RITO ANTIGO E PRIMITIVO MEMPHIS-MISRAIM · APRENDIZ MAÇOM MANUAL DE DINÂMICA RITUALÍSTICA...

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RITO ANTIGO E PRIMITIVO MEMPHIS-MISRAIM Fonte Única, Autêntica e Regular LOJA MAÇÔNICA SIMBÓLICA DE MMLLE AASoberano Santuário da Maçonaria Brasileira Grande Loja Mista do Rito de Memphis-Misraim www.grandeloja.org.br Caixa Postal – nº 700 Cep: 83600-970 Campo Largo/Pr

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RITO ANTIGO E PRIMITIVO MEMPHIS-MISRAIM

Fonte Única, Autêntica e Regular

LOJA MAÇÔNICA SIMBÓLICA DE MM∴∴∴∴LL∴∴∴∴ E AA∴∴∴∴

Soberano Santuário da Maçonaria Brasileira Grande Loja Mista do Rito de Memphis-Misraim

www.grandeloja.org.br

Caixa Postal – nº 700

Cep: 83600-970 Campo Largo/Pr

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∴∴∴∴

1º GRAU APRENDIZ MAÇOM

MANUAL DE DINÂMICA RITUALÍSTICA

Autenticação

Este exemplar do Manual de Dinâmica Ritualística do Aprendiz Maçom do Rito Antigo e Primitivo da Franco-Maçonaria, não será considerado autêntico se carecer do Selo Oficial da Sereníssima Grande Loja Mista do Rito de Memphis-Misraim, do Número de Ordem de Expedição e da rubrica do Grande Secretário.

Nº. De Expedição _____________________________

__________________________________________

Il∴ Ir∴ Grande Secretário de Ritualística

O presente exemplar é destinado ao uso exclusivo da A.R.L.S∴ _____________________nº ______

_________________________ Venerável Mestre

Selo

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APRESENTAÇÃO Este Manual de Dinâmica Ritualística foi concebido e idealizado com o objetivo principal de uniformizar

a prática da ritualística em todas as reuniões do Grau de Aprendiz nas Lojas jurisdicionadas à Sereníssima Grande Loja Mista do Rito de Memphis-Misraim

É fundamental que se busque sempre a padronização dos comportamentos ritualísticos no desenvolvi-

mento dos trabalhos maçônicos em Loja constituída, a fim de que haja sempre homogeneidade nos procedi-mentos e se eliminem de vez as formas diversificadas e o invencionismo que tanto tem deturpado e deformado a prática dos nossos rituais.

Desta forma, durante este período e através de uma pesquisa séria e comprometida com a verdade, buscou-se de forma criteriosa a elaboração deste Manual de Dinâmica Ritualística, que esperamos, atinja na sua totalidade, os objetivos para os quais foi elaborado.

Faz-se necessário ressaltar que este trabalho não se encerra com este Manual, pois a pesquisa é di-

nâmica e a busca da verdade permanente. Assim, ele se acha aberto a sugestões e as criticas construtivas e enriquecedoras, para que possamos aperfeiçoá-lo sempre. Isto ocorrendo, veremos ser praticado na grande maioria das Lojas, com todas formalidades, rigor e em toda sua plenitude.

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A Oficina, a Loja e o Templo

As assembléias dos MM∴dos diferentes graus, em memória das associações dos primeiros Maçons O-

perativos, costumam ser chamadas de oficinas. O Templo é o local de reunião ritualística, Loja é a Corpora-ção e Oficina é a reunião dos obreiros no Templo, para os Trabalhos.

O Templo

De forma profana entende-se por templo : “do Latim Templu., qualquer lugar ou edifício erigido em honra

de uma divindade; edifício público destinado ao culto religioso; igreja; sala em que se celebram as sessões da maçonaria; nome de uma ordem militar e religiosa; fig., lugar misterioso e respeitável.”

Contudo para nós iniciados “Templo” não se refere apenas a um lugar físico delimitado da matéria, mas a

sua conjunção com a egrégora universal. Não pode apenas um edifício ser ornado e nomeado templo sem que a devida consagração, participação e zelo de IIr.·. façam-se presentes. No inicio os maçons operativos se reu-niam em assembléias denominadas “Oficinas”, com o passar do tempo e tornando-se a maçonaria especulati-va começou-se a empregar o termo “Loja”. A loja deriva da expressão usada para definir a lona cinza a qual os artífices se reuniam no canteiro de obras, em tempos ancestrais, o alojamento de obreiros. Podemos ainda tomar como interpretação de loja o termo sânscrito “Loga”, que denomina mundo. Podemos ainda encontrar a definição de templo no latim “Fanum” que significa sagrado, desta palavra também se origina a denominação dos não iniciados “Profanum” ou “profanos” os que não tiveram a iluminação.

Os templos na antiguidade tinham o formato de um quadrado comumente divido em duas partes, um lu-

gar onde se manifestava a presença do sagrado e onde se admitia apenas sacerdotes e a sala de estudos onde eram congregados todos os iniciados.

A Sala dos Passos Perdidos

A Harmonia que deve reinar no átrio serve como filtro para barrar, antes da reunião da Loja, as más in-fluências recebidas do mundo exterior, pois no dia-a-dia de cada um, a ansiedade e os problemas comuns do cotidiano geram preocupações, às vezes excessivas, e estas desarmonizam a Loja, gerando conflitos e con-tendas desnecessários. Por essas causas deve reinar silêncio absoluto no átrio.

O átrio é uma sala conveniente contígua à loja, (entre a Sala dos Passos Perdidos e à Loja), e por esse motivo é também evidente que devemos manter postura adequada na Sala dos Passos Perdidos para desse modo não quebrar a harmonia dos irmãos que já estiverem preparando-se, em silêncio, no átrio.

Os cumprimentos entre irmãos, indispensáveis em qualquer ocasião e que devem ser sempre afetuo-sos e fraternos, podem ser feitos com modos discretos em tom baixo, para não distrair a atenção dos irmãos que no átrio, se dedicam ao estudo de suas lições e se preparam para a reunião ritualística que acontecerá em seguida, no interior do Templo.

O Átrio

O Templo é precedido de um vestíbulo, denominado átrio, guarnecido com a mobília que o espaço permi-tir, tendo pelo menos uma mesa e uma cadeira. Sobre a mesa coloca-se um livro de registro destinado a rece-ber as assinaturas dos membros da Loja, e outro livro em que devem assinar os visitantes. No Átrio deve ser observado silêncio absoluto. A queima de incensos e a execução de boa música, instrumental de preferência, ajuda na harmonização, quando executada com som adequado ao ambiente.

Considerando-se o átrio como sala de aprimoramento, onde são instruídos os iniciados, e tendo o Se-gundo Vigilante como seu instrutor, atribui-se ao mesmo algumas prerrogativas. Dentre estas prerrogativas está o de atribuir e definir a pauta de instrução conforme as necessidades e observações, bem como o de de-finir os trabalhos a serem realizados pelos iniciados. Outra atribuição importante é o de ritualística, o mesmo deve zelar e orientar a boa observação e prática e estudo do ritual.

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Cabe ao Mestre de Cerimônias (ou ao Arquiteto se a loja nomear algum irmão para essa função), veri-

ficar antes da abertura dos trabalhos, se o recinto do Templo está devidamente composto, para o Ritual que será realizado. O M∴ de Harm∴ deve selecionar, as músicas adequadas para serem executadas durante a sessão. No Átrio deve existir um quadro, com os colares e as jóias dos respectivos cargos, para que o M.∴de CCer∴ proceda a composição da Loja. Antes da formação do cortejo para se adentrar ao Templo, todos os IIr∴ deverão estar devidamente paramentados, e as Dignidades e Oficiais, revestidos com suas insígnias.

Jóias Móveis

As Dignidades e OOfic∴das LLoj∴ MMaç∴ SSimb∴levam ao pescoço um colar de seda azul, de cujo vértice inferior vai pendente a jóia distintiva do cargo que exerce.

Estas jóias são de prata, recebendo o nome de móveis, porque passam de uns IIr∴ a outros, quando variam os cargos para os que são escolhidos, e são as seguintes:

1. V∴M∴: um esquadro.

2. 1º Vig∴: um nível.

3. 2º Vig∴: um prumo.

4. Orad∴: um livro aberto sobre um triângulo eqüilátero ou um pergaminho.

5. Secr∴ duas plumas cruzadas em sinal de multiplicação.

6. Tes∴: uma chave ou duas chaves cruzadas em sinal de multiplicação.

7. Hosp∴: uma bolsa.

8. 1º Diac∴: dois pombos trazendo em seu bico um ramo de oliveira.

9. 2º Diac∴: um pombo trazendo em seu bico um ramo de oliveira.

10. M∴CC∴: uma régua.

11. Exp∴: uma espada com a ponta para baixo.

12. G∴T∴: duas espadas com a ponta para baixo.

13. Mestre de Harmonia: uma lira.

• A Jóia do Past Master é um esquadro com o diagrama de 47º.

• O Secr∴exerce em conjunto a função de G∴S∴(Guarda dos Selos), em alguns ritos o G∴S∴ é um car-go específico, intitulado de Chanceler.

Dos trajes

• Para todas as sessões ritualísticas o traje obrigatório é o Balandrau.

• O Balandrau utilizado em todos os graus simbólicos é de cor preta com capuz.

• Somente o Mestre Maçom usará o capuz para cobrir a cabeça.

• Em Sessões Magnas abertas ao público (sessões brancas) o traje obrigatório é o terno preto.

• Em todas as sessões é obrigatório o uso de luvas brancas.

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A Prece no Átrio O Orador tem por função o conhecimento ritualístico, para tanto cabe o mesmo guardar, explicitar e observar a liturgia ritualística. Em alguns ritos o mesmo é conhecido como Capelão, mas sua função é idêntica. O Orador também zela pela harmonia nas dependências do templo. O M∴ de CCer∴, após distribuir as insígnias e certificar-se de que nenhum irmão traz consigo celular ligado ou objetos que possam atrapalhar o andamento da sessão, posiciona-se em frente a porta da loja e forma o cortejo para dar entrada aos IIr∴, respeitando a hierarquia de graus e cargos maçônicos do simbolismo.

1. Aprendizes. 2. Companheiros. 3. MM∴ sem cargos. 4. M∴ de Har∴, Exp∴, 2º Diac∴,1º Diac∴, Hosp∴, Tes∴, Secr∴, Orad∴, 2º Vig∴, 1º Vig∴

5. MM∴II∴ sem cargos 6. V∴M∴

7. G∴T∴

Autoridades maçônicas, pertencentes ao Quadro, em Sessão Ordinária, entrarão junto com os MM∴II∴. Nas demais sessões, sua entrada dar-se-á segundo o Protocolo. Nessa oportunidade, se a autoridade houver por bem dispensar as formalidades a que tem direito, comunicará ao M∴ de CCer∴ e entrará junto com o cortejo, com o Ven∴Mestre e OOfic∴da Loj∴ Maç∴. Os IIr∴ visitantes, poderão entrar em família quando apresentado por um Ir∴ MM∴ do Quadro ou a critério do Ven∴ Mestre.

• O irmão Orador faz a prece em voz alta e com pronúncia acentuada, preferencialmente após respira-ção profunda, com os olhos fechados em momento de profundo silêncio:

“Meus Irmãos, antes de ingressarmos neste Augusto Santuário Maçônico, devemos meditar, preparando-nos para ao mesmo tempo ingressar no Templo de Dentro, mergulhando em um oceano de tranqüilidade, deixando os pensamentos comuns, os dissabores, as angústias e os problemas do cotidiano, para trás.” “Nosso escopo é completar a edificação do Templo da Virtude, embelezando-o com os nossos propósitos de aperfeiçoamento.” “A união é a força e nesse momento vamos somar com quem estiver ao lado as vibrações benéficas, visando encontrar após o umbral desta porta, a força e paz que tanto necessitamos”. “Invoquemos ao Grande Arquiteto do Universo para que nos ilumine nessa sessão. Que Assim Seja!”

• Todos: Que Assim Seja!

• M∴∴∴∴CC∴∴∴∴– com seu bastão apontado ao piso, dá as pancadas do Grau:

• Com uma vela em sua mão, acende-a e diz:

M∴∴∴∴CC∴∴∴∴– Acendo a Luz visível como símbolo da Luz invisível*.

• O M∴CC∴ entrega a chama acesa ao Orad∴ * A Luz Divina que procede do Alto, e a Chama de nossas tradições acendida na antiguidade e transmitida até nós de geração em gera-

ção, são representadas nesta Chama Sagrada.

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Ao chamado do M∴ de CCer∴, os IIr∴ adentram no templo, pelo Norte indo todos ocupar seus respectivos lugares, tanto no Ocidente como no Oriente, permanecendo em pé, em silêncio e sem o Sinal de Ordem, en-quanto o M∴ de CCer∴entre colunas anunciará a entrada do V∴M∴ O M∴ de CCer∴, após conduzir o Ven∴ Mestre, posiciona-se ao centro da loja e diz: “Vm.: a loja está devi-damente composta com todos os cargos à sua disposição.”

• O cargo de M∴ de CCer∴, é um dos cargos mais importantes de uma Loja Maçônica. Além das atribu-ições que lhe são competentes e previstas na legislação, ele deverá ser um “exímio” executor da Ritua-lística do Grau em que estiver trabalhando. É indispensável que este Oficial tenha o mais completo domínio do Cerimonial Maçônico em todas as Sessões, quer seja Administrativas, Magnas ou Públicas.

• Durante o cortejo de entrada dos IIr∴, o M∴ de Harm∴, executará música apropriada e adequada para

o tipo de Sessão que será realizada. ABERTURA RITUALÍSTICA O Ven∴Mestre executa conforme ritual.

A CERIMÔNIA DE INCENSAÇÃO

Algumas Lojas realizam a cerimônia de incensação antes da abertura ritualística. Nesse caso geralmente o V∴M∴prepara toda a incensação auxiliado ou não por demais IIr∴

• Cabe a loja decidir cumprir o ritual de incensação conforme determina o manual, ou po-derá fazer conforme melhor prática, porém em todas as sessões a incensação do Tem-plo é obrigatória.

ENTRADA DE VISITANTES Depois da Abertura Ritualística, após passar pelo telhamento, exibir documentação maçônica atualiza-da, acompanhada da identidade civil profana e dar prova de sua regularidade, serão recebidos neste período, com as formalidades prescritas no Ritual. Quando o Ir∴visitante for conhecido de Obr∴ MM∴ do Quadro que por ele se responsabilizar ou já tenha visitado a Loja, pode o Ven∴ Mestre conceder permissão para sua entrada, juntamente com o cortejo ritualístico, em família. Os visitantes portadores de representação especial ou títulos de autoridade, bem como as autoridades Maçônicas, serão recebidos conforme o Protocolo de Recepção. TEMPO DE ESTUDOS É o período destinado para apresentação de peças de arquitetura sobre temas maçônicos ou de inte-resse geral, tais como: história, filosofia, legislação, simbologia, instrução do grau, ritualística, científico ou ar-tístico.

Após a exposição do tema, deve-se sempre que possível, colocar a palavra nas Colunas para pergun-tas e debates. O Tempo de Estudos não pode ser suprimido, sob nenhum pretexto ou argumentos de atraso ou adiantar da Sessão, esquecimento entre outros, como alias, nenhum trecho do ritual.

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Nunca é demais frisar que não deverão ser abordados temas proibidos por nossas leis, como o político-partidário e religioso-sectário.

BOLSA DAS PROPOSIÇÕES - SACO DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES O M∴CCer∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando a Bolsa das Prop∴ com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, inicia o giro que deverá ser executado com toda formalidade. A CIRCULAÇÃO DA BOLSA

A circulação em Loja aberta, trata-se de uma prática que impõe ordem e disciplina aos trabalhos. É fei-ta sem o Sinal de Ordem no sentido destrocêntrico, da esquerda para a direita, ou seja, no sentido horário, tendo como referência o Painel do Grau que está localizado ao centro do Ocidente. O giro neste sentido, re-presenta o caminho aparente do Sol em redor da Terra.

No Oriente não existe padronização na circulação, podendo o Irmão circulante se deslocar livremente,

sem necessidade de fazer a saudação ao Venerável.

Tanto a circulação do Sac∴ de PProp∴ e IInfor∴ e do Tr∴ de Benef∴, é feita com toda formalidade que exige a ritualística, obedecendo a seguinte ordem: Ven∴ Mestre, (Grão Mestre - se estiver presente), 1º Vig∴, 2º Vig∴; Secr∴, Orad∴, Autoridades Maçônicas no Oriente, MI∴ e MM∴ que ocupam o Or∴, MM∴que ocupam a coluna do Sul, MM∴que ocupam a coluna do Norte, CComp∴, AApr∴ e, antes de encerrar a coleta e se colocar entre CCol∴, o M∴CCer∴coloca sua proposta ou óbolo, ajudado pelo Ir∴ 2º Diácono.

Ao comando do Ven∴Mestre, dirige-se ao Oriente, chegando ao Altar pelo lado Norte onde deposita todo o conteúdo da bolsa, tomando o cuidado de exibir ao Ven∴ Mestre, Orad∴ e Secr∴, que presenciam sua conferência, que nada foi esquecido no seu interior.

Quando da entrada e saída do Oriente, a saudação é feita somente ao Ven∴, e neste caso, fará uma parada rápida e formal, dirigindo o olhar ao Venerável, em movimento ou inclinação com a cabeça, pescoço ou tronco.

PALAVRA A BEM DA ORDEM E DO QUADRO Os VVig∴ concedem a palavra diretamente ao Ir∴ que dela queira fazer uso, em suas CCol∴. No Ori-ente a palavra é solicitada diretamente através do Ven∴Mestre. Para fazer uso da palavra o Ir∴ deverá levantar o braço, aguardando autorização do Vig∴. Uma vez concedida, se colocará em pé e à ordem, iniciando a saudação às Luzes e autoridades do simbolismo presen-tes, respeitando a hierarquia dos cargos e empregando corretamente o tratamento previsto. Poderá o Ven∴ Mestre, por sua liberalidade e após o término das saudações, dispensar o Ir∴do Sinal. Neste caso, deverá o Ir∴ manter uma postura correta, como cruzar as mãos para trás ou sobre o avental. Ao final da exposição, faz o Sin∴ Gut∴ e senta-se. O Ir∴ deve procurar, ao fazer uso da palavra, ser breve e objetivo, evitando ser repetitivo e prolixo. Deve-se utilizar da palavra, quando se tem algo novo à acrescentar ao que já foi dito. Ao final da exposição, faz o Sin∴ Gut∴ e senta-se. Saudar e agradecer a presença dos visitantes é de competência do Orador. Nenhum Ir∴ poderá fazer uso da palavra sem autorização. No caso da necessidade de se manifestar após a circulação da palavra, para acrescentar algo importante e relevante ao assunto em pauta, o Ir∴ solicita-rá a palavra ao Vig∴ de sua Col∴, este comunicará ao Ven∴ Mestre, que poderá ou não autorizar o retorno da palavra a Col∴. Se autorizada, a palavra retornará ritualisticamente e com todas as formalidades necessá-rias à sua circulação. Não existe autorização para o Ir∴ mudar de Col∴ ou se deslocar até o Or∴, a fim de fazer novamente uso da palavra.

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O Ven∴Mestre pode cassar a palavra do Ir∴, se entender que o assunto está sendo abordado em momento inoportuno ou de forma inadequada. Se persistir em falar, tumultuando assim o transcorrer da Ses-são, o Ven∴ Mestre, se não for possível manter a ordem, poderá suspender os trabalhos sem as formalidades do ritual, não podendo os trabalhos assim suspensos prosseguirem na mesma data.

* É uma prática já consagrada e justificável, (pois estão sempre manuseando livros e papéis), perma-necerem sentados em seus lugares o Orador e Secretário ao fazerem uso da palavra durante a sessão.

Obs.: Esse período de uso da palavra não é para apresentação de propostas e muito menos para dis-cussão e votação delas. É apenas um espaço para a apresentação de assuntos maçônicos, ou gerais, que possam ser de interesse da Loja e/ou da Ordem. BOLSA DE BENEFICÊNCIA - TRONCO DE BENEFICÊNCIA OU SOLIDARIEDADE

O Hosp∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando a Bolsa de Beneficência com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, inicia sua circulação de modo idêntico ao da Bolsa das Prop∴, com todas as formalidades ritualísticas.

Após o giro, o Hosp∴aguarda ordens entre CCol∴ se dirigindo a seguir, até a mesa do Ir∴Tesoureiro. O relatório da quantidade arrecadada de metal profano é conferido pelo Ir.: Tesoureiro que informará em se-guida, quando solicitado pelo Ven∴Mestre e o Ir.: Secr∴ fará as devidas anotações para que conste em Ata. As arrecadações são depositadas na conta da loja, e ficará à disposição da Hospitalaria, que deverá ser destinado exclusivamente às obras de beneficência da Loja, sendo vedado seu destino para atender pedi-dos de construção e reformas do Templo.

Não existe o procedimento de deixar o conteúdo do Tronco sob malhete para ser conferido na próxima sessão, em respeito aos visitantes, autoridades, etc. Em toda e qualquer reunião, ele corre somente entre os Maçons e é conferido na mesma sessão e após a devida conferência todos presentes podem tomar conheci-mento do valor arrecadado. CADEIA DE UNIÃO Para a formação da Cadeia de União, todos os IIr∴ ficam em pé no Ocid∴, formando um círculo ou uma oval. Cada Ir∴ cruza o antebraço direito sobre o esquerdo, dando as mãos aos IIr∴ que estão a seu la-do. O Ven∴ Mestre ocupa o lado mais oriental da Cadeia, sendo ladeado pelo Orador à sua esquerda e pelo Secr∴ à sua direita. O M∴ de CCer∴ ocupará o lado mais ocidental, de frente para o Ven∴ Mestre, tendo à sua esquerda o 1º Vig∴ e à sua direita o 2º Vig∴. Os demais Mestres comporão a Cadeia indistintamente; os CComp∴ ficarão ao Sul e os AApr∴ ao Norte. Se a Cadeia de União se forma para a comunicação da Pal∴Sem∴, o Ven∴Mestre diz ao ouv∴ dir∴ do Orador a Pal∴Sem∴, e no ouv∴ esq∴ do Secr∴.

A palavra seguirá de ambos os lados até o M∴ de CCer∴, que após recebê-la, verifica se ambas as pala-vras que recebeu do lado esq∴ e ao ouv∴ dir∴ são idênticas. Se ambas as palavras forem iguais, o M∴ de CCer∴ diz: “A palavra está JP∴”.

• Se houver divergência na transmissão da Pal∴ Sem∴, repete-se novamente todo o procedimento.

• Se a Cadeia de União se forma em pról de algum irmão ou familiares (motivo de doenças, auxilio espiri-tual ou pedidos relevantes), o Ven∴ Mestre informa o motivo, (geralmente o Orador ou mesmo o Ven∴ Mestre) conduz uma prece e a cadeia é desfeita.

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SAÍDA DOS IRMÃOS VISITANTES

O V∴M∴ solicita ao Orador (ou ele mesmo pode assim proceder), para dirigir algumas palavras de u-nião e fraternidade maçônica aos IIr∴ VVis∴ e lhes agradecer pela ajuda e presença nos trabalhos da loja maçônica, após solicita ao Ir∴ M∴ CC∴, para lhes acompanhar à saída do Templo. Quando o Ir∴visitante for conhecido de Obr∴ MM∴ do Quadro que por ele se responsabilizar ou já tenha visitado a Loja, pode o Ven∴ Mestre conceder permissão para sua saída, juntamente com o cortejo ritu-alístico, em família. DESPACHO DO MATERIAL DE SECRETARIA, ASSUNTOS GERAIS E ASSUNTOS DE FAMÍLIA

É um período destinado, exclusivamente, à discussão e votação de propostas. Os assuntos devem ser

preparados previamente, com antecedência, pelo Secr∴, e se possível com as propostas que já tenham obtido parecer da Comissão competente. Outros assuntos poderão ser incluídos na pauta, independentemente dos pareceres regimentais, porém com a aquiescência da Oratória.

Após a discussão de qualquer assunto, é indispensável a conclusão do Orador, do ponto de vista estri-tamente legal, não lhe competindo dar opinião, favorável ou contrária, em relação a qualquer proposta. Se le-gal, será votada pelos IIr∴ presentes, que se manifestam pelo sinal de costume. Se ilegal (inconstitucional, anti-regulamentar, ou anti-regimental) o Orador dará como encerrada qualquer discussão.

Nos assuntos submetidos à votação, o M∴ de CCer∴, ficando em pé à Ordem, confere os votantes e conta o número de votos nas CCol∴ e no Or∴, dando conta ao Ven∴ Mestre se a proposta foi, ou não, apro-vada.

Para aprovação ou reprovação em qualquer votação, basta a manifestação da metade mais um dos vo-

tos válidos presentes. Os IIr∴ manifestam seu voto através do sinal de costume: braço direito para a frente, com a palma da mão voltada para baixo. Existido emendas de caráter legal, haverá necessidade do parecer da Oratória, somente sobre a legalidade das mesmas. As emendas aprovadas serão consignadas na ata do dia.

• É nesse momento de Assuntos de Família, que o Ir.: Secr∴pode também fazer uma rápida explanação

do conteúdo arrecadado no giro da Bolsa das Proposições. RELATÓRIO DA BOLSA DE BENEFICÊNCIA O Ir.: Tesoureiro informará o valor arrecadado na sessão e o total em depósito na conta da loja e, o Ir.: Secr∴ fará as devidas anotações para que conste em Ata.

LEITURA DA ATA A Ata (ou Balaústre) será lida, discutida e aprovada por todos os presentes, na mesma sessão. Não é

permitido deixar a leitura para a próxima sessão. A Maçonaria determina, conforme lição de Aprendiz, para guardarmos segredo de tudo que tenha passado, ou venha a ser relato dentro de uma loja, à todo irmão que nela não tenha estado presente. Portanto nada do que aconteceu na reunião pode ser revelado a nenhum ir-mão ausente.

Caso ocorram emendas, estas serão submetidas à votação, sempre na mesma sessão. As emendas aprovadas serão consignadas na ata do dia.

Após sua aprovação, o M∴ de CCer∴ colhe as assinaturas do Ven∴ Mestre e Orador, retornando a

mesma ao Secretário.

AS CONCLUSÕES DO ORADOR

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Quando solicitado pelo Ven∴Mestre, o Ir.: Orador faz as conclusões da Sessão sob o ponto de vista legal, reportando de forma sucinta o que ocorreu, evitando fazer comentários pessoais, dando ao final de sua fala, a Sessão como “Justa e Perfeita”, voltando assim a palavra ao Ven∴ Mestre para o encerramento ritualís-tico.

ENCERRAMENTO Estando presente o Grão-Mestre, neste momento poderá novamente, se desejar, fazer o uso da pala-vra; passando-se, imediatamente após, ao encerramento ritualístico. A saída dos IIr∴, ocorrerá em ordem inversa ao da entrada e conforme determina o ritual.

Por último deve sair o GT∴, após apagar as luzes e fechar o Templo.

OS OFICIAIS

O Poder Simbólico que governa a Loj∴ Maç∴e se constitui com um mínimo de 7(sete) oficiais. Estes cargos são os seguintes:

1. VENERÁVEL MESTRE (V∴∴∴∴M∴∴∴∴): preside os trabalhos, senta-se no Or∴ representando a Alma e o Mundo Moral.

2. PRIMEIRO VIGILANTE (1º Vig∴∴∴∴): dirige a Col∴do Meio-dia, senta-se no ângulo do Noroeste, represen-ta o Espírito e o Mundo Intelectual.

SEGUNDO VIGILANTE (2º Vig∴∴∴∴): dirige a Col∴ do N∴, senta-se no ângulo do Sudoeste e representa o Corpo e o Mundo Material.

3. ORADOR (Orad∴∴∴∴): é o guardião e intérprete do Direito Maçônico, senta-se no Or∴, à esquerda do V∴M∴ e representa a Consciência.

4. SECRETÁRIO (Sec∴∴∴∴): redige as atas, custodia os selos e os arquivos, emite certificações e se encarre-ga da gestão administrativa da Loj∴ Maç∴. Senta-se no Or∴ à direita do V∴M∴ e representa a Memó-ria.

5. TESOUREIRO (Tes∴∴∴∴): custodia, administra e contabiliza o capital da Loj∴ Maç∴, cobra as cotas esta-belecidas a seus membros e redige os orçamentos e informações do tesouro; senta-se à esquerda do Orad∴, no topo da Col∴ do Meio-dia e representa a Contingência.

6. HOSPITALEIRO (Hosp∴∴∴∴): Recolhe os donativos da Bolsa de Beneficência, visita os IIr∴ doentes ou necessitados e ajuda-os tão generosamente quanto estiver em seu poder. Representa a Graça. É res-ponsável pelo Livro de Presença dos Obreiros. Senta-se à direita do Secr∴, no topo da Col∴ do Norte.

7. MESTRE DE CERIMÔNIAS (M∴∴∴∴CC∴∴∴∴): encarrega-se das formas, da etiqueta, da solenidade e das pro-clamações nas cerimônias; senta-se na coluna do S∴, em frente ao SV∴, e representa as Emoções.

8. EXPERTO (Exp∴∴∴∴): Dirige os recipiendários nas cerimônias de iniciação e vela pela boa execução do Ritual, que deve conhecer perfeitamente, ele é encarregado da averiguação dos IIr∴ Vis∴. Representa o Fundamento.

9. GUARDA DO TEMPLO (G∴∴∴∴T∴∴∴∴): custodia a porta do Templo, abrindo-a somente ao que seja reconhe-cido como autêntico e bom maçom. Representa o Escudo Anímico e a Saúde.

10. PRIMEIRO DIÁCONO (1º Diác∴∴∴∴): leva as ordens do VM.’. ao Ir∴1º Vig∴, e aos oficiais dignitários. Re-presenta a boa Saúde do Corpo, da alma e do espírito.

11. SEGUNDO DIÁCONO (2º Diác∴∴∴∴): leva as ordens do Ir∴1º Vig∴ao Ir∴2º Vig∴ e aos oficiais dignitários. Representa a boa Saúde do Corpo, da alma e do espírito; a dedicação, a pureza, a lealdade.

• O(s) cargo(s) de Arquiteto e Mestre de Harmonia pode ser executado por algum Oficial; porém na-da impede que um irmão Mestre Maçom o exerça, com a escolha e autorização do Vm∴

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• A jóia do Arquiteto é a trolha e do Mestre de Harmonia uma lira.

• O Arquiteto é o zelador do Templo, cuida do estoque e substituição das velas, incensos e boa con-servação dos rituais e também da biblioteca, exercendo também a função de bibliotecário.

• O arquiteto toma assento junto aos demais MM∴, no ocidente.

PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES SOBRE A DISCIPLINA MAÇÔNICA

• Os IIr∴devem tratar-se com a maior estima e consideração, tanto nos TTrab∴ da Loja,. como fora deles.

• Os encarregados de dirigir os TTrab∴ devem evitar discussões para que a harmonia e a frater-nidade reinem nas Lojas.

• É imperativo que os QQ∴ IIr∴ , não ocorram aos tribunais profanos em suas discussões, senão depois de haver esgotado os meios MMaç∴.

• Os QQ∴ IIr∴ devem comparecer às reuniões em Traje de Ordem, e em Traje de Rigor aos a-tos solenes da Ordem.

• No interior do Templo não é permitido atender telefone celular, fumar, ingerir bebidas alcoólicas ou alimentos.

• Antes das sessões (em períodos de até três horas antes do seu início), não é permitido ingerir bebidas alcoólicas e não é permitido fumar nas proximidades do Templo.

• Quando os QQ∴ IIr∴ querem fazer uso da palavra devem pedí-la dando uma palmada na parte superior da mão esquerda, chamando a atenção do Vig∴ de sua Col∴ com o braço direito hori-zontalmente estendido.

• Os QQ∴ IIr∴ devem esperar que os VVig∴ o anunciem e o V∴ M∴ os conceda a palavra, fa-zendo uso da mesma com as formalidades de ordem.

• É incorreto circular em Loja, estando à Ordem. O Sinal de Ordem só se realiza ao estar de pé, e parado.

• Quando o Ir∴ estiver circulando e portando espada, deve tomar a mesma, com a mão esquer-da, à altura da cintura, e apoiar a Lâmina ao ombro esquerdo. Se estiver portando algum ins-trumento de trabalho, deve portar a espada presa à cintura.

.

INSTRUÇÕES DO PRIMEIRO GRAU

1. ONDE FOSTES PRIMEIRAMENTE PREPARADO PARA SERDES FEITO MAÇOM? No meu coração.

2. E EM SEGUIDA? Numa sala conveniente, contígua à Loja.

3. DESCREVEI A MANEIRA PELA QUAL FOSTES PREPARADO. Fui despojado de mmet. e vendaram-me os oo.; parte de meu corpo foram d-sn-d-d-s, meu p.e.foi calç.

de chin. e um l. de c-rd- colocado em volta do meu p-sc-ç-.

4. ONDE FOSTES FEITO MAÇON? No seio de uma Loja Regular, Justa e Perfeita.

5. E QUANDO? Quando o sol estava no seu meridiano.

6. NESTE PAÍS, AS LOJAS DA FRANCO-MAÇONARIA REUNEM-SE GERALMENTE À NOITE. QUE EX-PLICAÇÃO PODEIS DAR A ISSO QUE, À PRIMEIRA VISTA, PARECE UM PARADOXO?

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Girando constantemente a Terra em seu eixo, em sua órbita em torno do Sol e estando a Franco-Maçonaria espalhada sobre a sua superfície, segue-se, necessariamente, que o Sol está sempre em seu me-ridiano com respeito à Franco-Maçonaria Universal.

7. O QUE É A FRANCO-MAÇONARIA UNIVERSAL?

É um sistema peculiar de moralidade, velado em alegorias e ilustrado por símbolos.

8. INDICAI OS GRANDES PRINCÍPIOS EM QUE SE BASEIA A ORDEM. Liberdade, Igualdade e Fraternidade subdivididas em Amor, Caridade e Verdade.

9. QUAIS SÃO AS PESSOAS DIGNAS E APTAS A SEREM FEITAS MAÇONS? Pessoas honradas e livres, de maior idade, bom senso e rigorosa moral.

10. COMO SABEIS QUE SOIS MAÇOM? Pela regularidade de minha iniciação, repetidas provas e aprovações e a boa vontade em submeter-me,

em qualquer tempo, a uma exame, se a ele for regularmente convidado.

11. COMO PROVAIS AOS OUTROS SERDES MAÇOM? Por SS., TT., PP., e os Perfeitos Passos da minha esquadria.

12. EM QUE TERRENO REPOUSA A LOJA? Em terreno sagrado.

13. QUAL A POSIÇÃO EXATA PARA SE CONSTRUIR UM TEMPLO? Do Oriente ao Ocidente.

14. POR QUE RAZÃO UMA LOJA MAÇÔNICA ESTÁ SITUADA DO ORIENTE AO OCIDENTE? A Primeira é porque a luz do Sol vem do Oriente para o Ocidente. A Segunda razão é porque as luzes do

evangelho da civilização vieram do Oriente espalhando-se no Ocidente. A terceira é referente à Tenda ou Ta-bernáculo que Moisés erigiu no ermo, por ordem Divina, e que estava orientado na direção Oriente ao Ociden-te.

15. EM QUE SE APOIA NOSSA LOJA?

Em três colunas: Sabedoria, Força e Beleza.

16. O QUE REPRESENTA ESTAS COLUNAS? Sabedoria - para idear Força - para sustentar Beleza - para adornar A Coluna da Sabedoria representa o Venerável Mestre da Loja, no Oriente. A Coluna da Força representa o Primeiro Vigilante, no Ocidente. A Coluna da Beleza representa o Segundo Vigilante, no Sul.

17. POR QUE O V. MESTRE DA LOJA É REPRESENTADO PELA COLUNA DA SABEDORIA? Porque dirige os Obreiros que compõem a Loja.

18. POR QUE O PRIMEIRO VIGILANTE É REPRESENTADO PELA COLUNA. DA FORÇA? Porque paga aos Obreiros o salário, que é a força e a manutenção da existência.

19. POR QUE O SEGUNDO VIGILANTE É REPRESENTADO PELA COLUNA DA BELEZA? Porque faz repousar os Obreiros, fiscalizando-os no trabalho.

20. POR QUE A LOJA É SUSTENTADA POR ESSAS TRÊS COLUNAS.?

Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo; sem elas, nada é perfeito e durá-vel.

21. POR QUE SÃO ASSIM CHAMADAS TAIS COLUNAS?

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O Universo é o Templo de Deus, essas ccol. simbolizam a Sabedoria do G. A. D. U. como pilares de sua majestosa obra.

22. A QUE ORDENS ARQUITETÔNICAS PERTENCEM AS TRÊS COLUNAS?

Jônica O Venerável Mestre da Loja; Dórica O Primeiro Vigilante Vigilante; Coríntia O Segundo Vigilante

TELHAMENTO DO RITO YORK - EMULAÇÃO

Rogo ao Ir. que se aproxime como Maçom. dá o p.p.

Que é isto? O pr. p. reg. na F. Mac.

Trazeis mais alguma coisa? Trago (dá o Sn. e o desc.)

Que é isto? O Sn. de um Ap. de Construtor.

A que alude ele? À tradiç. penalidade do meu jr. e significa que, como homem honrado e como maçom, preferirei ter m. g.

c. de o.a o. a indev. rev. os ss. que me forem confiados.

Tendes alguma coisa a comunicar? Tenho (dá o T. no examinador).

Que é isto? O T. ou Sn. de um Ap. de Construtor

Que exige ele? Uma Pal.

Daí-me essa Pal. Na minha iniciação ensinaram-me a ser cauteloso; eu a soletrarei ou a dividirei convosco.

Como quiserdes, e começai (é feito o exame).

De onde se deriva esta Pal.?

Da col. e do pórt. ou entr. do T. do R. S., assim chamada em recordação de ..., o bis. de D., um P. e R. em I.

Qual o significado desta Pal.?

Em F ...

TELHAMENTO DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO SOIS MAC.?

M. Ilr. C. T. M. Rr. - ( M.I.C.T.M.R.’. ) QUE IDADE TENDES?

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T. A... DE ONDE VINDES?

De uma Loja de São J. Justa, Perf. e Reg. *Nosso Rito: Venho do fundo do Oriente de Memphis.

QUE TRAZEIS?

Amiz., p. e v. de prosp. a todos os Ilr.

NADA MAIS TRAZEIS? O Ven. M. de m. Loja vos s. por t. v. t.

QUE SE FAZ EM V. LOJ.? Levanta-se tt. às vvirt. e cav.-se mmasm. aos vv.

QUE VINDES AQUI FAZER? Vencer minhas pp., submeter mm. vont. e fazer nn. pprogr. na F. M. estreit. os llac. de frat. que nos u.

como vverd. Ilr.

QUE DESEJAIS? Um lug. ent. vós. - Este vos é concedido meu Ir.

QUAL A ALTURA DE VOSSA LOJA?

Do s. ao inf.

A LARGURA? Do N. ao S.

QUAL O TAMANHO? Do Univ.

QUAL O FORMATO? De um par. ou quadr.

QUAL A PROFUNDIDADE? Da superf. ao c. da T.

QUAL O COMPRIMENTO? Do Or. ao Oc.

LIÇÕES AO APRENDIZ MAÇOM PORQUE INGRESSAIS NA FRANCO-MAÇONARIA?

Porque fui honrado por um convite de um amigo. Hoje encontro-me iniciado dentro dos mistérios da Ordem O meu desejo único é o de instruir-me dentro da disciplina litúrgica maçônica. Quando estiver de posse dos privilégios por mim adquiridos, os usarei em benefício dos meus semelhan-tes.

ANTES DE VOSSA ADMISSÃO NA SUBLIME ORDEM, UM SAGRADO COMPROMISSO VOS FOI SOLICI-TADO. POR QUÊ?

Porque só a pessoas dignas e livres se concede tal direito. Um escravo ou indigno não tem tal felicidade. NA PRESENÇA DE QUEM FOI FEITO O VOSSO COMPROMISSO?

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Na presença de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, perante uma digna Loja Regular de Maçons Li-vres e Aceitos, que estavam regularmente reunidos.

O QUE VOS EXIGE A ORDEM MAÇÔNICA EM TROCA DE VOSSA INICIAÇÃO?

Segredo absoluto de tudo que eu possa ou venha, futuramente, merecer saber, como sejam: das provas da minha inic., dos SSn., TT. e PPal. e tudo que tenha passado, ou venha a ser relatado den-tro de uma Loja. É também vedado fazer saber o que se passou nas sessões a todo Irmão que nela não tenha estado presente.

HOUVE INCOMPATIBILIDADE COM OS VOSSOS DEVERES CIVIS, RELIGIOSOS OU MESMO MORAIS, EM VOSSO SAGRADO COMPROMISSO?

Não, porque o mesmo foi feito dentro do mais puro princípio da virtude e da razão.

A QUEM DEVEIS, SOMENTE, COMUNICAR OS VOSSOS SEGREDOS? Somente a nossos Irmãos, quando para isso recebamos incumbência de nossos Mestres em Loja aberta, ou quando eu venha merecer ocupar cargos que desempenhem tais funções litúrgicas. Aos demais Ir-mãos torna-se desnecessário, pois os mesmos têm por obrigação conhecê-los de acordo com o aprovei-tamento de cada um.

QUANDO OS VOSSOS OO. EST. VEND. QUAL O PRINC. DESEJO QUE PALPITAVA EM VOSSO CORA-ÇÃO?

Que me fosse conced. a luz material, porque a Verdadeira Luz está muito distante da compreensão de um neófito.

O QUE JULGAS SER A FRANCO-MAÇONARIA? Entendo que é uma sociedade civil, legalmente registrada e reconhecida pelas leis do país e demais na-ções do Universo. Funciona dentro do mais puro sigilo tudo que nela é tratado. Adota a trilogia Liberdade, Iqualdade, Fraternidade. Aceita novos adeptos desde que sejam livres e de bons costumes e que, depois de iniciados, tornam-se Irmãos da Fraternidade Universal que chegamos a conhecer pela denominação de Franco-Maçom.

QUAIS SÃO AS GRANDES LUZES DA FRANCO-MAÇONARIA? A principal é o Livro das Sagradas Escrituras, que serve para guiar a nossa fé. O Esquadro, que ensina a regular as nossas ações. O Compasso, que determina os limites a que devemos chegar perante a humanidade, e particularmente, aos nossos Irmãos da Franco-Maçonaria.

QUAIS SÃO AS LUZES MENORES DA FRANCO-MAÇONARIA?

O Venerável Mestre da Loja que está colocado no Oriente e da lá governa os Trabalhos. O Sol, orientando o dia. A Lua, guia da noite.

QUANT. PPERIG. HOUVER. EM V. INIC.?

Três. O primeiro porque o Ir.’. que segurava uma esp.’. contra o meu p... não recuaria quando da minha entr. na porta do tempo, se fosse eu precipitado, pois ele cump. com o seu d..r; O segundo refere-se ao l.ç. de c..d. que encontrava-se em meu p....ço., de tal forma aj..t..o, que seria eu mesmo o caus...r de minha m...e, pois caso houvesse tentado recu..r ou av..çar, teria sido f.t.l. O terceiro, porém, há de me acomp....r por toda a minha exist....a: será o castigo se eu vier a ter a infeli-cidade, de indev., rev...r os ss. de meu compromisso de Aprendiz Maçom.

OS GRAUS DA FRANCO-MAÇONARIA SÃO COMUNICADOS INDISTINTAMENTE?

Não. Existem diversos graus com Sinais e Palavras peculiares a cada um, os quais servem para nós, Ir-mãos, nos reconhecermos uns aos outros. Em minha iniciação fui informado que devo aderir às regras internas da Ordem, nunca tentando extorquir ou, de outro modo, indevidamente obter os segredos de um grau superior.

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COMO DEVE RECEBER O MAÇOM OS SINAIS, TOQUES E PALAVRAS DA FRANCO-MAÇONARIA?

Deve receber de pé e firme, copo reto, os pés em forma de Esquadro. O corpo representa o emblema do espírito. Os pés demonstram a retidão das nossas ações.

O MAÇON DEVE DAR OS SSn. OU TT. TODAS AS VEZES QUE CUMPRIMENTAR OUTRO IRMÃO? Não. Os SSn. e TT. só são dados em ocasiões extremamente necessárias, ou seja, quando o Ir. precisa

ser identificado a fim de pedir ou oferecer ajuda a outro Ir. Tratando-se de Irmão da mesma Oficina ou Oriente, torna-se desnecessário aplicar os Sinas e Toques, o

excesso de cumprimentos poderá trazer do mundo profano a curiosidade de elementos estranhos aos nossos mistérios. O QUE EXIGE O Sn.?

Um T., e este uma Palavra.

COMO É DADA A PALAVRA? De uma maneira singular, com toda cautela, foi isso que me ensinaram em minha iniciação. Nunca dan-

do-a por extenso, e sim por letras ou sílabas.

QUAL É A PALAVRA? A Pal. é B _ _ _ .

QUANTOS SÃO OS INSTRUMENTOS DE UM APRENDIZ DE CONSTRUTOR? Três, a saber: a régua de 24 polegadas, o malho comum e o cinzel.

PARA QUE SERVEM TAIS INSTRUMENTOS? A régua de 24 polegadas mede o nosso trabalho diário, representa as 24 (vinte e quatro) horas do dia,

parte a ser usada no trabalho, parte no descanso, parte para servir ao vosso semelhante e parte no aperfeiço-amento espiritual.

O malho comum empregamos no desbaste das saliências e arestas inúteis da pedra bruta, representa a

força da consciência que deve controlar todos os pensamentos vãos e inconvenientes que possam advir du-rante quaisquer períodos, de modo que nossas palavras e ações possam ascender impolutas ao G.A.D.U.’.

O cinzel serve para polir e preparar a pedra, tornando-a pronta para ser manejada por operário mais des-

tro, o cinzel chama nossa atenção para as vantagens da educação, por cujos meios, apenas, nos tornamos dignos membros da sociedade regularmente organizada. A MAÇONARIA SEMPRE FOI CONSTITUÍDA DE TODAS AS CLASSES SOCIAIS?

Não. Antes, em datas primordiais, era composta apenas de operários de diversas artes; no entanto, devi-do a sua força e valor, os reis, monarcas e nobres decidiram cooperar em sua grandeza, trocando o cetro pela trolha, e em comum trabalhavam em nossas oficinas, em verdadeira igualdade fraterna.

PRELEÇÃO DO GRAU DE APRENDIZ

V.M∴∴∴∴ Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos proceder à preleção do grau, destinada, especialmente, aos nossos IIr∴ AApr∴e recordar nossos conhecimentos.

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Do mesmo modo que os antigos sábios egípcios, para subtrair seus segredos e mistérios aos olhos dos

profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos, a Maçonaria, continuando a tradição egípcia, encerra seus ensinamentos e filosofia em símbolos, pelos quais oculta suas verdades ao mundo profano, só as reve-lando àqueles que ingressam em seus Templos.

Sendo o 1º grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a Moral maçônica de aperfeiçoa-mento humano, compete ao Ap∴ Maç∴ o trabalho de desbastar a P∴ B∴, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da Humanidade, o que é a verdadeira obra da Maçonaria.

As instruções aos Aprendizes durante seu período de interstício no grau, são de responsabilidade do 2º(Segundo) Vigilante. Cabe a ele orientar permanentemente os novos iniciados, quanto a sua postura em Loja, aos procedimentos ritualísticos e litúrgicos e a filosofia do grau.

É importante ressaltar que a responsabilidade pelas instruções nos graus simbólicos, estão de acordo com a hierarquia dos cargos em Loja, ou seja: o Venerável, primeiro dirigente na hierarquia da Loja, é respon-sável pelas instruções aos Mestres Maçons (Grau 03 ); o 1º (Primeiro) Vigilante, segundo dirigente na hierar-quia da Loja, é responsável pelas instruções aos Companheiros Maçons (Grau 02) e o 2º (Segundo) Vigilante, terceiro dirigente na hierarquia da Loja, é responsável pelas instruções aos Aprendizes Maçons (Grau 01).

Nesta primeira instrução faremos um breve estudo interpretativo sobre o valor iniciático dos símbolos e alegorias do primeiro grau maçônico e a mística doutrina neles contida.

A INSTRUÇÃO SIMBÓLICA

Sendo a Maçonaria, em sua verdadeira essência tradicional e universal, uma Escola Iniciática, ou seja, uma Academia destinada à Aprendizagem, ao Exercício e ao Magistério da Verdade e da Virtude, é natural que esta instrução deva ser esperada por parte do menos adiantados e deva ser ministrada por aqueles que se sentem capacitados. Esta comunhão espiritual de estudos e aspirações é a razão pela qual existem as Lojas e outros agrupamentos maçônicos.

A instrução deve ser dada como se dá a palavra: “ao ouvido”, ou em secreto entendimento e “letra por letra”, ou seja, partindo dos primeiros elementos e com a ativa cooperação do discípulo, cujo progresso não depende do que receber, mas daquilo que encontrar por si mesmo, com seus próprios esforços, pelo uso que fizer da primeira instrução recebida como meio e instrumento para descobrir a Verdade.

Após uma primeira compreensão elementar dos princípios ou rudimentos da Verdade, que representam a opi-nião e o resultado do esforço pessoal do Instrutor (a primeira letra da palavra da Sabedoria), deve seguir um período silencioso de estudo e reflexão individual, no qual o discípulo aprende a pensar por si mesmo, avan-çando com seus próprios esforços pelo Caminho que lhe foi indicado.

Este estudo e esta reflexão encontram seu amadurecimento no descobrimento da segunda letra, que é a que o discípulo deve dar ao Instrutor, em resposta à primeira, com o objetivo de que seja julgado digno e capacita-do para receber da boca de um Mestre a terceira, que é uma sílaba completa.

A CÂMARA DE REFLEXÕES

A Câmara de Reflexões não representa unicamente a preparação preliminar do candidato para sua recepção, mas também é, principalmente, o ponto crítico, a crise interior, onde começa o renascimento que conduz à verdadeira iniciação, à realização progressiva, ao mesmo tempo especulativa e operativa, de nosso ser e da Realidade Espiritual que nos anima, simbolizada pelas Viagens.

A Câmara de Reflexões, com seu isolamento e suas paredes negras, representa um período de escuridão e de amadurecimento silencioso da alma, por meio da meditação e concentração em si mesmo, que prepara o verdadeiro progresso efetivo e consciente, que depois será manifestado à luz do dia.

Ao entrar nessa câmara, o candidato tem que se despojar de todos os metais que leva consigo: deve parar de quantificar sua confiança nos valores puramente exteriores do mundo, para poder encontrar em si mesmo, realizar e tornar efetivos os valores verdadeiros, que são os morais e os espirituais.

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Isto não quer dizer que ele deve se despojar em absoluto de tudo o que possui e adquiriu como resultado de seus esforços, mas que unicamente deve parar de dar a essas coisas a importância primária que pode fazer de si um escravo ou servidor das mesmas, e pôr sempre em primeiro lugar, acima de toda consideração mate-rial ou utilitária, a fidelidade aos Princípios e às razões espirituais.

Trata-se, conseqüente e essencialmente, do despojo de todo apego às considerações e laços exteriores, com o objetivo de que possamos enlaçar-nos com nossa íntima realidade interior e abrir-nos para a sua expressão sempre mais livre, plena e perfeita.

O GRÃO DE TRIGO

A Câmara de Reflexões constitui a Prova da Terra – a primeira das quatro provas simbólicas dos elementos – e, por sua analogia, leva-nos aos Antigos Mistérios de Elêusis, nos quais o iniciado estava simbolizado no grão de trigo jogado e sepultado no solo, para germinar e abrir, com seu próprio esforço, um caminho para a luz.

A semente, para poder germinar e fazer nascer a planta, deve ser colocada no solo, no qual morre como se-mente, ou seja, há o despojamento de uma forma imperfeita e a superação de um estado de imperfeição, que foram no passado o degrau indispensável de nossos progressos, mas que na atualidade se transformaram em uma limitação.

Essa imperfeição ou limitação que deve ser superada – os limites estreitos, nos quais se acham encerrados nosso pensamento e nosso ser espiritual pelos erros e falsas crenças assimiladas na educação durante a vida profana – é o que simboliza a casca da semente, produzida por ela como proteção necessária no período de seu crescimento e é inteiramente análoga à casca mental de nosso próprio caráter e personalidade.

A DUALIDADE DA MANIFESTAÇÃO

Embora tudo seja uno em essência, tudo se manifesta e aparece como dois. A Unidade e a Dualidade estão assim intimamente entrelaçadas, indicando a primeira o Reino do Absoluto e a segunda, sua expressão apa-rente e relativa.

AS DUAS COLUNAS

As duas colunas que se encontram no Ocidente à entrada do Templo da Sabedoria são o símbolo do aspecto dual de toda a nossa experiência no mundo objetivo, ou reino dos sentidos.

O TEMPLO

O Templo é o lugar onde se desenvolvem os trabalhos maçônicos e se reúne a Loja, manifestação do Logos, ou Palavra, que vive em cada um de seus membros e encontra em seu conjunto uma expressão harmônica e completa.

Etimologicamente a palavra “templo” se relaciona com o sânscrito tamas, “escuridão”, de onde vem também o latino tenebræ, “trevas”.

Significa, portanto, lugar escuro, e, conseqüentemente, “oculto”. Isto nos diz que todos os templos deveriam ser, em princípio, antes de tudo, lugares de recolhimento e silêncio; sempre caracterizados interiormente por essa escuridão mais ou menos completa, que favorece a concentração do pensamento e sua elevação até o que há de menos conhecido e misterioso.

O Templo Maçônico é um quadrilátero estendido. Sua longitude vai do Oriente ao Ocidente, ou seja, “na dire-ção da luz”. Sua largura vai do Norte ao Sul (desde a potencialidade latente até a plenitude do manifestado), e sua altura vai do Zênite ao Nadir. Isto quer dizer que praticamente não possui limites e alcança todo o Univer-so, no qual se estende a atividade do Princípio Construtivo, que sempre trabalha na direção da luz, como pode ser observado em toda a natureza.

Todos os templos antigos, as catedrais, conventos e mesquitas, qualquer que fosse o uso a que estavam des-tinados, apresentavam esta característica comum de estarem bem orientados, ou seja, voltados para o Orien-te, o qual coincide com o Leste, muitas vezes com uma exatidão assombrosa.

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AS TRÊS LUZES

Três grandes colunas sustentam o Templo Maçônico: a Sabedoria, a Força e a Beleza. Estas três colunas re-presentam o V∴M∴, o 1º Vig∴ e o 2º Vig∴, que se sentam respectivamente no Oriente, no Sudeste e no No-roeste.

O Delta luminoso, com o olho divino no centro, brilha no Oriente acima do assento do V∴M∴ representando a Verdadeira Luz. Aos seus lados aparecem o Sol e a Lua, as duas luminárias visíveis, manifestação direta e reflexa dessa Luz Invisível, que iluminam a nossa terra e que simbolicamente representam a Luz Intelectual e a Luz Material.

O PAVIMENTO MOSAICO

Nas laterais da porta, que se encontra no Ocidente, estão situadas duas colunas, J∴ e B∴, emblemas dos princípios e dos pares opostos que dominam o mundo visível. A atividade combinada desses dois princípios aparece manifestamente no Pavimento Mosaico em quadros brancos e negros que se estende até o Oriente em forma de quadrilátero.

O Pavimento Mosaico é um bonito emblema da multiplicidade oriunda da dualidade, constituída pelos pares dos opostos que se encontram constantemente uns próximos aos outros. Sobre esses opostos, que se encon-tram sobre todos os caminhos e em todas as etapas de nossa existência, o iniciado que provou da Taça da Amargura deve marchar com ânimo sereno e equilibrado, sem deixar se exaltar pelas condições favoráveis, nem se reprimir pelas aparências desfavoráveis.

O Pavimento Mosaico, com seus quadrados brancos e pretos, nos mostra que, apesar de diversidade, do an-tagonismo de todas as cousas da Natureza, em tudo reside a mais perfeita harmonia. Isso nos serve de lição para que não olhemos as diversidades de cores e de raças, o antagonismo das religiões e dos princípios, que regem os diferentes povos, senão e apenas como uma exterioridade de manifestação, pois toda a Humanida-de foi criada para viver na mais perfeita harmonia, na mais perfeita e íntima Fraternidade. A Orla Denteada em seu redor, enfim, mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizado no Amor. Re-presenta, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos em torno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos do Orbe.

APLICAÇÃO MORAL E OPERATIVA Da doutrina simbólica dos Graus de Aprendiz

O TRABALHO DO APRENDIZ

Desbastar a pedra bruta, aproximando-a a uma forma em relação com seu destino: eis aqui a tarefa ou trabalho simbó-lico ao qual tem de se dedicar todo Aprendiz para chegar a ser um Obreiro da Inteligência criadora do Universo.

Neste trabalho simbólico, o Aprendiz é ao mesmo tempo obreiro, matéria prima e instrumento.

O trabalho mesmo consiste em despojar a pedra de suas asperezas, pondo primeiramente em evidência as faces ocul-tas no estado de rudeza da pedra; depois, deve retificar essas faces, alisá-las e retirar-lhes todas as protuberâncias que a deixam distante de uma forma harmoniosa.

É importante notar que não se trata de fazer que a pedra tome a forma de um determinado modelo exterior, ainda que isto possa servir de incentivo e inspiração, mas o modelo ou perfeição ideal deve ser buscado den-tro da mesma pedra, de cujo foro íntimo tem de ser manifestada ou extraída a forma própria que pertence idealmente a cada pedra. Ou seja, saindo da metáfora, trata-se de reconhecer e manifestar a perfeição inata do ser Íntimo, da Idéia Divina que reside em cada um de nós, cuja expressão relativa e progressiva é o objeti-vo constante da existência.

2º VIG∴∴∴∴ Meus IIr∴, o Painel da Loja que vedes representa o caminho que deveis trilhar, para a-tingirdes, pelo trabalho e pela observação, o domínio de vós mesmos. Vosso único desejo deve resumir-se em progredir na Grande Obra que empreendestes ao entrardes neste Templo. Quando, no término do trabalho de

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aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das asperezas dessa massa informe a que chamamos P∴ B∴, houverdes conseguido pela fé e pelo esforço, transformá-la em Pedra Polida, apta à construção do edifí-cio, podeis descansar o maço e o cinzel, para empunhardes outros utensílios, subindo a escala hierárquica maçônica. A Pedra Bruta é o símbolo do homem que deixa os prazeres mundanos para ir em busca de algo superior. Desbastar essa pedra é polir nosso templo interior, para que ele fique em condições de absorver en-sinamentos. Somos pedra bruta porque não moldamos nossa imagem à semelhança do Grande Arquiteto do Universo. Necessitamos então dos ensinamentos do grau para ajustarmos nosso equilíbrio. Lapidando essa pedra, a transformamos em Pedra Cúbica que é o símbolo do homem que está pronto para fazer parte da construção do Grande Templo da Virtude, o Grande Templo da Humanidade. Representa o Maçom à procura de algo superior, da Tríade Divina.

1º VIG ∴∴∴∴ Simples, mas muito simbólica, é esta instrução. No Painel da Loja se condensam todos os símbolos que deveis conhecer e, se bem os interpretardes, fáceis e muito claras ser-vos-ão as instruções subseqüentes.

A forma da Loja é a de um quadrilongo; seu comprimento é do Oriente ao Ocidente; sua largura, do

Norte ao Sul; sua profundidade, da superfície ao centro da Terra, e sua altura, da Terra ao Céu. Essa tão vas-ta extensão da Loja simboliza a universalidade da nossa Instituição e mostra que a caridade do Maçom não tem limites, a não ser os ditados pela prudência.

Orienta-se a Loja do Oriente ao Ocidente, porque, como todos os lugares do Culto Divino e Templos

antigos, as Lojas Maçônicas assim deve estar e porque: 1º - o Sol, que é a maior Glória do Senhor, nasce no Oriente e se oculta no Ocidente; 2º - a civilização e a ciência vieram do Oriente, espalhando suas benéficas influências para o Ocidente; 3º - a doutrina do Amor e da Fraternidade e o exemplo do cumprimento da Lei vieram, também, do Ori-

ente para o Ocidente, trazidos pelo Divino Mestre. A primeira notícia que temos de um local destinado exclusivamente ao Culto Divino é a do Tabernáculo,

erguido, no deserto, por Moisés, para receber a Arca da Aliança e as Tábuas da Lei. Esse Tabernáculo, cuja orientação era Leste para Oeste, serviu de modelo para a planta e posição do Templo de Salomão, cuja cons-trução, por seu esplendor, riqueza e majestade, foi considerada a maior maravilha da época. Eis porque as Lojas Maçônicas, representando simbolicamente o Templo de Salomão, são orientadas do Oriente para o Oci-dente.

ORADOR∴∴∴∴ Sustentam nossa Loja três Colunas, denominadas: Sabedoria, Força e Beleza. A Sabedo-ria deve nos orientar no caminho da vida; a Força, nos animar e sustentar em todas as dificuldades e a Beleza, adornar todas as nossas ações, nosso caráter e nosso espírito.

O Universo é o Templo da Divindade, a quem servimos; a Sabedoria, a Força e a Beleza estão em vol-

ta de seu Trono, como pilares de suas Obras. E sua Sabedoria é infinita; sua Força onipotente e a sua Beleza manifestam-se em toda a Natureza.

Essas três colunas representam também: Salomão, pela Sabedoria em construir, completar e dedicar o

Templo de Jerusalém ao serviço de Deus; Hiram, rei de Tiro, pela Força que deu aos trabalhos do Templo, fornecendo homens e materiais, e Hiram Abif, por seu primoroso trabalho em adorná-lo, dando-lhe Beleza sem par, até hoje nunca atingida. A essas Colunas foram dadas três ordens de Arquitetura: a Jônica, para repre-sentar a Sabedoria; a Dórica, significando a Força e a Coríntia, simbolizando a Beleza.

Todo esse simbolismo nos indica que, na Obra Fundamental de nossa construção moral, devemos tra-

zer para a superfície, para a Luz, todas as possibilidades das potências individuais, despojando-nos das ilu-sões da personalidade. E, nesse trabalho, só podemos ser Sábios se possuirmos Força, porque a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser realizados pela Força; mas ser Sábio com Força, sem ter Beleza, é triste, porque é a Beleza que abre o mundo inteiro à nossa sensibilidade.

O teto das Lojas Maçônicas representa a Abóbada Celeste de variadas cores. O caminho para atingir

essa Abóbada, isto é, o Céu, o Infinito, é representado pela escada, conhecida como Escada de Jacó, nome que, como fiel guardiã das antigas tradições, a Maçonaria conserva. Composto de muitos degraus, cada um deles representa uma das Virtudes exigidas ao Maçom para caminhar em busca da perfeição moral.

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Sabedoria, Força e Beleza, nada mais são que a velha Trilogia que ornava os antigos Templos iniciáti-cos: Fé, Esperança e Caridade, virtudes morais que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser hu-mano, principalmente do Maçom, que não se esquecerá, jamais, de depositar Fé no G∴ A∴ D∴ U∴, Espe-rança, no aperfeiçoamento moral e Caridade para com os seus semelhantes. A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo; a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades encontradas no caminho da Vida, e a Caridade é a beleza que adorna o espírito e o coração bem formado, fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.

V.M∴∴∴∴ O interior de uma Loja Maçônica contém: Ornamentos, Paramentos e Jóias. Os Ornamen-tos são: o Pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante e a Orla Denteada citados anteriormente. O Paramento da Loja é constituído pelo Livro da Lei, Compasso e Esquadro.

O Livro da Lei representa o Código de Moral, que cada um de nós respeita e segue; a filosofia que ca-da qual adota e, enfim, a Fé, que nos governa e anima. O Compasso e o Esquadro, que só se mostram unidos em Loja, representam a medida justa que deve presidir a todas as nossas ações, que não podem afastar-se da Justiça nem da retidão que regem todos os atos do Maçom. As pontas do Compasso, ocultas sob a do Es-quadro, significam que o Apr∴, trabalhando somente na P∴ B∴, não pode fazer uso daquele, enquanto sua obra não estiver perfeitamente acabada, polida e esquadrejada.

As Jóias da Loja são três móveis e três fixas. As móveis são: o Esquadro, o Nível e o Prumo, assim chamadas porque são transferidas a cada mandato aos novos Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da Administração. As fixas são a Prancheta da Loja, a P∴ B∴ e a P∴ P∴ A Prancheta da Loja serve para o Mes-tre desenhar e traçar, o que, simbolicamente, exprime que o Mestre guia os AApr∴, no trabalho indicado por ela, traçando o caminho que eles devem seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos traba-lhos da Arte Real. Chamam-se fixas estas jóias porque permanecem imóveis em Loja como um Código de Moral, aberto à compreensão de todos os Maçons.

VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo irmão aprendiz.

• S.V.: Executa, se necessário com o auxilio do M.CC.: • Postura em loja • Sinais, toques e palavras do grau. • Ritualística do giro da Bolsa das Proposições e da Bolsa de Beneficência. • Informações básicas sobre entrada no templo: Com Pé Esquerdo. • Tradicionais modos de reconhecimentos entre os maçons (palavras, frases, trânsito, assinatura, etc).

O TRABALHO DO APRENDIZ

Desbastar a pedra bruta, aproximando-a a uma forma em relação com seu destino: eis aqui a tarefa ou trabalho simbó-lico ao qual tem de se dedicar todo Aprendiz para chegar a ser um Obreiro da Inteligência criadora do Universo. Neste trabalho simbólico, o Aprendiz é ao mesmo tempo obreiro, matéria prima e instrumento.

AS FERRAMENTAS E A OBRA

Este trabalho da pedra, que também historicamente é o primeiro trabalho humano, precisa para sua perfeição, de três instrumentos característicos que são o Maço, o Cinzel e a Régua de 24 Polegadas.

A Régua nos permite comprovar a retidão, ou a falta desta. Assim, nossos esforços para realizar o ideal ao que propu-semos podem ser constantemente comprovados e retificados durante as 24 horas do dia.

O maço e o cinzel representam os esforços que, por meio da Vontade e da Inteligência, precisamos fazer para que nos aproximemos da realização efetiva de nossos Ideais.

Estas duas ferramentas devem ser usadas em conjunto, pois assim como o maço empregado sem o auxílio do cinzel (que concentra e dirige a força daquele em harmonia com os propósitos da obra) pode facilmente destruir a pedra em

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vez de moldá-la à forma ideal para seu destino, assim também é a Vontade que não é acompanhada do claro discer-nimento da Verdade, e nunca pode manifestar seus efeitos mais sutis, benéficos e duradouros.

O TOQUE

O toque, que se dá com uma pressão quase invisível, tem um sentido profundo, pois significa a capacidade de reco-nhecer a qualidade real que se esconde debaixo da aparência exterior de uma pessoa.

Enquanto o homem profano baseia seus conceitos e suas apreciações em considerações puramente exteriores, o ini-ciado se esforça em vê-los todos à luz real e os julga de uma maneira bem distinta: cada golpe é um esforço para pe-netrar debaixo da pedra, ou seja, debaixo da ilusão da aparência, até encontrar o Ser Real e a origem das atitudes humanas.

A PALAVRA

A Palavra Sagrada do Aprendiz é a terceira pessoa do verbo hebraico KUN, que significa “estar firme, fundar, estabele-cer”. Esta palavra pode ser traduzida em “ele estabelece (estabelecerá, fundará, confirmará)”, denotando a Fé em uma realidade ou Poder Superior.

Muitos têm recorrido ao poder desta palavra nos momentos difíceis, já que não exige nem roga, mas tão somente ex-pressa um estado de absoluta confiança. Usada como mantra, pode ser vibrada no interior mediante duas sílabas, mas nunca deve ser pronunciada inteira, somente soletrada ao ouvido.

De qualquer forma, para que esta palavra chegue a ser verdadeiramente operativa e fecunda na Fé do Aprendiz, deve estabelecer-se interiormente uma condição absoluta de firmeza sem que exista nenhuma sombra de dúvida ou vacilo, pois somente com esta condição se podem produzir os resultados milagrosos que lhe são atribuídos.

OS TRÊS DEVERES

A busca da Verdade nos conduzirá naturalmente a reconhecer os três deveres: 1º - com o Princípio de Vida; 2º -conosco mesmos, como expressão individualizada e pessoal de tal Princípio; e 3º - com a humanidade, na qual deve-mos reconhecer os nossos irmãos.

Seu dever com o Princípio de Vida, está implícito na busca da Verdade, que conduz a ver sua exata relação com este Princípio e a reconhecê-lo como Realidade e Essência Verdadeira do todo. Mas o maçom não pode se limitar a reco-nhecer a Grande Realidade do Universo como um Princípio Abstrato; ele está convocado a fazer deste reconhecimento um uso construtivo e prático na vida diária.

Nosso dever conosco mesmo é um trabalho pessoal e de livre pensamento. Entregarmos-nos às atividades proveito-sas para a mente e benéficas para o espírito, ou aos vícios e rotinas que nos convertem em escravos da fatalidade, é um problema que devemos resolver por nós mesmos. Ninguém pode nos conceder a proibição nem o consentimento.

Nosso dever ou relação com a humanidade se realiza espontaneamente quando o iniciado reconhece um irmão em cada homem, e reconhece em cada ser vivente uma expressão do mesmo Princípio da Vida que sente em si mesmo.

Em outras palavras, trata-se de pôr em prática os dois aspectos do mandamento ou Regra Áurea Maçônica: Não faças ao outro o que não gostarias que te fizessem, e faz ao próximo o que desejas para ti mesmo.

O SILÊNCIO E A DISCRIÇÃO

A disciplina do silêncio é um dos ensinamentos fundamentais da Maçonaria. Quem fala muito, pensa pouco, ligeira e superficialmente, e a Maçonaria quer que seus adeptos tornem-se mais pensadores que faladores. Além disso, se o maçom não adquirir na Ordem outra coisa que não a virtude de não dizer coisas desnecessárias, não terá desperdiça-do seu tempo de trabalho especulativo.

Não se chega à Verdade com muitas palavras nem discursos, mas com o estudo, a reflexão e a meditação silenciosa. Conseqüentemente, aprender a calar é aprender a pensar e meditar. Por esta razão, a disciplina do silêncio tinha uma importância tão grande na escola pitagórica, onde não era permitido que nenhum dos discípulos falasse, sob nenhum pretexto, antes que tivesse transcorrido os três anos de seu noviciado, período que corresponde exatamente ao da aprendizagem maçônica. Saber calar não é menos importante que saber falar.

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No silêncio as idéias se amadurecem e se esclarecem, e a Verdade aparece como a Verdadeira Palavra que é comu-nicada no segredo da alma a cada ser. A arte do Silêncio é, portanto, uma arte complexa; não consiste unicamente no mutismo covarde, mas se completa com o silêncio interior do pensamento. Quando saibamos calar o pensamento, será quando a Verdade poderá intimamente se revelar e se manifestar em nossa consciência.

Para podermos realizar esta disciplina do silêncio, também temos de compreender o significado e o alcance do segre-do maçônico. O maçom deve calar-se diante das mentalidades superficiais ou profanas sobre tudo aquilo que somente os que foram iniciados em sua compreensão possam entender e apreciar.

Como sempre fizeram os iniciados, os maçons devem suportar estoicamente e deixar sem contestações as acusações e calúnias das quais forem objetos, esperando com tranqüila segurança que a verdade triunfe e se revele por si mes-ma, pela própria força inerente a ela, como sempre inevitavelmente tem que acontecer.

Do mesmo modo, é dever do maçom cuidar de que seja observado o segredo também sobre as partes do ritual que possam ter chegado a conhecimento do público, abstendo-se igualmente tanto de negar quanto de confirmar a autenti-cidade das pretendidas revelações que se encontram nas obras que tratam de nossa Instituição e que, muitas vezes, só transmitem uma apática ignorância além de mera superficialidade.

A discrição do maçom que entende os segredos da Arte deve ser exercitada também com seus irmãos de outros ritos, ou de grau inferior, ou com aqueles que ainda não possuem uma suficiente maturidade de espírito, que é condição necessária para que eles possam fazer um uso proveitoso de suas palavras.

VEN∴∴∴∴– Ir.: 2º Vigilante; O que é a Maçonaria?

2º VIG∴∴∴∴ – É uma crença que ensinou o primeiro homem a render homenagem à Divindade.

VEN∴∴∴∴– Sois Maçom?

2º VIG∴∴∴∴ – MM. II. C. T. M. RR.

VEN∴∴∴∴– O que é um Maçom?

2º VIG∴∴∴∴ – Um homem livre e de bons costumes, amigo tanto do pobre como do rico, se estes forem virtuosos.

VEN∴∴∴∴– O que entendeis por livre de bons costumes?

2º VIG∴∴∴∴ – Livre dos preconceitos e erros, dos vícios e paixões que embrutecem o homem e que fazem dele um escravo da fatalidade. De bons costumes, por ter orientado sua vida até o mais justo, até o mais elevado e ideal.

VEN∴∴∴∴– O que é requerido aos que desejam ser Maçons?

2º VIG∴∴∴∴ – Primeiramente, pureza de coração; em segundo lugar, submissão absoluta às formalidades da Ce-rimônia de Iniciação.

VEN∴∴∴∴– Ir.: 1º Vigilante; Qual é a base da Maçonaria?

1º VIG∴∴∴∴ – A Franco-maçonaria apresenta a carreira mais nobre àquele que anseia aprender, e reunifica as duas qualidades que levam a humanidade para mais perto da Divindade: o Culto da Verdade e a Prática da Caridade. Como escola de Sabedoria, a Maçonaria floresce pelos seus exemplos, e a Sagrada União que seus membros praticam reduz as fronteiras que separam as nações. Toda Virtude é sua província, cada nobre e generosa ação encontra um eco em seus Templos. Nossa Instituição tem como base as leis da natureza, es-tas leis impõem os limites, como um Compasso, às leis dos homens e dos Estados. A Maçonaria estuda am-bas as leis e as põe em equilíbrio, conseqüentemente tende à perfeição da legislação, das artes e das ciên-cias, abraçando todas elas em seu seio. Aqui se aprende a Arte da Oratória, a falar no momento oportuno, a se expressar com sabedoria e a rebater com argumento. Aprende-se a dar de bom grado, a mandar sem du-reza e a ajoelhar-se sem servidão. Dessa forma, o desconhecido encontrará um irmão; o necessitado, um a-migo; e o vencido encontrará salvadores. Por tudo isso, os “Landmarks” definem a Maçonaria como a Institui-

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ção orgânica da Moral. Uma Escola de Mistérios, que instrui, por meio dos símbolos, inspirando a virtude e respeitando a forma na qual cada irmão rende homenagem ao G∴A∴D∴U∴.

VEN∴∴∴∴– Qual é a vossa idade como Aprendiz?

1º VIG∴∴∴∴ – T... anos, que era o tempo que os iniciados do Egito passavam em seu noviciado e, ao cumpri-lo, eram iniciados no primeiro grau.

VEN∴∴∴∴ Ir∴ 1º Vig∴ que há de comum entre nós? 1º VIG∴∴∴∴ - Uma verdade, Ven∴ Mestre. VEN∴∴∴∴ - Que verdade, meu Ir∴? 1º VIG∴∴∴∴ - A existência de um Gr∴ Arq∴, Criador do Universo, de tudo que existiu, existe e existirá. VEN∴∴∴∴ - Como sabeis isso, meu Ir∴? 1º VIG∴∴∴∴ - Porque, além dos órgãos do nosso ser material, o ente Supr∴ nos dotou de inteligência, que nos faz discernir o Bem do Mal. VEN∴∴∴∴ - A inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal? 1º VIG∴∴∴∴ - Sim, Ven∴ Mestre, quando dirigida por uma sã Moral. VEN∴∴∴∴ - Onde encontraremos os ensinamentos dessa moral? 1º VIG∴∴∴∴ - Na Maç∴, Ven∴ Mestre, porque aqui se ensina a Moral mais pura e mais propícia à formação do caráter do homem, quer considerado sob o ponto de vista social, quer sob o individual. VEN∴∴∴∴ Ir∴ 2º Vig∴, em que se baseia a Moral ensinada pela Maçonaria? 2º VIG∴∴∴∴ - No amor ao próximo, Ven∴ Mestre. VEN∴∴∴∴ - Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de qualquer ensinamento moral? 2º VIG∴∴∴∴ - Sem dúvida, Ven∴ Mestre, mas a Moral Maçônica é o sistema mais apropriado para o seu ensino e aplicação. VEN∴∴∴∴ - Em que consiste este sistema? 2º VIG∴∴∴∴ - Em mistérios e alegorias. VEN∴∴∴∴ - Quais são esses mistérios? 2º VIG∴∴∴∴ - Não me é permitido revelá-los, Ven∴ Mestre, interrogai-me e chegareis a descobri-los e a compre-endê-los. VEN∴∴∴∴ - Que vos exigiram para serdes Maçom? 2º VIG∴∴∴∴ - Ser livre e de bons costumes. VEN∴∴∴∴ - Como livre? Admitis, por ventura, que o homem possa viver na escravidão? 2º VIG∴∴∴∴ - Não, Ven∴ Mestre. Todo homem é livre; porém, está preso a entraves sociais, que o privem, mo-mentaneamente de parte de sua liberdade e, o que é pior, o torna escravo de suas próprias paixões e de seus

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preconceitos. É precisamente desse jugo que se deve libertar aquele que aspira pertencer à nossa Ordem. Assim, o homem que voluntariamente abdica de sua liberdade, deve ser excluído de nossos Mistérios, porque, não sendo senhor de sua individualidade, não pode contrair nenhum compromisso sério. VEN∴∴∴∴ Ir∴ 1º Vig∴, como fostes recebido Maçom? 1º VIG∴∴∴∴ - Nem nú nem vestido, Ven∴ Mestre. Despojaram-me de todos os metais e vendaram-me os olhos, a fim de que ficasse privado da vista. VEN∴∴∴∴ - Que significa isto, meu Ir∴? 1º VIG∴∴∴∴ - Várias são as significações, Ven∴ Mestre. A privação dos metais faz lembrar o homem antes da civilização, em seu estado natural, quando desconhecia as vaidades e o orgulho; a obscuridade, em que me achava imerso, figurava o homem primitivo na ignorância de todas as coisas. VEN∴∴∴∴ - Quais as deduções morais que tirais dessa alegoria? 1º VIG∴∴∴∴ - A abdicação das vaidades profanas e a necessidade imprescindível de instrução, que é o alicerce da Moral Humana. VEN∴∴∴∴ - Que significam as purificações em vossa iniciação, Ir.: 2º Vig.:? 2º VIG∴∴∴∴ - Que, para estar em condições de receber a Luz da Verdade, necessário se torna ao homem des-vencilhar-se de todos os preconceitos sociais ou de má educação e entregar-se com ardor à procura da Sabe-doria. VEN∴∴∴∴ - Como vos ligastes à Ordem Maçônica? 2º VIG∴∴∴∴ - Pôr um Juramento e uma Consagração. VEN∴∴∴∴ - Que prometestes, meu Ir∴? 2º VIG∴∴∴∴ - Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados; amar, proteger e socorrer meus IIr∴, sempre que tivessem justa necessidade. VEN∴∴∴∴ - Estais arrependido de terdes contraído esta obrigação? 2º VIG∴∴∴∴ - Absolutamente Não, Ven∴ Mestre. Estou pronto a renová-la, se preciso for, perante esta Aug∴ As-sembléia. VEN∴∴∴∴ Quais são, Ir∴ 1º Vig∴, os indícios pelos quais se reconhecem os Maçons? 1º VIG∴∴∴∴ - Além dos atos que praticam, revelando o influxo da Moral ensinada em nossos Templos, eles se reconhecem pelo S∴, pela P∴ e pelo T∴. VEN∴∴∴∴ - Qual é o S∴? 1º VIG∴∴∴∴ - * ( Levanta-se e Faz o S∴e senta-se ) - Ei-lo, Ven∴ Mestre. VEN∴∴∴∴ Qual é a P∴, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴∴∴∴- Não sei lê-la nem pronunciá-la, Ven∴ Mestre, por isso, não vo-la posso dar S∴S∴ VEN∴∴∴∴ - Por que só se dá a P∴ S∴?

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2º VIG∴∴∴∴- Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação, que é o emblema do homem e da sociedade na fase da ignorância, quando o estudo e as artes, pôr deficiência das faculdades intelectuais, ainda não lhe são conhecidos. Assim, o Apr∴ recebe primeiro para dar depois. VEN∴∴∴∴ Dai ao Ir∴ Exp∴ a P∴ S∴ e o T∴, para que ele transmita ao irmão aprendiz.

• Ir.: Exp.: levanta-se, dirige-se ao Ir.: 2º VIG.: e recebe a P.: e o T.: que leva ao aprendiz.

• *Pausa até o cumprimento da ordem, após Ir.: Exp.:, senta-se. VEN∴∴∴∴ Dissestes que quando fostes recebido, estáveis nem nú nem vestido, Ir∴ 1º Vig∴, e agora estais vesti-do? 1º VIG∴∴∴∴ - Estou vestido com este avental.

• *(Levanta-se, mostra o avental e senta-se). VEN∴∴∴∴ Ir∴ 2º Vig∴, sois obrigado a trazer sempre, em Loja, o avental? 2º VIG∴∴∴∴ - Sim, como todos os IIr∴, Ven∴ Mestre. VEN∴∴∴∴ - Por que? 2º VIG∴∴∴∴ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho e que todo Maçom deve trabalhar in-cessantemente para a descoberta da Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanidade. VEN∴∴∴∴ - Onde trabalhamos, meu Ir∴? 2º VIG∴∴∴∴ - Em uma Loja, Ven∴Mestre. VEN∴∴∴∴ - Como é constituída nossa Loja? 2º VIG∴∴∴∴- Tem a forma de um quadrilongo, estendendo-se do Or∴ ao Oc∴, com a largura do N∴ ao S∴; sua altura é da Terra ao Céu, sendo sua profundidade da superfície ao centro da Terra. VEN∴∴∴∴ Ir∴ 2º Vig∴, que pilares apóiam a nossa loja? 2º VIG∴∴∴∴ - Ven∴ Mestre, apóia-se por três fortes pilares. VEN∴∴∴∴ - Quais são eles? 2º VIG∴∴∴∴ - Sabedoria, Força e Beleza. VEN∴∴∴∴ - Como são representados, em nossa Loja, esses pilares? 2º VIG∴∴∴∴ - Por três grandes Luzes, Ven∴ Mestre. VEN∴∴∴∴ - Onde são colocadas essas Luzes? 2º VIG∴∴∴∴ - Uma no Or∴, outra ao Norte e a terceira ao Sul. VEN∴∴∴∴ - Por que o Sol e a Lua foram colocados em nossos Templos? 2º VIG∴∴∴∴ - Porque os dois astros representam a luz ativa e a luz reflexa ou passiva, ou a Sabedoria e seus e-feitos. VEN∴∴∴∴ - Que se faz em nossa Loja, Ir.: 1º Vig.: ?

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1º VIG∴∴∴∴ - Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se masmorras ao vicio. VEN∴∴∴∴ - Em que espaço de tempo se executam os trabalhos dos AApr∴ MM∴? 1º VIG∴∴∴∴ - Do meio-dia à meia-noite, Ven∴ Mestre. VEN∴∴∴∴ - Que vindes fazer aqui? 1º VIG∴∴∴∴ - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria. VEN∴∴∴∴ - Que trazeis para a vossa Loja? 1º VIG∴∴∴∴ - Amor, Paz e Harmonia para a prosperidade de todos os meus IIr∴.

VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo irmão aprendiz.

2º VIG ∴∴∴∴ Ir.: Mestre de Cerimônias, ajudai-me a demonstrar aos irmãos aprendizes os passos de entra-da em loja.

• Executa. TOLERÂNCIA

A Felicidade e a Liberdade começam com a clara compreensão de um princípio: algumas coisas estão sob nosso controle e outras não estão. Só depois de aceitar essa regra fundamental e aprender a distinguir entre o que podemos e o que não podemos controlar, a tranqüilidade interior e a eficácia exterior se tornam possíveis. Sob nosso controle estão nossas opiniões, aspirações, desejos e as coisas que causam repulsa ou desagra-dam. Essas áreas são justificadamente da nossa conta porque estão sujeitas à nossa influência direta. Temos sempre a possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza de nossa vida interior. Fora de nosso controle, entretanto, estão as coisas como o tipo de corpo que temos, se nascemos ricos ou se tiramos a sorte grande e enriquecemos de repente, a maneira como somos vistos pelos outros ou qual é a nossa posição na sociedade. Devemos lembrar que essas coisas são externas e, portanto, não dependem de nós. Tentar controlar ou mudar o que não podemos só resulta em aflição, angústia e sofrimento. Lembre-se: as coisas sob nosso poder estão naturalmente à disposição, livres de qualquer restrição ou impe-dimento. As que não estão, porém, são frágeis, sujeitas a dependência ou determinadas pelos caprichos ou ações dos outros. Lembre-se também do seguinte: Se você achar que tem o domínio total sobre as coisas que estão naturalmente fora do seu controle, ou se tentar assumir as questões de outros como se fossem suas; a busca será distorcida e você se tornará uma pessoa frustrada, ansiosa e com tendência para criticar os outros. Nossos desejos e aversões são déspotas impacientes. Exigem satisfação imediata. Os desejos ordenam que nos apressemos para obter o que queremos e as aversões insistem que evitemos aquilo que causa repulsa. Todas as vezes que não conseguimos o que queremos, ficamos desapontados. E nos angustiamos quando recebemos o que não desejamos. Se, portanto, você procurar evitar apenas as coisas indesejáveis e contrárias ao bem-estar natural que estão sob seu controle, não estará sujeito ao que de fato não deseja. Entretanto, se tentar evitar coisas inevitáveis como doenças, morte ou infortúnios, sobre as quais você não tem nenhum controle verdadeiro, causará sofri-mentos a si mesmo e aos que estão à sua volta. Desejos e aversões, apesar de poderosos, não passam de hábitos. E podemos treinar para ter costumes me-lhores. Reprima o hábito de sentir aversão por tudo àquilo que está fora de seu controle e, em vez disso, se

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concentre em combater as coisas ao seu alcance e que não são boas para você. Faça o possível para ser dono de seus desejos. Porque, se deseja algo que está fora de seu controle, sem dúvida o resultado será uma decepção. Enquanto isso, você poderá estar negligenciando as coisas que estão sob seu controle e que valem a pena desejar. É claro que existem ocasiões em que, por questões práticas, você precisa correr atrás de al-guma coisa e deixar outra de lado, mas faça isso com graça, finura e flexibilidade. Quando algo acontece, a única coisa que está em seu poder é a atitude com relação ao fato. Suas alternativas são: a aceitação ou o ressentimento. O que realmente nos assusta e desanima não são os acontecimentos externos em si, mas a maneira como pensamos a seu respeito. Não são as coisas que nos perturbam, mas a forma como interpretamos seu significado. HARMONIZAÇÃO

Não tente fazer suas próprias regras. Comporte-se, em todas as questões, grandes e públicas, pequenas e domésticas, de acordo com as leis da natureza. Harmonizar sua vontade com a natureza demonstra ter bom-senso e sabedoria. O que fazemos é menos importante do que a maneira como realizamos. Quando compre-endemos esse princípio e vivemos de acordo com ele, embora as dificuldades continuem a surgir “já que fa-zem parte da vida”, ainda assim será possível se ter paz interior. Se o seu objetivo é viver de acordo com esses princípios, lembre-se de que não será fácil: você deverá abrir mão inteiramente de algumas coisas e adiar durante certo tempo outras.

VEN∴∴∴∴ – Ir.: 2º Vigilante; Quais foram as formalidades para vossa iniciação?

2º VIG∴∴∴∴ – Primeiramente fui apresentado à loja por um amigo a quem tenho desde então por padrinho e ir-mão. Após agendada a data de minha recepção, de livre e espontânea vontade apresentei-me; fui conduzido por homens desconhecidos pelo interior da terra até uma câmara subterrânea, onde fui deixado a sós.

VEN∴∴∴∴ – O que representava este lugar secreto?

2º VIG∴∴∴∴ – O seio da terra e o lugar da Morte, para ensinar-me que tudo o que dela sai, a ela deve retornar, que o homem deve estar pronto para encontrar-se com o Juiz Supremo. Que o profano que deseja tornar-se um Maçom tem de morrer para o Vício, para que possa renascer na Virtude.

VEN∴∴∴∴ – Com que propósito fostes ali encerrado?

2º VIG∴∴∴∴ – Para isolar-me do mundo exterior e dos sentimentos profanos, condição indispensável para a “Con-centração” ou “Reflexão Íntima”, com as quais nasce o pensamento independente e livre.

VEN∴∴∴∴ – Por que tínheis os olhos vendados? Por que vos privaram dos metais? Por que a desnudez? Por que se pendurava em vós uma corda?

2º VIG∴∴∴∴ – Tinha meus olhos vendados para recordar-me das nuvens da ignorância na qual vive todo homem que nunca viu a Luz. Sobre os metais, sendo o emblema do vício, fui informado de que teria de abandoná-los para tornar-me um Maçom. A desnudez superior significa o oferecimento do c. à Maç. A do j. significa a humil-dade, dobrando-o diante do Eterno, jamais diante dos homens. A do p. significa que o lugar para onde me conduziam era Sagrado. A corda era o símbolo dos vícios dos quais eu tinha de me libertar, tal como fiz em minhas purificações.

VEN∴∴∴∴ – Que fizestes depois, nesse estado?

2º VIG∴∴∴∴ – Fizeram-me percorrer uma longa e dolorosa viagem.

VEN∴∴∴∴ – O que significava essa viagem?

2º VIG∴∴∴∴ – Além de seu significado atual, também o de me purificar e me preparar para receber os importantes segredos. Tem também um significado moral e representa a tentação das paixões e a imperícia da juventude,

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que são obstáculos à perfeita moral do homem. Além disso, possui um significado misterioso e representa a natureza por si mesma, a qual deu aos homens sábios dos tempos antigos a chave de seu conhecimento.

VEN∴∴∴∴ – Que vos aconteceu depois?

2º VIG∴∴∴∴ – Um irmão me ofereceu uma bebida que de doce tornou-se amarga, emblema do sofrimento e do desgosto que o homem encontra nesta vida, e que o sábio suporta sem reclamar; depois disso, ele me convi-dou a continuar em meu caminho.

VEN∴∴∴∴ – Que outros obstáculos encontrastes?

2º VIG∴∴∴∴ – Diversos, que representam todas as vicissitudes da vida humana, desde o nascimento até a morte, e a coragem necessária para superá-las.

VEN∴∴∴∴ – Que fizestes depois disso?

2º VIG∴∴∴∴ – Meu guia permitiu que eu continuasse minha viagem e me encontrei diante da porta de um templo.

VEN∴∴∴∴ – Que encontrastes ali?

2º VIG∴∴∴∴ – Um irmão que me parou, e depois se assegurou de que eu havia passado pelos elementos e expli-caram-me sobre as obrigações que teria de prestar. Antes, porém, bati na porta do Templo por diversas vezes.

VEN∴∴∴∴ – O que significam estas pancadas?

2º VIG∴∴∴∴ – Procurai e encontrareis (um guia), Batei e ser-vos abrirá (as portas do Templo), Pedi e recebereis (a Luz).

VEN∴∴∴∴ – Que aconteceu depois?

2º VIG∴∴∴∴ – O V∴M∴ me fez um número de perguntas que a todas respondi; após isso, com a aprovação de todos os irmãos, fui conduzido até o altar para que pudesse prestar minha obrigação.

VEN∴∴∴∴ – O que o V∴M∴ fez então?

2º VIG∴∴∴∴ – Ele me concedeu a Luz.

VEN∴∴∴∴ – O que vistes nesse momento?

2º VIG∴∴∴∴ – As Três Grandes Luzes da Maçonaria: o Sol, a Lua e o V∴M∴ da Loj∴.

VEN∴∴∴∴ – Que relação existe entre estas duas grandes Luzes e o V∴M∴?

2º VIG∴∴∴∴ – Tal como o Sol governa o dia e a Lua reina durante a noite, assim o V∴M∴ governa a Loj∴ para iluminá-la com sua luz e sabedoria. O Sol ilumina o Mundo e nós devemos imitar esta benéfica estrela. A Lua suaviza a escuridão que as sombras da noite dispersam sobre a Terra, mostra que não existe nenhuma escu-ridão suficientemente densa para esconder um crime aos olhos do G∴A∴D∴U∴.

VEN∴∴∴∴ – O que vistes depois disso?

2º VIG∴∴∴∴ – Objetos preciosos, emblemas de nossos deveres.

VEN∴∴∴∴ – Que objetos são esses?

2º VIG∴∴∴∴ – Espadas que foram à mim apontadas, para lembrar-nos do castigo reservado aos que perjuram.

VEN∴∴∴∴ – O que entendeis por castigo reservado aos que perjuram?

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2º VIG∴∴∴∴ – Que eles devem morrer para a Maçonaria, ou seja, que depois de terem sido legalmente julgados pelo comitê encarregado das demissões, seus nomes sejam cortados do Livro de Arquitetura e queimados nos Templos e as cinzas jogadas ao vento, de forma que sua memória, sepultada pelo seu crime, seja rechaçada por todos e ignorada pelo homens de boa vontade e pelos maçons de todo o mundo.

VEN∴∴∴∴ – Ir∴ 1º Vig∴, entre mim e vós existe alguma cousa?

1º VIG∴∴∴∴ - Sim, Ven∴ Mestre, um culto.

VEN∴∴∴∴ - Que culto é esse? 1º Vig∴∴∴∴ - Um segredo. VEN∴∴∴∴ - Que segredo é esse? 1º VIG∴∴∴∴ - A Maçonaria. VEN∴∴∴∴ - Que é a Maçonaria. 1º VIG∴∴∴∴- Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem pôr base o G∴ A∴ D∴ U∴, que é Deus; como regra, a Lei Natural; pôr causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; pôr princípio, a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; pôr frutos, a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; pôr fim, a Felicidade dos Po-vos, que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero humano. VEN∴∴∴∴ Sois Maçom, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴∴∴∴ - MM∴ IIr∴ C∴ T∴ M∴ R∴. VEN∴∴∴∴ - Quais são os deveres do Maçom? 1º VIG∴∴∴∴ - Honrar e venerar o G∴A∴D∴U∴, a quem agradece, sempre, as boas ações que pratica para com o próximo e os bens que lhe couberem em partilha; tratar todos os homens, sem distinção de classe e de ra-ça, como seus iguais e irmãos; combater a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a igno-rância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que são os grandes flagelos da humanidade, que entravam o progresso; praticar a Justiça, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos, e a Tole-rância, que deixa a cada um o direito de escolher e seguir sua religião e suas opiniões; deplorar os que erram, esforçando-se, porém, para reconduzi-los ao verdadeiro caminho; enfim, ir em socorro dos infortunados e dos aflitos. O Maçom cumprirá todos estes deveres, porque tem a Fé que lhe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos e o Devotamento, em que o leva a fazer o Bem mesmo com risco da própria vida e sem esperar outra recompensa que a tranqüilidade de consciência e a satisfação do dever cumprido. VEN∴∴∴∴ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom? 1º VIG∴∴∴∴ - Por SS∴ TT∴ e PP∴, Pelo Esq∴, Niv∴ e Perpendic∴. VEN∴∴∴∴ - Que significa o S∴? 1º VIG∴∴∴∴ - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a G∴ C∴ a revelar nossos Mistérios. Significa, também, que o braço direito, é o símbolo da força, da Ordem, suas Doutrinas e Princípios. Os pés em esqua-dria ou a Ord∴ representam o cruzamento de duas perpendiculares, único caso em que forma quatro ângulos retos e iguais, significando a Retidão do Caminho a seguir e a Igualdade, um dos princípios fundamentais da nossa Ordem. VEN∴∴∴∴ - Que significa a P∴?

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1º VIG∴∴∴∴ - Força e Apoio. VEN∴∴∴∴ - Por que o Ap∴ Maç∴ não tem P∴ de P∴? 1º VIG∴∴∴∴ - Porque ainda não está em condições de passar para o estudo do Cosmos e da Obra da Vida. VEN∴∴∴∴ - Por que quisestes ser Maçom? 1º VIG∴∴∴∴ - Porque, sendo livre e de bons costumes e estando nas trevas, ambicionava a Luz. VEN∴∴∴∴ - Onde fostes recebido Maçom? 1º VIG∴∴∴∴ - Em uma Loja Justa, Perfeita e Regular. VEN∴∴∴∴ - Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita? 1º VIG∴∴∴∴ - Que três a governam, cinco a componham e sete a completem. VEN∴∴∴∴ - Que é uma Loja regular? 1º VIG∴∴∴∴ - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Instituição Maçônica e pratica rigorosamente todos os princípios da Maçonaria Universal, baseada na tríade: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. VEN∴∴∴∴ - Por que os AAp∴, trabalham do meio-dia à meia-noite? 1º VIG∴∴∴∴ - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos Mistérios, Zoroastro, que reunia, secreta-mente, seus discípulos ao meio-dia e terminava seus trabalhos à meia-noite, por um ágape fraternal.

VM.: Ir.: S.V.: tendes o uso da palavra para informações adicionais ao novo irmão aprendiz.

2º VIG ∴∴∴∴ Ir.: Aprendizes, prestai atenção ao Telhamento Universal do Grau.

• 2º VIG ∴∴∴∴Ensina aos novos aprendizes o telhamento do grau. Sois Mac.? MM.II.C.T.M.RR Que idade tendes? T. a. De onde Vindes? De uma loja de S. J.; Justa, perf. e reg. Que trazeis? Trago Amiz., P. e V. de Prosp. a todos os IIr.: Nada mais trazeis? O VM.: de m. loja, vos s. por T.V.T. Que se faz em vossa loja? Levanta-se tt. às vvirt. e cav.-se mmasm. aos vv. Que vindes aqui fazer? Vencer minhas pp., submeter mm. vont. e fazer nn.pprogr. na F.M., estreit. os llaç. de frat. que nos u. como vverd. IIr.:

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Que Desejais? Um lug. ent. Vós.

Este vos é concedido meu Ir.’. NÃO EXISTE DIFICULDADE

Cada dificuldade na vida oferece uma oportunidade para nos voltarmos para dentro de nós mesmos aos recur-sos interiores escondidos ou mesmos desconhecidos. As provações que suportamos podem e devem revelar quais são as nossas forças. As pessoas prudentes enxergam além do incidente em si e procuram criar o hábito de utilizá-lo da maneira mais saudável. Quando houver um acontecimento imprevisto, não reaja impensadamente. Volte-se para seu íntimo e pergunte a si mesmo de que recursos dispõe para lidar com aquilo. Mergulhe fundo. Você possui for-ças que provavelmente desconhece. Encontre as que necessita nesse momento. Use-as. NÃO SEJA NEGATIVO

Somos como atores em uma peça de teatro. A vontade divina designou um papel para cada um sem nos con-sultar. Alguns atuarão em peças curtas, outros em longas. Podemos ser chamados e desempenhar o papel de uma pessoa pobre, de um deficiente físico, de uma eminente celebridade, de um líder político ou de um sim-ples cidadão comum. Apesar de não estar sob nosso controle determinar o tipo de papel que nos é atribuído, cabe-nos representar da melhor maneira possível e procurar não reclamar, não ser negativo. Onde quer que você esteja e quaisquer que sejam as circunstâncias, procure apresentar um desempenho impecável. Você se torna aquilo que pensa. O que pensais passais a ser. Evite atribuir supersticiosamente aos aconteci-mentos poderes ou significados que eles não possuem. Mantenha a cabeça firme. Nossas mentes se não de-vidamente ocupadas estão sempre tirando conclusões, inventando e interpretando sinais que não existem de fato. Lembre-se: Todos os acontecimentos na vida tem algo muito vantajoso: Se você quiser procurar! A verdadeira felicidade é sempre independente de condições externas.

VEN∴∴∴∴ Ir.: P.V∴, como se compõe uma Loj∴? 1º VIG∴∴∴∴ – Três a governam, cinco a formam e sete a fazem justa e perfeita. VEN∴∴∴∴ – Quem são os três que governam a Loj∴? 1º VIG∴∴∴∴ – O V∴M∴ e os dois VVig∴.

VEN∴∴∴∴– Por que dizeis que três governam uma Loj∴?

1º VIG∴∴∴∴– Porque o homem está composto de um corpo, um espírito e uma alma, a qual se faz de intermediá-ria unindo os dois primeiros.

VEN∴∴∴∴ – Por que cinco formam uma Loj∴?

1º VIG∴∴∴∴ – Porque o homem tem cinco sentidos, dos quais três são essenciais ao Maçom: a visão para ver o S∴, a audição para escutar a P∴, e o tato para interpretar o T∴. Também representam o homem na plenitude quando em sua posição astral tende a transmutar-se em uma estrela de cinco pontas, expressa nas cinco lu-zes da Loj∴.

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VEN∴∴∴∴– Por que sete a fazem justa e perfeita?

1º VIG∴∴∴∴ – Por que estes são os sete oficiais principais da Loj∴ e porque este número contém em si grandes e sublimes mistérios. Ao projetar a Luz branca sobre um delta em forma de prisma, ela se descompõe em sete cores; cada cor corresponde a uma vibração de luz determinada, cada vibração corresponde a uma nota da escala musical, e cada som rege um circuito orgânico desde a medula espinhal. Além dos sete oficiais que fazem uma Loj∴ Justa e Perfeita, representam também os sete dias que o Todo-Poderoso levou para criar o Universo, e os sete anos que foram necessários para construir o Templo de Salomão. Indica também as sete esferas celestiais, correspondendo aos sete dias da semana. Por fim, as propriedades do número são tantas, que os antigos proclamavam que ele governava o Universo.

VEN∴∴∴∴ - Ir.: S.V.:, como se compõe uma Loj∴?

2º VIG∴∴∴∴ – Quando os Maçons se reúnem em Loj∴ são somente porções da Loj∴ Universal, assim, cada ma-çom em qualquer Loj∴ a que assiste forma parte da Loj∴ Universal; pois a Maçonaria é somente uma, apesar de seus diferentes ritos, da mesma forma que a raça humana é uma só, apesar das diferentes línguas. Nós viajamos rumo ao mesmo objetivo, assim, todos os maçons deveriam dar e receber o beijo da paz e formar o laço indissolúvel que a filosofia uniu.

VEN∴∴∴∴- Que forma tem nossa Loja ? 2º VIG∴∴∴∴ - A de um quadrilongo. VEN∴∴∴∴ - Que altura tem? 2º VIG∴∴∴∴ - Da terra ao Céu. VEN∴∴∴∴ - Qual seu comprimento? 2º VIG∴∴∴∴ - Do Oriente ao Ocidente. VEN∴∴∴∴ - E sua largura? 2º VIG∴∴∴∴ - Do Norte ao Sul. VEN∴∴∴∴ - Qual a sua profundidade? 2º VIG∴∴∴∴ - Da superfície ao centro da Terra. VEN∴∴∴∴ - Por que essas dimensões? 2º VIG∴∴∴∴ - Porque a Maçonaria é universal e o Universo é uma Oficina. VEN∴∴∴∴ Por que razão está nossa Loja situada do Oriente ao Ocidente? 2º VIG∴∴∴∴ - Porque assim como a luz do Sol vem do Oriente para o Ocidente, as Luzes da civilização vieram do Oriente, espalhando-se no Ocidente. VEN∴∴∴∴ - Em que base se apóia nossa Loja? 2º VIG∴∴∴∴ - Em três CCol∴: Sabedoria, Força e Beleza. VEN∴∴∴∴ - Quem representa o pilar da Sabedoria? 2º VIG∴∴∴∴ - O Venerável Mestre, no Oriente. VEN∴∴∴∴ - E os pilares da Força e da Beleza, quem os representa?

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2º VIG∴∴∴∴ - O Ir∴ 1º Vig∴, no Setentrião, o da Força, e o 2º Vig∴, no Sul, o da Beleza. VEN∴∴∴∴ - Por que o Venerável Mestre representa o pilar da Sabedoria? 2º VIG∴∴∴∴ - Porque dirige os Obreiros e mantém a ordem. VEN∴∴∴∴ - Por que representais o pilar da Força, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴∴∴∴ - Porque pago aos Obreiros o salário, que é a força e a manutenção da existência. VEN∴∴∴∴ - E por que o Ir∴ 2º Vig∴ é o da Beleza? 1º VIG ∴∴∴∴ - Porque faz repousar os Obreiros, fiscalizando-os no trabalho. VEN∴∴∴∴ - Por que a Loja é sustentada por três CCol∴? 1º VIG∴∴∴∴ - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo; sem elas nada é perfeito e durável. VEN∴∴∴∴ - Por que, meu Ir∴? 1º VIG∴∴∴∴ - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza adorna. VEN∴∴∴∴ - Por que a Maçonaria combate a ignorância, em todas as suas formas? 1º VIG∴∴∴∴ - Porque a ignorância é a causa de todos os vícios e seu princípio é: Nada saber; Saber mal o que sabe; e Saber coisas além do necessário. Assim o ignorante não pode medir-se com o sábio, cujos princípios são a Tolerância, o Amor Fraternal e o respeito a si mesmo. Eis porque os ignorantes são grosseiros, irascí-veis e perigosos; perturbam e desmoralizam a sociedade, evitando que os homens conheçam seus direitos e saibam, no cumprimento de seus deveres, que mesmo com contribuições liberais, um povo ignorante é escra-vo. Os ignorantes são inimigos do progresso que, para dominar, afugentam as luzes, intensificam as trevas e permanecem em constante combate contra a Verdade, contra o Bem e contra a Perfeição. VEN∴∴∴∴- E por que combatemos o fanatismo, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴∴∴∴ - Porque a exaltação perverte a razão e conduz os insensatos a, em nome de Deus e para honrá-lo, praticarem ações condenáveis. A superstição é um falso culto mal compreendido, contrário à razão e às idéias que se devem fazer de Deus; é a religião dos ignorantes, das almas timoratas. Fanatismo e superstição são os maiores inimigos da religião e da felicidade dos povos e os maiores flagelos da humanidade. VEN∴∴∴∴ - Para fortalecermo-nos no combate, que devemos manter contra esses inimigos, qual o laço sagrado que nos une? 2º VIG∴∴∴∴- A Solidariedade, Ven∴ Mestre. VEN∴∴∴∴- Será por isso, que, comumente, se diz que a Maçonaria proporciona a seus adeptos vantagens morais e materiais? 2º VIG∴∴∴∴- Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito material, como interesse unicamente indivi-dual, não entra nas nossas práticas, e as vantagens morais resumem-se no adquirir a firmeza de caráter, co-mo conseqüência natural da nítida compreensão dos deveres e dos altos ideais da Ordem Maçônica. VEN∴∴∴∴- Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de uns aos outros Maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias?

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2º VIG∴∴∴∴- É a mais funesta interpretação que se tem dado a esse sentimento nobre que fortalece os laços da fraternidade maçônica. O amparo moral e material, que, individual e coletivamente, devemos aos nossos IIr∴, não vai até o dever de proteger aos que, fugindo de suas responsabilidades sociais, se desviam do caminho da Moral e da Honra. VEN∴∴∴∴-Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴∴∴∴- É a solidariedade mais pura e fraternal, mas somente para os que praticam o Bem e sofrem os reve-zes da vida; para os que nos trabalhos lícitos e honrados são infelizes; para os que, embora rodeados de for-tuna, sentem na alma os amargores das desgraças; enfim, a Solidariedade Maçônica está onde estiver uma causa justa e nobre. VEN∴∴∴∴- Não jurastes, então, defender e socorrer vossos IIr∴? 1º VIG∴∴∴∴- Jurei, sim, Ven∴ Mestre, e, sempre que posso, correspondo a esse juramento. Quando, porém, um Ir∴esquecido dos princípios e dos ensinamentos maçônicos, se desvia da Moral que nos fortifica, para se tor-nar mau cidadão, mau esposo, mau pai, mau filho, mau irmão, mau amigo; quando cego pela ambição ou pelo ódio, pratica atos que consideramos indignos de um Maçom, ele, e não nós, rompeu a Solidariedade que nos unia e que não mais poderá existir, porque se assim não procedêssemos, seria pactuarmos com ações de que a simples conivência moral nos degradaria, pôr isso que o Maçom que assim procede deixou de ser Ir∴, per-deu todos os direitos ao nosso auxílio material e, principalmente, ao nosso amparo moral. VEN∴∴∴∴- Não deveis, porém, dar preferência, na vida pública, a um Ir∴sobre um profano? 1º VIG∴∴∴∴- Em igualdade de circunstâncias, é meu dever preferir um Ir∴, sempre que para fazê-lo, não cometa injustiça, que fira a minha consciência. Os ensinamentos da nossa Ordem nos obrigam a proteger um Ir∴em tudo que for justo e honesto. Não será justo nem honesto proteger o menos digno mesmo que seja Ir∴, prete-rindo os direitos do mérito e do valor moral e intelectual. VEN∴∴∴∴- Então, não favoreceis, sistematicamente a um Ir∴? 1º VIG∴∴∴∴- Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria e a sermos bons cidadãos. Não o seríamos, nem nos poderíamos julgar merecedores desse nobre título e da confiança de nossos IIr∴, se ao bem público antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos apta ou menos digna de trabalhar pelos interesses da Sociedade e da Pátria. VEN∴∴∴∴- Como, então, a voz pública acusa os MMaç∴ de progredirem no mundo profano, graças ao nosso sis-tema de proteção. 1º VIG∴∴∴∴- São afirmações dos que, não conhecendo a razão das coisas, julgam incondicional nossa solidarie-dade. Se há MMaç∴ que galgam posições elevadas e de grandes responsabilidades sociais, a razão se ocul-ta, evidentemente, no seguinte: nossa Ordem não acolhe profano, sem, antes, examinar-lhe sua inteligência, caráter e probidade de homens livres e bons costumes. Daí, é natural que da nossa Ordem surjam cidadãos que se destaquem pôr suas qualidades pessoais, tornando-se, assim, dignos de serem aproveitados na con-quista do progresso e da felicidade do povo. VEN∴∴∴∴- Concluís, então, que em nossa Ordem não surjam, às vezes desonestos? 1º VIG∴∴∴∴- Nada é perfeito, ainda, no mundo. Não deixo de reconhecer que, muitas vezes, nos temos enganado na escolha de alguns elementos, apesar do rigor de nossas sindicâncias. Assim, infelizmente, maus elementos têm-se infiltrado no seio da nossa Sublime Ordem. Para esses insensíveis à ação de nossa Moral e dos nos-sos Princípios, nossa Lei nos fornece meios seguros e prontos de separarmos o joio do trigo, o que devemos fazer sem temor nem vacilação. É, portanto, pela exclusão dos elementos refratários aos ensinamentos auste-ros e elevados dos Princípios Maçônicos, que poderemos fortificar nossa Ordem. VEN∴∴∴∴- Em que consiste, então, nossa Fraternidade?

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1º VIG∴∴∴∴- Em educarmo-nos, instruirmo-nos, corrigindo nossos defeitos e sendo tolerantes para com as cren-ças religiosas e políticas de cada um. Nossa Fraternidade nos ensina a dar e não a pedir, sem justa necessi-dade. VEN∴∴∴∴– Qual é a etimologia dos graus simbólicos?

1º VIG∴∴∴∴ – O Aprendiz aprende; o Companheiro compartilha e compreende; o Mestre empreende.

LIÇÕES DA JUSTIÇA: O homem, cercado por um mundo de vícios e perversidade, busca a justiça por toda parte, sem achá-la em nenhuma. É consciente, em certa maneira, de que não é possível achar a medida total da justiça na transitori-edade deste mundo. As palavras ouvidas tantas vezes: “não há justiça neste mundo”, possivelmente sejam frutos de uma simplicidade muito fácil, embora haja nelas também um princípio de verdade profunda.

De certo modo, a justiça é maior que o homem, maior que as dimensões de sua vida terrena, maior que as possibilidades de estabelecer nesta vida relações plenamente justas entre os homens, os ambientes, a socie-dade, os grupos sociais, as nações etc. Todo homem vive e morre com certa sensação de insaciabilidade de justiça, porque o mundo não é capaz de satisfazer plenamente um ser criado à imagem e semelhança de seu Criador, nem no âmago da pessoa nem nos distintos aspectos da vida humana. E assim, através desta fome de justiça é como o homem chega até os portais de nosso Templo. Nós lhes inculcamos o Dom da Piedade, que aperfeiçoa a Virtude da Justiça. Este dom espiritual sana o coração de todo tipo de dureza e o abre à ter-nura para com o próximo e para com o G∴A∴D∴U∴, que é a Justiça: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão saciados”.

Com este sentido maçônico de justiça ante os olhos, deveis considerá-la a dimensão fundamental da vida do maçom no mundo profano. Esta é a dimensão ética. A justiça é princípio inerente à existência e coexistência das Lojas maçônicas, que com seu impulso civilizador a expandem às comunidades humanas, às nações e aos povos. Além disso, a justiça é regra primitiva da vida interna das Lojas Maçônicas e princípio fundamental de coexistência entre os diferentes Ritos e Obediências em que se divide a Maçonaria. Neste terreno extenso e diferenciado, o Maçom e a Maçonaria procuram continuamente justiça para o mundo: este é um processo perene e uma tarefa de suma importância.

Através do tempo, a justiça foi tendo definições mais apropriadas segundo as distintas relações e aspectos. Daí o conceito de justiça comutativa, distributiva, legal ou social. Tudo isso é testemunho de como a justiça tem uma significação fundamental na ordem moral entre os homens, nas relações sociais e entre os diferentes povos e nações. Pode dizer-se que o sentido da existência do homem sobre a terra está vinculado à justiça. Definir corretamente quanto se deve a cada um por parte de todos e, ao mesmo tempo, a todos por parte de cada um, o que se deve ao homem de parte do homem nos diferentes sistemas e relações, defini-lo e, sobre-tudo, levá-lo a efeito, é a maior coisa pela qual vive cada um dos maçons e graças a qual suas vidas têm sen-tido.

Por isso, através dos séculos de existência humana sobre a Terra, é permanente o esforço contínuo e a luta constante para organizar com justiça o conjunto da vida social em seus vários aspectos. É necessário olhar com respeito os múltiplos programas e a atividade, reformadora, às vezes, das distintas tendências e dos sis-temas. De uma vez por todas é necessário ser consciente de que não se trata aqui dos sistemas, mas sim da justiça e do homem. Não pode viver o homem para o sistema, mas sim deve viver o sistema para o homem. Por isso há que se defender do aniquilamento dos sistemas sociais, econômicos, políticos, culturais etc., que devem ser sensíveis ao homem e ao seu bem integral; deveis ser capaz de reformar-vos a vós mesmos e re-formar vossas próprias estruturas segundo as exigências da verdade total sobre o homem. Desse ponto de vista tereis que valorizar o grande esforço que sempre fomentou nossa Augusta Instituição, tendendo a definir e consolidar os direitos do homem na vida da humanidade de todos os tempos.

Portanto, é necessário que cada um de nós possa viver em um contexto de justiça e, mais ainda, que cada um seja justo e atue com justiça em relação à Fraternidade que o acolhe.

A Maçonaria pretende inspirar o amor fraterno entre todos seus membros e, mais ainda, para com toda a Hu-manidade. Neste convite está tudo que se refere à justiça. Não pode existir amor sem justiça. O amor suplanta a justiça, mas ao mesmo tempo encontra sua verificação na justiça. Até o pai e a mãe, ao amarem seu filho, devem ser justos com ele. Se a justiça cambalear, também o amor e a fraternidade correm perigo.

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Ser justo significa dar a cada um quanto lhe é devido. Isto se refere aos bens temporários de natureza materi-al. O melhor exemplo pode ser a retribuição do trabalho, ou o chamado direito ao fruto do próprio trabalho e da própria terra. Mas o homem lhe deve também a reputação, o respeito, a consideração, a fama que mereceu. Quanto mais conhecemos o homem, mais ele nos revela sua personalidade, seu caráter, sua inteligência e seu coração. E tanto mais nos damos conta — e devemos nos dar conta! — do critério com que devemos “medi-lo” e o que significa ser justo com ele. Os maçons praticam estes princípios nobres uns com os outros, procurando dar a cada operário o salário que lhe corresponde e, assim, despedi-los sempre do trabalho con-tentes e satisfeitos.

Por tudo isso é necessário se aprofundar continuamente no conhecimento da justiça. Não é esta uma ciência teórica. É virtude, é capacidade do espírito humano, da vontade humana e, inclusive do coração. A justiça tem muitas implicações e muitas formas. Há também um modelo de justiça que se refere ao que o homem deve ao Princípio Criador, e outro que se relaciona com o que se deve a si mesmo. Estes são temas fundamentais, e que têm de ser ilustrados pela contemplação, pela transcendência, pelo estudo e pelo debate, que constituem o marco mais apropriado para a instrução. NADA...

Conta-se que perguntaram a Pitágoras, após ter sido iniciado nos mistérios, o que tinha visto no Templo, tendo ele respondido simplesmente: NADA. Se Pitágoras, ao sair do Templo Egípcio não tinha visto “nada”, desco-briu que era em si mesmo que não tinha visto “nada mais” que desejos e ilusões. Foi então que começou seu caminho para a sabedoria. Muitos irmãos recém-iniciados se afastam da Ordem porque em nossas Lojas não encontram “nada”, porque nosso simbolismo não lhes significa “nada”, porque na Loja fala-se muito e “nada” mais ... Propomos perguntar-nos: o que significa esse “nada” com respeito à Maçonaria? Isso dá margem a várias perguntas, afinal o neófito bateu a porta do Templo a qual abriu-se para ele e não encontrou nada?. De fato algo ele encontra, mas somente palavras, ritualística, símbolos, idéias. Algo portanto ele encontra, porém não o que buscava. E como o que ele encontra não é nada em comparação com o que procurava, diz simplesmen-te que não há nada. Porém, este “nada” não é somente um fenômemo negativo. Este “nada” é como um gérmen, algo novo e grande. O Irmão que se afasta da Loja queixando-se de “não haver encontrado nada” não se limita somente a isso. Afasta-se desgostoso, decepcionado. O encontro com o “nada” o afetou no mais profundo do ser. Não achou o que buscava, porém deparou-se com precisamente seu próprio desgosto, sua própria decepção. Ainda que saía de nosso convívio, sua decepção o segue. E ainda que não o confesse, não deixará de pensar, de vez em quando, que, para encontrar algo, se necessitam de duas coisas: algo que existe e alguém que saiba procurar. Ao lado do seu orgulho, porque ele não se deixou enganar, estará a constante inquietude a-cerca do que terão encontrado os que ficaram e que ele não soube descobrir. Vê-se, assim, posto frente a frente, como sua própria insuficiência. Com seu próprio Nada. Se for sincero consigo mesmo, reconhecerá que onde não encontrou nada foi em si mesmo. Este é o ponto onde começa a germinar a idéia Maçônica. Se o irmão chegar a este ponto, começará a ser Maçom. Lembre-se: De cada cem que busca um caminho, apenas um encontra. De cada cem que encontra o caminho, apenas um caminha. De cada cem que caminha, apenas um chega ao fim. A GUARDA DOS SEGREDOS

O Segredo na maçonaria pode ser interpretado de três formas distintas: Os Segredos dos sinais de reconhecimento, passado nas cerimônias ritualísticas e pelos quais nos reco-nhecemos como irmãos e nos distinguimos do resto do mundo.

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Os Segredos Filosóficos, que define uma maneira própria de ver a maçonaria: um sistema peculiar de mora-lidade, velado por alegorias e ilustrado por símbolos. O Segredo exigido pela Loja, e que deve sempre ser lembrado os irmãos do quadro: A Maçonaria determina, conforme lição de Aprendiz, para guardarmos segredo de tudo que tenha passado, ou venha a ser relato den-tro de uma loja, à todo irmão que nela não tenha estado presente. Portanto nada do que aconteceu na reunião pode ser revelado a nenhum irmão ausente.

VEN∴∴∴∴ Nesta instrução o Ir.’. Aprendiz completará os conhecimentos de que necessita para avançar na trilha que encetou, ficando de posse do conhecimento da simbologia dos quatro primeiros números: 1 - 2 - 3 e 4, pela qual verá como estes números, além do valor intrínseco, representam verdades misteriosas e profun-das, ligadas, intimamente, à própria simbologia das alegorias e emblemas que, em nossos Templos, se paten-teiam à sua vista. Ir∴ Orad∴, tende a bondade de encetar esta instrução. ORAD∴∴∴∴- Com certeza já notastes, IIr∴ AApr∴, a coincidência que apresentam a Bat∴, a Marcha e a Id∴ do Apr∴ Maç∴. Todas encerram o número “três”. TRÊS pancadas, TRÊS passos e TRÊS anos. Como vedes o número 3 é primordial no grau de Apr∴. É de toda conveniência que o Maçom “especulativo” não se desinteresse desta parte do Ensino Iniciático, se tiver o legítimo desejo de compreender qualquer coisa da Arquitetura da Idade Média e da Antigüidade e, em geral, das grandes obras concebidas e executadas pelas Ordens de Companheiros-Construtores. O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em todos os monumentos conhecidos, é muito fre-qüente, para que se creia que só o acaso os tenha produzido. E, neste ponto, a História vem em nosso auxilio. Todos os povos da antigüidade fizeram uso emblemático e simbólico dos números e das fórmulas e em geral do número e da medida. Todos os povos da antigüidade tiveram um sistema numérico ligado intimamente à religião e ao culto. E este fato é o resultado da idéia que, então, se fazia do mundo, idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a imagem e a revelação. Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão; enquanto o mundo for uma soma de dimensões, existirá o número e cada coisa terá seu número, do mesmo modo que forma e dimensões. Há entretanto nú-meros que parecem predominar na estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou me-nos, a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses números foram tidos sempre como sa-grados, pelos antigos, como representando a expressão da Ordem e da Inteligência das coisas, como expri-mindo mesmo a própria divindade. Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são apenas um invólucro que cobre o invisível, o imaterial; se as considerarmos somente como símbolos dessa imaterialidade, com mais forte razão os números, con-cepção puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas (e das Leis da Natureza), compreendidas e estudadas neste mun-do. A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceram e empregaram a “Ciência dos Números”, e seu simbolismo é, em grande parte, baseado nesta ciência. Vemos, pois, que os números se prestam facil-mente a tornarem-se símbolos, figuras das idéias e de suas relações. E toda a doutrina das relações morais e de ligação indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi sempre exposta por um sistema numérico e representada por números.

VEN∴∴∴∴ - Explicai-nos, Ir∴ 1º Vig∴, o símbolo do número 1. 1º VIG∴∴∴∴- O número um, a unidade, é o princípio dos números, mas a unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas orientais começaram pôr um SER PRIMITIVO. Conquanto esta abstração não tenha positi-vamente uma existência real, tem, contudo um lado positivo que o torna suscetível de uma existência definida: “é o que os antigos denominavam Pothos, isto é, o desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real, considerado por nós, concreto”.

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Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como unidade, com o Todo, ela tem o nome de Unidade. A unidade só é compreendida por efeito do número dois; sem este, ela torna-se idêntica ao todo, isto é, identifica-se com o próprio número. A natureza do número dois, em sua relação com a unidade, representa a divisão, a diferença. VEN∴∴∴∴- Ir∴ 2º Vig∴, explicai-nos algo sobre o número dois. 2º VIG∴∴∴∴- O número dois é o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilibro e da contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas a aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2. Até na matemática o número dois produz confusão, pois ao vermos o número 4, ficamos na dúvida se é o re-sultado da combinação de dois números dois, pela soma, ou pela multiplicação, o que não se dá em absoluto, com outro qualquer número. Ele representa: o Bem e o Mal; a Verdade e a Falsidade: a Luz e as Trevas; a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios antagônicos, adversos. Por isso, representava, na antigüida-de, o “Inimigo”, símbolo da Dúvida quando nos assalta o espírito. O Apr∴ Maç∴ não deve se aprofundar no estudo deste número, porque, fraco ainda do cabedal cientifico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria seguir. Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Apr∴ Maç∴ é guiado em seus trabalhos iniciáticos; sua passagem pelo número 2, duvidoso, pode arrastá-lo ao Abismo da Dúvida. VEN∴∴∴∴- Ir∴ 1º Vig∴, como poderá ser vencida a dúvida aniquiladora do número dois? 1º VIG∴∴∴∴- A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no número dois, cessam, repentinamente, quando se lhes ajunta uma terceira unidade. A instabilidade da divisão ou da diferença, aniquilada pelo acrés-cimo de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o número Três se converta, também, em unida-de. A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número, como se dá com a unidade primitiva; é uma unidade que absor-veu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e que se tornou unidade de vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito. Eis porque o neófito vê no Or∴ o Delta Sagrado, luminoso emblema do “SER” ou da “VIDA”, no centro do qual brilha a letra IOD, inicial do tetragrama IEVE. O triângulo, conquanto composto de 3 ângulos e 3 linhas, forma um todo completo. Todos os outros polígonos subdividem-se em triângulos, e estes são, assim, o tipo primitivo, que serve de base à construção de todas as outras superfícies. É, ainda, pôr esta razão que a figura do triângulo é o símbolo da existência da divindade, bem como de sua “Potência produtora” ou da Evolução. VEN∴∴∴∴- Por que, Ir∴ 2º Vig∴, quando o iniciado penetra no Templo, nada encontra que se relacione, simboli-camente, ao número um? 2º VIG∴∴∴∴- Porque, para facilitar o estudo dos números, a Maç∴ faz uso de emblemas, para atrair a atenção sobre suas propriedades essenciais. E assim deve ser, porque nada do que é sensível pode ser admitido a representar a Unidade, mesmo porque só percebemos, fora e em volta de nós, diversidade e multiplicidade. Nada é simples na natureza; tudo é complexo. No entanto, se a Unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece residir em nosso íntimo, pois todo ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de que é um. VEN∴∴∴∴- E como se manifesta esta unidade, que está em nós?

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2º VIG∴∴∴∴- Por nossa maneira de pensar, agir e sentir. Nossas idéias, levadas ao pensamento de um “todo harmônico”, fazem nascer em nós a noção do “Verdadeiro”. Este é o mais precioso talismã que pode possuir o iniciado, quando condensa seu ideal no JUSTO, no BELO e no VERDADEIRO. VEN∴∴∴∴- E qual o símbolo que oculta esta verdade? 2º VIG∴∴∴∴- O candelabro de 3 braços, que se vê sobre o Altar do Ven∴Mestre, ideal que é o único pólo para o qual tendem todas as aspirações humanas. VEN∴∴∴∴- Por que o neófito não deve estacionar no número dois? 2º VIG∴∴∴∴- Porque sendo o binário símbolo dos contrários, da divisão, seria condenar-se à luta estéril, à oposi-ção cega, à contradição sistemática; ficaria, em suma, escravo desse princípio de divisão, que a antigüidade simbolizou e estigmatizou sob o nome de “inimigo” (Agramaniu, Satan, etc.). VEN∴∴∴∴- E como se conseguiu evitar a influência desse INIMIGO”? 2º VIG∴∴∴∴- Procedendo à conciliação dos antagônicos, condensando, no Ternário, o Binário e a Unidade. VEN∴∴∴∴- Assim concebido, qual a significação do número 3, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴∴∴∴- TRÊS é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor). Três são os pontos que o Maçom deve se orgulhar de apor a seu nome, pois, esses 3 pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são emblemas dos mais respei-táveis; representam todos os ternários conhecidos e, especialmente, as três qualidades indispensáveis ao Ma-çom. VONTADE, AMOR, INTELIGÊNCIA. VEN∴∴∴∴- E estas qualidades são inseparáveis? 1º VIG∴∴∴∴- São absolutamente inseparáveis uma das outras, pois devem agir, em perfeito equilíbrio, no candi-dato à iniciação, para que ele possa ter a iniciação real, “vivida” e não emblemática. VEN∴∴∴∴- E que poderá suceder se, por ventura, estas qualidades estiverem isoladas? 1º VIG∴∴∴∴- Separando-as, veremos surgir o desequilíbrio. Suponhamos um ser dotado, unicamente, de Vonta-de, de energia, mas sem o menor sentimento afetuoso e desprovido de inteligência, teremos um verdadeiro bruto. Dotemo-lo, agora, de Inteligência e suprimamos-lhe a Vontade e a Sabedoria que é a expressão do Amor, e teremos o pior dos egoístas e dos inúteis; um terreno onde a “boa semente” não germinará e que as ervas daninhas inutilizarão. Demos-lhe, enfim, unicamente o Amor (sabedoria), sem sombra de Vontade e de Inteligência, e veremos que sua bondade é inútil, suas melhores aspirações serão condenadas a esterilidade, porque não serão, jamais, acionadas pôr uma Vontade forte, agindo sob o controle da Razão. VEN∴∴∴∴- Se, apenas, uma dessas qualidades estiver separada, quais as conseqüências, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴∴∴∴- Dotado de Vontade e Inteligência, mas sem sentimento afetuoso para com seus semelhantes, o ho-mem poderá ser um gênio, mais, forçosamente, será, também, um monstro de egoísmo e, como tal, condena-do a desaparecer. Possuindo Coração e Inteligência, mas não tendo Vontade nem energia, o homem será uma criatura fraca, de caráter passivo, que, embora não faça mal a ninguém e nutra belas aspirações e elevado ideal, jamais chega-rá a realizá-lo, pôr faltar-lhe a energia; será, em suma , um inútil. A Energia, unida ao Amor, daria melhor resultado, mas a falta de Inteligência impedir-lhe-ia de ser Bom e Ati-vo, de fazer obra verdadeiramente útil, porque o Discernimento, função da Inteligência, lhe faltaria. Não pode-ria aplicar suas belas qualidades; correria, mesmo, perigo de, sob a direção de um mau intelecto, tornar-se servidor das forças do mal, pôr falta de discernimento.

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VEN∴∴∴∴- Vede, pois, IIr∴ AApr∴, que todo Maçom que quiser ser digno deste nome, deve cultivar “igualmente”

essas três qualidades, representadas pelos três pontos (∴∴∴∴), que apõe a seu nome, quais as três estrelas que brilham ao Or∴ da Loja. Ir∴ 1º Vig∴, o ternário pode ser estudado sob outros pontos de vista? 1º VIG∴∴∴∴- Sim, Ven∴ Mestre. Dentre esses pontos de vista, citarei, apenas, os principais, que são: Do tempo: Presente, Passado e Futuro; Do movimento diurno do Sol: Nascer, Zênite e Ocaso; Da vida: Nascimento, Existência e Morte; Mocidade, Madureza e Velhice: Da Família: Pai, Mãe e Filho; Do Hermetismo: - Arqueu, Azote e Hilo; Da Gnose: Princípio, verbo e Substância; Da Cabala Hebraica: -Da qual são tirados as PP∴ SS∴ e de P∴ da Maçonaria: - Keter (Coroa), Hockma (Sa-bedoria) e Binah (Inteligência); Da Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo; Da Trimurti: - Brama, Vishnu e Siva; Sat, Chit e Ananda; Dos “Três GOUNAS”, ou qualidades inerentes à Substância Eterna (Maia), na índia; - Tamas (Inércia), Rajas (Movimento) e Sattva (Harmonia); Do Budismo: Buda (Iluminado), Dharma (Lei) e Sanga (Assembléia de fiéis); Do Egito: - Osiris, Isis e Horus; Ammon, Mouth e Khons; Do Sol, no Egito: - Horus (Nascer), Ra (Zênite) e Osi-ris (Ocaso); Da Caldéia: - Ulomus (Luz), Otosurus (Fogo) e Elium (Chama). VEN∴∴∴∴- Como vedes, IIr∴ AApr∴, em toda parte encontra-se o número três, o Ternário, do qual o Delta Sa-grado é o mais humano e o mais puro emblema. Nas Lojas Maçônicas, o ternário é, ainda, simbolizado pelos três grandes pilares: SABEDORIA - FORÇA - BELEZA, que representam as Três Luzes, colocadas: a primeira no Or∴, a segunda no N∴ e a terceira no Sul, de acordo com a orientação das “Três Portas” do Templo de Salomão. Ir∴ Orad∴, que letra se vê no centro do Delta? ORAD∴∴∴∴- No centro do Delta está a letra IOD, inicial do Tetragrama (4 letras) IEVE, símbolo da Grande Evolu-ção, ou “do que existiu”, do que existe e “do que existirá”. VEN∴∴∴∴- Ir∴ 2º Vig∴, que idade tendes? 2º VIG∴∴∴∴- T... anos, VM.: VEN∴∴∴∴- Por que respondeis dessa forma, se pareceis mais velho? 2º VIG∴∴∴∴- Porque antigamente demoravam-se três anos para ser avaliado e reconhecido como sendo discreto em todas as provas, antes de se tornar um Aprendiz Maçom. VEN∴∴∴∴- O que significam os três passos do aprendiz em esquadro? 2º VIG∴∴∴∴- Significam sua idade e ao mesmo tempo o fazem conhecido pelo grau que possui; eles lembram que um maçom jamais deve se desviar do caminho da eqüidade, da virtude e da honestidade, para nunca fazer algo de que se arrependerá. VEN∴∴∴∴- Quais são essas três máximas? 2º VIG∴∴∴∴- Batei e ser-vos-á aberta, pedi e ser-vos-á dado, procurai e ser-vos-á concedido. VEN∴∴∴∴- Quantos Sinais possui um Aprendiz? 2º VIG∴∴∴∴- Três. VEN∴∴∴∴- Como os chamais? 2º VIG∴∴∴∴- Gutural, pedestre e manual.

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VEN∴∴∴∴- O que simboliza o sinal gutural? 2º VIG∴∴∴∴- O juramento que fiz, pois consenti que tivesse minha garg. cort., se eu me tornasse indiscreto sobre os assuntos da Ordem. VEN∴∴∴∴- O que simboliza o sinal pedestre? 2º VIG∴∴∴∴- Que um maçom deve marchar corretamente e jamais desviar do caminho da virtude. VEN∴∴∴∴- O que simboliza o sinal manual? 2º VIG∴∴∴∴- É um Toque para que nos façamos ser reconhecidos. VEN∴∴∴∴- Ir∴ Apr∴, lede e meditai, sobre esta e sobre as instruções anteriores. Sede vós um livre investigador da verdade e ela vos abrirá os olhos aos problemas mais transcendentais, cujo estudo ainda não vos é permi-tido, mas que se apresentarão pôr certo, ao vosso espírito, agora fortificado e esclarecido pelo simbolismo dos números.

DINÂMICA E PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS

INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA

O Traje Maçônico é o terno preto. Admite-se em nossas lojas (em todas as sessões) o uso do Balan-drau (veste talar, de mangas compridas e com capuz, na cor preta, sem insígnia ou símbolo estampados), desde que usado com calças pretas ou azul marinho, sapato e meias pretas. Deve-se ressaltar que, original-mente, o verdadeiro traje maçônico é o Avental, símbolo do trabalho, sem o qual o maçom é considerado des-nudo. SINAIS MAÇÔNICOS E USO DA PALAVRA Sinal de Ordem

É o sinal executado, de acordo com o grau e da maneira prescrita no referido ritual, quando : a – estiver em pé e parado, pois não se caminha com o sinal, bem como não se faz sinal quando sen-

tado; b - ao fazer uso da palavra durante as sessões ritualísticas; c – como forma de agradecimento; d – durante a marcha ritualística; e – quando assim determinar o Ritual. f – O Sinal de Ordem só poderá ser desfeito por determinação e a critério exclusivo do Venerável Mes-

tre. Sinal de Aprovação: Empregado nos processos de votação, é feito estendendo-se o braço direito para

a frente, em linha reta, com a palma da mão voltada para baixo e os dedos unidos. Uso da Palavra:

O maçom, em Loja aberta, se manifesta através da palavra, solicitada no momento adequado, confor-me previsto no Ritual, diretamente aos Vigilantes, quando tiver assento nas Colunas, e ao Venerável, quando no Oriente.

Quando concedida, ficará em pé e com o Sinal de Ordem, saudando hierarquicamente as Dignidades, Autoridades e os Irmãos presentes.

Havendo necessidade de retornar a palavra, após passar pelas Colunas, ela será solicitada pelos Vigi-

lantes ao Venerável, que poderá ou não concedê-la, sempre de forma ritualística.

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Ao fazer uso da palavra, o maçom, deve ser objetivo, falar pouco e corretamente, contando e medindo suas palavras, empregando sempre expressões comedidas, evitando discursos intermináveis, prolixos e reple-tos de lirismo. Entrada na Loja após Inicio dos Trabalhos:

Independente do Grau em que a Loja está trabalhando, o Ir∴ em atraso, deverá dar somente três bati-das na porta. Se não for possível seu ingresso no momento solicitado, o G.T∴ responderá com a mesma bate-ria.

Caso a Loja esteja trabalhando no grau de Comp∴ ou Mest∴, G.T.∴ deverá se dirigir a sala dos PP∴

PP∴ e verificar se o Ir∴ possui qualidade para participar da sessão, através do telhamento relativo ao grau. Não existe repique, nem aumento do número de batidas para atingir o grau acima subseqüente. Con-

cedida autorização para adentrar ao Templo, o Ir∴ procederá com toda formalidade, realizando a marcha do Grau e saudando as Luzes hierarquicamente. SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO - INTRODUÇÃO

Considerando que a Sessão Magna de Iniciação é a prática Ritualística que mais requer esmero e de-

dicação de todos participantes, solicitamos aos Irmãos sua atenção para as Orientações abaixo relacionadas, a fim de se evitar desencontros e situações constrangedoras durante os trabalhos Ritualísticos.

È importante ressaltar que todos os Irmãos presentes na sessão são meramente coadjuvantes, onde o

ator principal é sempre o Candidato. Ele é o centro das atenções, e tudo deve ser feito para que os ensina-mentos transmitidos durante os trabalhos sejam pôr ele assimilados. Sua visão temporariamente impedida, possibilita uma audição aguçada e sensível. A presença de alguém sempre ao seu lado, deve sempre inspirar confiança e gerar tranqüilidade.

Todo cuidado no desenvolvimento do trabalho ritualístico e total atenção no desenrolar do mesmo, se

faz necessário para que se atinja na sua plenitude o objetivo principal, ou seja, o de possibilitar o inicio do pro-cesso de transformação “do Homem Comum em um Homem Maçom”. Todo tipo de brincadeira, chacota, con-versa paralela, insinuações entre outras atitudes não condizentes com os princípios maçônicos e que possam provocar qualquer tipo de constrangimento ou pondo às vezes em risco a integridade física da pessoa são inadmissíveis e inaceitáveis, quer durante a preparação do Candidato antes dos inicio dos trabalhos, quer du-rante o transcorrer dos trabalhos. Iniciação não é "trote". A Maçonaria é uma instituição séria composta de pessoas sérias, e como tal devemos agir e portar.

O Candidato após ser preparado, deve estar tranqüilo e confiante. Deve ser orientado quanto à impor-

tância da cerimônia simbólica pela qual vai passar, onde sua atenção deve ser total em tudo que vai ser falado e perguntado, para que suas respostas sejam sinceras, espontâneas e naturais. Durante o desenvolvimento dos trabalhos, deverá ser conduzido com moderação, sendo proibido usar de violência e excessos. É necessá-rio que o candidato esteja emocionalmente tranqüilo e equilibrado, totalmente confiante e seguro em relação ao seu guia e convicto de que está, entre amigos e futuros irmãos. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA UMA SESSÃO DE INICIAÇÃO

01 - Leitura prévia e cuidadosa do Ritual por todos aqueles que terão participação direta na sessão. É

indispensável pelo menos um ensaio com todos para se evitar falhas imperdoáveis, que descaracterizam e quebram a ritualística dos trabalhos de Iniciação.

O cuidado com a preparação de qualquer trabalho ritualístico, principalmente em uma Sessão Magna

de Iniciação, deve ser ponto de honra para qualquer administração. Durante o decorrer dos trabalhos, as leituras devem ser feitas com desenvoltura, em tom firme, voz

empostada, segura e de forma audível por todos presentes, sem titubeio e erros, que fazem com que até de

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olhos vendados o candidato perceba que os protagonistas estão inseguros e não dominam o que estão fazen-do. Existindo mais de um candidato, as perguntas podem ser feitas de forma alternadas entre eles.

O Templo deve ser adequadamente preparado. Todos devem estar rigorosamente vestidos e paramen-

tados, conforme determina a legislação maçônica pertinente. 02 - O Secretário deve preparar a documentação do Candidato com antecedência, onde deverá incluir

o Placet de Iniciação emitido pela Grande Loja, o Testamento a ser preenchido pelo candidato na Câmara das Reflexões, o Cim emitido pela Grande Loja e que deverá ser entregue no final da sessão bem como o Avental de Aprendiz, as Luvas Brancas e o Balandrau.

* As lojas devem preferencialmente adquirir os paramentos maçônicos (Avental, Luvas e o Balandrau)

no Atelier Maçônico da Grande Loja, de modo a padronizar os paramentos tanto entre os irmãos dos quadros quanto em eventos nacionais, quando nesse caso, todos estarão usando o mesmo padrão de vestimenta ritua-lística.

03 - O Mestre de Harmonia deve ter o cuidado de preparar a trilha sonora adequada para a solenidade, sempre preferencialmente com clássicos orquestrados. Sua total atenção para o desenrolar da Ritualística é imprescindível para não cometer fiascos, deixando de colocar música nas horas apropriadas ou utilizando de trilhas sonoras que não condizem com o desenvolvimento dos trabalhos. Durante toda a sessão a música deve se fazer presente de forma harmônica, cabendo ao Mestre de Harmonia manter a tonalidade e o volume do som o mais adequado possível para cada momento.

04 - O Arquiteto da Loja, deve deixar todos os itens necessários para o cerimonial devidamente prepa-

rado e nos seus devidos lugares. As Espadas, o Mar de Bronze para a prova da água, o Banco (e não cadeira) das Reflexões, as Taças Sagradas e as Bebidas: Amarga (de preferência de raízes naturais) e Doce (utilizar água e adoçante), enfim, preparar tudo antecipadamente, conforme determina o ritual.

05 - Na circulação do Tronco de Beneficência é função do Orador, de forma objetiva, explicar o signifi-

cado desta prática ao novo iniciado. O Orador deve preparar sua fala de modo que em poucas palavras sinte-tize a filosofia do Grau de Aprendiz, e na mesma oportunidade saudar o Iniciado em nome de todos IIr∴ da Loja, permitindo com isto que na "palavra relativa ao ato" ela fique integralmente disponível aos convidados.

06 - Os efeitos da Ritualística e da Liturgia em qualquer dos trabalhos maçônicos somente podem ser sentidos se o ritual for seguido integralmente. Não se pode suprimir parte do Ritual. Não existe trabalho ritua-lístico “sem formalidades”.

07 - O emprego do Malhete por parte do Ven.∴ e VVig∴, deve ser sincronizado, nítidos e com firmeza,

caracterizando atenção e segurança quanto aos trabalhos. Os VVig∴ devem estar atentos para os momentos de repique com o Malhete que deverão ser BATIDOS COM FORÇA E FIRMEZA, porem sem exageros.

08 - O Mestre de Cerimônias, O Guarda do Templo e o Experto, são peças fundamentais para o de-

senvolvimento correto dos trabalhos, com toda formalidade e rigor que exige o Ritual. Devem conhecer todos os procedimentos ritualísticos previstos para a sessão e dominar com segurança os textos maçônicos envolvi-dos na cerimônia.

09 - O traje do candidato é o Terno Escuro (preto ou azul marinho), a camisa branca, meias pretas, sapatos pretos e gravata preta. No caso de iniciação de Mulheres o traje da candidata é blazer preto e camise-te branca; meias pretas e sapatos pretos, não necessita o uso de gravata.

10 – INFORMAÇÕES GERAIS: Prova da Taça Sagrada - Não permitir ao candidato ingerir toda bebida doce, pois se o fizer, não pode-

rá "esgotar o amargo dos seus restos", como previsto no Ritual. Tudo deverá ocorrer com moderação, sendo proibido qualquer tipo de exagero, violência ou brutalidades.

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Banco das Reflexões - empregar um banco comum, sem encosto e não uma cadeira. É proibido o

uso da tábua com pregos ou similares, bem como cruzar espadas sobre o assento. O Candidato deve perma-necer na Câmara das Reflexões por alguns minutos em reflexão no mais profundo e absoluto silêncio.

Viagens - O Experto conduz o Candidato pelo braço durante todo tempo, transmitindo com este gesto

segurança e tranqüilidade.

ATIVIDADES EXERCIDAS PELO EXPERTO

O EXPERTO, como o nome já diz, é o perito da Loja e suas funções são múltiplas. Este cargo, por tra-

dição, é confiado a um Maçom experimentado que conhece a fundo os Rituais e a dinâmica do trabalho ritua-lístico em uma sessão, principalmente “Magna de Iniciação”, pois o seu papel é essencial em todas as Ceri-mônias Maçônicas, sendo executor de todas as decisões tomadas.

Nas Sessões Magnas de Iniciação cabe ao Irmão Experto (corretamente paramentado utilizando quan-

do necessário um capuz para não ser reconhecido e o balandrau preto) a tarefa e o cuidado de receber e pre-parar o candidato para que passe pelo cerimonial simbólico da Iniciação, conduzindo-o e instruindo-o com se-gurança. Cabe também ao Experto, coibir e proibir exageros e brincadeiras de mau gosto com o candidato, pois ele merece todo o nosso respeito.

01 - Recepção do Candidato - o candidato, deve ser introduzido ao prédio da Loja (preferencialmente

já vendado), de modo que não veja, nem identifique a ninguém, senão o seu introdutor, o Ir.: Experto deverá conduzi-lo a sala do átrio.

02 - Câmara de Reflexão - Introduzir o candidato a Câmara de Reflexão previamente preparada pelo

Arquiteto. Retirar a venda dos olhos e entregar-lhe o testamento a ser preenchido e assinado. Orientá-lo para observar atentamente e refletir sobre os símbolos e dizeres presentes na câmara.

03 - Paramentação do Candidato – Proceder conforme determina o ritual.

04 - Entrada ao Templo – Quando determinado no ritual, coloca-se a ponta da espada em contato com o peito, de modo que o candidato a sinta espetando.

ATENÇÃO: durante os questionamentos e perguntas, ficar atento para orientar o candidato, repetindo a questão ou pergunta se necessário for, porem tomando o máximo de cuidado para “não responder por ele”, ou, "colocar palavras e respostas na sua boca". As respostas do candidato deverão ser próprias dele, sem constrangimento, com a maior liberdade e franqueza possível.

NORMAS GERAIS DE COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO

Respeitando as particularidades, os procedimentos e a ritualística específica no Ritual, relacionamos

algumas normas gerais de comportamento ritualísticos básicos para os trabalhos em Loja. 1 - Não são feitos Sinais quando se circula normalmente pelo Templo, por dever de ofício ou não. 2 - Os Sinais maçônicos, de ordem e saudação, só são feitos quando o Obr∴ está em pé e parado; as-

sim é um grave erro fazer o Sinal enquanto se anda pelo Templo (a exceção é a marcha do Grau).

3 - Todos os Sinais maçônicos são feitos com a mão e jamais com instrumentos de trabalho (Malhetes, Espadas, Bastões, etc.) 4 - Qualquer sessão maçônica deve ser aberta e fechada com todas as formalidades ritualísticas, pois não é maçônica a sessão aberta e/ou fechada a um só golpe de malhete, ou com eliminação das principais passagens ritualísticas, salvo nos casos previstos na legislação maçônica.

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5 - Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo; isso deverá ser feito no átrio, tanto

por aqueles que participam do cortejo de entrada quanto por aqueles que chegam com atraso. 6 - Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do Templo. 7 - Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso permitido ao Templo, deverá fazê-lo com as devidas formalidades do Grau; é errado ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e sem autorização do Venerável. 8 - Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o Grau simbólico do Maçom - Aprendiz, Companheiro, ou Mestre - ou a sua qualidade de Mestre Instalado (que não é Grau), não sendo permitido constar o uso dos Graus Filosóficos em que ele esteja colado. 9 – Considerando que o Soberano Santuário da Maçonaria Brasileira do Antigo e Primitivo Rito Egípcio de Memphis-Misraim é autoridade sobre o sistema de instrução dirigido aos Triângulos Maçônicos, Lojas Ma-çônicas Simbólicas e Lojas Maçônicas Filosóficas, é permitido o uso de paramentos de Altos Graus ou Graus Filosóficos também em Loja Simbólica. 10 - É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação a um pronunciamento. 11 - Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio, para demonstrar aprovação ou aplauso. 12 - Qualquer Obreiro ao sair do Templo durante as Sessões, deve fazê-lo andando normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando um pretendido respeito ao Delta. 13 - Não é permitido retirar metais do tronco de Solidariedade durante a sua circulação. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca esvaziado ou diminuído por retiradas indevidas. 14 - É errado, ao colocar a sua contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar que o faz por ele e por Ir-mãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre pessoal e presencial. 15 - A formação da Cadeia de União, exige absoluto silêncio e postura ereta; assim, é um erro arrastar os pés e/ou balançar o corpo ou os braços nessa ocasião. 16 - Independentemente do Grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro que chegar atrasado à Sessão deverá dar somente três pancadas na porta. 17 - O Guarda do Templo, quando não puder dar ingresso, ainda, a um irmão retardatário, responderá com outras três pancadas no lado interno da porta. 18 - Não pode haver acúmulo da Sessão de Iniciação com qualquer outra ritualística, a não ser a de filiação. 19 - A circulação ordenada no Templo, no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do Grau. 20 - No Oriente não há padronização da marcha. 21 - Nos Templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e não com passos em esquadria. O Mesmo assunto deve observar o Orador que ao dirigir-se ao centro da loja para abertura do V.L.S.’. deve andar normalmente, (somente realizar a esquadria quando necessário) e não andar com todos os passos em esquadria. 22 - O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste (à esquerda de quem entra), saindo, depois, pelo Sudeste (à esquerda de quem sai).

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23 - Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companhei-ros. 24 - Nas Sessões abertas ao público (Sessão Pública e não Sessão Branca como se emprega errada-mente), os homens sentam-se, preferencialmente, na Coluna da Força - Norte, e as mulheres, na Coluna da Beleza – Sul. 25 - Nas Sessões abertas ao público (Sessão Pública) não é permitido correr o Tronco de Beneficência entre os “profanos”, preferencialmente não circular a Bolsa. 26 - Nenhum Obreiro pode sair do Templo sem autorização do Venerável. 27- Se o Obreiro for sair definitivamente do Templo, deverá, antes, colocar a sua contribuição no Tron-co de Beneficência, e entre colunas fazer a saudação ao Ven∴ e VVig∴, sempre acompanhando o M∴ de Cer∴. 28 – Após Abertura da Loja, o G.T.’., só sairá se alguém bater à porta do Templo. Se algum Obreiro for sair definitivamente do Templo o M∴ de Cer∴ acompanha-o até a saída. Nesses casos específicos,.o G.T.’. somente abre e fecha a porta da Loja. 29 - Sempre que um maçom desconhecido apresentar-se à porta do Templo ele deverá ser telhado pelo Ir.’. Experto. Telhar é examinar uma pessoa nos Toques, Sinais e Palavras, cobrindo-se o examinador contra eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com Trolhar que significa passar a tro-lha, aparando as arestas (apaziguando irmãos em eventual litígio). O termo certo, para o exame descrito é telhamento (trolhamento nesse caso, é incorreto) e, é por isso que o Ir.’. Experto é, também chamado “em nosso rito e muitos outros” de Cobridor ou Telhador (nos países de língua inglesa é o Tiler; nos de língua fran-cesa é o Tuileur; na Itália é o Tegolatore; e assim por diante).

Deve-se também durante o telhamento, solicitar a documentação maçônica (Carteira de Identificação Maçônica com data de validade em vigor ou documento similar) e profana (Carteira de Identidade) para se verificar a regularidade do visitante bem como da Obediência e Loja Maçônica à qual pertencer.

30 - A hora em que os Maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos, é sempre a do meio-dia por-

que esse momento do dia tem um grande significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais absoluta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém.

31 - A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo falecimento de um irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”. 32 - Os Obreiros com assento no Oriente “têm o direito”, se assim desejarem, de falar sentados. 33 - Irmãos visitantes (desconhecidos de alguém do quadro da loja), só são recebidos após a Ordem do Dia, não devendo, também participar das discussões de assuntos privativos da Loja.

34 - Um obreiro do Quadro, se chegar atrasado à Sessão, não poderá ingressar durante a abertura Ri-tualística.

35 - Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a de beneficência. 36 - Em qualquer cerimônia em que sejam usadas velas, elas serão sempre apagadas com abafador e não soprando a chama.

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37 - Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é que pode fazer a sagração do candidato à ini-ciação, à Elevação ou à Exaltação. Também só um Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante, símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração. 38 - Só o Maçom eleito para o Veneralato de uma Loja é que pode receber a dignidade de Mestre Ins-talado, depois de passar pelo Ritual de Instalação. 39 - O certo é Aclamação e não exclamação. 40 - Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se algum Obreiro das Colunas qui-ser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar, haverá todo o giro regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos “pela ordem”, para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma questão de ordem que só deve ser levantada para o enca-minhamento de votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos trabalhos. 41 - Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da palavra, para réplicas ou para introduzir um novo enfoque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte as colunas e faça o seu giro normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido.

42 - Durante as Sessões de Iniciação não pode ser dispensada nenhuma formalidade Ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em relação principalmente à genuflexão, que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não permití-la. O que deve ser feito antes da aceitação do can-didato é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa exigência do Rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra Oficina, cujo Rito não exija a genuflexão.

43 - Não é necessário o Aprendiz ser impedido de falar, em Loja, já que é só simbólico o seu impedi-mento de fazer uso da palavra, já que em qualquer sociedade iniciática, o recém-iniciado, simbolicamente, só ouve e aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o conhecimento para falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraismo persa e do pitagorismo. 44 - Não existe um tempo específico para a duração de uma Sessão maçônica, “embora o aconselhá-vel seja duas horas”, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer limitação do tempo de duração das Sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos membros do Quadro, impõem restrições à Loja e interfere na sua soberania, quando tal medida é tomada pe-las Obediências. Os Obreiros é que devem ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrele-vantes; o Venerável também tem que ter discernimento para evitar que a Sessão se estenda sem motivo justi-ficado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não pode ser medida imposta pela Obediência. O ideal, porém, é que todas as sessões ordinárias tenham início pontualmente às 20hs. 45 - Não é permitida a presença de imagens de santos, ou símbolos religiosos, no templo, para não interferir com a crença pessoal dos OObr∴; são permitidos, apenas, os símbolos alusivos ao G∴A∴D∴U∴, como o Delta Radiante. Errado é, portanto, colocar no Templo, imagens de S. João Batista, S. João Evangelis-ta, S. Jorge, etc. Todavia, é permitida a presença de representações de Zeus (Júpiter dos romanos), ou Atena (Minerva dos romanos), para o Ven∴, Ares (Marte dos romanos), para o 1º Vig∴ e Afrodite (Vênus dos roma-nos) para o 2º Vig∴, pois, além da assimilação aos atributos desses cargos, esses são deuses da mitologia greco-romana, que hoje não representam mais qualquer grupo religioso. 46 – Tanto na circulação da Bolsa das Prop∴como na Bolsa de Beneficência, o Oficial designado (Hospit∴, ou M∴ de CCer∴) deverá apresentar o recipiente, alargando-lhe a boca e virando a cabeça discre-tamente, para o lado. O Obr∴, sentado e sem qualquer sinal, colocará a sua mão fechada na sacola, retiran-do-a aberta (no caso do Tronco, principalmente, para que fique em segredo a sua contribuição). 47 - A Cerimônia de Incensação do Templo é permitida antes da abertura da sessão ou conforme de-termina o ritual. Porém a incensação é obrigatória, a loja poderá adotar a melhor forma.

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48 - Quando um Apr∴ tiver que apresentar algum trabalho (para aumento de salário, geralmente) ele deverá fazê-lo de seu lugar, na Coluna, e não do Or∴, que lhe é vedado, ou Entr∴ CCol∴, local que tem uso específico. 49 - O uso da palavra “Entre Colunas” é específico: caso algum Obr∴, que tenha o Grau de Mestre Maçom, seja flagrantemente, impedido de falar - ou ignorado, em seu pedido - pelo Vig:. de sua Col∴, num flagrante desrespeito aos seus direitos, poderá colocar-se Entr∴ CCol∴, de onde pode pedir a palavra direta-mente ao VM∴ e onde não pode ser interrompido, ou ter a palavra cassada, a não ser que se comporte sem o decoro exigido de um Maç∴, principalmente de um Mestre Maçom. 50 - O único membro do Quadro de uma Loja que, se chegar atrasado, tem o direito de ser recebido com formalidades, com todos os OObr∴ de pé e à ordem - é o Venerável. Porém é também o VM∴ que deve ser exemplo aos OObr∴, evitando atrasos. Pelo contrário, deve o VM∴ sempre chegar algumas horas antes para organizar os assuntos e preparar melhor a sessão. 51 - Em LLoj∴ simbólicas, são consideradas autoridades maçônicas os portadores de cargos em altos corpos simbólicos ou filosóficos - do Executivo, do Legislativo e do Judiciário - além de VVen∴ e ex-VVen∴ 52 - Durante os trabalhos os Sinais são: o de Ordem e a Saudação. Inclinação de cabeça ou tronco não são Sinais Maçônicos.

53 - Durante as Cerimônias de Iniciação é expressamente proibido se utilizar de práticas que possam comprometer a integridade física e psíquica do candidato, tais como: tábua de pregos, arame farpado, prova da coragem, visita a cemitérios, passeio em porta malas, entre outros exageros que não fazem parte do ceri-monial.

Encontros festivos As reuniões com características festivas envolvem além dos maçons e as suas famílias, as autoridades

públicas e as pessoas ilustres da sociedade local e por essa causa as formalidades devem ser conduzidas com muita habilidade.

Estes encontros podem acontecer nas seguintes ocasiões:

• Reuniões domiciliares; • Atividades cívicas, esportivas e culturais; • Banquetes em local público.

Reuniões domiciliares - Festa de aniversários e encontros fraternais Qualquer que seja o motivo destas reuniões, se forem realizadas em nome da loja ou de outro poder da

obediência, inclusive das organizações para-maçônicas, é obrigatório obedecer as formalidades. Mesmo nas festas de aniversários de irmãos, cunhadas e sobrinhos, quando é festa oficial, devem ser observados os pro-cedimentos aqui mencionados.

É melhor que o início do cerimonial aconteça logo que chegarem os últimos convidados. Na primeira pro-

vidência, o Mestre de Cerimônias da Loja escolhe um lugar destacado à frente de todos e daí anuncia o motivo da festa e oficialmente abre a reunião. Em seguida forma o quadro das autoridades maçônicas, convidando-as para se colocarem à frente, na seguinte ordem: os Vigilantes, e as autoridades maçônicas presentes. Final-mente chama o Venerável Mestre da Loja. Se o Grão-Mestre estiver presente este é o último a ser chamado. Após convida o Orador para fazer uma prece de abertura, em nome de Deus – o G.A.D.U.’.

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Feita a prece, o Mestre de Cerimônias convida um irmão do quadro para falar em alusão ao ato, em no-me da Loja. Em seguida fala o Venerável Mestre da Loja e por último, como é tradição, o discurso do Grão-Mestre.

O Mestre de Cerimônias da Loja encerra as formalidade em seguida ao discurso Venerável Mestre da

Loja ou do Grão-Mestre (se estiver presente), e a festa continua sem necessidade de qualquer outra interfe-rência oficial.

Atividades cívicas, esportivas e culturais O hasteamento da Bandeira Nacional em atividades Cívicas obedece as normas peculiares:

1. A Bandeira do Brasil no centro. 2. À esquerda, a Bandeira do estado. 3. A direita, a Bandeira do Município e à sua direita a Bandeira da Grande Loja.

Essa regra serve para todas as atividades em que acontece o hasteamento de bandeiras. O Hino Nacio-nal é executado durante o hasteamento do Pavilhão Nacional.

A Bandeira Nacional nestas atividades é hasteada às 8:00 e arriada às 18:00 horas. Para que o Pavilhão

Nacional possa ficar hasteado também à noite é necessário que ele seja perfeitamente iluminado durante este período.

Banquetes em Local Público

A ABERTURA

O Parlatório deve ser montado de frente para o salão e ao lado da mesa das autoridades. Quem for usar

da palavra não pode ficar de costas para esta mesa. O Mestre de Cerimônias da Loja sobe ao palco e abre oficialmente o encontro em nome de Deus – o

G.A.D.U.’. , após saúda os presentes e faz uma breve explicação sobre o motivo da solenidade.

O ambiente formado para a realização dos banquetes será composto de mesas em forma da letra "U",com a parte oriental reservada para as autoridades maçônicas e suas respectivas esposas, sendo que as duas "pernas" das mesas serão ocupadas pelos demais irmãos, cunhadas e convidados, acompanhados de suas famílias.

O Mestre de Cerimônias convida o irmão Porta- Estandarte para conduzir o Estandarte da Loja e levá-lo

ao pedestal já colocado atrás ou ao lado da mesa das autoridades, de acordo com o espaço disponível. Após a colocação do estandarte respectivo, retorna ao seu lugar no salão.

Antes da formação da mesa das autoridades, os Portas-Espadas devem se colocar no lugar adequado

para formar a abóbada de aço na passagem dos irmãos com cargos importantes e suas esposas. Os portas-Espadas devem estar vestido com o terno preto, sapatos e meias pretas, camisa branca e gravata preta, luvas brancas.

Os Portas-Espadas devem se colocar estrategicamente para que todas as autoridades da mesa principal passem sob a abóbada de aço.

A espada estará sempre na sua mão direita: quando estiver em movimento a ponta da espada deve ficar

com a ponta para o chão, junto a sua perna direita. Quando o porta-espada estiver parado e a abóbada não formada, a espada repousa sobre o ombro direito.

Esta posição só muda quando é formada a abóbada de aço, com a ponta da espada cruzada com a do

outro porta-espada à sua frente. Todos os Portas-Espadas permanecerão nesta posição até a passagem das autoridades.

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A comissão de Portas-Espadas deve ficar atenta para que a abóbada de aço seja formada antes da a-

proximação das autoridades. Deve ser tomado todo o cuidado para que ninguém se machuque durante o movimento das espadas. O

movimento com as espadas deve ser feito de forma sincronizada e com expressão no início e no fim de cada movimento com as mesmas.

Após a recepção às autoridades, a comissão de Portas-Espadas retornam em fila para os seus lugares

de origem, com as espadas apontadas para o piso.

A Composição da Mesa Principal Depois que todos os irmãos, cunhadas e convidados estão instalados em seus lugares, o Mestre de Ce-

rimônias convida as autoridades para tomarem assento nos lugares que lhes foram reservados juntamente com as suas respectivas esposas.

As autoridades não maçônicas são as primeiras a serem chamadas para tomar os seus lugares à mesa principal. Um irmão designado deve estar próximo à mesa para indicar à autoridade o seu lugar.

As autoridades maçônicas quando convidadas a ocupar seus lugares são recebidas com palmas.

Para a entrada da maior autoridade maçônica presente à solenidade como o Grão Mestre, autoridades

do Poder Central ou o Venerável Mestre da Loja, o Mestre de Cerimônias solicita que todos fiquem de pé e anuncia: "Irmãos, cunhadas, sobrinhos e convidados, temos a honra de chamar agora a maior autoridade ma-çônica presente, o (cargo que exerce), venerável irmão...".

Só existe uma exceção que justifica a entrada de irmão depois da maior autoridade maçônica: na inicia-

ção de novos obreiros. Nessas ocasiões quando os novos maçons são recebidos não por parte, mas por toda a congregação de irmãos.

Nas festas de iniciação os iniciados com suas esposas, (se forem casados), aguardam fora do recinto do

banquete o chamado do Mestre de Cerimônias. O Mestre de Cerimônias solicita a um irmão do quadro que acompanhado por sua esposa, conduza o

novo iniciado e sua esposa (se for casado), para a sua cadeira. A condução é feita com o irmão de braços dados coma nova cunhada e o novo irmão da mesma forma,

entra de braços dados com a cunhada mais antiga.

A Entrada da Bandeira Nacional Em seguida à formação da mesa e a entrada dos iniciados, o Mestre de Cerimônias convida o Porta-

Bandeira para ingressar no recinto da reunião com a Bandeira Nacional. O Porta-Bandeira deve estar de terno preto com gravata preta e luvas brancas. A Bandeira Nacional é conduzida já instalada em seu mastro, para evitar a formalidade de ter de dobrá-

la. O mastro com a Bandeira é colocado sobre o ombro direito e seguro com ambas as mãos. Com o corpo aprumado entra no ambiente da reunião ao som do Hino Nacional e com passos cadencia-

dos vai até o pedestal estrategicamente colocado à frente das mesas do salão: atrás ou ao lado da mesa das autoridade e ali instala a Bandeira.

As outras bandeiras como a do Estado, do Município e do Grande Loja já devem estar colocadas em

seus respectivos lugares.

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Após a instalação do Pavilhão Nacional o Mestre de Cerimônias convida os irmãos a usarem da palavra na ordem de costume.

Uso da Palavra:

1. O Aprendiz (com maior tempo de iniciação) da Loja deve ser escolhido para usar da palavra em nome dos novos iniciados, quando for festa de iniciação;

2. A autoridade não maçônica; 3. Um irmão (Mestre-Maçom) do quadro de obreiros escolhido para falar com tema alusivo ao ato; 4. Mestres Maçons visitantes de outra Obediência; 5. O Venerável Mestre da Loja; 6. As autoridades do Poder Central. 7. O Soberano Grão-Mestre.

O Banquete

Depois de encerrado o uso da palavra é servido o almoço ou jantar.

O Encerramento da Solenidade Posteriormente ao almoço ou jantar, o Mestre de Cerimônias convida os irmãos para a solenidade de en-

cerramento.

O Porta-Bandeira é convidado a retirar o Pavilhão Nacional com a saudação de praxe: "Bandeira do Brasil, que acabas de assistir os nossos trabalhos; inspira-nos sempre com a tua divisa Or-

dem e Progresso, fonte asseguradora da fraternidade e da Evolução, ideais supremos da humanidade na sua marcha infinita através dos séculos."

"Recebe dos obreiros maçons, aqui reunidos, o compromisso de fidelidade maçônica na defesa dos su-

premos interesses do grande País que és símbolo augusto pleno de generosidade e nobreza."

O Final O Mestre de Cerimônias encerra oficialmente o ato agradecendo a presença de todos, em nome de

Deus, o Grande Arquiteto do Universo.

É proibida a reprodução total ou parcial deste documento, nem a recopilação em um sistema informático, nem a transmis-são por qualquer forma ou por qualquer meio, por registro ou por outros métodos, sem a permissão prévia e por escrito do Soberano Santuário da Maçonaria Brasileira.

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PAINEL DO GRAU

APRENDIZ MAÇOM