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    RESUMO

    Um procedimento odontolgico deve sempre combinar esttica, fontica, funes de mastigao e deglutio, funes orais e equilbrioneuromuscular. O objetivo deste estudo revisar na literatura os principais conceitos da fala de maneira geral a partir de conceitos, definies emecanismo de produo da fala com os aspectos que envolvem o tratamento odontolgico. Atravs das informaes obtidas, propor uma fichade conferncia fontica a ser usada durante a confeco de prteses dentrias. A reabilitao fontica pode ser feita pelo reposicionamentoe recontorno dos dentes, restabelecimento da dimenso vertical de ocluso, do espao funcional livre e do espao livre da fala, recontorno oureanatomizao do palato de prteses. A produo correta dos sons pode ser influenciada pela presena de mordida aberta anterior, por mal-posicionamento dentrio, por ausncias dentrias, pelo contorno e anatomia inadequados das prteses, por alteraes da dimenso verticalde ocluso, do espao mnimo da fala e discrepncias de overjet e overbite. Os dois fenmenos principais de desvios na articulao da fala sochamados lispinge whistling. Caracterizam-se pelo escape de ar com substituio de sons ou ceceio e assobio, respectivamente. Sendo quepara o tratamento odontolgico o fonema mais importante a ser conferido o /s/. O cirurgio-dentista deve atentar para ao confeccionar umanova prtese no incorrer em erros que gerem alteraes fonticas. Para a correta produo da fala, obrigatoriamente deve haver uma sintoniaentre os seus articuladores e equilbrio no sistema estomatogntico.

    Termos de indexao:Fontica. Ocluso dentria. Prtese dentria.

    ABSTRACT

    Dental procedures must respect esthetics, phonetics, masticatory and deglutition functions, oral functions and the neuromuscular system. Thepurpose of the present study is to make a literature review of the most important aspects of speech related to dental prostheses. Furthermore,propose a speech conference list to be used during dental treatment. Speech rehabilitation can be done by the reshape of teeth and palate ofthe dental prosthesis, reestablishment of the vertical dimension, of the free functional space and closest speaking space. For dental procedures,during the adjustment of prostheses, the most important sound is /s/. The correct production of speech might be altered when there is anterioropen bite, teeth in bad position, teeth loss, inadequate shape and anatomy of teeth, alteration in vertical dimension, in free functional spaceand closest speaking space, discrepancy between overjet and overbite. The two most common speech errors are lisping and whistling. They

    are characterized as escape of air with substitution of certain sounds and whistle, respectively. All dentists must be aware not to install a newdental prosthesis with new speech sensations or alterations. To the correct production of sound, it is compulsory that all speech articulatorsand the stomatognathic system are well-balanced.

    Indexing terms: Phonetics. Dental occlusion. Dental prosthesis.

    RGO - Rev Gacha Odontol., Porto Alegre, v.59, suplemento 0, p. 75-79, jan./jun., 2011

    1Universidade de So Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Prtese. Al. Octvio Pinheiro Brisola, 9-75, Vila Universitria, 17012-901,

    Bauru, SP, Brasil. Correspondncia para / Correspondence to: PB HILGENBERG. E-mail: .

    Avaliao fontica em pacientes portadores de prteses dentrias

    REVISO |REVIEW

    Phonetics evaluation in prosthetic patients

    Priscila Brenner HILGENBERG1Vincius de Carvalho PORTO1

    INTRODUO

    Atualmente a Odontologia busca melhorar ou de-volver a esttica, s vezes, esquecendo-se de primar pela fun-o e sade. Um procedimento odontolgico deve semprecombinar esttica, funes mastigatrias (mastigao, deglu-tio), funes orais, equilbrio neuromuscular e fontica. Areabilitao fontica pode ser feita pelo reposicionamento erecontorno de dentes, restabelecimento da Dimenso Verticalde Ocluso (DVO) do espao funcional livre e do espao livreda fala, recontorno e reanatomizao do palato de prteses.

    O objetivo deste trabalho apresentar uma ficha deconferncia e correo fontica, estabelecendo parmetrose diretrizes para o cirurgio-dentista no momento deconfeccionar coroas provisrias ou definitivas, prteses totaise parciais convencionais ou sobre-implantes e guias cirrgicos.

    Produo e mecanismo da fala

    A fala uma funo complexa, condicionada,

    que requer treinamento e inteligncia. estabelecida nos

    primeiros anos de vida e pode ser influenciada pelo meio,

    pela emoo e pela respirao1-6.

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    A fonao s ocorre com a presena dos articula-

    dores da fala: lbios, lngua, dentes, palato. Para a produ-

    o das vogais, o ar passa livremente pela boca, enquanto

    que para a produo das consoantes necessria a inter-

    rupo com posterior liberao da passagem de ar4,6-8.

    Durante a fala ocorre o funcionamento de diversos

    mecanismos, com o equilbrio entre estruturas estticas

    e dinmicas. A coordenao da lngua, da laringe, das

    cordas vocais, juntas com a respirao e todo o sistema

    estomatogntico, encontra-se em funcionamento e plena

    harmonia4,7.

    Existem alguns fatores que podem influenciara correta produo da fala: treinamento, postura, m--ocluso, selamento labial, posicionamento da lngua, tipofacial, assimetrias faciais, dificultando o posicionamento dos

    dentes9 devido alteraes nas linhas de referncia1,3, e osdentes, que no devem se contatar durante a fala4,6. A lngua um elemento mutante, altamente adaptvel e o articuladorda fala mais importante. um msculo capaz de compensaralteraes na fala decorrentes de variaes anatmicas,funcionais ou de desenvolvimento. Muitos pacientes adquiremuma fala inteligvel, sendo que algumas alteraes defonao so decorrentes de falha de adaptao1,3,7-12.

    Influncia da ocluso e estruturas bucais na fontica

    Aps a instalao de novas prteses, normalmente,

    o paciente leva de 6 a 8 meses para se acostumar5,13-14.

    Quanto maior a lngua do paciente, mais difcil o seu

    processo de adaptao15. No entanto, h variaes no

    posicionamento dos dentes e formato do palato que

    tornam impossvel a adaptao do paciente9,14. Aps a

    correo do problema fontico decorrente da prtese,

    ocorre uma melhora inicial e em alguns casos, h a recidiva

    aos velhos hbitos16-17.

    As alteraes da fala podem requerer tratamento

    fonaoaudiolgico18, quando esto presentes desdecriana ou quando so adquiridas. Estas alteraes,

    acompanhadas de mudanas na expresso facial, so

    decorrentes de defeitos na dentio, defeito na dentadura,

    enfermidades gerais ou especficas e alteraes geritricas.

    A perda de dentes posteriores acarreta no alargamento

    e espalhamento da lngua, enquanto a perda de dentes

    anteriores diminui o suporte labial7.

    A recuperao e manuteno da dimenso vertical

    de ocluso so objetivos da reabilitao oral de extrema

    importncia para a correta produo da fala3,13. O fonema

    /s/ determina o espao mnimo da fala e influencia na

    dimenso vertical de ocluso, porm no a determina

    corretamente13,18. A diferena entre a dimenso vertical de

    ocluso e o espao mnima da fala deve ser de no mximo

    1mm. Ao estabelecer a dimenso vertical de ocluso

    exatamente de acordo com o espao mnimo da fala, o

    paciente ficar com uma dimenso vertical de ocluso

    maior do que a ideal. Portanto, deve-se usar o espao

    mnimo da fala como referncia para a determinao da

    dimenso vertical de ocluso, ajustando-se a esttica e a

    fontica, principalmente em prtese total8,18-20.

    H uma grande importncia do contorno dos

    dentes e do palato, nas prteses totais, em relao

    fontica7,9,11-14,21-22. As rugosidades palatinas e a papila

    incisiva, espessa e rugosa, guiam a lngua na produo dos

    sons7,13. O mtodo da palatografia pode minimizar os errosfonticos que uma prtese total pode produzir ou para

    corrigir uma prtese j existente. Em uma prtese total nova,

    o seu emprego feito na fase de chapa de prova. Lava-

    se e seca-se a poro acrlica do palato, aplica-se uma fina

    camada de talco e aps insero na boca, o paciente articula

    algumas palavras ou sons especficos de maior interesse, o

    /s/, /t/, /d/ e `rrrr , por exemplo9,12-13,21,23. O som /s/ determina

    um palatograma com incio do contato nos incisivos lateral

    superiores at o rebordo superior posterior13.

    O aumento de mais de 1,2mm na espessura daprtese gera muita distoro do som, sem adaptao6. Osdentes ntero-superiores se posicionados 2mm mais parapalatino, acarretar em 80% de alterao14. O contornopalatal das prteses totais influencia a distoro acstica,principalmente dos fonemas sibilantes9. Segundo Martone3ePetrovic14, diminuir a espessura do palato e uma prtese totalmelhoram a fontica, bem como o afinamento das flanges15.

    Como mencionado anteriormente, alm do

    contorno e conformao do palato, o posicionamento dos

    dentes anteriores de extrema importncia para a produo

    correta dos sons9. O fonema /s/ o mais influenciado, vistoque os trespasses vertical e horizontal oferecem o percurso

    mandibular para sua pronncia8,15,18,24sendo este tambm

    o fonema que mais se altera e de maior dificuldade de

    reproduo em pacientes portadores de prteses5,17,25. O

    posicionamento dos incisivos superiores mais de 2mm para

    palatino do que o ideal gera alterao em 80% dos casos14.

    Assim como a disposio dos dentes anteriores13,

    o seu contorno e anatomia tambm exercem influncia na

    articulao da fala14. O comprimento dos dentes ntero-

    superiores dado pelos fonemas /f/ e /v/, quando a borda

    PB HILGENBERG et al.

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    incisal dos incisivos centrais toca a linha seco-mida do

    lbio inferior8. Dentes anteriores superiores muito espessos

    acarretam em dificuldade de produzir o som /s/15.

    A perda dos dentes e o recobrimento do palato por

    uma prtese total acarretam na perda da propriocepo,

    diminuindo a resposta sensorial, auxiliar na produo dossons. Com a instalao de prteses sobre-implantes essa

    funo sensorial fica restaurada satisfatoriamente7,9,24.

    Existem dois fenmenos de desvios na articulao

    da fala: lisping7e whistling. O primeiro ocorre quando h

    um espao amplo e fino para a lngua e o som /s/ soa como

    /sh/6. Para Martone3, se o V formado pela lngua durante

    a produo do som /s/ for muito pequeno, ocorre o defeito

    lispingpor aumento do espao e afinamento da prtese

    total. Normalmente ocorre em pessoas com lbios longos e

    dentes curtos, overjetacentuado, abboda palatina muitoprofunda8. A checagem dessa alterao deve ocorrer na

    fase de prova dos dentes em cera ou em coroas provisrias18.

    De acordo com Jenkis11, 80% das pessoas que tm lisping

    so portadores de m-ocluso. a substituio do /s/ e /z/

    por som de ss ou c. Em usurios de prtese total, esse

    fenmeno tambm pode estar presente se a espessura da

    base da prtese for grossa.

    Para Martone3, o fonema /s/ pode encontrar-se

    alterado por inabilidade da lngua, demasiada distncia

    interoclusal, dentes ausentes ou mal posicionados, diastemas

    muito amplos e/ou falta de acuidade auditiva. Para correodo /s/, pode-se afinar a margem lingual os incisivos superiores

    no colar gengival13. De acordo com Winkler20, a pronncia

    do som /sh/ no lugar do /s/ (lisping) pode ocorrer quando

    a dimenso vertical de ocluso est insuficiente, trespasse

    horizontal excessivo e o espao mnimo da fala incorreto. A

    soluo est em aumentar a dimenso vertical de ocluso

    e ajustar os dentes ntero-inferiores aproximando-os dos

    superiores em uma distncia prxima de 1mm quando da

    pronncia do /s/. Ou ainda, pode-se afinar poro palatina

    anterior da prtese, regio responsvel pelo do contato

    lingual durante a pronncia dos referidos sons.Se o espao para a lngua for muito pequeno ou

    quando os dentes ntero-inferiores esto posicionados

    muito para trs, com overjet acentuado, forando a lngua

    a se alojar em uma posio mais superior, contatando

    esses dentes inferiores com sua ponta, ocorre o whistling

    ou assobio6,8. De acordo com Martone3, se o V

    formado entre a lngua e o palato durante a produo,

    principalmente, de sons sibilantes for muito grande, gera

    o defeito whistling que tambm pode ser chamado de

    assobio, por diminuio do espao pela prtese total.

    Os fonemas /f/ e /v/ quando se encontram alterados

    no permitem que os incisivos centrais superiores toquem

    o lbio inferior11, provavelmente quando o dente superior

    que muito curto ou est muito para cima, fazendo o /v/

    soar como /f/. Se o dente muito longo ou est muito baixo,

    o /f/ soa como /v/9,23,25. Esses dois fonemas determinam o

    overjet e o overbite19.

    Os fonemas /t/ e /d/ podem estar alterados

    se a lngua contata os dentes ntero-superiores muito

    prematuramente, por posicionamento muito palatino

    dos dentes ou por espessura exagerada3. Ainda, podem

    alterar-se quando a prtese total superior no apresenta

    as rugosidades palatinas e papila incisiva conformadas

    adequadamente. Os fonemas /s/, /l/, /t/ e /d/ podem

    sofrer distores se a lngua, com o passar da idade, tem

    parestesia, assimetrias ou tremores7.Segundo Weir8, um defeito em /p/, /b/ ou /m/ so

    caractersticas de mordida muito aberta ou alta (excesso

    vertical de maxila ou DVO aumentada), ou dentes ntero-

    -superiores e inferiores muito protrudos, fora da zona

    principal de suporte. No so produzidos sem o selamento

    labial ou com mordida aberta anterior. Um paciente com

    micrognatia ou retruso mandibular (classe II de Angle)

    pode ter dificuldades em pronunciar /m/, /p/, /b/, /s/ e

    /z/11.

    A forma mais fcil de avaliar o fonema /s/

    quando este est depois de /t/, /d/ e /n/. Quando ocorre o

    assobio, pode ser por alterao na disposio dos incisivos

    ou ainda, por aumento no dimetro vestibulo-palatino

    dos dentes, do 1 pr-molar superior at o seu homlogo

    do outro lado. Ainda, se durante a produo do som

    /s/,no ocorre o selamento da lngua com os pr-molares

    e molares superiores, ocorre escape de ar lateral, gerando

    imperfeio no som. Para solucionar o problema, selecionar

    ou confeccionar dentes um pouco maiores15. Pacientes

    com mordida aberta anterior encontram dificuldades para

    produzir o som /s/11.A pesquisa neste assunto escassa e no possui

    estudos atuais. No entanto, mediante reviso dos trabalhos

    mencionados, nos propusemos a compilar uma ficha de

    conferncia para uso do clnico (Quadro 1). Recomenda-

    -se gravar o teste antes e aps as correes necessrias

    para o paciente ouvir depois e servir como documentao

    do tratamento do tratamento reabilitador. Com isso, o

    profissional poder estabelecer critrios mais objetivos

    quanto a um aspecto to importante nos trabalhos

    protticos que a fontica.

    AVALIAO FONTICA EM PRTESE DENTRIA

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    Tabela 1. Ficha de conferncia fontica. CONSIDERAES FINAIS

    De acordo com a reviso realizada, conclui-seque o tratamento prottico reabilitador inevitavelmente

    interfere na funo fontica. Para a correta produo dafala, obrigatoriamente deve haver uma sintonia entre osseus articuladores e equilbrio no sistema estomatogntico.Para que no incorra em desarmonia ou para corrigirdistores j existentes, deve-se atentar para a avaliaofontica do paciente. Seja esta realizada antes de se iniciaro tratamento, ou durante, na fase de provisrios ou provade dentes em cera, torna-se uma ferramenta indispensvelao cirurgio-dentista consciente e diferenciado.

    Colaboradores

    PB HILGENBERG foi responsvel pela execuoe redao do trabalho. V PORTO foi responsvel pelaorientao do trabalho.

    REFERNCIAS

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    PB HILGENBERG et al.

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    dimenso vertical de ocluso

    Aumentar dimenso vertical deocluso; diminuir overjet

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    Recebido em: 4/6/2009Aprovado em: 26/8/2009

    AVALIAO FONTICA EM PRTESE DENTRIA

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