Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística...

20

Transcript of Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística...

Page 1: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.
Page 2: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01

Page 3: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Presidenta da RepúblicaDilma Vana Rousseff

Ministro de Estado da CulturaJuca Ferreira

Presidente do Instituto Brasileiro de MuseusCarlos Roberto Brandão

Diretora do Museu Nacional de Belas ArtesMônica F. Braunschweiger Xexéo

02

Revista Eletrônica Avenida n. 01

Page 4: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

03Sumário

MELLO JÚNIOR, Donato. As exposições gerais na Academia de Belas Artes no Segundo Reinado. In: Anais do Congresso de História do Segundo Reinado. (Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro). Brasília; Rio de Janeiro: 1984. p. 203-8.

MELLO JÚNIOR, Donato. Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Brasília; Rio de Janeiro: 1985. p. 5-18.

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES [Brasil]. Exposição Le Breton e a Missão Artística Francesa de 1816. Rio de Janeiro: [s.n.], 1960. p.5-32, il.

BARATA, Mário. Manuscritos inéditos de Le Breton – Sobre o estabelecimento da dupla Escola de Arte no Rio de Janeiro, em 1816. In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Vol 14. Rio de Janeiro: 1959.

Sumário

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

Page 5: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Apresentação

OO Museu Nacional de Belas Artes, inaugura com esta publicação sua nova fase editorial.

A Revista Avenida caracteriza-se por ser uma publicação técnica e científica voltada para a área da museologia. História da arte, do patrimônio e da preservação, em aliança com os campos da tecnologia aplicada e educação.

Este volume é dedicado aos estudiosos que contribuíram para a divulgação e conhecimento da Missão Artística Francesa.

A atual exposição intitulada “Três Culturas e uma pintura: A morte de Germânico”, com curadoria de Anaildo Baraçal, museólogo do MNBA, irá discutir a importância do exercício da cópia na formação de um artista nos oitocentos, a partir da obra de Debret e sua relação com a Coleção Lebreton. Acompanha a publicação, um ensaio da historiadora da arte Caroline Ting, na qual apresenta uma análise a respeito da arte da cópia na atualidade.

Assim, esperamos que este assunto selecionado para ser discutido na Semana de Museus 2016, estimule novos expectadores.

04 Apresentação

Revista Eletrônica Avenida n. 01

Page 6: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Mônica F. Braunschweiger Xexéo Diretora do MNBA / Ibram / MinC

O nosso agradecimento a todos os parceiros, instituições e técnicos envolvidos neste projeto tão singular para o Museu Nacional de Belas Artes. A nossa homenagem aos inúmeros estudiosos que se dedicaram ao tema e nos legaram um riquíssimo repertório documental a respeito da importância da Missão Artística Francesa no desenvolvimento do ensino oficial de arte no Brasil.

Retoma sua vocação histórica, traduzida por seu raro e precioso acervo de obras de arte, herdeiro que é da Pinacoteca da Academia Imperial de Belas Artes.

Boa leitura!!

05

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

Page 7: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

AS EXPOSIÇÕES GERAIS NA ACADEMIA IMPERIAL DAS BELAS ARTES NO SEGUNDO REINADO

DONATO MELLO JÚNIOR

Page 8: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

07

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

As exposições gerais na academia imperial das belas artes no segundo reinado

AS EXPOSIÇÕES GERAIS NA ACADEMIA IMPERIAL DAS BELAS ARTES NO 2º REINADO

Sua importância artística e a presença de D. Pedro II

«Nunca me esqueci da Acadamia das Belas Artes. . .»Dom Pedro II (carta ao Visconde de Taunay, em 23 de abril de 1891).

Donato Mello Júnior

A história da cultura artística do 2º Reinado está a merecer um trabalho global para a melhor compreensão da Arte no Brasil e da nossa Civilização. Existe uma literatura coeva dispersa em jornais, revistas, catálogos, livros, etc.. além de boa documentação arquival para as devidas pesquisas, afora a própria pre-sença do acervo artístico chegado até hoje.

A documentação primeira, impressa ou não, revela-nos a produção artística, dita erudita, sob o clima, as tendências e os condicionamentos da ocasião, e a biblio-grafia posterior, desvinculada do ambiente contemporâneo, pôde melhor historiar, ajuizar, analisar e criticar, com a perspectiva do Tempo, a evolução das idéias e das escolas artísticas na paisagem histórica do 2º Reinado.

A existência de obras de arte ― arquitetura, pintura, escultura, gravura e artes industriais, hoje em parte sob a proteção do Patrimônio Histórico e Artístico, ou nas coleções publicas ou particulares, são os melhores testemunhos desse passado artístico, reflexos de uma época e bens culturais da nossa civilização.

No estudo que faremos das Exposições Gerais de Belas Artes, identificaremos algumas das obras então expostas. Muitas outras existirão ainda por se confirmar como procedentes daqueles eventos, os quais, se não lhes aumentam o valor intrínse-co, pelo menos situam-nas melhor na nossa história artística.

Page 9: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Revista Eletrônica Avenida n. 01

08

Na época do 2º Reinado, as manifestações da Arte erudita partiam da Corte para as Províncias, mas eram em geral estas unidades territoriais que forneciam suas vocações de artistas, que vinham desabrochar na Metrópole graças ao pólo artístico que o Rio de Janeiro representava, onde a Academia Imperial das Belas Artes, alguma proteção da Corte e o «imperial bolsinho» de Dom Pedro II permitiam certo clima artístico. De fato, a Academia e o Imperador foram praticamente os responsáveis pelo nosso ambiente artístico, em escala com o nosso desenvolvimento econômico e social. A Academia polarizava então o movimento de Arte: pelo ensino acadêmico, pelas Exposições-Gerais e por sua colaboração ao Governo como uma espécie de Conselho de Belas Artes, ouvida muitas vezes ou, mesmo, pedindo para ser ouvida.

Ao iniciar-se o 2º Reinado, em 1840, o ensino oficial e organizado era recente. (¹) Nascera das intenções culturais e artísticas postas em prática pela famosa Missão Artística Francesa de 1816.

Donato Mello Júnior

Page 10: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

09As exposições gerais na academia imperial das belas artes no segundo reinado

A MISSÃO ARTÍSTICA

Já é bastante conhecida grande parte da história da Missão Artística Francesa, cujas raízes vêm de 1815, quando uma série de circunstâncias favoráveis permitiram a oportunidade especial de agrupar alguns artistas franceses, muitos de alto gab-arito, mas descontentes ou insatisfeitos na ocasião, pelo que decidiram eles tentar a nova vida sob o sol e o horizonte do Rio de Janeiro, graças à compreensão e à visão do Príncipe Regente D. João. pouco antes da nossa elevação a Reino Unido.

Organizava-se já em Paris a Missão em fins de 1815 quando a elevação foi decretada a 17 de dezembro do referido ano. Chegada aqui, após alguns meses de espera, foi, pelo decreto de 12 de agosto de 1816, estabelecida uma Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, mais tarde substituída por outra denominada Real Aca-demia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura, por ato datado de 12 de outu-bro de 1820, para, logo a seguir, ser alterada para Academia das Artes, por força de outro decreto, de 23 de novembro do mesmo ano. Finalmente, vingou, tempos depois, o nome de Academia Imperial das Belas Artes, desaparecido com a queda da Monarquia, substituído, na reforma de 1890, por Escola Nacional de Belas Artes, hoje simplesmente Escola de Belas Artes. Tivemos, assim, uma Academia de Belas Artes antes mesmo de Portugal.

A queda de Napoleão e o Congresso de Viena mudaram a fisionomia da Europa e, com o fim do império corso, bonapartistas sofreram revezes que os obrigaram a buscar novas terras e outros ambientes. A Missão trouxe alguns nomes respeitáveis, como os de Joaquim Lebreton, seu organizador em Paris, Augusto Henrique Vitor Grandjean de Montigny, na qualidade de arquiteto, Augusto Taunay, escultor, Nicolau Antônio Taunay, pintor de Paisagem, que se fez acompanhar da sua família (um dos filhos, Félix Emílio Taunay, também pintor), João Baptista Debret, pintor de História, Simão Pradier, gravador em metal, núcleo esse acrescido de vários artesãos e, um pouco mais tarde, em 1817, enriquecido pela incorporação dos irmãos Marcos e Zeferino Ferrez, escultor e gravador de medalhas, respectivamente.

Page 11: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Revista Eletrônica Avenida n. 01

10

Dificuldades políticas, ocorridas depois da morte do Conde da Barca, aumen-tadas com o a do próprio Lebreton, que desanimara ante aos tropeços, atrapalharam a ação dos franceses, obstruída ainda pela direção da Academia dada ao pintor por-tuguês Henrique José da Silva, que logo se indispôs com os missionários gauleses, por motivos de metodologia e de antipatia, o que só foi superado em 1834, com sua morte. A instalação da Academia arrastou-se por dez anos, só começando a funcio-nar em 5 de novembro de 1826 no edifício inconcluso projetado por Grandjean de Montigny, então inaugurada por D. Pedro I.

A Missão Artística trouxe para o Brasil, e foi muito natural, o espírito da arte francesa do início do século XIX, que floresceu como Estilo Napoleônico ou Im-pério, o famoso Estilo Neoclássico, de tão nobre presença e austeridade, representa-do na época pelos Arquitetos Percier e Fontaine, na Arquitetura, e, na Pintura, pela figura máxima de Louis David, artista que fez escola, seguido de J.M.Joseph Ingres, todos cultores de uma arte clássica, de estilo inspirado nas grandes eras de Atenas e de Roma. Chaudet, francês, Thorwaldsen, dinamarquês, e Canova, italiano, foram então os clássicos da Escultura, voltados para os ideais helênicos e romanos.

As realizações desses artistas, pintores e escultores, como os de sua Escola, basearam-se em nobres figuras idealizadas, belamente posadas e grupadas para as suas composições históricas, suas alegrias, cenas mitológicas e fastos greco-romanos, temário só superado e equilibrado pelas grandes composições da história coeva e pelos retratos, ambos tratados com elegência, nobreza e força, embora disciplinados pela composição. Os arquitetos também se disciplinaram, pelo emprego das ordens clássicas e um sentido rigoroso de simetria e de sobriedade.

O severo e nobre neoclassicismo sucedera ao elegante e frívolo Rococo e sua reação classicizante, o estilo Luis XVI. Quando da vinda da Missão (1816), já o clas-sicismo davidiano tendia para novos ideais, que tomariam corpo nos idos de 1825 com o Romantismo, paralelamente ao estilo clássico que perduraria inclusive lado a lado com os sucessivos «ismos» do século XIX.

Encontrara a Missão, no Brasil, a decadência do estilo colonial, cá desenvolvi-do com as formas trazidas do Barroco português, e aqui florescido, sob várias for-

Donato Mello Júnior

Page 12: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

11As exposições gerais na academia imperial das belas artes no segundo reinado

mas, por todo o século XVIII, até com expressões locais e desabrochado na fase do ciclo do ouro e dos diamantes, principalmente nos domínios da Arquitetura e da Arte Sacra, graças ao mecenado do Rei e da Igreja. Esgotados o ouro e os diamantes, perdeu a Arte, no início do século XIX, a sua riqueza dourada, a sua prataria, o seu mobiliário, dos estilos D. João V, D. José e D. Maria I.

A evolução dos tipos de altares, estudada por Lúcio Costa, (²) demonstra o empobrecimento e a simplificação dos estilos: passara a época dos ricos conventos e das opulentas Irmandades. A arte colonial dera seu canto de cisne com as obras finais de arquitetura e de escultura de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em Congonhas do Campo, e com as do Mestre Valentim nas igrejas cariocas; ambos falecidos pouco antes do início de outra fase: a era da Missão.

A vinda da Família Real e da sua Corte dera margem a uma lenta evolução e progresso social, uma modernização de hábitos e de cultura, através da crescente influência inglesa (no comércio e na indústria), seguida da francesa (na cultura, nas modas e nos costumes).

A Missão, embora criando a descontinuidade da arte colonial, trouxe o mod-erno de então, ensinou o que se doutrinava na «Beaux- de Paris e se inspirava no que se exibia nos «Salons» do Louvre.

Aqui ela acelerou um processo cultural, lentamente assimilado, de espírito classicizante, isoladamente já implantado em Belém do Pará, com o arquiteto italia-no neopaladiano, Antônio José Landi, e, em Salvador, mais tarde, aparecido no pré-dio da Associação Comercial, assim como no Teatro São João, no Rio de Janeiro. A abertura dos portos permitira uma nova vida com a vinda ou passagem de viajantes e artistas a animarem a pacata existência da Corte, que aos poucos foi perdendo o predomínio da cultura portuguesa.

Francisco Marques dos Santos (3) em ― O ambiente artístico fluminense à chegada da Missão Francesa em 1816, nos dá uma idéia dos artistas, da sociedade e das atividades artísticas do início do Reino Unido, sob D. João VI.

Page 13: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Revista Eletrônica Avenida n. 01

12

O ENSINO DA MISSÃO

A Missão e o ensino já têm sua crônica relativamente bem conhecida, graças aos trabalhos de Debret, (4) artista da mesma, de Afonso de Escragnolle Taunay, seu historiador, (5) de Morales de los Rios Filho, (6) estudioso de Grandjean e do ensino artístico, de Alfredo Galvão, pesquisador da Academia, (7) de Guilherme Auler, pes-quisador das relações dos artistas com o Imperador, (8), de Francisco Marques dos Santos, (9) pesquisador do ambiente artístico na imprensa, e por estudos de mais alguns, como do crítico de arte e historiador, Mário Barata, (10) de Gilberto Ferrez, pesquisador da iconografia carioca, (11) bem como da jornalista Gean Maria Bitten-court, (12) afora outros mais. Atualmente, já os franceses se interessam por seu expa-triados. (13) Nossa modesta contribuição resume-se em algumas pesquisas setoriais em torno de Grandjean e seus discípulos e dos expositores, (14) acrescida agora com o escorço do presente panorama das Exposições Gerais da Academia.

Instalado o ensino, tendeu, como era natural, para o culto da arte da antiguidade clássica, modelo e inspiradora do Renascimento, renovado por estilos classicizantes e pelo neoclássico. Baseava-se o aprendizado no ensino em atelier, partindo-se da cópia de estampas ou de modelos e onde os discípulos aprendiam sob a influência de um Mestre vendo-o trabalhar, seja reproduzindo suas obras, seja ajudando-o em seus trabalhos e assimilando regras de composição, proporção e cores, de acordo com princípios tornados clássicos. A propensão para fórmulas e regras de fazer e de compor evoluíam para o Academicismo ou Academismo, que resistia a certas inovações de espíritos avançados e de vanguarda, pelo que só lentamente, depois de consagrados, eram introduzidas no currículo acadêmico. Na própria Europa observava-se, como aqui, a defasagem entre o ensino «Beaux-Arts» e as tendências vanguardistas: ensinava-se o consagrado nos Salões e estudado nos grandes Mestres. Lá, como em nosso meio, os grandes professores passavam pelo famoso Prêmio de Roma.

Como veremos no estudo rápido dos Salões da Academia, as composições acadêmicas predominavam aqui em plena fase do Romantismo europeu e, por

Donato Mello Júnior

Page 14: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

13As exposições gerais na academia imperial das belas artes no segundo reinado

ocasião das primeiras manifestações locais desse, já estava o mesmo superado pelo Realismo e pelo Naturalismo. A defasagem continuou por todo o 2º Reinado com a predominância do Academismo e do Estilismo. A Academia não conheceu a revolução impressionista.

O ensino artístico se completava aqui com os cobiçados prêmios de viagem, obtidos em concursos escolares e com as mostras das Exposições Gerais. Paris e Roma eram as metas para estágios prolongados, sob orientação da Academia, que regulava as premiações e indicava locais, mestres, prazos e o mais, o que levava os discípulos a freqüentarem professores de formação acadêmica e Academias do tipo «Beaux-Arts», cuja conseqüência era o afastamento dos mesmos das vocações renovadoras, só lentamente aceitas e assimiladas. O temário dos concursos para os professores e para os prêmios de Roma era ambicioso, pois girava em torno da antiguidade clássica ou do Antigo e Novo Testamento.

Page 15: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Créditos: Museu Nacional de Belas Artes/IBRAM/MinC

Assessoria de ImprensaNelson Moreira Junior

Coordenação TécnicaDaniela Matera, Carina Tomaz Mesquita (Estagiária),José Antonio Patane (Apoio)

Curador da Coleção de Pintura EstrangeiraAnaildo Baraçal, Analu Perdigão (Estagiária),Mirelle Mencarini de Mello (Estagiária)

Curador da Coleção de GravuraLaura Abreu

Curador da Coleção Novas LinguagensDaniel Barretto

Curador da Coleção de Escultura Eurípedes Junior

Coleções Especiais Amauri Dias

RegistroCláudia Rocha, Cinda Alcantara, Manuela de Catuária (Estagiária),Micheline Menin (Estagiária)

Sistema de Informações do Acervo do Museu Nacional de Belas Artes - (SIMBA)Daniela Matera (Coordenação)Valter Gilson Gemente

Núcleo de ImagemVicente do Carmo

Biblioteca e Arquivo Histórico Mary Komatsu, Ângela Cirene Teles, Júlia Maria Bastos, Marcia Loureiro Pires Rebelo, Vicência Mendes, Pollyana Suassuna Sales, Thaís Freitas, Lusia Soares (Apoio), Mailon Amorim (Estagiário)

14 Créditos institucionais

Revista Eletrônica Avenida n. 01

Page 16: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

Coordenação de ComunicaçãoAmandio Miguel dos Santos

Exposições TemporáriasLucia IbrahimOctávio Fideles de Abreu (Estagiário)

EducativoRossano Antenuzzi, Simone Bibian, Henrique Guilherme Guimarães, Raissa Lima (Estagiária)

Comunicação VisualGuilherme SarmentoJaime Frajdenberg (Estagiário)

Difusão CulturalAna Telles da Silva

Coordenação de ConservaçãoNilsélia DiogoJadir Pinheiro de Sousa (apoio)

Reserva TécnicaClaudia Ribeiro Antonio Carlos Oliveira

Restauração de PinturaLarissa Long

Coordenação AdministrativaClaudia Pessino, Edemilson Barbosa (apoio)

Logística e EventosJosé Rodrigues Neto

Financeiro e OrçamentoWaldir Luiz Lane

Recursos HumanosPriscila SilvaMariana da Cruz Campos (Estagiária)

15

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

Page 17: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

PatrimônioLucio Roberto Machado

LicitaçãoJoão Carlos Esteves

AlmoxarifadoJorgival Freire

ProtocoloSergio AlcântaraPaulo Roberto da Silva

Segurança InternaIlmar de Barros, Hindemburgo Alves da Silva, Janilson dos Santos, Pedro da Silva, Luiz Carlos Bezerra, Wagner Vasques

Conselho Científico de ExposiçõesAmandio Miguel dos Santos, Claudia Saldanha, Daniel Barretto da Silva, George Kornis, Ivan Coelho de Sá, Luciano Migliaccio, Mario Panaro, Morris Braun, Nelson Moreira, Paulo Vidal, Pedro Xexéo, Renato Lessa, Teresa Miranda, Sheila Salewski, Suzana Queiroga, Walter Goldfaber

Associação de Amigos do MNBAEmbaixador Alberto Costa e Silva, Embaixador Vasco Mariz, Carlos Dimuro, João Mauricio Araujo Pinho, Geraldo Carneiro Gustavo Ribeiro, Diógenes Campos, Ivan Coelho de Sá, Maria Tereza Taunay, Mario Panaro, Morris Braun, Fernando Kalache.

16 Créditos institucionais

Revista Eletrônica Avenida n. 01

Page 18: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

17Créditos editoriais

Coordenação EditorialMônica F. Braunschweiger Xexéo

OrganizaçãoAna Teles da SilvaMary KomatsuNelson Moreira Júnior

RevisãoThiago Teixeira - Agência DCD

Capa ( a partir de desenho de Rodolfo Amoedo)Guilherme Sarmento

Projeto Gráfico e EditoraçãoRaphael Nunes - Agência DCD

AgradecimentosLúcia IbrahimAmândio Miguel dos SantosNilselia DiogoDaniela MateraPedro XexéoJosé NetoCláudia PessinoInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro. IHGBInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. IPHAN

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

Page 19: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

18 Créditos

Revista Eletrônica Avenida n. 01

Realização

Parceiros Institucionais

Apoio Cultural

Page 20: Rio de Janeiro. Maio 2016. Nº 01...Nicolau Antônio Taunay, precursor da Missão Artística Francesa de 1816: duas cartas suas, inéditas, colocam¬-no na origem remota da Missão.

13Créditos editoriais

Museu Nacional de Belas Artes - Maio 2016

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTESAv. Rio Branco, 199 - Centro

Rio de Janeiro - Brasil - CEP: 20.040-008

www.mnba .org.br

www.facebook .com/MNBARio