22 a 24 de novembro de 2017 RESUMOS - UNIMAR | Vestibular … · vinda da Missão Artística...

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UNIVERSIDADE DE MARÍLIA XII SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E VIII ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE MARÍLIA 22 a 24 de novembro de 2017 RESUMOS Volume 1 - Graduação ISSN 2176-8544

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  • UNIVERSIDADE DE MARLIA

    XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA E VIII ENCONTRO

    DE PS-GRADUAO DA UNIVERSIDADE DE MARLIA

    22 a 24 de novembro de 2017

    RESUMOS

    Volume 1 - Graduao

    ISSN 2176-8544

  • UNIVERSIDADE DE MARLIA

    REITOR Mrcio Mesquita Serva

    VICE-REITORA Regina Lcia Otaiano Losasso Serva

    PR-REITOR DE GRADUAO Jos Roberto Marques de Castro

    PR-REITORA DE PESQUISA E PS-GRADUAO Fernanda Mesquita Serva

    PR-REITORA DE AO COMUNITRIA Fernanda Mesquita Serva

    UNIMAR-UNIVERSIDADE DE MARLIA Av. Higyno Muzzi Filho, 1001 CEP 17.525-902

    Marlia SP Tel.: 14 2105-4000

    Home page: http//www.unimar.br

    MARLIA-SP

  • UNIVERSIDADE DE MARLIA

    XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA

    VIII ENCONTRO DE PS-GRADUAO DA

    UNIVERSIDADE DE MARLIA

    22 a 24 de novembro de 2017

  • COMIT INSTITUCIONAL DE INICIAO CIENTFICA

    Cincias Humanas e Sociais Aplicadas Professor Doutor Emerson Ademir Borges de Oliveira

    Professora Mestre Maria Ins Godinho Professora Doutora Walkiria Martinez Heinrich Ferrer

    .

    Cincias Agrrias Professor Doutor Fbio Manhoso

    Professor Doutor Carlo Rossi Del Carratore Professor Doutor Rodolfo Spers

    Cincias Exatas e Tecnolgicas

    Professora Mestre Palmira Cordeiro Barbosa Professor Mestre Odair Laurindo Filho

    Professor Mestre Alexandre Ricardo Alferes Bertoncini

    Cincias Biolgicas e da Sade Professora Doutora Tereza Las Menegucci Zutin

    Professora Doutora Regina Clia Ermel Professor Doutor Heron Fernando De Sousa Gonzaga

    Ncleo de Apoio Pesquisa NIPEX/UNIMAR

    Os textos da presente obra so de exclusiva responsabilidade de seus autores

  • APRESENTAO

    O XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA e VIII ENCONTRO DE

    PS-GRADUAO XII SIC/ VIII ENPS - demonstram a seriedade e

    comprometimento da UNIMAR com a pesquisa cientfica, sendo partes integrantes do

    processo de ensino e aprendizagem, contribuindo de forma significativa para a formao

    acadmica dos alunos e desenvolvimento da comunidade cientfica.

    Este caderno traz 385 trabalhos produzidos no mbito da graduao, sendo 196

    na rea das Cincias Biolgicas e da Sade, 47 na rea das Cincias Agrrias, 74 nas

    Cincias Exatas e Tecnolgicas e 68 na rea de Cincias Humanas e Sociais Aplicadas,

    mostrando um crescimento da pesquisa cientfica como parte do processo de aquisio

    de conhecimento, produo e reflexo, contribuindo para a formao dos alunos e

    desenvolvimento da sociedade. Apresenta tambm importante integrao com centros

    de Ensino e universidades privadas e pblicas que tambm encaminharam trabalhos.

    Sem dvida alguma este evento apresenta o compromisso da UNIMAR com a

    indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso, no devendo esta expresso ser

    apenas uma frase de efeito, ou simples reproduo do texto constitucional no seu artigo

    207, mas sim o norte da Universidade na construo do saber e do seu papel na

    sociedade.

    Esperamos que esses trabalhos, que sero apresentados entre os dias 22 e 24 de

    novembro, representem significativo ganho de conhecimento por parte dos participantes

    e incentivem cada vez mais discentes na produo de pesquisas cientficas.

    Profa. Dra. Marisa Rossignoli

    Docente da rea de Economia de cursos de graduao e

    Docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito

    Universidade de Marilia.

    Novembro de 2017

  • XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA

    ATIVIDADES CIENTFICAS DOS CURSOS DE GRADUAO

    Sesso de comunicaes

    Arquitetura e Urbanismo ......................................................................................... 08

    Biomedicina ............................................................................................................. 20

    Cincias Contbeis .................................................................................................. 31

    Direito ...................................................................................................................... 42

    Educao Fsica ...................................................................................................... 128

    Enfermagem............................................................................................................ 145

    Engenharia Agronmica ......................................................................................... 163

    Engenharia Civil ..................................................................................................... 177

    Engenharia Eltrica................................................................................................. 199

    Engenharia de Produo Mecnica......................................................................... 203

    Farmcia ................................................................................................................. 222

    Fisioterapia ............................................................................................................. 230

    Medicina ................................................................................................................. 236

    Medicina Veterinria .............................................................................................. 274

    Nutrio .................................................................................................................. 299

    Odontologia ............................................................................................................ 311

    Pedagogia ............................................................................................................... 318

    Psicologia ............................................................................................................... 329

    Publicidade e Propaganda ....................................................................................... 382

    Relaes Internacionais .......................................................................................... 386

    Tecnologia em Gesto de Recursos Humanos ....................................................... 396

    Indice ...................................................................................................................... 398

  • Sesso de comunicaes

    Graduao

  • Arquitetura e Urbanismo

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    TRAOS DA ARQUITETURA FRANCESA NA ARQUITETURA DO RIO DE

    JANEIRO JOSEPH GIRE. DA SILVA, Andr Henrique. ORIENTADORA:

    SCALISE, Walnyce. ARQUITETURA E URBANISMO/UNIMAR.

    [email protected], [email protected]

    Este trabalho fruto de uma Iniciao Cientfica, realizada atravs do PIIC/UNIMAR,

    sob o tema o Impacto da cultura francesa no Brasil com nfase na arquitetura, no

    urbanismo e nas artes. A partir dessa pesquisa, foi aprofundado o intervalo entre a

    vinda da Misso Artstica Francesa ao Brasil, em 1816, at os dias de hoje, quando

    aproximadamente dois sculos se passaram, assim tornando possvel analisar os

    impactos da influncia francesa no Brasil. A Frana no dominou a economia do Brasil,

    mas foi responsvel pela primeira colonizao cultural do pas, influenciando o

    comportamento das elites, atravs de modelos franceses que determinaram os modelos

    de vida social e referncias intelectuais, entre eles: filosofia, moda, gastronomia, artes,

    literatura, arquitetura e at urbanismo principalmente no final do sculo XIX e incio do

    sculo XX. Dando continuidade a essa pesquisa, numa poca em que a arquitetura

    francesa trouxe maior impacto no incio do sculo XX e muitas transformaes

    ocorreram no Rio de Janeiro, ento Capital do Brasil, destacou-se exemplarmente o

    arquiteto e urbanista francs Joseph Gire. A partir de uma reviso bibliogrfica, mais

    aprofundada desse arquiteto, suas obras e depoimentos histricos percebe-se que o

    perodo foi de obras grandiosas como por exemplo o Hotel Copacabana Palace, o

    Palcio de Brocoi, Palcio Laranjeiras, o Edifcio A Noite entre outras obras que

    impactaram a paisagem urbana e o modo de vida no Rio de Janeiro. Partindo dos

    pressupostos da pesquisa sobre a produo arquitetnica de Joseph Gire, pretendeu

    detectar a grande influncia na arquitetura brasileira atravs de seus projetos no incio

    do sculo XX, antecedendo o movimento moderno, que culminou um artigo na revista

    Assentamentos Humanos UNIMAR, unindo-se assim um perodo de destaque no grande

    universo que a pesquisa proporcionou.

    Palavras Chave: Arquitetura, Frana-Brasil, Joseph Gire

    ***

    APLICAO DO INSTRUMENTO DE AVALIAO PS OCUPAO

    WALKTHROUGH EM UMA UNIDADE SADE DA FAMLIA (USF).

    MARTINHO, Ana Gabriela; PEREZ, Carla Francine de Andrade. ORIENTADOR:

    AUGUSTO, Wilton; Flvio Camoleze. E-mail: [email protected]; GOUVA, Iraj.

    ARQUITETURA E URBANISMO/UNIMAR. E-mail: [email protected]

    Este artigo apresenta o relatrio final da Avaliao Ps-Ocupao realizada em uma

    Unidade Sade da Famlia (USF), localizada no municpio de Marlia/SP realizada

    durante o desenvolvimento do projeto de iniciao cientifica PIBIC/CNPq. O objetivo

    principal desta pesquisa buscou avaliar os desempenhos fsicos e comportamentais dos

    ambientes estudados (estudo de caso), atravs da utilizao da metodologia de

    Avaliao Ps-Ocupao. Os ambientes foram analisados de acordo com os itens

    propostos pela Poltica Nacional de Humanizao (PNH), Manual de Ambincia,

    Manual de Estrutura Fsica das Unidades Bsicas de Sade e Sade da Famlia,

    elaborados pelo Ministrio da Sade. Como regulamento tcnico para planejamento,

    programao, elaborao e avaliao de projetos fsicos de estabelecimentos

    assistenciais de sade, utilizamos a Resoluo RDC n 50. O instrumento utilizado foi

  • Arquitetura e Urbanismo

    9

    o walkthrough. A partir dessa experincia prtica, foi possvel analisar os potenciais,

    dificuldades e as limitaes metodolgicas dos instrumentos de anlise, avaliando sua

    aplicabilidade como ferramenta de avaliao para estabelecimentos assistenciais de

    sade. Com base nos resultados obtidos atravs do instrumento aplicado, foi possvel

    obter um diagnstico e propor possveis intervenes no espao fsico e at

    retroalimentar projetos futuros. O diagnstico final, apresentado no formato de matriz

    de descobertas como resultado final, apresentou falhas quanto projeto arquitetnico e

    tcnicas construtivas. Diante das recomendaes a curto, mdio e longo prazo,

    acreditamos contribuir para melhorias fsico espaciais promovendo a interface entre o

    edifcio e usurios.

    Palavras chaves: Arquitetura. Avaliao Ps Ocupao. Mtodos de Avaliao.

    ***

    UM OLHAR ARQUITETNICO PARA AS UNIDADES SADE DA FAMLIA

    (USF): PROPOSTA FSICO ESPACIAL. PEREZ, Carla Francine de Andrade.

    ORIENTADOR: AUGUSTO, Wilton Flvio Camoleze. ARQUITETURA E

    URBANISMO/UNIMAR. E-mail do orientador: [email protected]

    Na Ateno Bsica os espaos devem ser pensados de maneira a integrar as equipes de

    trabalho que atuam numa mesma Unidade, criando reas que, alm de multifuncionais,

    possam ser compartilhadas pelas equipes. Aps o desenvolvimento do relatrio final da

    Avaliao Ps-Ocupao (APO) em uma Unidade Sade da Famlia (USF), localizada

    no municpio de Marlia/SP realizada durante o desenvolvimento do projeto de iniciao

    cientifica PIBIC/CNPq em 2017, cujo objetivo buscou avaliar os desempenhos fsicos e

    comportamentais dos ambientes estudados, atravs da utilizao da metodologia de

    APO encontramos como resultado final falhas relacionadas ao projeto arquitetnico e

    tcnicas construtivas. Assim, objetivo desse trabalho busca desenvolver um projeto

    arquitetnico de uma USF de acordo com normas, conceitos de ambincia, reais

    necessidades dos usurios e profissionais de sade pautados nos resultados da APO. O

    desenvolvimento do projeto est baseado nos itens propostos pela Poltica Nacional de

    Humanizao (PNH), Manual de Ambincia, Manual de Estrutura Fsica das Unidades

    Bsicas de Sade e Sade da Famlia, elaborados pelo Ministrio da Sade. Como

    regulamento tcnico para planejamento, programao, elaborao e avaliao de

    projetos fsicos de estabelecimentos assistenciais de sade, utilizamos a Resoluo

    RDC n 50 alm da NBR 15575 sobre Desempenho do Edifcio. A localizao da

    implantao da UFS deu-se de acordo com a consulta dos possveis terrenos para

    edificaes de futuras UFS informados pela Secretria da Sade do Municpio de

    Marlia. Aps seguimos com o programa de necessidades criado a partir das reais

    necessidades dos usurios e amparo do Guia Prtico do Programa Sade da Famlia que

    norteia critrios mnimos de implantao. O pr-dimensionamento proposto para UFS

    previu a atuao de apenas uma Equipe de Sade da Famlia, sendo composta, no

    mnimo, por um mdico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e

    quatro a seis agentes comunitrios. O nmero de atendimento de usurios seguiu o

    proposto pelo recomendado, que cada Equipe Sade da Famlia (ESF) acompanhe entre

    seiscentas e mil famlias, no ultrapassando o limite de quatro mil e quinhentas pessoas.

    Delimitamos para o desenvolvimento desse projeto a UFS de porte I, de acordo com o

    Ministrio da sade. O organograma e fluxograma deram se baseados em normas

    tcnicas.

    Palavras chaves: Arquitetura. Avaliao Ps Ocupao. Mtodos de Avaliao. Projeto.

  • Arquitetura e Urbanismo

    10

    ***

    AVALIAO PS OCUPAO EM EDIFCIOS DE SADE: REVISO

    INTEGRATIVA. PEREZ, Carla Francine de Andrade. YOSHINO, Fernando Ivamoto.

    ORIENTADOR: AUGUSTO, Wilton Flvio Camoleze. ARQUITETURA E

    URBANISMO/UNIMAR. E-mail do orientador: [email protected]

    A Avaliao Ps Ocupao (APO) se refere, na prtica, a uma srie de mtodos e

    tcnicas que visam diagnosticar os fatores positivos e negativos do ambiente durante o

    uso, considerando os fatores socioeconmicos, infraestrutura, conforto ambiental,

    conservao de energia, fatores estticos, funcionais, comportamentais e de

    acessibilidade, a partir no apenas do ponto de vista dos projetistas, mas tambm dos

    usurios. O objetivo desse trabalho foi sintetizar os estudos produzidos na rea da sade

    e arquitetura nas principais bases de dados nacionais e internacionais sobre os processos

    projetuais e desempenho do edifcio correlacionando a satisfao do usurio e o

    restabelecimento da sade atravs da utilizao da APO. Atravs da reviso integrativa

    buscou-se o tema em estudos indexados nos bancos de dados: BVS Biblioteca Virtual

    em Sade; PUB MED - US National Library of Medicine National Institutes of Health,

    SCOPUS base multidisciplinar da Elsevier e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e

    Dissertaes (BDTD). Assim, obtivemos 481 artigos, livros, dissertaes e teses sendo

    selecionados 31. Diante dos dados apresentados os quais solidificaram uma ampla

    pesquisa, identificamos a necessidade de maior aprofundamento sobre a aplicabilidade

    da metodologia APO nos cenrios da Sade.

    Palavras-chave: Arquitetura. Avaliao Ps Ocupao. Edifcios de Sade. Mtodos de

    Avaliao.

    ***

    ARQUITETURA ECOEFICIENTE: UM OLHAR ALM DO QUE SE V

    Anna Fukase; Ticiane Dau Pravato; Iraj Gouveia; Jaqueline Eloisa Cornelius4; Diego

    Silvrio dos Santos5

    1 Graduanda, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR- MARLIA/SP/BR

    E-mail: [email protected]

    2 Graduanda, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR- MARLIA/SP/BR

    E-mail: [email protected]

    3Professor, Doutor, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR- MARLIA/SP/BR

    E-mail: [email protected]

    4Diretora de Operaes, DOMOTYK MARLIA/SP/BR

    E-mail: [email protected]

    5Engenheiro Mecnico, DOMOTYK MARLIA/SP/BR

    E-mail: [email protected]

    Resumo: A importncia do tema da sustentabilidade, com destaque para as questes

    ambientais, tem um peso certamente crescente e determinante para a concepo da

    arquitetura e do ambiente construdo como um todo, que vem ganhando abrangncia no

    contexto global. Desta forma, este artigo tem como objetivo ampliar o olhar dos

    profissionais da rea, para as inovaes tecnolgicas, em especial de cunho energtico,

    com a finalidade de obter o melhor custo benefcio dos projetos para o cliente final. Em

    um estudo recente realizado pelo Berkeley Lab* na Califrnia/EUA (2015), analisou

    cerca de 72.000 casas revendidas, nas quais, 2.000 possuam o sistema fotovoltaico

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • Arquitetura e Urbanismo

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    (gerao de energia eltrica). A pesquisa descobriu que as casas fotovoltaicas, que

    foram precisamente projetadas e concebidas para a mxima eficincia solar dentro de

    seu planejamento arquitetnico e que possuam o sistema implementado, tiveram

    valorizao do preo de venda, cerca de 6 a 16% do valor inicial, por estar preparada

    econmica e ambientalmente para o futuro, em comparao s casas de mesmo tamanho

    e de mesma regio que no foram projetadas para a mxima eficincia solar. Embora a

    esttica seja fundamental em um projeto de arquitetura, atualmente indispensvel que

    os arquitetos incorporem na sua prtica de elaborao, um olhar voltado tambm para as

    tendncias futuras e necessrias para construes frente do seu tempo, visando

    conceitos de conforto ambiental voltado para a eficincia energtica, logo que

    atualmente, essa preocupao j uma realidade em muitos pases.

    Palavras Chaves: Arquitetura; Energia Solar; Ecoeficiente.

    1. Introduo O tema da arquitetura sustentvel essencialmente multidisciplinar. Dentro

    desse universo de proposies, aes e responsabilidades, a discusso apresentada sob

    a tica do arquiteto, ressaltando o papel do conforto ambiental e da eficincia

    energtica.

    A importncia do tema da sustentabilidade, com destaque para as questes

    ambientais, tem um peso certamente crescente e determinante para a concepo da

    arquitetura e do ambiente construdo como um todo, que vem ganhando abrangncia no

    contexto global. No entanto, uma srie de perguntas sobre o futuro da arquitetura

    sustentvel permanece, englobando definies, possibilidades e mtodos (DUARTE,

    2006).

    De acordo com Duarte (2006), olhando para a histria da arquitetura e das

    cidades, foi apenas por um relativo curto espao de tempo que as consideraes sobre as

    premissas fundamentais de projeto e seu impacto nas condies de conforto ambiental e

    no consumo de energia no eram tidas como determinantes. Por isso, a arquitetura

    bioclimtica ganhou importncia dentro do conceito de sustentabilidade. Isso se deu

    pela estreita relao entre o conforto ambiental e o consumo de energia, que est

    presente na utilizao dos sistemas de condicionamento ambiental artificial e de

    iluminao artificial. Desta forma, este artigo tem como objetivo ampliar o olhar dos

    profissionais da rea, para as inovaes tecnolgicas, em especial de cunho energtico,

    com a finalidade de obter o melhor custo benefcio dos projetos para o cliente final.

    2. Arquitetura e Energia Eltrica De acordo com Brando (2004), a partir dos anos 90, quando a energia

    fotovoltaica comeou a ter maior difuso, as limitaes estticas desta tecnologia foram

    consideradas um dos maiores obstculos para a aceitao de arquitetos e usurios.

    Desde ento, diferentes alternativas esto surgindo para a melhoria da imagem dos

    sistemas e sua integrao arquitetura. O sistema fotovoltaico muito verstil, j que o

    elemento captador pode atuar como revestimento de fachadas, elemento de fechamentos

    (coberturas planas ou inclinadas), elementos de sombras (pergolados, marquises, brises,

    etc). Ao utilizarem os mdulos com estas finalidades, os arquitetos devero especificar

    produtos que ofeream garantia de estanqueidade e durabilidade similares s dos

    materiais convencionais. Quando integrados aos edifcios, alm de gerar eletricidade, os

    elementos fotovoltaicos substituem os materiais tradicionais de acabamento e tambm

    podem ter funo de iluminao diurna (clulas semitransparentes), sendo considerados

    materiais multifuncionais.

    Os sistemas fotovoltaicos, assim como outras estratgias de sustentabilidade,

    so, na maioria das vezes, introduzidos ao projeto sem criar harmonia com o conjunto,

  • Arquitetura e Urbanismo

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    podendo causar um impacto visual negativo, desvalorizando a arquitetura, de modo que

    se forem aplicados corretamente o resultado pode ser muito inovador. Os arquitetos so

    os responsveis por solues criativas que permitam otimizar os nveis de conforto

    interior e reduzir o consumo de energia, sem renunciar arquitetura moderna e criao

    de novas formas, agregando, assim, valor edificao (BRANDO, 2004).

    Fachada curva 22 Kw de Sistema Fotovoltaico, Instituto de Propaganda, Upper Austria,

    KW-Solartechnik, ustria Integrao da energia solar eltrica na arquitetura.

    2.1 A importncia da orientao solar na elaborao do projeto A construo de um projeto residencial tem que ser elaborado por um

    profissional que obtenha os conhecimentos bsicos de conforto ambiental, pois a

    orientao solar essencial para a construo de tal. A m elaborao deste fator em um

    projeto pode no s diminuir a eficincia das placas fotovoltaicas como tambm trazer o

    desconforto da pessoa que vai usufruir desse espao, ocasionando problemas de sade

    pela falta da radiao solar no local onde se faz necessria (CORBELLA E YANNAS,

    2003).

    De acordo com Corbella e Yannas (2003), para a elaborao interna de uma

    residncia, os quartos devem ser direcionados na face leste, pois eles no recebero o

    sol da tarde fazendo-o com que o ambiente aquea demais. A cozinha deve ser

    direcionada na face sul, pois a que menos recebe sol durante o dia tornando o

    ambiente frio e mido. Compartimentos onde se pretende habitar durante o dia, assim

    como salas, devem ser direcionados para a face norte, pois a que recebe sol quase o

    dia todo, o que significa que ficaro mais aquecidos durante o inverno.

    Para instalar o sistema fotovoltaico no Brasil, a posio ideal tem de ser

    voltada para o norte, pois permite aproveitar o mximo que o sol pode oferecer em todas

    as estaes do ano. Telhados com orientao para o sul podem diminuir a eficincia das

    mdulos fotovoltaicos em at 25%, pois recebem pouca incidncia do sol. Assim como

    orientao leste ou oeste que podem minimizar sua produo em at 10% (CORBELLA

    E YANNAS, 2003).

    Essas porcentagens iro incidir em relao ao valor monetrio para o cliente

    em relao a custo beneficio dos projetos (tanto do projeto de arquitetura como do

    projeto fotovoltaico) e isso deve ser previsto pelo profissional antes do projeto ser

    executado. Quanto menor eficincia, mais mdulos fotovoltaicos tero que ser

    instalados para que essa perda seja suprida.

  • Arquitetura e Urbanismo

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    Neste sentido, os arquitetos devem estar atentos s inovaes mercadolgicas

    para atender cada vez melhor as demandas dos seus clientes, inclusive, oferecer

    tecnologias que podero suprir as necessidades futuras, como a no caso, da energia

    fotovoltaica.

    3. Retorno Financeiro para Projetos Ecoeficientes Na arquitetura, a sustentabilidade tem um papel importante esttico-estrutural,

    mas tambm econmico e ecolgico. No entanto, o conceito de sustentabilidade

    converge para uma mesma direo, que em ltima anlise visa preservao da espcie

    humana. Esse sentimento mobiliza tambm empreendedores, governos e usurios que,

    mesmo no conhecendo detalhes, buscam se alinhar a tais conceitos. O tempo de vida

    til de um projeto arquitetnico deve abranger as necessidades futuras, logo inclui

    tambm tecnologias que iro valorizar seu empreendimento.

    Em um estudo recente realizado pelo Berkeley Lab* na Califrnia/EUA

    (2015), analisou cerca de 72.000 casas revendidas, nas quais, 2.000 possuam o sistema

    fotovoltaico (gerao de energia eltrica). A pesquisa descobriu que as casas

    fotovoltaicas, que foram precisamente projetadas e concebidas para a mxima eficincia

    solar dentro de seu planejamento arquitetnico e que possuam o sistema implementado,

    tiveram valorizao do preo de venda, alm do custo dos equipamentos (que pode

    variar de 0,5% a 5% do valor da obra, gerando autonomia eltrica durante 25 anos),

    cerca de 6 a 16% do valor inicial, por estar preparada econmica e ambientalmente para

    o futuro, em comparao s casas de mesmo tamanho e de mesma regio que no foram

    projetadas para a mxima eficincia solar.

    Os estudos ainda complementam que j existe uma nova espcie de transao

    imobiliria que surgiu espontaneamente entre os players do mercado de compra e

    venda: o Green Cache, a moeda verde dos imveis, os compradores pagam um valor

    proporcional ao tamanho do sistema fotovoltaico a mais nas residncias com o objetivo

    de produzir energia eltrica em suas residncias e distribuir a gerao tambm em seus

    negcios, modalidade j permitida pelo Governo Federal e ANEEL desde 1 de maro

    de 2016, (LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY, 2015).

    Alm disso, para incentivar os cidados a contriburem para a preservao de

    suas cidades, algumas prefeituras, como Maring e So Carlos, implantaram o chamado

    IPTU VERDE, que beneficia com descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano os

    que executam aes ambientais de sustentabilidade, incentivando os moradores a

    utilizao de sistema de captao e reuso da gua, tratamento de esgoto, preservao de

    rvores, reciclagem de resduos orgnicos, utilizao de hortas residenciais,

    aquecimento de gua e gerao de energia eltrica.

    4. Consideraes Finais Embora a esttica seja fundamental em um projeto de arquitetura, atualmente

    indispensvel que os arquitetos incorporem na sua prtica de elaborao, um olhar

    voltado tambm para as tendncias futuras e necessrias para construes frente do

    seu tempo, visando conceitos de conforto ambiental voltado para a eficincia energtica,

    logo que atualmente, essa preocupao j uma realidade em muitos pases, como

    apontado na pesquisa mencionada. Historicamente comparado a outros pases, o Brasil

    fica um passo atrs das inovaes implantadas, por isso este artigo reflete de forma

    relevante a importncia de se implantar novas tecnologias que iro agradar os clientes

    no custo beneficio dos projetos.

    5. Referncias Bibliogrficas

  • Arquitetura e Urbanismo

    14

    BRANDO, Rafael. Acesso ao sol e luz natural: avaliao do impacto de novas

    edificaes no desempenho trmico, luminoso e energtico do seu entorno.

    Dissertao (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de

    So Paulo, So Paulo, 2004.

    CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentvel

    para os trpicos: conforto ambiental. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

    DUARTE, Denise. LABAUT - Laboratrio de Conforto Ambiental e Eficincia

    Energtica. Ps, So Paulo, n. 15, p. 132-141, jun. 2004.

    LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY. Analysis of the Effects of

    Residential Photovoltaic Energy Systems on Home Sales Prices in California. April

    2015. Berkeley: Berkeley Lab, Report LBNL-4476E.

    ***

    ADEQUAO DE HABITAO SOCIAL E PLANEJAMENTO URBANO

    SOCIAL HOUSING ADEQUACY AND URBAN PLANNING

    Autores: VIEIRA, Elida Barbara Dona

    Bacharelanda em Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR - Universidade de Marlia,

    E-mail: [email protected]

    DE SOUZA, Rebeca Andrade

    Bacharelanda em Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR - Universidade de Marlia,

    E-mail: [email protected]

    DE SOUZA, Mariene Dogani

    Bacharelanda em Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR - Universidade de Marlia,

    E-mail: [email protected]

    Orientadora:

    MORAES, Sonia Cristina Bocardi

    Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na UNIMAR -, Doutoranda em

    Cincia da Informao pela UNESP, Mestre em Filosofia, Arquiteta e Urbanista.

    E mail: [email protected]

    RESUMO:

    O foco desta pesquisa so as habitaes de interesse social, os benefcios que o

    programa Minha Casa Minha Vida trouxe para os usurios e os problemas decorrentes

    destes assentamentos de conjuntos habitacionais na cidade de Marilia. Os terrenos

    adquiridos para a implantao desses conjuntos ficam cada vez mais distantes dos

    servios bsicos, trazendo problemas populao, pois nem sempre o sistema de

    transporte coletivo atende satisfatoriamente essas reas. Ento, aparece um agravante na

    situao dos transportes, porque perto desses conjuntos tambm no tem gerao de

    empregos, o que obriga os moradores a se deslocar para o centro da cidade onde tem

    mais ofertas de servios. Nestes servios esto includos aqueles de acesso pblico

    como creche, escolas, postos de sade, tanto quanto aqueles de oferecimentos de

    mercados dos produtos de consumo cotidiano como so os supermercados, farmcias,

    padarias, posto de combustvel entre outros. O objetivo, desta pesquisa, introduzir um

    planejamento bsico para novos assentamentos de Conjuntos Habitacionais, e proposta

    de adequao social que visa a melhoria dos parmetros necessrios para a

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • Arquitetura e Urbanismo

    15

    normalizao de projetos para implementao de futuros. Conjuntos Habitacionais na

    cidade de Marilia, pois hoje fica sob responsabilidade dos rgos pblicos fiscalizar os

    conceitos mnimos de habitao, como ambientes ergonomicamente corretos,

    infraestrutura resistente e saneamento bsico, que atendam as necessidades de cada

    moradia e tambm o conjunto delas, uma vez que a expanso da malha urbana

    pressupe um Planejamento Urbano prvio.

    Palavras chave: Planejamento Urbano; Habitao Social; Normalizao.

    Keywords: Urban planning; Social habitation; Normalization.

    ABSTRACT:

    The focus of this research is the housing of social interest, the benefits that the

    program "My House My Life" brought to the users and the problems arising from these

    settlements of housing estates in the Marlia City. The land acquired for the

    implantation of these groups is increasingly distant from the basic services, causing

    problems for the population, since the collective transport system does not always serve

    these areas satisfactorily. Then there is an aggravating situation in the transport

    situation, because near these groups there is no generation of jobs, which forces the

    residents to move to the city center where they have more services. These services

    include those of public access such as day care centers, schools, health posts, as well as

    those of offerings of markets of everyday consumer products such as supermarkets,

    pharmacies, bakeries, gas station, among others. The objective of this research is to

    introduce a basic planning for new settlements of Housing Set, and a proposal of social

    adequacy that aims at improving the parameters necessary for the normalization of

    projects for the implementation of futures. In the Marilia city, because today it is the

    responsibility of the public agencies to inspect the minimal concepts of housing, such as

    ergonomically correct environments, resistant infrastructure and basic sanitation, that

    meet the needs of each dwelling and also the whole of them, since the expansion of the

    urban network presupposes a prior Urban Planning.

    INTRODUO:

    A moradia enquanto direito humano, foi reconhecida em 1948 pelo artigo XXV

    da declarao Universal dos Direitos Humanos. Direito que aplicvel no mundo

    inteiro. O (PIDESC) Pacto internacional de Direitos econmicos, sociais e culturais

    tambm ressalta que o ser humano tem direito a moradia para ter um padro de vida

    adequado, ou seja, no s ter um abrigo, mas ter uma moradia que proporcione uma

    boa condio de vida.

    No Brasil, a constituio federal que garante esse direito, no artigo 6 caput, e

    foi reforado na emenda constitucional n 26, de 14 de fevereiro de 2000. Apesar do

    direito constitucional moradia, no Brasil ainda h um dficit habitacional imenso e

    que precisa ser trabalhado; preciso garantir aos cidados uma moradia digna. Por

    iniciativa do governo federal implementado um programa com residncias a baixo

    custo feitas de uma melhor forma, com materiais de melhor qualidade, o custo acessvel,

    alm da segurana de posse, diferente do que estava sendo construdo at ento, e em

    uma escala maior. E em 2009 nasceu o programa minha casa minha vida que veio com a

    promessa de mudar a histria da habitao no Brasil. O programa funciona em parceira

    com o governo, mercados imobilirios e a construo civil. Seu intuito era frear o revs

    econmico que o Brasil vinha sofrendo com a crise mundial de 2008, alm de enfrentar

    o dficit habitacional do pas(Ministrio das Cidades,2017).

    A medida que os conjuntos habitacionais foram sendo criados em grande escala,

    foi percebido que o dficit habitacional foi reduzido. Segundo o FIESP, o dficit

  • Arquitetura e Urbanismo

    16

    habitacional em 2014 foi de 6,198 milhes de famlias, contra 6,941 milhes em 2010,

    ou seja, uma queda do dficit habitacional de 2,8% ao ano. Enquanto esse lado caminha

    pra frente, o lado da qualidade de vida dos moradores est em retrocesso. Pois, enquanto

    por um lado cresce o numero de conjuntos habitacionais, com a inteno de atender

    mais usurios e diminuir o dficit de habitao, a cidade expande a malha urbana sem

    oferecer servios de infraestrutura como escolas e atendimento de sade, dificultando a

    vivencia dos moradores.

    A urbanista Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

    da Universidade de So Paulo (USP), foi Relatora Especial para o Direito Moradia

    Adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e afirma que: Moradia no s quatro paredes e um teto. Ela muito mais do que

    isso. Moradia adequada, em sua definio enquanto um direito

    humano, um portal a partir do qual possvel acessar s cidades e os

    benefcios que elas podem oferecer.(Jornal Sul21 Junho 2016)

    A pesquisa tem como propsito avaliar a maneira pela qual o Programa Minha

    Casa Minha Vida, oferecido pelo governo federal vem sendo aplicado. Para isto alm da

    pesquisa bibliogrfica referente ao tema, e dados oficiais referentes demanda de

    moradias, foi elaborado um questionrio no qual alguns dos moradores do Residencial

    Marac, foram entrevistados. A intenso da pesquisa avaliar a satisfao dos

    moradores nos usos de servios bsicos presentes na estrutura da cidade, inclusive no

    lugar onde moram, e que devem ser contemplados por todos os cidados.

    A partir destas anlises ser possvel propor uma normalizao para os prximos

    assentamentos de conjuntos habitacionais nos quais alm da oferta de moradias sejam

    contemplados, por obrigao do empreendimento, possibilidades de construo de

    creches, escolas, postos de sade, e demais servios bsicos necessrios vida nas

    cidades, alm da to sonhada casa prpria.

    DESENVOLVIMENTO:

    Durante um longo perodo, o conceito de moradia passou por diversos

    acontecimentos construtivos que nortearam a melhoria nas habitaes sociais, isso com

    base inicial reconhecida em 1948 pelo artigo 25 da Declarao Universal dos Direitos

    Humanos e no Pacto Internacional de Direitos Econmicos, Sociais e Culturais

    (PIDESC), na qual o estatuto visa aperfeioar o direito a moradia adequada, isso inclui

    o direito ao saneamento bsico, ao transporte, infraestrutura urbana, ao trabalho, ao

    lazer, a sade entre outros fatores que so necessrios para a condio de moradia.

    O direito a moradia no se resume apenas ao direito de ter um abrigo, com um

    teto que proteja das intempries da natureza. Segundo a lei 10.257 de 2001, esse direito

    no pode se restringir a isso. Por isso foram definidos elementos que so essenciais para

    que seja efetivo, dentre eles esto a infraestrutura, que o ponto inicial desta pesquisa, a

    habitalidade, como forma de priorizar no s o direito mas a qualidade de vida, assim

    como a disponibilidade de servios e equipamentos pblicos a serem oferecidos para a

    populao. De acordo com dados, a primeira fase do programa, que hoje a principal

    ao com relao a moradias vindo do governo, foram produzidas cerca de 1 milho de

    unidades habitacionais por todo o pais, sem nenhum tipo de fiscalizao, onde as

    construtoras apenas criavam casas e ofereciam a populao.(Instituto Joo Pinheiro,

    2017).

    Quando entramos na questo de habitabilidade, devemos pensar que uma moradia deve

    apresentar dimenses em seus cmodos de acordo com a realidade do grupo familiar

    que vai habitar. Porm h uma grande variedade de grupos familiares, e nem sempre a

    realidade de um agrupamento familiar se adequa a realidade da moradia. As residncias

    do Programa Minha Casa Minha Vida possuem praticamente a mesma configurao,

  • Arquitetura e Urbanismo

    17

    so unidades com pouco mais de 45 m, com dois quartos, sala, banheiro e cozinha, que

    so projetadas com medidas mnimas exigidas pelas especificaes e agentes

    fiscalizadores.

    Alm da habitabilidade, temos a questo dos servios pblicos oferecidos,

    infraestrutura e equipamentos urbanos. De acordo com a lei, o direito a moradia tambm

    inclui direito a redes de agua, saneamento bsico e energia eltrica, alm de servios

    necessrios para a qualidade de vida, como postos de sade, escolas, creches, reas de

    esporte, lazer, entre outros. Porm a realidade encontra-se muito diferente, em vrios

    conjuntos habitacionais, da cidade de Marlia e no pas todo. A criao de conjuntos

    habitacionais e localizao inadequada, distantes ou de ruim acesso tem sido

    reclamaes frequentes por parte dos habitantes. Esses conjuntos so construdos sem

    essa estrutura considerada mnima, deixando seus moradores distantes de seus

    trabalhos, distante de escolas, sem acesso a postos de sade,alm da dificuldade de

    abastecimento dos produtos de consumo cotidianos, no prezando a qualidade de vida

    ou facilidade na aquisio de produtos que outros lugares da cidade oferecem. Essa

    localizao deveria criar oportunidades de seus ocupantes se desenvolverem, social,

    cultural e economicamente, alm de ser uma casa para morar apenas.

    Geralmente a criao desses conjuntos habitacionais se d nos extremos da

    malha urbana das cidades, por isso o acesso se torna to complicado. Porm, no

    devemos desconsiderar que alguns desses conjuntos melhoraram a vida de seus

    moradores em alguns aspectos mencionados. Devemos levar e conta que os

    empreendimentos e o fato de ser uma residncia prpria, traz uma segurana de posse

    para quem adquire uma moradia nesses conjuntos. Isto proporciona a uma grande

    parcela de moradores, mesmo com todas as dificuldades citadas, a sensao de

    satisfao com o que tem, j que podem viver na casa prpria. Alm do custo acessvel,

    que praticamente no deve pesar no oramento familiar.

    RESULTADOS E DISCUSSO:

    A pesquisa compreendeu um levantamento de dados, atravs de pesquisa de

    campo, na qual foram entrevistados alguns moradores do conjunto habitacional

    Montana I e II localizado na cidade de Marilia. Adotamos para esta pesquisa itens

    referentes analise dos elementos de disponibilidade de infraestrutura das residncias,

    transporte pblico, sistema de sade pblica, localizao adequada, adequao cultural,

    e infraestrutura residencial, avaliando o impacto na vida das famlias nos itens relativos

    a meta a ser alcanada enquanto qualidade de vida , segundo a perspectiva do morador

    entrevistado de perceber o prprio direito moradia adequada.

    Na disponibilidade de infraestrutura, no que se diz respeito ao direito moradia

    adequada, a habitao deve ser conectada s redes de agua, saneamento bsico, gs e

    energia eltrica em suas proximidades; deve haver servios e equipamentos pblicos

    bsicos para o cotidiano dos moradores, reas de lazer, servios de transporte pblico,

    limpeza e coleto de lixo. Estes itens so contemplados na execuo do conjunto das

    residncias.

    Questionrio 1: Avaliao do atendimento por servios na moradia em relao

    a disponibilidade de infraestrutura. Qual a maior dificuldade enfrentada pelos

    moradores deste conjunto habitacional?

    ( ) Transporte Pblico. ( ) Educao. ( ) Sade. ( ) Localizao e distncia do

    comercio. ( ) Outros.

    RESULTADO: A avaliao Comparativa dos moradores entrevistados a respeito

    do questionrio demonstrou um indicador negativo em relao ao transporte pblico,

  • Arquitetura e Urbanismo

    18

    educao e sade. Aproximadamente 85,8% dos moradores relataram que so obrigados

    a se deslocar para os seus antigos bairros para assistncia medica no posto de sade de

    origem, pois o local onde atualmente moram apresenta apenas um posto de

    atendimento, que se encontra localizado no distrito de Padre Nobrega. Por atender o

    distrito, no consegue atender a grande demanda dos novos conjuntos da regio. Apenas

    14,2% possuem assistncia medica particular, como planos de sade.

    Questionrio 2: Avaliao do atendimento por servios de localizao adequada

    e adequao cultural.O acesso a cidade e servios atendem suas necessidades?

    RESULTADOS: Todos os moradores entrevistados relataram que falta

    implementao de supermercados, padarias e farmcias no loteamento. Outra questo

    abordada a falta de iluminao na passarela que passa para o distrito de Padre Nobrega

    sendo o nico acesso aos pedestres. E no item referente ao servio de acesso virio para

    o loteamento, no qual o acesso principal pela entrada do distrito de Nobrega e passa

    por baixo de um viaduto, na opinio dos moradores falta organizao e sinalizao no

    fluxo virio dessa localidade, e esta deficincia atrapalha o acesso, causando at

    acidentes.

    Questionrio 3: Avaliao do atendimento por servios de infraestrutura

    mnima de projeto para residncia unifamiliar.Como voc avalia sua moradia (estrutura)

    e o conjunto habitacional? Sua residncia como voc imaginava?

    RESULTADOS: A maioria dos entrevistados elaborou uma resposta positiva,

    pois alegam que o conjunto seguro em relao ao que vivenciou na antiga moradia. E

    o fato da residncia agora ser prpria a principal razo de satisfao apontada.

    Dentre os entrevistados, grande parcela sente a necessidade de um ambiente

    maior, na qual relatam que o tamanho dos cmodos como cozinha e sala de estar so

    ambientes pequenos para a demanda unifamiliar. Isso implica na confortabilidade

    familiar vivenciada em cada residncia, pois o programa no possui um parmetro

    suficiente para atender as necessidades de cada indivduo dentro de sua respectiva

    residncia, com suas expectativas individuais ou do grupo que vai habitar a unidade. No

    entanto, tais projetos devem ser analisados e vistoriados antes da aprovao,

    estabelecendo uma normalizao dentro da ergonomia de projeto para visar suprir o

    mnimo das necessidades de cada famlia.

    CONCLUSO:

    A partir dos estudos informados, das pesquisas de literatura e em campo,

    podemos confirmar a precariedade nos servios oferecidos aos moradores dos conjuntos

    residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida executados em nossa cidade.

    Percebemos que as autoridades cumprem o que prometem quando se trata de reduo de

    dficit habitacional, os nmeros mostram a reduo ao longo dos anos, porm deixa

    muito a desejar quando se trata de qualidade de vida aos moradores dos conjuntos de

    assentamentos habitacionais.

    Com o aumento desta construo em massa, os espaos foram se limitando s

    condies mnimas de utilizao; e em busca de terrenos mais baratos os conjuntos cada

    vez mais se distanciam dos centros das cidades, o que ocasiona muitos problemas aos

    moradores e consequentemente para a cidade, pois quando o morador no tem acesso

    fcil aos servios fundamentais no seu bairro ele se desloca para o centro. O transporte

    coletivo tambm um problema enfrentado por estes moradores, pois os mesmos usam

    o automvel para se locomover at o centro, onde a oferta de servio maior,

  • Arquitetura e Urbanismo

    19

    aumentando consideravelmente o fluxo de veculos nas vias, e lotando postos de sade e

    estabelecimentos mais prximos aos conjuntos.

    Numa prxima etapa deste trabalho, os itens avaliados pelos moradores nas

    entrevistas, podem ser apresentados ao Conselho de Habitao da cidade de Marilia.

    Aqueles servios que no foram contemplados durante a execuo dos assentamentos de

    moradias, tem a possibilidade de serem revistos pelo Conselho de Habitao do

    Municpio de Marilia, e ento levados reviso do Plano Diretor da cidade para uma

    implementao simultnea de moradias e servios de infraestrutura nos prximos

    assentamentos de conjuntos habitacionais executados em nossa cidade. Os itens de

    infraestrutura apontados como mais necessrios e ainda inexistentes podem ser

    acrescidos enquanto exigncia para os prximos empreendimentos, diminuindo a

    defasagem de oferta constatada naqueles existentes.

    Consideramos a moradia vai muito alm de um abrigo para intempries, a

    moradia tem que proporcionar o mnimo de qualidade de vida aos habitantes, porque

    hoje o que acontece nesses programas que enquanto se vende uma residncia para o

    cidado, por outro lado tirado os acessos escola, sade e tudo o que to necessrio

    quanto um abrigo.

    REFERNCIAS:

    AMORE, Caio Santo; SHIMBO, Lucia Zanin; RUFINO, Maria Beatriz Cruz. Minha

    casa... E a cidade? 1 ed. So Paulo : Editora Letra Capital, 2015.

    AZEVEDO, Srgio. A crise da poltica habitacional: dilemas e perspectivas para o final

    dos anos 90. In. AZEVEDO, Srgio de; ANDRADE, Luis Aureliano G. de (orgs.). A

    crise da moradia nas grandes cidades da questo da habitao reforma urbana. Rio

    de Janeiro:Editora UFRJ, 1996.

    BARRETO. Demis. A Arquitetura popular no Brasil. 1.Ed.- Editora Bom texto- So

    Paulo Edies Bom texto 2010.

    Dados estatsticos CIBIC Encontrado em: http://www.cbicdados.com.br/menu/deficit-

    habitacional/deficit-habitacional-no-brasil. Acesso em 15 de setembro de 2017.

    RAMALHOSO Wellington. Minha casa minha vida deu certo? Encontrado em:

    http://www.cte.com.br/noticias/2016-06-20minha-casa-minha-vida-deu-certo-veja-pon/

    Acesso em 14 de setembro de 2017.

    ROCKMANN,Roberto .At 2024 Brasil ter de proporcionar moradia para 20 milhes

    de famlias. Encontrado em:

    https://www.cartacapital.com.br/especiais/infraestrutura/ate-2024-Brasil-tera-de-

    proporcionar-moradia-para-20-milhoes-de-familias-4978.html Acesso em 10 de

    setembro de 2017.

    Z_AREAZERO Entrevistas. Nosso grande problema no o dficit de moradia, mas

    sim o dficit de cidade. Encontrado em: https://www.sul21.com.br/jornal/nosso-

    grande-problema-nao-e-o-deficit-de-moradia-mas-sim-o-deficit-de-cidade/. Acesso em

    10 de setembro de 2017.

    http://www.cte.com.br/noticias/2016-06-20minha-casa-minha-vida-deu-certo-veja-pon/https://www.cartacapital.com.br/especiais/infraestrutura/ate-2024-Brasil-tera-de-proporcionar-moradia-para-20-milhoes-de-familias-4978.htmlhttps://www.cartacapital.com.br/especiais/infraestrutura/ate-2024-Brasil-tera-de-proporcionar-moradia-para-20-milhoes-de-familias-4978.htmlhttps://www.sul21.com.br/jornal/nosso-grande-problema-nao-e-o-deficit-de-moradia-mas-sim-o-deficit-de-cidade/https://www.sul21.com.br/jornal/nosso-grande-problema-nao-e-o-deficit-de-moradia-mas-sim-o-deficit-de-cidade/
  • Biomedicina

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    TESTES SOROLGICOS NA TENTATIVA DE EXTINGUIR A TRANSMISSO

    DO HIV POR MEIO DE TRANSFUSES SANGUNEAS. TURRA, Letcia Passi;

    RODRIGUES, Gabriel Henrique; SILVA, Franciele Cristina Jaco da; LIMA, Carla

    Cristina de Oliveira. ORIENTADOR: SILVA, Wilson Bernardo.

    BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected].

    O HIV, retrovrus humano no-oncognico pertencente famlia dos lentivrus, ao

    estabelecer tropismo perante o marcador CD4+, localizado na superfcie celular de

    linfcitos, moncitos, macrfagos e dendrticas, denuncia a enftica destruio da

    resposta imunolgica celular. Divergncias gnicas determinam os tipos HIV-1 e HIV-

    2, porm, compartilham a maioria dos antgenos imunognicos, contudo, os testes

    sorolgicos de triagem adotados pelos hemocentros assumem purificaes distintas para

    os detectarem independente da prevalncia endmica, uma vez que transcorrer

    continentes no se descreve como empecilho na sociedade globalizada. De fato, os

    laudos sorolgicos exigem identificao de ambas as formas genticas, sobretudo, o

    presente estudo estabelece o objetivo de destrinchar a respeito dos testes sorolgicos de

    triagem somados aos testes confirmatrios em que se baseiam na tentativa de reduzir

    significativamente a janela imunolgica, perodo compreendido entre a aquisio da

    infeco e a soroconverso, ou seja, intervalo de tempo recorrido pela resposta inata ao

    reconhecer e apresentar o antgeno devidamente processado as constituintes da resposta

    adquirida, na qual inicia a sntese de anticorpos entre outros armamentos imunolgicos,

    a doena infectocontagiosa em questo permeia o intervalo de quatro e doze semanas.

    Ensaios imunoenzimticos como o ELISA, quimioluminescentes e a partir da tcnica

    molecular atravs do NAT se fundamentam na busca da protena p24, esta,

    concomitante a transcrio do RNA genmico viral capacita-se aos primeiros elementos

    a serem sintetizados pelo vrus integrado ao material nuclear do hospedeiro,

    constituindo-se a principal protena a compor o capsdeo viral. Deste modo, amostras

    so positivadas independem da produo de anticorpos, uma vez a p24 por intermdio

    do NAT anunciada de oito a doze dias aps a inoculao do HIV e os demais mtodos

    citados at vinte e um dias. Enfim, recursos que levam a mxima sensibilidade na

    triagem sorolgica em bancos de sangue mesmo que o nmero de bolsas diminua, mas

    que a transfuso sangunea garanta confiabilidade dos hemocompoentes e

    hemoderivados ao receptor, minimizando drasticamente a emisso de resultados falso-

    negativos. O que diferiu dos testes de primeira e segunda gerao quando preparados

    com lisado viral e peptdeos recombinantes, respectivamente, nas quais derivavam a

    merc da ativao dos mecanismos humorais por se fundamentarem somente pela

    concentrao de anticorpos.

    Palavras-Chave: AIDS. Janela Imunolgica. Transfuso Sangunea.

    ***

    ESTUDO DA TOXICIDADE PELO USO DAS ESTATINAS EM PACIENTES

    HIPERCOLESTEROLMICOS. PEREIRA, Cyntia Marangon. ORIENTADORA:

    UBEDA, Lara Cristina Casadei. BIOMEDICINA/UNIMAR.

    [email protected]

    Atualmente, uma das principais causas de morte refere-se doena arterial coronariana

    (DAC), que decorre pelo aumento dos nveis de triglicerdeos (TG), colesterol total

    (CT), cidos graxos livres (AGL), e Lipoprotena de Baixa Densidade (LDL-c), bem

    como a reduo da Lipoprotena de Alta Densidade (HDL-c). As estatinas so um grupo

    mailto:[email protected]
  • Biomedicina

    21

    de frmacos considerados como de primeira linha, no que diz respeito ao tratamento

    farmacolgico de pacientes j caracterizados hipercolesterolmicos e tambm so os

    medicamentos mais prescritos para o tratamento e preveno da doena arterial

    coronariana (DAC), por estes frmacos reduzirem os nveis de Colesterol Total (CT),

    LDL-c e elevarem o HDL-c. Estas drogas se caracterizam por inibirem a enzima

    participante do processo de biossntese do colesterol intracelular, enzima esta

    denominada de Hidroxi-3-Metilglutaril Coaenzima A redutase (HMG-CoA redutase),

    resultando, em ltima instncia, na diminuio dos nveis de colesterol circulante no

    plasma. Em consequncia, as estatinas no esto isentas de seus efeitos colaterais, que

    se relacionam dose do medicamento utilizado por estes pacientes, apesar de serem

    bem toleradas pela maioria destes, as estatinas esto correlacionadas ocorrncia de

    efeitos txicos hepticos e, principalmente, musculares. Desta forma, estes frmacos,

    em sua utilizao, ainda so estigmatizados sendo at mesmo subutilizados, onde se tm

    como uma das principais causas na interrupo do tratamento, a miopatia, e outros

    fatores que a predispe em sua toxicidade. Porm, as estatinas evoluram dentre os

    ltimos anos, e a sua eficincia e a relao de segurana demonstrada por elas, tornaram

    essa classe de medicamentos amplamente utilizados em todo o mundo. Portanto, o

    estudo est sendo realizado atravs do levantamento bibliogrfico de autores

    especializados na rea da sade, com o objetivo de analisar a toxicidade induzida pelo

    uso das estatinas em pacientes hipercolesterolmicos.

    Palavras-chave: Estatinas. Toxicidade. Hipercolesterolemia.

    ***

    DOSAGEM SRICA DE LTIO EM PACIENTES COM PSICOSE MANACO-

    DEPRESSIVA: correlao entre litemia, comprometimento com o tratamento e perfil

    renal. Orientadores: Prof. CLAUDEMIR GREGRIO MENDES - Biomedicina/Unimar

    ([email protected]). Prof. Dr. TIAGO SEVERO PEIXE

    Toxicologia/UEL. Orientanda: STEPHANIE GARCIA LIMA Biomedicina/Unimar.

    A doena mental se mostra um tabu ainda nos dias atuais, sendo do ponto de vista

    fisiopatolgico e/ou farmacolgico. Sendo a Psicose Manaco-depressiva o objeto da

    pesquisa, foi feito um levantamento bibliogrfico acerca do assunto, visando

    compreenso da evoluo dos tratamentos para o transtorno desde que comeou a ser

    descrito. A presente pesquisa visa, por meio de coleta de materiais biolgicos (sangue e

    urina), dosar o ltio srico correlacionando com o perfil de adeso dos pacientes ao

    tratamento, que ser avaliado mediante aplicao de questionrios, bem como com o

    perfil renal, sendo este a principal via de excreo do metal citado. O objetivo da

    pesquisa aferir nveis de toxicidade pelo carbonato de ltio e se as dosagens se

    mostram em nveis subteraputicos ou txicos para os pacientes. Objetiva-se tambm

    avaliar o perfil renal, de modo a excluir falhas analticas no ltio srico sabendo-se que

    distrbios de excreo e reabsoro renal (pois o ltio tambm se apresenta nefrotxico)

    podem atuar diretamente nos nveis plasmticos. Foram realizadas parcerias com o

    Hospital Esprita de Marlia (HEM), de onde foram selecionados os pacientes e, com a

    Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde sero realizadas as dosagens de

    litemia. Foram selecionados 40 pacientes com perfil para a pesquisa a partir da anlise

    de sada de ltio da farmcia do HEM e, posteriormente realizao de anlise de

    pronturios dos mesmos. A metodologia utilizada para a realizao das anlises ser

    espectrofotometria para o clearance de creatinina e espectrometria de absoro atmica

    para a litemia. Concluses parciais baseadas em bibliografias pesquisadas apontam para

  • Biomedicina

    22

    resultados majoritariamente subteraputicos, embora ainda no tenham sido iniciadas as

    anlises da pesquisa em questo.

    ***

    DIAGNSTICO GENTICO PR-IMPLANTACIONAL (PGD): TCNICA E

    PRINCPIOS TICOS. TEDESCHI, Mariana Maano; OTTAIANO, Thais; LALLO,

    Brbara Tesani; JOCA, Jenifer Camila dos Santos. ORIENTADORA: MORAES,

    Chimenny Aulu Lascas Cardoso. BIOMEDICINA/UNIMAR.

    [email protected]

    O diagnstico gentico pr-implantacional (PGD), um procedimento de bipsia

    embrionria que pode ser realizado durante as tcnicas de Reproduo Humana

    Assistida (RHA), favorecendo a deteco de alteraes e mutaes genticas e

    cromossmicas antes da transferncia embrionria. O objetivo do presente estudo

    elucidar o princpio e diferenciar as tcnicas utilizadas neste diagnstico, analisar a

    aplicabilidade e relevncia do PGD na rotina laboratorial de RHA de acordo o perfil dos

    casais que o utilizam, incluindo uma discusso dos princpios ticos para tal realizao.

    Atravs da reviso bibliogrfica da literatura cientfica optou-se por privilegiar

    peridicos de indexao cientfica em base de dados da Biblioteca Virtual em Sade,

    Medline e SciELO. Foi levado em considerao todo material relevante ao assunto com

    menos de 20 anos. As alteraes cromossmicas estruturais correspondem a

    aproximadamente 21% de todas as anomalias cromossmicas em nascidos vivos e esto

    diretamente relacionadas infertilidade humana. As translocaes so observadas em

    1,23 para cada mil nascidos-vivos, sendo as mais frequentes envolvendo os

    cromossomos 13 e 14, apresentando incidncia de 0,97 para cada mil nascidos-vivos e

    alcanando uma frequncia dez vezes maior entre homens infrteis. A causa da

    infertilidade nestes pacientes est diretamente relacionada ao processo meitico e

    formao de gametas aneuploides. Casais cujas cromossomopatias como trissomia,

    poliploidias, monossomias do cromossomo X, esto associadas ao abortamento

    espontneo indicado um rastreamento para demais alteraes genticas. A tcnica do

    PGD consiste na retirada de um ou mais blastmeros que sero posteriormente

    analisados para a deteco de alteraes genticas, no possuindo alterao de potencial

    em embrio biopsiado de chegar ao estgio de blastocisto, aps dois ou trs dias em

    cultura in vitro. Dentre as aplicabilidades do PGD, o sexo de um pr-embrio pode ser

    confiavelmente determinado, bem como a enumerao da composio cromossmica

    podem ser conseguidas atravs da tcnica de FISH (fluorescent in situ hibridization),

    permitindo, a determinao da ploidia exata do pr-embrio concomitante com o

    diagnstico de certas aneuploidias, translocaes, inverses, duplicaes, delees e

    doenas monognicas. De acordo com a ASRM (American Society for Reproductive

    Medicine) o PGD realizado com o intuito de evitar doenas transmissveis eticamente

    aceitvel, no se tratando de discriminao, mas sim de uma forma de garantir a sade

    humana. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina regulamenta que os embries

    podem ser submetidos tcnica, sendo obrigatrio o consentimento informado do casal,

    restringindo a realizao para escolha de sexo, pois poderia representar um perigo social

    e desvio de utilizao de recursos mdicos das necessidades cientficas genunas, sendo

    apenas justificada a escolha de sexo quando for utilizada para evitar transtornos

    genticos ligados ao sexo. Atualmente, o PGD j possui inmeras aplicaes descritas

    na literatura, como no diagnstico de doenas de manifestao tardia, porm com o

    desenvolvimento de novas tcnicas, poder permitir o diagnstico de quase todas as

    doenas genticas conhecidas ainda na fase embrionria. Embora tais informaes j

  • Biomedicina

    23

    estejam descritas, ainda so necessrias importantes discusses das questes ticas

    evolvidas para a realizao da tcnica, pois est distante a possibilidade de haver um

    consenso sobre tais.

    Palavras chave: doenas genticas, reproduo humana assistida, diagnstico gentico,

    embrio.

    ***

    AVALIAO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS POR ACADMICOS

    UNIVERSITRIOS DA REA DA SADE EM MARLIA (SP). FERREIRA,

    Leonardo Moraes; BATISTA, Iara Cristina de Novaes; ALVES, Natlia Canturia.

    ORIENTADORA: WAIB, Claudia Maria. BIOMEDICINA/UNIMAR. e-mail:

    [email protected]

    O uso de substncias psicoestimulantes por estudantes universitrios tem crescido

    demasiadamente nos ltimos anos, apesar do maior acesso destes s informaes sobre

    uso abusivo. Vrios trabalhos tm demonstrado um aumento da utilizao dessas

    substncias, principalmente em universitrios de cursos na rea da sade,

    principalmente o metilfenidato e a cafena. A pouca organizao de estudos atrelada

    alta carga horria de alguns cursos universitrios e, muitas vezes, uma jornada dupla

    (trabalho diurno e cursos noturnos) remete ao acmulo de contedos e requer

    verdadeiras maratonas de estudo. A educao superior, nos moldes tradicionais, requer

    muito trabalho e dedicao por parte dos estudantes. Sobre estas circunstncias,

    universitrios saudveis fazem uso de substncias psicoativas para que consigam

    estudar por mais horas e aperfeioar a eficcia acadmica. O presente trabalho teve

    como objetivo coletar dados sobre o uso indiscriminado de substncias

    psicoestimulantes naturais e sintticas por universitrios da rea da Sade no municpio

    de Marlia (SP), visando traar um perfil da prevalncia do uso dessas substncias,

    analisar se h aumento do uso no decorrer do curso, comparar o uso entre alunos

    calouros e veteranos, investigar os benefcios e riscos da sua utilizao, descrever os

    efeitos colaterais observados pelos estudantes e por fim, conscientizar os alunos sobre o

    uso inadequado. Para isso, foi aplicado um questionrio validado de carter annimo e

    por autopreenchimento em acadmicos de cinco cursos da rea da sade: Biomedicina,

    Enfermagem, Farmcia, Fisioterapia e Medicina, que aderiram espontaneamente

    mediante de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados obtidos esto

    recebendo anlise estatstica para posterior apresentao dos resultados e discusso.

    Palavras-chave: Psicoestimulantes. Uso abusivo. Metilfenidato. Cafena

    ***

    A QUALIDADE DE VIDA DE CRIANAS E ADOLESCENTES COM DIABETES

    MELITUS TIPO I. BARBOSA, Anali Gouvea, RUIVO, Carla Cristina Raineri,

    COSTA, Marlia Yara de Oliveira, ORIENTADOR: UBEDA, Lara Cristina Casadei

    BIOMEDICINA/UNIMAR [email protected]

    O Diabetes Mellitus classificado em tipo I e tipo II, possui diferena na

    sintomatologia, tratamento e na populao alvo. O tipo I normalmente atinge crianas e

    adolescentes, e a tipo II acomete principalmente a populao acima dos 30 anos de

    idade. Diabetes Mellitus Tipo I uma doena causada por fatores genticos e

    ambientais de carter crnico decorrente da destruio das clulas beta pancreticas,

    tendo como resultado a hiperglicemia e seus efeitos, necessitando de interveno com

    mailto:[email protected]
  • Biomedicina

    24

    tratamento insulnico para a correo em medidas precisas. O tratamento algo

    relativamente complicado, devido a grande disciplina exigida do paciente, e ao grande

    transtorno biopsicossocial que causa, modificando a sua qualidade de vida. Devido ao

    controle permanente da doena, o emocional da criana ou adolescente fica fragilizado

    em decorrncia dos sintomas da hipo e hiperglicemia e do receio de complicaes,

    mostrando a necessidade tambm de acompanhamento psicolgico e no apenas por

    mdicos para controle glicmico. O presente trabalho se baseia na reviso sistemtica da

    literatura com levantamento bibliogrfico de autores especializados na rea da sade e

    tem como objetivo averiguar o nvel de qualidade de vida de crianas e adolescentes

    portadores de Diabetes Mellitus Tipo I, assim como estabelecer os critrios que so

    abordados como qualidade de vida e seu significado para essa populao.

    Palavras-chave: Diabetes; infanto-juvenil; qualidade de vida.

    ***

    PRODUO DE AGUARDENTE. MENDONA, Bruno Cesar Miguel de; MION,

    Stefani Laila Krause. ORIENTADOR : NEVES, Vitor Jos Miranda das.

    BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]

    Apesar da importncia econmica e social da aguardente de cana brasileira, so ainda

    muito escassos os estudos sobre sua qualidade sensorial, porm as crescentes exigncias

    do mercado tm feito crescer a preocupao com a qualidade dessa bebida. A

    aguardente muito apreciada por seu aroma e sabor caractersticos, que podem ainda

    melhorar pelo envelhecimento em recipientes de madeira. O complexo processo que

    ocorre durante o envelhecimento depende alm de vrios fatores, do tipo de madeira

    empregada, do tempo de maturao e obviamente da qualidade inicial do destilado. O

    mtodo de destilao que ser empregado para a produo de aguardente com a

    utilizao do resduo da destilao das bebidas apreendidas e retiradas de circulao do

    mercado. O princpio da destilao se baseia na diferena entre o ponto de ebulio da

    gua (100C) e do lcool (78,4C) utilizando-se, um destilador de corpo simples

    conhecido popularmente como cebolo. So destiladores simples, a fogo direto, que,

    para a obteno do destilado de aguardente, requerem de uma ou mais destilaes. O

    resduo derivado do processo de destilao das bebidas apreendidas vai para um tanque

    de fermentao onde ser adicionada a levedura e feita correo do Brix (16 Brix) com

    caldo de cana-de-acar ou uma soluo de gua com acar onde ficar fermentando

    por 72 horas, depois feito a separao do fermento da soluo alcolica por um

    processo de decantao, essa soluo vai para o destilador onde se obtm uma soluo

    hidroalcolica entre 36 e 46 GL na qual ser ajustado seu teor alcolico para 38 GL

    com gua destilada e armazenado em tonis de madeira de carvalho. A vantagem da

    realizao do trabalho proposto o aproveitamento de um produto que seria descartado

    e sua desvantagem que por ser um alambique a lenha difcil o controle da

    temperatura j que necessria uma temperatura constante, pois sabemos que em altas

    temperaturas a cachaa ter um aroma de produto queimado e em baixas temperaturas

    no possvel realizar o processo de destilao. Resultados obtidos, uma aguardente a

    partir do resduo da destilao das bebidas apreendidas.

    Palavras-chave: Alambique. Bebida. Destilao.

    ***

  • Biomedicina

    25

    A PARTICIPAO DOS MIRNAS-21 E 125-B COMO FATORES PR E ANTI-

    APOPTTICOS DO CNCER CERVICAL RELACIONADO AO HPV.

    PARADINHA, Jlia Augusta de Souza; SILVA, Renandra Ramos Lopes da;

    ROSOLEN, Tamires Varraschim; CASTRO, Yuri Orlando Bertusso. ORIENTADOR:

    NOVAIS, Paulo Cezar. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]

    O HPV uma das DSTs que mais acomete a populao mundial, havendo mais de 100

    subtipos com diferentes sequncias de DNA. Acomete o trato genital provocando desde

    infeces benignas at neoplasias malignas, sendo a transmisso sexual sua principal

    via de infeco. MicroRNAs so pequenos RNAs no codificantes, reguladores ps-

    transcricionais de RNAs mensageiros-alvo, importantes na regulao de processos

    celulares como apoptose, progresso do ciclo celular e metstase. A proliferao e

    apoptose das clulas tumorais podem ser reguladas por uma variedade de miRNAs, e

    assim sendo, selecionamos na literatura dois miRNAs relacionados com a apoptose e a

    infeco pelo HPV a fim de demonstrar sua atuao inibindo ou promovendo a morte

    dessas clulas. O miR-21 apontado em diversos estudos como fator associado a

    carcinognese, principalmente quando associado ao HPV, pois as protenas virais

    podem promover sua hiperexpresso, facilitando o crescimento, proliferao e invaso

    de clulas de cncer cervical. Relatou-se na literatura que a expresso de miR-125b

    aumentada nas clulas cervicais infectadas pelo HPV, sendo que seus nveis decaem

    conforme a evoluo da neoplasia, alm de que inibe o crescimento tumoral e promove

    a apoptose das clulas do cncer de colo do tero por meio da desregulao de PIK3CD.

    Este estudo teve como objetivo esclarecer a participao dos miRNAs no cncer

    cervical. A busca literria foi realizada atravs de pesquisa em artigos originais,

    utilizando-se como base de dados Medline, Scielo, PubMed. Conclumos atravs dos

    artigos utilizados neste trabalho que os miRNAs-21 e 125-b participam diretamente da

    proliferao e morte celular, respectivamente e que os mesmos podem ser considerados

    uma ferramenta a mais no auxlio do prognstico deste tipo de cncer, contribuindo no

    protocolo de tratamento utilizado pelos mdicos j que se tem um embasamento

    cientificamente comprovado.

    Palavras-chave: apoptose, HPV, cncer, miRNAs.

    ***

    CANDIDASE VULVOVAGINAL: A SUA ALTA INCIDNCIA EM DIABTICOS.

    DAMASCENO, Erick Aparecido; BALMANT, Jaqueline Schimith; MACHADO,

    Roberta Cassia de Jesus. ORIENTADORA: UBEDA, Lara Cristina Casadei.

    BIOMEDICINA/UNIMAR. E-mail do orientador: [email protected]

    O gnero Candida constitudo de aproximadamente 200 diferentes espcies de

    leveduras, que vivem normalmente na orofaringe, cavidade bucal, dobras da pele,

    secrees brnquicas, vagina, urina e fezes. Entre as espcies que compem esse

    gnero, a Candida albicans apresenta maior relevncia em funo de sua taxa de

    prevalncia em condies de normalidade e de doena. As infeces por fungos do

    gnero Candida ou simplesmente candidase tratam-se de uma ampla variedade de

    sndromes clnicas. Esses microrganismos so considerados organismos oportunistas. A

    candidase vulvovaginal e a oral so as mais mencionadas e consideradas as mais

    comuns de infeces fngicas oportunistas. A candidase vaginal a principal causa de

    infeco vaginal em pacientes com diabetes. A candidase recorrente um sinal

    importante de diabetes, que permite a identificao de pacientes com estado pr-

    diabtico em alguns casos. O diabetes mellitus no controlado promove alteraes

    mailto:[email protected]
  • Biomedicina

    26

    metablicas, como o aumento dos nveis glicmicos, que podem ser significativos para

    o surgimento de colonizao e infeco por Candida. O controle glicmico adequado,

    associado a mudanas comportamentais, reduz o risco de colonizao e infeco por

    Candida spp entre diabticas. Tendo o sangue e demais fludos corporais da pessoa

    diabtica um teor muito mais alto de acar do que uma pessoa normal, a levedura

    encontra uma disponibilidade de nutrio e consegue se reproduzir com mais facilidade.

    Um claro entendimento dos diferentes mecanismos de defesa envolvidos na infeco

    por Candida albicans essencial para o desenvolvimento de estratgias tanto para a

    preveno e controle, como para o tratamento das infeces por este fungo. Atravs de

    um levantamento bibliogrfico o presente trabalho se baseia na reviso sistemtica da

    literatura de autores especializados na rea da sade e tem como objetivo conhecer a

    importncia de se manter os nveis glicmicos para alm de outras manifestaes tpicas

    do diabetes mellitus no favorecer h infeces recorrentes por leveduras, em especial

    as do gnero Candida albicans. Palavras-chave: Candidase vulvovaginal, Candida

    albicans, diabetes.

    ***

    ESTUDO DA PREVALNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANAS NO

    BRASIL. ALVES NETTO, Helen Regina; NASCIMENTO, Edilaine Aparecida; DIAS,

    Elen Assis; MARCOLONGO, Jssica Camila. ORIENTADORA: WAIB, Claudia

    Maria. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]

    As enteroparasitoses constituem um grave problema de sade pblica em pases

    subdesenvolvidos, associadas s populaes carentes, geralmente ocasionados pela falta

    de higiene e saneamento bsico. Alm disso, as enteroparasitoses correspondem a um

    fator importante na origem das anemias carncias e desnutrio proteica calrica,

    porque o estado nutricional completo no depende s da ingesto de alimentos, mas

    tambm da absoro de nutrientes, que pode ser comprometida nos casos de infestaes

    parasitrias. Estima-se que infeces intestinais causadas por helmintos e protozorios

    afetem cerca de 3,5 bilhes de pessoas, causando enfermidades em aproximadamente

    450 milhes ao redor do mundo, a maior parte destas em crianas. Desnutrio, anemia,

    diminuio no crescimento, retardo cognitivo, irritabilidade, aumento de suscetibilidade

    a outras infeces e complicaes agudas so algumas das morbidades decorrentes.

    Dentre a populao, as crianas so as mais afetadas por apresentarem uma

    vulnerabilidade maior causada pela falta de higiene e menor capacidade cognitiva. O

    presente estudo teve como objetivo estudar a prevalncia de enteroparasitoses em

    crianas no Brasil, atravs de levantamento bibliogrfico de diversos estudos realizados

    nas vrias regies do pas, entre 2002 e 2017. Os resultados obtidos apontam que entre

    os enteroparasitas, o protozorio Giardia lamblia e o helminto Ascaris lumbricoides

    mostraram-se os mais prevalentes. Outros protozorios como a Entamoeba coli e

    geohelmintos como o Trichuris trichiura e os ancilostomdeos tambm tem uma

    prevalncia acentuada. O consumo de alimentos contaminados, como hortalias e frutas,

    aparenta ser um dos principais meios de contgio. A contaminao de alimentos e da

    gua remete ao problema de ausncia ou carncia de infraestrutura de saneamento, que

    comum em muitos municpios do pas.

    Palavras-chave: prevalncia, enteroparasitas, crianas.

    ***

    mailto:[email protected]
  • Biomedicina

    27

    USO INADEQUADO DO JALECO POR PROFISSIONAIS DA REA DA SADE E

    SUAS CONSEQUNCIAS PARA A SADE DOS PACIENTES E DA

    COLETIVIDADE. OLIVEIRA, Josiane Catarina Lopes; SILVA, Aline Pereira da.

    ORIENTADORA: WAIB, Claudia Maria. BIOMEDICINA/UNIMAR. E-mail:

    [email protected]

    O problema das infeces relacionadas servios de sade tem se mostrado altamente

    relevantes. Em 2016 foi lanado um Programa Nacional de Preveno e Controle de

    Infeces Relacionadas Assistncia Sade pela Agencia Nacional de Vigilncia

    Sanitria (ANVISA), com o objetivo de reduzir, em mbito nacional, a incidncia de

    Infeces Relacionadas Assistncia Sade (IRAS) em servios de sade. A

    ocorrncia de infeces adquiridas nesse tipo de ambiente est intimamente ligada

    qualidade da prestao de servios, visto que a disseminao de agentes infeciosos seria

    de forma cruzada, ou seja, quando temos uma contaminao tanto de dentro do hospital

    para o ambiente externo como do ambiente externo para dentro do hospital. A objetivo

    do estudo em questo foi o de realizar uma reviso bibliogrfica, relacionando as

    consequncias da utilizao inadequada de jalecos por profissionais da rea da sade

    tanto para o paciente como para a coletividade. A pesquisa foi realizada atravs de

    levantamento bibliogrfico nas plataformas MEDLINE, LILACS e SciELO, em artigos

    publicados de 2010 a 2017, com enfoque nas infeces cruzadas causadas por jalecos;

    jalecos contaminados; flora bacteriana em jalecos dos profissionais de sade. A anlise

    dos artigos permitiu verificar que o agente infeccioso com maior prevalncia nas

    amostras de jalecos analisadas foi de Staphylococcus aureus, inclusive o MRSA (S.

    aureus meticilina resistente). A presena de Difteroides, Enterococcus Resistente

    Vancomicina (VRE), gram-negativos (Acinetobacter baumannii, Klebsiela pneumoniae

    e Serratia rubidae) em jalecos de profissionais da rea da sade tambm foi relatada em

    vrios artigos. A contaminao do jaleco pode variar de acordo com o tipo de servio de

    sade. As unidades mais crticas seriam as UTIs, onde h maior possibilidade de contato

    direto entre o profissional e o paciente.

    Palavras-chave: EPI, Jaleco, Contaminao.

    ***

    AS VARIANTES POLIMRFICAS DO GENE GLUTATIONA S TRANSFERASE E

    A DIABETES MELITTUS DO TIPO 2. RIBEIRO, Fbio Eduardo Gonalves;

    MOROTI, Layse Rafaela; OLIVEIRA, Denise Cristina; ORIENTADORA: POLI-

    FREDERICO, Regina Clia.

    BIOMEDICINA/[email protected]

    Diabetes Melittus tipo 2 (DM2) uma doena caracterizada por uma hiperglicemia

    crnica causada por um desequilbrio entre a ao e a produo de insulina. Em termos

    mundiais, cerca de 240 milhes de indivduos apresentam DM2, com uma projeo de

    366 milhes para o ano de 2030, dos quais dois teros sero habitantes de pases em

    desenvolvimento. Doenas complexas, como o diabetes, so determinadas por trs

    fatores principais: o estilo de vida, a exposio ambiental e a suscetibilidade gentica. A

    contribuio gentica uma evidncia importante no desenvolvimento de DMT2. A

    glutationa S transferase (GST) est relacionada suscetibilidade ao Diabetes mellitus

    (DM), devido a perda de sua atividade enzimtica que est associada mecanismos

    antioxidantes protetores do organismo participando do sistema de defesa celular que

    combate o estresse oxidativo, eliminando radicais livres e intermedirios reativos de

    oxignio. Para ampliar o nosso conhecimento, o presente estudo objetiva-se a analisar a

    mailto:[email protected]
  • Biomedicina

    28

    relao entre os polimorfismos nos genes GSTM1 e GSTT1 em pacientes idosos com

    DM2. Foram obtidos DNAs a partir de amostras de sangue perifrico de 161 pacientes

    com idade 60 anos, participantes do projeto EELO que foram diagnosticados para

    DM2 atravs de exames laboratoriais de glicemia e hemoglobina glicada. A

    genotipagem para o polimorfismo de deleo dos genes GSTM1 e GSTT1 foi feita

    atravs de tcnica de reao em cadeia da polimerase (PCR). Os dados referentes a

    caracterizao da amostra so apresentados em mdia e desvio padro ou por frequncia

    relativa. O nvel de significncia adotado foi de 5% de significncia. A amostra foi

    constituda por 161 idosos com mdia de idade de 67,4 anos divididos em trs grupos:

    no diabticos (n=70), pr-diabticos (n=50) e diabticos tipo 2 (n=41). Dos indivduos

    avaliados, 75,2% pertenciam ao sexo feminino. Foi constatada maior proporo de

    gentipos nulos para o gene GSTM1 nulos (50,3%) e de gentipos normais para o gene

    GSTT1 (62,1%) na populao investigada. As clulas pancreticas so muito

    sensveis ao esforo citotxico em funo de expressarem poucas enzimas antioxidantes

    apresentando maior risco de dano oxidativo do que outros tecidos. No Diabetes mellitus

    do tipo 2 observa-se que o stress oxidativo contribui na diminuio da produo de

    insulina e destruio das clulas pancreticas. Oos resultados da nossa investigao

    mostraram uma no associao do polimorfismo tanto no gene GSTM1 quanto no gene

    GSTT1 em pessoas idosas com DM2. Podemos concluir que no houve associao

    significativa entre os polimorfismos nos genes GSTM1 e GSTT1 e a DM2 em ambos os

    sexos em idosos demonstrando assim a necessidade de outros estudos envolvendo esta

    temtica.

    Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 2, polimorfismo gentico, glutationa, idosos.

    ***

    ESTUDO DA PREVALNCIA E TEORIAS PARA OCORRNCIA DA

    INFERTILIDADE FEMININA. SANTOS, Beatriz Ribeiro; SANTANA, Fernanda

    Alves; SANTOS, Larissa Maiara da Fonseca; MIRANDA, Erli Rosa Martins.

    ORIENTADORA: MORAES, Chimenny Aulu Lascas Cardoso.

    BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]

    A infertilidade feminina vem sendo cada vez mais estudada, tendo como busca

    identificao de fatores causadores e suas respectivas formas de tratamento, j que 30%

    dos casos de infertilidade conjugal, so por fatores femininos. Dentre as principais

    condies geralmente associadas infertilidade feminina (IF) destacam-se patologias

    como a sndrome do ovrio policstico (SOP), endometriose e miomatose. Tais

    patologias levam a alteraes que comprometem desde o fator ovulatrio at alteraes

    uterinas. O bem-estar social e emocional das mulheres, com repercusses na qualidade

    de vida evidente, sendo este outro fator determinante para IF. O presente trabalho visa

    pesquisar os fatores predominantes relacionados infertilidade feminina avaliando a

    prevalncia da Infertilidade em estudos epidemiolgicos, ecom base nos dados obtidos,

    desenvolver um material informativo sobre a temtica, incluindo as principais formas de

    tratamento, com distribuio para as alunas da Universidade de Marlia. A metodologia

    utilizada baseou-se na busca literria, cujo contedo foi minuciosamente pesquisado em

    base de dados, fazendo-se o uso de portais da Biblioteca Virtual em Sade, onde foram

    usados artigos e dissertaes publicados em biblioteca virtual Medline e SciELO.

    Dentre os resultados encontrados no presente estudo, a prevalncia de Infertilidade

    feminina exibe uma ampla variabilidade. As causas de IF a serem investigadas,

    compreendem: ovarianas, sendo a mais recorrente a SOP, acometendo 6% das mulheres

    em idade reprodutiva, e as causas consideradas anatmicas tubrias e uterinas. Cerca de

    mailto:[email protected]
  • Biomedicina

    29

    20 % das mulheres com ovrios policsticos (OP) que no tm problemas hormonais,

    anovulao e/ou dificuldades de engravidar, porm aproximadamente 35% das mulheres

    com SOP em algum momento da sua vida, necessitaram de ateno especial. Quanto

    aos fatores uterinos, h uma relao entre endometriose e esterilidade, dado que se

    constata que 10 % das mulheres tem endometriose, e 35 % destas, so estreis. Outra

    causa frequente a ser considerada, a miomatose, cuja incidncia durante a menacme

    pode variar de 5,4 a 77%, taxa que vem aumentando progressivamente com o decorrer

    da idade, porm cerca de 75% das pacientes com miomas so assintomticas. Quando

    todas as outras causas possveis de infertilidade so excludas, a miomatose pode ser

    responsvel por apenas 2% a 3% dos casos desse distrbio. Tal associao entre

    miomas e infertilidade tem sido largamente reconhecida, principalmente quando se trata

    de tumores com localizao submucosa, e/ou compressivo em tubas uterinas (35%). H

    muito tempo tem-se especulado que miomas uterinos diminuem a fertilidade, e que sua

    remoo aumentaria as taxas de gestao, e de forma geral, estima-se que esses tumores

    estejam associados com disfuno reprodutiva em 5% a 10% dos casos. essencial na

    investigao de uma mulher infrtil um histrico detalhado, incluindo exames fsicos

    completos do casal. Frente aos resultados obtidos na reviso conclumos que a IF se

    mostra prevalente na sociedade, no entanto com tratamentos adequados desde que

    corretamente realizados muitos dos deles podem ter soluo, basta apenas que a

    sociedade esteja mais informada e atenta ao assunto.

    Palavras chave: infertilidade feminina, mioma, endometriose, sndrome do ovrio

    policstico.

    ***

    AVALIAO DA AO ANTIBACTERIANA E EFEITO COMBINADO DOS

    EXTRATOS DE Morinda citrifolia L. SOBRE ANTIBIOTICOS. SANTOS, Edvnnia;

    BARDAOUIL, Bruna Coracini; SANTOS; Tamiris. ORIENTADORA: UBEDA, Lara

    Casadei. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected].

    A existncia de microrganismos resistentes, aliado a indisponibilidade de novos

    frmacos antibacterianos, aumenta a necessidade de pesquisa por novos princpios

    ativos. A Morinda citrifolia L., conhecida por Noni, uma Rubiaceae, originria do

    sudoeste da sia. Tm-se atribudo a esta planta inmeras atividades teraputicas, entre

    elas a atividade antibacteriana, devido diversos metablitos primrios e secundrios,

    principalmente flavonides, triterpenides e alcalides.

    O presente trabalho visou testar o potencial antibacteriano de M.citrifolia e o seu efeito

    combinado com drogas antibacterianas pelo mtodo de difuso em disco frente s cepas

    de Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e

    Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) a partir do extrato de folhas e raizes obtido

    atravs da extrao simples com metanol, com rendimento total do extrato metanlico

    da folha de 16,6% e da raiz 15% (em base de massa).

    Observou-se ao do extrato da raiz somente sobre as cepas de Staphylococcus aureus e

    Pseudomonas aeruginosa, alm do efeito potencializador deste extrato combinado com

    antibiticos, mais evidentemente sobre Imipenem testado contra Pseudomonas

    aeruginosa. Contudo o extrato das folhas no apresentou atividade sobre as cepas

    bacterianas testadas.

    Palavras-chave: Morinda citrifolia; atividade antibacteriana; efeito combinado.

    ***

  • Biomedicina

    30

    AUTOMEDICAO EM ESTUDANTES DA REA DA SADE. BENKE, Isabela

    Bonilla; DOMINGUES, Nathalia Jorge; LATCZUK, Ana Beatriz Silva; ROMANELLI,

    Nathalia da Silva. ORIENTADORA: GABALDI, Mrcia Rocha; MORAES, Chimenny

    Aulu Lascas Cardoso de. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]

    A automedicao uma prtica frequente em qualquer lugar do mundo, sendo

    caracterizada pelo ato de administrar medicamentos sem prescries mdicas, atravs de

    compartilhamento familiar ou reutilizao de prescries antigas, com o intuito de

    amenizar sintomas com praticidade, melhorar o desempenho em alguma atividade

    escolar ou esportiva e fins estticos. Com relao prtica da automedicao em

    estudantes universitrios da rea da sade, a mesma tem sido amplamente estudada em

    vrios pases.O setor farmacutico em 2015 obteve um faturamento de R$ 75,49 bilhes

    e em 2016 passou para R$ 85,35 bilhes, podendo assim, afirmar que o consumo de

    medicamentos est presente na vida da populao mundial. De acordo com a

    Associao Brasileira de Indstrias Farmacuticas, cerca de 80 milhes de brasileiros

    so adeptos automedicao, e todo ano, cerca de 20 mil pessoas morrem no pas

    devido a essa prtica.Este estudo tem como objetivo investigar a prtica da

    automedicao entre os estudantes da rea da sade e os riscos desta ao longo do curso

    universitrio.O contedo cientfico selecionado para a elaborao da presente reviso

    bibliogrfica ser pesquisado em base de dados de portais da biblioteca virtual de sade

    (BVS), Medline e SciELO, e a escolha dos termos utilizados foi realizada por meio dos

    Descritores em Cincia da Sade (DeCS).Espera-se obter como resultado desta anlise,

    que a prtica da automedicaono mbito universitrio,em estudantes da rea da

    sade,seja crescente ao longo do curso, apesar do conhecimento sobre a ao dos

    medicamentos e seus vrios efeitos colaterais no organismo e riscos sade.

    Palavras-chave: automedicao, estudantes de cincias da sade, educao superior.

    mailto:[email protected]
  • Cincias Contbeis

    31

    GOVERNANA CORPORATIVA NAS EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO

    CORPORATE GOVERNANCE IN PUBLICLY TRADED COMPANIES

    Bruno Henrique de Jesus

    Aluno do curso de Cincias Contbeis da Universidade de Marlia

    brunynho_rick@hotmail