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Rotinas e Procedimento de Trabalho Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados, programados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos e adequados. Os trabalhos em instalações elétricas devem ser precedidos de ordem de serviço com especificação mínima do tipo de serviço, do local e dos procedimentos a serem adotados. Os procedimentos de trabalho devem conter instruções de segurança do trabalho, de forma a atender a NR.

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Rotinas e Procedimento de Trabalho

Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados, programados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos e adequados.

Os trabalhos em instalações elétricas devem ser precedidos de ordem de serviço com especificação mínima do tipo de serviço, do local e dos procedimentos a serem adotados.

Os procedimentos de trabalho devem conter instruções de segurança do trabalho, de forma a atender a NR.

Rotinas e Procedimento de Trabalho • Objetivo

Definir procedimentos básicos para execução de atividades/trabalhos em sistema e instalações elétricas desenergizadas.

• Âmbito de aplicação

Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente no planejamento, programação, coordenação e execução das atividades, no sistema ou instalações elétricas energizadas.

Instalações Desenergizadas

Conceitos básicos

Impedimento de equipamento;

Responsável pelo serviço;

PES – Pedido para Execução de Serviço;

AES – Autorização para Execução de Serviço;

Desligamento programado;

Desligamento de emergência;

Interrupção momentânea.

Instalações Desenergizadas

Procedimentos gerais de segurança

Todo serviço deve ser planejado antecipadamente e executado por equipes devidamente treinadas e autorizadas de acordo com a NR-10.

Procedimentos gerais para serviços programados

Coordenar a execução das atividades/trabalhos;

Avaliação dos desligamentos;

Execução dos serviços.

Instalações Desenergizadas

Emissão de PES

O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando de impedimentos distintos.

Quando houver dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a coordenação do mesmo responsável, será emitido apenas um PES, quando houver dois ou mais responsáveis, obrigatoriamente será emitido um PES para cada responsável.

Instalações Desenergizadas

Etapas da programação

Elaboração da Manobra Programada;

Aprovação do PES;

Procedimentos Gerais;

Procedimentos para serviços de

emergência.

Instalações Desenergizadas

Liberação para serviços

Objetivo

Definir procedimentos básicos para liberação da execução de atividades/trabalhos em circuitos e instalações elétricas desenergizadas.

Âmbito de aplicação

Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente no planejamento, programação, liberação, coordenação e execução de serviços no sistema ou instalações elétricas.

Liberação para serviços Conceitos básicos

Falha Irregularidade total ou parcial em um equipamento, componente da rede ou instalação;

Defeito Irregularidade em um equipamento ou componente que impede seu correto funcionamento;

Interrupção Programada Interrupção do fornecimento de energia elétrica por determinado espaço de tempo;

Interrupção Não Programada Interrupção do fornecimento de energia elétrica sem prévio aviso aos clientes.

Procedimentos gerais

Certificar de que os envolvidos estão conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer, quando fazer e porque fazer.

Liberação para serviços

Na liberação de serviços em instalação desenergizada para equipamentos, circuitos e intervenção, deve-se confirmar a desenergização do circuito/equipamento a ser executada a intervenção (manutenção), seguindo os procedimentos:

Seccionamento – Confirmar se o circuito desligado é o alimentador do circuito a ser executada a intervenção, mediante a verificação dos diagramas elétricos e folha de procedimentos e a identificação do mesmo em campo.

Liberação para serviços

Impedimento de reenergização – Verificar as medidas de impedimento de reenergização aplicadas, que sejam compatíveis ao circuito em intervenção, como: abertura de seccionadoras, retirada de fusíveis, afastamento de disjuntores de barras, relés de bloqueio, travamento por chaves, utilização de cadeados.

Constatação da ausência de tensão – É feita no próprio ambiente de trabalho através de: instrumentos de medições dos painéis (fixo) ou instrumentos detectores de tensão (observar sempre a classe de tensão desses instrumentos), verificar se os EPIs e EPCs necessários para o serviço estão dentro das normas vigentes e se as pessoas envolvidas estão devidamente protegidas.

Liberação para serviços

Instalação de aterramento temporário – Verificar a instalação do aterramento temporário quanto à perfeita equipotencialização dos condutores do circuito ao referencial de terra, com a ligação dos mesmos a esse referencial com equipamentos apropriados.

Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada – Verificar a existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou equipamento a sofrer intervenção, checando assim os procedimentos, materiais e EPIs necessários para a execução dos trabalhos, obedecendo à tarefa de zona de risco e zona controlada. A proteção poderá ser feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo com a análise de risco.

Liberação para serviços

Instalação da sinalização de

impedimento de energização –

Confirmar se foi feita a instalação da

sinalização em todos os equipamentos

que podem vir a energizar o circuito ou

equipamento em intervenção. Na falta de

sinalização de todos os equipamentos,

esta dever ser providendiada.

Sinalização de Segurança

A sinalização de segurança consiste num

procedimento padronizado destinado a

orientar, alertar, avisar e advertir as

pessoas quanto aos riscos ou condições

de perigo existentes, proibições de

ingresso ou acesso e cuidados e

identificação dos circuitos ou parte dele.

Placas Finalidade

Destinada advertir as pessoas quanto ao perigo de

ultrapassar áreas delimitadas onde haja a possibilidade de

choque elétrico, devendo ser instalada em caráter

permanente.

Destinada a advertir para o fato do equipamento em

referência estar incluído na condição de segurança,

devendo a placa ser colocada no comando local dos

equipamentos.

Placas Finalidade

Destinada a advertir para o fato do equipamento em

referência, mesmo estando no interior da área delimitada

para trabalhos, encontrar-se energizado.

Destinada a alertar quanto a possibilidade de exposição

a ruído excessivo e partes volantes, quando de partida

automática de grupos auxiliares de emergência.

Placas Finalidade

Destinada a advertir quanto ao perigo de explosão, quando

do contato de fontes de calor com os gases presentes em

salas de baterias e depósitos de inflamáveis, devendo a

mesma ser afixada no lado externo.

Destinada a alertar quanto à obrigatoriedade do uso de

determinado equipamento de proteção individual.

Placas Finalidade

Destinada a alertar quanto a necessidade do acionamento do sistema de exaustão das salas de baterias antes de se adentrar, para retirada de possíveis gases no local.

Destinada a alertar a Operação, Manutenção e Construção quanto à necessidade de espera de um tempo mínimo para fazer o Aterramento Móvel Temporário de forma segura e iniciar os serviços.

Placas Finalidade

Advertir terceiros quanto aos perigos de choque elétrico

nas instalações dentro da área delimitada. Instalada nos

muros e cercas externas das subestações.

Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo da

alta tensão. Instaladas em torres, pórticos e postes de

sustentação de condutores energizados.

Situações de sinalização de

segurança

Sinalização de impedimento de energização

Situações de sinalização de

segurança

Identificaçãode equipamento ou circuito impedido

Este tipo de sinalização é utilizado para diferenciar os equipamentos energizados dos não energizados, afixando-se no dispositivo de comando do equipamento principal um aviso de que ele está impedido de ser energizado.

Inspeções de áreas, serviços,

ferramental e equipamento

Objetivo é a vigilância e controle das condições de segurança do meio ambiente laboral, identificação de situações “perigosas” e “riscos” à integridade física dos empregados, contratados, visitantes e terceiros que adentrem a área de risco, evitando assim que situações previsíveis possam levar a ocorrência de acidentes:

Inspeções gerais;

Inspeções parciais;

Inspeções periódicas;

Inspeções por denúncia;

Inspeções cíclicas;

Inspeções de rotina;

Cuidados antes da inspeção.

Procedimentos para execução dos trabalhos

O que fazer? Como fazer? Porque fazer? Observação

Atividades

preliminares

Elaborar roteiro de manobras de

liberação.

Para liberar de forma segura os

serviços.

Verificar os EPIs e EPCs necessários.

Inspecionar ferramental e instrumental

necessários.

Identificar os procedimentos técnicos

para cada tipo de serviço.

Para garantir a eficiência dos

mesmos.

A supervisão irá definir os trabalhadores

habilitados para execução da tarefa.

Para que os serviços sejam

executados de forma padronizada.

Debater com a equipe as peculiaridades

e todos os aspectos de segurança

relativos ao serviço.

Para manter todos informados sobre

o serviço.

Analisar a documentação técnica, tais

como: diagramas unifilar e funcional,

interligações, entre outros.

Para melhor conhecimento do

sistema elétrico.

Realizar uma análise de risco da tarefa,

observando toda documentação técnica

e as particularidades de cada sistema

elétrico.

Para minimizar e manter sob controle

o potencial de risco do serviço.

Liberação para serviços

O circuito ou equipamento estará liberado para intervenção, sendo a liberação executada pelo técnico responsável pela execução dos trabalhos.

Somente estarão liberados para a execução dos serviços os profissionais autorizados, devidamente orientados e com equipamentos de proteção e ferramental apropriado.

Procedimentos preliminares para liberação do trabalho O que fazer? Como fazer? Porque fazer? Observação

Obter permissão de

trabalho (PT)

Analisar em conjunto com o operador os

riscos de serviço; Verificar a análise de

risco da tarefa; Certificar-se da

abrangência da PT.

Para eliminar ou minimizar a

possibilidade de acidente e/ou

incidente.

Responsável pela PT

deve ser autorizado.

Acompanhar ou executar as manobras de

desenergização e liberação dos serviços

em conformidade com o roteiro

previamente elaborado.

Para ter conhecimento da real

condição do sistema elétrico.

Seguir procedimentos

e observar riscos.

Identificar com o operador os

equipamentos e sistemas a ser

trabalhado.

Sinalizar com fita de cor amarela a área

onde estão equipamentos energizados

vizinhos à área de serviço.

Para evitar enganos.

Verificar com detector a tensão a

ausência ou não de potencial nos

equipamentos e sistema liberados.

Para garantir a integridade dos

profissionais. Usar luvas e testar o detector em circuito

sabidamente energizado. Para evitar manobras indevidas.

Travar com cadeado os equipamentos de

manobras pertencentes ao sistema em

serviço.

Aterrar o sistema / equipamento liberado. Para proteger os executantes

contra manobras indevidas e/ou

induções.

Atenção para as

alimentações de

retorno.

Procedimentos para travamento

O que fazer? Como fazer? Porque fazer? Observação

Durante a execução

dos serviços

Avaliar os riscos e a sinalização.

Quando da execução de testes com

potencial elevado, observar os

procedimentos operacionais para cada

teste.

Para evitar descargas elétricas

em outros executantes.

Usar luvas de alta

tensão e

descarregar os

equipamentos

após os testes.

Verificar as condições de segurança

sempre que se ausentar do local do

trabalho e quando for reiniciar o

serviço.

Para garantir sua própria

integridade.

Usar o detector

de tensão.

Executar os serviços observando os

procedimentos técnicos operacionais.

Para garantir qualidade e

padronização.

O serviço somente deve ser iniciado

após a liberação da PT; Usar

ferramental adequado, nunca

improvisar; Portar e usar os EPIs

recomendados.

Para se autopreservar.

Manter em local visível e de fácil

acesso os diagramas unifilar e

funcional; Alterações na seqüência ou

nas condições de segurança do

serviço devem ser comunicadas ao

supervisor e, se necessário, revisar a

PT.

Para não executar serviços com

dúvida.

Conservar a distância de segurança

das partes energizadas.

Para garantir a barreira isolante

do ar.

Para concluir os serviços devem ser inspecionados

as áreas, o ferramental e os equipamentos.

O que fazer? Como fazer? Porque fazer? Observação

Conclusão dos

serviços

Inspecionar os equipamentos e

sistemas observando: condições de

energização; cabos bem conectados;

curtos-circuitos para testes retirados;

sistemas de proteção ativos; caixas de

conexões vedadas; buchas e

isoladores limpos e sem avarias;

sistemas de refrigeração

desobstruídos; ausência de materiais /

ferramentas no interior dos

equipamentos

Para garantir a condição

operacional dos mesmos.

Retirar todos os aterramentos

provisórios (na seqüência inversa do

aterramento); Retirar sinalização e

fitas de isolamento da área; Retirar

equipamentos e matérias da área.

Para evitar curtos – circuitos.

Acompanhar ou executar as

manobras de normalização do

sistema elétrico, conforme roteiro

previamente elaborado; Dar

baixa na PT.

Para manter a área limpa e em

ordem.

Equipamento de Proteção

Coletiva - EPC

EPC é todo dispositivo, sistema ou meio físico

ou móvel de abrangência coletiva, destinado a

preservar a integridade física e a saúde dos

trabalhadores usuários e terceiros.

Equipamento de Proteção

Coletiva - EPC

Tapete de borracha Fita de sinalização Cone

Equipamento de Proteção

Coletiva - EPC

Grade metálica

dobrável Correntes Banqueta

isolante

Equipamento de Proteção

Coletiva - EPC

Cobertura isolante Placas Manta

isolante

Equipamento de Proteção

Individual - EPI Dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado,

destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Os EPI’s devem ser utilizados:

Quando esgotadas as possibilidades de adoção de solução técnica e de proteção coletiva;

Enquanto estas medidas estiverem em fase de implantação;

Quando da existência de risco inerente à atividade ou ambiente.

Equipamento de Proteção

Individual - EPI

É vedado o uso de adornos pessoais

nos trabalhos com instalações

elétricas ou em suas proximidades,

principalmente se forem metálicos ou

que facilitem a condução de energia.

Equipamento de Proteção

Individual - EPI

Conjunto para

eletricista Manga isolante

para alta tensão

Loção solar

Equipamento de Proteção

Individual - EPI

Óculos de

Proteção/Segurança

Proteção para

cabeça

Cinto de

segurança para

eletricista

Equipamento de Proteção

Individual - EPI

Calçado de

segurança sem

biqueira de aço

Creme protetor

para pele

Cinto de

segurança tipo

pára-quedista

Equipamento de Proteção

Individual - EPI

Protetor auditivo

Tipo plugue Protetor auditivo

Tipo descartável Protetor auditivo

Tipo concha

Equipamento de Proteção

Individual - EPI

Luvas isolantes de borracha para alta tensão

Tipo Contato Cor/Tarja

Classe 00 500 V Bege

Classe 0 1000 V Vermelha

Classe 1 7,5 kV Branca

Classe 2 17 kV Amarela

Classe 3 26,5 kV Verde

Classe 4 36 kV Laranja