S. JOÃO DA SERRA Onde o folclore canta as belezas do Teixeira · para uma volta de estudo e...

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Newsletter junho 2012

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Newsletter junho 2012

S. JOÃO DA SERRAOnde o folclore canta as belezas do Teixeira

São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

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Caros munícipes/cidadãos:

No mês de junho, destacam-se os dias dedicados às nossas crianças e aos nossos idosos que integram de forma contagiante e dócil a nossa popula-ção. Começámos no início do mês, dia 1 de junho, com a comemoração do Dia Mundial da Criança que preencheu o Jardim Francisco Sá Carneiro com muita cor, vida, energia e alegria características desta faixa etária, onde as crianças estiveram radiantes num dia, que certamente lhes �cará na memória. E terminámos no dia 30 de junho com um passeio sénior que propiciou aos nossos idosos um dia muito agradável nas cidades de Coim-bra e Figueira da Foz e na bonita vila de Montemor-o-Velho, onde puderam conviver e desfrutar de momentos felizes que contagiaram a equipa que os acompanhou.Convicto que estes nossos investimentos representam seguramente o bem-estar e a felicidade destas faixas etárias e a esperança de um futuro melhor, tudo continuaremos a fazer na prossecução destes objetivos em prol das nossas crianças e dos nossos idosos.

O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades,Luís Vasconcelos

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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Execução de passeios em Santa Cruz - Arcozelo das Maias

Arrelvamento em Arcozelo das Maias junto à Associação Nova Geração

Arrelvamento de espaço em Quintela - Arcozelo das Maias

Bancada do Parque Desportivo de Oliveira de Frades

Repavimentação de arruamento nos Cadavais - Arcozelo das Maias

Limpeza de estradas em Nespereira

Circular NascenteAlargamento de arruamento em Arcozelo das Maias

Pavilhão Municipal de Oliveira de Frades

Limpeza de bermas e valetas em Souto de Lafões

Biblioteca Municipal de Oliveira de Frades

Limpezas de caminhos em Oliveira de Frades

Requali�cação da Zona Industrial

Via Estruturante

Arrelvamento em S. João da Serra Junto à Junta de Freguesia

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Investir no Desporto é dar sustentabilidade ao futuro

O Município de Oliveira de Frades realizou um conjunto valioso de investimentos no Desporto e Associativismo Municipal, criando diversas infraestruturas e equipa-mentos que potenciam mais e melhor Des-porto e engrandecem as Associações Conce-lhias.Desde o novo Pavilhão Desportivo, aos Polidesportivos de Virela, Sejães, Remolha e Sobreira, aos Pavilhões Multiusos de Ribeira-dio e Arcozelo das Maias, aos Balneários no Campo de Treinos no Parque Desportivo

Municipal, à requali�cação e arrelvamento do Campo Principal e seus balneários, à requali-�cação da bancada coberta, aos recentes courts de Ténis e ao novo Polidesportivo descoberto, muito se tem investido no bem--estar e deporto concelhio. Contudo do plano estratégico do Município fazem parte ainda outros investimentos nesta área como a requali�cação das piscinas municipais para a qual já possuímos projeto.No �nal destes investimentos teremos a certeza de ter um concelho melhor, mais dotado desportivamente e com condições adequadas à enorme valia humana que o concelho tem e que, todos os dias, propicia a cada um de nós melhor desporto e saúde.

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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Município assinalou o Dia da Criança com sucesso

À semelhança dos anos anteriores, o Município de Oliveira de Frades em colabora-ção com os estabelecimentos de ensino do concelho propiciou às crianças um dia memorável onde a alegria esteve visível no rosto das crianças neste dia 1 de junho (Dia Mundial da Criança). Nesta iniciativa participaram cerca de mil crianças que frequentam os Jardins de Infân-cia e os 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico do concelho, que assim puderam usufruir dos insu�áveis, das pinturas faciais, dos jogos de andebol, etc.Esta comemoração foi aproveitada ainda para promover junto das crianças ações de sensibilização sobre a prevenção de riscos, com a presença das equipas cinotécnica e de GIPS (Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro) da GNR - Guarda Nacional Republi-cana, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e ainda dos Bombeiros Volun-tários de Oliveira de Frades. Ao �m de um dia, depois de muitas brinca-deiras, saltos e sorrisos, as crianças estavam exaustas, mas felizes transparecendo a vivaci-dade inerente a estas faixas etárias.O Município reconhece a importância de assi-nalar este dia e congratula-se pelo sucesso do evento.

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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Município promoveu passeio a cerca de 800 idosos do Concelho

Numa organização do Município de Oliveira de Frades, através do Gabinete de Ação Social, realizou-se, no passado dia 30 de junho, um passeio sénior que contou com a participação de cerca de 800 pessoas com mais de 65 anos.O dia começou com uma missa celebrada na Sé Nova, em Coimbra, pelo Cónego Sertório Martins e continuou com um almoço--convívio, animado pela Tocata do Rancho Folclórico de Nespereira, na bonita Vila de Montemor-o-Velho, terminando com uma visita à praia de Buarcos, na Figueira da Foz. Esta iniciativa permitiu assim que esta faixa etária desfrutasse de alegres momentos de partilha, convívio e animação que certa-mente �carão na sua memória e contou com

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con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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a colaboração dos funcionários desta Autar-quia que, com o seu empenho, dedicação, trabalho e de uma forma alegre e divertida, proporcionaram mais um dia diferente à população sénior do nosso concelho. O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, Luís Vasconcelos, agra-dece a todos os que participaram neste evento (idosos, colaboradores, Bombeiros Voluntários de Oliveira de Frades e de Montemor-o-Velho e Tocata do Rancho Folclórico de Nespereira) que para além de contribuir para a socialização, presta um importante papel na defesa desta faixa etária, combatendo assim a solidão e o isola-mento a que, infelizmente, está sujeita.

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Autarcas de Oliveira de Frades participaram num encontro em Lisboa pela manutenção do tribunal

Numa organização da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), o Município de Oliveira de Frades esteve repre-sentado num encontro de eleitos das Câma-ras Municipais, Assembleias Municipais e dos Membros dos Órgãos Executivos e Delibera-tivos das Freguesias, dos Municípios abrangi-dos pela proposta de encerramento dos seus tribunais.O Presidente da Câmara, os Vereadores, o Presidente da Assembleia Municipal, os Presidentes de Junta de Freguesia e mem-bros eleitos nas Assembleias de Freguesia e Municipal percorreram os cerca de 300 quiló-metros que separam Oliveira de Frades de Lisboa para participarem no encontro liderado pela ANMP, onde participaram os 54 Municípios visados pela extinção dos tribu-nais nas Linhas Estratégicas para a Reforma da Organização Judiciária.Esta iniciativa realizou-se, no passado dia 28 de junho, no Terreiro do Paço, em Lisboa, em frente ao Ministério da Justiça e teve como principal objetivo a entrega de um docu-mento à Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, com as alterações propostas pela ANMP.

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Tradicional procissão do Corpo de Deus revivida em Oliveira de Frades

Oliveira de Frades recebeu, no dia 7 de junho, os �éis de todo o Concelho e Arciprestado para celebrar o Dia do Corpo de Deus.Com uma procissão digna de registo que percorreu as principais artérias da vila, foram várias as entidades que participaram na iniciativa.Para abrilhantar a cerimónia religiosa esti-veram presentes as bandas do Concelho, uma representação dos Bombeiros Volun-tários locais, inúmeras personalidades da vida religiosa e as entidades e organismos o�ciais (Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia).Reviveu-se assim mais um ano desta já importante e emblemática reunião dos �éis do Concelho.

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

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Marchas Populares deram brilho à noite de Oliveira de Frades

No passado dia 16 de junho, realizaram-se com sucesso as Marchas Populares que atraíram centenas de pessoas à Av. dos Descobrimentos, dando assim brilho à noite de Oliveira de Frades.Participaram nesta iniciativa, promovida pelo Município, sete grupos de Marchas (Banda de

Música de Oliveira de Frades, ACRENE - Asso-ciação Cultural e Recreativa de Nespereira, Associação Académica de Santa Cruz, Fre-guesia de Arcozelo das Maias, Misericórdia Nossa Senhora dos Milagres, FicActivo e Associação Cultural e Recreativa dos Jovens de Vilarinho), que de forma entusiástica, des-�laram com as coreogra�as, trajes e arcos característicos deste arraial, demonstrando a sua criatividade, energia e alegria. A aliar a esta festa, decorreu a atuação da Banda Play e uma sardinhada organizada

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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pelo Agrupamento de Escuteiros de S. Pelá-gio e pelo Grupo de Jovens Novos Horizon-tes.No �nal do evento todas as Marchas rece-beram um troféu de participação pelas suas brilhantes atuações con�rmadas pelos fortes aplausos do público e pela animação dos participantes. Com esta iniciativa, o Município pretendeu em simultâneo fomen-tar o convívio entre gerações e dinamizar o associativismo concelhio.

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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Serviços da Câmara Municipal de Oliveira de Frades certi�cados

No passado dia 5 de junho, o Município de Oliveira de Frades recebeu a certi�cação pela norma ISO 9001:2008 (número 2012/CEP.4147) pela APCER (Associação Portuguesa de Certi�cação), no âmbito de taxas e licenças, obras particulares, trans-portes escolares e municipais.Com esta certi�cação, o Município garante uma melhor qualidade dos serviços a prestar aos munícipes.

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

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Município distribuiu fruta biológica e produtos hortícolas pelas Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância do Concelho

À semelhança dos anos anteriores, o Município distribuiu fruta biológica e produ-tos hortícolas pelas Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância do Concelho. Esta ação decorreu no âmbito do Regime de Fruta Escolar e na sequência de uma candidatura aprovada pelo IFAP, Instituto de Financia-mento da Agricultura e Pescas e abrange cerca de 615 crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino.Apesar do ensino pré-escolar não estar con-templado na candidatura, o Município con-siderou bené�co abranger este nível de ensino.Esta iniciativa visa assim contribuir para a promoção de hábitos de vida saudáveis entre as crianças, melhorando assim a sua alimen-tação e contribuindo para a redução da obe-sidade infantil.

Atividades de Tempos Livres (ATL) decorreram com êxito

O Município de Oliveira de Frades, ciente do apoio que é necessário dar às famílias, neste período de interrupção letiva, promoveu, de 18 a 29 de junho, Atividades de Tempos Livres (ATL), onde participaram dezenas de crianças do concelho. Durante este período, os participantes des-frutaram de diversas atividades, tais como: visitas ao Espaço Internet, à Biblioteca, à Piscina, ao Museu, ao Parque Desportivo, realização de caminhadas, jogos tradicionais, atelier de cozinha, sessões de esclarecimento e sensibilização sobre prevenção rodoviária e incêndios �orestais, etc.Com esta iniciativa visou-se suprir as necessi-dades das famílias, que por motivos pro�s-sionais, necessitam deste apoio, promovendo assim agradáveis momentos de convívio e lazer entre as crianças.

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São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

Entrevista com…Professor Martim Portugal

Sabemos que teve um percurso académico brilhante. Quais foram os passos mais impor-tantes?De onde surgiu o gosto pela área de geologia e mineralogia?Começou muito jovem a dar aulas na Universi-dade de Coimbra. Como viveu essa experiên-cia?Andava eu na 4ª classe nas Escola Primária de Espinho, que ao tempo �cava na sede do Sindicato dos Padeiros do Distrito de Aveiro, e daí o meu gosto e a�nidade pelos sindicatos, quando entrou na sala de aula um senhor, obviamente conhecido e amigo do professor, que de acordo com a cartilha salazarista foi saudado pela garotada com a clássica saudação do braço estendido; tenho a impressão que ao estender o braço direito �quei com o esquerdo mais ágil e a ser do meu maior gosto. O professor foi desa�ado a escolher dois garotos e fazer uma sabatina entre eles. Recordo que a vitória foi minha e com isso ganhei 5 paus (=5 escudos=5 mil reis=2,5 cêntimos de euro). Uma fortuna para um garoto de nove anos! Cinco anos mais tarde, tinha eu feito o 5º ano do liceu no Liceu Alexandre Herculano do Porto, foi-me atribuido pela Câmara Municipal de Espinho o prémio Manuel Laranjeira que cabia ao melhor

estudante do concelho. Imagine-se lá o que é. Recordo que no 1º de dezembro seguinte recebi esse prémio – as obras completas de Gil Vicente adequadamente encadernadas e com gravuras douradas. Recordo que �quei completamente destroçado porque eu estava a pensar que ia rece-ber uma bola de futebol. Aos autos de Gil Vicente acrescentei o auto da minha danação! Já nessa altura eu era um estudante muito interessado na leitura, com grande facilidade na matemática mas bastante pouco a�ccionado das ciências naturais. Em contraponto devorava livros de aventuras e lia com gosto textos da área das Humanidades. Lembro-me de então, antes de começarem as aulas, ter estudado as “Con�ssões” de Santo Agostinho e a “Crítica da Razão Prática” de I. Kant. A contragosto entrei no 6º ano de ciências como aluno do Colégio de Espinho. Fiz os exames do 7º ano no Liceu D. Manuel II no Porto, no ano de 1952 tendo sido a melhor nota a de Matemática e a pior a de Ciências Naturais. Quando fui à universidade para me matricular foi fácil preencher todos os boletins mas quando cheguei ao ponto de esco-lher o curso socorri-me da velha moeda dos 5 paus e deixei à sorte do caras ou coroas o meu destino para medicina ou engenharia! Saiu-me a enge-nharia e eu que por nehuma das engenharias tinha gosto da adolescência optei pela Engenharia de Minas. Fi-lo para ganhar tempo porque sendo os três primeiros anos de Engenharia de Minas, os mais completos de toda a gama, permitia-me deixar para o 4º ano a opção por qual delas - Civil, Mecânica, Minas, ou Química. Penso que desde logo teria pensado na Engenharia Civil porque era a que se apresentava de maior gama de obras ou, em alternativa, na Engenharia de Minas. Ficara-me da infância o gosto por entrar nas minas de água e um largo conjunto de histórias do tempo do

volfrâmio que me contavam terem acontecido desde Manhouce até Arouca – a bem conhecida história dos cigarros que os mineiros fumavam e que os acendiam com uma nota de vinte mil reis. Em 1955/56 terminei o 3º ano tendo estudado nesse mesmo ano na Universidade de Coimbra, porque os dois primeiros os tinha feito na Universi-dade do Porto. Penso que nesse tempo as notas das cadeiras até ao 3º ano não contavam para a média �nal da licenciatura e isso tornava os exames mais confortáveis. Recordo agora que nunca fui ver as notas de duas das cadeiras cursadas na Universi-dade do Porto. Em julho de 1956 já de malas feitas para voltar para o Porto veio ao meu quarto, na minha saudosa travessa da Matemática n. 10, um funcionário do Departamento dizendo-me que o professor de Geologia, de quem eu tinha sido aluno e me dera a nota máxima (16) e diretor queria falar comigo. Lá fui e recebi dele o convite para permanecer em Coimbra e mudar de engenharia de Minas para Geologia com a oferta de recebi-mento pelos estudos que viria a fazer para a Junta de Investigações do Ultramar, uns bons patacos, em valores mais ou menos mensais, que bastavam para tornar independente um jovem de vinte anos. Recordo que em 1958 publiquei três trabalhos correspondentes a estudos que efetuei dentro desse programa. Assim, com a mesma naturalidade que aceitara a face decisória da moeda de cinco mil reis (=cinco escudos=cinco paus=2,5 cêntimos) rodei o azimute para a Licenciatura em Geologia, aceitei trocar de camisola. Recordo que terminei em 21 de julho de 1958 com a média muito invul-gar de 17 valores na licenciatura. Ao que me recordo essa média �cou como máximo durante muitos anos. Conforme me tinha sido prometido fui, de imediato, proposto para segundo assistente da Faculdade de Ciências da Universidade de Coim-

bra. Esse ano de 1958 muitos o recordarão como o das eleições presidenciais em que o país foi abanado pela candidatura do general Humberto Delgado que era naturalmente o candidato preferido pela maioria dos estudantes de Coimbra. E eu estava cá e não era cego, nem surdo, nem mudo. Entretanto o tempo foi passando, em outu-bro e novembro começaram as aulas e o meu contrato continuava sem dar sinal. Diziam-me na secretaria que estava à espera da informação da PIDE. Em �nal de novembro, resolvi dar ouvidos ao professor que me convidara, e me que havia trans-mitido que o Diretor Geral do Ensino Superior tinha enorme estima pelas qualidades pessoais e pro�s-sionais, sempre marcadas pela tolerância, do magistrado com quem havia trabalhado na Comarca de Ovar nos meados dos anos 30, o Dr Manuel Ferreira Diogo, meu pai. Nessa altura percebi que a reserva de consciência tinha de dar lugar ao pragmatismo da necessidade de viver e ao dever de lutar contra a injustiça, pelo que pedi a minha mãe que mandasse um cartão muito breve ao Diretor Geral dizendo tão somente que este �lho precisava que o processo do contrato apresentado, iam passados cinco meses, fosse desbloqueado para poder seguir a sua vida. Aos 23 anos é difícil ceder a esta reserva de independência mas tinha que ser! Dois dias depois tomei posse e comecei a minha vida pro�ssional. Era capaz de haver por lá alguma fotogra�a ou gravação de conversa hetero-doxa para essa polícia e correlativa comissão de

censura. Voltei a senti-lo quando tendo recebido uma bolsa do governo americano (suponho ter sido eu o primeiro bolseiro Fullbright que foi estu-dar para os Estados Unidos) e o complemento da bolsa a cargo de Portugal me foi cortado em um terço com a clara explicitação de que não deveria ir para os Estados Unidos em tais condições.Sob o ponto de vista pro�ssional não foi difícil passar de aluno para assistente. No fundo, continu-ava a ser o mesmo estudante e sempre a conviver com os mesmos amigos. Um ano depois, o Con-selho da Faculdade encarregou-me da regência das aulas teóricas de duas cadeiras. Com os honorários dessas regências e com o acréscimo de uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, que estava suspensa desde há um ano na mesma repartição, �quei bastante mais folgado. Nesses anos de 1958-61 pude trabalhar na brigada de geologia que estu-dava a ilha de S. Tomé onde ganhei dinheiro bastante para comprar o meu primeiro carro – Fiat 600. Depois fui para Angola, para as ilhas de Porto Santo, Madeira e Selvagens e com esse treino o que me quedava de muito estudo, ainda que desatua-lizado, �quei preparado para ir para a Universidade da Califórnia em Berkeley – um mundo académico substancialmente diferente. Tinha saltado do século XIX para o século XX, da carroça para as viagens à Lua. Recordo a este propósito que fui uma vez convidado para fazer uma conferêcia na sede da NASA em Houston. Fiquei maravilhado com tanto saber que ali se sentia. Tive a sorte de frequentar as cadeiras regidas por quatro grandes professores de Berkeley: F. J. Turner, W. Fife, Lionel Weiss e Charles Mayer, respetivamente em Petrolo-gia, Geoquímica, Tectónica e Jazigos Minerais. A sorte foi tanta que em duas dessas cadeiras resolvi problemas até então considerados insolúveis; para um valeu-me a preparação que tinha tido em

Matemática, Geometria e Física, como aluno de Engenharia de Minas. Para outro terá sido um sopro da minha amiga e vizinha Santa Bárbara que me conhecia desde os meus cinco anos. Por isso fui convidado para assistente de investigação na Universidade da Califórnia, bene�ciei da isenção de propinas e tive o trabalho experimental sobre deformação de rochas – a minha primeira tese – pago pela Shell Company. Quanto a pagamento tardou uma semana a receber o primeiro salário. Em Berkeley tirei o grau de Master of Sciences and Arts com a classi�cação de Excelente. Creio que em todas as cadeiras, menos uma, tive A (excelente) e na remanescente tive B (muito bom).Quando voltei a Portugal em 1963 retomei os estu-dos para a tese de doutoramento que terminei no verão de 1964. Deu-me muito gosto estudar o tema e a zona que eu próprio tinha escolhido e que estavam à minha espera desde 1961. Depois de fazer as provas de doutoramento (creio que em março de 1965) perdi grande parte da minha liber-dade, pois passei a reger um avultado número de cadeiras, a ter de orientar teses e a integrar júris de doutoramento em quase todas as Universidades portuguesas e muitas de fora: Salamanca, Oviedo, Universidades Complutense e Autónoma de Madrid, Autónoma de Barcelona, Granada, Estremadura, Montpéllier, Autónoma do México... Uma das experiências mais notáveis foi fazer uma conferência no centro espacial da NASA, nos Esta-dos Unidos, numa sessão de homenagem a um professor de Berkeley e que passou um ano sabático comigo a montar um laboratório de geolo-gia isotópica que nos foi pago pela Academia de Ciências de Washington, pela National Science Foundation e Universidade da Califórnia. Senti que a minha inteligência e sabedoria eram de valor in�nitesimal naquele mundo do conhecimento.

Penso hoje que tive uma sorte imensa por ter estu-dado nos Estados Unidos. Ao gosto pelo estudo acrescentei conhecimentos e uma nova visão sobre a ciência, a responsabilidade e o trabalho. E o gosto pela ciência que se pratica cresce com o conheci-mento. E quantos mais são os fragmentos de conhecimento, mais são buracos da ignorância e a consequente vontade de os tapar. Isto faz parte do nosso UNIVERSO EM CRESCIMENTO.Com muita tranquilidade, �z as provas públicas para sucessivamente ser provido nos lugares de professor extraordinário e agregação, tinha então 30 anos, e de professor catedrático aos 36 anos. Mas estudar em Coimbra tinha também algumas outras mais valias. Ter vivido por dentro o movimento estudantil de 1969 com reuniões que iam pela noite fora nos gabinetes da Direção Geral da Asso-ciação Académica, ou na companhia de outros companheiros professores, não mais de uma dezena, assinar manifestos que davam incomodi-dade naqueles que não queriam ou eram pagos para não ver criou em mim uma matriz muito mais segura em matéria de personalidade e cultura. Escreveu um dia Bernardino Machado “a Universi-dade pode lá deixar de ser política!” e Coimbra, nesse aspeto, tinha o primado.

Sabemos da recente distinção do seu trabalho através de um prémio a nível internacional. Qual o signi�cado desse momento na sua carreira?Quanto a prémios direi tão somente que guardo

boa memória daqueles 5 paus que ganhei na quarta classe e essa poderá ter sido a moeda que depois de passar por milhares de mãos voltou para mim e de�niu que eu deveria seguir engenharia de minas...O prémio que mais estimo foi o de ter recebido na sala solene da Universidade de Salamanca, dedi-cado a Miguel de Unamuno (companheiro de ideias do espinhense Manuel Laranjeira) o diploma honorário de cidadão exemplar e universitário de referência.Para um universitário de raiz muito mais impor-tante é ser eleito sócio efetivo da Academia de Ciências do seu país e eu tive a boa sorte de ter sido o terceiro Lafonense eleito membro efetivo da Academia de Ciências: o primeiro foi o Doutor José Homem de Figueiredo, nascido em 1808 em São Pedro do Sul, que aqui foi lente até 1828, saneado no tempo do miguelismo, e reintegrado em 1835, no alvor do liberalismo e que também foi Diretor da Faculdade, então chamada de Filoso�a, mas que na realidade, com a reforma de Passos Manuel, era uma Faculdade de Ciências e Tecnologia; o segundo foi o Doutor Anselmo Ferraz de Carvalho, com origens aí em Fornelo, e também em Tondela. O professor Anselmo Ferraz de Carvalho que era um cidadão e democrata da referência e um profes-sor estimadíssimo, que também foi diretor da Faculdade e o primeiro Vice-Reitor eleito em 1911. Regeu cadeiras que mais tarde �caram para mim.

Atualmente dedica-se à investigação histórica no nosso concelho. Acha que a mesma é valori-zada em Portugal?Tem a valia que somos capazes de lhe dar.Fico-me pelos estudos do início do Couto de Oliveira de Frades que é mais velho dez anos do

que a semi-independência concedida pelo Papa em 1179 através da bula Manifestes Probatum. Muito de corrida destaco D. João Peculiar, que serviu a Igreja como arcebiso de Braga e quase patriarca das Espanhas, o Condado Portucalense e Lafões. O Couto de Ulveira de Frades e o Mosteiro de S. Cristóvão devem-lhe a existência.Para o efeito, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra recebeu doações fundamentalmente provindas da família de Dom Rabaldo Rabaldes, que foi tenente de Lafões e vigário de Coimbra. As diversas �lhas de Dom Rabaldo �zeram casamentos dentro das famí-lias mais nobres do Condado Portucalense: D. Elvira foi casada com o alcaide de Coimbra D. Rodrigo Pais trouxe com ela grandes heranças desde Pombal a Montemor; pelo lado da mãe, D. Gensina Gon-çalves, também as trouxe deste lado da Gralheira e Manhouce. Com D. Maria Rabaldes e seus �lhos e genro, senhores de Grijó, vieram doações do condado do Porto.Dom Afoso Henriques e em especial, Dona Teresa eram muito a�ns a esta região e a este couto; por aqui passavam, seguindo a estrada do estanho, mais tarde chamada estrada dos almocreves que ligava Viseu a Lamas de Vouga e depois estrada dos estudantes. Outras doações de bens foram recebi-das através de diversos familiares de D. Rabaldo, em Soure, Murtede, Leiria, Terras de Paiva e do Ave e de Riba Douro. Este couto que começou por ser do Mosteiro de Santa Cruz passou para a posse da Universidade de Coimbra no reinado de D. João III, depois de uma longa querela judicial entre o mosteiro e a universidade, que só foi derimida com a intervenção direta do papa! As rendas pagas por este couto eram muito signi�cativas e assim cotinu-aram praticamente até ao século XIX. Foi com a aproximação da uiversidade ao couto e à região que se iniciou a vinda dos estudantes para a univer-

sidade (desde o século XVI) e assim se formou uma muito signi�cativa corrente de canonistas e juristas. Os primeiros vieram das terras do Caramulo, e depois foram-se estendendo para os lados de Quin-tela, Antelas, Porcelhe, Ral, São Joane, Souto de Lafões.

Sei que tem raízes em Oliveira de Frades. Que imagem guarda do desenvolvimento que este concelho viveu nas últimas décadas?Dos seus conhecimentos em geologia, mineralo-gia e história, o que destaca das suas investiga-ções no que se refere ao nosso concelho?Permitam que passe de lado as questões pro�ssio-nais - nos domínios da geologia estratigrá�ca e estrutural, da geoquímica e petrologia, da tectónica, dos comportamentos geotécnicos, do enquadramento numa província metalogénica estano–volframítica para me ater às questões que estão em emergência e que resultam do cresci-mento da vila e das suas envolvências:- Cuidar de aproveitar a excelência do potencial hídrico do embalse de Ribeiradio-Cunhedo, nas vertentes de uma renovada agricultura vocacio-nado para produções com mais valia; assim se fez na transição dos séculos XVI-XVII quando se substi-tuiu a cultura do milho miúdo pelo milho milhão que os espanhóus traziam, e depois os portugueses traziam da América;

- Fazer o cadastro dos terrenos ribeirinhos e projetar neles as zonas com especiais aptidões edafo-climáticas;- Acautelar as encostas do Rio Vouga, com a promoção de policulturas �orestais, promover a retoma da viti-vinicultura com novas espécies de vinhas e novas tecnologias na produção e na promoção, fazer pequenas obras para retenção de solos e escorrências, recarga de aquíferos, correções das descargas no Rio Vouga; .- Acautelar a qualidade das águas super�ciais, que serão as subterrâneas de amanhã;- Procurar e valorizar o património arqueológico e o natural. Por onde andam as antas referenciadas em 1725 e que �cavam num tapado de um antigo pároco?;- Agilizar uma vila-cidade polinucleada, porque muitas das aldeias envolventes merecem crescer;- Incrementar a participação de todos na vida do concelho, da comarca e da paróquia, nas insti-tuições de solariedade social, de ensino e da forma-ção cultural e pro�ssionais;- Transformar em real o potencial do caminho do Vouguinha. Colhe-se a gratíssima perceção de uma terra que honra as proposições do 25 de Abril – desenvolver e democratizar. Isto é natural porque com a demo-cracia e a liberdade, a transparência é melhorada e

desenvolve-se: Por isso primeiro é possivel ver mais longe e mais claramente e segundo é possível falar-contestar-protestar mais alto e assim ouvir e ser ouvido mais longe.

Se me perguntarem que diferença eu faria entre um bom estudante e um bom aluno eu talvez dissesse que o bom estudante estuda pouco e bem e com muita atenção, atento ao mundo e às mil facetas do conhecimento; cuida das ciências, das tecnologias e das humanidades. Parafraseando Bernardino Machado, apetece dizer o estudante pode lá deixar de ser político e cidadão interveniente.

P.S. Em Los Angeles tive um professor que convi-dava os seus estudantes de pós-graduação para irem jogar uma partidinha de ping-pongue, ou até de matraquilhos a cada espaço de uma ou duas horas, para os tornar mais ágeis e lúcidos.

Page 15: S. JOÃO DA SERRA Onde o folclore canta as belezas do Teixeira · para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. ... Com o dia

S. JOÃO DA SERRAOnde o folclore canta as belezas do Teixeira

São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

Entrevista com…Professor Martim Portugal

Sabemos que teve um percurso académico brilhante. Quais foram os passos mais impor-tantes?De onde surgiu o gosto pela área de geologia e mineralogia?Começou muito jovem a dar aulas na Universi-dade de Coimbra. Como viveu essa experiên-cia?Andava eu na 4ª classe nas Escola Primária de Espinho, que ao tempo �cava na sede do Sindicato dos Padeiros do Distrito de Aveiro, e daí o meu gosto e a�nidade pelos sindicatos, quando entrou na sala de aula um senhor, obviamente conhecido e amigo do professor, que de acordo com a cartilha salazarista foi saudado pela garotada com a clássica saudação do braço estendido; tenho a impressão que ao estender o braço direito �quei com o esquerdo mais ágil e a ser do meu maior gosto. O professor foi desa�ado a escolher dois garotos e fazer uma sabatina entre eles. Recordo que a vitória foi minha e com isso ganhei 5 paus (=5 escudos=5 mil reis=2,5 cêntimos de euro). Uma fortuna para um garoto de nove anos! Cinco anos mais tarde, tinha eu feito o 5º ano do liceu no Liceu Alexandre Herculano do Porto, foi-me atribuido pela Câmara Municipal de Espinho o prémio Manuel Laranjeira que cabia ao melhor

estudante do concelho. Imagine-se lá o que é. Recordo que no 1º de dezembro seguinte recebi esse prémio – as obras completas de Gil Vicente adequadamente encadernadas e com gravuras douradas. Recordo que �quei completamente destroçado porque eu estava a pensar que ia rece-ber uma bola de futebol. Aos autos de Gil Vicente acrescentei o auto da minha danação! Já nessa altura eu era um estudante muito interessado na leitura, com grande facilidade na matemática mas bastante pouco a�ccionado das ciências naturais. Em contraponto devorava livros de aventuras e lia com gosto textos da área das Humanidades. Lembro-me de então, antes de começarem as aulas, ter estudado as “Con�ssões” de Santo Agostinho e a “Crítica da Razão Prática” de I. Kant. A contragosto entrei no 6º ano de ciências como aluno do Colégio de Espinho. Fiz os exames do 7º ano no Liceu D. Manuel II no Porto, no ano de 1952 tendo sido a melhor nota a de Matemática e a pior a de Ciências Naturais. Quando fui à universidade para me matricular foi fácil preencher todos os boletins mas quando cheguei ao ponto de esco-lher o curso socorri-me da velha moeda dos 5 paus e deixei à sorte do caras ou coroas o meu destino para medicina ou engenharia! Saiu-me a enge-nharia e eu que por nehuma das engenharias tinha gosto da adolescência optei pela Engenharia de Minas. Fi-lo para ganhar tempo porque sendo os três primeiros anos de Engenharia de Minas, os mais completos de toda a gama, permitia-me deixar para o 4º ano a opção por qual delas - Civil, Mecânica, Minas, ou Química. Penso que desde logo teria pensado na Engenharia Civil porque era a que se apresentava de maior gama de obras ou, em alternativa, na Engenharia de Minas. Ficara-me da infância o gosto por entrar nas minas de água e um largo conjunto de histórias do tempo do

volfrâmio que me contavam terem acontecido desde Manhouce até Arouca – a bem conhecida história dos cigarros que os mineiros fumavam e que os acendiam com uma nota de vinte mil reis. Em 1955/56 terminei o 3º ano tendo estudado nesse mesmo ano na Universidade de Coimbra, porque os dois primeiros os tinha feito na Universi-dade do Porto. Penso que nesse tempo as notas das cadeiras até ao 3º ano não contavam para a média �nal da licenciatura e isso tornava os exames mais confortáveis. Recordo agora que nunca fui ver as notas de duas das cadeiras cursadas na Universi-dade do Porto. Em julho de 1956 já de malas feitas para voltar para o Porto veio ao meu quarto, na minha saudosa travessa da Matemática n. 10, um funcionário do Departamento dizendo-me que o professor de Geologia, de quem eu tinha sido aluno e me dera a nota máxima (16) e diretor queria falar comigo. Lá fui e recebi dele o convite para permanecer em Coimbra e mudar de engenharia de Minas para Geologia com a oferta de recebi-mento pelos estudos que viria a fazer para a Junta de Investigações do Ultramar, uns bons patacos, em valores mais ou menos mensais, que bastavam para tornar independente um jovem de vinte anos. Recordo que em 1958 publiquei três trabalhos correspondentes a estudos que efetuei dentro desse programa. Assim, com a mesma naturalidade que aceitara a face decisória da moeda de cinco mil reis (=cinco escudos=cinco paus=2,5 cêntimos) rodei o azimute para a Licenciatura em Geologia, aceitei trocar de camisola. Recordo que terminei em 21 de julho de 1958 com a média muito invul-gar de 17 valores na licenciatura. Ao que me recordo essa média �cou como máximo durante muitos anos. Conforme me tinha sido prometido fui, de imediato, proposto para segundo assistente da Faculdade de Ciências da Universidade de Coim-

bra. Esse ano de 1958 muitos o recordarão como o das eleições presidenciais em que o país foi abanado pela candidatura do general Humberto Delgado que era naturalmente o candidato preferido pela maioria dos estudantes de Coimbra. E eu estava cá e não era cego, nem surdo, nem mudo. Entretanto o tempo foi passando, em outu-bro e novembro começaram as aulas e o meu contrato continuava sem dar sinal. Diziam-me na secretaria que estava à espera da informação da PIDE. Em �nal de novembro, resolvi dar ouvidos ao professor que me convidara, e me que havia trans-mitido que o Diretor Geral do Ensino Superior tinha enorme estima pelas qualidades pessoais e pro�s-sionais, sempre marcadas pela tolerância, do magistrado com quem havia trabalhado na Comarca de Ovar nos meados dos anos 30, o Dr Manuel Ferreira Diogo, meu pai. Nessa altura percebi que a reserva de consciência tinha de dar lugar ao pragmatismo da necessidade de viver e ao dever de lutar contra a injustiça, pelo que pedi a minha mãe que mandasse um cartão muito breve ao Diretor Geral dizendo tão somente que este �lho precisava que o processo do contrato apresentado, iam passados cinco meses, fosse desbloqueado para poder seguir a sua vida. Aos 23 anos é difícil ceder a esta reserva de independência mas tinha que ser! Dois dias depois tomei posse e comecei a minha vida pro�ssional. Era capaz de haver por lá alguma fotogra�a ou gravação de conversa hetero-doxa para essa polícia e correlativa comissão de

censura. Voltei a senti-lo quando tendo recebido uma bolsa do governo americano (suponho ter sido eu o primeiro bolseiro Fullbright que foi estu-dar para os Estados Unidos) e o complemento da bolsa a cargo de Portugal me foi cortado em um terço com a clara explicitação de que não deveria ir para os Estados Unidos em tais condições.Sob o ponto de vista pro�ssional não foi difícil passar de aluno para assistente. No fundo, continu-ava a ser o mesmo estudante e sempre a conviver com os mesmos amigos. Um ano depois, o Con-selho da Faculdade encarregou-me da regência das aulas teóricas de duas cadeiras. Com os honorários dessas regências e com o acréscimo de uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, que estava suspensa desde há um ano na mesma repartição, �quei bastante mais folgado. Nesses anos de 1958-61 pude trabalhar na brigada de geologia que estu-dava a ilha de S. Tomé onde ganhei dinheiro bastante para comprar o meu primeiro carro – Fiat 600. Depois fui para Angola, para as ilhas de Porto Santo, Madeira e Selvagens e com esse treino o que me quedava de muito estudo, ainda que desatua-lizado, �quei preparado para ir para a Universidade da Califórnia em Berkeley – um mundo académico substancialmente diferente. Tinha saltado do século XIX para o século XX, da carroça para as viagens à Lua. Recordo a este propósito que fui uma vez convidado para fazer uma conferêcia na sede da NASA em Houston. Fiquei maravilhado com tanto saber que ali se sentia. Tive a sorte de frequentar as cadeiras regidas por quatro grandes professores de Berkeley: F. J. Turner, W. Fife, Lionel Weiss e Charles Mayer, respetivamente em Petrolo-gia, Geoquímica, Tectónica e Jazigos Minerais. A sorte foi tanta que em duas dessas cadeiras resolvi problemas até então considerados insolúveis; para um valeu-me a preparação que tinha tido em

Matemática, Geometria e Física, como aluno de Engenharia de Minas. Para outro terá sido um sopro da minha amiga e vizinha Santa Bárbara que me conhecia desde os meus cinco anos. Por isso fui convidado para assistente de investigação na Universidade da Califórnia, bene�ciei da isenção de propinas e tive o trabalho experimental sobre deformação de rochas – a minha primeira tese – pago pela Shell Company. Quanto a pagamento tardou uma semana a receber o primeiro salário. Em Berkeley tirei o grau de Master of Sciences and Arts com a classi�cação de Excelente. Creio que em todas as cadeiras, menos uma, tive A (excelente) e na remanescente tive B (muito bom).Quando voltei a Portugal em 1963 retomei os estu-dos para a tese de doutoramento que terminei no verão de 1964. Deu-me muito gosto estudar o tema e a zona que eu próprio tinha escolhido e que estavam à minha espera desde 1961. Depois de fazer as provas de doutoramento (creio que em março de 1965) perdi grande parte da minha liber-dade, pois passei a reger um avultado número de cadeiras, a ter de orientar teses e a integrar júris de doutoramento em quase todas as Universidades portuguesas e muitas de fora: Salamanca, Oviedo, Universidades Complutense e Autónoma de Madrid, Autónoma de Barcelona, Granada, Estremadura, Montpéllier, Autónoma do México... Uma das experiências mais notáveis foi fazer uma conferência no centro espacial da NASA, nos Esta-dos Unidos, numa sessão de homenagem a um professor de Berkeley e que passou um ano sabático comigo a montar um laboratório de geolo-gia isotópica que nos foi pago pela Academia de Ciências de Washington, pela National Science Foundation e Universidade da Califórnia. Senti que a minha inteligência e sabedoria eram de valor in�nitesimal naquele mundo do conhecimento.

Penso hoje que tive uma sorte imensa por ter estu-dado nos Estados Unidos. Ao gosto pelo estudo acrescentei conhecimentos e uma nova visão sobre a ciência, a responsabilidade e o trabalho. E o gosto pela ciência que se pratica cresce com o conheci-mento. E quantos mais são os fragmentos de conhecimento, mais são buracos da ignorância e a consequente vontade de os tapar. Isto faz parte do nosso UNIVERSO EM CRESCIMENTO.Com muita tranquilidade, �z as provas públicas para sucessivamente ser provido nos lugares de professor extraordinário e agregação, tinha então 30 anos, e de professor catedrático aos 36 anos. Mas estudar em Coimbra tinha também algumas outras mais valias. Ter vivido por dentro o movimento estudantil de 1969 com reuniões que iam pela noite fora nos gabinetes da Direção Geral da Asso-ciação Académica, ou na companhia de outros companheiros professores, não mais de uma dezena, assinar manifestos que davam incomodi-dade naqueles que não queriam ou eram pagos para não ver criou em mim uma matriz muito mais segura em matéria de personalidade e cultura. Escreveu um dia Bernardino Machado “a Universi-dade pode lá deixar de ser política!” e Coimbra, nesse aspeto, tinha o primado.

Sabemos da recente distinção do seu trabalho através de um prémio a nível internacional. Qual o signi�cado desse momento na sua carreira?Quanto a prémios direi tão somente que guardo

boa memória daqueles 5 paus que ganhei na quarta classe e essa poderá ter sido a moeda que depois de passar por milhares de mãos voltou para mim e de�niu que eu deveria seguir engenharia de minas...O prémio que mais estimo foi o de ter recebido na sala solene da Universidade de Salamanca, dedi-cado a Miguel de Unamuno (companheiro de ideias do espinhense Manuel Laranjeira) o diploma honorário de cidadão exemplar e universitário de referência.Para um universitário de raiz muito mais impor-tante é ser eleito sócio efetivo da Academia de Ciências do seu país e eu tive a boa sorte de ter sido o terceiro Lafonense eleito membro efetivo da Academia de Ciências: o primeiro foi o Doutor José Homem de Figueiredo, nascido em 1808 em São Pedro do Sul, que aqui foi lente até 1828, saneado no tempo do miguelismo, e reintegrado em 1835, no alvor do liberalismo e que também foi Diretor da Faculdade, então chamada de Filoso�a, mas que na realidade, com a reforma de Passos Manuel, era uma Faculdade de Ciências e Tecnologia; o segundo foi o Doutor Anselmo Ferraz de Carvalho, com origens aí em Fornelo, e também em Tondela. O professor Anselmo Ferraz de Carvalho que era um cidadão e democrata da referência e um profes-sor estimadíssimo, que também foi diretor da Faculdade e o primeiro Vice-Reitor eleito em 1911. Regeu cadeiras que mais tarde �caram para mim.

Atualmente dedica-se à investigação histórica no nosso concelho. Acha que a mesma é valori-zada em Portugal?Tem a valia que somos capazes de lhe dar.Fico-me pelos estudos do início do Couto de Oliveira de Frades que é mais velho dez anos do

que a semi-independência concedida pelo Papa em 1179 através da bula Manifestes Probatum. Muito de corrida destaco D. João Peculiar, que serviu a Igreja como arcebiso de Braga e quase patriarca das Espanhas, o Condado Portucalense e Lafões. O Couto de Ulveira de Frades e o Mosteiro de S. Cristóvão devem-lhe a existência.Para o efeito, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra recebeu doações fundamentalmente provindas da família de Dom Rabaldo Rabaldes, que foi tenente de Lafões e vigário de Coimbra. As diversas �lhas de Dom Rabaldo �zeram casamentos dentro das famí-lias mais nobres do Condado Portucalense: D. Elvira foi casada com o alcaide de Coimbra D. Rodrigo Pais trouxe com ela grandes heranças desde Pombal a Montemor; pelo lado da mãe, D. Gensina Gon-çalves, também as trouxe deste lado da Gralheira e Manhouce. Com D. Maria Rabaldes e seus �lhos e genro, senhores de Grijó, vieram doações do condado do Porto.Dom Afoso Henriques e em especial, Dona Teresa eram muito a�ns a esta região e a este couto; por aqui passavam, seguindo a estrada do estanho, mais tarde chamada estrada dos almocreves que ligava Viseu a Lamas de Vouga e depois estrada dos estudantes. Outras doações de bens foram recebi-das através de diversos familiares de D. Rabaldo, em Soure, Murtede, Leiria, Terras de Paiva e do Ave e de Riba Douro. Este couto que começou por ser do Mosteiro de Santa Cruz passou para a posse da Universidade de Coimbra no reinado de D. João III, depois de uma longa querela judicial entre o mosteiro e a universidade, que só foi derimida com a intervenção direta do papa! As rendas pagas por este couto eram muito signi�cativas e assim cotinu-aram praticamente até ao século XIX. Foi com a aproximação da uiversidade ao couto e à região que se iniciou a vinda dos estudantes para a univer-

sidade (desde o século XVI) e assim se formou uma muito signi�cativa corrente de canonistas e juristas. Os primeiros vieram das terras do Caramulo, e depois foram-se estendendo para os lados de Quin-tela, Antelas, Porcelhe, Ral, São Joane, Souto de Lafões.

Sei que tem raízes em Oliveira de Frades. Que imagem guarda do desenvolvimento que este concelho viveu nas últimas décadas?Dos seus conhecimentos em geologia, mineralo-gia e história, o que destaca das suas investiga-ções no que se refere ao nosso concelho?Permitam que passe de lado as questões pro�ssio-nais - nos domínios da geologia estratigrá�ca e estrutural, da geoquímica e petrologia, da tectónica, dos comportamentos geotécnicos, do enquadramento numa província metalogénica estano–volframítica para me ater às questões que estão em emergência e que resultam do cresci-mento da vila e das suas envolvências:- Cuidar de aproveitar a excelência do potencial hídrico do embalse de Ribeiradio-Cunhedo, nas vertentes de uma renovada agricultura vocacio-nado para produções com mais valia; assim se fez na transição dos séculos XVI-XVII quando se substi-tuiu a cultura do milho miúdo pelo milho milhão que os espanhóus traziam, e depois os portugueses traziam da América;

- Fazer o cadastro dos terrenos ribeirinhos e projetar neles as zonas com especiais aptidões edafo-climáticas;- Acautelar as encostas do Rio Vouga, com a promoção de policulturas �orestais, promover a retoma da viti-vinicultura com novas espécies de vinhas e novas tecnologias na produção e na promoção, fazer pequenas obras para retenção de solos e escorrências, recarga de aquíferos, correções das descargas no Rio Vouga; .- Acautelar a qualidade das águas super�ciais, que serão as subterrâneas de amanhã;- Procurar e valorizar o património arqueológico e o natural. Por onde andam as antas referenciadas em 1725 e que �cavam num tapado de um antigo pároco?;- Agilizar uma vila-cidade polinucleada, porque muitas das aldeias envolventes merecem crescer;- Incrementar a participação de todos na vida do concelho, da comarca e da paróquia, nas insti-tuições de solariedade social, de ensino e da forma-ção cultural e pro�ssionais;- Transformar em real o potencial do caminho do Vouguinha. Colhe-se a gratíssima perceção de uma terra que honra as proposições do 25 de Abril – desenvolver e democratizar. Isto é natural porque com a demo-cracia e a liberdade, a transparência é melhorada e

desenvolve-se: Por isso primeiro é possivel ver mais longe e mais claramente e segundo é possível falar-contestar-protestar mais alto e assim ouvir e ser ouvido mais longe.

Se me perguntarem que diferença eu faria entre um bom estudante e um bom aluno eu talvez dissesse que o bom estudante estuda pouco e bem e com muita atenção, atento ao mundo e às mil facetas do conhecimento; cuida das ciências, das tecnologias e das humanidades. Parafraseando Bernardino Machado, apetece dizer o estudante pode lá deixar de ser político e cidadão interveniente.

P.S. Em Los Angeles tive um professor que convi-dava os seus estudantes de pós-graduação para irem jogar uma partidinha de ping-pongue, ou até de matraquilhos a cada espaço de uma ou duas horas, para os tornar mais ágeis e lúcidos.

Page 16: S. JOÃO DA SERRA Onde o folclore canta as belezas do Teixeira · para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. ... Com o dia

S. JOÃO DA SERRAOnde o folclore canta as belezas do Teixeira

São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

Entrevista com…Professor Martim Portugal

Sabemos que teve um percurso académico brilhante. Quais foram os passos mais impor-tantes?De onde surgiu o gosto pela área de geologia e mineralogia?Começou muito jovem a dar aulas na Universi-dade de Coimbra. Como viveu essa experiên-cia?Andava eu na 4ª classe nas Escola Primária de Espinho, que ao tempo �cava na sede do Sindicato dos Padeiros do Distrito de Aveiro, e daí o meu gosto e a�nidade pelos sindicatos, quando entrou na sala de aula um senhor, obviamente conhecido e amigo do professor, que de acordo com a cartilha salazarista foi saudado pela garotada com a clássica saudação do braço estendido; tenho a impressão que ao estender o braço direito �quei com o esquerdo mais ágil e a ser do meu maior gosto. O professor foi desa�ado a escolher dois garotos e fazer uma sabatina entre eles. Recordo que a vitória foi minha e com isso ganhei 5 paus (=5 escudos=5 mil reis=2,5 cêntimos de euro). Uma fortuna para um garoto de nove anos! Cinco anos mais tarde, tinha eu feito o 5º ano do liceu no Liceu Alexandre Herculano do Porto, foi-me atribuido pela Câmara Municipal de Espinho o prémio Manuel Laranjeira que cabia ao melhor

estudante do concelho. Imagine-se lá o que é. Recordo que no 1º de dezembro seguinte recebi esse prémio – as obras completas de Gil Vicente adequadamente encadernadas e com gravuras douradas. Recordo que �quei completamente destroçado porque eu estava a pensar que ia rece-ber uma bola de futebol. Aos autos de Gil Vicente acrescentei o auto da minha danação! Já nessa altura eu era um estudante muito interessado na leitura, com grande facilidade na matemática mas bastante pouco a�ccionado das ciências naturais. Em contraponto devorava livros de aventuras e lia com gosto textos da área das Humanidades. Lembro-me de então, antes de começarem as aulas, ter estudado as “Con�ssões” de Santo Agostinho e a “Crítica da Razão Prática” de I. Kant. A contragosto entrei no 6º ano de ciências como aluno do Colégio de Espinho. Fiz os exames do 7º ano no Liceu D. Manuel II no Porto, no ano de 1952 tendo sido a melhor nota a de Matemática e a pior a de Ciências Naturais. Quando fui à universidade para me matricular foi fácil preencher todos os boletins mas quando cheguei ao ponto de esco-lher o curso socorri-me da velha moeda dos 5 paus e deixei à sorte do caras ou coroas o meu destino para medicina ou engenharia! Saiu-me a enge-nharia e eu que por nehuma das engenharias tinha gosto da adolescência optei pela Engenharia de Minas. Fi-lo para ganhar tempo porque sendo os três primeiros anos de Engenharia de Minas, os mais completos de toda a gama, permitia-me deixar para o 4º ano a opção por qual delas - Civil, Mecânica, Minas, ou Química. Penso que desde logo teria pensado na Engenharia Civil porque era a que se apresentava de maior gama de obras ou, em alternativa, na Engenharia de Minas. Ficara-me da infância o gosto por entrar nas minas de água e um largo conjunto de histórias do tempo do

volfrâmio que me contavam terem acontecido desde Manhouce até Arouca – a bem conhecida história dos cigarros que os mineiros fumavam e que os acendiam com uma nota de vinte mil reis. Em 1955/56 terminei o 3º ano tendo estudado nesse mesmo ano na Universidade de Coimbra, porque os dois primeiros os tinha feito na Universi-dade do Porto. Penso que nesse tempo as notas das cadeiras até ao 3º ano não contavam para a média �nal da licenciatura e isso tornava os exames mais confortáveis. Recordo agora que nunca fui ver as notas de duas das cadeiras cursadas na Universi-dade do Porto. Em julho de 1956 já de malas feitas para voltar para o Porto veio ao meu quarto, na minha saudosa travessa da Matemática n. 10, um funcionário do Departamento dizendo-me que o professor de Geologia, de quem eu tinha sido aluno e me dera a nota máxima (16) e diretor queria falar comigo. Lá fui e recebi dele o convite para permanecer em Coimbra e mudar de engenharia de Minas para Geologia com a oferta de recebi-mento pelos estudos que viria a fazer para a Junta de Investigações do Ultramar, uns bons patacos, em valores mais ou menos mensais, que bastavam para tornar independente um jovem de vinte anos. Recordo que em 1958 publiquei três trabalhos correspondentes a estudos que efetuei dentro desse programa. Assim, com a mesma naturalidade que aceitara a face decisória da moeda de cinco mil reis (=cinco escudos=cinco paus=2,5 cêntimos) rodei o azimute para a Licenciatura em Geologia, aceitei trocar de camisola. Recordo que terminei em 21 de julho de 1958 com a média muito invul-gar de 17 valores na licenciatura. Ao que me recordo essa média �cou como máximo durante muitos anos. Conforme me tinha sido prometido fui, de imediato, proposto para segundo assistente da Faculdade de Ciências da Universidade de Coim-

bra. Esse ano de 1958 muitos o recordarão como o das eleições presidenciais em que o país foi abanado pela candidatura do general Humberto Delgado que era naturalmente o candidato preferido pela maioria dos estudantes de Coimbra. E eu estava cá e não era cego, nem surdo, nem mudo. Entretanto o tempo foi passando, em outu-bro e novembro começaram as aulas e o meu contrato continuava sem dar sinal. Diziam-me na secretaria que estava à espera da informação da PIDE. Em �nal de novembro, resolvi dar ouvidos ao professor que me convidara, e me que havia trans-mitido que o Diretor Geral do Ensino Superior tinha enorme estima pelas qualidades pessoais e pro�s-sionais, sempre marcadas pela tolerância, do magistrado com quem havia trabalhado na Comarca de Ovar nos meados dos anos 30, o Dr Manuel Ferreira Diogo, meu pai. Nessa altura percebi que a reserva de consciência tinha de dar lugar ao pragmatismo da necessidade de viver e ao dever de lutar contra a injustiça, pelo que pedi a minha mãe que mandasse um cartão muito breve ao Diretor Geral dizendo tão somente que este �lho precisava que o processo do contrato apresentado, iam passados cinco meses, fosse desbloqueado para poder seguir a sua vida. Aos 23 anos é difícil ceder a esta reserva de independência mas tinha que ser! Dois dias depois tomei posse e comecei a minha vida pro�ssional. Era capaz de haver por lá alguma fotogra�a ou gravação de conversa hetero-doxa para essa polícia e correlativa comissão de

censura. Voltei a senti-lo quando tendo recebido uma bolsa do governo americano (suponho ter sido eu o primeiro bolseiro Fullbright que foi estu-dar para os Estados Unidos) e o complemento da bolsa a cargo de Portugal me foi cortado em um terço com a clara explicitação de que não deveria ir para os Estados Unidos em tais condições.Sob o ponto de vista pro�ssional não foi difícil passar de aluno para assistente. No fundo, continu-ava a ser o mesmo estudante e sempre a conviver com os mesmos amigos. Um ano depois, o Con-selho da Faculdade encarregou-me da regência das aulas teóricas de duas cadeiras. Com os honorários dessas regências e com o acréscimo de uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, que estava suspensa desde há um ano na mesma repartição, �quei bastante mais folgado. Nesses anos de 1958-61 pude trabalhar na brigada de geologia que estu-dava a ilha de S. Tomé onde ganhei dinheiro bastante para comprar o meu primeiro carro – Fiat 600. Depois fui para Angola, para as ilhas de Porto Santo, Madeira e Selvagens e com esse treino o que me quedava de muito estudo, ainda que desatua-lizado, �quei preparado para ir para a Universidade da Califórnia em Berkeley – um mundo académico substancialmente diferente. Tinha saltado do século XIX para o século XX, da carroça para as viagens à Lua. Recordo a este propósito que fui uma vez convidado para fazer uma conferêcia na sede da NASA em Houston. Fiquei maravilhado com tanto saber que ali se sentia. Tive a sorte de frequentar as cadeiras regidas por quatro grandes professores de Berkeley: F. J. Turner, W. Fife, Lionel Weiss e Charles Mayer, respetivamente em Petrolo-gia, Geoquímica, Tectónica e Jazigos Minerais. A sorte foi tanta que em duas dessas cadeiras resolvi problemas até então considerados insolúveis; para um valeu-me a preparação que tinha tido em

Matemática, Geometria e Física, como aluno de Engenharia de Minas. Para outro terá sido um sopro da minha amiga e vizinha Santa Bárbara que me conhecia desde os meus cinco anos. Por isso fui convidado para assistente de investigação na Universidade da Califórnia, bene�ciei da isenção de propinas e tive o trabalho experimental sobre deformação de rochas – a minha primeira tese – pago pela Shell Company. Quanto a pagamento tardou uma semana a receber o primeiro salário. Em Berkeley tirei o grau de Master of Sciences and Arts com a classi�cação de Excelente. Creio que em todas as cadeiras, menos uma, tive A (excelente) e na remanescente tive B (muito bom).Quando voltei a Portugal em 1963 retomei os estu-dos para a tese de doutoramento que terminei no verão de 1964. Deu-me muito gosto estudar o tema e a zona que eu próprio tinha escolhido e que estavam à minha espera desde 1961. Depois de fazer as provas de doutoramento (creio que em março de 1965) perdi grande parte da minha liber-dade, pois passei a reger um avultado número de cadeiras, a ter de orientar teses e a integrar júris de doutoramento em quase todas as Universidades portuguesas e muitas de fora: Salamanca, Oviedo, Universidades Complutense e Autónoma de Madrid, Autónoma de Barcelona, Granada, Estremadura, Montpéllier, Autónoma do México... Uma das experiências mais notáveis foi fazer uma conferência no centro espacial da NASA, nos Esta-dos Unidos, numa sessão de homenagem a um professor de Berkeley e que passou um ano sabático comigo a montar um laboratório de geolo-gia isotópica que nos foi pago pela Academia de Ciências de Washington, pela National Science Foundation e Universidade da Califórnia. Senti que a minha inteligência e sabedoria eram de valor in�nitesimal naquele mundo do conhecimento.

Penso hoje que tive uma sorte imensa por ter estu-dado nos Estados Unidos. Ao gosto pelo estudo acrescentei conhecimentos e uma nova visão sobre a ciência, a responsabilidade e o trabalho. E o gosto pela ciência que se pratica cresce com o conheci-mento. E quantos mais são os fragmentos de conhecimento, mais são buracos da ignorância e a consequente vontade de os tapar. Isto faz parte do nosso UNIVERSO EM CRESCIMENTO.Com muita tranquilidade, �z as provas públicas para sucessivamente ser provido nos lugares de professor extraordinário e agregação, tinha então 30 anos, e de professor catedrático aos 36 anos. Mas estudar em Coimbra tinha também algumas outras mais valias. Ter vivido por dentro o movimento estudantil de 1969 com reuniões que iam pela noite fora nos gabinetes da Direção Geral da Asso-ciação Académica, ou na companhia de outros companheiros professores, não mais de uma dezena, assinar manifestos que davam incomodi-dade naqueles que não queriam ou eram pagos para não ver criou em mim uma matriz muito mais segura em matéria de personalidade e cultura. Escreveu um dia Bernardino Machado “a Universi-dade pode lá deixar de ser política!” e Coimbra, nesse aspeto, tinha o primado.

Sabemos da recente distinção do seu trabalho através de um prémio a nível internacional. Qual o signi�cado desse momento na sua carreira?Quanto a prémios direi tão somente que guardo

boa memória daqueles 5 paus que ganhei na quarta classe e essa poderá ter sido a moeda que depois de passar por milhares de mãos voltou para mim e de�niu que eu deveria seguir engenharia de minas...O prémio que mais estimo foi o de ter recebido na sala solene da Universidade de Salamanca, dedi-cado a Miguel de Unamuno (companheiro de ideias do espinhense Manuel Laranjeira) o diploma honorário de cidadão exemplar e universitário de referência.Para um universitário de raiz muito mais impor-tante é ser eleito sócio efetivo da Academia de Ciências do seu país e eu tive a boa sorte de ter sido o terceiro Lafonense eleito membro efetivo da Academia de Ciências: o primeiro foi o Doutor José Homem de Figueiredo, nascido em 1808 em São Pedro do Sul, que aqui foi lente até 1828, saneado no tempo do miguelismo, e reintegrado em 1835, no alvor do liberalismo e que também foi Diretor da Faculdade, então chamada de Filoso�a, mas que na realidade, com a reforma de Passos Manuel, era uma Faculdade de Ciências e Tecnologia; o segundo foi o Doutor Anselmo Ferraz de Carvalho, com origens aí em Fornelo, e também em Tondela. O professor Anselmo Ferraz de Carvalho que era um cidadão e democrata da referência e um profes-sor estimadíssimo, que também foi diretor da Faculdade e o primeiro Vice-Reitor eleito em 1911. Regeu cadeiras que mais tarde �caram para mim.

Atualmente dedica-se à investigação histórica no nosso concelho. Acha que a mesma é valori-zada em Portugal?Tem a valia que somos capazes de lhe dar.Fico-me pelos estudos do início do Couto de Oliveira de Frades que é mais velho dez anos do

que a semi-independência concedida pelo Papa em 1179 através da bula Manifestes Probatum. Muito de corrida destaco D. João Peculiar, que serviu a Igreja como arcebiso de Braga e quase patriarca das Espanhas, o Condado Portucalense e Lafões. O Couto de Ulveira de Frades e o Mosteiro de S. Cristóvão devem-lhe a existência.Para o efeito, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra recebeu doações fundamentalmente provindas da família de Dom Rabaldo Rabaldes, que foi tenente de Lafões e vigário de Coimbra. As diversas �lhas de Dom Rabaldo �zeram casamentos dentro das famí-lias mais nobres do Condado Portucalense: D. Elvira foi casada com o alcaide de Coimbra D. Rodrigo Pais trouxe com ela grandes heranças desde Pombal a Montemor; pelo lado da mãe, D. Gensina Gon-çalves, também as trouxe deste lado da Gralheira e Manhouce. Com D. Maria Rabaldes e seus �lhos e genro, senhores de Grijó, vieram doações do condado do Porto.Dom Afoso Henriques e em especial, Dona Teresa eram muito a�ns a esta região e a este couto; por aqui passavam, seguindo a estrada do estanho, mais tarde chamada estrada dos almocreves que ligava Viseu a Lamas de Vouga e depois estrada dos estudantes. Outras doações de bens foram recebi-das através de diversos familiares de D. Rabaldo, em Soure, Murtede, Leiria, Terras de Paiva e do Ave e de Riba Douro. Este couto que começou por ser do Mosteiro de Santa Cruz passou para a posse da Universidade de Coimbra no reinado de D. João III, depois de uma longa querela judicial entre o mosteiro e a universidade, que só foi derimida com a intervenção direta do papa! As rendas pagas por este couto eram muito signi�cativas e assim cotinu-aram praticamente até ao século XIX. Foi com a aproximação da uiversidade ao couto e à região que se iniciou a vinda dos estudantes para a univer-

sidade (desde o século XVI) e assim se formou uma muito signi�cativa corrente de canonistas e juristas. Os primeiros vieram das terras do Caramulo, e depois foram-se estendendo para os lados de Quin-tela, Antelas, Porcelhe, Ral, São Joane, Souto de Lafões.

Sei que tem raízes em Oliveira de Frades. Que imagem guarda do desenvolvimento que este concelho viveu nas últimas décadas?Dos seus conhecimentos em geologia, mineralo-gia e história, o que destaca das suas investiga-ções no que se refere ao nosso concelho?Permitam que passe de lado as questões pro�ssio-nais - nos domínios da geologia estratigrá�ca e estrutural, da geoquímica e petrologia, da tectónica, dos comportamentos geotécnicos, do enquadramento numa província metalogénica estano–volframítica para me ater às questões que estão em emergência e que resultam do cresci-mento da vila e das suas envolvências:- Cuidar de aproveitar a excelência do potencial hídrico do embalse de Ribeiradio-Cunhedo, nas vertentes de uma renovada agricultura vocacio-nado para produções com mais valia; assim se fez na transição dos séculos XVI-XVII quando se substi-tuiu a cultura do milho miúdo pelo milho milhão que os espanhóus traziam, e depois os portugueses traziam da América;

- Fazer o cadastro dos terrenos ribeirinhos e projetar neles as zonas com especiais aptidões edafo-climáticas;- Acautelar as encostas do Rio Vouga, com a promoção de policulturas �orestais, promover a retoma da viti-vinicultura com novas espécies de vinhas e novas tecnologias na produção e na promoção, fazer pequenas obras para retenção de solos e escorrências, recarga de aquíferos, correções das descargas no Rio Vouga; .- Acautelar a qualidade das águas super�ciais, que serão as subterrâneas de amanhã;- Procurar e valorizar o património arqueológico e o natural. Por onde andam as antas referenciadas em 1725 e que �cavam num tapado de um antigo pároco?;- Agilizar uma vila-cidade polinucleada, porque muitas das aldeias envolventes merecem crescer;- Incrementar a participação de todos na vida do concelho, da comarca e da paróquia, nas insti-tuições de solariedade social, de ensino e da forma-ção cultural e pro�ssionais;- Transformar em real o potencial do caminho do Vouguinha. Colhe-se a gratíssima perceção de uma terra que honra as proposições do 25 de Abril – desenvolver e democratizar. Isto é natural porque com a demo-cracia e a liberdade, a transparência é melhorada e

desenvolve-se: Por isso primeiro é possivel ver mais longe e mais claramente e segundo é possível falar-contestar-protestar mais alto e assim ouvir e ser ouvido mais longe.

Se me perguntarem que diferença eu faria entre um bom estudante e um bom aluno eu talvez dissesse que o bom estudante estuda pouco e bem e com muita atenção, atento ao mundo e às mil facetas do conhecimento; cuida das ciências, das tecnologias e das humanidades. Parafraseando Bernardino Machado, apetece dizer o estudante pode lá deixar de ser político e cidadão interveniente.

P.S. Em Los Angeles tive um professor que convi-dava os seus estudantes de pós-graduação para irem jogar uma partidinha de ping-pongue, ou até de matraquilhos a cada espaço de uma ou duas horas, para os tornar mais ágeis e lúcidos.

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S. JOÃO DA SERRAOnde o folclore canta as belezas do Teixeira

São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

Entrevista com…Professor Martim Portugal

Sabemos que teve um percurso académico brilhante. Quais foram os passos mais impor-tantes?De onde surgiu o gosto pela área de geologia e mineralogia?Começou muito jovem a dar aulas na Universi-dade de Coimbra. Como viveu essa experiên-cia?Andava eu na 4ª classe nas Escola Primária de Espinho, que ao tempo �cava na sede do Sindicato dos Padeiros do Distrito de Aveiro, e daí o meu gosto e a�nidade pelos sindicatos, quando entrou na sala de aula um senhor, obviamente conhecido e amigo do professor, que de acordo com a cartilha salazarista foi saudado pela garotada com a clássica saudação do braço estendido; tenho a impressão que ao estender o braço direito �quei com o esquerdo mais ágil e a ser do meu maior gosto. O professor foi desa�ado a escolher dois garotos e fazer uma sabatina entre eles. Recordo que a vitória foi minha e com isso ganhei 5 paus (=5 escudos=5 mil reis=2,5 cêntimos de euro). Uma fortuna para um garoto de nove anos! Cinco anos mais tarde, tinha eu feito o 5º ano do liceu no Liceu Alexandre Herculano do Porto, foi-me atribuido pela Câmara Municipal de Espinho o prémio Manuel Laranjeira que cabia ao melhor

estudante do concelho. Imagine-se lá o que é. Recordo que no 1º de dezembro seguinte recebi esse prémio – as obras completas de Gil Vicente adequadamente encadernadas e com gravuras douradas. Recordo que �quei completamente destroçado porque eu estava a pensar que ia rece-ber uma bola de futebol. Aos autos de Gil Vicente acrescentei o auto da minha danação! Já nessa altura eu era um estudante muito interessado na leitura, com grande facilidade na matemática mas bastante pouco a�ccionado das ciências naturais. Em contraponto devorava livros de aventuras e lia com gosto textos da área das Humanidades. Lembro-me de então, antes de começarem as aulas, ter estudado as “Con�ssões” de Santo Agostinho e a “Crítica da Razão Prática” de I. Kant. A contragosto entrei no 6º ano de ciências como aluno do Colégio de Espinho. Fiz os exames do 7º ano no Liceu D. Manuel II no Porto, no ano de 1952 tendo sido a melhor nota a de Matemática e a pior a de Ciências Naturais. Quando fui à universidade para me matricular foi fácil preencher todos os boletins mas quando cheguei ao ponto de esco-lher o curso socorri-me da velha moeda dos 5 paus e deixei à sorte do caras ou coroas o meu destino para medicina ou engenharia! Saiu-me a enge-nharia e eu que por nehuma das engenharias tinha gosto da adolescência optei pela Engenharia de Minas. Fi-lo para ganhar tempo porque sendo os três primeiros anos de Engenharia de Minas, os mais completos de toda a gama, permitia-me deixar para o 4º ano a opção por qual delas - Civil, Mecânica, Minas, ou Química. Penso que desde logo teria pensado na Engenharia Civil porque era a que se apresentava de maior gama de obras ou, em alternativa, na Engenharia de Minas. Ficara-me da infância o gosto por entrar nas minas de água e um largo conjunto de histórias do tempo do

volfrâmio que me contavam terem acontecido desde Manhouce até Arouca – a bem conhecida história dos cigarros que os mineiros fumavam e que os acendiam com uma nota de vinte mil reis. Em 1955/56 terminei o 3º ano tendo estudado nesse mesmo ano na Universidade de Coimbra, porque os dois primeiros os tinha feito na Universi-dade do Porto. Penso que nesse tempo as notas das cadeiras até ao 3º ano não contavam para a média �nal da licenciatura e isso tornava os exames mais confortáveis. Recordo agora que nunca fui ver as notas de duas das cadeiras cursadas na Universi-dade do Porto. Em julho de 1956 já de malas feitas para voltar para o Porto veio ao meu quarto, na minha saudosa travessa da Matemática n. 10, um funcionário do Departamento dizendo-me que o professor de Geologia, de quem eu tinha sido aluno e me dera a nota máxima (16) e diretor queria falar comigo. Lá fui e recebi dele o convite para permanecer em Coimbra e mudar de engenharia de Minas para Geologia com a oferta de recebi-mento pelos estudos que viria a fazer para a Junta de Investigações do Ultramar, uns bons patacos, em valores mais ou menos mensais, que bastavam para tornar independente um jovem de vinte anos. Recordo que em 1958 publiquei três trabalhos correspondentes a estudos que efetuei dentro desse programa. Assim, com a mesma naturalidade que aceitara a face decisória da moeda de cinco mil reis (=cinco escudos=cinco paus=2,5 cêntimos) rodei o azimute para a Licenciatura em Geologia, aceitei trocar de camisola. Recordo que terminei em 21 de julho de 1958 com a média muito invul-gar de 17 valores na licenciatura. Ao que me recordo essa média �cou como máximo durante muitos anos. Conforme me tinha sido prometido fui, de imediato, proposto para segundo assistente da Faculdade de Ciências da Universidade de Coim-

bra. Esse ano de 1958 muitos o recordarão como o das eleições presidenciais em que o país foi abanado pela candidatura do general Humberto Delgado que era naturalmente o candidato preferido pela maioria dos estudantes de Coimbra. E eu estava cá e não era cego, nem surdo, nem mudo. Entretanto o tempo foi passando, em outu-bro e novembro começaram as aulas e o meu contrato continuava sem dar sinal. Diziam-me na secretaria que estava à espera da informação da PIDE. Em �nal de novembro, resolvi dar ouvidos ao professor que me convidara, e me que havia trans-mitido que o Diretor Geral do Ensino Superior tinha enorme estima pelas qualidades pessoais e pro�s-sionais, sempre marcadas pela tolerância, do magistrado com quem havia trabalhado na Comarca de Ovar nos meados dos anos 30, o Dr Manuel Ferreira Diogo, meu pai. Nessa altura percebi que a reserva de consciência tinha de dar lugar ao pragmatismo da necessidade de viver e ao dever de lutar contra a injustiça, pelo que pedi a minha mãe que mandasse um cartão muito breve ao Diretor Geral dizendo tão somente que este �lho precisava que o processo do contrato apresentado, iam passados cinco meses, fosse desbloqueado para poder seguir a sua vida. Aos 23 anos é difícil ceder a esta reserva de independência mas tinha que ser! Dois dias depois tomei posse e comecei a minha vida pro�ssional. Era capaz de haver por lá alguma fotogra�a ou gravação de conversa hetero-doxa para essa polícia e correlativa comissão de

censura. Voltei a senti-lo quando tendo recebido uma bolsa do governo americano (suponho ter sido eu o primeiro bolseiro Fullbright que foi estu-dar para os Estados Unidos) e o complemento da bolsa a cargo de Portugal me foi cortado em um terço com a clara explicitação de que não deveria ir para os Estados Unidos em tais condições.Sob o ponto de vista pro�ssional não foi difícil passar de aluno para assistente. No fundo, continu-ava a ser o mesmo estudante e sempre a conviver com os mesmos amigos. Um ano depois, o Con-selho da Faculdade encarregou-me da regência das aulas teóricas de duas cadeiras. Com os honorários dessas regências e com o acréscimo de uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, que estava suspensa desde há um ano na mesma repartição, �quei bastante mais folgado. Nesses anos de 1958-61 pude trabalhar na brigada de geologia que estu-dava a ilha de S. Tomé onde ganhei dinheiro bastante para comprar o meu primeiro carro – Fiat 600. Depois fui para Angola, para as ilhas de Porto Santo, Madeira e Selvagens e com esse treino o que me quedava de muito estudo, ainda que desatua-lizado, �quei preparado para ir para a Universidade da Califórnia em Berkeley – um mundo académico substancialmente diferente. Tinha saltado do século XIX para o século XX, da carroça para as viagens à Lua. Recordo a este propósito que fui uma vez convidado para fazer uma conferêcia na sede da NASA em Houston. Fiquei maravilhado com tanto saber que ali se sentia. Tive a sorte de frequentar as cadeiras regidas por quatro grandes professores de Berkeley: F. J. Turner, W. Fife, Lionel Weiss e Charles Mayer, respetivamente em Petrolo-gia, Geoquímica, Tectónica e Jazigos Minerais. A sorte foi tanta que em duas dessas cadeiras resolvi problemas até então considerados insolúveis; para um valeu-me a preparação que tinha tido em

Matemática, Geometria e Física, como aluno de Engenharia de Minas. Para outro terá sido um sopro da minha amiga e vizinha Santa Bárbara que me conhecia desde os meus cinco anos. Por isso fui convidado para assistente de investigação na Universidade da Califórnia, bene�ciei da isenção de propinas e tive o trabalho experimental sobre deformação de rochas – a minha primeira tese – pago pela Shell Company. Quanto a pagamento tardou uma semana a receber o primeiro salário. Em Berkeley tirei o grau de Master of Sciences and Arts com a classi�cação de Excelente. Creio que em todas as cadeiras, menos uma, tive A (excelente) e na remanescente tive B (muito bom).Quando voltei a Portugal em 1963 retomei os estu-dos para a tese de doutoramento que terminei no verão de 1964. Deu-me muito gosto estudar o tema e a zona que eu próprio tinha escolhido e que estavam à minha espera desde 1961. Depois de fazer as provas de doutoramento (creio que em março de 1965) perdi grande parte da minha liber-dade, pois passei a reger um avultado número de cadeiras, a ter de orientar teses e a integrar júris de doutoramento em quase todas as Universidades portuguesas e muitas de fora: Salamanca, Oviedo, Universidades Complutense e Autónoma de Madrid, Autónoma de Barcelona, Granada, Estremadura, Montpéllier, Autónoma do México... Uma das experiências mais notáveis foi fazer uma conferência no centro espacial da NASA, nos Esta-dos Unidos, numa sessão de homenagem a um professor de Berkeley e que passou um ano sabático comigo a montar um laboratório de geolo-gia isotópica que nos foi pago pela Academia de Ciências de Washington, pela National Science Foundation e Universidade da Califórnia. Senti que a minha inteligência e sabedoria eram de valor in�nitesimal naquele mundo do conhecimento.

Penso hoje que tive uma sorte imensa por ter estu-dado nos Estados Unidos. Ao gosto pelo estudo acrescentei conhecimentos e uma nova visão sobre a ciência, a responsabilidade e o trabalho. E o gosto pela ciência que se pratica cresce com o conheci-mento. E quantos mais são os fragmentos de conhecimento, mais são buracos da ignorância e a consequente vontade de os tapar. Isto faz parte do nosso UNIVERSO EM CRESCIMENTO.Com muita tranquilidade, �z as provas públicas para sucessivamente ser provido nos lugares de professor extraordinário e agregação, tinha então 30 anos, e de professor catedrático aos 36 anos. Mas estudar em Coimbra tinha também algumas outras mais valias. Ter vivido por dentro o movimento estudantil de 1969 com reuniões que iam pela noite fora nos gabinetes da Direção Geral da Asso-ciação Académica, ou na companhia de outros companheiros professores, não mais de uma dezena, assinar manifestos que davam incomodi-dade naqueles que não queriam ou eram pagos para não ver criou em mim uma matriz muito mais segura em matéria de personalidade e cultura. Escreveu um dia Bernardino Machado “a Universi-dade pode lá deixar de ser política!” e Coimbra, nesse aspeto, tinha o primado.

Sabemos da recente distinção do seu trabalho através de um prémio a nível internacional. Qual o signi�cado desse momento na sua carreira?Quanto a prémios direi tão somente que guardo

boa memória daqueles 5 paus que ganhei na quarta classe e essa poderá ter sido a moeda que depois de passar por milhares de mãos voltou para mim e de�niu que eu deveria seguir engenharia de minas...O prémio que mais estimo foi o de ter recebido na sala solene da Universidade de Salamanca, dedi-cado a Miguel de Unamuno (companheiro de ideias do espinhense Manuel Laranjeira) o diploma honorário de cidadão exemplar e universitário de referência.Para um universitário de raiz muito mais impor-tante é ser eleito sócio efetivo da Academia de Ciências do seu país e eu tive a boa sorte de ter sido o terceiro Lafonense eleito membro efetivo da Academia de Ciências: o primeiro foi o Doutor José Homem de Figueiredo, nascido em 1808 em São Pedro do Sul, que aqui foi lente até 1828, saneado no tempo do miguelismo, e reintegrado em 1835, no alvor do liberalismo e que também foi Diretor da Faculdade, então chamada de Filoso�a, mas que na realidade, com a reforma de Passos Manuel, era uma Faculdade de Ciências e Tecnologia; o segundo foi o Doutor Anselmo Ferraz de Carvalho, com origens aí em Fornelo, e também em Tondela. O professor Anselmo Ferraz de Carvalho que era um cidadão e democrata da referência e um profes-sor estimadíssimo, que também foi diretor da Faculdade e o primeiro Vice-Reitor eleito em 1911. Regeu cadeiras que mais tarde �caram para mim.

Atualmente dedica-se à investigação histórica no nosso concelho. Acha que a mesma é valori-zada em Portugal?Tem a valia que somos capazes de lhe dar.Fico-me pelos estudos do início do Couto de Oliveira de Frades que é mais velho dez anos do

que a semi-independência concedida pelo Papa em 1179 através da bula Manifestes Probatum. Muito de corrida destaco D. João Peculiar, que serviu a Igreja como arcebiso de Braga e quase patriarca das Espanhas, o Condado Portucalense e Lafões. O Couto de Ulveira de Frades e o Mosteiro de S. Cristóvão devem-lhe a existência.Para o efeito, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra recebeu doações fundamentalmente provindas da família de Dom Rabaldo Rabaldes, que foi tenente de Lafões e vigário de Coimbra. As diversas �lhas de Dom Rabaldo �zeram casamentos dentro das famí-lias mais nobres do Condado Portucalense: D. Elvira foi casada com o alcaide de Coimbra D. Rodrigo Pais trouxe com ela grandes heranças desde Pombal a Montemor; pelo lado da mãe, D. Gensina Gon-çalves, também as trouxe deste lado da Gralheira e Manhouce. Com D. Maria Rabaldes e seus �lhos e genro, senhores de Grijó, vieram doações do condado do Porto.Dom Afoso Henriques e em especial, Dona Teresa eram muito a�ns a esta região e a este couto; por aqui passavam, seguindo a estrada do estanho, mais tarde chamada estrada dos almocreves que ligava Viseu a Lamas de Vouga e depois estrada dos estudantes. Outras doações de bens foram recebi-das através de diversos familiares de D. Rabaldo, em Soure, Murtede, Leiria, Terras de Paiva e do Ave e de Riba Douro. Este couto que começou por ser do Mosteiro de Santa Cruz passou para a posse da Universidade de Coimbra no reinado de D. João III, depois de uma longa querela judicial entre o mosteiro e a universidade, que só foi derimida com a intervenção direta do papa! As rendas pagas por este couto eram muito signi�cativas e assim cotinu-aram praticamente até ao século XIX. Foi com a aproximação da uiversidade ao couto e à região que se iniciou a vinda dos estudantes para a univer-

sidade (desde o século XVI) e assim se formou uma muito signi�cativa corrente de canonistas e juristas. Os primeiros vieram das terras do Caramulo, e depois foram-se estendendo para os lados de Quin-tela, Antelas, Porcelhe, Ral, São Joane, Souto de Lafões.

Sei que tem raízes em Oliveira de Frades. Que imagem guarda do desenvolvimento que este concelho viveu nas últimas décadas?Dos seus conhecimentos em geologia, mineralo-gia e história, o que destaca das suas investiga-ções no que se refere ao nosso concelho?Permitam que passe de lado as questões pro�ssio-nais - nos domínios da geologia estratigrá�ca e estrutural, da geoquímica e petrologia, da tectónica, dos comportamentos geotécnicos, do enquadramento numa província metalogénica estano–volframítica para me ater às questões que estão em emergência e que resultam do cresci-mento da vila e das suas envolvências:- Cuidar de aproveitar a excelência do potencial hídrico do embalse de Ribeiradio-Cunhedo, nas vertentes de uma renovada agricultura vocacio-nado para produções com mais valia; assim se fez na transição dos séculos XVI-XVII quando se substi-tuiu a cultura do milho miúdo pelo milho milhão que os espanhóus traziam, e depois os portugueses traziam da América;

- Fazer o cadastro dos terrenos ribeirinhos e projetar neles as zonas com especiais aptidões edafo-climáticas;- Acautelar as encostas do Rio Vouga, com a promoção de policulturas �orestais, promover a retoma da viti-vinicultura com novas espécies de vinhas e novas tecnologias na produção e na promoção, fazer pequenas obras para retenção de solos e escorrências, recarga de aquíferos, correções das descargas no Rio Vouga; .- Acautelar a qualidade das águas super�ciais, que serão as subterrâneas de amanhã;- Procurar e valorizar o património arqueológico e o natural. Por onde andam as antas referenciadas em 1725 e que �cavam num tapado de um antigo pároco?;- Agilizar uma vila-cidade polinucleada, porque muitas das aldeias envolventes merecem crescer;- Incrementar a participação de todos na vida do concelho, da comarca e da paróquia, nas insti-tuições de solariedade social, de ensino e da forma-ção cultural e pro�ssionais;- Transformar em real o potencial do caminho do Vouguinha. Colhe-se a gratíssima perceção de uma terra que honra as proposições do 25 de Abril – desenvolver e democratizar. Isto é natural porque com a demo-cracia e a liberdade, a transparência é melhorada e

desenvolve-se: Por isso primeiro é possivel ver mais longe e mais claramente e segundo é possível falar-contestar-protestar mais alto e assim ouvir e ser ouvido mais longe.

Se me perguntarem que diferença eu faria entre um bom estudante e um bom aluno eu talvez dissesse que o bom estudante estuda pouco e bem e com muita atenção, atento ao mundo e às mil facetas do conhecimento; cuida das ciências, das tecnologias e das humanidades. Parafraseando Bernardino Machado, apetece dizer o estudante pode lá deixar de ser político e cidadão interveniente.

P.S. Em Los Angeles tive um professor que convi-dava os seus estudantes de pós-graduação para irem jogar uma partidinha de ping-pongue, ou até de matraquilhos a cada espaço de uma ou duas horas, para os tornar mais ágeis e lúcidos.

Page 18: S. JOÃO DA SERRA Onde o folclore canta as belezas do Teixeira · para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. ... Com o dia

S. JOÃO DA SERRAOnde o folclore canta as belezas do Teixeira

São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades representado na Feira de Empreendedorismo Júnior e no Concurso Intermunicipal de Ideias de Negócio

No âmbito do projeto de Empreendedorismo nas Escolas, o Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades participou em duas ativi-dades: na Feira de Empreendedorismo Júnior, no passado dia 26 de maio e no Con-curso Intermunicipal de Ideias de Negócio, no dia 6 de junho.A Feira de Empreendedorismo Júnior teve como objetivo ser um espaço de partilha e

re�exão sobre as aprendizagens realizadas durante o ano em que os alunos do 2º ciclo das escolas da Região Dão Lafões dina-mizaram a sua ideia de negócio. De referir que os alunos de Oliveira Frades obtiveram o prémio da apresentação mais criativa entregue no Parque Aquilino Ribeiro, em Viseu.Por sua vez, o Concurso Intermunicipal de Ideias de Negócio pretendeu promover o espírito de iniciativa e empreendedor nos jovens em idade escolar, procurando estimu-lar o reconhecimento pelo risco e pela inicia-tiva, envolvendo alunos do ensino secundário e pro�ssional, professores e empresas e onde a criatividade e a inovação são valorizadas e reconhecidas. Este projeto decorreu nos 14 municípios que constituem

a região Dão Lafões onde foram apresentadas 120 ideias de negócio. Na �nal municipal que decorreu na Sede do Agrupamento de Esco-las em Oliveira de Frades, sagrou-se vencedor o projeto “Vi(r)ver a Serra” que representou com brilho e distinção Oliveira de Frades na �nal Intermunicipal que decorreu na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu.De realçar que ambos os projetos foram pro-movidos pela Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões em colaboração com o Município de Oliveira de Frades e a participa-ção do Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades.O Município de Oliveira de Frades congratula-se pela promoção do empreen-dedorismo na região e pela dinamização da comunidade educativa local.

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S. JOÃO DA SERRAOnde o folclore canta as belezas do Teixeira

São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

Piscina Municipal de Oliveira de Frades recebeu15º Torneio de Natação Prof. Afonso Saldanha

No âmbito do Circuito Municipal de Escolas de Natação, decorreu o 15º Torneio de Nata-ção Prof. Afonso Saldanha na Piscina Munici-pal de Oliveira de Frades, que contou com a participação dos Municípios de Oliveira de Frades, Vouzela, Mangualde, Nelas, Tábua, Aguiar da Beira, Vila Nova de Paiva, Castro Daire, Associação de Educação Física e Des-porto de S. Pedro do Sul e Associação ARCA (Carregal do Sal).Esta prova de natação, que decorreu no dia 23 de junho, contou com a presença da Vereadora do Desporto, Elisa Ferraz de Oliveira, que procedeu à entrega dos certi-�cados aos representantes dos Municípios e Associações que participaram neste evento desportivo.O objetivo desta prova de natação foi desper-tar as crianças e os jovens para o gosto de competição da modalidade de natação.

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S. JOÃO DA SERRAOnde o folclore canta as belezas do Teixeira

São de sobra os motivos de interesse para uma volta de estudo e recreio por terras de S. João da Serra, na parte noroeste do con-celho. Seguindo pela EN227 surge-nos, quase de surpresa, uma S. Joane airosa, com a igreja paroquial abençoando o casario branco, a contrastar com a verdura dos campos cultivados com carinho. Chegados ao bem delineado largo central onde se realiza a feira no primeiro domingo de cada mês, faremos depois uma breve paragem no aprazível parque onde se situam a escola primária e a sede da junta de freguesia. Optaremos então por iniciar o nosso circuito com a descida a Bispeira, berço das melhores castas do vinho de Lafões, a dois passos do belo recanto em que o rio Teixeira

con�ui com o Vouga. Também poderemos fazer um pequeno desvio até ao antigo povoado do Muro, que poderá ter dado nome ao José do Muro, cantado em variante popular do Hino de Lafões. Espera-nos agora Conlela, bem exposta ao longo da estrada que, um pouco adiante, sobre monumental ponte, marca o limite com o concelho de Vale de Cambra e o distrito de Aveiro. Regressando ao centro de Conlela, onde os sinais do progresso são notórios, iremos em demanda da celebrada praia do Vau, descendo por uma bem cuidada estrada municipal, ao lado de uma antiga via romana que vinha desde S. Joane. Aqui ainda são visíveis troços do seu pavimento, junto ao

parque desportivo. Esta magní�ca praia do Vau, num rio Teixeira de águas límpidas como poucas nos tempos que vão correndo, está dotada de estruturas bem convidativas para uma retem-peradora banhoca, seguida de bom almoço e descanso a condizer, à sombra acolhedora de árvores em profusão. Mas o tempo urge e teremos de voltar ao largo central de S. João, porque ainda nos falta percorrer um belíssimo itinerário aden-tro da freguesia. Vamos em frente para a pequena mas característica povoação do Cercal, bem conhecida pelo seu regadio. Ora este regadio, para além do pão que ainda ajuda a produzir numa vasta área, é uma verdadeira atração turística da freguesia e do concelho.

Recolhida a água num açude do Tei-xeira, a mais de dois quilómetros, entra de seguida em túnel escavado na rocha e é con-duzida paralelamente a uma estrada estreita e sinuosa, aberta no xisto da encosta, até a um grande depósito à entrada do Cercal. As águas são repartidas pelos inte-resses de uma mini-hídrica, lá no fundo do rio, e as necessidades das culturas e das populações. Esta via de acompanhamento do rega-dio tem espaços de cruzamento aqui e além, alguns a constituírem miradouros de verda-deiro encanto paisagístico, com a �oresta a oferecer vários tons de luz e cor, nas vertentes e quebradas das margens do Teixeira e dos ribeiros con�uentes. Como nota curiosa, já ouvi mesmo

dizer, pela boca de alguém entendido nestas matérias, que ali, a dado ponto, se tocam os limites de três concelhos: Oliveira de Frades, Vale de Cambra e S. Pedro do Sul. Com o dia quase no �m e o sol-pôr a dar à �oresta e aos campos matizes de intensa beleza, a nossa deambulação vai passar ainda pelo Covelinho, onde faremos jus à sempre generosa receção dos seus moradores. Já noite, de novo em S. João da Serra, não iremos retirar-nos sem uma visita ao Rancho Folclórico da freguesia. Em boa hora, que hoje é dia de con-vívio e ensaio geral. E, por certo, ouviremos ali cantar as magias da nossa jornada de hoje…

Prof. Manuel Lopes Martinho

Torneio Inter-Associações Sub 14 decorreu com êxito

A Associação de Futebol de Viseu com o apoio do Município de Oliveira de Frades pro-moveu, no dia 7 de junho, um Torneio Inter--Associações para atletas no escalão Sub 14, no Parque Desportivo.Esta iniciativa que decorreu com êxito permi-tiu assim ver jogar os craques deste escalão das Seleções Distritais de Aveiro, Viseu e Coimbra.No �nal do torneio todos os participantes estavam satisfeitos pela possibilidade de intercâmbio, de crescimento desportivo e companheirismo entre associações que este género de eventos promove.

GDOF organizou com sucesso o I Open de Ténis “Vila de Oliveira de Frades”

Numa organização do Grupo Desportivo de Oliveira de Frades (GDOF), decorreu com sucesso, nos passados dias 23 e 24 de junho, o I Open de Ténis de “Vila de Oliveira de Frades”.Participaram neste torneio 17 atletas federa-dos oriundos de várias localidades que rea-lizaram jogos de grande competição e des-portivismo.Deste torneio sagrou-se campeão o atleta André Alexandrino da Escola de Ténis S. Bernardo de Aveiro (1º lugar), após um jogo de bom nível disputado com o atleta José Fonseca da Escola de Ténis de Viseu. Em pares consagraram-se vencedores os tenistas Rodolfo Antunes/André Alexandrino, que defrontaram na �nal a dupla Miguel Bastos/Fernando Bastos.No �nal do evento o ambiente era de des-portivismo e “fair-play” entre os participantes e os a�cionados desta modalidade na certeza de que iniciativas como esta aparecerão nos próximos tempos e de que esta modalidade reúne já um grande número de atletas que dispõem de renovadas instalações para a prática desta modalidade no Parque Des-portivo.

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ACROF realizou atividades dedicadas à dança e ao teatro

Nos dias 29 e 30 de junho, a ACROF realizou com êxito duas atividades, reunindo cente-nas de pessoas, no Cine-Teatro Dr. Morgado em Oliveira de Frades. No primeiro dia decor-reu a estreia da peça de teatro “O Gato Ma-lhado e a Andorinha Sinhá”, de Jorge Amado, pelo Grupo de Teatro da ACROF, onde os atores e toda a equipa cénica demonstraram o seu talento. Esta peça contou a participação especial da Banda de Música de Oliveira de Frades. Por sua vez, no dia 30 de junho, decor-reu a festa de �m de ano da Escola de Artes da ACROF, subordinada ao tema do musical “Mamma Mia”, onde os alunos deram a conhecer algum do trabalho realizado durante o ano. Neste espetáculo, a dança abrilhantou o palco com diversas coreogra-�as que mostraram a arte das crianças e jovens que integram a Escola de Artes.

Associação Nova Geração promoveu a 9ª ciclo peregrinação a Fátima

A Associação Nova Geração, de Arcozelo das Maias promoveu, nos dias 2 e 3 de junho, a 9ª ciclo peregrinação a Fátima. Participaram neste evento 40 ciclistas, que num agradável convívio aliaram o desporto à fé, percorrendo assim as cerca de duas centenas de quilóme-tros, onde a boa disposição foi uma cons-tante. A Associação agradece ao Pe. Victor Dias pela celebração da eucaristia, a todas as enti-dades, empresas e particulares que mais uma vez tornaram possível a realização deste evento e a todos os que se associaram à “Nova Geração” durante os dias da iniciativa e assim contribuíram para o sucesso da mesma.

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Recordações da minha vivência

Começo este “artigo de opinião” com uma negativa, o que me é deveras penoso porque não (cá volto à negativa) tenho o dom da escrita.Algumas vezes tive de o fazer, mas sempre com muito custo e contrariedade. São águas passadas que nos trouxeram ensinamentos valiosos. Por isso, se diz que quando morre um idoso, morre uma biblioteca. É o fruto da experiência de muitos anos, que se esfuma e deixa de ser prestável a quem com eles con-vivia e concerteza era querido.Assim, vou tentar recordar um facto passado e sendo fruto da minha vivência, deixa no ar um sentimento de satisfação, por recordar o passado que, apesar de tudo, deixa imensa saudade.Estávamos no auge do novo Hospital onde se fazia além da medicina, a cirurgia, sob a tutela do saudoso Dr. Dinis Vieira quando, um

dia, apareceu um homem que gozava da fama de ser “invertido” apesar de ser casado, sem �lhos, dum casamento. Tinha uma hérnia inguinal e necessitava de ser operado. Depois das formalidades para o caso, o também saudoso Francisco Moreira, que era o “barbeiro” de ocasião, começou a rapar-lhe a penugem que abundava na zona púbica. Quando estava a acabar o serviço, entrei na sala para me inteirar do andamento e dar continuidade ao ato operatório, pois eu ajudava o referido cirurgião, quando o Sr. Moreira se virou para mim e disse: “Ó Dr. Figueirinhas”, e olhando para os órgãos geni-tais do homem, que era bastante abonado, “…e eu que tanto necessitava duma coisas destas, para pagar umas dívidas…” e lá fui a rir-me não me lembrando já dos comentários que �z.Ao acabar de escrever esta recordação

lembrou-me outra, também para desespero doutro homem que me chamou a�ito, porque não conseguia urinar. Sofreu uma retenção de urina por hipertro�a da próstata e tive que o algaliar. No �nal, aliviado, disse--me para tirar a algália, pois prestava-me para a deixar colocada durante dois dias para dilatar a uretra.Respondeu-me que não, já não necessitava e tirei-lhe a algália. No dia seguinte apareceu novamente na mesma, tendo sido algaliado de novo. No �nal, outra vez aliviado, disse-me com ar de desânimo: «Ó Sr. Dr. já me lembrei de pegar numa machada e zás, cortá-la fora. Isto já nem para “mijar” serve…»Também lhe lancei uma gargalhada pois não esperava uma destas.

Dr. Figueirinhas

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FESTAS RELIGIOSAS

Decorreram ainda diversas festas religiosas em honra de S. Pelágio, em Oliveira de Frades, em honra da Senhora de Fátima, na Bezer-reira (Varzielas) e em honra do Sr. Santíssimo, em S. Vicente de Lafões.

FESTIVIDADES ALUSIVAS AOS SANTOS POPULARES

Durante o mês de junho decorreram as habituais festividades alusivas aos Santos Populares. As Populações locais de Conlela (S. João da Serra), Cunhedo (Souto de Lafões), Entráguas (Reigoso), Quintela (Arcozelo das Maias) e Ribança (Destriz) celebraram o S. António. Por sua vez, Nespereira (Pinheiro), Arcozelo das Maias e Ribeiradio realizaram a festa de S. Pedro. De realçar também a festa em honra de S. João, na aldeia da Prova (Pinheiro), nas Freguesias de S. João da Serra e de Souto de Lafões.

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Exposição de Pintura e Escultura no Museu Municipal de Oliveira de Frades

Encontra-se patente desde o dia 4 de junho até ao próximo dia 29 de agosto a exposição: abrir “locus solus” da arte (um único lugar da arte), na Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal de Oliveira de Frades. Esta exposição de pintura e escultura foi orga-nizada pelo Grupo de Educação Visual do 8º ano do Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades em coordenação com o Município de Oliveira de Frades e tem como objetivo

mostrar os trabalhos realizados durante o ano letivo na referida disciplina.A exposição de pintura é constituída por diversos desenhos, onde está patente a pintura a lápis de cor, a pintura a guache e acrílico em que os alunos reinventaram nesta última técnica os artistas de arte contem-porânea. Por sua vez, na escultura temos a visualização de bonecas, com a colocação de materiais tradicionais.

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Banda de Música de Oliveira de Frades

A Banda de Música de Oliveira de Frades foi fundada em 1932, comemorando este ano os seus 80 anos. Numa renovada composição musical, a juventude dos seus quadros permite encarar com otimismo os próximos tempos.A Direção atual da banda é liderada pelo também músico Nelson Almeida, executante desde 1982, sendo a banda constituída por cerca de 40 elementos.O seu reportório assenta nas tradicionais linhas de atuação, orientado pelo jovem ma-estro Ruben Henriques.Um dos momentos mais marcantes da banda foi a participação num concurso internacio-nal (6ª Internationale Musikwiettspiele) na cidade de Büdingen, na Alemanha, em 1984.De realçar também o intercâmbio entre asso-ciações locais que permite a troca de experiências e o enriquecimento cultural, em

que cada associação dá a conhecer as ativi-dades mais importantes realizadas. Os seus elementos provêm da Escola de Música da própria banda que une cerca de 30 jovens, onde a partilha de aprendizagens permite a evolução musical de todos. As aulas de música são lecionadas por professo-res que integram importantes academias musicais.A Banda de Música de Oliveira de Frades já atuou nos principais palcos musicais do país, abrilhantando diversos eventos, como por exemplo, as tradicionais Festas de Nossa Sra. da Agonia, em Viana do Castelo. Hoje, conti-nua a fazer atuações em diversos pontos do país, em festas e romarias.O Município reconhece o trabalho desen-volvido nestes 80 anos em prol da cultura musical e do associativismo e reforça o desejo de muitos sucessos futuros.

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Reunião de Câmara de 14 de junho de 2012 1 - PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA2 - APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIORAprovada, por unanimidade.3 - RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIAConhecimento.4 - PAGAMENTOSConhecimento.5 - Passeio BTT do Agrupamento de Escolas de Campia: Rati�cação de autorização de passagem na jurisdição do MunicípioRati�cado, por unanimidade.6 - Corpo de Deus 2012 – Rati�caçãoRati�car o apoio dado, por maioria.7 - António Costa , Lda. Padaria: Pedido de horário de funcionamentoConceder o horário pretendido, por unanimidade.8 - Desnível Bar: Pedido de autorização para utilização da Barragem da CaínhasConcordar com a informação e autorizar a pretensão, por unanimidade.9 - Informação n.º 139: 06/06/2012 GJ: Acidente com veículo ligeiro em passadeira elevada. Local: Paredes de Gravo – PinheiroA Câmara deliberou, por maioria, concordar com a informação técnica e manifestou a intenção de indeferir a pretensão, aplicando-se o disposto nos artigos 100.º e 101.º do CPA, devendo o requerente ser noti�cado para, no prazo de 10 dias, se pronunciar sobre o presente projeto de indeferimento.10 - Rati�cação de parecer de compropriedade relativo à Informação n.º 111/2012Rati�cado, por unanimidade.11 - Parecer prévio vinculativo para celebração de contrato de aquisição/prestação de serviços, nos termos do artigo 26.º, n.º 4 da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro- Identi�cação do contrato: Gestão de plataforma eletrónica de compras públicasA Câmara deliberou, por unanimidade, emitir, por força do disposto no n.º 4 e no n.º 8, do artigo 26.º, da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, parecer prévio favorável relativamente à celebração do contrato de aquisição de serviços – tarefa, para vigorar durante 2 anos, encontrando--se, no caso individual e concreto, reunidos todos os requisitos previstos no n.º 5, do artigo 26.º, da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, de acordo

com a informação anexa ao processo.12 - Protocolo com a Federação de Andebol de PortugalManifestar a intenção de proceder ao pagamento dos valores em falta, nos termos do protocolo celebrado a 01.09.2006, (setembro 2008 a março 2012) cujo valor ascende a 5.375,00€ (cinco mil, trezentos e setenta e cinco euros), após cabimentação da verba envolvida, por unanimidade.13 - Comissão de Festas de Conlela: Pedido de apoio para confeção de refeiçãoAprovar a proposta apresentada pelo senhor presidente, por maioria.14 - GDOF: Subsídio de combustível época desportiva 2011/2012Manifestar a intenção de atribuir o valor de 5.312,14€ (cinco mil, trezentos e doze euros e catorze cêntimos) ao GDOF, após cabimentação da verba envolvida, devendo ser efetuada a respetiva revisão ao contrato programa de desenvolvimento desportivo, por maioria.O senhor presidente não participou na votação deste ponto por alegar pertencer à assembleia desta associação.15 - Passeio para os idosos do Concelho com mais de 65 anosAprovar a realização do evento em causa, assumindo os custos inerentes, por unanimidade.16 - Alteração da feira quinzenal de Oliveira de Frades de 9 de julhoAlterar a data da feira quinzenal, prevista no mapa anual para o dia 09 de julho, para o dia 06 de agosto, por maioria.17 - Fábrica da Igreja Paroquial de Souto de Lafões: Pedido de apoio para a requali�cação da Capela de Santo António (Cunhedo)Manifestou a intenção de apoiar a requali�cação em causa, com o valor de 611,14€ (seiscentos e onze euros e catorze cêntimos), após cabimentação da verba envolvida, por maioria.18 - Fábrica da Igreja de Pinheiro: Pedido de apoio para a realização das obras da Capela da Sagrada Família (Couço)Atribuir um subsídio no valor de 10.000,00€ (dez mil euros), após cabimentação da verba envolvida, por unanimidade.19 - Comissão Fabriqueira da Capela de Vilarinho: Apoio à construção das casas de banho e arrumosManifestar a intenção de atribuir um subsídio no valor de 1.045,47€ (mil, quarenta e cinco euros e quarenta e sete cêntimos), após cabimentação da verba em causa, por maioria.20 - Procedimentos concursais comuns de recrutamento para ocupação de dez postos de trabalho na categoria de assistente operacional (auxiliares de ação educativa) na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo determinado, a termo resolutivo certo e a tempo parcialRati�car o despacho do senhor presidente, por maioria. 21 - Acordo a estabelecer entre MOF e Francisco Tavares dos SantosAprovado, devendo ser incluído no Acordo a área de terreno cedido pelo segundo interveniente, por maioria.22 - Marchas Populares: Corte de trânsito na Av. dos Descobrimentos - rati�caçãoRati�cado, por unanimidade.23 - Aprovação da Minuta do Contrato da empreitada: “Construção da ETA – Estação de Tratamento de ÁguaAprovada, por unanimidade.24 - Informação n.º 19/2012 GAS: Disponibilização da verba no valor de 100,00€Autorizar o adiantamento de 100,00€ (cem euros), por unanimidade.Solicitar parecer jurídico sobre o procedimento.25 - Proposta de aumento temporário dos fundos disponíveis

(empréstimo de médio e longo prazo)Aprovada, por unanimidade.26 - Proposta de aumento temporário dos fundos disponíveis (transferências do QREN)Aprovada, por unanimidade.27 - Lote n.º 124 do PPZIOF - Distrate do contrato promessa Aprovar o distrate, por unanimidade.28 - Tambor Sonoro: Autorização para abertura em dia de descanso semanalAutorizar a pretensão, por unanimidade.29 - Associação Recreativa da Banda Marcial Ribeiradiense: Pedido de subsídioManifestar a intenção de atribuir um subsídio no valor de 7.500,00€ (sete mil e quinhentos euros), após cabimentação da verba, por maioria.30 - Junta de Freguesia de Destriz: Pedido de isenção do pagamento de taxasRetirado, por unanimidade.31 - Paróquia de S. João Baptista de S. João da Serra: Pedido de apoio �nanceiro para obras de requali�cação da Capela de Santo António de ConlelaAtribuir um subsídio no valor de 5.000,00€ (cinco mil euros), por unanimi-dade.32 - Acordo para adequação dos PDM ao PROT CentroConcordar com os termos estabelecidos na proposta de acordo sobre as formas e prazos de adequação dos PDMs ao PROT – Centro, lida e corrigida na reunião realizada no auditório da CCDRC, no dia 20.04.2012, entre a CCDRC e as Câmaras Municipais abrangidas pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/2006, de 23 de março, que determinou a elaboração do PROT Centro, por unanimidade.33 - Parecer prévio vinculativo para celebração de contrato de aquisição / prestação de serviços, nos termos do artigo 26.º, n.º 4 da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro- Passeio Sénior, 30 de junhoA Câmara deliberou, por maioria, emitir, por força do disposto no n.º 4 e no n.º 8, do artigo 26.º, da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, parecer prévio favorável relativamente à celebração do contrato de aquisição de serviços – tarefa, para vigorar durante 1 dia (dia do passeio), encontrando-se, no caso individual e concreto, reunidos todos os requisi-tos previstos no n.º 5, do artigo 26.º, da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezem-bro, de acordo com a informação anexa ao processo.34 - Rati�cação de Protocolo estabelecido com a Escola Secundária de Vouzela (CEF III instalação de sistemas informáticos)Rati�cado, por unanimidade.CONHECIMENTO1 - Obras em ExecuçãoConhecimento.

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Reunião de Câmara de 28 de junho de 2012 1 - PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA2 - APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIORAprovada, por unanimidade.3 - RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIAConhecimento.4 - PAGAMENTOSConhecimento.5 - Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Frades: Pedido de corte de estrada – rati�caçãoRati�cado, por unanimidade.6 - Comissão de Festas da Capela da Sagrada Família – Pedido de corte de estradaAprovado, por maioria.7 - Protocolo de colaboração a estabelecer entre CMOF e a CampoavesAprovado, por unanimidade.8 - Festas do Concelho 2012Aprovar o programa das Festas do Concelho 2012, assim como, assumir os respetivos custos, por unanimidade.9 - Regulamento “Final do Concurso de Karaoke Festas do concelho 2012”Aprovado, por unanimidade.10 - Parecer prévio vinculativo para celebração de contrato de aquisição / prestação de serviços, nos termos do artigo 26.º, n.º 4 da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro- Identi�cação do contrato: realização de diversos espetáculos musicais nas Festas do Concelho 2012Emitir, por força do disposto no n.º 4 e no n.º 8, do artigo 26.º, da lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, parecer prévio favorável relativamente à celebração do contrato de aquisição de serviços/prestação de serviços, para vigorar durante a semana das festas, de acordo com a informação anexa ao processo, por unanimidade.11 - Hasta pública – venda de parcela junto à Avenida Arménio MaiaVeri�cou-se a deserti�cação para a venda da parcela em causa.12 - Hasta pública – venda de parcela de terreno em VilarinhoVeri�cou-se a deserti�cação para a venda da parcela em causa.13 - Hasta pública – venda de parcela de terreno na Feira junto à EN 618Veri�cou-se a deserti�cação para a venda da parcela em causa.14 - Hasta pública – venda de lote de terreno no loteamento de Vilarinho

Veri�cou-se a deserti�cação para a venda da parcela em causa.15 - Abertura e Pavimentação da Estrada Circular Nascente – EN16 – EN 333-3 à EN16 – Pedido de prorrogação de prazo (Embeiral)Aceitar a prorrogação do prazo de execução da obra em 90 dias contados a partir de 21 de julho de 2012, por unanimidade.16 - Pedido de atribuição de lote na ZIOFAtribuir o lote n.º 141 do plano pormenor da zona industrial de Oliveira de Frades à empresa “Limpa Canal – Limpezas Ecológicas, Lda.”, pelo valor de 10,00€(dez euros)/m2, por unanimidade.CONHECIMENTO1 - Obras em ExecuçãoConhecimento.2 - Informação/Parecer n.º 140:20/06/2012 GJ: Comissão de Festas de Santo António – Quintela e Comissão de Festas de São João Batista – Pedidos de suspensão ou condicionamento de trânsito em duas vias municipaisConhecimento.

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Câmara Municipal de Oliveira de FradesLargo Dr. Joaquim de Almeida3680 - 111 Oliveira de FradesTelef. 232 760 300Fax 232 [email protected]

[email protected]

Gabinete de Apoio à Presidência e Órgãos Autárquicos [email protected]

Serviço Municipal de Proteção [email protected]

Unidade Flexível de 2º Grau – Administrativa e [email protected] Unidade Flexível de 2º Grau – Desenvolvimento Social, Cultural e [email protected] Unidade Flexível de 2º Grau – Planeamento, Urbanismo e [email protected]

Gabinete de Ação [email protected]

Gabinete Técnico Florestal [email protected]

Assembleia [email protected]. Geral: 232 760 300Fax: 232 761727

Biblioteca MunicipalTelef: 232 760 [email protected]

Museu MunicipalTelef. 232 763 [email protected]

Cine-Teatro Dr. MorgadoTelef. 232 760 301

Pavilhão MunicipalTelef. 232 760 302

Piscina MunicipalTelef. 232 760 [email protected]

Central de CamionagemTelef. 232 761 005

EcocentroTelef. 232 761 839

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em RiscoRua da Estação (Central de Camionagem)3680 – 121 Oliveira de FradesTelef. 232 760 311Telemóvel: 96 8493083Fax: 232 763 [email protected]

Rede SocialRua da Estação (Central de Camionagem)3680 – 121 Oliveira de FradesTelef. 232 763 848Fax: 232 763 849 [email protected]

Gabinete de Apoio ao CidadãoRua da Estação (Central de Camionagem)3680 – 121 Oliveira de FradesTelef. 232 763 848

Número Verde : 800 960 123