palavras-chave: Brassica Oleracea Var Botrytis L; Densidade Populacional;Plantas Hospedeiras; Entomofauna.

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Efeito do glyphosate e fósforo no crescimento e nutrição decorda-de-viola

Ricardo Alcantara De La Cruz

Yanna Karoline Santos da Costa; Nagilla Moraes Ribeiro; Diego FurlanBarbaglia; Tales Ribeiro da Silva; Leonardo Bianco de Carvalho

RESUMO

Plantas jovens de café não toleram interferência de Ipomoea grandifolia(corda-de-viola) na linha de plantio. No entanto, os teores de fósforo (P) nosolo podem influenciar as respostas das plantas ao glyphosate, pois existeuma estreita relação entre a sorção do glyphosate e a capacidade de sorçãodo fosfato no solo. Neste trabalho, a eficácia do glyphosate (0, 1080 e 1800 ge.a. ha-1) e o teor de P em corda-de-viola, cultivadas em solos com diferenteteor de P (14 ou 180 mg Pi dm-3), foram avaliados. O experimento foiconduzido em delineamento inteiramente casualizado com sete repetições. Oherbicida foi aplicado sobre plantas com 3 a 4 folhas-verdadeiras. Avaliaçõesvisuais de porcentagem de controle, área foliar (AF), matéria seca (MS) eteor de fósforo da parte aérea foram determinados aos 28 dias após aaplicação. A corda-de-viola não foi controlada pelo glyphosate (?45%),independente do teor de P no solo. As plantas foram mais sensíveis aaplicação de 1080 g e.a. ha-1 de glyphosate quando cultivadas em solos com180 Pi dm-3 (34 %) e na presença de 1800 g ha-1 de glyphosate quandocultivadas em solos com 14 Pi dm-3 (39 %). A MS e AF diminuíram à medidaque as doses de glyphosate aumentaram. Na dose de 1800 g e.a. ha-1 a MS eAF foram de 0,1 g e 26 cm², respectivamente, por planta. O teor de P naplanta foi influenciado pelo teor de P no solo. Apesar do teor de P nasplantas foi maior quando cultivadas em solo com 180 mg Pi dm-3, as plantasacumularam mais P na parte aérea (4,5 g kg-1 planta-1) quando houveaplicação de 1080 g ha-1 de glyphosate, independente do teor de P no solo.O P influenciou na eficácia do glyphosate, a corda-de-viola foi mais

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intoxicada pelo herbicida em solos com 14 mg Pi dm-3 e aplicação de 1800 ge.a. ha-1 de glyphosate.

Palavras-chave: Ipomoea Grandifolia; Plantas Daninhas; Roundup WG®;Nutrição De Plantas.

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Persistência de saflufenacil para cultivares de soja emLatossolo Vermelho distroférrico

Antonio Pedro Brusamarello

Yan Paulo Paglia1; Amanda Onesco1; 1Faculdade Mater Dei; Pato Branco;PR; Brasil.

RESUMO

Para a obtenção de elevadas produtividades na soja é importante o corretomanejo das plantas daninhas, bem como evitar o efeito residual deherbicidas sobre a mesma. O herbicida saflufenacil muito utilizado nomanejo de dessecação de buva antes da semeadura da soja pode causarinjúria sobre a cultura, quando não respeitado o intervalo de suapersistência (10 dias). Diante disso, o presente trabalho teve como objetivoavaliar a persistência de saflufenacil para cultivares de soja em LatossoloVermelho distroférrico. O experimento foi conduzido no município de PatoBranco -PR, em ambiente protegido sem controle de temperatura e umidadedo ar, empregando 3 repetições com herbicida e 3 repetições sem herbicida(testemunha) para cada tratamento, em delineamento experimentalinteiramente casualizado. O Fator A, foi constituído pelas épocas desemeadura da soja após aplicação do herbicida saflufenacil (35 g ha-1)(Heat®), sendo a semeadura no mesmo dia da aplicação (0 DAA), aos 7 diasapós a aplicação (7 DAA) e aos 14 dias após aplicação (14 DAA). O Fator B,foi composto pelas cultivares de soja TMG 7062 IPRO, TMG 7061, NS 5909IPRO, NS 6909 IPRO, BMX Zeus IPRO, BMX Lança, BMX 5855, DM 53i54IPRO, CZ 15B70, CZ 15B64, Pioneer 95R51 e Monsoy 5838 IPRO. A unidadeexperimental foi composta por vaso com capacidade de 3 L preenchido comamostras de solo, contendo quatro sementes de soja. A aplicação doherbicida foi realizada no mesmo dia para todos os tratamentos. Foirealizada avaliação de fitotoxicidade aos 28 dias após semeadura (DAS) dasoja. Na semeadura aos 0 DAA apenas as cultivares 57HO123 IPRO, NS

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5909 IPRO e BMX Garra apresentaram fitotoxicidade inferior a 26%. Comsemeadura aos 7 DAA a fitotoxicidade se manteve baixa apenas para ascultivares Pioneer 95R51 (25%) e NS 6601 IPRO (15%). Já com semeaduraaos 14 DAA a fitotoxicidade se manteve baixa para CZ 15B64 (18%), AS 3680IPRO (8%), AS 3590 IPRO (8%) e Pioneer 95R51 (5%) e NS 6601 IPRO(10%). Para as demais cultivares a fitotoxicidade foi maior, indicando maiorpersistência deste herbicida, requerendo intervalo maior entre a aplicação esemeadura. Conclui-se que a persistência de saflufenacil para a soja édependente da cultivar e que, em geral, os níveis de fitotoxicidade sãoreduzidos conforme aumenta-se o intervalo entre a aplicação e a semeaduradas cultivares.

Palavras-chave: Fitotoxicidade; Heat®; Glycine Max.

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Crescimento e atividade fisiológica de plantas de milhosubmetidas a associação de herbicidas com ácido salicílico

André Cosmo Dranca

Enelise Osco Helvig; ; João Paulo Matias; ; André Augusto Pazinato da Silva;José Cristimiano dos Santos Neto

RESUMO

Substâncias capazes de atenuar os efeitos deletérios da ação de herbicidaem plantas cultivadas são cada vez mais pesquisadas, sendo que entre estasse destacam os reguladores vegetais, tais como o ácido salicílico (AS). Destaforma, a pesquisa teve como objetivo avaliar a interação da aplicação empós-emergência de ácido salicílico isolado (AS) ou associado aos herbicidasglyphosate+atrazine em milho (Zea mays L.). O experimento foi conduzidoem estufa plástica, localizada na Universidade Estadual do Centro-Oeste,Campus CEDETEG, Guarapuava-PR, durante a safra 2017/2018. Odelineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com deztratamentos e cinco repetições, em esquema fatorial 5x2, sendo o fator Acinco doses de AS, na formulação de salicilato de sódio (0, 125, 250, 500 e1000 g de SS ha-1), e o fator B a condição com e sem associação em misturaem tanque com glyphosate + atrazine (740+1000 g ha-1). Em todostratamentos foi acrescido óleo mineral a 0,5% v/v. A aplicação isolada de AScom até 500 g de SS ha-1 apresentou-se seletiva ao milho DKB 230 PRO3®,resultando apenas em leves sintomas de injúrias visuais e redução do teor declorofila inicial, sem interferir na taxa de transporte de elétrons (ETR), naaltura, na área foliar e formação de matéria seca da parte aérea e raízes(MSPA e MSRA). AS em mistura em taque com glyphosate+atrazine não foieficaz em atenuar os sintomas de fitointoxicação inicial e na manutenção dosníveis de clorofila nas plantas, assim como não interferiu positivamente naETR. Entretanto, AS até 500 g de SS ha-1 associado na mistura deglyphosate+atrazine funcionou como protetor fisiológico, garantindo a

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manutenção das características área foliar, MSPA e MSRA, quandocomparado com a aplicação sem o regulador vegetal. Entretanto, ainda sãonecessários novos estudos a campo, com outros híbridos, herbicidas e emcondições edafoclimáticas distintas, para o melhor entendimento daviabilidade técnica desse regulador vegetal para aplicação em pós-emergência na cultura do milho.

Palavras-chave: Zea Mays L; Regulador Vegetal; Mistura Em Tanque;Seletividade.

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Deposição da aplicação e controle de plantas daninhas comassociação de herbicidas e adjuvantes em estádios

fenológicos distintos da cultura do milho

João Vagner Derhun

Enelise Osco Helvig1; João Paulo Matias1; José Cristimiano dos SantosNeto1; Larissa Marques Wirgues1; Cleber Daniel de Goes Maciel1

RESUMO

A quantidade de herbicida interceptada e retida pelas plantas pode serinfluenciada pelo estádio de desenvolvimento e características morfologias,tais como a forma e área do limbo foliar, assim como o ângulo ou orientaçãodas folhas, em relação ao jato de pulverização. Nesse contexto, a qualidadeda aplicação de misturas em tanque também pode melhoradas com o uso deadjuvantes. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento dadeposição e eficiência de controle da mistura em tanque dos herbicidasglyphosate+atrazine+tembotrione aplicados com adjuvantes em milho eplantas daninha, em dois estádios fenológicos. O experimento foi realizado acampo, na Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, CampusCEDETEG, localizada no município de Guarapuava/PR, durante a safra demilho 2018/19. O delineamento experimental utilizado foi o de blocoscasualizados, com nove tratamentos e cinco repetições, em esquema fatorial4 x 2 + 1, sendo os fatores representados por quatro adjuvantes [Assist®(óleo mineral); Wetcit Gold® (óleo vegetal); U10® (Fertiaditivo);GoodSpray® (Desadere®+ AllerBiW® = Fertiaditivo)] associados aosherbicidas glyphosate + atrazine + tembotrione, dois estádios fenológicos dohíbrido de milho DKB230 PRO3® (V4 e V6) e uma testemunha semaplicação. As maiores deposições da calda aplicada ocorrem quando asplantas daninhas alvo Euphorbia heterophylla e Urochloa plantagineaestavam em estádios mais avançados, respectivamente, caracterizado porV7-V8 e 2 a 3 perfilhos. Entretanto, as misturas em tanque utilizadas foram

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mais eficientes no controle das referidas espécies quando assim como acultura, se encontravam no menor estádio fenonógico, respectivamente,caracterizado por V4-V6 e 1 perfilho. Para a cultura do milho a maiordeposição no estádio V4 foi significativamente superior ao estádio V6. Essesresultados sugerem que não existir uma relação direta entre a quantidade deproduto depositada e a eficácia de controle para a associação dos herbicidasestudados, independentemente do adjuvante utilizado.

Palavras-chave: Zea Mays L; Tecnologia De Aplicação; Mistura Em Tanque.

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Ação de herbicidas residuais associados ao ácido salicílicono desenvolvimento da cultura da soja em sistemas

distintos de manejo do solo

André Augusto Pazinato Da Silva

Enelise Osco Helvig1; João Paulo Matias1; Cleber Daniel de Goes Maciel1;1Universidade Estadual do Centro-Oeste; Guarapuava; PR; Brasil

RESUMO

A compactação do solo, quando em níveis elevados, é um processo de difícilreversão sob sistema de plantio direto, especialmente em solos argilosos. Oobjetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento da cultura da sojasubmetida a aplicação em pré-semeadura de herbicidas residuais associadosao regulador vegetal ácido salicílico (AS), em sistemas de plantio direto econvencional. Dois experimentos foram conduzidos nas safras 2016/17 e2017/18. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, emesquema fatorial 13x2 com cinco repetições, sendo o fator A trezeassociações de herbicidas com AS (formulação salicilato de sódio SS)aplicadas na pré-emergência da cultura, e o fator B dois sistemas de manejode solo representados pelo plantio direto e convencional. Os tratamentoscom as associações de herbicidas+AS foram: testemunha sem aplicação;glyphosate (1080 g ha-1); glyphosate + AS (1080 + 250; 1080 + 500; 1080 +1000 g ha-1); glyphosate + diclosulam (1080 + 35 g ha-1); glyphosate +diclosulam + AS (1080 + 35 + 250; 1080 + 35 + 500; 1080 + 35 + 1000 gha-1); glyphosate + sufentrazone (1080 + 600 g ha-1) e glyphosate +sufentrazone + AS (1080 + 600 + 250; 1080 + 600 + 500; 1080 + 600 +1000 g ha-1). As aplicações dos herbicidas foram realizadas em pré-semeadura da cultura no sistema plante e aplique em 25/11/2016 e29/11/2017. As aplicações foram realizadas utilizando um pulverizador costalpressurizado a CO2, equipado com seis pontas TTi 110.015, espaçadas entresi em 0,5 m e a 0,5 m de altura em relação ao solo, e constituindo taxa de

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aplicação de 150 L ha-1. Com exceção das variáveis altura de plantas efechamento completo do dossel, não foi estabelecida com exatidão ainfluência dos sistemas de semeadura direta ou convencional sobreassociações dos herbicidas residuais com ácido salicílico para componentesde desenvolvimento e produção da cultura da soja, em Latossolo BrunoDistrófico. Glyphosate, glyphosate + diclosulam e glyphosate + sufentrazoneassociados com ácido salicílico, nas doses de 500 e 1000 g ha-1 daformulação de salicilato de sódio, utilizados na pré-semeadura da soja,favoreceram as variáveis número de ramificações, vagens por planta, massade 1000 grãos e produtividade da cultura da soja Produza IPRO® apenas nasafra 2016-17.

Palavras-chave: Glycine Max; Diclosulam; Sulfentrazone; Compactação DoSolo.

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Seletividade da associação de herbicidas e ácido salicílicona pré-semeadura da soja em Latossolo Bruno compactado

Cleber Daniel De Goes Maciel

André Augusto Pazinato da Silva1; Enelise Osco Helvig1; João PauloMatias1; 1Universidade Estadual do Centro-Oeste; Guarapuava; PR; Brasil

RESUMO

Em solos compactados ocorrem alteração de sua estrutura física causandodecréscimo da densidade e disponibilidade de água e nutrientes, que podeprejudicar a seletividade das culturas aos herbicidas residuais. Nessecenário, estudos de medidas proativas como o uso de reguladores vegetalsão necessárias na tentativa de mitigar estresse abiótico. O objetivo dessetrabalho foi avaliar o comportamento da cultura da soja em dois níveis decompactação em Latossolo Bruno (910 g kg-1 de argila; 50 g kg-1 de silte; 40g kg-1 de areia e 17,4 g dm-3 de matéria orgânica), sob aplicação daassociação de glyphosate + diclosulam com ácido salicílico (AS naformulação salicilato de sódio). O solo foi coletado na região deGuarapuava/PR. Cada unidade experimental foi representada por três anéisde PVC sobrepostos (terço superior, intermediário e inferior), sendo apenaso intermediário com diferentes níveis de compactação. O delineamentoexperimental foi o inteiramente casualizado (DIC), com oito tratamentos eseis repetições, em fatorial 4x2. O fator A representou as condições deaplicações de glyphosate + diclosulam + AS (1080+35+500 g ha-1),glyphosate + diclosulam (1080+35 g ha-1), glyphosate + AS (1080+500 gha-1) e testemunha sem aplicação, assim como o fator B por dois níveis decompactação do solo, caracterizados como baixa e alta compactação (BC80%e AC95%). A condição AC95% prejudicou o desenvolvimento de raízes enodulação, assim como da parte aérea das plantas, principalmente napresença de glyphosate+diclosulam. Para atingir a condição de solocompactado, representado pela camada intermediária das unidades, foi

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utilizado o equipamento denominado "Proctor". A alta compactação doLatossolo Bruno (95%) prejudicou o desenvolvimento da parte aérea e dasraízes, número e massa seca de trifólios, número de ramificações e anodulação da soja Produza IPRO®, principalmente quando associado aaplicação de glyphosate+diclosulam. A aplicação de ácido salicílico (500 gha -1 ) , na formulação sa l i c i l a to de sód io , assoc iado comglyphosate+diclosulam na pré-semeadura da soja, não funcionou comoatenuador dos estresses causados pelo diclosulam resultantes dacompactação em Latossolo Bruno e da ação residual herbicida. Estudoscomplementares à campo ainda são necessários para o melhor entendimentoda associação do AS a herbicidas residuais em solo compactado.

Palavras-chave: Glycine Max; Diclosulam; Regulador Crescimento;Compactação Do Solo.

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Efeito da temperatura sobre a buva com rápida respostafisiológica ao herbicida 2,4-D

Jéssica Ferreira Lourenço Leal

Amanda dos Santos Souza1; André Lucas Simões Araujo1; Fernando Ramosde Souza1; Aroldo Ferreira Lopes Machado1; Camila Ferreira de Pinho1;1Universidade de Federal Rural do Rio de Janeiro; Seropédica; RJ; Brasil

RESUMO

A buva (Conyza sumatrensis) é uma das plantas daninhas mais preocupantesno cenário agrícola brasileiro, principalmente após o aparecimento debiotipos resistentes ao herbicida 2,4-D. Os biotipos resistentes apresentampontuações necróticas nas folhas que evoluem para rápida dessecação daplanta, porém a planta reestabelece seu crescimento dias após aplicaçãoatravés das gemas axilares e apical. Os sintomas necróticos podem serresultado de uma explosão oxidativa mediada pelo aumento das espéciesreativas de oxigênio. Estudos estão sendo desenvolvidos para entender essefenômeno chamado de rápida resposta fisiológica. O objetivo desse trabalhofoi avaliar a influência da temperatura, sobre a produção de peroxido dehidrogênio (H2O2) em biotipos de buva suscetível e resistente ao 2,4-D. Oexperimento foi conduzido em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x2,sendo o fator A os biotipos resistente e suscetível ao herbicida 2.4-D e o fatorB as temperaturas das câmaras de crescimento de 25 e 15°C. Ambos osbiótipos, resistente e suscetível ao 2,4-D, foram colocados em uma câmarade crescimento com temperatura constante de 25 ou 15°C por três diasantes da aplicação do herbicida 2,4-D (1005 g ea. ha-1) e mantidos nestatemperatura até o final do experimento. A produção de H2O2 foi medidapela coloração de 8-10 discos de folhas em soluções contendo 3,3′-diaminobenzidine (DAB) as 0,5; 1,5 e 3 horas após aplicação (HAA) do 2,4-D,foram utilizadas 4 plantas por tempo de coleta. Os dados foram submetidos aANOVA e quando significativo submetido a LSD (p≤0,05). Houve interação

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significativa entre os fatores avaliados. Independente da temperatura obiótipo resistente apresentou maiores concentrações de H2O2 comparado aobiotipo suscetível. No entanto, a produção de H2O2 aumentou natemperatura de 25°C comparado a 15°C até a avaliação de 1,5HAA, porémas 3HAA a produção foi igual em ambas temperaturas para o biotiporesistente. O acúmulo de H2O2 nas células antes do aparecimento dossintomas pode ser associado a sinalização ao estresse causado pelo 2,4-D,seguido de uma superprodução de H2O2 que leva o dano oxidativo eaparecimento de necrose nas folhas. Conclui-se que o aumento do H2O2 nobiotipo resistente após aplicação do herbicida 2,4-D, pode ser associado auma sinalização do estresse causado pelo herbicida e consequente rápidamorte celular das plantas; e que a temperatura parece modular a velocidadede aparecimento de sintomas.

Palavras-chave: Conyza Sumatrensis; Rápida Resposta; Necrose.

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Deposição e eficiência de controle plantas daninhas deformulações de glyphosate + fertiaditivo aplicadas com e

sem orvalho

João Paulo Matias

Lucas Freitas de Lima (Universidade Estadual do Centro-Oeste); EneliseOsco Helvig (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Cleber Daniel de Goes

Maciel (Universidade Estadual do Centro-Oeste)

RESUMO

A eficiência de herbicidas é influenciada por diversos fatores inerente àplanta e ao ambiente, como o orvalho, antes e após aplicação. O orvalhopode favorecer ou prejudicar o desempenho de herbicidas altamente solúveisem água, como o glyphosate, podendo favorecer a diluição e o escorrimentoda calda aplicada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a deposição dapulverização em alvos naturais e artificiais com associações de formulaçõesde glyphosate e fertilizante foliar, com e sem orvalho. O experimento foirealizado em laboratório e a campo em Guarapuava/PR. O delineamentoexperimental foi o inteiramente casualizado, em fatorial 3x2x2+1,constituído por seis tratamentos com formulações de glyphosate (RoundupDI®, Zapp QI® e Crucial®) associadas ou não ao fertilizante GoodSpray®[Desadere®+Aller Biw®], aplicados em duas condições (com e sem orvalho),e uma testemunha sem aplicação. A associação de formulações deglyphosate ao GoodSpray® elevou a deposição da aplicação, no entanto apresença de orvalho pode influenciar de forma distinta, com efeito positivopara alvos naturais e negativos para artificiais. Andropogon bicornis eChloris distichophylla, ao contrário de Piptochaetium montevidense, tiveramcontrole satisfatório e eficiente, respectivamente, para todos os tratamentosaos 28 dias após aplicação.

Palavras-chave: Alvo; Condições Climáticas; Tecnologia De Aplicação.

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Viabilidade da aplicação de subdoses de 2,4-D na cultura dasoja

José Cristimiano Dos Santos Neto

Matheus Silvestri Martins; Enelise Osco Helvig; João Paulo Matias; AndréAugusto Pazinato da Silva; Cleber Daniel de Goes Maciel; Universidade

Estadual do Centro-Oeste; Guarapuava; PR; Brasil

RESUMO

O herbicida 2,4-D (2,4 diclorofenoxiacético), pertence à classe dosmimetizadores das auxinas, e é bastante reconhecido os seus efeitosdeletérios de deriva em culturas sensíveis. No entanto, recentemente existerelatos de produtores que estão testando a aplicação única e sequencial desubdoses desse herbicida na pós-emergência da soja, visando melhorias nosaspectos relacionados a redução de acamamento de plantas e de aumento deprodutividade. Desta forma, o objetivo O objetivo do trabalho foi avaliar oefeito da aplicação de subdoses do herbicida 2,4-D em diferentes estádiosfenológicos da cultura da soja. O delineamento experimental utilizado foi ode blocos casualizados, com treze tratamentos arranjados em esquemafatorial 4 x 3 + 1. No primeiro fator, foi considerada quadro subdoses doherbicida 2,4-D, representadas por 8,37; 16,75; 33,50 e 67,00 g e.a. ha-1, nosegundo fator, três estádios fenológicos da cultura da soja (V5/V6, V8 e R1),e uma testemunha sem aplicação. Conclui-se que a soja soja Produza IPRO®é menos sensível as subdoses de 2,4-D no estádio fenológico V5/V6, noentanto a dose de 67 g e.a. ha-1 foi a que causou maior injúria nas plantas,assim como os maiores riscos de possível redução da produtividade nosestádios V8 e R1. A aplicação de subdoses de 2,4-D causou redução do portedas plantas de soja, independente do estádio fenológico, mas não sendoconstatado acamamento das plantas em nenhum dos tratamentos. O estádiofenológico mais seguro para aplicação de 2,4-D na cultura da soja foiidentificado como sendo de V5/V6, apesar de não ter resultado em

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incremento de produtividade.

Palavras-chave: Zea Mays L; Regulador Vegetal; Fitointoxicação;Seletividade.

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Controle de plantas daninhas com aplicação de dicamba napalha e no solo

Vitor Alves Rodrigues

Tamara Thaís Mundt - Pós-graduanda em Agronomia do Programa deAgricultura FCA/Unesp - Botucatu; Ivana Santos Moisinho - Pós-graduandaem Agronomia do Programa de Proteção de Plantas FCA/Unesp - Botucatu;Laís Maria Bonadio Precipito - Pós-graduanda em Agronomia do Programa

de Agricultura FCA/Unesp - Botucatu; Edivaldo Domingues Velini - Docenteda Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - FCA/Botucatu;

Caio Antonio Carbonari - Docente da Universidade Estadual Paulista "Juliode Mesquita Filho" - FCA/Botucatu

RESUMO

O dicamba é um herbicida utilizado na dessecação pré-semeadura para ocontrole em pós-emergência de plantas daninhas de folha larga. Com oadvento da tecnologia Intacta2 Xtend® é possível fazer aplicações tambémem pós-emergência na cultura da soja. Portanto, avaliou-se a aplicação pré-emergente do dicamba na palha e no solo para o controle de plantasdaninhas. O ensaio foi realizado em bandejas de 7,5L, com 5L de solo emcasa de vegetação no laboratório Nupam-FCA/Unesp-Botucatu. As espéciesEuphorbia heterophylla, Bidens pilosa e Ipomea nil foram semeadas antes daaplicação. Os tratamentos foram aplicados sobre o solo, sobre o solo eposterior colocação da palha (solo+palha) e sobre a palha de milho nasdoses de 0, 120, 240, 480 e 720 g e. a., inteiramente casualizado com 4repetições. A aplicação foi realizada em simulador, equipado com barra de 4bicos de jato plano da série Teejet tipo TTI 110.015. As avaliações decontrole foram aos 14, 21 e 28 dias após a aplicação. Aos 28DAA as espéciesforam contabilizadas e coletadas para aferição da massa seca. Os resultadosforam analisados através de intervalos de confiança ao nível de 5% deprobabilidade. Aos 14DAA, os tratamentos aplicados diretamente sobre o

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solo não proporcionaram emergência das espécies. Enquanto, ostratamentos com palha foram observados 6 e 7,5% de controle de plantasdaninhas nas doses 120 e 240 g e. a. respectivamente, e 30 e 47% nas doses480 e 720 g e. a. Aos 21DAA, o controle nas doses de 480 e 720 g e. a.aplicadas no solo foram de 100%. No manejo solo+palha o controle nasrespectivas doses foi 11 e 15% superior aos aplicados sobre a palha. Aos28DAA, as doses 120 e 240 g e. a. não controlaram as espécies nos manejosaplicados no solo e sobre a palha. A dose 720 g e. a. apresentou controlesatisfatório, de 75% ou mais, para as três modalidades de aplicação,enquanto a dose de 480 g e. a. o controle foi superior nos tratamentos compalha. Quanto ao número de plantas, as doses de 480 e 720 g e. a. foramsimilares independente da modalidade de aplicação, com menos plantas comrelação as doses de 120 e 240 g e.a que foram semelhantes a dose 0,apresentando menos plantas nos tratamentos que continham palha. A massaseca foi inferior nas maiores doses, no entanto com relação aos manejos deaplicação apresentaram comportamento similar. Desta forma, o dicambademonstrou eficiência no controle, reduzindo o número e a massa seca dasplantas daninhas.

Palavras-chave: Mimetizadores De Auxina; Euphorbia Heterophylla; BidensPilosa; Ipomea Nil.

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Controle de plantas daninhas e aspectos da seletividade deherbicidas aplicados com e sem adjuvantes na cultura do

alho

Enelise Osco Helvig

João Paulo Matias (Universidade Estadual do Centro-Oeste; José Cristimianodos Santos Neto (Universidade Estadual do Centro-Oeste; Juliano Tadeu

Vilela de Resende (Universidade Estadual de Londrina; Cristiano KopanskiCamargo (UniGuairacá Centro Universitário; Cleber Daniel de Goes Maciel

(Universidade Estadual do Centro-Oeste

RESUMO

Na cultura do alho pesquisas relacionadas à aplicação e recomendação deherbicidas para controle de plantas daninhas, assim como de tecnologiasenvolvendo a melhoria da qualidade da aplicação ainda são escassas.Portanto, este trabalho foi realizado com objetivo de avaliar a eficiência decontrole de plantas daninhas e aspectos da seletividade de herbicidas comou sem óleo mineral ou vegetal na cultura do alho (Allium sativum L.). Oexperimento foi conduzido a campo em Guarapuava/PR, utilizando a cultivarRoxo Pérola de Caçador e densidade populacionais de 600 plantas ha-1. Odelineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com 26tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram constituídos poraplicações em pós-emergência única e em sequencial dos herbicidasoxadiazon (1000 g ha-1), pendimethalin (1500 g ha-1), S-metolchlor (960 gha-1), ioxynil octanoato (167,5 g ha-1), flumioxazin (50 ha-1), oxyfluorfen(120 g ha-1), diuron (500 g ha-1) e bentazon (720 g ha-1) isolados ouassociados a óleo mineral e vegetal, assim como por testemunhas com e seminfestação. A aplicação única ou sequencial de flumioxazin controlou deforma satisfatória e com ação mais prolongada as plantas daninhas Ambrosiaelatior e Raphanus raphanistrum, não necessitando da associação aosadjuvantes apenas na aplicação sequencial. Entre os herbicidas apenas o uso

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de oxyfluorfen com ou sem adjuvantes resultou nos maiores níveis defitointoxicação, seguido de menores índices de clorofila e altura das plantasde alho.

Palavras-chave: Allium Sativum L; Tecnologia De Aplicação; Mistura EmTanque.

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Curva de dose resposta de paraquat em buva oriunda deMuliterno-RS com suspeita de resistência

Ana Paula Hahn

Alisson Mathias Hahn; Felipe Bagnara; Júlia Loss Ribas; Leonardo Frosi;Anderson Luis Nunes

RESUMO

A buva (Conyza spp.) é a principal planta daninha da cultura da soja,contribuindo para a perda de produtividade e qualidade devido à competiçãoexercida por recursos sendo os principais, água, luz, nutrientes e demaisfatores ambientais. Atualmente, se tem registro de buva com resistência aoherbicida glyphosate e casos de resistência múltipla a cinco mecanismos deação em âmbito de Brasil. Nesse sentido, é indispensável a identificação debiótipos resistentes afim de estabelecer controle alternativo ao daresistência estabelecida. Pode-se observar que o surgimento de biótiposresistentes ocorre em sua maioria em áreas onde há o uso repetido, ouexagero na dose de aplicação de herbicidas com o mesmo mecanismo deação. Diante disso, o objetivo desse projeto é identificar se um biótipo debuva apresenta resistência ao paraquat e estabelecer uma curva doseresposta. A implantação do projeto ocorreu em estufa climatizada, através dodelineamento experimental completamente casualizado, com quatrorepetições. As avaliações realizadas foram de fitotoxicidade dos biótipos aos28 DAA e massa seca coletada aos 50 DAA. O biótipo com suspeita deresistência quando analisado constatou-se a resistência mediante análiseestatística o FR50 encontrado foi de 16,55, sendo superior a 1 é consideradoresistente. A dose comercial recomendada de paraquat para controle é de400 g de i. a. ha-1, no entanto o C50 encontrado foi de 2789,03 g de i. a. ha-1, comprovando a necessidade de superdosagem para o controle de metadeda população. É de extrema necessidade a verificação da herdabilidade detal resistência para então a planta se caracterizar como um caso de

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resistência ao herbicida. Na propriedade onde houve a coleta do biótipodevem ser adotadas medidas que impeçam a disseminação, a adoção demanejos integrados visando diminuir a proliferação do biótipo e controlesatisfatório da planta daninha.

Palavras-chave: Controle; Planta Daninha; Superdosagem; Identificação.

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Efeito de sub-doses do herbicida glyphosate em plantasdaninhas

Ygor Mota Soca Machado

Camila de Oliveira Langer¹; Ricardo do Couto Polino¹; Carlos EduardoSchaedler¹; ¹Instituto Federal Sul-rio-grandense; campus Bagé-RS; Brasil

RESUMO

Plantas daninhas são responsáveis por causar prejuízo, principalmenteeconômico, nas atividades humanas. Na agricultura, o método de controlemais utilizado é o químico pelo uso de herbicidas. A pulverização deherbicidas pode apresentar limitações que interferem no controle deespécies daninhas, como dose reduzida ou deriva do produto em plantas nãoalvo. Quando plantas recebem sub-doses de uma substância quenormalmente causaria seu controle, pode haver estímulo no seucrescimento, denominado hormese. Neste sentido, o objetivo do trabalho foiavaliar o efeito de sub-doses do herbicida glyphosate em plantas de capim-arroz, capim-annoni e guanxuma. Este trabalho foi conduzido em casa devegetação, pertencente ao Instituto Federal Sul-rio-grandense campus Bagé-RS, em delineamento completamente casualizado, com nove tratamentosherbicida e cinco repetições. Foram preparadas doses crescentes doherbicida glyphosate (0, 1/128, 1/64, 1/32, 1/16, 1/8, 1/4, 1/2 e 1X), sendo1080 g de i. a. ha-1 a dose recomendada. As variáveis avaliadas foramestatura de planta aos 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação (DAA) dostratamentos herbicida. Aos 28 DAA, também foram avaliadas matéria secada parte área e controle visual. Com o aumento das doses, em geral, aestatura e a matéria seca da parte aérea das plantas foram menores, e ocontrole foi maior. Para capim-annoni, o controle foi perceptível e eficientejá na dose de 1/2X. Ademais, na dose 1/128X, a estatura de planta foisignificativamente maior, quando comparado com o tratamento testemunhae demais tratamentos herbicidas. Para esta mesma dose, guanxuma

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apresentou valores maiores de estatura e matéria seca da parte aéreacomparativamente aos demais tratamentos. Capim-arroz apresentou valoressignificativamente maiores nas doses 1/128, 1/64 e 1/32X em relação atestemunha e os demais tratamentos. Dessa forma, sub-doses do herbicidaglyphosate em espécies daninhas podem causar estímulo em variáveis comoestatura e matéria seca de parte aérea. Trabalhos adicionais com maiornúmero de espécies serão conduzidos para verificar efeito de hormesecausado por outros herbicidas.

Palavras-chave: Dose-resposta; Hormese; Herbicida; Deriva.

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Fisioativadores e a fitotoxicidade causada por imazapiquena cultura de cana-de-açúcar

Jeisiane De Fátima Andrade

Jéssica Cursino Presoto - ESALQ/USP; Acácio Gonçalves Netto - ESALQ/USP;Pedro Jacob Christoffoleti - ESALQ/USP; Marcelo Nicolai - Agrocon

Assessoria Agronômica; Paulo Roberto de Camargo e Castro - ESALQ/USP

RESUMO

O herbicida imazapique é utilizado na cultura de cana-de-açúcar em períodosde seca, porém, pode provocar injúrias em aplicações seguidas de chuvasinesperadas ou aplicações tardias. A atenuação dessas injúrias ainda édesconhecida, embora, existam no mercado produtos que atuam nometabolismo vegetal, aumentando o vigor contra os estresses abióticos emfunção dos seus componentes, denominados fisioativadores. Nesse sentido,objetivou-se com esse trabalho avaliar se os fisioativadores Crop+®,Foltron® e Seven® podem atenuar a fitotoxicidade causada pelo herbicidaimazapique na dose de 133 g ha-1, quando aplicado em pré ou pós-emergência inicial da cana-de-açúcar (CV0618). Foram realizados doisexperimentos semelhantes, um em pré e outro em pós-emergência inicial dacultura, com delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e oitotratamentos: 1. Testemunha absoluta; 2. Imazapique (133 g ha-1); 3 e 4.Imazapique (133 g ha-1) + Crop+® (1 e 2 L ha-1); 5 e 6. Imazapique (133 gha-1) + Foltron® (2 e 4 L ha-1); 7 e 8. Imazapique (133 g ha-1) + Seven® (4e 8 L ha-1), sendo primeiramente aplicado o herbicida e posteriormente osfisioativadores, em suas respectivas doses. Avaliou-se o percentual deinjúrias, índice de clorofilas, altura, perfil enzimático da α-esterase e aprodutividade da cultura. Inicialmente, observou-se injúrias em todos ostratamentos com herbicida, no entanto, aos 120 dias após a aplicação (DAA),a cultura já estava recuperada, independente do momento de aplicação, outratamento. O índice de clorofilas (SPAD) foi afetado inicialmente, com

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posterior recuperação a partir dos 14 DAA, para todos os tratamentos emomentos de aplicação. Apenas na condição de pós-emergência inicial, avariável altura foi afetada pelo imazapique isolado até os 21 DAA, composterior recuperação. Na análise do perfil enzimático, em pré-emergência,o fisioativador Crop+® (1 L ha-1), se destacou para recuperação dafitotoxicidade. Já em pós-emergência o destaque foi para o fisioativadorCrop+® (2 L ha-1). Aos 120 DAA, em pré-emergência a altura média dasplantas foi de 128,01 cm, enquanto em pós-emergência inicial foi de 147,49cm. A produtividade não foi influenciada por nenhum dos tratamentos emnenhuma época de aplicação. Com isso, a variedade CV0618 foi tolerante aoherbicida imazapique, na dose de 133 g ha-1, na condição de aplicação empré ou pós-emergência inicial e a fitotoxicidade visual não pode ser atenuadapela aplicação dos fisioativadores.

Palavras-chave: Herbicida; Fisiologia; Estresse Abiótico; α-esterase.

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Novel Chemical Tools For Pre-emergence Weed Control inFlooded Rice Fields

Davi Rosa Moreira De Freitas

Roberto Costa Avila Neto [Federal University of Santa Maria (UFSM); SantaMaria; RS; Brazil]; Rafael Munhoz Pedroso [University of Sao Paulo; “Luiz de

Queiroz” College of Agriculture (ESALQ/USP); Piracicaba; SP; Brazil]

RESUMO

Efficient weed management in flooded rice (Oryza sativa L.) fields is key toallow for high yields to be attained. However, the growing infestation ofherbicide-resistant weeds such as those in the watergrass genus(Echinochloa spp.) and joint-vetch (Aeschynomene denticulata Rudd LC)threaten rice production sustainability in Southern Brazil. Adding herbicideswith different modes of action to a weed management program can be seenas an alternative to delay herbicide-resistance evolution while also allowingfor proper control of herbicide-resistant weed populations. To this end, afield trial was conducted in Formigueiro, RS/Brazil (Latitude: 30°00'32'' S;Longitude: 53°29'54'' W) employing flooded rice cultivar Puitá Inta-CL. Fivetreatments containing residual herbicides as well as an untreated (weedy)check were used, and the experiment designed as randomized completeblocks with four replications. Spraying was performed after sowing using aCO2-pressurized backpack sprayer equipped with a spray boom containingfive 110.02 nozzle tips calibrated to deliver 150 l ha-1. Joint-vetch andwatergrass control levels as well as crop phytotoxicity were assessed at 14and 21 days after spraying, and yields determined upon harvest. Low riceyields (490.4 kg ha-1) were observed in the absence of control, reflectingsevere weed infestation levels at the site. All treatments containingherbicides allowed for at least satisfactory (>80%) weed control – includingan application of Only (imazethapyr + imazapic) alone, suggesting absenceof ALS-resistant populations in the area. A tank-mix of Callisto (mesotrione)

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+ Only (0.4+0.75 l ha-1) incurred in the highest level of crop phytotoxicity,followed by Flumyzin 500 (flumioxazin) + Only (0.1 kg ha-1+0.75 l ha-1) andHerbadox 400 (pendimethalin) + Only (4+0.75 l ha-1). Despite these results,yields recorded at these treatments did not differ significantly from othertreatments containing herbicides, such as the application of Only alone andtank-mixtures of Heat (saflufenacil) + Only (0.14 kg ha-1+0.75 l ha-1) orGamit (clomazone) + Only (1+0.75 l ha-1), indicating crop plants hadrecovered from early phytotoxicity symptoms. Therefore, there is potentialfor including new herbicide modes of action in flooded rice weedmanagement programs, especially the PROTOX inhibitors saflufenacil andflumioxazin as pre-emergent tools, as these were shown to effectivelymanage watergrass and joint-vetch.

Palavras-chave: Oryza Sativa L; Productivity; Echinochloa; Saflufenacil;Flumioxazin.

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Manejo antecipado de azevém e buva na cultura da soja

Felipe Bagnara

Leonardo Frosi; Alisson Matias Hahn; Ana Paula Hahn; Júlia Loss Ribas;Anderson Luis Nunes

RESUMO

Dentre as várias plantas daninhas que apresentaram difícil controle nosúltimos anos, a buva (Conyza spp.) e o azevém (Lollium multiflorum) sedestacam gerando cada vez mais prejuízos ao setor produtivo. Com oaumento constante de casos de resistência a herbicidas, as alternativas decontrole, principalmente em pós-emergência, ficam cada vez mais escassas.O melhor momento para se realizar o controle dessas plantas é antes dasemeadura, onde as opções de herbicidas são mais amplas, já que não há apresença da cultura, e geralmente as plantas daninhas se encontram emtamanho menor, o que facilita o manejo. O objetivo do trabalho foi avaliar ocontrole de azevém e buva no início do desenvolvimento da soja utilizandodiferentes associações de herbicidas. Foi realizado um ensaio a campo, com10 tratamentos: 1) Testemunha; 2) glyphosate + cletodim /glufosinato; 3)glyphosate + cletodim + triclopir / glufosinato; 4) cletodim + triclopir /glufosinato; 5) cletodim + triclopir + sulfentrazona / glufosinato; 6)glyphosate + flumioxazina / glufosinato; 7) glyphosate + cletodim +saflufenacil/ glufosinato; 8) cletodim + triclopir / glufosinato +sulfentrazona; 9) glyphosate + cletodim + triclopir / paraquate; 10)glyphosate + cletodim + sulfentrazona, este último aplicado no momento dasemeadura. Foram feitas avaliações a 7, 14, 21, 28, 35, 40, 50 e 56 dias apósa aplicação dos tratamentos (DAA). Para o azevém aos 7 DAA os tratamentoscontendo glyphosate + cletodim se sobressaíram aos demais e aos 14 DAAtodos os tratamentos mostraram controle satisfatório. Para o controle dabuva a associação de glyposate + cletodim + saflufenacil se monstroueficiente e significativa perante as demais já no início das avaliações. Aos 28

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DAA ambos tratamentos, exceto a mistura glyphosate + cletodim +sulfentrazona sem herbicida sequencial, tiveram um controle satisfatório, ediferiram apenas em relação a testemunha. O efeito residual avaliado a 50 e56 DAA demonstrou que os tratamentos com flumioxazina e sulfentrazonativeram uma diferença comparado aos demais tratamentos sem herbicidasresiduais. A associação de herbicidas é uma ferramenta eficaz no controle deazevém e buva em dessecação antecipada, observando uma possívelaplicação sequencial de herbicida a fim de evitar o rebrote. Vale ressaltar aimportância da utilização de herbicidas residuais a fim de diminuir aincidência de plantas daninhas no início do desenvolvimento da soja.

Palavras-chave: Associação; Herbicidas; Residual; Sequencial.

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Extração total de Dicamba aplicado no solo ou na palha

Tamara Thais Mundt

Ivana Santos Moisinho - Pós-graduanda em Agronomia no programa deProteção de Plantas FCA/Unesp - Botucatu; Laís Maria Bonadio Precipito -

Pós-graduanda em Agronomia no programa de Agricultura FCA/Unesp -Botucatu; Valesca Pinheiro de Miranda - Pós-graduanda em Agronomia no

programa de Agricultura FCA/Unesp - Botucatu; Edivaldo Domingues Velini -Docente da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" -

FCA/Botucatu; Caio Antonio Carbonari - Docente da Universidade EstadualPaulista "Julio de Mesquita Filho" - FCA/Botucatu

RESUMO

Uma porção de qualquer produto químico utilizado na agricultura,independente da modalidade de aplicação, tem o solo como seu destino final.Tratando-se de herbicidas, diversos fatores influenciam na dinâmica noambiente e disponibilidade para o controle de plantas daninhas. Destaforma, o objetivo deste estudo foi avaliar a extração total do dicambaaplicado na palha e no solo. O ensaio foi realizado em campo na FazendaLageado da FCA/Unesp - Botucatu em novembro/2019. O herbicida dicambana dose de 480 g e. a. foi aplicado sobre o solo, sobre o solo e depoiscolocação da palha e sobre a palha de milho, em blocos casualizados, com 4repetições. A aplicação foi realizada com pulverizador costal pressurizado aCO2, equipado com uma barra de 6 bicos de jato plano da série Teejet TTI110.015. Foram realizadas coletas de solo 24 horas após a aplicação nacamada de 0-10cm de profundidade, aos 6, 11 e 30 dias após a aplicação(DAA) nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-40cm. A extração e análise doherbicida do solo foi realizado por cromatografia e espectrometria de massas(LC-MS/MS) no laboratório NUPAM-FCA/Unesp. Os resultados foramanalisados através de intervalos de confiança ao nível de 5% deprobabilidade. A extração total do tratamento aplicado diretamente no solo

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24 horas após a aplicação foi de aproximadamente 607ng/g solo, enquantono solo + palha foi 238ng/g solo e na palha foi de 99ng/g solo. Aos 6DAA, aconcentração foi superior entre 0-10cm quando aplicado no solo esolo+palha em relação à aplicação sobre a palha. Menores concentraçõesforam encontradas na aplicação sobre a palha entre 10-20 e 20-40cm, quepodem estar relacionadas com degradação microbiana devido a presença depalha e maior atividade da microbiota do solo. As baixas concentrações emcamadas mais profundas, mesmo no tratamento aplicado sobre o solo podeser decorrente da alta solubilidade em água do herbicida aliado asprecipitações acima de 85mm ocorridas durante o ensaio. Aos 11DAA, asconcentrações no solo ainda foram maiores comparando aos manejos compalha, nas profundidades analisadas. Aos 30DAA, as concentrações forambaixas ou nulas, entretanto, maiores concentrações foram encontradas emaplicações sobre a palha, que pode estar relacionado com sorção doherbicida na palha e dessorção depois da chuva. Sendo assim, sãonecessários estudos deste herbicida quanto a sorção no solo e na palha,lixiviação e degradação microbiana para maior entendimento da dinâmica nosolo e na palha.

Palavras-chave: Mimetizadores De Auxina; Dinâmica; Herbicidas; PlantasDaninhas.

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Compatibilidade físico-química entre diferentesformulações de glifosato em mistura com o herbicida Flex®

Gabriela De Souza Da Silva

Francisco Freire de Oliveira Junior; Fernando Ramos de Souza; Rúbia deMoura Carneiro; Ana Claudia Langaro; Camila Ferreira de Pinho;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Seropédica; RJ; Brasil

RESUMO

Uma importante prática de manejo de plantas daninhas são as misturas dediferentes herbicidas em calda, aumentando assim, o espectro de controlenas áreas. Entretanto, pouco se conhece sobre as interações que podemocorrer devido aos diferentes tipos de formulações dos produtos. O objetivodo trabalho foi avaliar as interações físico-químicas entre diferentesformulações do herbicida glifosato em mistura com o herbicida Flex®. Asanalises foram conduzidas utilizando como base a norma brasileira ABNTNBR 13875 (Agrotóxicos e Afins – Avaliação de CompatibilidadeFísico–Química). Foram avaliados os seguintes tratamentos: Flex® (250 ge.a ha-1 + adjuvante não iônico 0,2%), Zapp®QI 620 (1.400 g e.a ha-1),Crucial® (2.160 g e.a ha-1), Glizmax®Prime (1.920 g e.a ha-1),Roundup®Original (1.424 g e.a ha-1), Roundup®WG (2.160 g e.a ha-1) eSoldier® (2.160 g e.a ha-1), isolados e as misturas de Flex® com cada umadas formulações de glifosato. As análises foram realizadas sem e comagitação, ensaio estático e dinâmico, respectivamente. A agitação foirealizada com auxílio de uma mesa orbital. As avaliações do ensaio estáticoforam realizadas nas caldas após 0, 2, 6 e 24 horas sem agitação, e a cadaredispersão entre as avaliações. No ensaio dinâmico as avaliações ocorreramas 0 e 2 horas após o preparo e agitação. A avaliação ocorreu de formavisual, e consistiu em observar a presença ou ausência dos fatores a seguir:homogeneidade, floculação, sedimentação, separação de fases, separaçãoóleo, formação de cristais, creme e espuma. A cada avaliação, com auxílio de

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uma peneira de 100 mesh foi verificada a formação de grumos. Ao final ascaldas foram classificadas em três classes: compatível, compatível sobagitação e heterogêneo. Na avaliação do ensaio dinâmico, somente a misturade Flex® com Roundup®Original se apresentou compatível após 2 horas sobagitação, nas demais misturas ocorreu a formação de sedimentos. Para oensaio estático, já na avaliação de 2 horas, as misturas de Flex® com osherbicidas Zapp®QI 620, Crucial®, Glizmax®Prime, Roundup®Original,Roundup®WG e Soldier®, apresentaram incompatibilidade físico-química,ocorrendo sedimentação, que se agravou nas avaliações de 6 e 24 horas,sendo classificadas como heterogêneas. Assim, as misturas do herbicidaFlex® com todas as formulações de glifosato testadas, tiveram problemas deincompatibilidade em calda, podendo afetar na eficácia de controle e/oucausar problemas relacionados a tecnologia de aplicação.

Palavras-chave: INTERAÇÃO; MISTURA EM TANQUE; HERBICIDAS; ABNTNBR 13875.

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Fitossociologia de plantas daninhas no desenvolvimentoinicial do milho sob palhada de plantas de cobertura

Jeferson Dambros Richzik

Gabriela Carolina Bundschen¹; Eduardo Michel Guimarães¹; Bruna CarolinaDecarli ¹; Cíntia Maria Teixeira Fialho¹

RESUMO

Para se ter uma definição estratégica para o controle de plantas daninhas épreciso ter um conhecimento da composição florística e estruturafitossociológica presente na área. Acredita-se que a utilização de coberturasvegetais podem suprimir a emergência das plantas daninhas, diminuindo aincidência das mesmas na época de cultivo, em sistemas agrícolas. Com isso,busca-se alternativas que possam diminuir a utilização de herbicida paracontrole de plantas daninhas, reduzindo assim, o custo de produçãoconsequentemente. O objetivo dessa pesquisa foi realizar o levantamentofitossociológico de plantas daninhas em desenvolvimento inicial do milhoapós cultivo de plantas de cobertura, na região Oeste do Paraná. Ostratamentos foram constituídos pelo desenvolvimento inicial do milho após ocultivo de crotalária (Crotalaria ochroleuca), Trigo mourisco (Fagopyrumesculentum), Mucuna preta (Mucuna pruriens), Braquiária (Brachiariabrizantha) e Sorgo Forrageiro (Sorghum bicolor). Além das plantas decobertura plantou-se a Soja (Glycine max) e testemunha. As amostragensforam realizadas com um quadrado de 0,25 m2 aos 60 dias após o plantio domilho, lançado ao acaso. As plantas daninhas foram quantificadas eidentificadas para o cálculo dos seguintes parâmetros fitossociológicos:densidade absoluta, densidade relativa, abundância absoluta, abundânciarelativa, frequência absoluta, frequência relativa, índice de valor deimportância e índice de valor de cobertura. A composição da comunidade deplantas daninhas apresentou 9 espécies, e as que apresentaram maiorimportância (IVI) e cobertura (IVC), considerando toda a área experimental,

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foram: Bidens pilosa, Digitaria insularis, Tridax procumbens, Commelinabengalensis, distribuídas em três famílias: Asteraceae, Poaceae,Commelinaceae. As plantas de cobertura promoveram modificações naspopulações de plantas daninhas emergidas e na capacidade de supressão dealgumas espécies, principalmente nos tratamentos com palhada decrotalaria e braquiária. As espécies de Bidens pilosa e Commelinabengalensis foram registradas em todos os tratamentos, e com índices maisexpressivos nos tratamentos com cultivo anterior de soja, sorgo, trigomourisco e testemunha. Para o tratamento controle, D. insularis teve maioríndice de valor de importância e índice de valor de cobertura.

Palavras-chave: Parâmetros Fitossociológicos; Zea Mays; Supressão.

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Efeito de herbicidas pré-emergentes na nodulação da soja

Fernando Ramos De Souza

Luana Da cunha Gouveia Leite; Gabriela de Souza de Silva; Francisco Freirede Oliveira Junior; Camila Ferreira de Pinho; Aroldo Lopes Ferreira

Machado; Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

RESUMO

A soja possui a capacidade de estabelecer relações simbióticas combactérias do gênero Bradyrhizobium, do solo, que são capazes de suprirtotalmente a demanda de Nitrogenio das plantas. Os efeitos diretos eindiretos da aplicação de herbicidas sobre a microbiota do solo ainda sãopouco conhecidos. Objetiva-se com o presente trabalho avaliar o efeito deherbicidas pré-emergentes aplicados em diferentes tempos antes dasemeadura sobre a nodulação da soja. O ensaio foi conduzido em casa devegetação, em vasos com capacidade de três litros, preenchidos complanossolo. Cinco sementes da cultivar de soja NS 5959 IPRO apósinoculação com estirpes de Bradyrhizobium japonicun SEMIA 5079 e B.elkanii SEMIA 5019 foram semeadas e após a germinação foramselecionadas três plantas por vaso. Os tratamentos foram dispostos emesquema fatorial (5x5+1) com quatro repetições. O fator A foi compostopelos herbicidas Sulfetrazona (245 g ia ha-1) + Diuron (490 g ia ha-1);Triclopir (1360 g ia ha-1); Diclosulan (35,08 g ia ha-1); Imazetapir (120 g eaha-1); + Flumioxazina (60 g ia ha-1) e Imazapique (52,5 g ia ha-1) +Imazapir (17,5 g ia ha-1) e o fator B cinco tempos de aplicação antes dasemeadura da soja (10, 7, 5, 3 dias e imediatamente antes da semeadura).Aos 40 dias após a emergência avaliou-se o número e massa seca de nódulose massa seca das plantas de soja. os dados foram submetidos a análise devariância e as médias comparadas pelo teste de tukey a 5% deprobabilidade. Houve interação entre a época de aplicação dos herbicidassobre a nodulação e massa das plantas de soja. O Imazapique + Imazapir

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proporcionou menor acúmulo de massa seca de plantas e nódulos. ASulfetrazona + Diuron, não proporcionou redução na massa das plantas enúmero de nódulos. O Diclosulan e Imazetapir + Flumioxazina nãoocasionaram redução da massa de plantas, porém houve efeito na nodulação.O Triclopir inibiu a germinação da soja quando aplicado aos três e cinco DASe estimulou a nodulação aos 0 DAS. Conclui-se que os herbicidas pré-emergentes testados, aplicados em diferentes épocas antes da semeadura dasoja podem reduzir o número de nódulos em plantas de soja.

Palavras-chave: Bradyrhizobium; Fixação Biológica Do Nitrogênio;Herbicidas Pré-emergentes; Simbiose; Grupo De Pesquisa Em PlantasDaninhas E Pesticidas No Ambiente (PDPA - UFRRJ).

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Efeito do déficit hídrico na eficiência de herbicidas nocontrole de corda-de-viola

Raphael Mereb Negrisoli

Leandro Bianchi; Victor José Salomão Cesco; Samara Moreira Perissato;Caio Antonio Carbonari; Edivaldo Domingues Velini

RESUMO

A catação química dirigida é importante no controle de plantas daninhas dedifícil controle ou de ocorrência tardia na cultura da cana-de-açúcar. Alémdisso, condições climáticas adversas como o déficit hídrico podem afetar aeficiência dos herbicidas. Portanto, o objetivo do trabalho foi determinar aeficiência de herbicidas sob diferentes níveis de déficit hídrico no controlede corda-de-viola (Merremia aegyptia). O ensaio foi conduzido em casa-de-vegetação em delineamento de blocos ao acaso com cinco repetições, sendocinco tratamentos (glyphosate, glufosinate, atrazina, indaziflam etestemunha sem aplicação) sob quatro níveis de déficit hídrico (0, 3, 6 e 9dias sem irrigação antes da aplicação). Cada herbicida foi avaliadoseparadamente junto com a testemunha. Foi avaliado a fitotoxicidez (%) aos7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA) e massa seca aos 28 DAA. Todosos herbicidas apresentaram menor fitotoxicidez em função do maior tempode déficit hídrico, com exceção do indaziflam. Houve redução expressiva naeficácia de controle do glyphosate em M. aegyptia sem déficit hídrico (0dias) em comparação a 9 dias de déficit hídrico. Até 14 DAA os tratamentoscom glufosinate e atrazina apresentaram menor fitotoxicidade nas plantassob estresse hídrico (6 e 9 dias), entretanto não houve influência aos 28DAA. Nas avaliações de massa seca, apenas glyphosate e glufosinateapresentaram diferenças entre os déficits hídricos, destacando o glyphosatecom diferença de até 80% entre os déficits. Os herbicidas indaziflam eatrazina apresentaram controle satisfatório da planta daninha e não foraminfluenciados pelos períodos de déficit hídrico. Recomenda-se, portanto,

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aplicação de glyphosate e glufosinate preferencialmente em períodos debaixo déficit hídrico para maior eficiência no controle de corda-de-viola.

Palavras-chave: Cana-de-açúcar; Estresse Hídrico; Catação Química.

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Environmental risk for aquatic and terrestrial organismsassociated with drift from herbicides used in soybean crops

Mariana Rodrigues Bueno

João Paulo Arantes Rodrigues da Cunha2; Guilherme Sousa Alves3; RafaelMarcão Tavares4; Thales Cassemiro Alves5; Mateus Aparecido Vitorino

Gonçalves de Oliveira6; 2Professor at Universidade Federal de Uberlândia;Uberlândia; MG; Brazil 3Research Associate at University of Nebraska-Lincoln; North Platte; USA 4PhD Student in Agronomy at UniversidadeFederal de Uberlândia; Uberlândia; MG; Brazil. 5Doctor in Agronomy;

Itumbiara; MG; Brazil. 6Agronomist Engineer at JC&F/Bayer; Unaí; MG;Brazil. Contact: [email protected].

RESUMO

The assessment of environmental contamination risk caused by spray drift isused in several countries, mainly the European community, as a requirementof pesticide registration process. This practice is not yet totality effective inBrazil, however, due to the large number of pesticides in use, it is importantto identify the real contamination risk during pesticide spraying. Theobjectives of this study were to determine the risk of environmentalcontamination for aquatic and terrestrial organisms due to exposure toparticle drift from ground applications of herbicides and to establish bufferzones for the application of these products. The risk indices (RI) were basedon drift prediction models obtained from applications using three nozzletypes on soybean in Brazil [XR (fine droplets), TT (medium droplets), andAIXR (coarse droplets)]. The RI for aquatic organisms (daphnia, algae, andfish) and terrestrial organisms (bees and earthworms) were calculatedaccording to the modelling procedures proposed by the POCER (PesticideOccupation and Environmental Risk) and HAIR (Harmonized EnvironmentalIndicators for Pesticide Risk) methodologies. The acceptable index should beless than 1 (RI < 1). If this index is greater than or equal to 1, there is a

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potential environmental risk. The herbicides were selected based on a surveycarried out with technical consultants and growers in the Triângulo Mineiroregion regarding the most used products in soybean crop: 2,4-D amine,bentazone, fluazifop-p-butyl + fomesafen, flumioxazin, glyphosate,haloxyfop-R methyl, paraquat, s-metolachlor, and trifluralin. The RI wascalculated considering the dose of one application for each herbicide. The s-metolachlor caused a risk (RI = 1.05) to aquatic organisms only if sprayedusing fine droplets (XR nozzle), requiring a minimum of 3-m buffer zone fromthe sprayed area. The highest risks were obtained using trifluralin [RI =18.41 (fine droplets), RI = 14.50 (medium droplets), and RI=5.67 (coarsedroplets)], requiring buffer zones further than 12 m, 10.5 m, and 8.5 m fromthe sprayed area, respectively. All active ingredients showed zero or lowcontamination risk for bees and earthworms at a distance of 2.5 m or furtherfrom the target area, even using fine or medium droplet spectrum. Thisstudy may be a useful tool for the selection of active ingredients of relativelylow environmental impact for the chemical control of weeds in soybean crop.

Palavras-chave: Drift Curves; Glycine Max; Herbicide ApplicationTechnology; Risk Assessment.

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Seleção de espécies bioindicadoras para o residual doherbicida atrazina no solo

Lucas Rego Mendonca Marinho

Francisco Freire de Oliveira Junior; Rita de Cássia Silva; Gabriella FranciscoPereira Borges de Oliveira; Camila Ferreira de Pinho

RESUMO

A atrazina é um dos principais herbicidas recomendados para a cultura domilho, com tempo de meia vida de 60 dias e elevado potencial de carryoverpara as culturas semeadas em sucessão. O objetivo do trabalho foi selecionarespécies potencialmente indicadoras da presença do herbicida atrazina nosolo. O ensaio foi conduzido em bandejas de polietileno de 7,5 L, comdelineamento inteiramente casualizado e quatro repetições. Foramsemeadas seis espécies em linha, sendo elas: beterraba (Beta vulgaris),capim-braquiária (Brachiaria decumbens), melancia (Citrullus lanatus),pepino (Cucumis sativus), tomate (Solanum lycopersicum L.) e sorgo(Sorghum bicolor). A atrazina foi aplicada em três diferentes doses (600;1200; 2400 g i.a. ha-1), além da testemunha sem herbicida. Foram avaliadasvisualmente quanto a fitotoxicidade aos 14 e 28 dias após aplicação (DAA) ea massa seca de parte aérea (MSPA) aos 28 DAA. Os dados foramsubmetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<5%).A beterraba foi extremamente sensível à atrazina, não havendo germinaçãoindependente da dose. As maiores médias de fitotoxicidade foramobservadas para o pepino e o tomate aos 14 e 28 DAA, não havendodiferença estatística entre as doses. Houve redução em 100% da MSPA depepino e tomate a partir da dose de 1200 g i.a. ha-1 quando comparadas àtestemunha. Para melancia, as médias de fitotoxicidade foram abaixo de 60%para todas as doses aos 14 DAA. Para o capim-braquiária, não houvediferença estatística entre as doses aplicadas e fitotoxicidade aos 14 DAAassim como na MSPA. Para o sorgo, apenas a maior dose aplicada diferiu em

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relação às demais para as avaliações de fitotoxicidade aos 14 e 28 DAA. Ocapim-braquiária e o sorgo apresentaram baixa sensibilidade ao herbicida.Entre as espécies avaliadas, o tomate e o pepino apresentaram maiorpotencial para uso como bioindicadoras da atrazina no solo.

Palavras-chave: Carryover; Inibidor De Fotossistema II; Contaminação DoSolo.

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Impacto da aplicação do glufosinato de amônio sobre anodulação e colonização micorrízica em soja tolerante sob

condições de estresse hídrico e nutricional

Francielli Santos De Oliveira

Pedro Jacob Christoffoleti - ESALQ/USP; Marcelo Rafael Malardo -ESALQ/USP; Larissa Bacega Sampaio - ESALQ/USP

RESUMO

Estudos apontam que fatores como a disponibilidade hídrica, a fertilidade dosolo e a aplicação de herbicidas podem impactar significativamente asassociações microbiológicas simbióticas estabelecidas com a soja. Assim, emum cenário em que o cultivo da soja com características de tolerância aherbicidas está cada vez mais difundido, torna-se necessário verificar osefeitos causados pelos déficits hídricos e nutricionais sobre a soja tolerantesubmetida a aplicação do herbicida glufosinato de amônio em relação asassociações microbianas de nodulação e colonização micorrízica arbuscular.Para tal, conduziu-se o experimento em casa de vegetação sob odelineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2x2, e comquatro repetições, sendo os fatores correspondentes a condição hídrica(déficit ou suprimento hídrico), condição nutricional (déficit ou suprimentonutricional) e ao tratamento herbicida (com ou sem aplicação do herbicidaglufosinato de amônio 500 g i.a. ha-1). A aplicação foi realizada quando asplantas atingiram o estádio de desenvolvimento V3, já a coleta das amostrasocorreu quando as mesmas atingiram o florescimento pleno. A nodulação foiavaliada através da pesagem dos nódulos após secagem em estufa a 60°Cdurante 72 horas, aliada a determinação do teor de nitrogênio foliar,enquanto a colonização micorrízica arbuscular foi quantificada a partir dométodo da intersecção em placa reticulada após a coloração dos fragmentosde raízes, e por fim, determinou-se o teor de fósforo foliar. Os dados foramsubmetidos a análise de variância e, quando significativos, as médias foram

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comparadas entre si pelo teste de Tukey com 5% de probabilidade. Osresultados apontaram que nas condições de déficit hídrico e nutricionalhouve um impacto negativo em todas as variáveis, reduzindo a colonizaçãomicorrízica em 35,0% e a massa seca de nódulos em 59,5%. Já a aplicação doherbicida reduziu a nodulação em 27,6% na condição de suprimento hídricoe em 23,9% a porcentagem de colonização micorrízica em condição desuprimento nutricional. Mas, embora as associações microbianas tenhamsido afetadas, os teores de nitrogênio e fósforo foliares não sofreramalteração significativa. Deste modo, as associações microbianas sofreram umimpacto pela aplicação dos herbicidas, porém, os estresses abióticos semostraram mais prejudiciais em relação a absorção e acúmulo dosnutrientes nitrogênio e fósforo pelas plantas de soja.

Palavras-chave: Impacto Microbiológico; Estresses Abióticos; Glufosinato DeAmônio.

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Espectro de gotas de herbicidas é alterado sob diferentesvolumes de caldas

Francisco Freire De Oliveira Junior

Gabriela de Souza da Silva; Rúbia de Moura Carneiro; Jonathan AlmeidaSantos Simões; Camila Ferreira de Pinho; Aroldo Ferreira Lopes Machado;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

RESUMO

Ao realizar pulverização de herbicidas isolados ou em misturas em tanque,gera-se gotas de tamanhos variados, com diferentes potenciais de perda oque influencia na qualidade da aplicação. Objetivou-se nesse trabalho avaliarparâmetros operacionais de tecnologia de aplicação da pulverização deherbicidas isolado e em mistura em tanque, aplicados em diferentes volumesde calda. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, comquatro repetições, e os tratamentos arranjados em esquema fatorial 3x6,sendo três volumes de caldas (50, 100 e 150 L ha-1) e cinco combinações deherbicidas aplicados de forma isolada e em mistura (glifosato; 2,4-D;saflufenacil; glifosato+2,4-D; glifosato+2,4-D+saflufenacil) mais atestemunha sem aplicação de herbicida. A dose recomendada foi de 480 ge.a ha-1, 670 g e.a ha-1 e 700 g ha-1, para os herbicidas glifosato, 2,4-D esaflufenacil, respectivamente isolados ou em misturas. As unidadesexperimentais foram compostas por papel hidrossensível colocado emcondições de campo em uma área em pousio, sem efeito guarda-chuva deplantas. A aplicação se deu através de um pulverizador costal pressurizadopor CO2, munidos de uma barra equipada com quatro pontas XR 110 015,espaçadas a 50 centímetros, operando na pressão de 275 kPa. Após aaplicação os papéis foram analisados em um microscópio leitor de papéishidrossensíveis e mensurados o diâmetro mediano volumétrico (DMV),amplitude relativa (Spam) e o potencial risco de deriva (PRD). Os dadosobtidos foram submetidos a análise de variância e quando significativo, as

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médias comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. Houvediferença no Spam em relação aos volumes de calda, com exceção para o2,4-D aplicado isolado. O volume de 150 L ha-1 proporcionou os maioresvalores de DMV, não diferindo entre os herbicidas. O DMV das gotasproduzidas para os herbicidas saflufenacil e a mistura entre glifosato+2,4-Dnão diferiram entre os volumes de caldas. O volume de calda de 150 L ha-1proporcionou espectro de gotas com menor risco de perda por deriva quandocomprado aos demais volumes, enquanto o volume de 50 L ha-1proporcionou espectro de gotas com maior risco de deriva.

Palavras-chave: Tecnologia De Aplicação; Mistura Em Tanque; PapelHidrossensível.

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Eficácia e fitotoxicidade de herbicidas pré-emergentes nacultura do café

Laís Sousa Resende

Acácio Gonçalves Netto - ESALQ/USP; Marcelo Rafael Malardo -ESALQ/USP; Marcelo Nicolai - AGROCON; Matheus Rossi Rodrigues - FMC

Agrícola; Marcela Borges Tomás Marçal - FMC Agrícola

RESUMO

O cafeeiro é sensível a competição exercida pelas plantas daninhas,principalmente na fase jovem, refletindo negativamente no seudesenvolvimento inicial. Desta maneira, a utilização de herbicidas de formacorreta e segura torna-se extremamente importante para manejar as plantasdaninhas e permitir que a cultura se desenvolva. Assim, objetivou-se avaliara eficácia e a fitotoxicidade de herbicidas pré-emergentes no manejo deplantas daninhas na cultura de café aplicado em pré-emergência. Oexperimento foi conduzido em campo, em delineamento de blocoscasualizados, com quatro repetições e oito tratamentos, totalizando 32parcelas experimentais, constituídas de três ruas de café com espaçamentode 3,0 m entrelinhas (6,0 m de largura) e 10 m de comprimento, perfazendoárea total de 60,0 m2, sendo úteis para as avaliações, os 20,0 m² centrais decada entrelinha (40,0 m²). Os tratamentos foram: testemunha sem capina;testemunha capinada; sulfentrazone + diuron 1,4 L ha-1, sulfentrazone +diuron 1,7 L ha-1, sulfentrazone + diuron 2,0 L ha-1, sulfentrazone + diuron+ indaziflam 1,4 + 0,15 L ha-1, indaziflam 0,15 L ha-1 e oxyfluorfen +chlorimuron 3,0 L ha-1 + 0,08 kg ha-1. Os tratamentos foram aplicados empré-emergência das plantas daninhas e em jato dirigido na entrelinha dacultura. A cultura alvo do experimento foi a cultura de café, sendo o cafezalutilizado no experimento implantado no método convencional, comespaçamento entrelinhas de 3,0 m e entre plantas de 1,2 m, com idade deoito anos, de variedade Catuaí 144. Foram realizadas avaliações de controle

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das plantas daninhas existentes na área (capim-pé-de-galinha, capim-amargoso, erva-de-santa-luzia e buva), de comprimento de ramos, dedistância de internódios e de fitotoxicidade da cultura do café aos 30, 60, 90e 120 dias após aplicação dos tratamentos (DAT). Concluiu-se que, para asplantas daninhas capim-pé- de-galinha, erva-de-santa-luzia e buva, osmelhores tratamentos herbicidas foram com sulfentrazone + diuron +indaziflam 1,4 + 0,15 L ha-1, e indaziflam 0,15 L ha-1, enquanto que paracapim-amargoso, os melhores foram sulfentrazone + diuron 2,0 L ha-1,sulfentrazone + diuron + indaziflam 1,4 + 0,15 L ha-1 e indaziflam 0,15 Lha-1. Com relação as avaliações de comprimento de ramos, distância deinternódios e fitotoxicidade, apesar de diferenças estatísticas nas avaliaçõesiniciais, evidenciou-se seletividade dos herbicidas as plantas de café.

Palavras-chave: Coffea Arabica; Controle Químico; Seletividade.

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Banco de sementes de plantas daninhas em talude decanais de irrigação em plantações de cana-de-açúcar em

Rio largo, AL.

Ana Marcela Ferreira Barros Veras

Vilma Marques Ferreira - CECA/UFAL; Renan Cantalice de Souza -CECA/UFAL; Jônatas Rodrigo Ribeiro da Silva - CECA/UFAL; Karolyne

Priscila Oliveira dos Santos - CECA/UFAL; Ana Paula do Nascimento Prata -CECA/UFAL

RESUMO

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.), é uma cultura com atributos produtivospara a produção do açúcar e do álcool no Brasil. Nos sistemas agrícolas, obanco de sementes do solo está intimamente relacionado com os estudos deplantas daninhas - são as reservas de sementes viáveis presentes em umsolo. No controle preventivo de plantas daninhas, a manuntenção do canalde vinhaça ou canal de irrigação livre, é tática adotada, para evitar a entradae/ou disseminação de sementes ou propágulos vegetativos na área deplantio. As Espécies que invadem as margens de rios, podem apresentarporo diastólico (semente + apêndices de dispersão) diverso, ou melhor, usamum número maior de mecanismos de dispersão. Esse estudo tem comoobjetivo o levantamento de espécies de plantas daninhas no banco desementes do solo do talude do canal de irrigação e os mecanismos dedispersão utilizados pela comunidade vegetal. O experimento foi conduzidona Usina Santa Clotilde, município de Rio Largo – AL e em casa de vegetaçãono CECA/UFAL*. O banco de sementes foi estimado pelo método deemergência de plântulas. Foram realizadas as coletas no talude do canal deirrigação: água de lavagem; vinhaça; mistura I (água de lavagem + vinhaça)no início do canal e mistura II (água de lavagem + vinhaça) no fim do canal.Foi demarcada uma área (20 x 20 cm), removido manualmente raízes,pedras e fragmentos de plantas, em seguida o solo foi escavado na

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profundidade de 0-10 cm e coletado. Na casa de vegetação, o solo foidistribuído com altura de 5-6 cm em bandejas de isopor, dispostasaleatoriamente e umedecidas diariamente. As plântulas emergidas foramidentificadas, contadas e retiradas das bandejas, a cada 15 dias e, 4exemplares de cada espécime foram transplantados para vasos adicionaisonde permaneceram até o florecimento, para produção de exsicatas econfirmação/identificação dos espécimes por pesquisadores do HerbárioMAC/IMA-AL*. Até o momento temos a identificação e deposição noHerbário, da espécie Cyperus meyenianus Kunth. (Reg. 61941, s.n, Det. A.P.Prata). É considerada uma espécie ruderal, conhecida como tiririca de trêsquinas. Esse estudo sugere até o momento que a ocorrência dessa espéciepode estar relacionada a dispersão generalista, ao invés de particularmenteadaptadas para ambientes hidrocóricos, como também ser um indicador deuma condição de solo, de topografia, de clima e de histórico de práticasagrícolas.

Palavras-chave: Cyperus Meyenianus Kunth; Cyperaceae; Banco DeSementes; Vinhaça.

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Influencia da formulação de glyphosate e da adição deVaporGrip na volatilização de dicamba DGA e BAPMA

Samia Rayara De Sousa Ribeiro

Alexandre Filus; Luana Lugarini; Murillo Mercer de Melo Filho; Dionisio LuizPisa Gazziero; Arthur Arrobas Martins Barroso

RESUMO

Em resposta à resistência biológica de plantas daninhas à herbicidas, foicriada uma nova geração de culturas tolerantes à herbicidas, entre elas, sojae algodão com tolerância a dicamba. No entanto, a adoção deste sistemapode expor culturas sensíveis à deriva e volatilidade do herbicida. A inserçãoda tecnologia VaporGrip® pode diminuir a volatilidade de dicamba.Entretanto, a mistura em tanque com outros produtos pode contribuirnegativamente na volatilidade do herbicida. Com o objetivo de avaliar ainfluência da mistura de glyphosate na volatilização de dicamba e seusefeitos na soja não-tolerante, um experimento foi conduzido à campo, emdelineamento de blocos ao acaso e 4 repetições, com 4 formulações deglyphosate (sal amônio, sal dimetilamina, sal potássico e sal diamônio), salDGA de dicamba, com e sem adição de VaporGrip®, e sal BAPMA dedicamba, mais o controle. As aplicações foram realizadas em caixas depoliestireno preenchidas com solo úmido, que receberam a pulverização dostratamentos longe da área cultivada e posteriormente foram colocadasdentro de estufas de volatilização, construídas de material transparente earcos de fibra de carbono, em tamanho de 1x2m, posicionadas ao centro daparcela, cobrindo duas linhas de cultivo. Após 48h, estufas e bandejas foramremovidas da área experimental. A fitotoxidade da cultura foi avaliada aos11, 19, 26 e 40 dias após a aplicação (DAA) e o rendimento de grãos obtido.Todos os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukeya 5% de probabilidade para comparação de médias. Em todas as datas deavaliação, não houve efeito significativo da adição de VaporGrip® na

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redução ou amento da fitotoxidade do sal DGA de dicamba bem como naprodutividade da soja. Quanto às misturas com glyphosate, a fitotoxidadeobservada foi maior quando a formulação sal de amônio de glyphosate foimisturada ao dicamba DGA, seguido das formulações de glyphosatedimetilamina, sal diamônio e dicamba sozinho. A mistura de diferentesformulações de glyphosate com dicamba BAPMA não influenciou nafitotoxidade da cultura em nenhuma das avaliações. As plantas começaram aemitir trifólios sem sintomas de fitotoxidade de dicamba aos 40DAA. Ainteração entre as misturas de diferentes formulações de glyphosate e odicamba DGA e BAPMA não foi significativa para o rendimento de grãos, oque sugere uma recuperação da cultura entre a exposição ao produto e acolheita de grãos.

Palavras-chave: Sal Diglicolamina; Sal Amônio; Movimento Fora Do Alvo;Fitotoxidade; Culturas Sensíveis.

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Avaliação do efeito de diferentes concentrações doherbicida 2,4-D no solo sobre a emergência e

desenvolvimento inicial das cultivares de milho BRS 1040 e2B587RR

Melina Navarro Dabéss

Décio Karam; Alexandre Ferreira da Silva; Vitor Abreu Padrão

RESUMO

O herbicida 2,4-D classificado dentro do grupo dos mimetizadores de auxina,é utilizado extensivamente nas culturas do milho, trigo, cana-de- açúcar etambém, em mistura com glyphosate em aplicações para dessecação. Esteherbicida apresenta persistência considerada de curta à média e um períodoresidual que pode variar em até quatro semanas em solos argilosos. O milhoé uma das culturas mais importantes para a economia brasileira, apresentagrande adaptabilidade á diversas regiões, o que permite seu plantio cada vezmais frequente em sucessão as culturas do algodão e soja. Desta maneira, opresente trabalho, realizado em condições de casa de vegetação, objetivouavaliar os efeitos de diferentes concentrações do herbicida 2,4-D no solocultivado com as cultivares de milho BRS 1040 e 2B587RR. O trabalho foiconduzido em delineamento de blocos casualizados, com 4 repetições emesquema fatorial 8x2x3, sendo: 0; 2,4; 4,8; 9,6; 19,2; 38,4; 76,8; 153,6 ppmas doses do herbicida, BRS 1040 e 2B587RR as cultivares de milho e 0,14 e28 os dias de semeadura das cultivares em relação à incorporação doherbicida no solo; respectivamente. Análises visuais de fitotoxicidade foramrealizadas aos 7, 14 e 21 dias após a emergência (DAE), utilizando-se escalade 0 a 100%, de modo que 0 (zero) equivale a nenhum dano visível na plantae 100% à morte da planta. Os dados obtidos foram submetidos à análise devariância pelo teste F a 5% de probabilidade, quando significativos, osmesmos foram ajustados à regressão linear. Efeito significativo foi observadopara a interação entre dose, cultivar e época de semeadura. As plantas de

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milho, semeadas no dia da incorporação, apresentaram porcentagens maisaltas de fitotoxicidade nos solos que continham maior concentração de 2,4-Dnas avaliações aos 7, 14 e 21 DAE. Os sintomas de fitotoxicidade nas plantasdiminuíam com o distanciamento dos dias da incorporação do herbicida nosolo (DAI). Quando o plantio foi realizado no mesmo dia da incorporação, afitotoxicidade se manteve alta em todas as avaliações para ambas ascultivares; porém a cultivar BRS 1040 apresentou maior sensibilidade. Ascultivares semeadas 14 DAI não apresentaram nenhum sintoma defitotoxicidade na avaliação aos 21 DAE. Aos 28 DAI não foi observadonenhum sintoma de fitotoxicidade. Dessa forma, conclui-se que o plantio dascultivares de milho BRS 1040 e 2B587RR pode ser realizado após 14 dias daaplicação do herbicida 2,4-D na dose equivalente de 1005 g e. a. ha-1.

Palavras-chave: Zea Mays; Período Residual; Mimetizadores De Auxina.

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Seletividade de herbicidas pré-emergentes para espéciesflorestais nativas da Mata Atlântica.

Luana Da Cunha Gouveia Leite

Fernando Ramos de Souza; Jonathan Almeida Santos Simões; Amanda deMoraes Azevedo Pereira; Paulo Sergio dos Santos Leles; Aroldo Ferreira

Machado

RESUMO

Uma alternativa de manejo de plantas daninhas na instalação depovoamentos para restauração florestal é o uso de herbicidas pré-emergentes. Objetivou-se nesse trabalho avaliar a seletividade de herbicidaspara as espécies Handroanthus chrysotrichus (Ipê roxo bola), Crotonurucurana (Sangra D’agua) e Cedrela fissilis (Cedro rosa) nativas da MataAtlântica. O experimento foi realizado em vasos com capacidade de 25L,preenchidos com planossolo haplico em condições de campo. Os tratamentosconsistiram nos herbicidas indaziflam (75 g ha-1), flumioxazin (125 g ha-1),oxyfluorfen (960 g ha -1), sulfentrazone (600 g ha-1) e isoxaflutole (150g ha-1) e uma testemunha sem herbicidas, no delineamento de blocoscasualizados, com cinco repetições. Aos 30 dias após o transplantio dasmudas, realizou-se a aplicação dos herbicidas com pulverizador costalpressurizado com CO2 equipado com uma barra com quatro pontas depulverização TTI 11002, operando na pressão de 40 PSI aplicando umvolume de calda de 150L ha-1. Aos 7, 14, 21, 28, 40, 60 e 90 dias apósaplicação dos herbicidas (DAA), foi avaliado a intoxicação atribuindo notasque variaram de 0 a 100% – sendo 0% corresponde a ausência de sintomas e100%, a morte das plantas. Imediatamente antes da aplicação e aos 90 DAA,foram mesuradas a altura e diâmetro do coleto para cálculo do incremento.Após isso, as plantas foram cortadas rente ao solo, levadas para estufa decirculação forçada de ar a 70 ºC por 72 h e mensurada a massa seca daparte aérea. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e

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as médias comparadas pelo teste de Tukey (p£0,05). O Flumioxazin e aSulfentrazona proporcionaram fitointoxicações de 51 e 56%,respectivamente, para o ipê roxo bola até os 14 DAA. Para o cedro rosa oFlumioxazin ocasionou uma intoxicação de 59% até os 28 DAA, já parasangra d’água a maior fitointoxicação foi de 58% observada em plantas quereceberam o indaziflan. Aos 90 DAA não foi mais observado sintomas visuaisde intoxicação nas plantas avaliadas. O isoxaflutole e proporcionou reduçãono diâmetro de coleto e o sulfentroze, menor altura das plantas de cedrorosa. Os herbicidas não influenciaram na massa seca das plantas. Conclui-seque que os herbicidas apresentaram seletividade às espécies avaliadas.

Palavras-chave: Restauração Florestal; Matocompetição; Tolerância AHerbicidas.

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Doses de haloxyfop-methyl aplicadas sobre milho com atecnologia EnListTM (gene aad-1) e sua isolinha sem o

gene

Alina Gava

Bruno Flaibam Giovanelli (UNESP Botucatu SP Brasil); Vinícius GabrielCaneppele Pereira (UNESP Botucatu SP Brasil); Natalia da Cunha Bevilaqua

(UNESP Botucatu SP Brasil); Caio Antonio Carbonari (UNESP Botucatu SPBrasil); Edivaldo Domingues Velini (UNESP Botucatu SP Brasil)

RESUMO

O milho EnListTM apresenta resistência ao herbicida haloxyfop-methyl. Oobjetivo deste trabalho foi avaliar o nível de resistência do milho com atecnologia EnListTM e de sua isolinha, a diferentes doses de haloxyfop-methyl. O experimento foi realizado em casa de vegetação e composto porseis tratamentos e cinco repetições, organizados em delineamentointeiramente casualizado. Foram aplicadas as seguintes doses do herbicida:0; 63; 126; 252; 504 e 1008 g i.a. ha-1. O produto utilizado foi o Verdict®Mays (540 g i.a. L-1). A aplicação ocorreu no estádio vegetativo V4, ou seja,com quatro folhas completamente expandidas, a um volume de calda de 200L ha-1. As avaliações realizadas foram taxa de transporte de elétrons nofotossistema II (ETR), obtida através de fluorômetro portátil (OS5p – OptiSciences), altura de plantas e notas de injúria visual aos 7, 14, 21 e 28 diasapós aplicação (DAA) dos herbicidas. Aos 28 DAA foi feita a coleta dasplantas para determinação da massa seca. As médias foram comparadas peloteste de Tukey a 5% de probabilidade e calculada o seu intervalo deconfiança. Quanto à ETR, não houve alteração significativa em relação àtestemunha para o material com o gene aad-1, em todas as doses. Comrelação à isolinha, houve diminuição de 80% desta variável já aos 7 DAA. Aaltura das plantas com a tecnologia EnListTM não apresentou alteraçõessignificativas. No material sensível houve redução de 40% em comparação à

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testemunha. Foram observadas injúrias apenas na isolinha, acompanhadasde redução maior que 90% em sua massa seca para todas as doses testadas.Portanto, o haloxyfop-methyl apresentou elevada seletividade ao milho com ogene aad-1, demonstrando que a tecnologia EnListTM é segura quanto aouso sob doses recomendadas de haloxyfop-methyl em milho contendo o geneaad-1.

Palavras-chave: SELETIVIDADE; RESISTÊNCIA; HERBICIDA.

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Influência de configurações de voo sobre a distribuição edeposição de calda e eficiência na aplicação de herbicidas

pós-emergentes através de DRONE

Paula Sinigaglia Angonese

Walker da Silva Schaidhauer; Luan Cutti; Estéfani Sulzbach; CatarineMarkus; Aldo Merotto Junior; Universidade Federal do Rio Grande do Sul

RESUMO

O emprego de DRONE em pulverizações de produtos fitossanitários temcrescido exponencialmente nos últimos anos. Essa modalidade de aplicaçãotem como diferencial o efeito downwash que atua sobre a deposição degotas. O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência das configurações devoo sobre a deposição e uniformidade de distribuição de calda e eficiência deherbicidas pós-emergentes aplicados através de DRONE. Os experimentospara avaliação da deposição e distribuição foram realizados com a cultura dasoja como dossel de interceptação. Os tratamentos foram as alturas de voode 3, 4 e 5 m, volumes de calda de 10 e 15 L ha-1, velocidade de voo de 3 e 4m s-1 e tamanho de gotas de 165, 285 e 550 μm. A altura de voo e osvolumes de 10 e 15 L ha-1 não apresentaram diferença na deposição degotas e uniformidade da distribuição. Aplicações com altura de voo de 4 e 5m e volume de 15 L ha-1 tiveram distribuição com menor coeficiente devariação (CV) que a de 3 m. Entre os estratos do dossel da soja a deposiçãofoi maior na parte superior em relação à inferior. O aumento da velocidadede 3 para 4 m s-1, quando associado a gotas com diâmetro medianovolumétrico (DMV) de 165 μm, diminuiu a deposição na camada acima dodossel, mas aumentou a uniformidade da distribuição. A aplicação comvelocidade de 4 m s-1 e gota com DMV de 550 μm diminuiu a deposição noestrato inferior do dossel. De modo geral, a uniformidade da distribuiçãoapresentou altos valores de CV em todas a variáveis estudadas, o quecorrobora com outros estudos de distribuição e deposição de pulverizações

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com DRONEs. A aplicação com DRONE demostrou elevada variabilidade nadistribuição de calda. No entanto, a adequação de altura e velocidade de vooe parâmetros de distribuição de gota permitem o aumento da qualidade daaplicação.

Palavras-chave: Efeito Downwash; Pulverização; Soja; VANT.

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Potencial de lixiviação em colunas de solos de diferentesformulações do herbicida sulfentrazone

João Vitor Scarlon Martoneto

Rubem Sivério de Oliveira Júnior - Universidade Estadual de Maringá;Fellipe Goulart Machado - Universidade Estadual de Maringá; Willian Daróz

Matte - Universidade Estadual de Maringá; Luiz Augusto Inojosa Ferreira -Universidade Estadual de Maringá

RESUMO

O uso de diferentes formulações de herbicidas pré-emergentes associado adiferentes tipos de solos, pode favorecer a acumulação de resíduos no soloocasionando toxidez às culturas. Para avaliar o potencial de lixiviação deduas formulações comerciais de herbicidas à base de sulfentrazone em solosde texturas distintas, foram realizados dois experimentos em delineamentointeiramente ao acaso, com quatro repetições. O primeiro experimento tevecomo objetivo avaliar diferentes lâminas de água aplicadas por irrigação e asua influência no movimento descendente dos produtos (Boral 500 SC ePonteiro BR a 300 g i.a. ha-1) no solo. Para isso, foram utilizadas colunas dePVC preenchidas com solo de textura média, e posterior aplicação dosherbicidas, seguido da simulação de precipitação de 0, 20, 40 e 60 mm. Osolo foi fracionado em diferentes camadas (0-5; 5-10; 10-15; 15-20; 20-24;25-30 cm de profundidade) e transferido para vasos, onde se utilizou o sorgocomo espécie bioindicadora. O segundo experimento objetivou avaliar ocomportamento das formulações herbicidas (Boral 500 SC e Ponteiro BR) emsolos de textura argilosa e arenosa. Utilizando da mesma metodologiaadotada no primeiro experimento, foi realizada a simulação de precipitaçãode 60 mm, a qual apresentou maior potencial de movimento descendente dosherbicidas no solo no primeiro experimento. Foram avaliadas a porcentagemde fitointoxicação, altura e massa seca das plantas bioindicadoras até 28dias após a aplicação. No primeiro experimento, quanto maior foi a

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precipitação simulada, mais os herbicidas apresentaram movimentaçãodescendente no perfil da coluna de solo. Na maior precipitação simulada (60mm) os herbicidas inibiram consideravelmente a emergência e tamanho dasplantas de sorgo em até 20 cm de profundidade. No segundo experimento,os herbicidas Boral 500 SC e Ponteiro BR, em solo arenoso, apresentaramredução na biomassa de sorgo em todas as camadas do solo, indicando amovimentação descendente em toda a coluna. Para o solo argiloso, oherbicida Ponteiro BR, proporcionou maior inibição da biomassa até os 15cm de profundidade em relação ao Boral 500 SC. Contudo, nas demaisprofundidades os dois apresentaram comportamento semelhante. Pode-seconcluir que solos de textura arenosa proporcionam maior movimentaçãodescendente dos herbicidas a base de sulfentrazone, e em solos de texturaargilosa o comportamento nas camadas superiores do solo (>15 cm) podevariar ao tipo de formulação utilizada.

Palavras-chave: Controle Residual; Boral 500 SC; Ponteiro BR;Comportamento No Solo.

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Resistência de caruru a glyphosate no Sul do Brasil

Ricardo Do Couto Polino

Ivone Maria Barp Vieira2; Emanuely Ortel Arce3; Fabiane Pinto Lamego4;Marlon Ouriques Bastiani5; Carlos Eduardo Schaedler1 1Instituto FederalSul-Riograndense – IFSUL; Bagé; RS; Brasil 2Faculdade IDEAU; Bagé; RS;

Brasil 3Centro Universitário da Região da Campanha (URCAMP); Bagé; RS;Brasil 3Embrapa Pecuária Sul; Bagé; RS; Brasil 4Três Tentos Agroindustrial;

Dom Pedrito; RS; Brasil.

RESUMO

Resistência de caruru a glyphosate no Sul do Brasil A cultura da sojaapresentou nos últimos anos, um crescente aumento e expansão pararegiões do estado do Rio Grande do Sul (RS) até então predominadas poroutros cultivos agrícolas como o arroz irrigado ou a pecuária extensiva decorte, muitas vezes dentro de um sistema de integração da lavoura no verão,com a pecuária no inverno (ILP). Todavia, relatos de ausência de controle deplantas de caruru (Amaranthus spp.) pelo herbicida glyphosate têmaumentado nestas áreas, necessitando de maior investigação. O objetivodeste trabalho foi confirmar a resistência ao herbicida glyphosate porbiótipos de caruru coletados em municípios do RS, buscando proporestratégias de manejo. Sementes de plantas com suspeita de resistênciaforam coletadas na safra 2019/20 e levadas para casa de vegetação. Apósgerminadas, conduziu-se um estudo de curva de dose-resposta, com trêsrepetições, em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial,onde o fator A consistiu dos biótipos (R1 – Rosário do Sul; R2 – Bagé; R3 –Aceguá; S1 – Bagé e S2 – Pedras Altas) e o fator B das doses de glyphosate:0, 45, 90, 180, 360, 720, 1.440, 2.880, 5.760 e 11.520 g e.a ha-1. Osresultados obtidos confirmaram a resistência ao herbicida pelos biótipossuspeitos (R1, R2 e R3). Mesmo na dose de 11.520 g e.a ha-1 (32 L ha-1) ou16x a dose usual recomendada de glyphosate (720 g e.a ha-1), as plantas

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resistentes não foram controladas. A partir da matéria seca da parte aéreacoletada 28 dias após a aplicação das doses do herbicida, foi calculado ofator de resistência (FR), equivalente a 16,5, ou seja, necessita-se pelomenos 16x a dose herbicida que reduz em 50% a massa aérea do suscetível(S1) para reduzir a mesma proporção numa população resistente de caruru(R2). O uso de herbicidas com mecanismo de ação alternativo ao glyphosateem pré ou pós-emergência se faz necessário, visando evitar perdas na sojapela infestação de plantas de caruru resistentes. O desafio está em proporalternativas que sejam adequadas dentro de um sistema integrado,favorecendo a soja sem comprometer a pastagem em sucessão,especialmente o azevém, que muitas vezes é estabelecido a partir daressemeadura natural a partir do banco de sementes do solo. Palavras-chave: ILP, resistência, herbicidas, Amaranthus Agradecimentos: CNPq,Fapergs

Palavras-chave: ILP; Resistência; Herbicidas; Amaranthus.

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Flumioxazin and pendimethalin as potential tools for pre-emergent, selective weed management in maize

intercropped with Urochloa ruziziensis

Lucas Girotto

Esdras Avelino Mateus - University of Sao Paulo; “Luiz de Queiroz” Collegeof Agriculture (ESALQ/USP); Luisa Carolina Baccin - University of Sao Paulo;

“Luiz de Queiroz” College of Agriculture (ESALQ/USP); Rafael MunhozPedroso - University of Sao Paulo; “Luiz de Queiroz” College of Agriculture

(ESALQ/USP)

RESUMO

Consortium cultivation between maize (Zea mays L.) and forage species iswidely used to generate food for cattle or straw under no-till systems. Weedmanagement constitutes an issue in this system due to the need forherbicide selectivity to both cultivated species. In order to evaluate newchemical weed management tools for maize and Urochloa ruziziensis(URORI) consortia, field experiments were carried out in Piracicaba,SP/Brazil in the 2018/19 and 2019/20 growing seasons, in loamy (2018/19)or clayey (2019/20) soils. Eleven herbicidal treatments and two untreatedcontrols were evaluated (weedy and weed-free checks). S-metolachlor (1.68kg ai ha-1), flumioxazin (0.04 kg ai ha-1), saflufenacil (0.098 kg ai ha-1),pendimethalin (1.6 kg ia ha-1), mesotrione (0.24 kg ia ha-1), atrazine (2.5 kgia ha-1), and isoxaflutol (0.06 kg ai ha-1) were sprayed in pre-emergence(PRE), whereas tank-mixtures of atrazine+S-metolachlor (1.48+1.16 kg iaha-1), nicosulfuron+atrazine (0.016+0.9 kg ia ha-1), mesotrione+atrazine(0.09+0.9 kg ai ha-1), and mesotrione+nicosulfuron+atrazine(0.09+0.016+0.9 kg ai ha-1) were sprayed in post-emergence. Experimentsfollowed a split-plot design with four replications, in which herbicidesconstituted the main factor (A), and vegetation (maize growing either aloneor intercropped with URORI) as factor B. Weed control efficacy and

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phytotoxicity to both maize and forage were assessed between 0-28 daysafter treatment application, as well as URORI biomass and maize yields(2019/20 only). Results indicated absence of significant phytotoxicity tomaize regardless of herbicides, as these allowed for similar yield levels inthe absence of URORI plants. Interestingly, when URORI plant growth wassuppressed via herbicide applications, maize yields were found to be similarto those obtained in URORI-free conditions. Across both experiments,applications of flumioxazin, atrazine, or pendimethalin in PRE, as well as anatrazine+s-metolachlor tank-mix sprayed at the V4 maize growth stageincurred in low phytotoxicity to URORI, leading to elevated biomassaccumulation. Among all treatments, the consistency and selectivity offlumioxazin and pendimethalin applications in pre-emergence stood out aspotential new tools for insertion in the maize-URORI consortium, allowingfor the rotation of herbicide modes of action while increasing the spectrumof action of the herbicides available in this system.

Palavras-chave: Brachiaria; Santa Fé; Flumioxazin; Pendimethalin; Atrazine.

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Dessecação de buva em pré-plantio da cultura da soja,através de aplicações sequenciais de herbicidas

Pedro Henrique De Souza Menezes Da Costa

Paulo Vinicius da Silva; Matheus Vieira Barbosa de Oliveira; Yan CaioGonçalvez de Freitas; Daniela Maria Barros; Universidade Federal da

Grandes Dourados

RESUMO

As plantas de Conyza spp., apresentam crescimento rápido, resultandocompetição na cultura da soja. Essa espécie vem apresentando dificuldadeem ser controlada em níveis aceitáveis, principalmente em estágiosfenológicos mais avançados, sendo necessárias aplicações de herbicidas deforma sequencial. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o controle deConyza spp. através de uma primeira aplicação do herbicida 2,4-D, seguidasou não, de aplicações sequencias de herbicidas dessecantes de forma isoladae/ou associados a herbicidas pré-emergentes, em pré-plantio da cultura dasoja. O experimento foi realizado a campo em uma área com infestaçãonatural de Conyza spp. O delineamento experimental adotado foi de blocosao acaso com 4 repetições. O experimento foi constituído de 18 tratamentos,dos quais todos receberam uma primeira aplicação de 2,4-D + Glifosato (975+ 1025 g i.a ha-1), exceto a testemunha, a qual não recebeu a aplicação denenhum herbicida em nenhum momento. Após 15 dias da aplicação inicial(DAI), foram realizadas as aplicações sequenciais, com os seguintestratamentos: diquat (400 g i.a. ha-1); carfentrazone (30 g i.a ha-1);glufosinato de amônio (500 g i.a. ha-1); saflufenacil (49 g i.a. ha-1); e todosesses produtos associados individualmente com flumioxazina + imazetapir(50 + 100 g i.a. ha-1); sulfentrazone + diuron (245 + 490 g i.a. ha-1) ediclosulan (29,4 g i.a. ha-1) . O controle percentual das plantas de Conyzaspp. foi avaliado aos 7 DAI e aos 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49 e 56 dias apósaplicação dos tratamentos (DAT). Uma única aplicação 2,4 D + glifosato, e

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efetiva no controle de Conyza spp., pois aos 56 DAT o controle foi de apenas25%, enfatizando a necessidade de aplicações sequencias. Todos ostratamentos que constaram com a aplicação de carfentrazone na sequencial,não resultaram em controle efetivo de Conyza spp., com porcentagensinferiores 80%. Todos os tratamentos com diquat, saflufenacil e GS,associados com herbicidas pré-emergentes, diclosulan, sulfentrazone +diuron e flumioxazina + imazethapir, resultaram em porcentagens decontrole superiores a 80%. A associação do herbicida diclosulan comcarfentrazone na sequencial resultou em efeito sinergético, pois a utilizaçãodo produto isolado proporcionou um controle de Conyza spp. de 30% aopasso que a associação do carfentrazone com diclosulan culminou emcontrole de 62,5%. Conclui-se que o herbicida carfentrazone não é umaalternativa para o controle de Conyza spp., e

Palavras-chave: Residual; Controle; Pré-plantio; Manejo.

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Desempenho agronômico e alterações metabólicas na sojacom gene pat após aplicação de glufosinate

Fernanda Gomes Cadamuro Galvão

Alfredo Junior Paiola Albrecht; Ivana Paula Ferraz Santos de Brito; AnaKarollyna Alves de Matos; Caio Antonio Carbonari; Edivaldo Domingues

Velini

RESUMO

A soja Liberty Link® (LL) apresenta tolerância ao glufosinate, conferida pelaenzima phosphinothricin acetyltransferase (PAT), que é codificada pelo genepat. Haja visto que algumas situações podem ser observados sintomas deinjúria nas plantas de soja, objetivou-se avaliar os efeitos de altas doses deglufosinate na desempenho agronômico e qualidade de sementes de soja LL.Assim como os teores de amônia, glufosinate e NAG, em soja com o gene patapós a aplicação de doses de glufosinate. Foram conduzidos estudo nocampo (Palotina, PR, 2016/17) e em casa-de-vegetação (Botucatu, SP, 2018).No campo, foi utilizado delineamento em blocos casualizados com 4repetições, foram aplicadas as doses 0, 350, 700, 1050 e 1400 g i.a. ha-1. Emcasa-de-vegetação foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com10 repetições, foi utilizado o esquema fatorial 2 x 7 (cultivares X doses).Foram utilizadas duas cultivares com gene pat, BS 0043 LL e BS 15900 LL, esete doses (0; 87,5; 175; 350; 700; 1400; 2800 g i.a. ha-1). No primeiro foiavaliada a seletividade de glufosinate, e no segundo as alteraçõesmetabólicas na soja LL. Para o experimento no campo foi efetuada análise deregressão. Em casa de vegetação as cultivares foram comparadas pelo testet, enquanto para doses foi realizada análise de correlação com teores deglufosinate, N-acetyl-L-glufosinate (NAG) e amônia. A aplicação deglufosinate, em doses até quatro vezes a máxima recomendada, causousintomas iniciais de injúria (até 16,25%). Contudo não foi observado efeitonegativo sobre a produtividade. Constata-se assim a seletividade de

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glufosinate, para a aplicação em pós-emergência (V4), em soja LL. As plantasde soja LL, apresentaram metabolização do glufosinate, menor teor deamônia, e ausência de redução na matéria seca, para aplicação de doses deglufosinate. Com resultados similares entre as cultivares BS 0043 LL e BS1590 LL.

Palavras-chave: Glutamina Sintetase; Glycine Max; N-acetyl-L-glufosinate;Sintomas De Injúria; Soja Tolerante A Glufosinate.

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Herbicidas no controle da buva, com indicativo deresistência ao paraquat, com aplicação sequencial de

glufosinate em pré-semeadura da soja

Giuzeppe Augusto Maram Caneppele

Alfredo Junior Paiola Albrecht¹; Leandro Paiola Albrecht¹; André FelipeMoreira Silva²; Romulo Augusto Ramos³; Natália Buttini Corrêa¹

RESUMO

Haja visto os crescentes relatos de biótipos resistentes, ao glyphosate eoutros herbicidas, da buva (Conyza spp.) faz-se necessário o manejoproativo. Assim, o objetivou-se avaliar a eficácia de herbicidas, nadessecação pré-semeadura, com aplicação sequencial de glufosinate nasemeadura da soja, no controle da buva. O estudo foi realizado em AssisChateaubriand, PR, safra 2018/19, em área infestada com buva (cerca de35% da população com indicativo de resistência ao paraquat). Odelineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, comquatro repetições. Os tratamentos foram compostos pela aplicação emassociações de glyphosate (1500 g e.a. ha-1), 2,4-D (670 g e.a. ha-1),saflufenacil (35 g i.a. ha-1), saflufenacil/imazethapyr (35,6/100,4 g i.a. ha-1),glufosinate (600 ou 400 g i.a. ha-1), diclosulam (25,2 g i.a. ha-1), paraquat(400 g i .a . ha -1) , paraquat /d iuron (400/200 g i .a . ha -1) eimazethapyr/flumioxazin (100/50 g i.a. ha-1), além das testemunhas semaplicação (com e sem capina). Todos os tratamentos herbicidas receberamaplicação sequencial de glufosinate (400 g i.a. ha-1). A aplicação sequencialocorreu dez dias após a primeira aplicação, no mesmo dia da semeadura.Foram avaliados controle, sintomas de injúria nas plantas de soja eprodutividade. Os dados foram submetidos a análise de variância e teste F,as médias agrupadas pelo teste de Scott e Knott. Menores controles da buvaforam observados para paraquat e paraquat/diuron com notas finais de 57%e 52,5%, respectivamente. Destaque para glufosinate + 2,4-D (92,8%),

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glyphosate + diclosulam + saflufenacil (95,5%) e glufosinate +saflufenacil/imazethapyr + 2,4-D (92,8%), superiores aos demaistratamentos herbicidas. Maiores sintomas de injúria, quando se tinhadiclosulam, mas isso não resultou em danos na produtividade. De formageral os níveis de controle foram altos para os tratamentos utilizados, comexceção para os tratamentos com paraquat e imazethapyr/flumioxazin.

Palavras-chave: Resistência A Herbicidas; Paraquat; Inibidores DaGlutamina-sintetase; Conyza Spp; Glycine Max.

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Stressful conditions affect seed quality in glyphosateresistant Conyza bonariensis

Gabriel Da Silva Amaral

Ricardo Alcántara-de-la Cruz (UFSCar); Flávia Regina da Costa (UDESC);Cileide Maria Medeiros Coelho (UDESC); Maria Fátima das Graças

Fernandes da Silva (UFSCar); Leonardo Bianco de Carvalho (UNESP)

RESUMO

Conyza bonariensis (L.) Cronquist is one of the main glyphosate resistanceweeds in no-till fields in Brazil. Here, the seed quality of glyphosate-resistant(R) and -susceptible (S) C. bonariensis biotypes, collected in different sites,were evaluated under stressful conditions by different seed tests. Glyphosateresistance was confirmed by dose-response and shikimate accumulationassays. The resistance factors were 6.9 (R1/S1), 4.5 (R2/S2) and 5.8 (R3/S3).Biotypes S1, S2 and S3 accumulated 2.7, 2.4 and 2.8 times more shikimicacid than biotypes R1, R2 and R3, respectively. Stress-free seed viability andgermination potential ranged from 39 to 57% and from 37 to 57%,respectively, with no difference between R and S biotypes within eachcollection site. Seed incubation at 8 °C 7-d (cold test) promoted a greatergermination in S biotypes (54 to 79%) compared to R ones (28 to 39%). Inthe accelerated aging tests (incubation at 42 °C 48-h), the germinationdecreased in both S (11 to 27%) and R (6 to 16%) biotypes. In the high-temperature stress tests, there were no differences in germination withinbiotypes at 35 and 45 °C; however, at 60°C, the germination of the S1, R1,S2, R2, S3 and R3 biotypes was reduced by approximately 51, 54, 63, 59, 40and 30%, respectively. Under non-stressful conditions, germination potentialand seed viability were similar in R and S biotypes; however, under cold orheat stress conditions, R biotypes reduced their germination rates, revealingthat glyphosate resistance causes a fitness penalty in C. bonariensis at theseed level.

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Palavras-chave: FITNESS PENALTY GERMINATION RATE HIGH-TEMPERATURE STRESS SEED VIABILITY.

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Efeito residual de tembotrione e atrazine na cultura dacebola

Carolina Alves Gomes

Deivide Patrik Alves; Matheus Gabriel Capelani Pavan; Marcelo Rodriguesdos Reis

RESUMO

A cebola (Allium cepa L.) é um condimento bastante utilizado no Brasil e nomundo. Assim como as demais olerícolas é bastante sensível à presença deherbicidas no solo, pois promovem alterações na estrutura da planta eredução drástica na produtividade. Devido às rotações de culturas, énecessário o conhecimento do histórico da área que será implantada acultura, para que não haja intoxicação da sucessora. O objetivo do trabalhofoi avaliar efeito residual de herbicidas utilizados em culturas de milho esoja, e posteriormente, a semeadura da cebola. O experimento foi realizadona UFV – Campus Rio Paranaíba, com Latossolo Vermelho-Amarelodistrófico, peneirado e adubado conforme a necessidade da cultura. Ostratamentos consistiram em uma curva dose resposta nas doses de 3,125;6,25; 12,5; 25; 50% da dose máxima recomendada para milho e soja, sendo:tembotrione (0,0075 – 0,015 – 0,03 – 0,06 – 0,12 L/ha), atrazina (0,125 – 0,25– 0,5 – 1 – 2 L/ha) e testemunha capinada, com 4 repetições emdelineamento inteiramente casualizado. A aplicação foi feita compulverizador costal elétrico, com vazão de 200L/ha. Logo após aplicação,foram semeadas 20 sementes de cebola por unidade e irrigados conforme anecessidade da cultura. Aos 7, 14, 21, 28 dias foram realizadas avaliações deemergência de plantas, injúrias, escala de 0 a 100, em que 0 consiste emnenhuma injúria e 100 morte completa da planta, altura em centímetros.Utilizou-se análise de regressão, utilizando modelos não lineares de ajuste dacurva de dose resposta. A emergência das cebolas foi proporcional às dosesdos herbicidas, sendo assim, quanto mais alto o residual, menores foram as

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emergências. Na maior dose de ambos os herbicidas, algumas plantas quehaviam emergido não sobreviveram nas próximas avaliações. A injúria foiproporcional ao residual, sendo nenhuma injúria na testemunha e as injúriasaumentaram à medida que as doses aumentaram para ambos. O aumento dedose dos herbicidas reduziu a altura das plantas e nas maiores dosescausaram morte das plantas. Antes da implantação da cultura de cebola,deve-se obter o histórico da área, pois se houver presença destes herbicidasno solo, haverá alta perda de produtividade.

Palavras-chave: Carryover; Allium Cepa; Milho; Soja.

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Misturas de glifosatos não agrícolas e imazapir paracontrole de plantas daninhas em ferrovias

Marcos Vinicius Abreu Dos Santos

Fernando Ramos de Souza; Monique Macedo Alves; Eduardo Souza deAmorim; Lucas Rêgo Mendonça Marinho; Aroldo Lopes Ferreira Machado;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

RESUMO

O controle químico de plantas daninhas em áreas não agrícolas, em especialem ferrovias é dificultado, entre outros motivos, pela baixa disponibilidadede produtos com registros e disponíveis. A mistura de herbicidas na calda deaplicação é uma prática comum que proporciona controle eficiente de maiorespectro de plantas daninhas, por maior período de tempo, quandocomparado à aplicação isolada dos mesmos herbicidas. Objetivou-se nessetrabalho avaliar a compatibilidade em calda de formulações de glifosato não-agrícolas e imazapyr não agrícola. Os ensaios dinâmico e estático foramconduzidos conforme a instrução normativa NBR 13875. Os tratamentosconsistiram dos herbicidas a base de glifosato Pilarsato ® (5 L ha-1), RoudupNA ® (5 L ha-1), Gli-up NA ® (3,5 kg ha-1) isolados e em mistura com oimazapyr (2,5 kg ha-1). Considerou-se um volume de calda de 150 L ha-1 emtodos os tratamentos. O ensaio estático foi conduzido em provetas graduadasde 250 ml e as avaliações de homogeneidade, floculação, sedimentação,separação de fases, formação de grumos, óleo, cristais, creme e espuma e depH da calda foram realizadas imediatamente após e as duas, seis e 24 horasapós o preparo. O ensaio dinâmico foi conduzido em beckers de 400 ml emmesa agitadora a 100 rpm por duas horas sendo avaliados os mesmosparâmetros ao final desse tempo. Os herbicidas e suas misturas apresentamcompatibilidade físico-química em calda dentro dos períodos avaliados.Imediatamente após o preparo da calda houve formação espuma em todas ascaldas, a partir de duas horas a espuma se dispersou, exceto na calda do

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herbicida pilarsato que se manteve com espuma até 6 horas após o preparo.Ao redispersar as caldas, verificou-se formação de espuma para todos osherbicidas. Conclui-se que as misturas possuem compatibilidade físico-química nas caldas e outros estudos, em condições de campo, se fazemnecessário para avaliar efeitos das misturas no controle de plantas daninhas.

Palavras-chave: Controle Químico; Herbicidas Não-agrícolas; Interação DeHerbicidas; Rodo Ferroviário.

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Desenvolvimento inicial da Brachiaria brizantha cv.marandu em competição com a Senna Obtusifolia sob dois

manejos hídricos

Flavia Barreira Gonçalves

Tânia Mara Cardoso dos Santos; Universidade de Federal de Tocantins;Agronomia; Gurupi; TO; Brasil; Nadia da Silva Ramos; Universidade de

Federal de Tocantins; Pós-graduação em Produção Vegetal; Gurupi; TO;Brasil; Karoline Silva Borges; Universidade de Federal de Tocantins; Pós-graduação em Produção Vegetal; Gurupi; TO; Brasil; Grazielle Rodrigues

Araújo; Universidade de Federal de Tocantins; Agronomia; Gurupi; TO;Brasil; Eduardo Andrea Lemus Eramo; Universidade de Federal de

Tocantins; Professor Doutor em Agronomia; Gurupi; TO; Brasil

RESUMO

As plantas daninhas nas pastagens brasileiras representam um fatorimportante devido diversos motivos, dentre eles a competição por recursosde crescimento, redução da capacidade e estrutura da área, aumento dotempo para a formação da pastagem e até envenenamento do rebanho porplantas tóxicas. A interferência negativa desses vegetais é dependente daespécie e da densidade, sendo que último fator ainda provoca a competiçãopor recursos essenciais. Dentre esses recursos, o estresse hídricoocasionado pela redução sazonal da disponibilidade hídrica no solo, tem sidoum dos principais fatores que prejudicam o crescimento das plantas. Diantedo exposto, objetivou-se com esse trabalho avaliar a capacidade competitivada Brachiaria brizantha (cv. Marandu), cultivado em competição com aplanta daninha Senna obtusifolia sob 3 diferentes densidades, em duascondições hídricas (40% e 80% da capacidade do vaso (CV)). O experimentofoi conduzido em uma casa de vegetação, na Estação Experimental daUniversidade Federal do Tocantins. O delineamento experimental utilizadofoi de blocos casualizados, dispostos em esquema fatorial 3x2+1, sendo três

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densidades de S. obtusifolia (2, 4 e 6 plantas) e duas condições de irrigações(40% e 80% capacidade do vaso), com quatro repetições, mais umtratamento adicional correspondente a B. brizantha solteira (2 plantas). Amanutenção dos tratamentos foi realizada através da pesagem diária dosvasos e a reposição da água perdida por evapotranspiração, até atingir opeso correspondente a cada tratamento, utilizando-se uma balança. Aos 45dias após a semeadura, as variáveis avaliadas no capim marandu foram:altura, diâmetro e número de folhas por perfilho. Verificou-se que o manejohídrico não afetou significativamente o crescimento das plantas de B.brizantha quanto à altura, diâmetro e o número de folhas por perfilho.Porém observou-se que as mesmas variáveis reduziram os valores em todostratamentos com 40% da CV, exceto no tratamento onde o capim marandufoi plantado sem a presença da planta daninha. Já o aumento da densidadede plantas de S. obtusifolia convivendo com a B. brizantha promoveramreduções significativas em todos os componentes vegetativos do capimmarandu, principalmente nos tratamentos com 40% da CV. Sendo assim,percebe-se que a B. brizantha teve seu crescimento e desenvolvimentoreduzido, sobretudo pela competição com a planta daninha S. obtusifolia.

Palavras-chave: Planta Daninha; Densidade; Estresse Hídrico.

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Levantamento fitossociológico de plantas daninhas emcouve-flor cultivar Alpina

Amanda Gaertner

Enelise Osco Helvig; João Paulo Matias; José Cristimiano dos Santos Neto;André Cosmo Dranca; Cleber Daniel de Goes Maciel

RESUMO

O manejo de plantas daninhas em hortaliças é um componente importantena produção. Em contrapartida, a falta de conhecimento das espécies deplantas daninhas prevalecentes em uma determinada cultura permite evitarprejuízos de controle inadequados. Nesse contexto, o levantamentofitossociológico é o método de avaliação que permite uma visão maisabrangente da composição e distribuição das plantas daninhas, dandosuporte para organização das estratégias de manejo. Portanto, o objetivoudesse trabalho foi realizar um levantamento fitossociológico, comidentificação das espécies de plantas daninhas na cultura da couve-flortransplantada, na região de Guarapuava/PR, durante a safra 2018. Olevantamento foi realizado entre os meses de setembro a dezembro de 2018,na área experimental de horticultura da Universidade Estadual do Centro-Oeste, Campus CEDETEG, Guarapuava-PR. Cinco períodos de convivência dacultura da couve-flor cultivar Alpina com a comunidade infestante de plantasdaninhas foram avaliados e representados por 15, 30, 60, 80 e 100 dias apóstransplante das mudas (DATM), utilizando o método do quadrado inventário.No levantamento foram identificadas 13 espécies de plantas daninhas,distribuídas em 7 famílias. O maior número de espécies foi identificado paraas famílias Asteraceae (6) e Poaceae (2), sendo que entre as que registraramas maiores frequências relativas tiveram Cyperus rotundus (12,5%),Galinsoga parviflora (11,8%), Amaranthus viridis (11,8%), Raphanusraphanistruim (11,8%) e Portulaca oleracea (11,8%). As espécies queocorreram com maior frequência e densidade tiveram pico de crescimento

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em torno dos 60 DATM. As espécies classificadas como as mais importantese com ocorrência durante todo o ciclo da couve-flor Alpina foram G.parviflora, P. oleracea, R. raphanistrum e A. viridi.

Palavras-chave: Brassica Oleracea Var Botrytis L; Identificação;Amostragem.

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Determinação de índices fitossociológicos no sistemaprodutivo de Bactris gasipaes.

Vitor Henrique Soares Felicíssimo

Edson Shigueaki Nomura; Elza Alves Corrêa

RESUMO

O Litoral sul do estado de São Paulo (Vale do Ribeira) concentra a maiorárea plantada e de produção de pupunheiras no país. Nativa da regiãoAmazônica, a pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) apresenta rápidocrescimento e produz palmito de boa qualidade, pode ser plantado a plenosol, possibilitando sua instalação em áreas tradicionais de cultivo (LIMA etal., 1999). As plantas daninhas germinam naturalmente na área, e secaracterizam como forma natural de proteção do solo. No entanto, essasplantas podem ser consideradas entraves na produção de alimentos,competindo por água, luz, espaço e nutrientes com as plantas de cultivo(BARBOSA et al., 2013). O objetivo deste estudo foi avaliar as comunidadesde plantas daninhas no cultivo de pupunheiras na região do Vale do Ribeira,SP. A avaliação consistiu do cadastramento fitossociológico das plantasdaninhas em quatro áreas de pupunheiras em produção. As plantas daninhasforam cortadas manualmente, rentes ao solo, sendo que o material vegetalde cada quadrado inventário (0,5 x 0,5 m) foram identificadas quanto aespécie e agrupadas em famílias, os lançamentos foram realizadosaleatoriamente por meio de um caminhamento em ziguezague (BRAUN-BLANQUET, 1979). A identificação e contagem das espécies permitiucalcular as seguintes variáveis fitossociológicas: frequência relativa,densidade relativa, dominância relativa e índice de valor de importância. Ascinco famílias de plantas daninhas que foram expressivas e competitivas nasáreas de pupunheiras analisadas foram; Oxalidaceae, Cyperaceae,Commelinaceae, Brassicaceae e Poaceae, obtiveram os maiores valores defrequência, isso demonstra a alta capacidade de dispersão das espécies

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dessas famílias. Quanto a densidade, se verifica que essas famílias, possuemuma grande quantidade de unidades de plantas distribuídas pela área totalanalisada. A variável dominância mostra que as espécies dessas famíliasonde foram encontradas predominam sobre as outras espécies da áreaespecífica quadrado inventário. A variável Índice de Valor de Importânciadefine que essas famílias possuem maior influência dentro da comunidadeestudada, tendo melhor adaptação e sucesso em explorar os recursos doambiente. As cinco famílias que obtiveram os maiores índices Oxalidaceae,Cyperaceae, Commelinaceae, Brassicaceae e Poaceae, provavelmente emfunção do modo de reprodução (forma vegetativa, de estolões e bulbos).

Palavras-chave: Bactris Gasipaes; Manejo Plantas Daninhas; Cobertura DoSolo.

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Interferência de plantas daninhas na cultura da couve-flor

Poliana Horst Petranski

Cristiane Hauck Wendel1; Enelise Osco Helvig1; Cristiano KopanskiCamargo2; Juliano Tadeu Vilela de Resende3; Cleber Daniel de Goes Maciel1

RESUMO

A couve-flor é uma hortaliça pertencente à família Brassicaceae, conhecidapor ser muito sensível ao clima e aos tratos culturais, mas que atualmentepossui híbridos para o cultivo durante todo o ano. Apesar do conhecimentoda suscetibilidade das hortaliças às interferências impostas pelo convíviocom as plantas daninhas, no estado do Paraná, resultados de pesquisa sobrematointerferência não são encontrados para várias hortaliças. Desta forma, apesquisa teve como objetivo avaliar efeitos de períodos de interferência dacomunidade infestante sobre o desenvolvimento e produtividade da culturada couve-flor transplantada, na região de Guarapuava/PR. Nas safras 2017 e2018, dois experimentos foram desenvolvidos em delineamento experimentalde blocos casualizados, com doze tratamentos e quatro repetições. Ostratamentos foram representados por seis períodos de convivência eausência da convivência da cultura do couve-flor cultivares Julia (safra 2017)e Alpina (safra 2018) com a comunidade de plantas daninhas durante osintervalos de tempo de 0, 15, 30, 60, 80 e 100 dias após transplante dasmudas da cultura (DATM). As espécies que se destaque como as maisimportantes na safra 2017 foram Urochloa plantaginea, Amaranthus viridis eGalinsoga parviflora, diferentemente da safra 2018, onde as maisimportantes foram G. parviflora, Portulaca oleracea e Raphanusraphanistrum, caracterizadas por menores densidades. Para as cultivares decouve-flor Júlia e Alpina, os períodos críticos de prevenção a interferênciadas plantas daninhas (PCPI) foram de 29 a 73 e 51 a 61 DATM,respectivamente. Ou seja, apenas seriam necessários e suficientes 44 e 10dias de práticas de controle efetivas para se evitar a redução da

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produtividade da cultura pela matointerferência, respectivamente nascultivar Júlia e Alpina, desde que realizadas nos respectivos intervalos apóstransplante das mudas.

Palavras-chave: Brassica Oleracea Var Botrytis L; Competição;Produtividade; Manejo.

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Sorção do sulfentrazone no perfil de um LatossoloVermelho-Amarelo

Paulo Sérgio Ribeiro De Souza

Dilma Francisca de Paula; Universidade Federal de Viçosa; Viçosa; MG;Brasil; Lucas Heringer Barcellos Júnior; Universidade Federal de Viçosa;

Viçosa; MG; Brasil; Adalin Cezar Moraes de Aguiar; Universidade Federal deViçosa; Viçosa; MG; Brasil; Elisa Maria Gomes da Silva; Universidade

Federal de Viçosa; Viçosa; MG; Brasil; Antonio Alberto da Silva;Universidade Federal de Viçosa; Viçosa; MG; Brasil

RESUMO

As plantas daninhas, quando não controladas, interferem negativamente nocrescimento e desenvolvimento das culturas e a principal técnica de manejoé a utilização de herbicidas. Com o aumento de plantas daninhas resistentesno Brasil, o uso de herbicidas aplicados em pré-emergência se apresentacomo ferramenta indispensável no manejo sustentável dessas plantas. Nessecenário, o sulfentrazone se destaca sendo altamente promissor, tendo usorecomendado nas principais culturas agrícolas do país, como soja e cana-de-açúcar. Todavia, aplicações desse herbicida sem o conhecimento de suasinterações com os coloides do solo podem resultar em sérios problemas decarryover e contaminação ambiental. Nesse sentido, avaliou-se a sorção dosulfentrazone nos horizontes A, B e C de um Latossolo Vermelho-Amarelo. Oexperimento foi conduzido em casa de vegetação no campus da UniversidadeFederal de Viçosa em um Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA). Utilizou-se osorgo (Sorghum bicolor) como planta indicadora da presença do herbicidano solo. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado em esquemafatorial 4x10, onde o primeiro fator representa os três horizontes do soloestudado e a areia lavada em ácido para efeito do cálculo da Razão deSorção (RS). O segundo fator representa dez doses do herbicidasulfentrazone na formulação comercial Boral® 500 SC, com quatro

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repetições. Aos 21 dias após a emergência das plantas de Sorgo estimou-se adose necessária responsável por causar 50% de intoxicação (C50),utilizando-se o modelo log logístico não-linear. Com os valores de C50calculou-se a RS em relação à areia lavada. Os resultados do ensaio biológicoindicaram a C50 de 173,2; 35,6 e 108,0 e RS de 13,0; 1,9 e 7,7 para oshorizontes A, B e C, respectivamente. A maior sorção do sulfentrazone nohorizonte A se deve ao elevado teor de matéria orgânica (MOS), enquantonos horizontes B e C, onde os teores de MOS são irrisórios, o principalatributo que influenciou a sorção foi a textura do solo. O horizonte B foimuito afetado pelo teor de areia, o que proporcionou menor sorção nessehorizonte. Conclui-se que a sorção no perfil do LVA ocorre de maneiradistinta entre os horizontes e o risco de contaminação do solo e da água pelosulfentrazone aumenta quando esse herbicida ultrapassa os primeiroscentímetros do solo.

Palavras-chave: Retenção; Horizontes; Bioensaio; Dose-resposta.

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O uso de diferentes coberturas vegetais no controle daTiririca

Nicolle De Oliveira Soares

Luan Mateus Silva Donato; Leonardo David Tuffi Santos; George LucasPereira Menezes; Richardson Fernandes de Souza. Universidade Federal de

Minas Gerais

RESUMO

A tiririca (Cyperus rotundus) é uma das plantas daninhas mais indesejáveisem áreas agrícolas, devido sua alta invasividade, facilidade na propagação, epor ser de difícil controle. As práticas de manejo da tiririca devem visar àredução da densidade da espécie e da viabilidade de seus tubérculos.Objetivou-se avaliar a interferência de plantas de cobertura sobre apopulação de C. rotundus. O experimento foi conduzido na áreaexperimental do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal deMinas Gerais, em Montes Claros, MG, em área de campo com histórico dealta infestação por C. rotundus, com população inicial de 850 manifestaçõesepígeas/m2 e 2153 tubérculos/m2. Foi adotado o delineamento de blocoscasualizados, onde os tratamentos consistiram em: três culturas decobertura, capim-braquiária (Urochloa ruziziensis); feijão-de-porco(Canavalia ensiformis) e crotalária (Crotalaria juncea); capina manual comenxada; aplicação de herbicida halosulfuron methyl (SEMPRA®) e pousio.Avaliou-se na população de C. rotundus a densidade e biomassa seca dasmanifestações epígeas; número, peso fresco e emergência de tubérculos; eparâmetros de fluorescência da clorofila, como a eficiência fotoquímica dofotossistema II (Ф PSII) e a taxa de transporte de elétrons (ETR) com auxíliodo aparelho fluorômetro Y (II) meter (OPTI-SCIENCES, Hudson, USA). Aaplicação de halosulfuron methyl reduziu a densidade e biomassa seca demanifestações epígeas de C. rotundus em relação à população inicial. Ocultivo de U. ruziziensis manteve os valores de densidade de manifestações

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epígeas semelhantes a população inicial. A capina manual proporcionoumaior número e biomassa fresca de tubérculos, sendo superior 52,97 e43,33% em relação a população inicial, respectivamente. As três espécies decobertura e o pousio resultaram em menores valores de Ф PSII e maioresvalores para ETR em C. rotundus. As culturas de cobertura U. ruziziensis, C.ensiformis e C. juncea apresentam resultados satisfatórios na supressão dapropagação vegetativa de C. rotundus. Plantas de C. rotundus emconvivência com U. ruziziensis, C. juncea e C. ensiformis apresentamcondição de estresse fisiológico, com redução nos valores de Ф PSII eaumento nos valores de ETR. O uso de plantas de cobertura interferiu nafisiologia e na dinâmica populacional da C. rotundus, podendo ser utilizadocomo uma alternativa de controle no manejo dessa espécie daninha, aliado àbusca em minimizar o uso de herbicidas sintéticos.

Palavras-chave: Espécies De Cobertura; Fluorescência Da Clorofila; ManejoDe Plantas Daninhas; Tiririca.

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Mutações selecionadas em leiteiro são mecanismos deresistência a inibidores da PROTOX, ALS e EPSPS

Rafael Romero Mendes

Hudson Kagueyama Takano; Fernado Storniolo Adegas; Rubem Silvério deOliveira Jr; Franck Dayan; Todd Gaines

RESUMO

O leiteiro (Euphorbia heterophylla L.) tem sido uma das plantas daninhas deexpressiva notoriedade nos últimos anos, especialmente devido aosurgimento de populações resistentes a herbicidas. Neste trabalho, oobjetivo foi esclarecer qual o mecanismo de resistência a inibidores daPROTOX em um biótipo de leiteiro coletado em Mamborê (MBE); a inibidorda EPSPS em um biótipo coletado em Kaloré (KLE); e a inibidores da ALS emambos os biótipos. Para as plantas MBE, não houve incremento no controlecom a aplicação de malathion 24 horas antes de lactofen, sugerindo que ometabolismo por enzimas P450 não era o mecanismo de resistência ainibidores da PROTOX. Ao avaliar a expressão dos genes PROTOX I ePROTOX II em PCR quantitativa, observou-se que o biótipo MBE apresentavaexpressão similar a outro biótipo conhecidamente suscetível (S), indicandoque a superexpressão desses genes não participavam do mecanismo desobrevivência aos inibidores da PROTOX. Ao amplificar e sequenciar o genePROTOX II, a mutação Arg128Leu, conhecida por conferir resistência aesses herbicidas, foi encontrada nos indivíduos MBE. Para o biótipo KLE,nenhum mecanismo de resistência fora do local alvo foi encontrado, ou seja,a absorção e translocação de glyphosate, bem como a metabolização doherbicida foram semelhantes ao biótipo S. Ao mensurar a expressão do geneEPSPS, foi possível notar semelhança entre plantas KLE e S, sugerindo que asuprexpressão do gene também não foi o mecanismo de resistência aoglyphosate. Após a amplificação e sequenciamento do gene EPSPS, foramencontradas duas mutações que proporcionam resistência ao glyphosate e

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diferenciavam as plantas KLE e S: Tre102Ile e Pro106Ile (mutação TIPT).Por fim, a amplificação e o sequenciamento do gene ALS de indivíduos MBEe KLE permitiu encontrar a substituição Trp574Leu nos dois biótipos, o queexplicou o mecanismo de resistência a aos inibidores da ALS. Em resumo,este trabalho tem como conclusão a evolução de resistência múltipla ainibidores da PROTOX e ALS no biótipo MBE e inibidor da EPSPS e ALS nobiótipo KLE. Os mecanismos de resistência foram: mutação na PROTOX IIArg128Leu nas plantas MBE; mutação na EPSPS TIPT (Tre102Ile ePro106Ile) nas plantas KLE e mutação na ALS Trp574Leu nas plantas deambos os biótipos. Este trabalho foi o primeiro a esclarecer o mecanismo deresistência a inibidores da PROTOX no Brasil, bem como forneceu evidênciaspara esclarecer o primeiro caso de resistência dessa espécie ao glyphosate.

Palavras-chave: Euphorbia Heterophylla; Arg128Leu; Tre102Ile; Pro106Ile;Trp574Leu.

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Levantamento fitossociológico de plantas daninhas emfunção do manejo químico na cultura da soja em

Uberlândia, Minas Gerais.

Júlia Resende Oliveira Silva

Décio Karam - Embrapa Milho e Sorgo; Alexandre Ferreira da Silva -Embrapa Milho e Sorgo; Jéssica Adriana Moreira Tosta Petrelli -Universidade Federal de São João Del-Rei - Campus Sete Lagoas

RESUMO

Os estudos fitossociológicos são importantes ferramentas para identificar equantificar plantas daninhas em áreas de cultivos e, assim, conseguir definiro manejo de forma mais assertiva. Com base nisto, neste trabalho, foramdispostos cinco tratamentos com aplicação de herbicidas, sendo eles: 1-glyphosate (1440 g e.a. ha-1) na dessecação e no pós plantio; 2 - glyphosate(1440 g e.a. ha-1) na dessecação, glyphosate (1440 g e.a. ha-1) +fenoxaprop-P-ethyl (110 g ha-1) na primeira aplicação pós-plantio eglyphosate (1440 g e.a. ha-1) + clethodim (96 g ha-1) na segunda aplicaçãopós-plantio; 3- glyphosate (1440 g e.a. ha-1) + chlorimuron-ethyl (20 g ha-1)na dessecação, diquat (600 g ha-1) + metribuzin (384 g ha-1) no pré-plantio,glyphosate (1440 g ha-1) + fenoxaprop-P-ethyl (110 g ha-1) na primeiraaplicação pós-plantio e glyphosate (1440 g e.a. ha-1) + clethodim (96 g ha-1)na segunda aplicação pós-plantio; 4- glyphosate (1440 g e.a. ha-1) + 2,4-D(806 g ha-1) na dessecação, clethodim (192 g ha-1), glyphosate (1440 g e.a.ha-1) e glyphosate (1440 g e.a. ha-1) + cletodim (96 g ha-1) nas trêsaplicações pós-plantio e; 5- glyphosate (1440 g e.a. ha-1) + 2,4-D (670 g ha-1) na dessecação, clethodim (192 g ha-1), glyphosate (1440 g e.a. ha-1) +fenoxaprop-P-ethyl (110 g ha-1) e glyphosate (1440 g e.a. ha-1) + clethodim(96 g ha-1) também nas três aplicações pós-plantio. O levantamentofitossociológico da comunidade de plantas daninhas foi realizado na colheitada soja. As espécies de plantas daninhas foram identificadas, quantificadas e

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coletadas com o método do quadrado inventário georreferenciado, lançado10 vezes em cada tratamento. Os índices fitossociológicos: frequência,densidade, dominância e o valor de importância das plantas daninhas foramdeterminados. Neste levantamento foram identificadas 24 espéciesclassificadas em 10 famílias. Digitaria insularis, Conyza bonariensis, Nicandaplysaloides, Digitaria horizontalis, Eleusine indica, Amaranthus ssp. e Bidenspilosa foram as espécies registradas com maior valor de importância. Acomposição florística das plantas daninhas foi diferente quando comparadosos diferentes tipos de manejo químico utilizado. No tratamento 1, secomparado aos demais, não houve o controle eficiente de D. insularis, queobteve o maior valor de importância (94%). Além disso, constatou-se altainfestação de D. horizontalis de acordo com os valores de importância nostratamentos 4 e 5 de 64,5% e 90,6%, respectivamente.

Palavras-chave: Fitossociologia; índice De Valor De Importância; GlycineMax; Glyphosate.

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Eficácia da interação entre herbicidas graminicidas etriclopir no controle do azevém

Milena Gonçalves Costa

Luana da Cunha Gouveia Leite; Juliana Lima Diniz; Gabriela de Souza daSilva; Marcos Vinicius Abreu dos Santos; Camila Ferreira de Pinho;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

RESUMO

No Brasil a mistura em tanque de produtos fitossanitários é uma práticausual, porém interações entre estes podem gerar incompatibilidade na caldae/ou efeito sinérgico, aditivo ou antagônico sobre o alvo. O azevém-anual(Lolium perene ssp. multiflorum) apresenta efeito antagônico a váriasmisturas de herbicidas. O objetivo desse trabalho foi avaliar a interaçãoentre os herbicidas haloxifope e cletodim em mistura com o herbicidatriclopir no controle do azevém. O ensaio foi conduzido em blocoscasualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos os herbicidastriclopir (960 g e.a. ha-1), haloxifope (60 g i.a. ha-1) e cletodim (108 g i.a. ha-1) aplicados de forma isolada e em mistura, mais e ainda a testemunha semaplicação. Os tratamentos foram aplicados quando as plantas atingiram oestádio fenológico de 3-4 perfilhos. As avaliações visuais de controle foramrealizadas aos 14, 21 e 28 dias após a aplicação dos herbicidas (DAA). Osdados gerados foram submetidos ANOVA e as médias comparadas pelo testede LSD a 5% de probabilidade. Observou-se interação negativa dehaloxifope+triclopir, onde foi observada redução de 33% no controlecomparado a aplicação do haloxifope isolado. Por outro lado, cletodim emmistura com triclopir não proporcionou interação negativa no controle doazevém, sendo observado o mesmo controle da aplicação isolada doherbicida cletodim. A mistura de haloxifope+triclopir não deve serrecomendada para controle do azevém, visto que é observado um efeitoantagônico entre as duas moléculas. Por outro lado, cletodim+triclopir se

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mostrou uma boa alternativa para controle da espécie principalmente emáreas infestadas com azevém e eudicotiledôneas na mesma área de cultivo.

Palavras-chave: Antagonismo; Dinâmica; Lolium Perenne Ssp Multiflorum.

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Eficiência de herbicidas graminicidas aplicados isolados,em mistura e sequencial no controle do capim pé-de-

galinha

Jonathan Almeida Santos Simões

Amanda dos Santos Souza; Jéssica Ferreira Lourenço Leal; Patrícia PessoaMatos; Monique Macedo Alves; Camila Ferreira de Pinho; Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro

RESUMO

O capim pé-de-galinha (Eleusine indica) é uma planta daninha agressiva emáreas agrícolas do Brasil e devido ao surgimento de biótipos resistentes aosherbicidas inibidores da ACCase e ao Glifosato seu manejo é complexo.Ainda, quando ocorre a presença de plantas daninhas de folhas largas namesma área de cultivo infestada com capim pé-de-galinha, uma práticacomum é a mistura de herbicidas graminicidas com latifolicidas, o que podereduzir a eficiência dos graminicidas. O objetivo do trabalho foi avaliar aeficácia dos herbicidas cletodim e haloxifop aplicados em mistura de tanquee em sequencial ao herbicida 2,4-D no controle do capim pé-de-galinha. Oexperimento foi conduzido em casa de vegetação em delineamentoexperimental de blocos casualizados, com 4 repetições, em esquema fatorial5x2. O fator A consistiu nos herbicidas haloxifop (62,35 g i.a. ha-1), cletodim(96 g i.a. ha-1) e 2,4-D (1209 g e.a. ha-1). O fator B foi a modalidade deaplicação em mistura em tanque ou sequencial (aplicados no mesmo dia);além dos herbicidas aplicados isolados e a testemunha sem aplicação. Foirealizada a semeadura do capim pé-de-galinha e quando as plantas seencontravam no estádio fenológico de 3-4 perfilhos foi realizada a aplicaçãodos herbicidas. Foi avaliada a variável controle aos 7, 21 e 35 dias após aaplicação (DAA). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância(p<0,05) e quando indicado significância estatística, as médias comparadaspor LSD ao nível de 5% de probabilidade. Não houve interação entre o modo

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de aplicação (mistura e sequencial) (p<0,05), para a variável porcentagemde controle, sendo assim os dados foram agrupados. Verificou-se que aos7DAA as plantas já apresentavam dano visível causado pelos herbicidas, comdestaque para a associação entre os herbicidas 2,4-D+haloxifop, com 32%de controle. Aos 21DAA os herbicidas haloxifop e cletodim apresentarampercentual de controle de 91% e 69%, respectivamente. Nas associações2,4D+Haloxifop e 2,4-D+Cletodim os percentuais de controle foram 99% e68%, respectivamente, semelhante ao desempenho dos herbicidas de formaisolada. Aos 35DAA foi observado um controle eficiente (100%) do capim pé-de-galinha para todos tratamentos com os inibidores da ACCase, isolados ouem associação com o 2,4-D. Portanto, os herbicidas cletodim e haloxifopapresentaram eficiência no controle quando associados ao herbicida 2,4-D,não sendo observado efeito antagônico da mistura.

Palavras-chave: Graminicidas; Eleusine Indica; Interação Entre Herbicidas.

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SISTEMA DE ROTAÇÃO/SUCESSÃO DE CULTURAS,HERBICIDAS E COBERTURAS DE INVERNO PARA O

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

Bianca Antoniolli Zanrosso

Dieferson Frandaloso; Eduardo Carlos Rüdell; Fernando Machado dosSantos; Henrique Solagna

RESUMO

Com o surgimento de plantas daninhas resistentes aos herbicidas, oagricultor necessita de outros métodos que sejam sustentáveis eeconomicamente viáveis para o controle das mesmas em suas áreas decultivo. O objetivo do trabalho foi avaliar a interação entre as coberturas deinverno, sistema de rotação/sucessão e manejos de invasoras em pósemergência sobre a produtividade da cultura da soja e população de plantasdaninhas. O experimento foi realizado na área experimental do InstitutoFederal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – CampusSertão. Foram comparados seis coberturas de inverno, sendo elas: 1- Pousio;2- Trigo; 3- Centeio + Nabo; 4- Centeio + Ervilhaca; 5- Centeio; 6- Aveia.Dois sistemas de produção: 1- Sucessão; 2- Rotação de culturas. Trêsmanejos com herbicidas: 1- Sem Herbicida; 2- Glyphosate; 3- Glyphosate +Chlorimuron-ethyl. O delineamento experimental foi de blocos casualizados,arranjados em esquema fatorial 6 X 2 X 3 (Coberturas de inverno XRotação/sucessão de culturas X Manejos de plantas daninhas em pósemergência), com quatro repetições. Cada parcela possuía área de 30 m²(2,5m de largura por 12 m de comprimento). Os dados obtidos foramsubmetidos à ANOVA (p≤0,05), e posteriormente suas médias foramcomparadas pelo teste de TUKEY a 5% de significância. O uso de herbicidaspós emergentes no verão proporciona maior produtividade da cultura dasoja; O trigo propicia maior produtividade da cultura da soja, quandocomparado às outras coberturas utilizadas; Não houveram diferenças

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estatísticas entre os diferentes manejos de herbicidas pós-emergentes naprodutividade da cultura do milho. Centeio, aveia, ervilhaca + centeio epousio não diferiram estatisticamente na produtividade da cultura do milho,sendo que todos a beneficiam de forma igualitária. A quantidade de massaseca produzida pelas coberturas de inverno influencia diretamente naquantidade de plantas daninhas encontradas por m², sendo que quantomaior a quantidade de palha, menor o número de plantas daninhas e viceversa.

Palavras-chave: Consórcio Entre Espécies; Centeio; Área De Posuio; Aveia;Trigo.

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Interação entre haloxifop e cletodim com herbicidaslatifolicidas para controle de azevém

Luana Jessica Da Silva Ferreira

Jéssica Ferreira Lourenço Leal; Gledson Soares de Carvalho; Ana CarolinaOliveira Chapeta; Aroldo Ferreira Lopes Machado; Camila Ferreira de Pinho;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Rj; Brasil

RESUMO

O azevém (Lolium perene ssp. multiflorum) é uma gramínea de inverno eciclo anual que est presente em muitas lavouras de cereais e em pomares daregião sul do Brasil. Como as espécies de plantas infestantes apresentam-se,quase sempre, de maneira muito heterogênea no solo, o uso de graminicidascom latifolicidas faz-se necessária no manejo com aplicações em mistura eem sequencial. O objetivo deste estudo foi avaliar a interação do haloxifop ecletodim com os herbicidas 2,4-D, clorimuron e cloransulam aplicados emsequencial ou mistura para o controle do azevém. Os três ensaios foramrealizados em delineamento de blocos casualisados, em esquema fatorial3x2, com quatro repetições. O fator A foi constituído dos herbicidas: Ensaio I- haloxifop-p-metil (62,35 g a.i. há-1), clethodim (108 g a.i. há-1) eclorimuron (20 g a.i. há-1); Ensaio II - haloxifope-p-metilo, clethodim ecloransulam-metilo (39,95 g a.i. há-1) e; Ensaio III - haloxifope-p-metilo,clethodim e 2,4-D (1005 g a.e. há-1) . O fator B foi a modalidade de aplicaçãodos herbicidas: mistura em tanque ou sequencial (mesmo dia). Foramadicionados tratamentos com os herbicidas isolados e o controle semaplicação. Aos 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA), foram realizadosavaliação visual de controle e a análise de fluorescência transiente daclorofila a. Os dados de controle foram submetidos a ANOVA e as médiascomparadas pelo teste LSD a 5% de probabilidade e os dados defluorescência pelo Teste JIP. Não houve interação entre mistura e sequencialpara as análises de controle visual e a massa seca da parte aérea. Com base

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nos resultados deste estudo, haloxifope não deve ser aplicado em associaçãocom 2,4-D, devido à redução de 86% no controle da espécie. Haloxifope ecletodim isoladamente, assim como a associação entre cletodim+2,4D,cletodim+clorimuron, cletodim+cloransulam, haloxifope+cloransulam ehaloxifope+clorimuron, mostraram bom desempenho no controle de azevém.As misturas de ACCase+clorimuron e ACCase+cloransulam são boasalternativas no controle do azevém quando em conjunto com espécies defolha larga presentes na mesma área de cultivo. Embora as misturas dosherbicidas inibidores da ACCase com cloransulam ou clorimuron não tenhamefeito antagônico no controle do azevém, o controle é mais lento em relaçãoaos herbicidas inibidores da ACCase isoladamente até 21 dias após aplicaçãodos herbicidas.

Palavras-chave: Lolium Perene Ssp Multiflorum; Antagonismo; Graminicidas;Mistura Em Tanque.

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Influência do período de seca na eficácia de controle deflumioxazin em ambiente de cana-de-açúcar

Jéssica Cursino Presoto

Jeisiane de Fátima Andrade - Escola Superior de Agricultura "Luiz deQueiroz" - ESAL/USP; Acácio Gonçalves Netto - Escola Superior de

Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ/USP; Marcelo Rafael Malardo -Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ/USP; Marcelo

Nicolai - Agrocon Assessoria Agronômica; Pedro Jacob Christoffoleti - EscolaSuperior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ/USP

RESUMO

O sucesso das aplicações de herbicidas em condições de pré-emergência nacultura da cana-de-açúcar depende de alguns fatores como as característicasfísico-químicas dos herbicidas, bem como suas interações com os fatoresambientais, com os atributos do solo, e com a presença de palhada,resultante da colheita de cana crua na área. Além disso, o tempo em que oherbicida permanecerá no solo ou na palhada após a aplicação, sem aocorrência de chuvas, também pode influenciar na eficácia da aplicação,uma vez que as moléculas podem ser degradadas, volatilizadas, ouadsorvidas nas superfícies. Desta forma, objetivou-se com o presentetrabalho avaliar os efeitos de diferentes períodos de permanência doherbicida flumioxazin no solo e na palha de cana-de-açúcar antes daocorrência da primeira chuva simulada. Foram conduzidos doisexperimentos independentes, em condições de casa-de-vegetação, umavaliando a aplicação sobre o solo, e outro sobre a palhada. Foi utilizadocomo espécie bioindicadora o capim-colonião e o delineamento experimentaladotado foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial 6 x 6, em que seisforam os períodos de permanência na palhada, ou no solo (0, 15, 30, 45, 75 e90 dias), e seis foram as doses herbicida (0D; 1/4D; 1/2D; 1D; 2D e 4D),sendo D a dose de 500 g i.a. L-1, com quatro repetições. Foram realizadas

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avaliações percentuais de controle, e massa seca, aos 35 dias após aaplicação. Os dados foram ajustados ao modelo de curva dose-respostaproposta por Knezevic et al. (2007). Diante das aplicações de flumioxazindiretamente sobre o solo, a eficácia de controle foi satisfatória,principalmente na dose D, independente do período de permanência no solosem a precipitação. Já quando as aplicações ocorreram sobre a palhada, operíodo de permanência influenciou na eficácia do produto, de modo operíodo de 75 dias necessitou de incremento na dose para aumentar aquantidade de produto capaz de chegar ao solo e manter os níveis deeficácia, enquanto para o período de 90 dias o incremento da dose não foicapaz de elevar o nível de eficácia, mantendo percentuais de até 80%. Destaforma, o período de seca não influência a eficácia do herbicida flumioxazinnas aplicações sobre o solo, diferente das aplicações sobre a palhada comperíodos superiores a 75 dias.

Palavras-chave: Regime Hídrico; Panicum Maximum; Dinâmica DeHerbicidas.

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Melatonin safens bentazon to sweetpotato (Ipomoeabatatas) in vitro

Giovanni Antoniaci Caputo

Matthew Cutulle

RESUMO

Weed competition is one of the most critical limiting factors for sweetpotato(Ipomoea batatas L.) production. Environmental conditions, associated withlimited options for post-emergent weed control, make yellow nutsedge(Cyperus esculentus L.) a severe problem in sweetpotato production for theSoutheastern region. The research was conducted to evaluate the planthormone melatonin on its ability to safen the herbicide bentazon, which is anherbicide that has nutsedge activity. Bioassays using Murashige and Skoog(MS) media supplemented with melatonin (0.232 g a.i./L and 0.023 g a.i./L)and bentazon (0.24 g a.i./L) were conducted to evaluate the effect ofbentazon on sweetpotato injury and to determine the interactive response ofsweetpotato to bentazon and exogenously applications of melatonin. Thesweetpotato cultivar ‘Beauregard’ appeared inherently more tolerant tobentazon, requiring dosages two-times higher to cause the same injury whencompared to the other cultivars. When melatonin was incorporated into themedia, sweetpotato showed less herbicide injury and greater plant mass,than plants treated only with bentazon. We found that melatonin reduces thedamage caused by bentazon in sweetpotato, nevertheless, more research isnecessary to evaluate the mechanism of safety that melatonin.

Palavras-chave: Antioxidant; Tissue Culture; Weed Management.

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Subdoses de glyphosate favorece a dinâmica foliar eeficiência fotossintética de plantas de café

Renato Nunes Costa

Natalia da Cunha Bevilaqua¹; Bruno Flaibam Giovanelli¹; Vinicius GabrielCaneppele Pereira¹; Caio Antonio Carbonari¹; Edivaldo Domingues Velini¹.;

¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”; Faculdade deCiências Agronômicas; Botucatu; SP; Brasil

RESUMO

O glyphosate é um herbicida não seletivo de ação sistêmica, que ao inibir aenzima 5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato sintase (EPSPs) compromete aprodução de aminoácidos aromáticos essenciais e, consequentemente, ocrescimento e desenvolvimento vegetal, porém em baixas doses podepromover o estímulo de parâmetros morfológicos, fisiológicos e bioquímicosdas plantas, o que pode ser entendido como hormesis. Dessa forma,objetivou-se avaliar o efeito hormético do glyphosate sobre dinâmica foliar ea eficiência fotossintética de plantas de café. Mudas de café (Coffea arabicacv Catuaí Vermelho IAC-144) foram transplantadas em vasos de 6 L,preenchidos com a mistura de solo e substrato, na proporção de 3:1. Asplantas foram mantidas em condições de campo, dispostas em delineamentointeiramente casualisado com cinco repetições e submetidas a dez doses deglyphosate: 0; 11,25; 22,5; 45; 90; 180; 360; 720; 1440 e 2880 g e.a. ha-1. Asavaliações foram realizadas por meio de variáveis morfológicas, quecaracterizam o crescimento foliar: número de folha, área foliar, índice deárea foliar, taxa de expansão e emissão foliar, e variáveis de trocas gasosas efluorescência da clorofila para caracterizar o desempenho fisiológico. Aaplicação de subdoses de gyphosate favoreceu o aumento no número defolhas com incremento de até 13% em uma dose de 30 g e.a. ha-1. Para áreafoliar, índice de área foliar e taxa de expansão foliar o estímulo máximo foide 19%, 19% e 26,2%, respectivamente, na dose de 20 g e.a. ha-1. Assim

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como o número de folhas, a taxa de expansão foliar teve incremento máximo(24,9%) na dose de 30 g e.a. ha-1. As variáveis inerentes as trocas gasosas efluorescência da clorofila apresentaram, em sua maioria, efeito hormético doglyphosate, em que se observou aumento na assimilação de CO2 (39%),transpiração (22,1%), condutância estomática (31,4%), eficiência decarboxilação (58,7%), taxa de transporte de elétrons (14,7%) e eficiênciafotoquímica efetiva do fotossistema II (14,8%). O aumento da taxatranspiratória e da condutância estomática não acarretou perda de eficiênciado uso da água. Desta forma, a aplicação em baixas doses de glyphosateapresenta implicações positivas sobre a morfologia e fisiologia de plantas decafé.

Palavras-chave: Hormesis; Estímulo De Crescimento; Trocas Gasosas;Fluorescência Da Clorofila.

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Efeito dos herbicidas mesotrione e nicosulfuron aplicadosem capim-paiaguás.

Maria Elena Silva Montanhani

Leandro Trpaldi- Universidade Estadual Paulista- Dracena; Ivana PaulaFerraz Santos de Brito- Universidade Estadual Paulista- Botucatu; Gelci

Carlos Lupatini- Universidade Estadual Paulista- Dracena; Ana Karollyna deMatos- Universidade Estadual Paulista- Botucatu; Evandro Pereira Prado-

Universidade Estadual Paulista- Dracena

RESUMO

Em sistemas de cultivos consorciados com culturas de grãos a supressãotemporária da forrageira, realizada mediante aplicação de herbicidas, visareduzir a competição e as perdas de produtividade. Contudo, a escolha dosherbicidas e dosagens, afim de reduzir riscos de fitointoxicação, ainda éconsiderado um grande desafio. Desse modo, esse trabalho avaliou o efeitode mesotrione e nicosulfuron em plantas de capim-paiguás (Urochloabrizantha ‘BRS Paiaguas’). Os tratamentos consistiram de doses isoladas demesotrione (7,5, 15, 30, 60, 120 g i.a. ha-1) e nicosulfuron (4, 8, 16, 32 e 64g i.a. ha-1) e em mistura (7,5+64, 15+32, 30+16, 60+8, 120+4 g i.a. ha-1,respectivamente), além da testemunha sem aplicação, sendo o experimentoconduzido em casa de vegetação, com cinco repetições em delineamento aoacaso. As aplicações ocorreram no início do perfilhamento das plantas,sendo avaliadas a fitointoxicação e a redução da massa seca total (MST) aos28 dias após a aplicação (DAA). Os dados foram submetidos à análise devariância (p≤0,05) e a interação das misturas foi estudada aplicando-se osdados ao modelo proposto por Colby. O mesotrione isolado promoveufitointoxicação máxima de 49% em relação ao controle, reduzindo o acúmulode MST em 53,41% em relação a testemunha, mesmo utilizando a maiordose. O nicosulfuron provocou alta intoxicação nas plantas mesmo na menordose utilizada (54% em 4 g i.a. ha-1). A mistura de mesotrione e nicosulfuron

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nas proporções utilizadas apresentaram efeito antagônico, causandofitointoxicação e redução de MST sempre superiores a 60%. Assim, concluiu-se que subdoses de mesotrione têm potencial de supressão de plantas decapim-paiaguás, enquanto que subdoses de nicosulfuron isoladas e emmistura podem prejudicar severamente o estabelecimento das mesmas.

Palavras-chave: Consórcio; Integração Lavoura-pecuária; Mistura DeHerbicidas; Subdoses.

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Herbicidas, pré e pós-emergentes em associações, nocontrole da buva aplicados em pré-semeadura da soja

Roniereson Mateus Heineck Da Silva

Alfredo Junior Paiola Albrecht; Universidade Federal do Paraná; Palotina;PR; Brasil; Leandro Paiola Albrecht; Universidade Federal do Paraná;

Palotina; PR; Brasil; Samuel Neves Rodrigues Alves; FMC; Paulínia; SP;Brasil; Juliano Bortoluzzi Lorenzetti; Universidade Federal do Paraná;

Curitiba; PR; Brasil; Maikon Tiago Yamada Danilussi; Universidade Federaldo Paraná; Curitiba; PR; Brasil

RESUMO

A planta daninha buva (Conyza spp.) apresenta biótipos relatados resistentesaos herbicidas glyphosate, paraquat, inibidores da ALS, entre outros.Acredita-se que a aplicação de herbicidas com ação pré-emergente,associados a herbicidas dessecantes, seja eficaz no controle da buva nomanejo pré-semeadura da soja. Assim, objetivou-se avaliar a eficácia deherbicidas com ação pré-emergente, em associações com dessecantes, nocontrole da buva. Também, avaliar os sintomas de injúria nas plantas desoja. Foi conduzido experimento em Palotina, PR, safra 2018/19, emdelineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentosforam compostos pela aplicação de sulfentrazone/diuron (245/490 i.a. ha-1),imazethapyr/flumioxazin (100/50 g e.a./i.a. ha-1), diclosulam (25 g i.a. ha-1),em associações com os dessecantes paraquat (400 g i.a. ha-1), diquat (400 gi.a. ha-1) e glufosinate (500 g i.a. ha-1) além do tratamento controle (semaplicação) totalizando 10 tratamentos. A semeadura da soja ocorreu nomesmo dia da aplicação, imediatamente após. Foi avaliado o controle debuva e os sintomas de injúria nas plantas de soja. Foi realizada análise devariância, e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste deTukey. Os tratamentos herbicidas foram eficazes no controle, sem diferençasentre as associações dos 21 aos 35 dias após a aplicação. Foram observadas

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algumas diferenças entre os tratamentos herbicidas aos 7 e 14 DAA, contudosutis diferenças, com todos controles de no mínimo 89%. Aos 35 DAA foiobservado controle de no mínimo 94,8%, para as associações herbicidas.Foram observadas diferenças entre os tratamentos em algumas avaliações,contudo, sem apresentar grandes potenciais fitotóxicos, apenas tendênciasapontando para diclosulam. Os sintomas foram de até 9% (aos 28 DAA),enquanto na última avaliação variaram de 2,0 a 6,8%. As associações deherbicidas foram eficazes no controle da buva, para aplicação em pré-semeadura da soja.

Palavras-chave: Herbicidas Dessecantes; Herbicidas Em Pré-emergência;Eficácia; Glycine Max; Conyza Spp.

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Controle de poaia-branca na pós-emergência de milho RR

Fernando Cesar Munaro

Jean Carlo Tadashi Tamanaha Watanabe / Sumitomo Chemical; DiegoCembranel / Centro Universitário da Grande Dourados; Daniela Maria

Barros / Universidade Federal da Grande Dourados

RESUMO

O milho é uma das principais culturas brasileiras, produzindo mais de 100milhões de toneladas por ano. No entanto, essa produção é afetadaprincipalmente pela competição entre as plantas daninhas, dentre as quais apoia branca (Richardia brasiliensis) vem se destacando, isso se deve adificuldade de controle dentro da cultura em questão. Logo, o objetivo dessetrabalho foi avaliar o controle de R. brasiliensis através do uso dosherbicidas atrazina e glifosato, com diferentes concentrações e associadosou não na pós-emergência de milho tolerante a glifosato (RR). O plantio doexperimento foi realizado em 15/05/2020 e conduzido até 04/08/2020 naestação de pesquisa da Sumitomo Chemical, no município de Dourados-MS.O delineamento experimental foi blocos casualizados constituído por 10tratamentos. Todos os tratamentos, exceto a testemunha, receberam óleomineral Agris na dose de 0,5L/ha. Os tratamentos foram: T1-Testemunha;T2-Crucial (i.a. glifosato 698 g/L, dose 2L/ha); T3-Gesaprim (i.a. atrazina500g/L, dose 2 L/ha); T4-Gesaprim (i.a. atrazina 500g/L, dose 4 L/ha); T5-Atraer (i.a. atrazina 900g/L, dose 1,111kg/ha); T6-Atraer (i.a. atrazina900g/L, dose 2,222kg/ha); T7-Crucial (i.a. glifosato 698g/L, dose 2L/ha) +Gesaprim (i.a. atrazina 500g/L, dose 2 L/ha); T8-Crucial (i.a. glifosato 698g/L, dose 2L/ha) + Atraer (i.a. atrazina 900g/L, dose 1,111kg/ha); T9-Crucial(i.a. glifosato 698g/L, dose 2L/ha) + Gesaprim (i.a. atrazina 500g/L, dose 4L/ha); T10-Crucial (i.a. glifosato 698 g/L, dose 2L/ha) + Atraer (i.a. atrazina900g/L, dose 2,222kg/ha). As avaliações foram realizadas aos 7, 14, 21, 28 e35 dias após a aplicação (DAA) e consistiram em notas de 0%-100%, sendo

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0% nenhum controle e 100% planta morta. Para o controle de R. brasiliensishouve diferença significativa entre os tratamentos, sendo que os tratamentosT3 e T5 apresentaram performance insatisfatória aos 35 DAA com controlesde 5,50% e 6,25%, respectivamente. Os demais tratamentos apresentaramcontroles acima de 75% e foram estatisticamente iguais, com destaque paraT2, T9 e T10 que obtiveram controle superior a 95% aos 35 DAA. Conclui-seque para o controle de R. brasiliensis em milho RR a atrazina utilizadaisoladamente necessitou de 2000 gramas de i.a. por hectare, e que oglifosato é uma boa ferramenta usado isoladamente ou em associação comdiferentes doses de atrazina.

Palavras-chave: Richardia Brasiliensis; Herbicida; Atrazina.

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Controle de plantas daninhas na cultura da cebola emfunção da ponta de pulverização e da mistura em tanque de

herbicidas

Fabrício Flávio Amler

Dionatan Alan Amler; Sidinei Leandro Klöckner Stürmer; Naiara Guerra;Antonio Mendes de Oliveira Neto

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle de plantas daninhas nacultura da cebola, implantada por transplante de mudas, em função da pontade pulverização e da mistura em tanque de herbicidas. O experimento foiconduzido em área comercial de produção de cebola, com a cultivarJuporanga, no município de Imbuia, SC. O delineamento utilizado foi o deblocos casualizados e os tratamentos foram organizados em esquema fatorial(2 x 4) + 2 e quatro repetições. Avaliou-se dois modelo de ponta depulverização (Impacto: TT 110 015 e Indução de ar: ADIA 110 02) e quatrotratamentos herbicidas (ioxynil + flumioxazin 250 + 75 g i.a. ha-1, ioxynil +pendimethalin 250 + 1.200 g i.a. ha-1, diuron + flumioxazin 500 + 75 g i.a.ha-1 e diuron + pendimethalin 500 + 1.200 g i.a. ha-1), além de duastestemunhas, uma capinada e outra sem capina. As variáveis avaliadasforam: controle de Amaranthus deflexus, Sonchus oleraceus, Coronopusdidymus e Polygonum persicaria, fitointoxicação, estande de plantas,diâmetro médio de bulbo, peso médio do bulbo, produtividade comercial debulbos e produtividade total de bulbos. Todos os tratamentos controlaramtotalmente as espécies A. deflexus, S. oleraceus e P. persicaria. Para C.didymus, os níveis de controle foram significativamente inferiores notratamento com diuron + pendimethalin aplicado com a ponta ADIA 110 02.Os sintomas de fitointoxicação mais intensos foram observados nostratamentos com ioxynil + flumioxazin e diuron + flumioxazin. As misturasem tanque de herbicidas e as pontas de pulverização não influenciaram os

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componentes de produção e a produtividade da cebola. Conclui-se quetratamentos foram eficientes no controle das plantas daninhas e seletivospara cultura cebola, cultivar Juporanga, implantada por transplante demudas.

Palavras-chave: Allium Cepa; Inibidores Do Fotossistema II; Seletividade DeHerbicidas; Transplante De Mudas.

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NÍVEL DE DANO ECONÔMICO DE PLANTAS DANINHAS NASOJA ENLIST E3™

Eduardo Roncatto

Mariana Munaro1; Bruna Dal’Pizol Novello1; Arthur Arrobas MartinsBarroso1; 1Universidade de Federal do Paraná

RESUMO

Plantas daninhas são responsáveis por perdas de produtividade em culturasagrícolas, dentre elas a soja. O nível de dano econômico das plantasdaninhas corresponde à densidade da espécie em que o custo de controle seiguala ao prejuízo de produtividade, sendo calculado baseado em níveis deinterferência, potencial produtivo da cultura sem interferência, preço pagopela produção, custo e eficiência do método de controle adotado. Estecálculo auxilia na adoção de estratégias de manejo, além de mitigar o usoerrôneo dos herbicidas. Primeiramente avaliou-se a eficácia de controle deIpomoea hederifolia, Euphorbia heterophylla, Conyza spp. e Richardiabrasiliensis com diferentes herbicidas. Após foi calculado o Nível Crítico deDano das mesmas espécies onde a soja foi semeada em vasos de 8 litros comdensidade de 21 plantas m-² e cada espécie de planta daninha comdensidades de 21, 42, 84, 168 e 336 plantas m-². Após a determinação destesparâmetros partiu-se para a o cálculo do Nível de Dano Econômico, sendoeste sempre inferior à uma planta m-², ou seja, deve-se realizar o controle daespécie independentemente de sua densidade por metro quadrado, devendoa semeadura e colheita ocorrerem no limpo.

Palavras-chave: Conyza Spp; Euphorbia Heterophylla; Richardia Brasiliensis;Ipomoea Hederifolia.

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Subdoses de herbicidas pós?emergentes no consorcio demilho e braquiária

Nagilla Moraes Ribeiro

Yanna Karoline Santos da Costa - Universidade Estadual Paulista;Jaboticabal; SP; Brasil; Karina Petri dos Santos - Universidade Estadual

Paulista; Jaboticabal; SP; Brasil; Artur Rodrigues Oliveira - UniversidadeEstadual Paulista; Jaboticabal; SP; Brasil; Guilherme Alves Da Rosa - Colégio

Técnico Agrícola “José Bonifácio” - Universidade Estadual Paulista;Jaboticabal; SP; Brasil; Leonardo Bianco de Carvalho - Universidade

Estadual Paulista; Jaboticabal; SP; Brasil

RESUMO

A introdução de espécies forrageiras no sistema de produção de grãos viaconsórcios, vem sendo adotado pelos agricultores e trata-se de umaexcelente alternativa para a sustentabilidade dos sistemas agrícolastropicais. No consórcio de milho-braquiária, as forrageiras são manejadascom subdoses de herbicidas, para que possam ser utilizadas no sistema deintegração lavoura pecuária para formação de pastagens. Desta forma, oobjetivo da pesquisa foi avaliar os efeitos de subdoses de herbicidaspós?emergentes aplicados no milho safrinha, solteiro e consorciado comUrochloa decumbens, e, a eficácia desses no controle de plantas daninhas.Para tal foi realizado um experimento em campo, constituído de 6tratamentos estabelecidos no delineamento de blocos casualizados emesquema fatorial 5 x 2, com quatro repetições. O primeiro fatorcorrespondeu à aplicação dos herbicidas: atrazine (1500 g i.a. ha-1); atrazine+ glyphosate (1500 g i.a. ha-1 + 45 g e.a. ha-1); atrazine + glyphosate (1500g i.a. ha-1+ 22,5 g e.a. ha-1); além das duas testemunhas (capinada e nãocapina), e o segundo fator correspondeu aos dois sistemas de cultivo: milhosolteiro e o consórcio de milho e U. decumbens. Os herbicidas foramaplicados aos 35 dias após o plantio (DAP), o milho encontrava-se no estádio

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fenológico V6 e U. decumbens no estádio de 4-6 perfilhos. Avaliou-se ocontrole das plantas daninhas e fitotoxicidade para braquiária aos 7, 14, 28,e 35 dias após aplicação (DAA). Os herbicidas foram eficazes no controle dasplantas daninhas, principalmente no sistema de consórcio. No consórciomilho-braquiária ocorreu a diminuição da presença de plantas daninhas,principalmente de dicotiledôneas. A associação de atrazine + glyphosate(1500 g i.a. ha-1+ 22,5 g e.a. ha-1) foi seletiva para a U. decumbens. Aaplicação de atrazine + nicosulfuron (1500+ 7 g i.a. ha-1) afetou o acúmulode biomassa seca da braquiária, com redução de aproximadamente 40%. Orendimento de grãos de milho não foi afetado pela forrageira. As subdosesdos herbicidas afetaram o rendimento da palhada, no entanto, a produção depalha do consórcio superou a do cultivo solteiro. Conclui-se que as subdosesdos herbicidas em associação a atrazine afetaram o rendimento da palhada eo sistema de consórcio proporcionou maior rendimento de palha

Palavras-chave: Urochloa Supressão Palhada Cultivos Consorciados.

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Atividade enzimática de plantas de buva resistente esuscetível ao herbicida paraquat

Vinicius Gabriel Caneppele Pereira

Renato Nunes Costa1; Natalia da Cunha Bevilaqua1; Bruno FlaibanGiovanelli1; Caio Antonio Carbonari1; Edivaldo Domingues Velini1;

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP);Botucatu; SP; Brasil

RESUMO

A resistência de plantas daninhas aos herbicidas é um dos principaisdesafios da agricultura atual. Desta maneira, a compreensão docomportamento da resistência destas plantas daninhas torna-se necessário afim de auxiliar na tomada de decisão. Diante do exposto, o objetivo destetrabalho é de avaliar a atividade enzimática de plantas de Conyzasumatrensis resistente e suscetível ao herbicida paraquat. Para tanto,ensaios foram conduzidos em casa de vegetação em delineamentointeiramente casualizados com quatro repetições e a aplicação de duas dosesde paraquat (0 e 800 g i.a ha-1) em biótipos de buva resistente e suscetívelao herbicida, coletando-se amostras com 4 HAA para análise da atividadeenzimática. Avaliou-se a peroxidação de lipídeos através da quantificação demalondialdeído (MDA) e a atividade das enzimas superóxido dismutase(SOD), peroxidase (POX), catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX). Osdados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F (p≤0,05)e as médias comparadas pelo teste de tukey (p≤0,05) calculando-se ointervalo de confiança. A peroxidação de lipídeos após a aplicação doherbicida aumentou em 30% e 179% nas plantas resistentes e suscetíveis,respectivamente, representando 40,6% maior acúmulo de MDA nas plantassuscetíveis após a aplicação. A atividade natural (ausência do herbicida) dasenzimas SOD, CAT e APX foi maior para as plantas resistentes (63%, 285% e55%, respectivamente). Após a aplicação de paraquat, observou-se aumento

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na atividade de todas as enzimas analisadas para o biótipo resistente. Asplantas suscetíveis, aumentaram a atividade apenas da enzima catalase apósa aplicação, verificando redução na atividade das demais enzimas. Avaliandoos dois biótipos após a aplicação de 800 g i.a ha-1 de paraquat verifica-seque para as quatro enzimas analisadas a atividade nas plantas resistentes foisuperior, apresentando 260%, 206%, 267% e 253% maior atividadeenzimática para SOD, CAT, POX e APX nas plantas resistentes. Destamaneira, verifica-se que a atividade do sistema antioxidante das plantas debuva resistente ao paraquat é mais eficiente, possibilitando que a planta serecupere do estresse oxidativo gerado pela aplicação do herbicida inibidordo fotossistema I.

Palavras-chave: Estresse Oxidativo; Inibidores Do Fotossistema I; ConyzaSumatrensis.

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Herbicidas no controle de buva em pré-emergência da soja

Caroline Beatriz Wayhs Backes

Alfredo Junior Paiola Albrecht-UFPR.; André Felipe Moreira da Silva - CropScience Pesquisa e Consultoria Agronômica; Diego Gonçalves Alonso- Ouro

Fino Agrociência; Roberto Estevão Bragion de Toledo- Ouro FinoAgrociência; Edson Donizeti de Mattos- Ouro Fino Agrociência

RESUMO

Acredita-se que a aplicação de herbicidas, em pré-semeadura da soja, sejaeficaz no controle da buva (Conyza sumatrensis). Portanto, objetivou-seavaliar a eficácia de herbicidas aplicados em pré-emergência da soja, um diaapós a semeadura, no controle da buva. O experimento foi conduzido emPalotina, PR, safra 2018/19. Foi utilizado delineamento de blocoscasualizados, com quatro repetições. Com tratamentos compostos pelaaplicação de imazethapyr/flumioxazin (100/50 g i.a. ha-1), sulfentrazone (300g i.a. ha-1), sulfentrazone + clomazone (200 + 500 g i.a. ha-1), sulfentrazone+ imazethapyr (200 + 100 g i.a. ha-1), sulfentrazone + metribuzin (200+360g i.a. ha-1), sulfentrazone + diclosulam (200 + 25,2 g i.a. ha-1),sulfentrazone + diuron (200 + 200 g i.a. ha-1), sulfentrazone + clomazone +metribuzin (200 + 500 + 360 g i.a. ha-1), sulfentrazone + clomazone +imazethapyr (200 + 500 + 70 g i.a. ha-1), sulfentrazone + metribuzin +imazethapyr (200 + 360 + 70 g i.a. ha-1), sulfentrazone + clomazone +diuron (200 + 500 + 200 g i.a. ha-1), sulfentrazone + metribuzin + diuron(200 + 360 + 200 g i.a. ha-1), sulfentrazone + diclosulam + diuron (200 +25,2 + 200 g i.a. ha-1), diclosulam (25,2 g i.a. ha-1), sulfentrazone/diuron(245/490 g i.a. ha-1), além dos tratamentos controle sem aplicação (com esem capina). Avaliou-se o controle da buva e injúria na soja aos 35 dias apósa aplicação, e ainda produtividade. Efetuou-se análise de variância e asmédias foram agrupadas pelo teste de Scott & Knott. Observou-se a eficáciade sulfentrazone + metribuzin + imazethapyr com controle de C.

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sumatrensis de 90,5%. Os herbicidas causaram injúrias nas plantas de soja(até 5,25%). Embora tenham sido observadas diferenças para controle einjúria na soja, isso não refletiu na produtividade, na comparação entre osherbicidas. Os herbicidas em associações, destaque para sulfentrazone,foram eficazes no controle da buva.

Palavras-chave: Conyza Sumatrensis; Glycine Max; Inibidores Da ALS;Sintomas De Injúria; Sulfentrazone.

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Hormesis por glyphosate na cultura do milho

Victor Jose Salomao Cesco

Fábio Henrique Krenchinski; Danilo Morilha Rodrigues; Caio AntonioCarbonari; Edivaldo Domingues Velini; Universidade Estadual Paulista “Júlio

de Mesquita Filho”; Botucatu; SP; Brasil

RESUMO

O glyphosate é um herbicida amplamente utilizado no controle de plantasdaninhas na cultura do milho. Além de herbicida, o manejo de glyphosatepode apresentar outras respostas nas plantas, sendo uma delas a hormesis.Este efeito é considerado um estímulo de um composto tóxico em baixasdoses e acontece quando uma curva de dose resposta é bifásica, ou seja,quando a resposta de determinado organismo a diferentes doses de umcomposto sofre variações de estímulos em baixas doses e inibição em altasdoses. A hormesis em plantas é relatado por vários autores na literatura,porém este efeito à campo parece apresentar algumas limitaçõesprincipalmente pelas influências ambientais. O objetivo deste trabalho foiavaliar o desempenho vegetativo e produtivo do milho convencional (ausenteda tecnologia RR). O experimento foi desenvolvido na Faculdade de CiênciasAgronômicas Unesp Botucatu à campo (22°50'38.0"S 48°25'29.8"W), safrade 2018, com o hibrido convencional Agroceres AG 1051® de ciclosemiprecoce no qual foi submetido à aplicação de 10 doses de glyphosate(Roundup Original 360 g. e.a. L-1) sendo elas 0; 4,5; 9; 18; 36; 72; 144; 288;576 e 1152 g. e.a. ha-1 com cinco repetições experimentais e comdelineamento de blocos ao acaso. As variáveis analisadas nodesenvolvimento vegetativo foram a altura aos 7, 14, 21 e 28 dias após aaplicação (DAA) e no momento da colheita a altura final e altura de inserçãoda espiga. Na colheita foi mensurada a produtividade e realizada avaliaçõesdo componente de espigas. A análise estatística utilizada foi de regressõesnão lineares com do modelo proposto por Brain e Coussens (1989), com

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auxílio do software R® para a variável produtividade e para as demais, foiutilizado o intervalo de confiança a 5%. A altura de plantas apresentoudiferenças significativas entre as doses de 4,5 e 36 g. e.a. ha-1 aos 7, 14 e 21DAA. Para as variáveis componentes da espiga diferenças para ocomprimento da espiga, número de grãos por fileira e para a produtividadehouve ajuste do modelo nas doses de 4,5 à 36 g. e.a. ha-1. Deste modo, oincremento de produtividade no experimente está associado ao uso desubdosagens que influenciam em resultados positivos nos componentes deprodução.

Palavras-chave: Estímulos De Crescimento; Produtividade; Zea Mays;Herbicidas.

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Interferência de adjuvantes e adubos nitrogenados naeficiência do herbicida glufosinato de amônio no controle

de buva.

Eduardo Souza De Amorim

Ana Carolina Oliveira Chapeta; Jéssica Ferreira Lourenço Leal; Amanda dosSantos Souza; Gabriella Francisco Pereira Borges de Oliveira; Camila

Ferreira de Pinho; Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

RESUMO

Adubos nitrogenados e adjuvantes são referidos como substâncias capazesde aumentar a eficiência de herbicidas pós-emergentes no controle deplantas daninhas. Entretanto, a resposta a estas substâncias não é igual paratodos os herbicidas e todos os alvos, e estudos específicos são necessários. Oobjetivo deste trabalho foi avaliar a interferência de adjuvantes e adubosnitrogenados adicionados à calda de aplicação, na eficiência do herbicidaglufosinato de amônio no controle da buva (Conyza sumatrensis). Oexperimento foi conduzido em casa de vegetação, em casualização por bloco,em esquema fatorial 5x3, com quatro repetições. O fator A foi composto peloo herbicida glufosinato de amônio (500 g ia. ha-1) isolado e em mistura comos adjuvantes Aureo, Assist, Dash e Agral. O fator B foi composto pelosadubos nitrogenados: ureia e sulfato de amônio, mais testemunha semaplicação. As aplicações foram realizadas em plantas no estádio de 13-15cm, e foram avaliadas as variáveis-resposta: controle e massa seca de parteaérea (MSPA). Os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% deprobabilidade. Houve interação significativa entre os fatores avaliados. Apartir dos resultados obtidos, para melhor desempenho no controle de buvacom o herbicida glufosinato, não é recomendado a mistura de ureia ousulfato de amônio com adjuvante Dash em calda. Por outro lado, a eficiênciade controle de buva com glufosinato foi maior quando o Agral foi utilizadoem mistura com sulfato de amônio. Independente do adjuvante utilizado, a

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adição destes a calda do herbicida glufosinato é fundamental para umcontrole mais eficaz de plantas de buva.

Palavras-chave: Conyza Sumatrensis; Interação De Herbicidas; Mistura EmTanque; Calda De Aplicação.

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Intervalo entre a roçada do capim-amargoso e aplicaçõesde graminicidas

Monique Macedo Alves

Gledson Soares de Carvalho; Luana Jéssica da Silva Ferreira; Eduardo Souzade Amorim; Gabriella Francisco Pereira Borges de Oliveira; Camila Ferreira

de Pinho; Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

RESUMO

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma das principais plantasdaninhas no Brasil. Suas características agressivas tornam o capim-amargoso uma planta daninha de difícil controle, principalmente com osurgimento de biótipos de capim-amargoso resistentes ao herbicidaglifosato. A roçada vem sendo uma alternativa para auxiliar no manejo daespécie no período de dessecação pré-plantio, reduzindo a pressão deseleção de biótipos resistentes pelo uso de herbicidas, visto que muitasvezes, devido ao estádio de desenvolvimento das plantas, são necessáriasaplicações sequenciais de graminicidas. Há estudos relacionados ao controlemecânico, porém para um manejo eficiente, é fundamental se obterinformações sobre o melhor intervalo de tempo para aplicação de herbicidasgraminicidas após a roçagem. O objetivo deste trabalho foi avaliar aeficiência da aplicação de herbicidas inibidores da enzima acetil-CoAcarboxilase (ACCase) em diferentes intervalos após a roçada de plantas decapim-amargoso. O delineamento experimental foi em blocos casualizados,em esquema fatorial 3x7 com 4 repetições. O fator A foi composto pelosherbicidas cletodim (108 g ia. ha-1), haloxifope-p-metílico (62,4 g i.a. ha-1),ambos com adição de óleo mineral a 0,5% v/v, mais a testemunha semaplicação. O fator B foi composto pelos intervalos de 2, 4, 6, 8, 10, 12 e 14dias entre a roçada e a aplicação dos herbicidas. Foram utilizadas plantas decapim-amargoso em estágio fenológico de florescimento (50 dias apósemergência) cultivadas em vasos e foram roçadas a uma altura de 10 cm. As

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análises de controle do capim-amargoso foram feitas aos 14 e 28 dias após aaplicação dos herbicidas. Os dados de controle foram submetidos a análisede variância ANOVA (p ? 0,05), sendo F significativo, foram submetidos aoteste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Não houve diferençasignificativa entre os herbicidas avaliados, sendo a resposta em relação aosintervalos de aplicação após a roçada igual para ambos. Os resultadosobtidos demonstram que, embora o número e tamanho dos rebrotes sejaconsideravelmente maior com o aumento do intervalo após a roçada, ocontrole do capim-amargoso, com os herbicidas cletodim e haloxifope, foieficiente em todos intervalos avaliados (2 a 14 dias após a roçada). Sendoassim, a aplicação dos herbicidas cletodim e haloxifop pode serrecomendada após 2 a 14 dias da roçada do capim-amargoso.

Palavras-chave: ACCase; Capina Mecânica; Digitaria Insularis.

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Desenvolvimento inicial do milho sob palhada de plantas decobertura

Gabriela Carolina Bündschen

Jeferson Dambros Richzik; Universidade Tecnológica Federal do Paraná;campus Santa Helena; Bruna Caroline Decarli; Universidade Tecnológica

Federal do Paraná; campus Santa Helena; Cíntia Maria Teixeira Fialho;Universidade Tecnológica Federal do Paraná; campus Santa Helena

RESUMO

As plantas de cobertura tem sido cada vez mais adotadas devido aos seusinúmeros benefícios ao agroecossistema, um dos destaques está nasupressão de plantas daninhas. Possuem capacidade de incrementarnutrientes pela simbiose com microrganismos, formar cobertura efetiva nosolo e reciclagem de nutrientes, podendo até mesmo aumentar aprodutividade das culturas. Objetiva-se avaliar o desenvolvimento inicial domilho em sucessão a diferentes formas de cobertura do solo, buscandoalternativas de manejo de plantas daninhas para a região oeste paranaense.O experimento foi conduzido na área experimental da UniversidadeTecnológica Federal do Paraná, Campus de Santa Helena – PR. Ostratamentos foram constituídos pelo desenvolvimento inicial do milho após ocultivo de Crotalaria ochroleuca, Fagopyrum esculentum, Mucuna pruriens,Brachiaria brizantha, Sorghum bicolor, Glycine max e testemunha emdelineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Após o cultivodas plantas de cobertura e avaliação, estas foram dessecadas para o plantiodireto do milho sob as palhadas. Aos 30, 45, 60 e 75 dias pós o plantio (DAP)do milho, foi coletado uma amostra representativa de duas plantas de cadaparcela de forma destrutiva para determinar a altura, número de folhas, áreafoliar e massa seca do milho. Os resultados foram submetidos à análise devariância, sendo a significância testada para as fontes de variaçãosignificativas pelo teste F, aplicando-se o teste de Tukey (5% de

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significância). Os tratamentos se diferem em relação a matéria seca do milhoa partir dos 45 DAP, e 75 DAP cultivado sobre palhada de C. ochroleuca, B.brizantha e S. bicolor apresentando maior altura em relação a testemunha,podendo ser reflexo da maior deposição de matéria seca sob o solo, levandoa redução da massa seca de plantas daninhas. A C. ochroleuca mostra-seviável antecedendo o milho por se destacar em vários aspectos,principalmente em relação a menor massa seca de plantas daninhas, já o F.esculentum, teve baixa massa seca, não sendo a melhor alternativa emprodução de palhada. Conclui-se que o milho foi beneficiado no seudesenvolvimento inicial sob a palhada de plantas de cobertura,principalmente da B. brizantha, C. ochroleuca e S. bicolor, e com redução damassa seca de plantas daninhas. Portanto, essas plantas de cobertura podemser alternativa viável no manejo cultural, dentro do Manejo Integrado deplantas das daninhas na região oeste do Paraná.

Palavras-chave: Cobertura Vegetal; Supressão; Zea Mays.

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Mistura de herbicidas: seletividade na cultura do milho eeficácia no controle de plantas daninhas

Karina Petri Dos Santos

Yanna Karoline Santos da Costa; Antonio Ariclezio Carlos Cruz; WilsonRoberto Cerveira Júnior; Nagilla Moraes Ribeiro; Leonardo Bianco de

Carvalho

RESUMO

As plantas de milho são muito sensíveis a interferência de plantas daninhasnos primeiros estádios de desenvolvimento. Dentre os métodos de controlede plantas daninhas, o controle químico é a ferramenta mais utilizada. Nestetrabalho, foi avaliado a seletividade ao híbrido de milho e a eficácia nocontrole de plantas daninhas do herbicida nicosulfuron (80 g p.c ha-1,Accent®) com e sem adição de subdoses de clethodim (20%, 40% e 60% de0,45 L p.c. ha-1, Poquer®) e de haloxyfop-P-methyl (20%, 40% e 60% de 0,5L p.c. ha-1, Verdict®). O experimento foi conduzido em delineamentointeiramente casualizado, com quatro repetições. O híbrido de milhoutilizado foi o AG8088 PRO 2. A aplicação dos herbicidas foi realizadaquando as plantas de milho estavam no estádio V5. Foram realizadasavaliações de seletividade e determinação de altura de plantas de milho, e deeficácia de controle das plantas daninhas aos 7, 14, 21, 28, 35, 45 e 60 diasapós aplicação (DAA). Aos 21 DAA, a altura das plantas de milho foi menor(42,9 cm) quando submetidas ao nicosulfuron+ haloxyfop (60%) e maior(148,5 cm) quando submetidas ao nicosulfuron+ clethodim (40%). As plantasde milho foram intoxicadas pela aplicação dos herbicidas, com posteriorr e c u p e r a ç ã o d e p l a n t a s , c o m e x c e ç ã o d a a p l i c a ç ã o d enicosulfuron+clethodim (60%) que ocasionou em até 25% de intoxicação nomilho aos 21 DAA, e, da aplicação de nicosulfuron+haloxyfop (40 e 60%) queproporcionou a mortalidade das plantas de milho aos 28 DAA. A partir de 28DAA, ocorreu uma recuperação na altura das plantas, não apresentando

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diferenças estatísticas entre os tratamentos. As plantas daninhas com maiorfrequência foram Digitaria insularis, Eleusine indica e Portulaca oleraceae.Aos 21 DAA a aplicação de nicosulfuron (11,3%) não foi eficiente para ocontro le das p lantas dan inhas . Ass im como, as mis turasnicosulfuron+haloxyfop (60 %), nicosulfuron+clethodim (60%)proporcionaram 46,5 e 21,3% de controle, respectivamente. Apesar daadição de subdoses de clethodim e haloxyfop ao nicosulfuron na calda termelhorado a eficácia do controle das plantas daninhas, a utilização destasmisturas afetaram negativamente o desenvolvimento das plantas de milho.

Palavras-chave: Clethodim; Haloxyfop-P-methyl; Nicosulfuron; Zea Mays.

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Efeito da Hidrazida Maleica na brotação e vigor detubérculos de tiririca

Deivide Patrik Alves

Carolina Alves Gomes (Universidade Federal de Viçosa - Campus de RioParanaíba); Marcelo Augusto do Nascimento (Universidade Federal de

Viçosa - Campus de Rio Paranaíba); Gustavo Antônio Mendes Pereira(Universidade Federal de Viçosa - Campus de Rio Paranaíba); MarceloRodrigues dos Reis (Universidade Federal de Viçosa - Campus de Rio

Paranaíba)

RESUMO

O manejo de plantas daninhas em cultivos agrícolas é um dos maisimportantes e determinantes na garantia do sucesso produtivo do agricultor.A tiririca (Cyperus spp.) é uma das espécies daninhas mais problemáticasprincipalmente em cultivos de olerícolas, onde quase sempre se realiza orevolvimento do solo. Esta espécie se propaga por sementes ouvegetativamente, podendo produzir até 4 t ha-1 de rizomas e tubérculosnuma profundidade de 15-20 cm do solo e esses podem permanecerdormentes por longos períodos. Devido à limitação de uso de herbicidas emolerícolas, pesquisas que busquem alternativas de controle que não usemesses produtos são de suma importância para o setor. Sendo assim, estetrabalho foi proposto com o objetivo de comprovar os efeitos de doses deHidrazida Maleica no vigor e brotação de tubérculos de tiririca. Para isso, foirealizado um ensaio em casa de vegetação em vasos, utilizando odelineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. Os tratamentoscorresponderam às doses de Hidrazida Maleica (0; 5; 7,5; 10; 15; 20 e 20 +20 L ha-¹). Os tubérculos foram coletados em áreas de cultivo de olerícolas eposteriormente foram plantados três tubérculos em cada vaso parapropagação da tiririca. Quando as plantas atingiram floração foi realizada aaplicação dos tratamentos sobre as plantas adultas, e aos 7 dias após a

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última aplicação, foi retirada a irrigação dos vasos, induzindo a morte dasplantas. Posteriormente, os tubérculos foram contabilizados e replantados.Aos 155 dias após transplantio foi avaliada a porcentagem de inibição dabrotação dos tubérculos (IB), a matéria seca da parte aérea (MSPA), e ovigor de 50 tubérculos por tratamento através do teste do tetrazólio. Osdados obtidos para IB e MSPA foram submetidos à análise de regressão, comexceção do tratamento com dose sequencial. A IB aumentou linearmentecom o incremento de doses da Hidrazida Maleica. A aplicação sequencial deHidrazida Maleica resultou na maior inibição (96,82%). Já a MSPA tambémfoi alterada linearmente, no entanto, com efeito inversamente proporcionalao aumento das doses da Hidrazida Maleica. A aplicação sequencialacarretou na maior redução de matéria seca. Pelo teste do tetrazólio não foipossível observar diferença no vigor de tubérculos entre os tratamentos.Conclui-se que a Hidrazida Maleica reduz a brotação de tubérculos detiririca, podendo ser uma importante alternativa futura para o controle dessaespécie em cultivos agrícolas.

Palavras-chave: Inibição De Brotação; Cyperus Rotundus; ControleAlternativo; Olerícolas.

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Controle de buva, com aplicação sequencial desaflufenacil/imazethapyr e outros herbicidas, em pré-

semeadura da soja.

Felipe Ortolan Dazzi

Alfredo Junior Paiola Albrecht¹; Leandro Paiola Albrecht¹; André FelipeMoreira Silva²; Romulo Augusto Ramos³; Corina Colombari¹; ¹Universidade

Federal do Paraná; Palotina; PR; Brasil ²Crop Science Pesquisa e ConsultoriaAgronômica; Palotina; PR; Brasil ³Basf S.A.; Santo Antônio de Posse;

Palotina; PR; Brasil.

RESUMO

A planta daninha buva (Conyza sumatrensis) apresenta crescentes relatos debiótipos resistentes ao glyphosate e outros herbicidas, faz-se assimnecessário o manejo proativo. Portanto o objetivou-se avaliar a eficácia deherbicidas, na dessecação pré-semeadura, com aplicação sequencial nasemeadura da soja, no controle de buva. O estudo foi realizado em campo,em Palotina, PR, safra 2018/19. O delineamento utilizado foi o de blocoscasualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos pelaaplicação de glyphosate (1.500 g e.a. ha-1) em associações com 2,4-D (670 ge.a. ha-1), saflufenacil (35 g i.a. ha-1) e/ou diclosulam (25,2 g i.a. ha-1) comaplicação sequencial de paraquat (400 g i.a. ha-1), glyphosate, diclosulam,flumioxazin/imazethapyr (100/50 g i.a. ha-1), saflufenacil/imazethapyr(35,6/100,4 g i.a. ha-1), clethodim (144 g i.a. ha-1) e/ou imazethapyr (100 ge.a. ha-1), além da testemunha sem aplicações, em um total de 12tratamentos. A aplicação sequencial ocorreu 10 dias após a primeiraaplicação. no mesmo dia da semeadura da soja. Foram avaliados controle debuva, sintomas de injúria nas plantas de soja e produtividade. Os dadosforam submetidos a análise de variância e teste F, e as médias agrupadaspelo teste de Scott e Knott. Os maiores percentuais na semeadura foramobservados para a aplicação de glyphosate + 2,4-D + saflufenacil e

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glyphosate + saflufenacil + diclosulam com valores entre 75,3 e 87,5% decontrole de buva. Aos 35 DAA, controle entre 93 e 99%, exceção paraglyphosate + 2,4-D sequencial glyphosate diclosulam (59,3%). Estesresultados de controle destacam a importância do saflufenacil no controle dabuva e demostram resultados promissores para saflufenacil/imazethapyr,pensando-se no sistema e nas outras plantas daninhas. Todos tratamentosmostraram-se seletivos a soja, maiores sintomas de injúria quando se tinha apresença do herbicida diclosulam, mas isso não resultou em danos aodesempenho agronômico da cultura.

Palavras-chave: Inibidores Da PROTOX; Inibidores Da ALS; Seletividade;Glycine Max (L) Merr.

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Opções de herbicidas no controle de buva, com aplicaçãosequencial de saflufenacil/imazethapyr, em pré-semeadura

da soja

Évelin Mariana Schroer

Leandro Paiola Albrecht; Alfredo Junior Paiola Albrecht; André FelipeMoreira Silva; Romulo Augusto Ramos; Karine Yone Rodrigues da Costa

RESUMO

A planta daninha buva (Conyza sumatrensis) está entre as principaisencontradas em todo o mundo. Haja visto a agressividade desta plantadaninha e os crescentes relatos de biótipos resistentes ao glyphosate eoutros herbicidas, faz-se necessário o manejo proativo. Portanto o objetivodeste estudo foi avaliar a eficácia de herbicidas, na dessecação pré-semeadura, com aplicação sequencial na semeadura da soja, no controle debuva. O estudo foi realizado em campo, em Assis Chateaubriand, PR, safra2018/19. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, com quatrorepetições. Os tratamentos foram compostos pela aplicação de glyphosate(1.500 g e.a. ha-1) em associações com 2,4-D (670 g e.a. ha-1), saflufenacil(35 g i.a. ha-1) e/ou diclosulam (25,2 g i.a. ha-1) com aplicação sequencial deparaquat (400 g i.a. ha-1), glyphosate, diclosulam, flumioxazin/imazethapyr(100/50 g i.a. ha-1), saflufenacil/imazethapyr (35,6/100,4 g i.a. ha-1),clethodim (144 g i.a. ha-1) e/ou imazethapyr (100 g e.a. ha-1), além datestemunha sem aplicações, em um total de 12 tratamentos. A aplicaçãosequencial ocorreu 13 dias após a primeira aplicação. no mesmo dia dasemeadura da soja. Foram avaliados controle de buva, sintomas de injúrianas plantas de soja e produtividade. Os dados foram submetidos a análise devariância e teste F, e as médias agrupadas pelo teste de Scott e Knott. Nasemeadura, foram observadas excelentes notas para glyphosate + 2,4-D +saflufenacil e glyphosate + saflufenacil + diclosulam, com valores de nomínimo 91,5%. Nas avaliações subsequentes todos os tratamentos herbicidas

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proporcionaram controles de no mínimo 90% da buva. Exceção paraglyphosate + 2,4-D seq. glyphosate + diclosulam. Para este tratamento ocontrole aos 35 DAA foi de apenas 56,8%. Todos tratamentos mostraram-seseletivos a soja, maiores sintomas de injúria quando se tinha a presença doherbicida diclosulam, mas isso não resultou em danos ao desempenhoagronômico da cultura.

Palavras-chave: Inibidores Da PROTOX; Inibidores Da ALS; Seletividade;Glycine Max (L) Merr.

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Interferência de adjuvantes e adubos nitrogenados naeficiência do herbicida saflufenacil no controle de buva

Patrícia Pessoa Matos

Ana Carolina Oliveira Chapeta1 Gabriella Francisco Pereira Borges deOliveira1 Milena Gonçalves Costa1 Ana Cláudia Langaro1 Camila Ferreirade Pinho1 1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Seropédica; RJ;

Brasil.

RESUMO

O uso de adjuvantes e adubos nitrogenados em mistura a calda de herbicidaspodem interferir de maneira positiva ou negativa na eficiência de controle deplantas daninhas, como por exemplo a buva (Conyza sumatrensis). O objetivodo presente trabalho foi avaliar a interferência de adjuvantes e adubosnitrogenados adicionados à calda de aplicação, na eficiência do herbicidasaflufenacil no controle da buva. O experimento foi conduzido em casa devegetação, em casualização por bloco, em esquema fatorial 5x3, com quatrorepetições. O fator A foi composto pelo o herbicidas saflufenacil (70 g ia ha-1) isolado e em mistura com os adjuvantes Aureo, Assist, Dash e Agral; e ofator B os adubos nitrogenados: ureia e sulfato de amônio, mais atestemunha sem aplicação. As aplicações foram realizadas em plantas noestádio de 13-15cm e foram avaliadas as variáveis-resposta: controle emassa seca de parte aérea (MSPA). Os dados foram submetidos ao teste deTukey a 5% de probabilidade. Independentemente do adjuvante ou do adubonitrogenado utilizado junto a calda do herbicida saflufenacil, , todos ostratamentos tiveram controle satisfatório das plantas de Conyzasumatrensis, assim como o herbicida isolado. Não houve interferência damistura dos adjuvantes ou adubos nitrogenados utilizados junto a calda doherbicida. A eficácia de controle observada neste ensaio é resultado da doseelevada do herbicida avaliada (máxima de bula) que foi extremamenteefetiva, associada ao estádio inicial das plantas de buva no momento da

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aplicação.

Palavras-chave: Conyza Sumatrensis; Mistura Em Tanque; Eficácia;Adubação.

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Glufosinate no teor nutricional e desempenho agronômicode milho com gene pat

Vagner Maurício Da Silva Antunes

Alfredo Junior Paiola Albrecht; Gabriel Viana de Araújo; Leandro PaiolaAlbrecht; Rafaela Alenbrant Migliavacca; André Felipe Moreira Silva

RESUMO

O milho com gene pat apresenta tolerância ao herbicida glufosinate, contudoalguns aspectos sobre a seletividade deste herbicida precisam ser melhorelucidados. O objetivo do presente trabalho foi verificar o nível de tolerânciado milho com gene pat, submetido a altas doses de glufosinate. Oexperimento foi conduzido na 1ª safra de 2016/17 e o outro na 2ª safra em2017, em Palotina, PR. O delineamento utilizado foi de blocos casualizadoscom 4 repetições, foram aplicadas cinco doses de glufosinate (0, 1.500,3.000, 4.500 e 6.000 g i.a. ha-1). Foram utilizados os híbridos 30F53 VYHR(1ª safra) e 2B210 PW (2ª safra), a aplicação foi realizada em estádio V4. Foiavaliado os sintomas de injúria aos 7, 14, 21 e 28 DAA (dias após aplicação),altura final de plantas, diâmetro de colmo, massa de cem grãos,produtividade e teor dos nutrientes P, K, S, Fe, Cu e Zn (apenas na 2ª safra).Com o incremento das doses de glufosinate, observou-se aumento nossintomas de injúria, para todas as avaliações, e redução na altura dasplantas de milho, para as duas safras, com ajuste de modelo linear. Para amaior dose (6.000 g i.a. ha-1) foi observada injúria de 27,0% (1ª safra) e20,3% (2ª safra) aos 28 DAA. Não foram verificados efeitos deletérios dasdoses sobre produtividade e massa de 100 grãos, para as duas safras. Assimcomo não foi observado efeito significativo para os teores de nutrientes. Aaplicação de glufosinate (até 6.000 i.a. ha-1) não reduziu a produtividade emassa de 100 grãos, assim como não influenciou os teores dos nutrientes nogrão, de milho com gene pat. Contata-se assim a elevada seletividade desteherbicida. Contudo foram observados sintomas de injúria e redução em

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altura nas plantas de milho, para aplicação de glufosinate em altas doses.Isto indica os riscos da utilização de glufosinate acima das dosesrecomendadas em bula, apesar da ausência de efeitos deletérios sobre aprodutividade.

Palavras-chave: Inibidores Da GS; Injúria; Seletividade; Zea Mays.

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Controle de duas espécies de trapoeraba com o herbicida2,4D isolado e em mistura

Amanda De Moraes Azevedo Pereira

Rúbia de Moura Carneiro; Gabriela de Souza da Silva; Francisco Freire deOliveira Junior; Ana Claudia Langaro; Camila Ferreira de Pinho;

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; RJ; Brasil

RESUMO

O uso consecutivo do herbicida glifosato tem selecionado espécies detrapoeraba como Commelina benghalensis e Commelina diffusa em áreasagrícolas, devido a tolerância destas espécies a este herbicida. O objetivo dotrabalho foi avaliar o controle em pós-emergência de Commelinabenghalensis e Commelina diffusa com aplicações isoladas e em mistura deherbicidas. Foram realizados dois experimentos, um para cada espécie, emdelineamento experimental de blocos casualizados com quatro repetições.Os t ra tamentos ava l iados foram: 2 ,4D (1005g e .a .ha -1 ) ;Glifosato+2,4D+Saflufenacil (1440g e.a+1005g e.a+ 35g i.a.ha-1);Glifosato+2,4D+Carfentrazone (1440g e.a+ 1005g e.a+ 30g i.a.ha-1) etestemunha sem aplicação. Os herbicidas foram aplicados em plantasquando as plantas atingiram o estágio de 4 a 6 folhas. As unidadesexperimentais foram compostas por vasos de 1L, sendo preenchidos comsolo, onde foram semeadas sementes de C.benghalensis e realizado otransplante de C.diffusa. Aos 7 e 21 dias após aplicação (DAA), foi avaliada avariável-resposta controle, através de escala visual, que varia de 0 a 100%,onde 0% representou a ausência de sintomas dos herbicidas e 100% a mortetotal da planta. Aos 7 DAA para C.benghalensis, foi observado um controlesuperior a 90% para o tratamento 2,4D isolado e para os tratamentos deGlifosato+2,4D+Saflufenacil e Glifosato+2,4D+Carfentrazone obteve-se umcontrole de 100%, resultando na morte das plantas. Aos 21 DAA para C.benghalensis todos os tratamentos apresentaram controle de 100%. Para

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C.diffusa aos 7 DAA, foi observado 50% de controle para o tratamento 2,4Disolado, enquanto que os tratamentos Glifosato+2,4D+Saflufenacil eGlifosato+2,4D+Carfentrazone apresentaram 80% e 100% de controle,r e s p e c t i v a m e n t e . J á a o s 2 1 D A A , o s t r a t a m e n t o sGlifosato+2,4D+Saflufenacil e Glifosato+2,4D+Carfentrazone controlaram100% as plantas, enquanto o tratamento 2,4D isolado apresentou umcontrole de 96%. Conclui-se que mesmo apresentando o mesmo número defolhas, a C.diffusa apresentou maior dificuldade e tempo para ser controladapelo 2,4D quando comparada a C.benghalensis. O controle eficiente dessasespécies está relacionado ao estádio fenológico no momento da aplicação,sendo que o ideal é realizá-lo quando ambas espécies apresentem de 4 a 6folhas, caso seja realizado tardiamente, poderá influenciar em um menorcontrole e rebrote das plantas.

Palavras-chave: Commelina Benghalensis; Commelina Diffusa; ControleQuímico.

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Avaliação da atividade de isoxaflutole após diferentesperíodos sem chuva em diferentes solos

Natalia Da Cunha Bevilaqua

Renato Nunes Costa¹; Bruno Flaibam Giovanelli¹; Vinicius Gabriel CaneppelePereira¹; Caio Antonio Carbonari¹; Edivaldo Domingues Velini¹;

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”; Faculdade deCiências Agronômicas; Botucatu; SP; Brasil.

RESUMO

Herbicidas de pré-emergência têm sido utilizados no manejo de plantasdaninhas na cultura do eucalipto, principalmente devido aos seus maioresefeitos residuais no solo. O isoxaflutole é um herbicida pré-emergente quepode ser empregado em épocas de maior restrição hídrica, principalmentedevido à sua característica pró-herbicida, necessitando ser transformado emdiketonitrila (DKN) para apresentar ação fitotóxica, sendo esta reaçãodepende de umidade no solo. Nesse sentido, objetivou-se avaliar o efeitoresidual de isoxaflutole + DKN e o controle das espécies Urochloadecumbens e Panicum maximum, em solos de texturas distintas sobdiferentes períodos de restrição hídrica. Os experimentos foram realizadosem solo arenoso e argiloso, sob delineamento inteiramente casualizados emesquema fatorial 2 x 5 com 5 repetições, composto por duas doses deisoxaflutole (Fordor®): 0 e 200 g i.a ha-1 e 5 períodos de restrição hídricaapós a aplicação: 0, 30, 60, 90 e 120 dias. As unidades experimentais foramconstituídas de vasos com 2,5 litros de capacidade, preenchidos com osrespectivos solos, nos quais foram semeadas as espécies U. decumbens e P.maximum, a fim de se obter 25 plantas de cada espécie por vaso. Oisoxaflutole foi aplicado após o plantio das espécies de plantas daninhas e aofinal de cada período de restrição hídrica foi realizada uma chuva de 20 mm.As avaliações de controle das espécies foram realizadas aos 15, 30 e 60 diasapós a simulação de chuva (DAC). A parte aérea das plantas foi coletada aos

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60 DAC para determinação da massa seca. Aos 7 DAC foram feitas coletas desolo para a realização das análises dos teores de isoxaflutole e DKN. Comrelação ao controle das plantas daninhas, em geral, a aplicação deisoxaflutole em solo arenoso proporcionou menor controle das espécies,principalmente a partir do período de 60 dias de restrição hídrica, comvalores de 80 a 47% de controle. Já no solo argiloso, foram obtidosexcelentes resultados de controle (acima de 80%) das duas espécies, mesmocom períodos de 120 dias de restrição hídrica. Os teores de isoxaflutole eDKN foram maiores no tratamento sem restrição hídrica e quanto maior operíodo de restrição, menores foram os teores encontrados para ambos ossolos. Apesar desta redução, o solo argiloso apresentou maiores teores doherbicida e seu respectivo metabólito, em relação ao arenoso, o que resultouem maior controle de plantas daninhas.

Palavras-chave: Pré-emergência; Restrição Hídrica; Atividade Residual;Controle.

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Biological and economic efficiency of glyphosate-containing herbicide mixtures for pre-plant burndown of

Conyza spp. and other troublesome weed species

André Luís Ribeiro De Paiva

Roberto Costa Avila Neto; Rafael Munhoz Pedroso

RESUMO

Pre-plant burndown using herbicides is a key practice in weed managementprograms in major summer crops such as soybeans (Glycine max (L.) Merr.)and maize (Zea mays L.), as it ensures crop losses due to early weedinterference are effectively prevented. Glyphosate is a broad-spectrum,systemic herbicide commonly used in pre-plant burndown treatments, as itallows for cheap, effective weed management. However, weed populationsdisplaying resistance to glyphosate are currently widespread in major cropgrowing areas in Brazil and worldwide. At the present work, severalglyphosate-containing herbicide mixtures were sprayed in the field ontonutsedge (Cyperus spp.), horseweed (Conyza spp.) and arrowleaf sida (Sidarhombifolia L.) populations, such that novel, cost-effective chemical controloptions for management of these major weeds can be determined. Theefficacy of weed control was later combined with actual treatment costs toevaluate economic feasibility of these treatments in an agricultural setting.Glyphosate sprayed alone effectively eliminated nutsedge and arrowleaf sidapopulations, and given its low costs, this treatment was both the cheapestamongst all while also scoring the lowest cost per unit of control values.Nonetheless, mixtures containing two or more herbicide active ingredientswere required for satisfactory (>80%) control of glyphosate-resistant Conyzaspp., increasing costs while also allowing for a weed-free environment forproper crop seeding. Triple or even quadruple herbicide combinations (thelatter containing a tank-mix of glyphosate, saflufenacil, ammonium-glufosinate, and 2,4-D herbicides) were effective for controlling Conyza spp.

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and other weeds and allowed for the use of multiple herbicide modes ofactions simultaneously; however, such also incurred in increased costs forweed control. However, their use in the future should not be completelydisregarded, especially in a scenario at which new herbicide resistancecases can be expected due to the repeated use of herbicides within the samemode of action and the lack of new herbicidal modes of action in the market.

Palavras-chave: Weed Management; Ammonium-glufosinate; HerbicideResistance.

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Herbicidas no controle do capim-amargoso em pré-emergência da soja

Corina Colombari

Leandro Paiola Albrecht¹; André Felipe Moreira Silva²; Diego GonçalvesAlonso³; Roberto Estevão Bragion de Toledo³; Edson Donizeti de Mattos³

RESUMO

Acredita-se que a aplicação de herbicidas, em pré-semeadura da soja, sejaeficaz no controle do capim-amargoso (Digitaria insularis). Portanto,objetivou-se avaliar a eficácia de herbicidas aplicados em pré-emergência dasoja, um dia após a semeadura, no controle do capim-amargoso. Oexperimento foi conduzido em Palotina, PR, safra 2018/19. Foi utilizadodelineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Comtratamentos compostos pela aplicação de imazethapyr/flumioxazin (100/50 gi.a. ha-1), sulfentrazone (300 g i.a. ha-1), sulfentrazone + clomazone (200 +500 g i.a. ha-1), sulfentrazone + imazethapyr (200 + 100 g i.a. ha-1),sulfentrazone + metribuzin (200 + 360 g i.a. ha-1), sulfentrazone +diclosulam (200+25,2 g i.a. ha-1), sulfentrazone + diuron (200 + 200 g i.a.ha-1), sulfentrazone + clomazone + metribuzin (200 + 500 + 360 g i.a. ha-1), sulfentrazone + clomazone + imazethapyr (200 + 500 + 70 g i.a. ha-1),sulfentrazone + metribuzin + imazethapyr (200 + 360 + 70 g i.a. ha-1),sulfentrazone + clomazone + diuron (200 + 500 + 200 g i.a. ha-1),sulfentrazone + metribuzin + diuron (200 + 360 + 200 g i.a. ha-1),sulfentrazone + diclosulam + diuron (200 + 25,2 + 200 g i.a. ha-1),diclosulam (25,2 g i.a. ha-1), sulfentrazone/diuron (245/490 g i.a. ha-1), alémdos tratamentos controle sem aplicação (com e sem capina). Avaliou-se ocontrole do capim-amargoso e injúria na soja aos 35 dias após a aplicação, eainda produtividade. Efetuou-se análise de variância e as médias foramagrupadas pelo teste de Scott & Knott. Melhores controles foram observadospara imazethapyr/flumioxazin, sulfentrazone + clomazone + imazethapyr,

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sulfentrazone + clomazone + diuron, sulfentrazone + metribuzin + diuron esulfentrazone/diuron (até 75,75%). Apesar das diferenças para controle einjúria, isso não refletiu na produtividade, sem quaisquer diferenças entre ostratamentos. Os herbicidas em associações foram eficazes no controle docapim-amargoso.

Palavras-chave: Digitaria Insularis; Glycine Max; Inibidores Da ALS;Sintomas De Injúria; Sulfentrazone.

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Herbicidas com aplicação sequencial de glufosinate, empré-semeadura da soja, no controle da buva

Gabriel Giombelli Donin

Alfredo Junior Paiola Albrecht; Leandro Paiola Albrecht; André FelipeMoreira Silva; Romulo Augusto Ramos; Matheus Greguer de Carvalho

RESUMO

Haja visto os crescentes relatos de biótipos resistentes, ao glyphosate eoutros herbicidas, da buva (Conyza spp.) faz-se necessário o manejoproativo. Assim, o objetivou-se avaliar a eficácia de herbicidas, nadessecação pré-semeadura, com aplicação sequencial de glufosinate nasemeadura da soja, no controle da buva. O estudo foi realizado em Palotina,PR, safra 2018/19, em área infestada com buva. O delineamentoexperimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições.Os tratamentos foram compostos pela aplicação em associações deglyphosate (1500 g e.a. ha-1), 2,4-D (670 g e.a. ha-1), saflufenacil (35 g i.a.ha-1), saflufenacil/imazethapyr (35,6/100,4 g i.a. ha-1), glufosinate (600 ou400 g i.a. ha-1), diclosulam (25,2 g i.a. ha-1), paraquat (400 g i.a. ha-1),paraquat/diuron (400/200 g i.a. ha-1) e imazethapyr/flumioxazin (100/50 gi.a. ha-1), além das testemunhas sem aplicação (com e sem capina). Todos ostratamentos herbicidas receberam aplicação sequencial de glufosinate (400g i.a. ha-1). A aplicação sequencial ocorreu 14 dias após a primeiraaplicação, um dia antes da semeadura. Foram avaliados controle, sintomasde injúria nas plantas de soja e produtividade. Os dados foram submetidos aanálise de variância e teste F, as médias agrupadas pelo teste de Scott eKnott. Foi observado controle de no mínimo 77,5%, observado para aaplicação de glyphosate + imazethapyr/flumioxazin, enquanto para aaplicação de glyphosate + diclosulam, 80% de controle. Demais tratamentosproporcionaram excelentes controles (≥93%). Maior injúria foi verificadapara a aplicação de glyphosate + diclosulam + saflufenacil (5%) e

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glyphosate + diclosulam (6,3%) às 35 DAS. Foram observadas diferenças emprodutividade, com reduções na testemunhas sem capina, sem diferençasentre os demais tratamentos. Os resultados indicam a seletividade dostratamentos para a soja.

Palavras-chave: Glyphosate; Paraquat; Inibidores Da Glutamina-sintetase;Conyza Spp; Glycine Max.

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Sensibilidade de cultivares de soja da Embrapa a herbicidasdo grupo químico sulfonilureias

Núbia Maria Correia

RESUMO

A soja tolerante a sulfonilureias torna-se problema nos sistemas de produçãode soja com a cultura do feijão, devido à ineficácia dos herbicidasethoxysulfuron e halosulfuron, registrados para controle de soja voluntáriano feijoeiro. Diante da reclamação de produtores de feijão que algumascultivares de soja da Embrapa sobreviveram após a exposição a essesherbicidas, o trabalho foi desenvolvido. Objetivou-se estudar a sensibilidadedas cultivares BRS 7380RR, BRS 5980IPRO, BRS 7581RR e BRS 7481 aherbicidas do grupo químico sulfonilureias, com a classificação em toleranteou sensível a sulfonilureias e avaliação do uso dos herbicidas ethoxysulfurone halosulfuron para o controle da soja voluntária dessas cultivares. Quatroexperimentos foram desenvolvidos, em área de produção comercial de soja,no ano agrícola 2019/2020. O delineamento de cada experimento foi o deblocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições. Os tratamentosconsistiram da aplicação de metsulfuron-methyl (9 g ha-1), chlorimuron-ethyl(20 g ha-1), sulfometuron-methyl (15 g ha-1), sulfometuron-methyl +chlorimuron-ethyl (15 + 20 g ha-1) em pré-emergência da soja, e dapulverização de ethoxysulfuron (30 g ha-1) e halosulfuron (60 g ha-1), nosestádios V4/V5 da cultura, além da manutenção de uma testemunha semherbicida. A cultivar BRS 7380RR é tolerante a sulfonilureias e enquadra-seno grupo de cultivares RR/STS. Consequentemente, os herbicidasethoxysulfuron e halosulfuron não deverão ser recomendados para controlede soja voluntária dessa cultivar no feijoeiro. As outras cultivares foramextremamente sensíveis ao metsulfuron-methyl e ethoxysulfuron e, apesardas injúrias severas de fitointoxicação causadas pelo halosulfuron, as plantasainda conseguiram produzir grãos. Esses resultados demonstraram a grandehabilidade de recuperação das plantas à ação do halosulfuron e, dependendo

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das condições de aplicação e desenvolvimento do feijoeiro, o herbicida seráineficaz para as plantas voluntárias de BRS 5980IPRO, BRS 7581RR e BRS7481.

Palavras-chave: Cultura Do Feijão; Ethoxysulfuron; Halosulfuron; HerbicidasInibidores De ALS; Soja Voluntária.

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Nível de dano econômico de biótipos de Digitaria insularissuscetível e resistente ao glifosato na cultura do milho

safrinha

Neumarcio Vilanova Da Costa

Silvio Douglas Ferreira1; Jaqueline de Araújo Barbosa1; Vitor GustavoKuhn1; Hiago Canavessi1

RESUMO

A seleção de biótipos resistentes ao glifosato em populações de Digitariainsularis, também pode está selecionado biótipos com distintas habilidadescompetitiva em relação a cultura do milho. A comprovação destas diferençasauxiliaria o produtor escolher a estratégia de manejo mais eficiente elucrativa. Portanto, o objetivo do trabalho foi determinar os níveis de danoseconômicos (NDE) de biótipos de D. insularis suscetível e resistente aoglifosato na cultura do milho. Foram conduzidos dois experimentos,instalados durante os cultivos do milho safrinha realizados em 2017 e em2018. Em ambos experimentos foi utilizado o delineamento experimental emblocos casualizado, no esquema fatorial 2x5, com quatro repetições. Oprimeiro fator foi constituído pelos biótipos de D. insularis (resistente esuscetível) e segundo fator, foi constituído pelas densidades de 0; 7; 14; 28 e56 plantas m-2 de D. insularis. As implantações dos experimentos foramfeitas sob o sistema semeadura direta sobre palhada, com espaçamento de0,70 m. Imediatamente após a semeadura do milho foi realizado otransplante das mudas dos biótipos de D. insularis com estádio V4 (31 diasapós a emergência). Com base na análise conjunta dos experimentosconstatou-se diferenças na capacidade dos biótipos de interferir na culturado milho safrinha nos anos de cultivo. No ano de 2017, o biótipo resistentede D. insularis proporcionou maior taxa de perda de rendimento de grãos(0,53% por planta m-2) do que o biótipo suscetível (0,48% por planta m-2).Resultado oposto foi encontrado em 2018, em que o biótipo suscetível foi

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mais agressivo, causando perdas no rendimento de grãos de 0,82% porplanta m-2, enquanto que o biótipo resistente causou perdas de 0,70% porplanta m-2. As variações entre as habilidades competitivas dos biótipospodem ser justificadas pelas condições climáticas experimentais, sendo que,o biótipo resistente foi mais competitivo no ano com menor restrição hídrica(2017). Considerando os valores econômicos de US$ 0,16 kg-1 de milho e ocusto de controle de US$ 25,00 ha-1, foi determinado para o biótiporesistente os NDE’s de 3,2 e 2,6 plantas m-2, para os cultivos de 2017 e2018, respectivamente. Para o suscetível, os NDE’s foram 3,7 e 2,2 plantasm-2 nos cultivos de 2017 e 2018, respectivamente. De modo geral, as plantasremanescentes podem promover reinfestações nas próximas safras,entretanto, isto pode ser minimizado com o uso de estratégias integradas decontrole.

Palavras-chave: Planta Daninha; Matocompetição; Zea Mays; Tomada DeDecisão.

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Desempenho agronômico de soja transgênica á aplicaçãode glyphosate

Antonio Marcos Leite Da Silva

Miriam Hiroko Inoue; Júlia Rodrigues Novais; Evelin Regina AlbanoBalastrelli; Hilton Marcelo de Lima Souza; Ana Carolina Dias Guimarães

RESUMO

O trabalho busca avaliar a interferência do herbicida glyphosate nanodulação da soja utilizando dois inoculantes e trabalhando com duascultivares de soja diferentes, onde avaliou-se houve interferência naviabilidade da cultura.

Palavras-chave: Cultivares; Herbicida; Inoculantes.

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Variação da ocorrência de resistência cruzada aosherbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase em

capim-arroz

Luan Cutti

Guilherme Menegol Turra; Paula Sinigaglia Angonese; Liana SinigagliaAngonese; Catarine Markus; Aldo Merotto Junior

RESUMO

A resistência de capim-arroz aos herbicidas inibidores da enzima ALS éamplamente distribuida nas lavouras de arroz. O objetivo deste trabalho foiavaliar o padrão de ocorrência de resistência cruzada em biótipos de capim-arroz coletados no estado do Rio Grande do Sul. O experimento foiconduzido em casa de vegetação climatizada. Foram avaliados 92 biótipos decapim-arroz coletados no estado do Rio Grande do Sul. Os tratamentosaplicados foram quatro herbicidas inibidores da enzima ALS pertencentes aquatro grupos químicos diferentes: imazethapyr (imidazolinonas),penoxsulam (triazolopyrimidinas – Tipo 2), bispyribac-sodium (pyrimidinylbenzoatos) e nicosulfuron (sulfonylureas) nas doses 100, 60, 50 e 60 g ha-1,respectivamente. Cada tratamento possuiu três repetições. Foi realizado osequencimento do gene ALS para alguns biótipos avaliados. A avaliação decontrole visual e massa fresca da parte aérea foram realizadas aos 28 diasapós a aplicação (DAA) para discriminar os biótipos resistentes e suscetíveis.As espécies Echinochloa crus-galli, predominantemente, e E. colonacompuseram os biótipos amostrados. 39 biótipos apresentaram resistênciaaos quatro herbicidas avaliados, 28 apresentaram resistência apenas aoherbicida imazethapyr e os 25 restantes foram suscetíveis a todos ostratamentos. Foram considerados suscetíveis os biótipos com controle visualsuperior a 80%. O sequencimento de alguns dos biótipos avaliados indicaque as mutações Ala122Thr, Ala205 e Ser653Asn estão associadas àresistência apenas ao herbicida imazethapyr. A mutação Trp574Leu confere

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resistência aos quatro ingredientes ativos de diferentes grupos químicos.Quando constatada a resistência a um ingrediente ativo muitos produtoresabandonam o uso de todos os demais pertencentes àquele mecanismo deação. Porém, os resultados indicam que o desenvolvimento do conhecimentodo mecanismo de resistência das àreas pode viabilizar a utilização deherbicidas de diferentes grupos químicos dentro do mesmo mecanismo deação, como aplicação de penoxsulam e bispyribac-sodium em áreas comresistência ao imazethapyr. Considerando a evolução da resistência decapim-arroz a outros herbicidas de mecanismos de ação alternativos, comoquinclorac, fenoxaprop e cyhalofop, o entendimento do padrão de resistênciacruzada pode viabilizar e prolongar o uso dos herbicidas inibidores da ALSpara o controle de capim-arroz, mesmo em áreas com resistência.

Palavras-chave: Local De Ação Alterado; Manejo Da Resistência; Padrão DaResistência; Mecanismo De Resistência.

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Glyphosate no teor nutricional e desempenho agronômicode milho com gene cp4epsps

Lucas Martins Da Silva

Gabriel Viana de Araújo¹; Alfredo Junior Paiola Albrecht¹; Leandro PaiolaAlbrecht¹; Rafaela Alenbrant Migliavacca2; André Felipe Moreira Silva2;

¹Universidade Federal do Paraná; Palotina; PR; Brasil; 2Crop SciencePesquisa e Consultoria Agronômica; Palotina; PR; Brasil

RESUMO

O milho com gene cp4epsps (RR2) apresenta tolerância ao herbicidaglyphosate, contudo alguns aspectos sobre a seletividade deste herbicidaprecisam ser melhor elucidados. O objetivo do presente trabalho foi verificaro nível de tolerância do milho com gene cp4epsps, submetido a altas dosesde glyphosate. O experimento foi conduzido na 1ª safra de 2016/17 e o outrona 2ª safra em 2017, em Palotina, PR. O delineamento utilizado foi de blocoscasualizados com 4 repetições, foram aplicadas cinco doses de glyphosate (0,2.160, 4.320, 6.480 e 8.640 g e.a. ha-1). Foram utilizados os híbridos 30F53VYHR (1ª safra) e 2B210 PW (2ª safra), a aplicação foi realizada em V4. Foiavaliado os sintomas de injúria aos 7, 14, 21 e 28 DAA (dias após aplicação),altura de plantas, diâmetro de colmo, massa de cem grãos, produtividade eteor dos nutrientes P, K, S, Fe, Cu e Zn (apenas na 2ª safra). Verificou-secom o incremento das doses o aumento nos percentuais dos sintomas deinjúrias e redução da altura das plantas de milho, com ajuste de modelolinear. Os sintomas de injúria foram de 7,25% para a dose 8.640 g e.a. ha-1aos 21 DAA, na 1ª safra. Para a 2ª safra, aos 21 DAA, foi observada injúria de2,75% também para a maior dose (8.640 g e.a. ha-1). Destaca-se, que apesardos sintomas de injúria, não foram observados efeitos deletérios das dosesde glyphosate sobre produtividade e massa de 100 grãos, para ambas assafras. Assim como para o teor de nutrientes, avaliado na 2ª safra. Aaplicação de glyphosate (até 8.640 g e.a ha-1) não reduziu a produtividade e

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massa de 100 grãos, assim como não influenciou os teores dos nutrientes nogrão, de milho com genes cp4epsps. Contata-se assim a elevada seletividadede glyphosate. Contudo foram observados sintomas de injúria e redução emaltura nas plantas de milho, para aplicação do herbicida. Isto indica os riscosda utilização de glyphosate acima das doses recomendadas em bula, apesarda ausência de efeitos deletérios sobre a produtividade.

Palavras-chave: Inibidores Da EPSPs; Milho Tolerante Ao Glyphosate;Seletividade; Glycine Max (L) Merr.

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Levantamento da composição botânica em sistemas depecuária e pecuária-floresta

Mariana Munaro

Eduardo Roncatto - Universidade Federal do Paraná; Bruna Dal’Pizol Novello- Universidade Federal do Paraná; Arthur Arrobas Martins Barroso -

Universidade Federal do Paraná

RESUMO

A presença de espécies de plantas daninhas em pastagens provoca impactonegativo na produção pecuária, no manejo e na qualidade das pastagens,competem com espécies forrageiras por luz, espaço, água e nutrientes epodem ser tóxicas e não palatáveis ao animal. Os sistemas integrados deprodução agropecuária (SIPA) podem ser alternativas para redução deplantas daninhas quando bem manejados, devido à diversidade de espécies edas condições ambientais. Esse estudo objetivou avaliar a ocorrência deespécies em sistema de pastagem e de integração pastagem-floresta aolongo de um ano buscando identificar os principais componentes e possíveisdiferenças entre os sistemas de produção. O estudo foi conduzido naFazenda Experimental Canguiri da UFPR localizada em Pinhais - PR, foramutilizados três blocos de Pecuária e três blocos de Integração Pecuária-Floresta todos em pastejo. Foi utilizada a metodologia do BOTANAL na qualeram lançados quadros de 0,5x0,5m aleatoriamente 30 vezes em cada blocoe atribuídas notas de um a cinco para biomassa, identificadas espéciespresentes e estimada a porcentagem de cada espécie e de solo aparente. Olevantamento ocorreu de abril de 2019 a março de 2020 em escala mensal,totalizando 24 tratamentos pela combinação de meses com sistema deprodução. Os dados foram analisados estatisticamente por meio de análisesde variância e multivariada de componentes principais. Com o levantamentoforam identificadas 46 espécies diferentes de plantas e um total de 48variáveis. Dentre as variáveis apenas cinco demonstraram valores mais

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significativos, sendo elas Avena sativa, Ipomoea spp., Sida cordifolia,Cyperus esculentus e solo aparente que explicaram cerca de 90% das demaisvariáveis entre os dois primeiros componentes principais. A Avena sativa foisemeada para pastejo de inverno e as outras espécies são plantas daninhasde difícil controle e também indicadoras de solo compactado. Os tratamentosforam agrupados nos dois primeiros componentes principais e obteve-sequatro grupos. A maioria dos tratamentos de Pecuária e Pecuária-Florestanão diferiram entre si e ficaram agrupados em dois grandes grupos. Essecomportamento pode ter sido afetado pelas roçadas realizadas em abril enovembro que padronizou a composição botânica. Os resultados evidenciamque cinco variáveis foram capazes de representar as 48 estudadas e osagrupamentos demonstram que os sistemas não diferiram entre si na grandemaioria dos tratamentos.

Palavras-chave: Sistemas Integrados; Plantas Daninhas; ComponentesPrincipais.

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Imazapic/imazapyr no controle de capim-amargoso em pré-semeadura da soja

Guilherme Rossano Dos Santos

Alfredo Junior Paiola Albrecht; Leandro Paiola Albrecht; André FelipeMoreira Silva; Romulo Augusto Ramos; Everson Pedro Zeny

RESUMO

O uso de herbicidas em associações, entre outras práticas são fundamentaisno manejo, e prevenção da seleção de biótipos resistentes a herbicidas.Objetivou-se avaliar a eficácia de imazapic/imazapyr, em associações, nocontrole de capim-amargoso (Digitaria insularis) para a aplicação nadessecação antecipada antes da semeadura da soja. O experimento foirealizado em Umuarama, PR, safra 2018/19. Em delineamento experimentalde blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foramcompostos da aplicação de glyphosate (1080 g e.a. ha-1) + clethodim (192 gi.a. ha-1) ou haloxyfop (192 g e.a. ha-1), imazapic/imazapyr (78,75/26,25 ge.a. ha-1) em associações com glyphosate, glufosinate (500 g i.a. ha-1),glyphosate + clethodim, glyphosate + haloxyfop, glyphosate + 2,4-D (670 ge.a. ha-1), glyphosate + dicamba (288 g e.a. ha-1), glyphosate + triclopyr(480 g e.a. ha-1) ou glyphosate + saflufenacil (35 g i.a. ha-1), além datestemunha. Estes foram aplicados 13 dias antes da semeadura. Em pós-emergência da soja (V3) foi aplicado, em todos os tratamentos herbicidas,haloxyfop + glyphosate (66 + 720 g e.a. ha-1). Foi avaliado o controle,sintomas de injúria nas plantas de soja e produtividade. Os dados foramsubmetidos a análise de variância, e as médias agrupadas pelo teste de Scotte Knott. Aos 28 e 35 dias após a primeira aplicação (DAA) todos ostratamentos propiciaram controle superior a 80%. Aos 28 dias após aaplicação sequencial excelentes controles foram observados (≥94,8%).Foram observados leves sintomas de injúria nas plantas de soja (≤6,3%). Osresultados indicam que imazapic/imazapyr, em associações, é eficaz no

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controle de capim-amargoso, sem a necessidade do uso de inibidores daACCase, o que possibilita o uso também de mimetizadores de auxina, o queamplia o espectro de ação desta aplicação. A aplicação de imazapic/imazapyrem associação com outros herbicidas foi eficaz no controle de capim-amargoso, na dessecação pré-semeadura da soja.

Palavras-chave: Glycine Max; Digitaria Insularis; Inibidores Da ALS;Sintomas De Injúria; Controle Químico.

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Eficácia de sulfentrazone/diuron, e outros herbicidas, nocontrole de buva aplicados em pré-semeadura da soja

Karine Yone Rodrigues Da Costa

Alfredo Junior Paiola Albrecht¹; Leandro Paiola Albrecht¹; Samuel NevesRodrigues Alves²; André Felipe Moreira Silva³; Arthur Arrobas Martins

Barroso4; ¹Universidade Federal do Paraná; Palotina; PR; Brasil; ²FMC;Paulínia; SP; Brasil; ³Crop Science Pesquisa e Consultoria Agronômica;

Palotina; PR; Brasil; 4Universidade Federal do Paraná; Curitiba; PR; Brasil

RESUMO

A planta daninha buva (Conyza spp.) apresenta biótipos relatados comresistência à herbicidas, como por exemplo glyphosate, paraquat e inibidoresda ALS. Acredita-se que a aplicação de herbicidas com ação pré-emergente,associados a herbicidas dessecantes, seja eficaz no controle da buva nomanejo pré-semeadura da soja. Portanto objetivou-se avaliar a eficácia dosherbicidas com ação pré-emergente, em associações com dessecantes, nocontrole da buva. Assim como, avaliar os sintomas de injúria nas plantas desoja. Foi conduzido experimento em Palotina, PR, safra 2018/19, emdelineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentosforam compostos pela aplicação de sulfentrazone/diuron (245/490 i.a. ha-1),imazethapyr/flumioxazin (100/50 g e.a./i.a. ha-1), diclosulam (25 g i.a. ha-1),em associações com os dessecantes paraquat (400 g i.a. ha-1), diquat (400 gi.a. ha-1) e glufosinate (500 g i.a. ha-1) além do tratamento controle (semaplicação) totalizando 10 tratamentos. A semeadura da soja ocorreu nomesmo dia da aplicação, imediatamente após. Foi avaliado o controle debuva e os sintomas de injúria nas plantas de soja. Foi realizada análise devariância, e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste deTukey. Todos os tratamentos herbicidas foram eficazes no controle da buva.Não foram observadas diferenças entre os herbicidas, com todos superioresao tratamento controle (sem aplicação) ao longo de todas as avaliações.

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Salienta-se o excelente controle para todas as associações aos 35 dias após aaplicação (DAA), com valores de no mínimo 94,3%. Os tratamentos comaplicação de diclosulam causaram sintomas de injúria nas plantas de sojamais elevados, de até 10,3% aos 21 DAA. Para os tratamentos compostospela aplicação de sulfentrazone/diuron e imazethapyr/flumioxazin, em geral,sintomas de injúria foram menores, não sendo possível determinar aassociação com menor potencial fitotóxico, com notas entre 2,5 e 4,3% (aos35 DAA).

Palavras-chave: Herbicidas Dessecantes; Herbicidas Em Pré-emergência;Glycine Max; Conyza Spp.

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Mistura em tanque de glifosato com fertilizantes foliares eadjuvantes no controle de plantas daninhas na cultura da

soja

Adilson Miguel Da Silva Júnior

Amilton Ferreira da Silva¹; Décio Karam²; Melina Navarro Dabéss¹; ¹Universidade Federal de São João del-Rei; ² Embrapa Milho e Sorgo

RESUMO

A cultura da soja é amplamente cultivada no Brasil, associado a isso está avariabilidade de problemas fitossanitários, entre eles as plantas daninhas,que podem causar muitos prejuízos a cultura. Atualmente, um dos desafiosno manejo de plantas daninhas são as espécies com biótipos resistentes e dedifícil controle, em que, técnicas como a mistura em tanque podem seraplicada a fim de evitar a seleção desses indivíduos e melhorar a eficiênciade controle. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar aeficiência agronômica da associação entre glifosato, fertilizantes foliares eadjuvantes no controle de plantas daninhas na cultura da soja. O trabalho foiconduzido em delineamento de blocos casualizados, com 16 tratamentos e 4repetições, os quais consistiam em glyphosate (720 g e.a e 1296 g e.a ha-1)associado a diferentes fertilizantes e adjuvantes para o manejo de plantasdaninhas, aplicadas aos 30 dias após o plantio da soja, contando com umatestemunha capinada e uma sem capina. As avaliações de controle deplantas daninhas e fitotoxicidade foram realizadas através de uma escalapercentual de 0 a 100, em intervalos de sete dias após aplicação (DAA), até28 DAA, onde 0 significava ausência de controle e 100% controle total. Osdados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas peloteste de Scott Knott a 5% de probabilidade e os dados originais das notas defitointoxicação foram transformados em raiz quadrada de x+1. De formageral, o controle de plantas daninhas aos 28 DAA foi ≥ 85% para a maioriadas misturas, em alguns casos acima de 95%. Quanto a fitotoxicidade, a

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cultura da soja apresentou sintomas leves para a maioria das misturas, comexceção da mistura de glyphosate (1296 g e.a ha-1) + Quimifol Cerrado (1,0L ha-1) + Ureia (22,4 g ha-1) + Aureo (0,15 L ha-1)) que apresentou 33,75%de fitotoxicidade na cultivar. As misturas não controlaram as plantas detrapoeraba, apresentando níveis de controle inferior a 35%, no entanto,controlaram as plantas de beldroega e capim-pé-de-galinha, atingindo níveisde controle acima de 95% para maioria das misturas, sendo estas, as trêsespécies de plantas daninhas mais encontradas na área. Dessa forma,conclui-se que, as misturas utilizadas controlam as plantas de beldroega ecapim-pé-de-galinha, no entanto, não controlam as plantas de trapoeraba.

Palavras-chave: Dose Resposta; Fitotoxicidade; Manejo.

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Influência do glyphosate no desempenho agronômico,comunidade bacteriana e teor de nitrogênio foliar em soja

transgênica

Julia Rodrigues Novais

Miriam Hiroko Inoue1; Evelin Regina Albano Balastrelli1; Antonio MarcosLeite da Silva1; Hilton Marcelo de Lima Souza1; Kassio Ferreira Mendes2;

1Universidade do Estado do Mato Grosso; Tangará da Serra; MT; Brasil2Universidade Federal de Viçosa; Viçosa; MG; Brasil.

RESUMO

O aumento no cultivo de soja geneticamente modificada intensificou autilização do herbicida glyphosate devido à facilidade no manejo das plantasdaninhas. No entanto, embora as plantas de soja apresentarem umatecnologia que as tornam resistente ao glyphosate, injúrias podemacontecer. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeitodas aplicações de glyphosate e dos inoculantes com duas estirpes debactérias (Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii) sobre a nodulação, teor deN foliar e bactérias do solo para as cultivares transgênicas. O estudo foirealizado no município de Tangará da Serra – MT entre outubro de 2018 emarço de 2019, utilizando duas cultivares de soja (NS8383 RR e BMXDESAFIO 8473RSF RR), dois inoculantes (Bradyrhizobium japonicum e B.elkanii) e três épocas de aplicações de glyphosate (testemunha, pré-semeadura e pré + pós-emergência) na dose de 1.440 g i. a. ha-1. Osresultados indicam que a cultivar BMX DESAFIO 8473RSF RR apresentoumaior número de nódulos, enquanto as aplicações em pré-semeadura e pré +pós-emergência influenciaram negativamente o número de nódulos e massaseca de nódulos. Para o teor de N foliar, quando utilizou-se o inoculantecontendo bactérias da estirpe B. japonicum, a cultivar BMX DESAFIO8473RSF RR no tratamento testemunha, apresentou maior de teor de Nfoliar. Em relação as bactérias, as sementes inoculadas com B. japonicum,

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demonstraram concentrações maiores de população bacteriana emcomparação com as sementes inoculadas com B. elkanii. Desse modo, foipossível evidenciar que o glyphosate afetou negativamente a nodulação, teorde N foliar e a população bacteriana no solo.

Palavras-chave: Herbicida; Cultivares; Inoculantes.

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Períodos de interferência de plantas daninhas na sojatolerante ao 2,4-D.

Bruna Dal'Pizol Novello

Arthur Arrobas Martins Barroso; Eduardo Roncatto; Juliana Alves Calegarim;Mariana Munaro

RESUMO

A soja é uma das principais culturas cultivadas no Brasil. Dentre os entravespara elevadas produtividades da soja, está a interferência de plantasdaninhas. Para que ocorra sucesso no manejo das plantas daninhas é precisodefinir o momento em que o controle deve ocorrer. Sendo assim, o objetivodo trabalho foi determinar os períodos de interferência de uma comunidadeinfestante na soja tolerante ao 2,4-D. O experimento foi conduzido a campo,na cidade de Colombo, Paraná, com preparo de solo convencional, utilizandoa cultivar de soja EnlistE3™. O experimento foi instalado em delineamentode blocos ao acaso com quatro repetições, sendo os tratamentos diferentesperíodos de convivência e controle (7, 14, 21, 28, 35, 49 e 70 dias), maisduas testemunhas, uma com a soja livre e outra com a soja na presença deplantas daninhas durante todo o ciclo (120 dias). Os períodos iniciaram-seapós 70% da emergência da soja, sendo as plantas daninhas removidasatravés de capinas manuais. As espécies de plantas daninhas predominantesno local foram Conyza spp e Euphorbia heterophylla. A soja foi avaliada pelacolheita das plantas na parcela útil de cada tratamento quando os grãosatingiram 13% de umidade (120 dias após a semeadura). Os dados deprodutividade foram submetidos a análise não-linear do tipo Boltzmann noprograma Origin 9. O período anterior à interferência (PAI), período total deprevenção à interferência (PTPI) e período crítico de prevenção ainterferência (PCPI), foram determinados considerando-se o nível arbitráriode 5% de perda de rendimento da soja, expresso em kg ha-1. Ocorreu umlimiar de rendimento de 1.552,48 kg ha-1 obtido aos 18 dias após a

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emergência em tratamentos de controle (PTPI), ou seja, plantas daninhasque emergiram após esse período não causaram dano significativo norendimento da soja. Para tratamentos de convivência a regressão calculoulimiar de rendimento de 1.622,75 kg ha-1 obtida aos 48 dias após aemergência (PAI) sendo esse o período que a cultura suportou a convivênciacom as plantas daninha. No presente trabalho o valor de PAI foi maior doque o PTPI, o que significa que a variedade de soja utilizada no estudo semostrou em situação competitiva superior à população de plantas daninhasdurante os estádios iniciais de crescimento. A soja EnlistE3TM obteveelevada competitividade com a comunidade infestante sendo necessário umúnico controle de plantas daninhas no seu ciclo entre 18 e 48 dias após suaemergência.

Palavras-chave: Períodos De Interferência; Enlist; 2 4-D.

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Eficácia de descontaminação de tanque com a misturadicamba + glyphosate, sob dois sistemas de lavagem, e

efeitos sobre plantas de soja e algodão

Bruno Flaibam Giovanelli

Natalia da Cunha Bevilaqua (Universidade Estadual Paulista SP Brasil);Renato Nunes Costa (Universidade Estadual Paulista SP Brasil); Ramiro

Fernando López Ovejero (Bayer Crop Science São Paulo SP Brasil); EdivaldoDomingues Velini (Universidade Estadual Paulista SP Brasil); Caio Antonio

Carbonari (Universidade Estadual Paulista SP Brasil)

RESUMO

O dicamba não é um herbicida seletivo às culturas de folhas largas. Otrabalho teve por objetivo avaliar a eficácia da tríplice lavagem do tanque depulverização após aplicação de dicamba + glyphosate, com e sem adição dedetergente durante a lavagem. Os produtos utilizados foram o dicamba(Atectra®, 1,5 L p.c ha-1) e glyphosate (Roundup Transorb R, 1,5 L p.c ha-1)em mistura, assim como o detergente RASS 32. O primeiro grupo detratamentos foi: ausência de lavagem e 1ª, 2ª e 3ª lavagens, sem detergente.O segundo correspondeu a: ausência de lavagem e 1ª, 2ª e 3ª lavagens, comadição do RASS 32 a partir da 2ª lavagem. Cada tratamento possuiu umaparcela no campo, semeadas com soja e algodão, para se avaliar asporcentagens de fitointoxicação e massa seca. Na 3ª lavagem, em todos oscomponentes do pulverizador, a redução média da concentração de dicamba,tanto nos tratamentos com água como nos demais com o RASS 32, foi de99,9% em comparação com a calda pura. No tratamento sem lavagem, aporcentagem de fitointoxicação na soja foi de 45%. A dupla ou tríplicelavagem, com ou sem o RASS 32, promoveram uma limpeza eficaz dotanque.

Palavras-chave: HERBICIDA; TRÍPLICE; DETERGENTE; CALDA;

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FITOINTOXICAÇÃO.

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Mistura em tanque de herbicidas para a dessecação demanejo de área infestada com buva e azevém resistentes ao

glyphosate

Lariane Fontana De Freitas

Diogo Luiz Fruet¹; Mateus Henrique Scariot1; Rodrigo Michels de SouzaCamargo1; Eduardo Felipe Machado Rosa1; Antonio Mendes de Oliveira

Neto1

RESUMO

A dessecação de manejo consiste na prática do controle da comunidadeinfestante por meio da aplicação de herbicidas de ação total de forma isoladaou em mistura. Atualmente se tornou uma das operações mais importantespara o sucesso da implantação das culturas agrícolas no sistema de plantiodireto. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a eficiência de diferentestratamentos herbicidas para a dessecação de manejo de uma área de pousio,infestada com buva e azevém, no sistema de plantio direto. O experimentofoi conduzido a campo, em delineamento de blocos casualizados com 7tratamentos e 4 repetições totalizando 28 unidades experimentais. Ostratamentos consistem em: 1) testemunha sem herbicida, 2) glyphosate (900g ha-1 de e.a.), 3) glyphosate + quizalofop-p-ethyl (900 + 100 g ha-1 de e.a.ou i.a.), 4) glyphosate + clethodim (900 + 108 g ha-1 de e.a. ou i.a.), 5)glyphosate + saflufenacil (900 + 49 g ha-1 de e.a. ou i.a.), 6) glyphosate +quizalofop-p-ethyl + saflufenacil (900 + 100 + 49 g ha-1 de e.a. ou i.a.) e 7)glyphosate + clethodim + saflufenacil (900 + 108 + 49 g ha-1 de e.a. oui.a.). A aplicação dos tratamentos foi realizada no dia 10 de outubro de 2019e a eficiência de controle foi avaliada de forma visual aos 7, 14 e 28 diasapós a aplicação (DAA). Os dados foram submetidos à análise de variância eas médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05). O controle deazevém aos 7 DAA e aos 14 DAA não atingiu 80% em nenhum dostratamentos, sendo insatisfatório. Aos 28 DAA apenas os tratamentos com

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glyphosate + quizalofop-p-ethyl, glyphosate + quizalofop-p-ethyl +saflufenacil e glyphosate + clethodim + saflufenacil apresentaram controlesatisfatório (acima de 80%). O controle de buva foi insatisfatório aos 7 DAAem todos os tratamentos. Aos 14 e 28 DAA os tratamentos com glyphosate +saflufenacil, glyphosate + quizalofop-p-ethyl + saflufenacil, glyphosate +clethodim + saflufenacil apresentaram controle superior a 80%. As duasespécies são resistentes ao glyphosate, pois o controle máximo foi de 40 e10% para azevém e buva, respectivamente. Pode-se concluir que a misturaem tanque de herbicidas é essencial para a dessecação de manejo, poisapenas os tratamentos com glyphosate + quizalofop-p-ethyl + saflufenacil eglyphosate + clethodim + saflufenacil apresentaram controle satisfatório debuva e azevém.

Palavras-chave: Conyza Sumatrensis; Glycine Max; Lolium Multiflorum.

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Influência do regime hídrico e de herbicidas pré-emergentes aplicados sobre diferentes quantidades de

palha para o controle do capim-amargoso

Daniela Maria Barros

Heráclito Lazari Meurer; Letícia da Silva Santos; Edson Rocha Domingos;Lucas Silva de Santana; Paulo Vinicius da Silva

RESUMO

O capim-amargoso (Digitaria insularis (L.) Fedde) é uma planta daninha dedifícil controle na cultura da soja. Frequentemente são posicionadosherbicidas pré-emergentes visando o seu controle, porém na aplicaçãodesses produtos devem ser observados os seguintes aspectos: a quantidadede palha, a quantidade de chuvas e as características físico-químicas dosherbicidas. Diante do exposto o objetivo desse trabalho foi avaliar o controlede D. insularis por meio de herbicidas pré-emergentes em diferentesregimes hídricos e quantidades de palha. O experimento foi realizado emcasa de vegetação. O delineamento experimental adotado foi inteiramentecasualizado, organizado no esquema fatorial 6 x 3, no primeiro fator alocou-se o regime hídrico (1° 5mm após 48 horas 10 mm; 2° 20 mm após 48 horas10mm; 3° 5 mm após 5 dias 20 mm; 4° 5mm após 10 dias 20 mm; 5° 5 mmapós 15 dia 20 mm e 6° 5 mm após 20 dias 20 mm) e no segundo fatoralocou-se os herbicidas pré-emergentes (diclosulam (41,7 g.i.a ha-1);flumioxazin + imazetapyr (60 + 127 g.i.a ha-1) e sulfentrazona + diuron (245+ 490 g.i.a ha-1)) esses fatores foram isolados para quantidade de palhas(sem palha e 3 ton ha-1 de palha de milho + Brachiaria ruziziensis). Aos 42dias após a emergência das plantas daninhas foi avaliado o controle de D.insularis através de notas visuais de 0-100%. Houve interação entre osfatores em estudos. No fator isolado sem palha o diclosulam apresentou osmenores controles no regime hídrico 6° (77,25%), 5° (80,50%) e 4° (82,25%).Para o fator isolado com palha de milho + B. ruziziensis o menor controle foi

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obtido com diclosulam no 6° regime hídrico (70,50%), os demaisapresentaram controle superior ou não apresentaram diferença estatística.Conclui-se que o diclosulam apresentou menor controle nos ensaios compalha e sem palha em comparação aos demais pré-emergentes utilizados efoi influenciado pelo regime hídrico.

Palavras-chave: Digitaria Insularis; Planta Daninha; Lâmina De água;Digitaria Insularis; Planta Daninha; Lâmina De água.

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Culturas de cobertura, herbicidas pré e pós-emergentes eseus efeitos no controle de plantas daninhas e na

produtividade do milho

Eduardo Carlos Rüdell

Dieferson Frandaloso¹; Bianca Antoniolli Zanrosso¹; Fernando Machado dosSantos¹; ¹Instituto Federal de Educação; Ciência e Tecnologia do Rio Grande

do Sul (IFRS) Campus Sertão

RESUMO

O milho (Zea mays L.) é a segunda cultura mais produzida no Brasil. No RioGrande do Sul, a maior parte das áreas cultivadas no verão permanecem empousio durante o inverno, onde ocorrem os maiores acumulados emprecipitação, resultando em perdas expressivas de solo pela coberturadeficitária e a lixiviação de nutrientes do solo. Nesse contexto, objetivou-seidentificar qual a melhor cobertura de inverno e o melhor manejo deherbicidas utilizados em pré e pós-emergência na cultura do milho paraobtenção de maior produção de palhada sobre o solo, melhor controle dasplantas daninhas e que agregue em produtividade na cultura. O experimentofoi realizado no IFRS - Campus Sertão, com delineamento experimental deblocos casualizados em tri-fatorial, sendo 3 coberturas de inverno (pousio;aveia preta e centeio+ervilhaca+nabo) X 4 tratamentos em pré-emergênciado milho (Testemunha sem aplicação; Atrazine, Atrazine+Simazine eAmicarbazone) X 5 tratamentos em pós-emergência (Testemunha semaplicação; Glyphosate; Amônio-glufosinato (1); Amômio-glufosinato (2);Nicosulfuron) com 4 repetições. No momento da semeadura do milho foirealizada a aplicação dos herbicidas pré-emergentes, e posteriormenterealizadas as avaliações visuais de controle das plantas daninhas e defitotoxicidade na cultura aos 7 e 14 dias após a emergência (DAE). Aaplicação dos tratamentos com os herbicidas pós-emergentes foi realizadaquando a cultura se encontrava com 3-4 folhas, onde avaliou-se a

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fitotoxicidade provocada pelos herbicidas nas plantas daninhas e na culturaaos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA). Conclui-se que o consórciocenteio+nabo+ervilhaca destacou-se por ter a maior produtoção de matériaseca e redução na incidência de plantas daninhas durante o inverno, além deser a cobertura antecessora que maximizou a produtividade do milho.Nenhum dos tratamentos com herbicidas pré-emergentes demonstraramperformance superior em relação ao número de plantas daninhas emergidas,salvo em relação à testemunha. Em relação aos herbicidas pós emergentes, otratamento contendo Amônio-glufosinato (2) possibilitou maior porcentagemde injúria nas plantas daninhas aos 7 (DAA) e o herbicida Glyphosate foi otratamento que mais estendeu seus sintomas nas plantas daninhas. Nenhumdos tratamentos avaliados demonstrou injúria sobre a cultura, bem como nãohouve diferença estatística na produção de fitomassa seca da parte aérea deplantas daninhas no momento da colheita do milho.

Palavras-chave: Palhada; Manejo Cultural; Manejo Químico.

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Potencial de lixiviação de 2,4-D e picloram em aplicaçãoisolada, mistura formulada e mistura em tanque.

Carlos Henrique Jacob De Andrade

João Vitor Damaso da Silvera; Antonio Americo Prates; Angela SofiaRadzinski; Beatriz Nogatz; Naiara Guerra

RESUMO

O processo de lixiviação é uma das formas de movimentação de pesticida nosolo, que pode contribuir para o controle de plantas daninhas e também paraa contaminação de águas subsuperficiais. Poucos são os estudos que avaliameste processo quando se usam misturas formuladas ou em tanque. Assim,estapesquisa foi conduzida com objetivo de avaliar o potencial de lixiviaçãodos herbicidas 2,4-D e picloram, amplamente utilizados em pastagens,utilizando-se dos produtos isolados, da mistura formulada e da mistura emtanque. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramentecasualizado, em esquema fatorial 5 x 10, com quatro repetições. O primeirofator foi representado pela testemunha sem aplicação, 2,4-D isolado,picloram isolado, 2,4-D + picloram em mistura formulada e 2,4-D + picloramem mistura em tanque. O segundo fator consistiu dos diferentes estratos dacoluna com 5 cm, variando de 0 a 50 cm. As unidades experimentais foramcompostas por tubos de cloreto de polivinil com 750 mm de diâmetro e 50cm de altura, preenchidas de solo (textura argilosa, pH em água 5,90 e 43 gdm?³ de carbono orgânico), que recebeu aplicação dos tratamentos etambém simulação de 35 mm de precipitação 24 h após aplicação dosherbicidas. As doses de 2,4-D e picloram utilizadas tanto nas aplicaçõesisoladas ou em misturas foram de 960 e 256 g ha-1, respectivamente, e osprodutos comerciais foram Aminol 806®, Padron®e Tordon®. A espéciebioindicadora foi a beterraba. Avaliou-se a porcentagem de fitointoxicação ea massa fresca e seca do bioindicador. Os resultados foram submetidos aanálise de variância e regressão.O 2,4-D e picloramisolados foram

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detectados pelo bioindicador até a profundidade de 10 e 35 cm,respectivamente. A mistura formulada apresentou comportamento similar aopicloram isolado, alcançando os 35 cm de profundidade. Já a mistura emtanque foi dentre os tratamentos o com maior potencial de lixiviação, mesmoaos 50 cm de profundidade foi verificada redução de massa seca dobioindicador de 55,5% em relação a testemunha. Concluiu-se que a misturaem tanque de 2,4-D + picloram possui maior lixiviação e consequentementeapresenta maior potencial de contaminação de recursos hídricossubsuperficiais que a mistura formulada e que os herbicidas aplicadosisoladamente.

Palavras-chave: Herbicidas Auxínicos; Mobilidade; Bioindicador; BetaVulgaris.

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Variação do padrão de resistência de capim-arroz aherbicidas inibidores da ALS em função da variabilidade

genética e modalidade de aplicação

Guilherme Menegol Turra

Luan Cutti¹; Enrico Zilch Pajares Ferreira¹; Estéfani Sulzbach¹; AndréAndres²; Aldo Merotto Junior¹; ¹Universidade Federal do Rio Grande do Sul;

Porto Alegre; RS; Brasil; ²Embrapa Clima Temperado; Pelotas; RS; Brasil;Contato: [email protected]

RESUMO

O capim-arroz (Echinochloa crus-galli) é uma importante planta daninha delavouras de arroz. A ocorrência de resistência à herbicidas inibidores da ALSdiminuí a eficiência de controle dessa espécie. O conhecimento davariabilidade genética e fenotípica de biótipos de capim-arroz ajuda a definirmelhores estratégias de manejo. O objetivo do trabalho foi avaliar avariabilidade existente em populações de E. crus-galli quanto a resistência aherbicidas inibidores da ALS aplicados em pré e pós-emergência. Osexperimentos foram conduzidos em casa de vegetação climatizada, comdelineamento inteiramente casualizado e 4 repetições. O fator A foicomposto por 19 populações de capim-arroz. O fator B pelos herbicidasimazethapyr e penoxsulam. O fator C foram as doses de 0; 0,5 e 1,0 vez asdoses recomendadas para cada herbicida e o fator D a modalidade deaplicação em pré-emergência um dia após a semeadura de 10 sementes porvaso ou em pós-emergência quando as plantas atingiram o estádio de 3-4folhas. Os experimentos foram repetidos em 2019 e 2020. Parte dos biótiposteve seu DNA extraído por protocolo de extração CTAB. Posteriormente ogene ALS foi amplificado por reação de PCR e o sequenciamento realizadopelo método Sanger. A variável analisada foi controle (%) aos 21 e 28 diasapós o tratamento para aplicação em pós e pré-emergência,respectivamente, com base em escala visual variando de 0 a 100%. Os dados

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foram submetidos à análise de variância e teste de comparação de médiasTukey 5%. Os resultados do sequenciamento foram analisados peloprograma BioEdit. Foram encontradas as substituições no gene ALSAla122Thr, Ala205, Trp574Leu e Ser653Asn. As aplicações em pré-emergência tiveram maior eficiência de controle quando comparadas àsaplicações em pós-emergência em todos os biótipos resistentes. As mutaçõesno gene ALS Ala122Thr, Ala205 e Trp574Leu conferiram maiores níveis deresistência a imazethapyr em relação a mutação Ser653Asn. A mutaçãoTrp574Leu é a única a conferir resistência a penoxsulam. Algumas dessaspopulações foram caracterizadas em estudos anteriores como resistentes aosherbicidas inibidores da ALS por incremento de metabolização, fato quepode justificar a maior eficiência da aplicação em pré-emergência,considerando que plântulas apresentam menor capacidade de detoxificação.O padrão de resistência a herbicidas inibidores da ALS é variável em funçãoda mutação do gene ALS e da modalidade de aplicação em pré ou pós-emergência.

Palavras-chave: Capim-arroz; Resistência; ALS; Mutações.

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Fitotoxicidade da cultura da soja não-tolerante submetida àsubdoses de dicamba em condição de pré-emergência

Saul Jorge Pinto De Carvalho

Túlio Gonçalves Magalhães1; Carlos Henrique de Sousa Ferreira1; Chayennede Lira Ferreira1; Fagner Augusto Gonçalves1; Ramiro Fernando López

Ovejero2; Túlio Gonçalves Magalhães1; Carlos Henrique de Sousa Ferreira1;Chayenne de Lira Ferreira1; Fagner Augusto Gonçalves1; 1IFSULDEMINAS– Campus Machado; Machado; MG; Brasil; 2Bayer CropScience; São Paulo;

SP; Brasil.

RESUMO

Dependendo de aprovação dos regulatórios internacionais, é possível quesementes de soja tolerante ao dicamba estejam disponíveis aos agricultoresbrasileiros a partir da safra 2021/22. Devido a esta tolerância, o herbicidadicamba poderá ser aplicado em pré e pós-semeadura da cultura, permitindosua utilização nos programas de manejo de algumas importantes plantasdaninhas dicotiledôneas como, por exemplo, a buva (Conyza spp.). Contudo,quando as recomendações adequadas de uso do herbicida não são seguidas,existe a possibilidade de deriva para as culturas vizinhas, entre elas acultura da soja não-tolerante. Assim sendo, este trabalho foi realizado com oobjetivo de avaliar a suscetibilidade da soja não-tolerante ao herbicidadicamba quando a deriva simulada da molécula ocorre em condição de pré-emergência da cultura. Dois experimentos foram realizados em casa-de-vegetação do IFSULDEMINAS – Campus Machado, com vasos de 4L decapacidade, preenchidos com solo argiloso. Em cada vaso, foram distribuídasseis sementes de soja a 3,0 cm de profundidade. Os experimentos tiveramdelineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. No primeiroexperimento, avaliou-se a suscetibilidade da soja Agroeste AS 3590 IPRO,submetida a seis doses de dicamba, em condição de pré-emergência (g ha-1):0,23, 0,94, 3,75, 15, 60, 240 e testemunha sem aplicação. No segundo

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experimento, avaliou-se a suscetibilidade da soja Nidera 7709 IPRO,submetida a cinco doses de dicamba, também em pré-emergência (g ha-1):15, 30, 60, 120, 240 e testemunha sem aplicação. As aplicações foramrealizadas com pulverizador costal de precisão, pressurizado por CO2,utilizando-se pontas TTI 110.02 e volume de calda de 200 L ha-1. Indiferenteda variedade de soja, sintomas visuais foram observados nas plantas a partirda dose de 3,75 g ha-1 de dicamba. Contudo, nos tratamentos com dosesreduzidas do herbicida, observou-se recuperação das plantas a partir dos 21dias após aplicação. Ainda, para as duas variedades, só foi registradaredução na massa de matéria seca para doses de dicamba iguais ousuperiores a 60 g ha-1, o que equivale a 12,5% da dose comercial (480 g ha-1). Assim sendo, é provável que a deriva de doses reduzidas de dicamba paraáreas adjacentes à aplicação, com soja em condição de pré-emergência, nãoseja um fator de redução de produtividade, porém, tem-se necessidade destavalidação em condições de campo.

Palavras-chave: Fitotoxicidade; Transgenia; Intacta 2 Xtend; Volatilidade.

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Seletividade de herbicidas para a cultura do grão-de-bico

Guilherme Henrique Teixeira Alves

Jethro Barros Osipe; Petrus Barros Osipe; Paula Fernanda de AzevedoRibeiro; Pedro Ciardullo Neto; Carlos Botelho Pereira Osipi

RESUMO

O grão-de-bico é uma leguminosa com maior área produzida no sul da Ásia ea terceira leguminosa em área produzida globalmente. No Brasil, poucas sãoas informações para o controle de plantas daninhas e registros de herbicidaspara a cultura. Em razão disso, o objetivo do trabalho foi avaliar aseletividade de herbicidas aplicados em pré e pós emergência na cultura dogrão-de-bico, cultivar BRS Aleppo. O experimento foi conduzido em época desegunda da safra, no ano de 2020, no município de Bandeirantes-PR. Odelineamento experimental foi em blocos ao acaso com nove tratamentos equatro repetições, sendo os tratamentos aplicados em pré-emergência: s-metholachlor 960 g ha-1; trifluralina 900 g ha-1; imazatapir + flumioxazina106 + 50 g ha-1; flumioxazina 40 g ha-1; imazetapir 106 g ha-1 e ostratamentos aplicados em pós-emergência: quizalofop-ethil 75 g ha-1;imazetapir 40 g ha-1; bentazon 480 g ha-1, além de uma testemunhacapinada. A aplicação em pré-emergência ocorreu no sistema plante-aplique,enquanto para a aplicação de pós-emergência a cultura se encontrava com 8a 10 folhas totalmente expandidas. Foram avaliados os níveis de toxicidade àcultura após as aplicações dos herbicidas, estande de plantas aos 14 diasapós a emergência, altura de plantas aos 14; 28 e 42 dias após a emergênciae a produtividade (kg ha-1). Todos os tratamentos aplicados em préemergência não afetaram o estande inicial, a altura das plantas e aprodutividade, nem causaram injúrias às plantas de grão-de-bico. Portanto,foram considerados seletivos à cultura. Já as aplicações de imazetapir ebentazon em pós-emergência reduziram significativamente a altura deplantas aos 28 e 42 DAE. A aplicação de imazetapir em pós-emergência

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proporcionou toxicidade de até 45 %, e os sintomas mais visíveis foramatraso no crescimento das plantas, redução no tamanho dos folíolos e leveamarelecimento dos ponteiros; porém, quanto à produtividade não houveredução significativa. Já a aplicação do bentazon 480 g ha-1 ocasionoutoxicidade de 100 % aos 14 DAA, causando a morte de todas as plantas. Oherbicida quizalofop-ethil aplicado em pós-emergência não causoutoxicidade à cultura do grão-de-bico, e também foi considerado seletivo.

Palavras-chave: Chickpea; Cicer Arietinum L; Manejo De Plantas Daninhas;Fitotoxicidade; Produtividade.

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Trifluralina no controle de capim-amargoso em soloargiloso

Daniel Nalin

Ana Karoline Silva Sanches; Luiz Augusto Inojosa Ferreira; Lucas MatheusPadovese; Rubem Silvério de Oliveira Junior

RESUMO

O mercado de herbicidas tem mudado nos últimos anos, devido a seleção deplantas daninhas com resistência à herbicidas. Dentre as espéciesselecionadas, o capim-amargoso é uma das plantas daninhas maisproblemáticas do Brasil. São poucos os herbicidas registrados para ocontrole de capim-amargoso, tornando-se assim, imprescindível a busca poralternativas visando seu manejo. Nesse contexto, existe um aumento pelademanda de herbicidas que apresentem controle em pré-emergência docapim-amargoso e seletividade para a cultura da soja. Objetivou-se avaliar aeficácia de uma nova formulação de trifluralina aplicada em pré-emergência,no controle do capim-amargoso em solo argiloso. O experimento foiconduzido a campo em solo com 24,6% de areia; 14,6% de silte e 60,8% deargila. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com setetratamentos e quatro repetições. Os tratamentos utilizados foram:testemunha sem aplicação de produto; testemunha capinada; trifluralina A(1800; 2025; 2250; e 2475 g ha-1) e trifluralina B (padrão) (2400 g ha-1). Aaplicação dos tratamentos foi realizada em pré-emergência. Utilizou-sepulverizador costal de pressão constante à base de CO2. Foi avaliado aporcentagem de controle de capim-amargoso através de escala visual de 0-100%, onde 0% significa ausência de sintomas e 100% a morte total daplanta. As avaliações ocorreram aos 7, 15, 30, 45 e 60 dias após a aplicação(DAA). Os resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste F eas médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Aos 7DAA, todos os tratamentos avaliados apresentaram controle excelente

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(100%) do capim-amargoso enquanto, aos 15 DAA, os tratamentos com aaplicação de trifluralina A nas doses de 1800 e 2025 g ha-1 apresentaramníveis inferiores de controle. Na avaliação realizada aos 30 DAA os maioresníveis de controle foram obtidos pelo tratamento com a aplicação detrifluralina A, na dose de 2475 g ha-1, o qual apresentou controle excelente(100%) de capim-amargoso, contudo, não se diferenciou dos tratamentoscom 2025 e 2250 g ha-1 e também do tratamento padrão trifluralina B nadose de 2400 g ha-1. Na última data de avaliação, aos 60 DAA, o tratamentocom 2475 g ha-1 ainda apresentava controle excelente de capim-amargoso(96,75%) e se diferenciou dos demais tratamentos herbicidas. Conclui-seque, a trifluralina A em doses a partir de 2025 g ha-1 fornece controle decapim-amargoso superior a 90,00%.

Palavras-chave: Pré-emergente; Herbicida; Resistência; Argiloso.

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Atividade residual de quinclorac em solo úmido e saturadopara controle de poáceas

Yuri Kiichler

Luiz Carlos Bertoldi¹; Angela Sofia Radzinski¹; Beatriz Nogatz¹; AntonioMendes de Oliveira Neto²; Naiara Guerra³; ¹'³Universidade Federal de Santa

Catarina (UFSC); ²Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

RESUMO

O arroz é um dos alimentos mais importantes para a nutrição humana e é abase alimentar de muitos países do mundo. Atualmente o uso de herbicidas éa forma mais utilizada para o controle das plantas daninhas, dentre elestemos o quinclorac que possui registro para aplicação em pós-emergênciadessa cultura. Por isso, este trabalho buscou avaliar o efeito residual doquinclorac em situações de solo úmido e saturado para o controle de capim-arroz (Echinochloa spp.), capim-macho (Ischaemum rugosum) e capim-capivara (Hymenachne amplexicaulis). O experimento foi conduzido em casade vegetação, no Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal deSanta Catarina, Campus de Curitibanos. O solo utilizado no experimentoapresentou 54% de argila, 1,62% de carbono orgânico e pH em água de 6,1.O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC),com 12 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram dispostos emesquema fatorial 2x5+2, onde o primeiro fator foi representado pelacondição do solo após a aplicação do herbicida (úmido e saturado) e osegundo por cinco intervalos entre aplicação do quinclorac e a semeaduradas plantas daninhas (0, 10, 20, 30 e 40 dias), além de duas testemunhassem herbicida. A dose utilizada do quinclorac foi de 375 g ha-1 de i.a., o querepresenta 750 g ha-1 do produto comercial Facet®. Foi avaliado o númerode plântulas emergidas. Os dados foram submetidos à análise de variânciapelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Scott Knoot a 5 % deprobabilidade. Não observou-se diferença na emergência das plantas

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daninhas para as diferentes condições de umidade do solo após a aplicaçãodo quinclorac. Aos 35 dias após semeadura observou-se que o quinclorac nãoreduziu de maneira significativa a emergência de capim macho. Porém paracapim arroz e capim capivara não houve emergência em nenhum dosintervalos estudados apresentando residual por até 40 dias. Conclui-se que oquinclorac aplicado em pré-emergência foi eficiente no controle de capim-arroz e capim-capivara, com residual de 40 dias, contudo não promoveucontrole de capim-macho. A umidade do solo após a aplicação não afetou aemergência destas espécies.

Palavras-chave: Arroz Irrigado; Echinochloa Spp; Ischaemum Rugosum;Hymenachne Amplexicaulis.

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Controle de corda-de-viola com misturas de glufosinato deamônio e saflufenacil

Patrícia Helena Ribeiro

Saul Jorge Pinto de Carvalho; Maria Ester Pereira Vilela; Ana CarolinaMendes

RESUMO

As plantas daninhas recebem esta denominação toda vez que interferem nosinteresses humanos, prejudicando a produtividade ou os tratos culturais.Dentre estas, Ipomoea grandifolia se destaca por ser uma espécie altamenteprejudicial em culturas anuais de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Esta planta possui ciclo mais longo do que as culturas e seusramos, por serem muito extensos, interferem no momento da colheita. Destaforma, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a eficácia dosherbicidas glufosinato de amônio (GA) e saflufenacil, isolados ou em mistura,para controle da corda-de-viola (I. grandifolia). O experimento foi realizadoem casa-de-vegetação do IFSULDEMINAS, Campus Machado, MG. Odelineamento experimental foi em blocos ao acaso, com doze tratamentos ecinco repetições, totalizando 60 parcelas. Cada parcela constou de um vasode 2L, preenchido com substrato comercial, terra argilosa peneirada,vermiculita e esterco (4:2:1:1), devidamente fertilizado e irrigado. Em cadavaso, foram cultivadas três plantas de corda de viola, pulverizadas quandoalcançaram estádio fenológico de 5 a 6 folhas. Além da testemunha semaplicação, os tratamentos herbicida utilizados foram (g ha-1): glufosinato deamônio (GA) a 100, GA a 200, saflufenacil a 35, saflufenacil a 70, GA +saflufenacil (100 + 35), GA + saflufenacil (100 + 70), GA + saflufenacil (200+ 35), GA + saflufenacil (200 + 70), GA + saflufenacil + haloxyfop (100 + 35+ 60), GA + saflufenacil + clethodim (100 + 35 + 108) e GA + saflufenacil +glyphosate (100 + 35 + 720). Os herbicidas haloxyfop, clethodim eglyphosate foram incluídos considerando-se a possibilidade de

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complementação das misturas, em condição de campo, com herbicidas demaior ação graminicida. As aplicações foram realizadas com pulverizadorcostal de precisão, acoplado à ponta única XR 110.02, calibrado para volumede calda de 200 L ha-1. Todos os tratamentos que envolveram saflufenacil,isolados ou em misturas, alcançaram excelente controle da corda-de-viola,com 100% de eficácia aos 28 dias após aplicação (DAA). Os tratamentos comaplicação isolada de GA alcançaram controle superior a 90%, porémpermitiram rebrote aos 28 DAA. A adição de haloxyfop, clethodim ouglyphosate não prejudicou a ação dos herbicidas latifolicidas.

Palavras-chave: Ipomoea Grandifolia; Latifolicidas; Sinergia; Eficácia.

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Variabilidade espacial de plantas daninhas em área demangicultura no Vale do São Francisco

Bruno França Da Trindade Lessa

Marcos Sales Rodrigues/Universidade Federal do Vale do São Francisco;Francisca Talita da Gama Monteiro/Universidade Federal do Vale do São

Francisco; Crhislany Barbosa Santos/Universidade Federal do Vale do SãoFrancisco; Leanderson de Sousa Coelho / Universidade Federal do Vale do

São Francisco

RESUMO

O estabelecimento de plantas indesejadas formando um aglomerado comdiferentes populações (comunidade infestante) podem provocar distúrbiosambientais e prejuízos diversos, principalmente quando se trata de sistemasde produção agropecuária. Na região do Vale do São Francisco o cultivo demangueiras se destaca, sendo uma das atividades mais importantes doperímetro irrigado no semiárido. E em razão dos amplos espaçamentos comoferta abundante de água e luz solar, as plantas daninhas encontramcondições favoráveis para seu crescimento e estabelecimento. Para melhorentender a dinâmica de infestação e a distribuição das populações, o objetivodo presente trabalho foi estudar a variabilidade espacial de plantas daninhaspresentes em uma área de mangicultura na região semiárida pernambucana.O estudo foi realizado em uma área comercial de mangueiras irrigadas (cv.Tommy Atkins) com 4,5 ha no município de Petrolina-PE (9° 20'50,58 "S e40° 33'04,51" O). Realizou-se a amostragem das plantas daninhas de acordocom o método do quadrado inventário, seguindo uma grade amostralgeorreferenciada contendo 50 pontos. Os dados coletados serviram paracalcular os parâmetros fitossociológicos e definir as espécies maisimportantes. Em seguida, os dados de número de indivíduos, massa seca porespécie e o somatório dos dados (infestação total) foram submetidos àanálise geoestatística para estimar a dependência espacial entre as

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amostras, bem como identificar se as variações foram sistemáticas oualeatórias. Em razão dos resultados, o método de interpolação utilizado foi oinverso do quadrado da distância e a confecção dos mapas feita através dosoftware Qgis 2.16 referenciado pelo datum WGS 84/UTM, zona 24S. Oestudo fitossociológico apontou as espécies Commelina benghalensis,Cyperus rotundus e Ageratum conyzoides como as mais importantes para aárea estudada. Após a análise dos semivariogramas verificou-se que nãohouve dependência espacial para nenhuma variável de planta daninha,apresentando efeito pepita puro, ou em alguns casos a dependência espacialfoi muito fraca. Portanto, para o mapeamento das populações optou-se porrealizar todas as interpolações pelo método determinístico inverso doquadrado da distância, sendo possível análise visual da distribuição daspopulações. A técnica apresenta potencial para uso no planejamento egestão do manejo de plantas daninhas.

Palavras-chave: Comunidade Infestante; Dinâmica Da Infestação;Fruticultura Irrigada; Mapeamento; Semiárido.

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Monitoramento da dispersão de capim-amargoso resistenteao glifosato em áreas produtoras de soja do brasil

Caroliny Pereira Santos

Acácio Gonçalves Netto1; Saul Jorge Pinto de Carvalho2; Marcelo Nicolai3;Jeisiane de Fatima Andrade1; Pedro Jacob Christoffoleti1

RESUMO

O mapeamento da dispersão de populações de capim-amargoso resistente aoglifosato, nas áreas de soja, é uma ferramenta de auxílio na determinaçãodas razões que estejam ocasionando a expressão da resistência da plantadaninha. Sendo assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de efetuar omapeamento da dispersão de populações de capim-amargoso (D. insularis)resistentes ao glifosato, nas principais regiões produtoras de soja do Brasil.As sementes de capim-amargoso de diferentes regiões produtoras de soja doBrasil foram coletadas ao longo das safras de 2016 (132 amostras), 2017(210), 2018 (160) e 2019 (110), totalizando 612 amostras. As populaçõesforam provenientes dos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas GeraisMato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, SantaCatarina, São Paulo e Tocantins. A dose de 960 g e.a. ha-1 de glifosato foiconsiderada como dose discriminatória utilizada para determinar aspopulações resistentes, conforme resultados prévios de outra pesquisarealizada. A planta daninha, no momento da aplicação, encontrava-se com 2a 3 perfilhos, sendo proveniente da germinação das sementes destaspopulações, que foram coletadas no campo em áreas de “escapes” daaplicação de glifosato. O experimento foi realizado em condições de casa-de-vegetação, sendo mantidas duas plantas por vaso. O controle foi avaliado pormeio de escala visual, sendo determinada, por população, a frequência deparcelas (vasos) controladas pelo glifosato, aos 28 dias após a aplicação. Aspopulações foram então classificadas como resistentes, em processo desegregação e suscetíveis ao glifosato, o que originou um mapa de dispersão.

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Conclui-se que as populações de capim-amargoso resistentes ao glifosato noBrasil estão dispersas em todas as regiões produtoras de soja avaliadas,porém com baixa frequência (22,5% do total das amostras), sendo estafrequência variável por região avaliada.

Palavras-chave: Mapeamento; Digitaria Insularis; Resistência A Herbicidas.

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Base-line de suscetibilidade de populações de capim-amargoso ao glifosato

Carlos Henrique De Sousa Ferreira

Acácio Gonçalves Netto1; Saul Jorge Pinto de Carvalho2; Marcelo Nicolai3;Jessica Cursino Presoto1; Carlos Henrique de Sousa Ferreira2; Pedro Jacob

Christoffoleti1

RESUMO

A frequente aplicação de glifosato, especialmente em culturas com cultivaresresistentes ao herbicida, gerou pressão de seleção sobre algumaspopulações de capim-amargoso (Digitaria insularis), selecionando biótiposresistentes a este herbicida nos sistemas de produção de grãos, assim comoem sistemas com culturas perenes. No entanto, a pesquisa não temdeterminado, ao longo deste processo de seleção, o nível real desuscetibilidade das populações que não sofreram este processo seletivo, ouseja, qual seria a dose de glifosato que poderia ser utilizada para discriminaruma população resistente de uma suscetível. Sendo assim, esta pesquisa foidesenvolvida com o objetivo de determinar a dose média que discriminapopulações resistentes e suscetíveis de capim-amargoso ao glifosato, pormeio do método “base-line”. Esta determinação pode ser uma formaadequada para a detecção, com segurança científica, da existência daresistência ao glifosato em um biótipo de capim-amargoso. O experimento foidividido em duas etapas. Na primeira, foi feita a identificação ediscriminação entre as populações suscetíveis e resistentes ao glifosato.Para tanto, foram utilizados 30 biótipos oriundos de quatro estadosbrasileiros. Na segunda etapa, foi desenvolvida a “base-line” das populaçõessuscetíveis ao herbicida glifosato. Tanto para a primeira etapa quanto parasegunda etapa, em casa-de-vegetação, foram realizadas curvas de dose-resposta com seis tratamentos e quatro repetições, para todos os biótiposselecionados. Após a comparação entre as populações suscetíveis de capim-

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amargoso, bem como com os padrões da literatura científica, e com as dosesmédias recomendadas pelos órgãos regulatórios do Brasil, concluiu-se apartir da “base-line” de suscetibilidade entre as populações de capim-amargoso, que a dose de 960 g e.a. ha-1 de glifosato pode ser utilizada emfuturas pesquisas para determinar se um biótipo de capim-amargoso éresistente ao glifosato.

Palavras-chave: Dose Discriminatória; Digitaria Insularis; Resistência AHerbicidas.

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Alternativas visando superação de dormência em sementesde plantas daninhas

Ivana Santos Moisinho

Tamara Thais Mundt1; Valesca Pinheiro de Miranda1; Lais Maria BonadioPrecipito1; Caio Antonio Carbonari2; Edivaldo Domingues Velini2; 1Pós-

Graduandas da Universidade Estadual Paulista; Botucatu; SP; Brasil;2Docentes da Universidade Estadual Paulista; Botucatu; SP; Brasil.

RESUMO

A dormência de sementes de plantas daninhas é uma característica essencialpara sobrevivência das espécies. Tal característica representa dificuldadesde manejo nas culturas agrícolas assim como, para estudos de biologia edinâmica de herbicidas no banco de sementes do solo. Nesse sentido,avaliou-se o comportamento germinativo de Urochloa plantaginea (BRAPL),Merremia aegyptia (IPOPE) e Sida rhombifolia (SIDRH) submetidas atratamentos para superação de dormência. O estudo foi conduzido no Núcleode Pesquisas Avançadas em Matologia na Faculdade de CiênciasAgronômicas campus Botucatu-SP da Universidade Estadual Paulista “Júliode Mesquita Filho” em outubro de 2019. As sementes de M. aegyptia, S.rhombifolia e U. plantaginea, foram distribuídas em três repetições de 25sementes sob delineamento inteiramente casualizado, e acondicionadas emestufa incubadora BOD. Os tratamentos foram testemunha em temperaturade 25ºC±5ºC/dia (16 horas) e 20ºC±5ºC/noite (8h) (T1);15ºC constante (T2);embebição à 15ºC durante 24h, posterior rápida imersão das sementes emnitrogênio líquido (T3); embebição à 15ºC durante 24h, posterior liofilizaçãodurante 48 e 72h (T4 e T5, respectivamente). Após a aplicação dostratamentos, as amostras foram mantidas à alternância de temperatura de25/20ºC (16/8h). A germinação foi contabilizada quando as sementesapresentavam, ao mínimo, 2 mm de emissão de radícula aos 7 e 14 dias apóssemeadura. Os resultados foram analisados através de intervalos de

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confiança ao nível de 5% de probabilidade. A espécie BRAPL submetida a25ºC apresentou germinação entre 19-33% e T2 entre 9-24%, não havendogerminação nos demais tratamentos. A testemunha de IPOPE apresentougerminação entre 27-33%, superior ao T4. Sob T2 a germinação foi entre 31-37%, sendo superior ao T4, com germinação entre 3-25%; e sob T5 queproporcionou de 11-30% de germinação. O T3 apresentou grande intervalode confiança e pode apresentar germinação semelhante à média dos demais.A germinação de SIDRH sob T4 variou de 35-58%, sendo superior àtestemunha com 0-4%, e T3 entre 14-34%. Nenhuma germinação foiencontrada quando as sementes permaneceram à 15ºC. Portanto, assementes de BRAPL não apresentam germinação quando tratadas comnitrogênio líquido, e liofilização durante 48 e 72h. A liofilização durante 48 e72h e; temperatura de 25 e 15ºC reduz a germinação de IPOPE e SIDRH,respectivamente, o que torna a resposta de germinação difusa conforme ométodo e a espécie em questão.

Palavras-chave: Merremia Aegyptia; Sida Rhombifolia; UrochloaPlantaginea; Germinação; Banco De Sementes.

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Chegada do herbicida diclosulam ao solo no momento dadessecação

Ilca Puertas De Freitas E Silva

Caio Antonio Carbonari; Universidade Estadual Paulista; Botucatu; SP;Brasil; Edivaldo Domingues Velini; Universidade Estadual Paulista;

Botucatu; SP; Brasil; Leandro Tropaldi; Universidade Estadual Paulista;Dracena; SP; Brasil; Ivana Paula Ferraz Santos de Brito; Universidade

Estadual Paulista; Botucatu; SP; Brasil; Josué Ferreira Silva Junior;Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Iturama; MG; Brasil

RESUMO

O manejo de dessecação de culturas para formação de palhada pode serrealizado com herbicidas que apresentam efeito residual, como o diclosulamassociado ao glifosato, para garantir a instalação e o desenvolvimento dacultura econômica em uma área livre de plantas daninhas. O trabalho tevecomo objetivo avaliar a chegada do herbicida diclosulam ao solo no momentoda dessecação de culturas formadoras de palhada. O experimento foidesenvolvido em casa-de-vegetação no NUPAM (Núcleo de PesquisasAvançadas em Matologia), em delineamento inteiramente casualizado comtrês tratamentos, quatro repetições, três culturas de cobertura e três plantasdaninhas, semeadas em vaso com capacidade para cinco litros. Ostratamentos corresponderam na utilização do herbicida diclosulam (25g i.a.ha-1) de forma sequencial ou em mistura com o glifosato (1440 g e.a. ha-1),acrescido da testemunha sem aplicação. Foram utilizadas como culturas decobertura o sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) cultivar silotec - 20, omilheto (Pennisetum glaucum (L) R. Br.) cultivar ADR - 300 e a braquiária(Urochloa brizantha (Hochst. ex A. Rich.) R. D. Webster) cultivar Marandú.As plantas daninhas testadas foram a corda-de-viola (Ipomoea grandifolia(Dammer) O’Donell), capim-braquiária (Urochloa decumbens Stapaf.) ecapim-mombaça (Panicum maximum Jacq.). A dessecação das plantas de

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cobertura foi realizada em função do manejo sequencial, em que o herbicidadiclosulam foi aplicado sete dias após a aplicação do glifosato, e com amistura desses herbicidas, correspondendo ao manejo em mistura. Aaplicação dos herbicidas foi realizada 40 dias após a semeadura das plantasde cobertura, sendo que, após sete dias da aplicação, foi efetuado a coleta daparte área dessas plantas (palhada) e a semeadura das plantas daninhas. Aos21 após a semeadura, foi coletado a parte aérea das plantas daninhas elevada para estufa de secagem para aferição da biomassa seca. Osresultados foram submetidos à análise de variância pelo teste F a 5% deprobabilidade, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5%. A menorbiomassa seca de capim-braquiária e capim-mombaça ocorreu na dessecaçãode U. brizantha. Não houve diferença significativa em função do manejo dedessecação, porém foi observado que o manejo sequencial proporcionou amenor biomassa seca das plantas daninhas. A maior chegada do herbicidadiclosulam ao solo foi na dessecação da cultura de cobertura U. brizantha.

Palavras-chave: Sistema Plantio Direto; Efeito Residual; Palhada.

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Distribuição do 14C-glyphosate aplicado em mistura comfertilizante foliar no cafeeiro para reduzir os riscos por

deriva

Maura Gabriela Da Silva Brochado

Maura Gabriela da Silva Brochado1; Kamila Cabral Mielke1; MarianaDamaceno Rodrigues1; Ivan Ferreira Furtado1; Felipe Belo Madela1; Kassio

Ferreira Mendes1 1Universidade Federal de Viçosa; Viçosa; MG; Brasil.Contato: [email protected] [email protected]

[email protected] [email protected] [email protected]

RESUMO

Uma das principais dificuldades na aplicação do glyphosate em plantaçõesde café jovens é o dano causado pela deriva das gotas, como diminuição daárea da folha, crescimento das plantas, acúmulo de massa seca e densidaderadicular são causados pela deriva do glyphosate. Uma alternativa paraminimizar os impactos negativos da deriva do glyphosate é o uso desubstâncias protetoras à base de aminoácidos e ácidos húmicos. Assim, oFertiactyl®, classificado como um fertilizante foliar tem sido usado emplantas cultivadas para reduzir os danos causados pelo glyphosate. Oobjetivo deste estudo foi quantificar o glyphosate distribuído para as partesda planta de café quando em mistura com Fertiactyl®. Dois modos deaplicação foram realizados: presença e ausência de Fertiactyl® e setetempos de avaliação: 0, 6, 12, 24, 48, 96 e 144 horas após a aplicação (HAA).As plantas de café jovens (Catuaí-Vermelho – linhagem 44) tinham ̴ 12 cm dealtura e 8 folhas e foram pulverizadas com 1.080 g e.a. ha-1 do glyphosatenão radiomarcado (Scout® glyphosate concentração de 72,95% w w-1), seme com 2 L ha-1 de Fertiactyl® (Sweet, TIMAC Agro). A terceira folha docafeeiro foi coberta para receber 10 gotas de 1,0 μL da suspensão de 14C-glyphosate (4,36 MBq mg-1 de atividade específica). Nos tempos deavaliação, as secções das plantas (folha tratada, acima, abaixo e oposta à

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folha tratada, caule e raiz) foram submetidas individualmente à combustão a900°C em oxidador biológico e o 14CO2 liberado da combustão foi capturadoem solução cintiladora sendo a radioatividade medida por 5 min emespectrômetro de cintilação líquida. Observou-se que a folha tratadacontinha maior quantidade de 14C-glyphosate aplicado isolado (5,6%) ediminuiu em mistura com Fertiactyl® (2,1%). Quando o 14C-glyphosate foiaplicado isolado, a folha acima, oposta, abaixo da folha tratada e raizcontinham 0,23; 0,17; 0,14 e 0,13% de 14C-glyphosate respectivamente.Quando o 14C-glyphosate foi misturado com Fertiactyl®, a folha acima,oposta e abaixo da folha tratada continham a mesma quantidade de 14C-glyphosate (0,11%) e a raiz 0,08%. Pequenas quantidades de 14C-glyphosate(<1%) foram translocadas para as partes da plantas exceto a folha tratada,independentemente do modo de aplicação do herbicida. Sendo assim, aquantidade de glyphosate distribuído para as partes da planta de café foipequena e reduziu quando em mistura com o fertilizante foliar Fertiactyl®,diminuindo os danos causados pela deriva do produto.

Palavras-chave: Herbicida; Translocação; Comportamento.

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Modalidade de aplicação de herbicidas auxínicos para ocontrole de caraguatá em campo nativo no planalto sul

catarinense

Rodrigo Michels De Souza Camargo

Diogo Luiz Fruet; Eduardo Felipe Machado Rosa; Ulisses Matheus RamosCórdova; Gederson Luiz Buzzello; Antonio Mendes de Oliveira Neto; Todosos autores são do Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do

Estado de Santa Catarina

RESUMO

O caraguatá (Eryngium horridum) da família Apiaceae tem causado prejuízosaos pecuaristas do planalto Sul catarinense em áreas de campo nativo,reduzindo a área pastoril por impossibilitar ou dificultar o acesso dosanimais à pastagem. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência dediferentes modalidades de aplicação de herbicidas auxínicos, para o controledo caraguatá em campo nativo. O experimento foi conduzido a campo nomunicípio de Lages, SC, na fazenda experimental amola faca pertencente aEpagri, em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Aárea foi roçada antes do início da implantação do experimento parauniformizar o estádio das plantas. Foram avaliados 10 tratamentos queconsistiram em: 1) testemunha sem controle, 2) testemunha capinada, 3)2,4-D + picloram a 4,0 L ha-1, 4) aminopiralide + fluoxipir-meptílico a 2,5 Lha-1, 5) aminopiralide + 2,4-D a 1,5 L ha-1, 6) aminopiralide + 2,4-D a 2,5 Lha-1 - os tratamentos 3, 4, 5 e 6 foram aplicados em área total, 7) 2,4-D +picloram a 4,0%, 8) aminopiralide + fluoxipir-meptílico a 2,5%, 9)aminopiralide + 2,4-D a 1,5% e 10) aminopiralide + 2,4-D a 2,5% - ostratamentos 7, 8, 9 e 10 foram aplicados diretamente no meristema docaraguatá (aplicação localizada). Avaliou-se a eficiência de controle decaraguatá aos 26, 40 e 83 dias após a aplicação (DAA) e a porcentagem deplantas rebrotadas aos 83DAA. Os dados foram submetidos a análise de

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variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05). Osresultados mostraram que na aplicação localizada os tratamentos: 2,4-D +picloram (4,0%) e aminopiralide + 2,4-D (1,5% e 2,5%) foram eficientes nocontrole do caraguatá, contudo apenas o herbicida aminopiralide + 2,4-D(2,5%) reduziu a rebrota com eficiência. Para aplicação em área total apenaso tratamento com 2,4-D + picloram (4,0 L ha-1) foi eficiente no controle docaraguatá, além de reduzir a rebrota. Os herbicidas auxínicos suprimiram ocrescimento da parte aérea do caraguatá.

Palavras-chave: Aplicação Localizada; Campos De Altitude; EryngiumHorridum.

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Repostas nutricionais de híbridos de milho submetidos aoglyphosate e fósforo

Carlos Zacarias Joaquim Júnior

Yanna Karoline Santos da Costa. Universidade Estadual Paulista; ArturRodrigues Oliveira. Universidade Estadual Paulista; Guilherme Cesar Pereirade Moura. Universidade Estadual Paulista; Fabio de Sousa Carneiro. ColégioTécnico Agrícola José Bonifácio; Leonardo Bianco de Carvalho. Universidade

Estadual Paulista

RESUMO

Nos primeiros estágios de desenvolvimento, as plantas de milho são muitosensíveis à competição com as plantas daninhas. A capina química tem sido aferramenta de controle mais utilizada, principalmente em lavouras comhíbridos tolerantes à herbicidas. Os teores de fósforo (P) no solo podeminfluenciar as respostas das plantas ao glyphosate, pois tanto o P como oglyphosate competem pelo mesmo transportador. Além disso, existe umaestreita relação entre a sorção do glyphosate e a capacidade de sorção dofosfato no solo. Neste trabalho, as respostas nutricionais de híbridos demilho submetidos ao glyphosate e fósforo foram avaliados. O experimento foiconduzido em delineamento inteiramente casualizado, com quatrorepetições. Foram avaliados dois híbridos de milho (AG 8061 convencional eAG 8061 VT PRO™2), duas doses de glyphosate (0 e 1080 g e.a. ha-1) e duasdoses de fósforo (P) [15 (P-) e 60 (P+) mg P L-1]. Os híbridos de milho foramcultivados em areia e irrigados com solução nutritiva modificada deHoagland e Arnon. O herbicida foi aplicado quando as plantas estavam noestágio V5. Para realizar as análises nutricionais, as plantas foram coletadasem três momentos: a 1ª coleta foi realizada antes da aplicação, enquantoque a 2ª e 3ª coleta foram aos 4 e 8 dias após aplicação (DAA)respetivamente. Foi determinado o acúmulo total de nutrientes. Os híbridosde milho tiveram diferentes respostas para o acúmulo de nutrientes nas

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plantas. Plantas cultivadas com P+ tiveram maior acúmulo de nutrientes. Ohíbrido AG 8061 convencional acumulou mais nitrogênio (N), P e enxofre (S),antes da aplicação e aos 4 DAA. A aplicação de glyphosate em plantascultivadas com P+ proporcionou maior acúmulo de N, P e S em relação aplantas cultivas com P- ao 8 DAA. Logo, o teor de P regulou a absorção denutrientes quando houve aplicação de glyphosate nos híbridos de milho.

Palavras-chave: Fitossanidade; Matologia; Nutrição De Plantas; RoundupWG®; Zea Mays.

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Manejo de plantas daninhas: fitotoxicidade da água defumaça no crescimento

Raphael Mota Garrido

Rosana Marta Kolb

RESUMO

Nas últimas décadas, foram produzidos grandes volumes de pesticidas, osquais vêm sendo utilizados de maneira descontrolada na proteção deculturas. Alguns estudos têm demonstrado que a água de fumaça podecausar alterações no desenvolvimento de plantas, por conter compostoscomo as carriquinas. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foiavaliar o potencial fitotóxico da água de fumaça no crescimento inicial,prospectando possível atividade herbicida para o manejo de plantasdaninhas. Foram avaliadas as espécies: Digitaria insularis (capim-amargoso),Rottboellia cochinchinensis (capim-camalote), Urochloa decumbens (capim-braquiária), Amaranthus viridis (caruru-de-mancha), Bidens pilosa (picão-preto), Conyza canadensis (buva), Desmodium adscendens (carrapicho),Emilia fosbergii (emília), Mucuna pruriens (mucuna-preta) e Raphanusraphanistrum (nabiça), sendo as três primeiras monocotiledôneas e asdemais eudicotiledôneas. Os ensaios de crescimento foram realizados comsementes já germinadas. Estas foram tratadas com 5 mL de solução 5% daágua de fumaça Regen 2000®. Para o controle negativo foi utilizada águadestilada. As sementes com radícula com aproximadamente 1 mm deprotrusão foram colocadas em 4 placas de Petri (25 sementes por placa). Asplântulas cresceram em germinador com fotoperíodo de 12h a 25±1ºC. Oscomprimentos da raiz e da parte aérea foram avaliados quando o controlenegativo atingiu pelo menos 5 cm. A água de fumaça apresentoufitotoxicidade para todas as espécies, com exceção de Desmodiumadscendens e Mucuna pruriens. As maiores inibições foram observadas paraAmaranthus viridis (valores superiores a 90%) e Raphanus raphanistrum

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(com valores superiores a 70%). Os resultados demostraram que a água defumaça possui potencial como herbicida de amplo espectro, inibindosignificativamente o crescimento de monocotiledôneas e eudicotiledôneasdaninhas.

Palavras-chave: Carriquinas; Amaranthus Viridis; Raphanus Raphanistrum.

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Absorção e translocação do glyphosate isolado e emmistura com Fertiactyl® nas plantas de café utilizando

técnicas radiométricas

Kamila Cabral Mielke

Kassio Ferreira Mendes1; Alessandro da Costa Lima1; Mateus Soares Silva1;Maura Gabriela da Silva Brochado1; 1Universidade de Federal de Viçosa;

MG; Brasil

RESUMO

O glyphosate é usado nas plantações de café para controlar as plantasdaninhas nas entrelinhas, entretanto, uma das principais dificuldades sãoinjúrias causadas pela deriva. Como alternativa, o Fertiactyl®, classificadocomo fertilizante foliar à base de aminoácidos, ácidos húmicos e fúlvicos vemmostrando efeito protetor para o cafeeiro. Assim, o objetivo foi avaliar aabsorção e translocação do glyphosate aplicado isoladamente e em misturacom o Fertiactyl® em plantas jovens de café. Dois modos de aplicação com oherbicida foram realizados: presença e ausência de Fertiactyl® e setetempos de avaliação: 0, 6, 12, 24, 48, 96 e 144 horas após a aplicação (HAA).Plantas jovens de café (Catuaí vermelho - linhagem 44) foram pulverizadascom 1080 g e.a. ha-1 de glyphosate não radiomarcado (Scout® glyphosateconcentração de 72,95% w w-1) sem e com 2 L ha-1 de Fertiactyl® (Sweet,TIMAC Agro) deixando apenas a terceira folha coberta para aplicação do14C-glyphosate. A terceira folha foi tratada com 10 gotas de 1,0 μL dasuspensão de 14C-glyphosate (4,36 MBq mg-1 de atividade específica). Nostempos de avaliação, a folha tratada com a solução radiomarcada foi lavadacom água deionizada para quantificar o 14C-glyphosate não absorvido. Assecções das plantas (folhas, caule e raiz) foram submetidas a combustão de900ºC em um oxidador biológico. O 14CO2 liberado da combustão foicapturado em solução cintiladora, sendo a radioatividade medida emespectrômetro de cintilação líquida e calculado a porcentagem absorvida e

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translocada do 14C-glyphosate. A maior porcentagem de 14C-glyphosateaplicado ao cafeeiro não foi absorvido. O 14C-glyphosate aplicado isoladoteve maior absorção pela planta (6,4%) do que em mistura com Fertiactyl®(2,7%) às 144 HAA. Foi observada diferença às 12 HAA para o 14C-glyphosate quando aplicado isolado, sendo sua absorção de 2,82%. Para o14C-glyphosate em mistura com Fertiactyl® a absorção foi de 0,28%tendendo a estabilizar perto de 48 HAA. O ponto máximo de absorção do14C-glyphosate foi de 5,63% às 117,1 HAA. Para o 14C-glyphosate comFertiactyl®, a absorção máxima do herbicida foi de 2,24% às 82,5 HAA. Atranslocação máxima do 14C-glyphosate aplicado isolado foi (0,69%) às 81,2HAA e em mistura foi de 0,41% às 41,2 HAA. A aplicação de Fertiactyl® emcombinação com glyphosate diminuiu a absorção e translocação do herbicidaem cafeeiros jovens, o que pode explicar o efeito protetor deste fertilizantefoliar

Palavras-chave: Coffea Arabica; Herbicida Radiomarcado; Protetores.

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Efeito de adjuvantes em associação com fomesafen nocontrole de leiteiro e na fitotoxicidade à cultura do feijão

Morgana Gabriela Rezende

Antonio Pedro Brusamarello1; Elton Jose Brasil1; 1Faculdade Mater Dei;Pato Branco; PR; Brasil.

RESUMO

A cultura do feijão carece de herbicidas para o controle das plantas daninhasdevido sua alta sensibilidade. O principal herbicida utilizado no manejo defolhas largas incluindo o leiteiro (Euphorbia heterophylla) na pós-emergência do feijão é o fomesafen, recomendado juntamente com oadjuvante não iônico aniônico (Energic®). No entanto, em condições decampo esta associação apresenta limitações pelo fato do herbicida ser decontato, que favorece o surgimento de brotações nas plantas de leiteiroquando a eficiência de controle não for excelente. Nesse sentido, hipotetiza-se que existem outros adjuvantes com melhor combinação com fomesafenque permitem alcançar nível excelente de controle do leiteiro. Diante disso,o presente estudo teve por objetivo avaliar o efeito de adjuvantes emassociação com fomesafen no controle de leiteiro e na fitotoxicidade àcultura do feijão. Foram realizados dois experimentos implantados comointeiramente casualizados, com quatro repetições, conduzidos em estufa semcontrole de temperatura e umidade do ar. Os tratamentos foram compostospor uma testemunha (sem adjuvante e herbicida) e oito adjuvantes(Energic®, Wetcit Gold®, Hoefix®, Lanzar®, Li 700®, Silwet L77®, TA35®e TA35 Gold®) associados com o herbicida fomesafen na dose de 250 g ha-1(Flex®), sendo no primeiro experimento aplicados sobre o leiteiro (duasfolhas verdadeiras) e no segundo sobre o feijão (V4). A unidade experimentalfoi composta por vaso com capacidade de 3 L contendo solo e quatro plantasde leiteiro ou de feijão. No leiteiro, foi avaliado o nível de controle e no feijãoa fitotoxicidade aos 21 dias após aplicação (DAA) dos tratamentos. Através

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dos resultados foi possível constatar que o uso do herbicida fomesafen emassociação com o adjuvante Hoefix® (98%) e Silwet L77® (95%),potencializou o controle das plantas de leiteiro, não permitindo surgimentode rebrotas. Tais tratamentos não diferiram significativamente de WetcitGold® (88%), Li 700® (86%), Lanzar® (83%), TA35 Gold® (78%) eEnergic® (76%), mas os menores níveis de controle proporcionadosresultaram em rebrota das plantas. TA 35® apresentou menor nível decontrole (75%), diferindo apenas de Hoefix®. Os adjuvantes associados aofomesafen não proporcionaram aumento de fitotoxicidade para as plantas defeijão. Conclui-se que os adjuvantes Hoefix® e Silwet L77® quandoassociados ao fomesafen permitem nível excelente de controle que evitarebrota e não aumenta a fitotoxicidade para a cultura.

Palavras-chave: Euphorbia Heterophylla; Phaseolus Vulgaris; Surfactante.

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Atividade residual de quinclorac em solo úmido e saturadopara controle de ciperáceas

Luiz Carlos Bertoldi

Yuri Kiichler1; Angela Sofia Radzinski1; Beatriz Nogatz1; Antonio Mendes deOliveira Neto2; Naiara Guerra3

RESUMO

O arroz (Oryza sativa) está sujeito a competição causada por plantasdaninhas. O uso contínuo de herbicidas com o mesmo mecanismo de açãotem aumentado os casos de plantas daninhas resistentes nessa cultura. Oquinclorac possui registro para o arroz, todavia sua recomendação ésomente para aplicação em pós-emergência. Assim, objetivo-se avaliar ocontrole residual do quinclorac em situações de solo úmido e saturado paracontrole de tiririquinha (Cyperus iria), tiririca-amarela (Cyperus esculentus),junquinho (Cyperus difformis) e cuminho (Fimbristylis miliacea). Oexperimento foi conduzido em casa de vegetação, no Centro de CiênciasRurais da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus de Curitibanos.O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com12 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquemafatorial 2x5+2, onde o primeiro fator foi representado pela condição deumidade do solo após a aplicação do herbicida (úmido e saturado) e osegundo por cinco intervalos entre aplicação do quinclorac e a semeaduradas plantas daninhas (0, 10, 20, 30 e 40 dias) e duas testemunhas semherbicida. A dose do quinclorac foi de 375 g ha-1 de ingrediente ativo, o querepresenta 750 g ha-1 do produto comercial Facet®. O solo utilizado noexperimento apresentou 54% de argila, 1,62% de carbono orgânico e pH emágua de 6,1. Avaliou-se o número de plantas emergidas aos 14, 28 e 35 diasapós a semeadura (DAS). Os dados foram submetidos a análise de variânciapelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Scott Knoot a 5 % deprobabilidade. A maior atividade residual do quinclorac ocorreu quando o

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solo permaneceu úmido após a aplicação. Aos 35 DAS para o solo úmido ocontrole residual de C. iria, C. esculentus, C. difformis e F. miliacea, ocorreupor 40, 40, 0 e 20 dias, respectivamente. Porém, em solo saturado obteveresidual de 20, 20, 20 e 10 dias, respectivamente. Assim conclui-se que oquinclorac em pré-emergência pode ser uma alternativa para controle deciperáceas, inclusive com atividade residual no solo, principalmente em solonão saturado para as espécies C. iria, C. esculentus e F. miliacea.

Palavras-chave: Arroz Irrigado; Cyperus Iria; Cyperus Esculentus; CyperusDifformis; Fimbristylis Miliacea.

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Levantamento fitossociológico de plantas daninhas em áreade mangicultura no Vale do São Francisco.

Francisca Talita Da Gama Monteiro

Crhislany Barbosa Santos¹; Leanderson de Sousa Coelho¹; Bruno França daTrindade Lessa²; Marcos Sales Rodrigues²; ¹Estudante de Engenharia

Agronômica; Universidade Federal do Vale do São Francisco; Petrolina; PE;Brasil; ²Professor Adjunto do Colegiado de Engenharia Agronômica;

Universidade Federal do Vale do São Francisco; Petrolina; PE; Brasil.

RESUMO

A mangicultura está entre as mais importantes atividades agrícolas no Valedo São Francisco e a produtividade dos cultivos é condicionada por fatoresambientais e de manejo. Entre os quesitos de maior relevância destaca-se omanejo fitossanitário, incluído neste as atividades de controle de plantasdaninhas, estas conceituadas como qualquer planta superior que interfiranos interesses do homem e no meio ambiente. A identificação das espéciesdaninhas e o conhecimento da biologia destas são fundamentais para atomada de decisão quanto às medidas de controle a adotar. O levantamentofoi realizado em uma área comercial (4 ha) de mangueiras irrigadas.Realizou-se a amostragem das plantas daninhas de acordo com o método doquadrado inventário, com o uso de um quadro vazado de lados iguais (0,5 x0,5 m) o qual foi lançado sobre as populações infestantes ao longo da áreacultivada. Em cada amostra, no interior do quadro, foi feita a identificação anível de espécie, a contabilização dos indivíduos e a coleta da biomassavegetal. Os dados coletados serviram para calcular os parâmetros densidade,frequência, abundância, dominância e índice de valor de importância (IVI),em seus valores absolutos e relativos. Foram quantificadas 14 famílias, 20gêneros, 23 espécies e 1440 indivíduos. As famílias botânicas queapresentaram maior representatividade foram: Euphorbiaceae e Cyperaceae,ambas com um total de duas espécies cada; as demais famílias apresentaram

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apenas uma. A espécie com maior IVI relativo foi a Commelina benghalensis,apresentando 33,9%. A espécie com o segundo maior valor foi a Cyperusrotundus, apresentando 12,86%. Seguidas ainda por Ageratum conyzoides(10,68%) e Digitaria sanguinalis (5,50%). Portanto, as espécies C.benghalensis e C. rotundus foram as de maior importância para a áreaestudada, refletindo o potencial de propagação que estas apresentam,podendo ser de forma seminal ou vegetativa, aspecto que deve serconsiderado quando da escolha dos métodos de controle.

Palavras-chave: Comunidade Infestante; Dinâmica Da Infestação;Ecofisiologia Vegetal.

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Interferência de plantas daninhas na cultura da cebolacultivada em sistema de semeadura direta em função da

aplicação inicial de pendimethalin

Dalvan Otavio Jeremias

Natane dos Santos; Naiara Guerra; Antônio Mendes de Oliveira Neto

RESUMO

O conhecimento dos períodos de interferência permite identificar asmelhores épocas para realização do controle das daninhas. O objetivo destetrabalho foi determinar os períodos de interferência de plantas daninhas nacultura da cebola, conduzida em sistema de semeadura direta, em função daaplicação ou não do herbicida pendimethalin após o estabelecimento. Osexperimentos foram conduzidos na área experimental do Instituto FederalCatarinense - Campus de Rio do Sul no período de maio a novembro de2018. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso (DBC), comtratamentos organizados em esquema fatorial 2 x 6, com quatro repetições.Os 12 tratamentos são oriundos da combinação entre a convivência ou ocontrole de plantas daninhas por seis períodos, sendo, 0, 7, 14, 28, 56 e ociclo todo. Após cada período, as plantas daninhas foram removidas dasparcelas por meio de capinas manuais, até a colheita ou permaneceram emconvivência, conforme o tratamento. A cultivar utilizada foi a Ônix, de cicloprecoce. Ao final do ciclo, foi realizada a colheita e as seguintes avaliações:estande de plantas, diâmetro médio dos bulbos, peso médio dos bulbos,produtividade de bulbos com classificação igual ou superior a caixa 3 eprodutividade total de bulbos. O período crítico para prevenção dainterferência (PCPI) sem a aplicação de pendimethalin foi dos 39 aos 72 diasapós a emergência, considerando a produtividade de bulbos comerciais. Aaplicação inicial de pendimethalin prolongou o período anterior àinterferência (PAI) de 39 DAE para 138 DAE e reduziu o período total deprevenção a interferência (PTPI) que passou de 89 DAE para 72 DAE. Como

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nos tratamentos com a aplicação de pendimethalin o PAI foi maior que oPTPI, não houve o PCPI. Os resultados indicam que a aplicação inicial dependimethalin foi seletiva para a cebola e mitigou a interferência das plantasdaninhas devido ao controle residual. A principal contribuição da aplicaçãoinicial de pendimethalin foi no prolongamento do PAI.

Palavras-chave: Allium Cepa; Período Anterior A Interferência; Período TotalDe Prevenção A Interferência; Período Crítico De Prevenção A Interferência.

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Períodos de interferência de plantas daninhas na cultura doalho

Angela Sofia Radzinski

Beatriz Nogatz; Luiz Carlos Bertoldi; Antônio Américo Prates; Ana PaulaKroll; Naiara Guerra

RESUMO

O desenvolvimento de plantas daninhas no alho decorre do fato da culturapossuir um crescimento ereto, com folhas estreitas e alongadasproporcionando maior incidência solar sobre o solo. O Estado de SantaCatarina está entre os maiores produtores desta olerícola. Esta pesquisateve como objetivo avaliar o efeito da presença das plantas daninhas noscomponentes de rendimento e produtividade do alho, bem como de sedeterminar os períodos de interferência para definir quando as medidas decontrole devem ser realizadas. Em complementação buscou-se avaliar oimpacto do uso de pendimethalin como pré-emergente no período anterior ainterferência dessa cultura. Dois experimentos foram conduzidos a campoem área comercial em Curitibanos, SC, entre julho a dezembro de 2019, emdelineamento de blocos casualizados, com 4 repetições. No primeiroexperimento os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2x8. Oprimeiro fator refere-se aos períodos de controle (PTPI) e períodos deconvivência (PAI) e o segundo aos oito períodos entre controle e convivênciadas plantas daninhas (0, 15, 30, 45, 60, 90, 120 após a emergência dacultura (DAE) e o ciclo todo). No segundo experimento avaliou-se o PAI comos períodos relatados acima, contudo procedeu-se a aplicação dependimethalin em pré-emergência do alho. A cultivar utilizada foi a Chonan.No alho foi avaliado o número e diâmetro de bulbos e a produtividade debulbos comerciais e industriais. Já para as plantas daninhas avaliou-se adensidade por espécie e massa seca. Os dados foram submetidos a análisede variância e regressão, a 5% de probabilidade. Poa annua, Lolium

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multiflorum, Soliva sessilis, Sisyrinchium sp., Senecio brasiliensis, Ipomoeaspp. e Euphorbia heterophylla foram as plantas daninhas que maisinfestaram a cultura, sendo a infestação maior para o experimento semherbicida. O aumento no acúmulo de massa seca das plantas daninhasquando não se aplicou pendimethalin se deu a partir de 60 DAE e com oherbicida a partir de 90 DAE. As perdas médias de produtividade total e debulbos comerciais quando não ocorreu o controle de plantas daninhas aolongo de todo o ciclo do alho foi de 25 e 29%, respectivamente. O períodocrítico de prevenção a interferência para produtividade total e de bulboscomerciais foi de 27 a 108 DAE e 22 a 113 DAE, respectivamente. Aaplicação de pendimethalin reduziu consideravelmente o acúmulo de massaseca de plantas daninhas, não havendo reduções de produtividadesuperiores a 5%.

Palavras-chave: Períodos De Controle E Convivência; Alliun Sativum;Produtividade.

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Cadastramento de plantas espontâneas na cultura dofeijão-caupi no município de Cajari – MA

Jordanya Ferreira Pinheiro

Maria Jose Pinheiro Corrêa -; Rayane Cristine Cunha Moreira

RESUMO

feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] apresenta grande importânciaeconômica e social por ser geradora de empregos e renda, pois seu cultivose dá principalmente por pequ enos agricultores. Objetivou-se com estetrabalho identificar e quantificar a composição florística de plantasespontâneas na cultura feijão-caupi no município de Cajari – MA. A pesquisafoi realizada no ano agrícola 2016/2017 em área de produtor rural sendo oexperimento conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com quatrorepetições utilizando duas cultivares de feijão-caupi (BRS Guariba) e (BRSAracê), uma estirpe de Rhyzobium como inoculante, uma fonte de nitrogênio,uma fonte de fósforo (60 Kg de P ha -1), uma f o n t e de potássio etratamento controle (isentos de inoculante e de adubação com N),constituindo seis tratamentos. O levantamento da comunidade de plantasespontâneas foi realizado na fase v eget a t iv a d a cultura do feijão-caupi.Para caracterização das plantas espontâneas foi utilizado, como unidadeamostral, quadros de 0,50m X 0,30m (0,15 m 2) lançados aleatoriamente,por quatro vezes, nas entrelinhas da área útil das parcelas experimentais. Asplantas foram separadas por espécie, identificadas para obten çã o d o síndices fitossociológicos. As espécies de maior importância na fasevegetativa foram Sebastiania corniculata, Pycreus polystachyos, Cyperussphacelatus, e Digitaria sp.

Palavras-chave: Comunidade Espontânea; Fitossociologia ; VignaUnguiculata.

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Resistência cruzada de nabiça a inibidores da ALS

Diogo Luiz Fruet

Mayra Luiza Shelter; Naiara Guerra; Fabio Nascimento da Silva; AntonioMendes de Oliveira Neto

RESUMO

A cultura do trigo está sujeita à interferência de plantas daninhas,principalmente quando convive com nabiça, azevém e aveia-daninha. Aprincipal medida de controle dessas espécies é o controle químico,principalmente com inibidores da ALS. Objetivo foi comprovar a resistênciacruzada de um biótipo de nabiça a herbicidas inibidores da ALS, por meio deensaio de dose resposta com duas gerações. A pesquisa foi desenvolvida emcasa de vegetação, onde foram testados três herbicidas inibidores de ALS(metsulfuron-methyl-Sulfonilureia, imazethapyr-Imidazolinonas epyroxsulam-Triazolopirimidinas) sendo a dose recomendada de 3,96; 106,00e 15,3 g.ia ha-1, respectivamente, sendo utilizadas doses crescentes, osexperimentos foram conduzidos com dois biótipos (suscetível e outro comsuspeita de resistência, oriundo de Catanduvas-PR). O ensaio foi conduzidoem duas gerações F1 e F2, sendo a F1, com sementes obtidas da coleta dolocal com suspeita de resistência, já a F2, foi obtida com sementes dasplantas sobreviventes da F1. Foi avaliada a porcentagem de controle aos 21dias após a aplicação na geração F1 e aos 28 dias após a aplicação nageração F2. A análise dos dados compreendeu, análise de variância, análisesde regressão não-linear e construção de curvas de dose resposta. Calculou-se o fator de resistência (FR25 e FR50) a partir da dose que proporcionacontrole de 25% e 50 % (DL25 e DL50), devido a controle com o herbicidapyroxsulam, chegar no máximo a 26% de controle, no biótipo resistente,impossibilitando a adoção da DL50 na geração F1. Considerou-se o biótiporesistente quando o fator de resistência foi maior que 1,0, a doserecomendada não atingiu o controle mínimo de 80% e ocorreu herdabilidade

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da resistência. Para o biótipo resistente na geração F1, o controle máximo,com a dose 32 vezes superior a recomendada, foi de 51, 32 e 26% parametsulfuron-methyl, imazethapyr e pyroxsulam, respectivamente. Foramobtidos FR25 de 220, 388 e 706 para metsulfuron-methyl, imazethapyr epyroxsulam, respectivamente. Na geração F2, o controle máximo foi de 55,87 e 77 % para metsulfuron-methyl, imazethapyr e pyroxsulam,respectivamente, com a aplicação da dose 100 vezes superior arecomendada, foram obtidos FR50 de 1516, 59 e 247 para metsulfuron-methyl, imazethapyr e pyroxsulam, respectivamente. Dessa forma,confirmou-se a resistência cruzada do biótipo de nabiça aos herbicidasinibidores de ALS, dos grupos químicos sulfonilureia, imidazolinonas eTriazolopirimidinas.

Palavras-chave: Controle Químico; Dose Resposta; Acetolactado Sintase;Raphanus Raphanistrum.

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Sensibilidade de genótipos de arroz oriundos de rebrote aherbicidas do grupo químico das imidazolinonas

Mayra Luiza Schelter

Gabriela Hoffmann; Diogo Luiz Fruet; Rodrigo Michels de Souza Camargo;Naiara Guerra; Antonio Mendes de Oliveira Neto

RESUMO

O cultivo da soca do arroz pode ser considerada uma técnica na qual ocultivo do rebrote do arroz visa melhorar a rentabilidade e a produtividadeda lavoura, por essa razão o cultivo da soca é amplamente adotado pelosorizicultores do Litoral Norte catarinense. Entretanto, este modelo deprodução dificulta o controle de arroz-daninho, pois a planta daninha éoriunda de rebrote. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a eficiência deherbicidas do grupo químico das imidazolinonas no controle de diferentesgenótipos de arroz oriundos de rebrote. O experimento foi conduzido emcasa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado comtratamentos dispostos em esquema fatorial 4 x 3, com 3 repetições. Oprimeiro fator corresponde aos genótipos simuladores de arroz-daninho(SCSBRS Tio Taka, SCS 116 Satoru, e SCS 122 Miura - sensíveis àsimidazolinonas e o genótipo SCS 121 CL - resistente às imidazolinonas) e osegundo fator corresponde as doses de imazapyr + imazapic (0,0; 73,5 +24,5 e 147 + 49 g ha-1 de i.a). O corte da cultura foi realizado no dia 06 defevereiro de 2018, quando as plantas se encontravam no estádio R1 e aaplicação dos tratamentos foi realizada 21 dias após o corte, quando asplantas rebrotadas apresentavam duas folhas completamente desenvolvidas.Avaliou-se a efetividade do controle de rebrote aos 7, 14 e 28 dias após aaplicação, avaliou-se também características morfológicas das plantas,como: altura de plantas; número médio de folhas por perfilho e massa secada parte aérea (g vaso-1). O controle do rebrote de arroz-daninho nãoatingiu 80% em nenhum genótipo, dose ou período de avaliação, sendo

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insatisfatório. Contudo, houve redução de crescimento e desenvolvimentodos genótipos SCSBRS Tio Taka, SCS 116 Satoru e SCS 122 Miura após aaplicação de imazapyr + imazapic, independentemente da dose. Pode-seconcluir que a aplicação de imazapyr + imazapic não foi eficiente nocontrole do rebrote dos genótipos de arroz-daninho, todavia suprimiucrescimento inicial dos genótipos sensíveis às imidazolinonas.

Palavras-chave: Arroz-daninho; Cultivo De Soca; Oryza Sativa; Sistema Pré-germinado.

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Eficácia de misturas de herbicidas para controle de buvaem pós-emergência nas entrelinhas da cultura do café

Breno Ribeiro Bornelli

Carlos Henrique de Souza Ferreira; Chayenne de Lira Ferreira; Túlio BragaMagalhães; Saul Jorge Pinto de Carvalho; Instituto Federal de Educação;

Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais; Campus Machado

RESUMO

As espécies de buva (Conyza spp.) resistentes ao herbicida glyphosate têmsido uma problemática constante para os cafeicultores de todo o Brasil. Ouso contínuo deste herbicida na cultura do cafeeiro tem selecionadopopulações de buva resistentes também no Sul de Minas Gerais,ocasionando alta infestação desta planta daninha, que também possui altadisseminação e viabilidade de sementes. Assim sendo, este trabalho foirealizado com o objetivo de avaliar a eficácia de diferentes herbicidas,isolados ou em mistura, para controle de buva nas entrelinhas do cafeeiro.Para tanto, foi realizado um experimento em campo, com 11 tratamentos equatro repetições, instalado em blocos ao acaso. As parcelas contaram deuma entrelinha do cafeeiro (2,5 m), variedade Mundo Novo, com 7 m decomprimento, homogêneas quanto à infestação de buva. Além detestemunha sem aplicação, foram adotados os seguintes tratamentos (g ha-1): glyphosate a 925, glufosinato de amônio (GA) a 500, flumioxazina a 50,glyphosate + GA (925 + 500), glyphosate + saflufenacil (925 + 49),glyphosate + flumioxazina (925 + 50), GA + saflufenacil (500 + 49), GA +flumioxazina (500 + 50) e glyphosate + saflufenacil + clethodim (925 + 49 +108). O último tratamento foi incluído considerando-se a possível presençaconcomitante de capim-amargoso nas áreas. No tratamento com glyphosatepuro não foi adicionado adjuvante; em todos os tratamentos comsaflufenacil, foi adicionado o adjuvante Dash® a 0,5% v/v; nos demaistratamentos foi incluído Assist® a 0,5% v/v. No momento das aplicações, as

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plantas de buva estavam, em média, com 40 cm, em pré-florescimento.Avaliou-se o controle percentual aos 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação (DAA)e massa de matéria seca aos 28 DAA. Em geral, excelente controle dasplantas de buva foi alcançado com aplicações de glufosinato de amônio,isolado ou em mistura com glyphosate, saflufenacil ou flumioxazina. Amistura de glyphosate e saflufenacil também alcançou elevado controle dainfestação, sem diferença para os tratamentos com GA. Em resumo,infestações de buva no cafeeiro podem ser controladas com elevada eficáciaconsiderando-se as misturas de herbicidas em tanque.

Palavras-chave: Conyza Spp; Cafeeiro; Glufosinato De Amônio; Resistência;Glyphosate.

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Deriva simulada de dicamba em cafeeiro recém implantado

Fabio Alessandro Muniz Pires

Caroliny Pereira Santos: IFSULDEMINAS; Chayenne de LiraFerreira:IFSULDEMINAS; Saul Jorge Pinto de Carvalho:IFSULDEMINAS

RESUMO

Com o surgimento e a propagação de biótipos de plantas daninhasresistentes a diferentes herbicidas, a comunidade científica vem buscandonovas tecnologias para controle desses biótipos. Uma das alternativas é aintrodução de cultivares de soja e algodão com resistência ao herbicidadicamba. Com isso, o herbicida dicamba poderá ser utilizado com maiorfrequência como parte de um programa de manejo de plantas daninhasresistentes. Porém, a maior comercialização e uso deste herbicida tende aaumentar os riscos de deriva às culturas vizinhas, visto que as moléculas dodicamba são voláteis e podem provocar danos em plantas não alvo. Com esteestudo, objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes subdoses do herbicidadicamba sobre plantas jovens de cafeeiro, simulando uma situação de deriva.O experimento foi realizado em casa de vegetação do IFSULDEMINAS,Campus Machado, MG. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso,com oito tratamentos e cinco repetições, totalizando 40 parcelas. Cadaparcela constou de um vaso de 4 L, preenchido com solo argiloso peneiradoe misturado a esterco de curral curtido, em proporção de 3:1 v/v. Para cadavaso, foi transplantada uma muda comercial de café Catuaí IAC 144, mantidasob aclimatação por seis meses até a data das pulverizações. Os tratamentosutilizados foram: 0 (testemunha), 0,0001, 0,001, 0,01, 0,1, 1,0, 10,0 e 100,0g ha-1 de dicamba. Avaliou-se a fitotoxicidade percentual das plantas até 49dias após aplicação (DAA). Também foi avaliado o índice SPAD (14, 28 e 42DAA) e a biomassa de matéria seca, aos 49 DAA. Em todas as avaliações, nãoforam observadas diferenças significativas quanto a fitotoxicidade parasubdoses de até 0,01 g ha-1. As maiores doses de dicamba provocaram

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injúrias visuais de até 31%, interferindo negativamente no desenvolvimentodas plantas café. Aos 49 DAA, não foram observadas diferenças significativasquanto a biomassa de matéria seca. Em relação ao SPAD, também não houvesignificância, com exceção para a avaliação de 42 DAA. Foram observadossintomas foliares causados pelo herbicida como: encarquilhamento,enrugamento e epinastia. Não foi observada morte de plantas.Comparativamente a outras culturas, tais resultados confirmam que ocafeeiro é mais tolerante às subdoses de dicamba e tem a capacidade de serecuperar das injúrias ocasionadas pelo herbicida quando em dosesreduzidas.

Palavras-chave: Coffea Arabica; Fitotoxicidade; Herbicidas Auxínicos;Subdoses.

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Número e espaçamento crítico de plantas de Capim-camalote nas diferentes tecnologias de plantio de cana-de-

açúcar

Fabricio Simone Zera

Carlos Alberto Mathias Azania2; Silvano Bianco1; Ana Regina Schiavetto1;Andrea Aparecida Pádua Mathias Azania2. 1Universidade Estadual Paulista;

Jaboticabal; SP; Brasil 2Centro de Cana/IAC; Ribeirão Preto; SP; Brasil.

RESUMO

A recente utilização de mudas pré-brotadas (MPB) para plantio da cana-de-açúcar demanda de estudos da convivência plantas daninhas e cultura.Elegeu-se Rottboellia cochinchinensis por ser uma espécie adaptada aoscanaviais, possuir tolerância aos herbicidas comumente utilizados e porcausar prejuízos ao desenvolvimento da cultura. Nessas circunstâncias,objetivou-se avaliar o número de plantas e o distanciamento de semeaduracrítico de R. cochinchinensis nas tecnologias de plantio de cana-de-açúcar.Assim, desenvolveu-se em vasos, dois experimentos, o primeiro para elucidara interferência das densidades populacionais e o segundo para estudar adistância de semeadura entre a planta daninha e a cultura, ambos utilizando-se do delineamento inteiramente casualizado com os tratamentosdistribuídos em esquema fatorial. No primeiro experimento alocou-se nofator principal as MPBs (MPB IAC, Plene PB e Plene Evolve) e o plantio portoletes do cultivar IACSP95-5000; no segundo fator alocou-se as densidadesde R. cochinchinensis (0, 1, 2, 4 e 8 plantas). Para o segundo experimento, osegundo fator foram as distâncias de semeadura de R. cochinchinensis (7,5 e15cm) em referência à planta. Foram avaliados a altura da planta e onúmero de perfilhos da cana-de-açúcar e R. cochinchinensis aos 60 e 120dias após o plantio (DAP), além da massa seca de cana-de-açúcar no final. Amassa seca das plantas de cana-de-açúcar foi reduzida com o aumento dadensidade de plantas e do distanciamento de semeadura de R.

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cochinchinensis. De acordo com este trabalho concluímos que a densidadepopulacional crítica é de oito plantas de R. cochinchinensis por vaso paratodas as tecnologias de plantio em tolete. O distanciamento da cv. IACSP95-5000 e o R. cochinchinensis crítico para a tecnologias de plantio em tolete ePlene PB foi de 7,5 cm enquanto que, para as tecnologias MPB IAC e PleneEvolve foi de 15 cm.

Palavras-chave: Rottboellia Cochinchinensis; Matocompetição; Muda Pré-brotada; Saccharum Spp.

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Deposição de gotas na cultura da cebola em função daponta de pulverização e da pressão de trabalho

Dionatan Alan Amler

Fabrício Flávio Amler1; Jamille Santos da Silva1; Sidinei Leandro KlöcknerStürmer1; Naiara Guerra 2; Antonio Mendes de Oliveira Neto3

RESUMO

A aplicação de agroquímicos vem sendo pesquisada e aprimorada ao longodos anos, todavia ainda há uma carência de pesquisas relacionadas ao temana cultura da cebola. Desta forma, esse trabalho teve o objetivo dequantificar a deposição de calda nas plantas de cebola e no solo em funçãodo modelo da ponta de pulverização e da pressão de trabalho. O experimentofoi conduzido em casa-de-vegetação localizada na cidade de Rio do Sul, SC.Foram transplantada quatro mudas da cultivar Bola Precoce Onix porunidade experimental. O delineamento utilizado foi o inteiramentecasualizado com tratamentos organizados em esquema fatorial 4 x 4 e cincorepetições. Os tratamentos consistiram da combinação de quatro modelos depontas de pulverização (Jato Simples – MF 110 015, Pré-orifício – AD 110015, Impacto – TT 110 015 e Indução de ar – AD-IA 110 02) operando emquatro pressões de trabalho (207, 276, 345 e 414 kPa). Utilizou-se comotraçador o corante azul brilhante para quantificação da deposição de caldanas plantas de cebola e no solo. A deposição de calda na cebola foi afetadasomente pelo fator modelo de ponta. Já a deposição no solo foi influenciadapelo modelo de ponta de pulverização, pressão de trabalho e pela interaçãoentre ambos. As maiores deposições de calda na parte aérea da cebola e nosolo ocorreram com os modelos de ponta de jato simples de impacto e jatosimples com indução de ar. A pressão de trabalho influenciou na deposiçãoda calda no solo para o modelo de pontas de jato plano simples, jato planocom pré-orifício e jato plano com indução de ar, sendo que a deposição foifavorecida pelo aumento da pressão de trabalho. Conclui-se que as maiores

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deposições de calda na planta de cebola e no solo ocorreram com os modelosde ponta de Impacto e Jato simples com indução de ar. A pressão de trabalhofavoreceu apenas a deposição de calda no solo para as pontas jato planosimples, jato plano com pré-orifício e jato plano com indução de ar.

Palavras-chave: Allium Cepa; Taxa De Aplicação; Deposição Foliar De Calda.

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Efeito da disponibilidade de radiação solar e da inundaçãodo solo sobre a seletividade de herbicidas em arroz irrigado

Mateus Henrique Scariot

Luiz Anilton Bertoncini; Lariane Fontana de Freitas; Eduardo FelipeMachado Rosa; Diogo Luiz Fruet; Antonio Mendes de Oliveira Neto;

Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC-CAV

RESUMO

No Sul do Brasil as safras que ocorrem sobre a influência de fenômenosclimáticos apresentam alterações no regime de precipitação e nadisponibilidade de luz. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito dadisponibilidade de luz e da inundação do solo sobre a seletividade deherbicidas aplicados em pós-emergência do arroz irrigado. O experimento foiconduzido em casa de vegetação em delineamento experimentalinteiramente casualizado com os tratamentos organizados em esquemafatorial 2 x 2 x 4, com quatro repetições, totalizando 64 unidadesexperimentais. O fator A consistiu de duas condições de luminosidade (semou com sombreamento). O fator B foram dois regimes hídricos (sem ou cominundação após a aplicação do herbicida). O último fator (C) foram quatrotratamentos herbicidas: testemunha sem herbicida, [imazapyr + imazapic],[imazapyr + imazapic] + saflufenacil e [imazapyr + imazapic] +carfentrazone, utilizando os herbicidas comerciais Kifix® (dose: 140 g ha-1p.c.), Heat® (dose: 70 g ha-1 p.c.) e Aurora® (dose: 100 mL ha-1 p.c.),respectivamente. A cultivar utilizada foi a SCS 121 CL, na densidade de 4plantas por unidade experimental. A fitointoxicação dos tratamentos foiavaliada por meio de notas visuais, além de parâmetros morfofisiológicoscomo o teor de clorofila, pelo índice SPAD, altura de plantas e massa seca daparte aérea. Os tratamentos herbicidas com saflufenacil e carfentrazonepromoveram elevada fitointoxicação na cultura do arroz irrigado, cominjúrias visíveis e redução na altura de plantas, teor de clorofila e massa

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seca da parte aérea. A seletividade foi prejudicada quando os tratamentosforam aplicados em condições de solo inundado. Entretanto, osombreamento não influenciou significativamente a seletividade dosherbicidas. Portanto, uma aplicação prática destes resultados seria evitar aaplicação de herbicidas inibidores da PROTOX, como saflufenacil ecarfentrazone, em pós-emergência ou postergar a entrada de água nalavoura, evitando o agravamento das injúrias promovidas por estesherbicidas. Por fim, vale ressaltar que o tratamento com imazapyr +imazapic manteve-se seletivo independentemente do sombreamento e dainundação.

Palavras-chave: Fisiologia De Herbicidas; Oryza Sativa; Pós-emergência;Saflufenacil; Carfentrazone.

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Aplicação de metsulfuron-methyl e o milho cultivado emsucessão

Beatriz Nogatz

Angela Sofia Radzinski (Universidade Federal de Santa Catarina); WilianJochem (Universidade Federal de Santa Catarina); Luiz Carlos Bertoldi

(Universidade Federal de Santa Catarina); Antonio Mendes de Oliveira Neto(Universidade do Estado de Santa Catarina); Naiara Guerra (Universidade

Federal de Santa Catarina)

RESUMO

O metsulfuron-methyl é um herbicida inibidor da acetolactato sintase –ALSde ação sistêmica, com ação residual que não possuindo registo para omilho. Deste modo, o presente trabalho teve o objetivo de determinar oefeito do metsulfuron-methyl sobre o desenvolvimento e produtividade domilho, buscando-se determinar um período seguro entre a aplicação doherbicida e a semeadura deste cereal. O experimento foi conduzido a campo,na área experimental da Universidade Federal de Santa Catarina – CampusCuritibanos, na safra 2018/19. O delineamento experimental utilizado foi ode blocos casualizados, com 13 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentosforam dispostos em esquema fatorial (2 x 6) + 1. O primeiro fator foicomposto por duas doses de metsulfuron-methyl (1,98 e 3,96 g ha-1) e osegundo por 6 intervalos entre a aplicação do herbicida e a semeadura domilho (0, 15, 30, 45, 60 e 75 dias), além de uma testemunha sem a aplicaçãodo herbicida. Os parâmetros avaliados foram: porcentagem defitointoxicação das plantas de milho, estande, número de espigas por planta,número de grãos por espiga, massa de cem grãos e produtividade do híbridoAS1551PRO2. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo testeF, análise de regressão e teste de Fischer (LSD) a 5% de probabilidade. Ossintomas de fitointoxicação nas plantas de milho caracterizam-se por cloroseseguido de arroxeamento das nervuras, estes sintomas foram mais evidentes

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quando a semeadura ocorreu no mesmo dia da aplicação do herbicida. Ossintomas tiveram sua intensidade diminuída ao longo das avaliações e nãohouve diferença significativa para dose e intervalos para os componentes derendimento. Contudo, notou-se que quando a aplicação de metsulfuron-methyl e semeadura do milho ocorreram no mesmo dia houve redução daprodutividade de 6,8 e 18,5%, para a menor e maior dose, respectivamente.Quando o intervalo foi de 15 dias entre a aplicação somente a maior dosepromoveu redução de produtividade (13,1%). Assim conclui-se que intervalosentre a aplicação de 1,98 e 3,96 g ha-1 metsulfuron-methyl e a semeadura domilho a partir de 15 e 30 dias, respectivamente, não afetaram odesenvolvimento e produtividade do híbrido AS1551PRO2.

Palavras-chave: Efeito Residual; “carryover”; Produtividade; Zea Mays.