Em meio à imensidão cósmica,coube-nos participar da dança da vida terrena

por um breve instante.

Na roda do tempo, por entre dias e noites, nos equilibramos.

Por quanto tempo, não o sabemos.

Setenta anos – pouco mais, pouco

menos –é a duração desta

fugidia jornada terrena.Breves décadas que, feito grãos de areia na ampulheta, ligeiro dissiparão.

Seremos suficientemente sábios

paradescobrir nossa missão, nosso papel, na dança

da vida? Tantos outros tomaram sua parte anteriormente, e tantos outros nos sucederão, nesta dança sem

fim.

Seremos suficientemente humanos,

capazes de conjugar os verbos amar, partilhar, doar

e servir?Estaremos abertos à inspiração

– o princípio que orienta toda ação?

Pudéssemos vislumbrar os mistérios que jazem sob a superfície dos dias e das

horas, como viveríamos a nossa vida?

Compreenderemos algum dia o significado do verso que diz:

“O que segue a justiça e a bondade achará a vida.” ?

Provérbios 21:21

Haveremos de sondar o significado da seguinte passagem:

“Quem for cego neste mundo, será cego também no Além,

e estará mais longe ainda do caminho.” ?Sagrado Alcorão 17:72

“Aplica à disciplina o teu coração e os teus ouvidos às palavras do

conhecimento.”Provérbios 23,12

“O que ama a pureza do coração,e tem graça nos seus lábios, terá por seu amigo

o rei.” Provérbios 22,11

Cada novo dia desvela a oportunidade de mantermos viva

em nosso coração a chama do amor divino.

A chama divina que consome toda falta e impureza,

capacitando-nos a manifestar, sem nada esperar em troca,

a Pureza, a Bondade, a Compaixão, e a Caridade.

Que serventia terão tido os bens e os dons, materiais e espirituais, que a vida nos agraciou,se falharmos em partilhá-los com nossos irmãos

de jornada?

O futuro deve estar sempre

na mente do viajante,– é sempre

uma presença no agora.

Viver é navegar mares.

Viver é atravessar desertos, rumo à nossa bem-aventurança,

nossa paz, nossa plenitude.

O tempo é nosso,porque somos um fragmento de infinitolimitado pelas circunstâncias terrenas.

Avançar pela escadaria da nossa interioridade em direção à nossa bem-aventurança,

– em busca da melhor versão de nós mesmos.

Avançar, um degrau que seja, a cada novo dia, rumo ao que torna pleno o nosso existir.

Avançar, um degrau que seja, a cada novo dia, rumo à criança que fomos um dia,

– a criança que entesoura sabedoria, simplicidade e felicidade.

É preciso refinar o olhar e o sentirpara captar o eterno que jaz no instante

presente.

“Bem-aventurado e feliz é aquele que se levanta para promover os melhores interesses

dos povos e raças da terra.” Bahá’u’lláhFormatação: um_peregrino@hotmail.com