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Trupe Gogó da Ema de Contado- res de Histórias do SESC Alagoas e Aos participantes do módulo I do curso Um Conto Atrás do Outro, ambos compondo o NUFOPES (Núcleo SESC de Formação e Pesquisa na Arte de Contar Histórias), estarão juntos numa troca de experiências literárias que vai enriquecer ainda mais a programação da Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas. Surgida em 2000 a Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias é uma iniciativa das áreas de literatura e biblioteconomia da instituição que visa estimular o interesse pela leitura. O grupo é composto por bibliotecários, educado- res e técnicos, lotados em diversas unida- des do SESC na capital e cidades do inte- rior do Estado. Com o intuito de incutir e ampliar nos cidadãos o gosto pela leitura o SESC, atra- vés do Centro de Difusão e Realizações Literárias (CDRL) criou o NUFOPES, local onde pessoas da comunidade em geral se inscrevem para participar de cursos, pes- quisas e capacitações em contação de histórias, objetivando difundir a arte da tradição oral fora dos muros da institui- ção. Neste sábado (04/09), último dia da Aldeia, no auditório do SESC Poço, das 15h às 18h, o público será presenteado com essa verdadeira aldeia de histórias que tem como objetivo a troca de experiências entre os grupos e o estímulo à convivência saudável entre as pessoas que estão se disponibilizando a estudar as narrativas em geral. Faz um mês que a preparação para este momento teve início, através de encontros entre integrantes da Trupe e participantes do NUFOPES. O objetivo foi planejar os detalhes do intercâmbio atra- vés pesquisas e seleção de contos da mi- tologia que serão apresentados no evento. No mesmo dia do intercâmbio, a partir das 09h, no auditório SESC Poço, haverá a palestra de Marcos Henrique Rêgo/DN sobre mitologia intitulada O Reino dos Contos. O momento é de vivência... Permita- se! Sinta-se à vontade para viver conosco as experiências que o mundo da contação de histórias proporciona. Intercâmbio literário Aldeia de Histórias Texto: Jacqueline Pinto | Fotos: Barbara Esteves rodapé Realização: quarta-feira | 1 de setembro de 2010 | Ano 3 | nº 06 + Alexandre Holanda, da Diteal, responda às perguntas da Entrevista| p. 2 O cabaré da Cia. do Chapéu | p. 3 Como vai o incentivo ao folclore? | p. 2 Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas troca experiências literárias neste sábado (04/09), no SESC Poço SESC guerreiro das alagoas Integrantes da Trupe Gogó da Ema durante apresentação no Teatro SESC Jofre Soares

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Sexto número do terceiro ano do jornal Rodapé, que tem como objetivo fazer a cobertura dos 9 dias do projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas.

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Trupe Gogó da Ema de Contado-res de Histórias do SESC Alagoas e Aos participantes do módulo I do

curso Um Conto Atrás do Outro, ambos compondo o NUFOPES (Núcleo SESC de Formação e Pesquisa na Arte de Contar Histórias), estarão juntos numa troca de experiências literárias que vai enriquecer ainda mais a programação da Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas.

Surgida em 2000 a Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias é uma iniciativa das áreas de literatura e biblioteconomia da instituição que visa estimular o interesse pela leitura. O grupo é composto por bibliotecários, educado-res e técnicos, lotados em diversas unida-des do SESC na capital e cidades do inte-rior do Estado.

Com o intuito de incutir e ampliar nos cidadãos o gosto pela leitura o SESC, atra-vés do Centro de Difusão e Realizações Literárias (CDRL) criou o NUFOPES, local onde pessoas da comunidade em geral se inscrevem para participar de cursos, pes-quisas e capacitações em contação de histórias, objetivando difundir a arte da

tradição oral fora dos muros da institui-ção.

Neste sábado (04/09), último dia da Aldeia, no auditório do SESC Poço, das 15h às 18h, o público será presenteado com essa verdadeira aldeia de histórias que tem como objetivo a troca de experiências entre os grupos e o estímulo à convivência saudável entre as pessoas que estão se disponibilizando a estudar as narrativas em geral.

Faz um mês que a preparação para este momento teve início, através de encontros entre integrantes da Trupe e participantes do NUFOPES. O objetivo foi planejar os detalhes do intercâmbio atra-vés pesquisas e seleção de contos da mi-tologia que serão apresentados no evento. No mesmo dia do intercâmbio, a partir das 09h, no auditório SESC Poço, haverá a palestra de Marcos Henrique Rêgo/DN sobre mitologia intitulada O Reino dos Contos.

O momento é de vivência... Permita-se! Sinta-se à vontade para viver conosco as experiências que o mundo da contação de histórias proporciona.

Intercâmbio literário Aldeia de Histórias

Texto: Jacqueline Pinto | Fotos: Barbara Esteves

roda

Realização:

quarta-feira | 1 de setembro de 2010 | Ano 3 | nº 06

+Alexandre Holanda, da

Diteal, responda às perguntas da

Entrevista| p. 2

O cabaré da Cia. do Chapéu | p. 3

Como vai o incentivo ao folclore? | p. 2

Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas troca experiências literárias neste sábado (04/09), no SESC Poço

SESC guerreiro das alagoas

Integrantes da Trupe Gogó da Ema durante apresentação no Teatro SESC Jofre Soares

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entrevista

Alexandre Holanda

Texto e Foto: Joelle Malta

Rodapé: Como você vê a parceria entre a Diteal e o SESC Alagoas?

Alexandre Holanda: É uma parceria de grande satisfação, porque nós acreditamos que se as instituições que buscam trabalhar em prol da cultura local se unirem com o mesmo propósito, teremos resultados satisfatórios também. Esse diálogo entre as instituições é muito importante porque, às vezes, nós trabalhamos de forma muito isolada. Eu acho que essa parceria entre os projetos pode ser o pontapé inicial pra que consigamos fechar outras parcerias e priorizemos a produção artística local.

R: Qual a importância de uma mostra cênica para Alagoas?

AH: Uma mostra voltada para a produção artística alagoana é de vital importância. Acredito que ele estreita o contato entre os artistas, fomenta os profissionais do Estado. Você vê o que o outro grupo está produzindo e ainda há discussões geradas após os espetáculos. Não se restringe a um espaço apenas, abre o teatro para a comunidade. A

mostra toma uma proporção muito maior, porque no mínimo, as pessoas ficam sabendo que o projeto está acontecendo.

R: Como você vê a produção teatral no Estado?

AH: Nós temos grandes profissionais, o que falta é captação de recursos financeiros para aprimorar nossas produções para que, nos espetáculos, possam ter um apoio com o todo: figurino, maquiagem, sonoplastia, dramatur-gia. Faltam recursos para que esses profissio-nais recebam pelo que fazem, para valorizar mais ainda o mercado local. Mas nós temos uma potencialidade artística muito grande.

R: Você acha que o projeto Quartas no Arena é uma forma de incentivo a essa produção? Por quê?

AH: Sim. Nós estamos na sexta edição e é muito comum grupos estrearem seus espetá-culos dentro do projeto, embora esse não seja o nosso objetivo. Para montar uma peça é preciso correr atrás de toda a logística do espetáculo e perto da estreia ainda tem que arcar com aluguel do teatro, impressão de ingresso, bilheteria para vendê-los, material de divulgação e todo o resto. Então, quando vem uma instituição que dá esse suporte, o artista se sente mais fortalecido por ter uma despesa a menos.

na boca de mateu Fotos: JacquelinePinto

Sinto muita falta de incentivos pelos que promovem a cultura. Muito do que acontece é de iniciativa dos próprios grupos que buscam as instituições ou fazem projetos próprios, mas não consigo sentir grande participação e estímulo à nossa cultura.

Como você avalia os projetos de incentivo ao folclore?

Carlos AlbertoBarros Ator

Acho que existe um incentivo interessante no Estado. O próprio SESC sempre está fazendo projetos para difundir o folclore, mas percebo que não há interesse de boa parte dos artistas, também percebo muita falha em informar sobre as ações, as coisas acontecem e apenas as pessoas do meio ficam sabendo.

MônicaSantos Auxiliar administrativa

Nós temos grandes profissionais, o que falta é captação

de recursos financeiros para aprimorar nossas

produções. Mas nós temos uma

potencialidade artística muito grande.

Alexandre HolandaDiretor da Diteal

lexandre Holanda é produtor cultural e diretor da Diteal (Diretoria dos Teatros do Estado de Alagoas). Na entrevista abaixo, entre outros Aassuntos, ele comenta a respeito do teatro produzido em Alagoas.

Alagoas perde mais um nome da cultura popular. Mestra Hilda, do grupo de pagode alagoano Comigo Ninguém Pode, morreu na manhã de ontem (31), aos 89 anos, vítima de pneumonia.

nota de falecimento

Asco

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oje começa outra noite de bebida aqui no bar. Essa luz vermelha é um chamado, um convite para o lar. São com essas palavras que as luzes do Hcabaré se acedem e começa mais ‘Uma Noite em Tabariz’. No palco, as

histórias de um bordel muito conhecido no bairro do Jaraguá se desenrolam entre as músicas e as vozes que expressam dor, riso, prazer.

Uma palavra foi unânime entre os debatedores: simplicidade. E entre a simplicidade de cada música acontece o desvendar de cada personagem por meio de suas histórias, sempre atreladas às canções. “Não há pretensão de se cantar perfeitamente bem ou de valorizar os atores enquanto cantores. Mas nem por isso o espetáculo deixa de ser maravilhoso”, diz Mérida Urquía.

Os debatedores da Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas também fizeram críticas construtivas ao espetáculo. “Senti falta da ação cênica do bordel, por trás da cena principal. Vocês precisam colocar bebida na peça. O cheiro da bebida é importante para dar o clima perfeito a um bordel”, explica Consuelo Maldonado.

“Nós embarcamos na história, nas dores e prazeres das personagens e nos sentimos muito a vontade, querendo curtir a noite no bar”, afirma Henrique Fontes.

A sensação que ficou, junto com perfume de rosas que intensificava o clima de bordel sugerido pelos tons vermelhos, foi que, apesar da apresentação ter acabado, o público continuava querendo viver mais uma noite em Tabariz.

Noite de cabaré deixa gostinho de ‘queromais’ no Teatro de Arena

Entremeios: o boletim que não te deixa namão na hora de programar o seu roteiro cultural

o ano de 2008, dentro do Mês de Cinema do SESC/AL, a arquiteta NAlice Jardim e a jornalista Larissa

Lisboa produziram um documentário em homenagem ao fotógrafo e cineasta ala-goano Celso Brandão e, desta parceria, nasceu o projeto Entremeios. De lá para cá as propostas foram se ampliando e ho-je o projeto é uma das principais referên-cias de promoção e divulgação cultural em Alagoas.

Inicialmente como uma produção au-diovisual, o Entremeios Visuais, produção de vídeos e imagens independentes, foi

ampliado e agora é um boletim semanal com a agenda cultural, denominado Entremeios Culturais. Presente também nas redes sociais, o Entremeios Virtuais é um blog que oferece cultura e audiovisual da melhor qualidade para o leitor. Isso sem falar na atuação das meninas no Twitter e na rede Ning.

Após as ações de Larissa e Alice não podemos reclamar que em Alagoas não acontece nada, ou que as coisas acon-tecem e ninguém fica sabendo. De 2 a 3 vezes por semana o boletim chega por e-mail com toda programação artística,

inscrições abertas de projetos e con-cursos culturais. Contemplando todos os gostos, espaços e gêneros.

Para se inteirar do que acontece em Maceió, basta se cadastrar gratuitamente no e-mail:

[email protected]

ou visitar as redes sociais:

www.twitter.com/entremeios

e

http://entremeios.socialgo.com

seu jofre falou fica a dica

Exposição Vivência Ateliê Aberto à ComunidadeProjeto Ateliê Aberto à Comunidade

A exposição é o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do projeto e pelos participantes das oficinas que acontecem durante a programação da Aldeia de 28/08 a 03/09.

O que é?

Oportunidade de presenciar trabalhos artísticos de pessoas da comunidade que se permitiram viver um verdadeiro encontro com o mundo das artes através de pesquisas e utilização de técnicas passadas pelos artistas envolvi-dos.

Por que assistir?

O projeto, surgido em 2004, é uma iniciativa do SESC Alagoas na área de Artes Visuais. Para Kelcy Ferreira, técnica dessa linguagem, o projeto pretende promover o encontro entre artistas e público para vivenciarem experiências de um ateliê coletivo. Atualmente, as aulas acontecem nos ateliês dos artistas Rosivaldo Reis e Lúcia Galvão.

Fique Ligado

sábado | 4 de setembro | a partir das 20h

Galeria SESC Centro e instalações por todo o prédio

Compõe a programação do Overdoze

Aberto ao público

Quando e onde?

Texto: Fabrício Alex Barros

Texto e Fotos: Barbara Esteves

A força pulsante do musical ‘Uma Noite em Tabariz’ foi destacada pelos debatedores

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Informativo produzido pelo Serviço Social do Comércio de Alagoas - SESC para o projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas 2010

Coordenador Artístico-Cultural: Guilherme RamosTécnico de Teatro: Thiago SampaioTécnico Assistente: Fabrício Alex BarrosEstagiário de Teatro: Gustavo FélixEstagiária de Jornalismo: Morena MeloPlanejamento Gráfico e Diagramação: Renato MedeirosTextos:Barbara Esteves | Fabrício Alex Barros | Gustavo Félix | Jacqueline Pinto | Joelle Malta | Morena Melo | Renato Medeiros | Thiago Sampaio

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, neces-sariamente, a opinião do SESC Alagoas.

Oficina Objeto Vivo, pela Cia. Voar Teatro de Bonecos (DF). Das 9h às 12h e das 13h às 16h,no SESC Centro. Inscrições: 1kg de alimento não perecível, no SESC Centro. 20 vagas.

Intervenção Urbana Despacho, da Cia. LTDA. Às 16h30, na Praça Marechal Deodoro, Centro. Aberto ao público.

Espetáculo Esbórnia, da Cia. de Dança do SESC Petrolina. Às 19h30, no SESC Poço. Entrada: R$ 2 + 1kg de alimento ou R$ 4.

Mostra Retrospectiva PLAY REC, com exibição de filmes do Festival de Videodança do Recife. Às 17h, no Teatro SESC Jofre Soares, SESC Centro. Aberto ao público.

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1. Radialista e compositor conhecido por suas marchinhas carnavalescas.

2. Cidade que hospedou o imperador do Brasil e teve o primeiro teatro da região.

3. Escritor alagoano que foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

4. Cineasta alagoano que foi casado com Nara Leão e participou do movimento do cinema novo.

5. Bloco carnavalesco fundado em 1983, originado a partir do espetáculo Estrela Radiosa.

6. Artista plástico morto em 2010.7. Coqueiro curvo da praia de Ponta Verde, ponto turístico

nos anos 1930 e 1940.

Abaixo a solução da cruzadinha do quinto

número do Rodapé 2010:

Confira a solução da cruzadinha desta edição amanhã, no sétimo número do Rodapé 2010.

Fotos: Barbara Esteves, Jacqueline Pinto e Jailson Natividade

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