Ricardo Campos (CEMRI – UAb )

32
Ricardo Campos (CEMRI – UAb) Como definir Cultura Visual Urbana?

description

Como definir Cultura Visual Urbana ?. Ricardo Campos (CEMRI – UAb ). As diversas questões que pretendo tratar nesta comunicação: 1 ) O que é a Cultura Visual ? 2) Como definir uma Cultura Visual Urbana ? 3) Como estudar a Cultura Visual Urbana ?. 1. “Cultura Visual” - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of Ricardo Campos (CEMRI – UAb )

Page 1: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

Ricardo Campos

(CEMRI – UAb)

Como definir Cultura Visual Urbana?

Page 2: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

As diversas questões que pretendo tratar nesta comunicação:

1) O que é a Cultura Visual?

2) Como definir uma Cultura Visual Urbana?

3) Como estudar a Cultura Visual Urbana?

Page 3: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

1. “Cultura Visual”

Abordagem tríplice:

A) Conceito (de uso recente nas Ciências Sociais);

B) Área de estudo de natureza interdisciplinar;

C) Um qualificativo para caracterizar uma determinada “condição civilizacional”

Page 4: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

“Conceito” e “Área de Estudo (interdisciplinar)”

• A institucionalização deste conceito marca, uma viragem da história de arte em direcção à antropologia (Pinney, 2006). Esta marca antropológica está, então, presente na maior ênfase colocada no exame dos processos sociais, em detrimento de uma análise focada nos artefactos visuais.

• Walker e Chaplin (1994: 1-2) definem a “cultura visual” como o conjunto de “artefactos materiais, edifícios e imagens, mais os media artísticos e performances, produzidos pelo trabalho ou imaginação humana, servindo fins estéticos, simbólicos, ritualísticos ou político-ideológicos e/ou funções práticas, e que invocam o sentido da visão de forma significativa”.

Page 5: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

“Civilização da Imagem”?

- Cultura Ocularcêntrica (C. Jencks)

- Hegemonia da Visão (C. Classen, Synnot)

- Visualização da Existência (N. Mirzoeff)

- Estetização e estilização do quotidiano (M. Mafesolli, M. Canevacci, F. Jameson, Featherstone, Baudrillard…)

Page 6: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

• Centralidade da Tecnologia (óptica e visual)

• Centralidade dos Mass-Media nos processos de comunicação

• Centralidade da visualidade no quotidiano (no consumo, nos estilos de vida, etc.)

• Processo crescente de Globalização

• Multiplicação dos dispositivos e das gramáticas visuais

• Visualização da existência / Ocularcentrismo

Características da Cultura Visual contemporânea

Page 7: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

• Híbridas e mestiças;

• Globais, dispersas e fragmentadas;

• Democráticas;

• Mutantes e velozes;

• Massificadas;

• “Desrealizadas”;

• Fragmentadas

Características das imagens contemporâneas

Page 8: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

Como abordo o conceito de Cultura Visual?

Entendo-o como um sistema em que os modos de olhar, de visualizar e representar visualmente, são histórica e culturalmente modelados.

É um sistema composto por um conjunto de universos e sub-universos, com os seus agentes, objectos e processos particulares de produção, difusão e recepção de objectos visuais.

É igualmente, uma cosmovisão, uma forma particular de percepcionar e retratar a realidade, aliada não apenas a modos de ver, mas a modelos sensoriais e modos de retratar a realidade que apelam a diferentes linguagens, capacidades cognitivas e modelos sensoriais.

Page 9: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

2. Cultura Visual Urbana

A cidade como artefacto cultural / construção humana:

Manifestação de história, cultura e relações sociais;

O espaço expressa uma cosmovisão, retrata estruturas sociais e uma relação particular do homem com o meio ambiente

Page 10: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

Na superfície visível do meio urbano expressa-se o espírito de uma época, a cultura e a história de uma comunidade

A cidade como “texto” (dimensão semiológica do espaço)

Há uma “cidade comunicativa” passível de ser estudada

Page 11: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

3. Como é que a cidade se dá ler?

O que constitui a cidade enquanto texto?

Em termos semiológicos, a cidade é composta por um conjunto de signos:

a) Edifíciosb) Objectos Urbanos Espaço Físicoc) Organização do espaço urbano

d) Movimentos humanose) Ocupação humana dos lugares Espaço Socialf) Configuração visual da vida colectiva

Page 12: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

Algumas linhas de exploração… e propostas de leitura

Page 13: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

I - O Espaço do Poder, do Sagrado e da Ordem

Manifestações no espaço de uma cidade produzida pelos agentes dominantes, uma cidade disciplinada e regulada

Page 14: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

A monumentalidade dos lugares do poder político, religioso e da ideologia oficial

Page 15: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 16: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 17: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 18: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 19: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

Uma cidade regulada, disciplinada e vigiada

Page 20: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 21: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 22: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 23: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

Linguagens do desejo, da sedução e do espectáculo – A sacralização do comércio e do consumo

Page 24: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 25: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 26: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

II - O Espaço do “profano”… da desordem, da subversão e da

transgressão

Manifestações no espaço de uma cidade produzida pelos cidadãos, uma apropriação do espaço que altera e, por vezes, subverte a cidade disciplinada e regulada

Page 27: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )

O exemplo do graffiti e da street art

Page 28: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 29: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 30: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 31: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )
Page 32: Ricardo  Campos (CEMRI –  UAb )