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revista REVISTA ABHO DE HIGIENE OCUPACIONAL Ano 10 N° 24 Agosto 2011 DESTAQUES DESTA EDIÇÃO » Estudo comparativo de exames audiométricos » Ouvindo pelos Protetores » Deve haver obrigatoriamente certificação de aferição de um medidor de ruído? » A União Europeia proíbe o uso do cádmio » Normas Regulamentadoras sofrem alterações » Entendendo o PPRA » Panorama da formação de Higienistas Ocupacionais e Técnicos Higienistas Ocupacionais no Brasil PUBLICAÇÃO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS HIGIENISTAS OCUPACIONAIS

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Veja a materia sobre PPRA desta revista muito bom

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  • 1Revista ABHO / Agosto 2011

    revistaREVISTA ABHO DE HIGIENE OCUPACIONAL Ano 10 N 24 Agosto 2011

    DESTAQUES DESTA EDIO

    Estudo comparativo de exames audiomtricos

    Ouvindo pelos Protetores

    Deve haver obrigatoriamente certificao de aferio de um medidor de rudo?

    A Unio Europeia probe o uso do cdmio

    Normas Regulamentadoras sofrem alteraes

    Entendendo o PPRA

    Panorama da formao de Higienistas Ocupacionais e Tcnicos Higienistas Ocupacionais no Brasil

    PUBLICAO OFICIAL DA ASSOCIAO BRASILEIRA DOS HIGIENISTAS OCUPACIONAIS

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    24REVISTA

    Revista ABHO de Higiene OcupacionalAno 10, n 24

    Os artigos assinados so de responsabilidade dos autores.Reproduo com autorizao da ABHO.

    EditoraIrene Ferreira de Souza Duarte Saad

    RevisoLa Amaral Tarcha (portugus)

    Conselho EditorialDiretoria Executiva e Conselho Tcnico da ABHO

    Colaboradores desta edioAna Gabriela Lopes Ramos Maia, Berenice Goelzer, Cssia Dantas,

    Celso Felipe Dexheimer, Dbora Andrade Brgio, Edna Madeira Nogueira, Eduardo Lage Guerra, Irene Ferreira de Souza Duarte Saad,

    Marcelo Roberto Saraiva dos Santos, Maria Margarida Teixeira Moreira Lima, Mrio Luiz Fantazzini, Milton Marcos Miranda Villa, Srgio Mdici de Eston,

    Roberto Jaques, Satoshi Kitamura, Anna Paulla Maia Lopes Paz;Carla Tomaz Botelho; Andr Martins Gonalves; Silvana Frota

    Diagramao, Artes e ProduoStrotbek & Bravo Associados(www.sebpublicidade.com.br)

    Periodicidade : TrimestralTiragem : 1.000 exemplares

    Assinatura anual (4 edies) : R$ 66.00Exemplar avulso : R$ 20,00

    A ABHO membro organizacional da International OccupationalHygiene Association - IOHA e da American Conference of Governmental

    Industrial Hygienists ACGIH

    ABHO Associao Brasileira de Higienistas Ocupacionaiswww.abho.org.br

    Rua Cardoso de Almeida, 167 cj 121 CEP 05013-000So Paulo SP - Tel.: (11) 3081-5909 e 3081-1709.

    Assuntos gerais, comunicao com a Presidncia:[email protected]

    Admisso, livros, anuidades, inscries em eventos,alteraes cadastrais: [email protected]

    Revista ABHO (anncios, matrias para publicao,sugestes, etc.): [email protected]

    DIREO TRINIO 2009-2012

    DIRETORIA EXECUTIVAPresidente

    Jos Manuel O. Gana SotoVice-Presidente de Administrao

    Gerrit GruenznerVice-Presidente de Formao e Educao Profissional

    Roberto JaquesVice-Presidente de Estudos e Pesquisas

    Mrio Luiz FantazziniVice-Presidente de Relaes Internacionais

    Jos Pedro Dias JniorVice-Presidente de Relaes PblicasMaria Margarida T. Moreira Lima

    Conselho TcnicoJos Gama de Christo, Jos Luiz Lopes, Juan Felix Coca Rodrigo

    e Milton Marcos Miranda Villa

    Conselho FiscalAna Gabriela Lopes Ramos Maia, Maria Cleide Sanches Oshiro

    e Mauro David Ziwian

    Representantes Regionais:Celso Felipe Dexheimer (RS), Geraldo Srgio de Souza (MG),Jandira Dantas Machado (PB-PE), Jos Gama de Christo (ES),

    Milton Marcos Miranda Villa (BA-SE), Paulo Roberto de Oliveira (PR-SC),Roberto Jaques (RJ)

    EDITORIAL 05

    ARTIGO TCNICO Estudo comparativo de exames audiomtricos de metalrgicos expostos a rudo e rudo associado a produtos qumicos 06 Ouvindo pelos Protetores 13

    SUPORTE TCNICO Deve haver obrigatoriamente certificao de aferio de um medidor de rudo? 17 Relatrio de carcinognicos 17 Produtos qumicos/REACH: A Unio Europeia probe o uso do cdmio na joalheria, nos eletrodos de solda e em todos os plsticos 18 Normas Regulamentadoras sofrem alteraes 19

    ENTENDENDO O PPRA Entendendo o PPRA 20

    ABHO Novos membros 22 Certificao e Manuteno da Certificao de Higienista Ocupacional 2011 22 III Encontro Regional de Higiene Ocupacional/NE 23 Regional ABHO/RS notcias do Prevensul 2011 26 Cursos de Especializao em Higiene Ocupacional 27 Panorama da formao de Higienistas Ocupacionais e Tcnicos Higienistas Ocupacionais no Brasil 28 Eventos / Agenda 33

    RESENHA BIBLIOGRFICA Manual NTEP e FAP: Nexo Tcnico Epidemiolgico Previdencirio (NTEP) e suas implicaes na composio do Fator Acidentrio de Preveno (FAP) 34

    CONTEDO

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    EDITORIAL

    VI Congresso Brasileiro de Higiene Ocupacional

    O Congresso Brasileiro de Higiene Ocupacional (CBHO) e o Encontro Brasileiro de Higienistas Ocupacionais tm sido eventos marcantes para os higienistas ocupacionais brasileiros pelas oportunidades oferecidas, seja para o aprimoramento ou para o estreitamento de relaes profissionais, mas principalmente pelo que representam esses Eventos para o crescimento e fortalecimento da profisso no Pas. Neste VI CBHO, renem-se ideias e promovem-se discusses sobre Educao em Higiene Ocupacional como contribuio para uma gesto sustentvel. Desse modo, abre-se para os higienistas ocupacionais e outros profissionais interessados em educao uma grande oportunidade para analisar e propor solues para problemas que se apresentam e se relacionam formao nas reas de segurana e sade ocupacional.

    Assim como ocorre em muitos outros pases, no Brasil uma das preocupaes na preparao de profissionais para atuar em Higiene Ocupacional consiste na ausncia de harmonizao e nas diferenas de qualidade entre cursos ministrados nesse campo. Problemas comuns nas atividades de formao incluem: contedos limitados, material didtico de qualidade insuficiente ou com contedo educacional pouco confivel ou inexistente, preveno e controle de riscos abordados de forma superficial, muita referncia legislao, que, em muitos casos, est ultrapassada, nfase excessiva em avaliaes quantitativas, mas com poucas aulas prticas em laboratrio e no disponibilidade de equipamentos de avaliao para demonstrao aos alunos, alm de falta de treinamento em campo. Isso resulta na carncia de profissionais competentes que atuem de forma eficaz e completa nos locais de trabalho.

    Uma das consequncias importantes da falta de contedos adequados e de qualidade na formao dos higienistas ocupacionais que, muitas vezes, as intervenes nos locais de trabalho so por demais voltadas apenas para as exigncias legais, ficando a preveno primria em segundo plano nos programas gerenciais das empresas. O objetivo primordial da Higiene Ocupacional, ou seja, a preveno e o controle dos riscos ambientais para a proteo da sade dos trabalhadores muitas vezes ignorado em numerosas atividades e, para a ABHO, urgente mudar tal situao.

    Outro problema que, devido crescente importncia dos sistemas de gesto, muitos profissionais so treinados na aplicao desses sistemas aos programas de sade ocupacional, sem, no entanto, contar com a devida formao em Higiene Ocupacional. Isso tem, como desastrosa consequncia, o fato de que alguns profissionais esto administrando programas de segurana e de sade ocupacional sem o necessrio conhecimento das tarefas fundamentais para o reconhecimento dos riscos ocupacionais e das medidas exigidas a fim de preveni-los, o que se mostra essencial ao estabelecimento de metas abrangentes e relevantes para esses programas. Embora no setor industrial e de prestao de servios, as metas a serem alcanadas pela boa gesto possam ser evidentes, no caso dos riscos ocupacionais necessita-se de muitos conhecimentos e experincia para determinar tanto o que deve ser administrado quanto os objetivos a serem atingidos em termos de proteo dos trabalhadores e de preservao do meio ambiente. Um dos motivos para essa situao a falta de profissionais bem preparados. Por conseguinte, a ABHO entende que o seu Congresso poder chamar a ateno para esse problema, reforando, com isso, a necessidade crtica de um maior nmero de higienistas ocupacionais com nveis elevados de formao. A fim de que a importncia dessa tarefa seja entendida na ntegra, preciso levar em conta que a Higiene Ocupacional pode e deve fazer uma contribuio inestimvel ao processo de gesto sustentvel, uma vez que sua prtica visa a proteger recursos humanos, naturais e financeiros.

    Alm disso, fundamental formular estratgias para aumentar a conscientizao sobre a importncia da Higiene Ocupacional e promover a compreenso de seus princpios entre outros pblicos, inclusive de administradores e de trabalhadores, a fim de conseguir uma abordagem verdadeiramente multidisciplinar.

    Muitos higienistas ocupacionais e educadores brasileiros mostram-se preocupados com a educao em Higiene Ocupacional no Pas e espera-se que, a partir das discusses levantadas pela ABHO, surja uma estratgia capaz de alterar sua realidade. O VI CBHO vem buscar contribuies com o intuito de responder a questes relevantes, para que iniciativas educacionais nessa rea no Brasil possam ser aperfeioadas ou bem direcionadas e atendam, assim, s nossas verdadeiras necessidades.

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    ESTUDO COMPARATIVO DE EXAMES AUDIOMTRICOS DE METALRGICOS EXPOSTOS A RUDO E RUDO ASSOCIADO A

    PRODUTOS QUMICOS*

    ARTIGO TCNICO

    RESUMO

    Objetivo: Realizar um estudo comparativo, por meio de exames audiomtricos, de trabalhadores expostos somente a rudo e a rudo associado a produtos qumicos.

    Mtodos: 155 metalrgicos (18 50 anos) divididos em grupo I (expostos a rudo) e grupo II (expostos a rudo e

    produtos qumicos), por um perodo que varia de 3 a 20 anos.Resultados: diferena significativa na proporo de

    perda auditiva ocupacional na orelha direita entre os grupos I (3,6%) e II (15,5%). Tambm se observou diferena significativa na proporo de perda auditiva ocupacional no profissional entre os grupos I (6%) e II (18,3%) e no tempo mdio de exposio entre os dois grupos, estando o grupo I exposto h mais tempo s condies de trabalho.

    Concluso: o grupo II apresentou proporcionalmente maior prevalncia de perda auditiva, apesar de ter menor tempo mdio de exposio quando comparado ao grupo I.

    DESCRITORES: rudo; perda auditiva; ocupacional; metais; solventes; asfixiantes; produtos qumicos; audio.

    INTRODUO

    Utilizaremos o termo perda auditiva ocupacional neste artigo, por fazer referncia aos agravos que o ambiente de trabalho pode gerar na audio, independentemente do rudo1.

    Entre todos os agentes ou fatores que podem resultar em

    risco ocupacional, certamente o rudo aparece como o mais frequente, expondo um maior nmero de trabalhadores, sendo muitos deles, metalrgicos2,3,4. Contudo, h outros agentes que propem esse tipo de risco, como por exemplo, os produtos qumicos ototxicos, que podem vir a produzir perda auditiva ocupacional na presena ou ausncia do rudo1,2, 5,6,7,8,9,10.

    Com relao ao tempo de exposio necessrio ao desencadeamento da perda auditiva, ainda h poucos estudos epidemiolgicos. Alguns estudiosos afirmam que indivduos em contato com qumicos ototxicos poderiam passar a apresentar esse agravante j depois de dois ou trs anos, enquanto os expostos a rudo demorariam de quatro a cinco anos. Haveria um maior nmero de frequncias comprometidas no perodo de cinco a sete anos, diminuindo o ndice de progresso at os quinze anos, tendendo a se estabilizar desde que mantidas as condies de exposio e a ausncia de outros fatores causais, cessando a partir do momento em que o indivduo fosse afastado do agente causador2,5,6.

    Entretanto, a exposio prolongada tanto a rudo quanto a agentes qumicos no nos d certeza de que ocorrer perda auditiva ocupacional, pois alm de fatores ambientais, h fatores inerentes ao prprio indivduo, como os genticos, idade, sexo, raa, e os exgenos, ligados agressividade do agente causador, forma e intensidade de sua ocorrncia, entre outros2,5.

    Hoje, a exposio qumica continua a ser desvalorizada. Com isso, o rudo ainda aparece como causa exclusiva da perda auditiva ocupacional, sendo necessrio ressaltar, portanto, que algumas vezes, o setor ruidoso no o que apresenta maior percentual de perda e sim aquele em que os trabalhadores esto expostos a produtos qumicos ototxicos6,11. Alguns produtos qumicos, como solventes, metais pesados, asfixiantes e, mais recentemente, os pesticidas organofosforados, por estarem muito presentes em diversos processos produtivos, tm sido investigados como potencialmente ototxicos1. Essas substncias diferem na estrutura molecular, podendo atuar sobre diferentes pontos do sistema auditivo de diversas formas5.

    A classe de solventes orgnicos a mais estudada, em especial, o tolueno, o xileno, o estireno, o n hexano, o tricloroetileno e o etanol, sendo esses os ototxicos de alta

    Anna Paulla Maia Lopes Paz(a); Carla Tomaz Botelho(b); Andr Martins Gonalves(c); Silvana Frota(d)

    *Este artigo foi originalmente publicado Revista Brasileira de Otorrinolaringologia - ABORL, Vol. 75 (1), Jan/Fev 2009, e est sendo divulgado, agora, na Revista ABHO, mediante autorizao dos Autores e da ABORL. (a)Fonoaudiloga, Especialista em Audiologia Clnica pelo Centro de Especializao em Fonoaudiologia Clnica (CEFAC)(b)Fonoaudiloga, Especialista em Audiologia Clnica pelo Centro de Especializao (c)Engenheiro de Segurana do Trabalho(d)Doutora em Distrbios da Comunicao Humana

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    ARTIGO TCNICO

    prioridade, alm dos outros de menor ototoxicidade como o acetato de etila e o dissulfeto de carbono. Todos apresentam relao com distrbios auditivos1,2,6,12,13.

    Alguns metais pesados tambm esto presentes na lista de ototxicos adicionais, como o cobalto, o mercrio, o benzeno e o arsnico12.

    Em estudo realizado em uma indstria grfica em So Paulo, obtevese, a partir de um teste de regresso logstica mltipla, um percentual elevado de alteraes audiomtricas, que ocorreram por exposio aos qumicos ototxicos, e no por rudo2.

    Tomando como base um estudo longitudinal, no qual se pesquisaram trabalhadores de uma indstria expostos a produtos qumicos por vinte anos, observamos que houve um percentual elevado de perda auditiva, apesar de a exposio ter ocorrido a baixos nveis de presso sonora12.

    Experincia realizada com ratos expostos a uma mistura de estireno e xileno mostrou perda auditiva nesses animais, tendo a exposio a estireno causado leso permanente e progressiva a seu sistema auditivo. De acordo com tal experincia, essas substncias se mostraram mais ototxicas que o tolueno, talvez pelo fato de estarem combinadas, o que facilitou sua absoro e consequentemente aumentou o risco de toxicidade6,14.

    Outra experincia realizada em ratos, nesse caso expostos a etanol e estireno, demonstrou claramente que a primeira substncia, por si s, no produz nenhum efeito sobre o sistema auditivo animal. O estireno, por sua vez, capaz de levar a mudanas permanentes no limiar auditivo, alm de causar outros prejuzos s clulas ciliadas externas. Quando h exposio aos dois agentes combinados, as mudanas nesse limiar se agravam, e aumenta a perda de clulas ciliadas, o que prova um aumento dos efeitos15,16. Estudos em ratos so necessrios, pois esses animais apresentam metabolismo similar ao do homem quando se trata do solvente8.

    Com base em investigaes cientficas, podemos afirmar que a exposio simultnea a rudo e a qumicos ototxicos produz efeito sinrgico, sendo o efeito de exposio combinada maior do que o mais simples dos efeitos de cada agente isolado1,2,6,7,9,12,17,18.

    Pesquisa realizada em trs grupos de trabalhadores de uma fbrica de fibra de vidro confirma esse achado. O primeiro grupo foi exposto a estireno e rudo; o segundo, exposto apenas a rudo e o terceiro no foi exposto a nenhum dos agentes citados. A partir dos resultados do presente estudo, podemos concluir que o primeiro grupo apresentou limiares piores para tons puros na faixa de

    frequncia de 2000 a 6000Hz em relao aos outros dois. Alm disso, podemos sugerir que o estireno, at mesmo abaixo dos limites de tolerncia recomendados, apresentou efeito txico sobre o sistema auditivo19.

    Os trabalhadores foram divididos em quatro grupos em uma pesquisa realizada em indstria especfica. O primeiro encontrava-se exposto somente a uma mistura de solventes orgnicos; o segundo a essa mistura e a rudo acima de 80 dBNA*; o terceiro foi utilizado como controle, no ficando exposto a nenhum dos agentes e o quarto, foi exposto apenas a rudo acima de 80 dBNA. A maior incidncia de perda auditiva foi verificada no primeiro e segundo grupos, se comparados ao grupo controle. Constatou-se tambm perda auditiva em uma faixa de frequncia de 3000 a 8000 Hz para os grupos I e II, e perda mais concentrada na frequncia de 4000 Hz para o grupo IV. Houve uma correlao positiva entre o acmulo na dose dos solventes orgnicos e destes com o rudo, e a extenso da perda auditiva15.

    Devemos, portanto, refletir sobre os limites de tolerncia dos diferentes agentes no ambiente de trabalho, os quais podem estar dentro dos parmetros aceitveis pela legislao brasileira quando separados, mas podem ultrapasslo quando em interao, potencializando assim seus efeitos sobre o sistema auditivo 6,9,20,21.

    As perdas auditivas provocadas por produtos qumicos ototxicos tm caractersticas audiomtricas similares quando comparadas s perdas causadas por rudo. So sempre irreversveis e do tipo neurossensorial, podendo ser unilaterais ou bilaterais1,2,5,20,22. Pelo fato de haver maior concentrao das leses na espira basal da cclea, primeiramente so afetadas as frequncias agudas, apresentando maior grau de perda em 4000 Hz, demorando muito at se estender alm da faixa de 3000 Hz a 6000 Hz2. Ambos os agentes ototxicos podem causar leso cclea23,24. Entretanto, quando nos referimos ao local a ser atingido pelos produtos qumicos, podemos dizer que os efeitos ototxicos no se restringem apenas cclea, uma vez que vrios solventes orgnicos conhecidos por sua neurotoxocidade podem afetar tanto a audio quanto o equilbrio, agindo em primeiro lugar no tronco cerebral ou nas vias auditivas/vestibulares centrais5,12. Em relao disfuno vestibular provocada por solventes, importante frisar, que vem sendo negligenciada por dificuldades encontradas em avaliaes nesse campo17.

    Solventes aromticos, como o estireno, parecem diminuir a sensibilidade auditiva, principalmente na faixa das frequncias mdias em ratos, podendo causar prejuzo permanente na audio, afetando antes as clulas ciliadas externas, no poupando, contudo, os gnglios espirais. A perda de adaptabilidade anterior perda de sensibilidade pode ser um sinal inicial de prejuzo auditivo em consequncia de exposio a rudo17.* Nota da Revista ABHO: dBNA = dB (A)

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    Alguns investigadores nos mostram que a exposio a tolueno, estireno e monxido de carbono pode afetar funcional e morfologicamente as clulas ciliadas externas de animais de laboratrio2, 23.

    Outros estudos clnicos e epidemiolgicos nos permitem afirmar que h uma associao entre uma srie de solventes e alteraes nas vias auditivas centrais. Alm disso, podermos perceber, a partir de achados audiomtricos, que esses agentes provocam perda auditiva que vo de grau leve a moderado 25.

    Em uma determinada pesquisa, trabalhadores de certa indstria, foram expostos a uma mistura de solventes aromticos e alifticos. A partir dos resultados, temos condies de dizer que a audiometria vocal apresentou baixo percentual no ndice de reconhecimento da fala quando comparada audiometria tonal e que as respostas corticais foram anormais para as frequncias testadas. Conclumos, ento, que o sistema auditivo pode ser vulnervel em nveis corticais. Isso pde ser confirmado por meio das avaliaes de discriminao da fala e respostas corticais dois dos mais sensveis testes disponveis para detectar leses auditivas centrais em nveis corticais12.

    O anexo I da NR-15 estabelece o limite de tolerncia para rudos contnuos e intermitentes. Entretanto, a legislao trabalhista especfica no recomenda a realizao de exames audiomtricos peridicos em trabalhadores expostos a qumicos ototxicos, exceto para aqueles expostos a nveis de rudo acima de 85 dBNA em 8 h/dia1, 6,20.

    O exrcito norte-americano, j em 1998, passou a considerar as exposies qumicas na preveno de perdas auditivas, incluindo trabalhadores expostos a certos produtos qumicos, como o estireno, por exemplo, no programa de conservao auditiva, independentemente do nvel de presso sonora ao qual estavam expostos 26. Instituies de pesquisa como o NIOSH e a ACGIH tambm recomendam, desde 1998, que testes audiomtricos sejam realizados nesses trabalhadores27,28.

    O Decreto 3048 da Previdncia Social, de 6 de maio de 1999, permite que se reconheam alguns produtos qumicos como agentes etiolgicos ou fatores de risco de natureza ocupacional para hipoacusia ototxica. Indica, assim, que esse tipo de exposio deve ser considerado quando se examina o nexo causal entre uma perda auditiva e as condies do ambiente de trabalho29.

    O Parlamento Europeu, mais recentemente, passou a exigir que os empregadores valorizem os efeitos resultantes de interao de rudo e produtos qumicos ototxicos sobre a sade30.

    Ao compararmos as caractersticas gerais (traado audiomtrico e local afetado, por exemplo) das perdas auditivas por rudo e por processos qumicos ototxicos, percebemos a dificuldade no diagnstico diferencial e na identificao da causa das alteraes observadas, pois o diagnstico se baseia na confirmao da exposio e da presena de sinais e sintomas, no sendo os efeitos bem determinados5,10.

    ARTIGO TCNICO

    E Publicao indispensvel para os higienistas e demais profissionais que atuam nas reas de higiene, segurana e sade ocupacional.

    EGuia para a avaliao e o controle dos riscos ambientais nos locais de trabalho e adotado pela NR-9 (PPRA) na ausncia de limites na NR-15.

    E Mais de 700 limites de exposio (TLVs) para agentes qumicos e agentes fsicos.

    E Mais de 50 ndices Biolgicos de Exposio (BEIs), cobrindo mais de 80 substncias.

    E Informa, ainda, os principais efeitos crticos sade dos agentes qumicos e se eles so considerados carcinognicos, segundo a ACGIH.

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    o portugus

    pela ABHO

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    O objetivo deste trabalho comparar, por meio de exames audiomtricos, os limiares auditivos de dois grupos de trabalhadores, um exposto apenas a rudo e um segundo, exposto a rudo e a produtos qumicos.

    MTODO

    Foi realizado um estudo do tipo caso controle em uma empresa do ramo metalrgico no estado do Rio de Janeiro, com 155 trabalhadores do sexo masculino, sendo 81 do grupo I (expostos a rudo) e 71 do grupo II (expostos a rudo e a produtos qumicos). A idade mdia geral foi de 31 (+/- 7) anos, variando de 18 a 50 anos e o tempo mdio geral de exposio foi de 7 (+/- 4) anos, variando de 3 a 20 anos. Os produtos qumicos pesquisados foram: acetona, estireno, resinas e cobalto, entre outros de menor relevncia.

    A pesquisa foi realizada em diferentes setores da fbrica que possuem a mesma faixa de rudo com variao entre 80,5 dBNA e 99,5 dBNA, nos quais o tempo de exposio de 8 horas dirias. Os funcionrios so devidamente equipados com EPIs.,em conformidade com a NR-620, da Portaria 3214/78, sendo relevante para nosso estudo ressaltar a utilizao de mscaras respiratrias e protetores auriculares adequados, ambos com certificado de aprovao (C.A.) pelo Ministrio do Trabalho e Emprego.

    A empresa est comprometida com a integridade fsica de seus colaboradores, promovendo uma fiscalizao efetiva por seu quadro tcnico, com penas cabveis pela legislao pela a no utilizao dos referidos equipamentos.

    Os nveis de rudo foram medidos por profissionais habilitados da prpria empresa, que dispe de aparelhos prprios para monitoramento ambiental. As medies foram realizadas em diversos pontos da rea de trabalho na escala A e no circuito de resposta lenta, conforme estabelecido pela NR-15, anexo n 1 da portaria 3214/7820. Utilizou-se um dosmetro marca Quest modelo Q 400, devidamente calibrado, de acordo com a norma IEC 60651, procedimento PC-06 REV 00 em outubro de 2005.

    Os resultados das avaliaes nas amostras coletadas para vapores orgnicos so inferiores aos limites estabelecidos pela NR-15, anexo 11 da portaria 3214/7820. Foram utilizados cassetes com filtro de PVC, e os laudos tcnicos foram emitidos por laboratrio credenciado ao desenvolvimento da atividade.

    O estudo retrospectivo baseou-se em exames audiomtricos sequenciais de 2005, realizados por profissional habilitado: fonoaudiloga, conforme determinao dos Conselhos Federais de Medicina e Fonoaudiologia e por determinaes estabelecidas pela Portaria 19 do Ministrio do Trabalho e Emprego (1998)31.

    Os exames foram realizados em cabina audiomtrica, com nveis de presso sonora que no ultrapassam os nveis mximos permitidos, de acordo com a norma ISO 8253.1 e audimetro do tipo MAICO MA 41, submetido calibrao eletroacstica anual.

    At o momento da realizao do exame, todos os funcionrios se encontravam em repouso auditivo de 14 horas, sendo submetidos meatoscopia de ambas as orelhas antes da avaliao. Aqueles que apresentaram qualquer tipo de anormalidade de meato acstico externo foram excludos da pesquisa e devidamente encaminhados a um especialista.

    Os exames audiomtricos foram realizados nas frequncias de 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz pela via area e 500, 1000, 2000, 3000 e 4000 Hz pela via ssea nos casos de alterao de via area. Tambm foram realizadas audiometrias vocais em todos os funcionrios avaliados (SRT e IRF).

    Foram considerados sugestivos de perda auditiva ocupacional os limiares auditivos acima de 25 dBNA nas frequncias de 3 e/ou 4 e/ou 6 KHz, e mais elevados que nas outras frequncias testadas, estando estas comprometidas ou no, tanto no teste da via area quanto no teste da via ssea, em um ou ambos os lados31.

    Esta pesquisa foi autorizada pelo Comit de tica e Pesquisa do Centro de Especializao em Fonoaudiologia Clnica, sob o n 127/06.

    A anlise estatstica foi realizada pelo teste de quiquadrado (x2) para comparao de perda auditiva ocupacional entre os dois grupos. Para comparao da idade (em anos) e do tempo de exposio (em anos) aplicaram-se os testes t de Student para amostras independentes (idade) e o de Mann Whitney (tempo de exposio), respectivamente.

    Os dados qualitativos foram sumarizados atravs de frequncia (n) e percentual (%), e construram-se grficos para ilustrar a prevalncia de perda auditiva entre os setores. Os dados numricos foram expressos por meio das medidas de tendncia central (mdia e mediana) e de disperso (desvio padro). O nvel de significncia adotado foi de 5%, ou seja, quando o valor de p for menor ou igual a 0,05, existe significncia estatstica.

    RESULTADOSCom base nos achados da Tabela 1, podemos afirmar

    que h diferena significativa (p = 0, 010) na proporo de perda auditiva ocupacional da orelha direita entre os grupos I (3,6%) e II (15,5%). J em relao orelha esquerda, no h diferena significativa (p = 0,14) de perda auditiva ocupacional entre os grupos I (6%) e II (12,7%). Outro dado

    ARTIGO TCNICO

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    importante a existncia de diferena significativa na proporo de perda auditiva ocupacional no trabalhador (orelha direita ou esquerda) entre os grupos I (6%) e II (18,3%).Tabela 1. Percentual de perda auditiva ocupacional, segundo os grupos I e II.

    GRUPO I GRUPO II Varivel categoria n % n % p valorPerdaauditiva sim 3 3,6 11 15,5 0,010ocupacionalnaOD no 81 96,4 60 84,5Perdaauditiva sim 5 6,0 9 12,7 0,14ocupacionalnaOE no 79 94,1 62 87,3Perdaauditiva sim 5 6,0 13 18,3 0,017ocupacionalnaODouOE no 79 94,1 58 81,7

    Teste Qui Quadrado p 0,05 estatisticamente significante

    Em relao Tabela 2, podemos afirmar que no h diferena significativa (p = 0,26) na idade mdia entre os dois setores. J no que se refere ao tempo mdio de exposio, h diferena significativa (p = 0,0003), pois o grupo I apresentou tempo de exposio significativamente maior que o grupo II. Observando esse achado, podemos afirmar que a perda auditiva entre os dois setores se comporta de forma estatisticamente diferente, no fazendo sentido unir o resultado duas orelhas, mas sim, criar uma perda auditiva relacionada ao profissional.

    Tabela 2. Anlise da estatstica da idade e do tempo de exposio, segundo os grupos I e II.

    Varivel Setor n Mdia DP Mediana Mn Mx p valorIdade GrupoI 84 30,5 6,8 29 18 45 0,26(emanos) GrupoII 71 31,8 7,5 30 19 50Tempodeexposio GrupoI 84 7,6 3,5 6 3 20 0,0003(emanos) GrupoII 71 6,1 3,3 5 3 20

    DP: Desvio PadroTeste t de Student p 0,05 estatisticamente significante Mann Whitney p 0,05 estatisticamente significante

    Os grficos a seguir ilustram a prevalncia de perda auditiva nos grupos I e II.

    100.90.80.70.60.50.40.30.20.10.0.

    %

    GrupoI GrupoII

    6,0

    94,0

    18,3

    81,7p=0,017

    ComperdaauditivadaOD/OENormal

    GRFICO1.Prevalnciadeperdaauditivarelacionadaaoprofissional(O.D.ouO.E.).

    100.90.80.70.60.50.40.30.20.10.0.

    %

    GrupoI GrupoII

    3,6

    96,4

    15,5

    84,5p=0,010

    ComperdaauditivadaODNormal

    GRFICO2.PrevalnciadeperdaauditivarelacionadaO.D.

    100.90.80.70.60.50.40.30.20.10.0.

    %

    GrupoI GrupoII

    6,0

    94,0

    12,7

    87,3 p=0,14

    ComperdaauditivadeOENormal

    GRFICO3.PrevalnciadeperdaauditivarelacionadaO.E.

    DISCUSSO

    A Tabela 1 nos mostra um maior percentual de perda auditiva ocupacional no grupo II. Com isso, podemos sugerir que a associao entre rudo e produtos qumicos favorece uma maior incidncia de perda auditiva15,19.

    O fato de ter havido maior comprometimento da orelha

    direita no grupo II um assunto que merece ser discutido, pois h diferentes opinies em estudos diversos. Algumas pesquisas apresentam dados que comprovam que realmente h prevalncia de perda auditiva ocupacional em uma orelha quando comparamos as duas. Isso poder ocorrer quando, por exemplo, uma mquina estiver localizada em um lado especfico do trabalhador, ou quando o local onde ele realiza suas atividades for aberto apenas de um lado, fato que no se constatou na metalrgica em questo33. Mesmo nesses casos, os resultados so controversos34. Isso porque, segundo diferentes autores, h diversos fatores que interferem nesses resultados, podendo ser um deles a suscetibilidade de cada individuo 35.

    Alguns estudos revelam que a orelha esquerda seria mais suscetvel leso por rudo; contudo, no apresentam evidncias para essa afirmao. Outros, no menos importantes, mostraram que a audio de adultos do sexo masculino quase 4 dB (NA) mais baixa na orelha esquerda

    ARTIGO TCNICO

  • 11Revista ABHO / Agosto 2011

    em relao direita 33. Tais achados indicam exatamente o oposto do que observamos no presente artigo, havendo, portanto, necessidade de pesquisas futuras.

    A Tabela 2 nos mostra que o grupo II apresentou um tempo mdio de exposio menor que o do grupo I para o aparecimento da perda auditiva ocupacional, reforando a ideia inicial de que a exposio a esses agentes associados leva a um maior comprometimento da audio.

    So imprescindveis no s a realizao do exame audiomtrico tanto na preveno quanto no acompanhamento

    da perda auditiva ocupacional, como tambm a implantao de um programa de conservao auditiva para trabalhadores expostos a produtos qumicos, estando estes associados ou no a nveis de rudo acima de 85 dB.

    CONCLUSO:

    O grupo II apresentou maior prevalncia de perda auditiva ocupacional quando comparado ao grupo I, mesmo quando esse ltimo ficou exposto ao agente agressor por perodo maior.

    BIBLIOGRAFIA:

    1 Bernardi APA. Audiologia Ocupacional. So Paulo: Pulso, 2003. 108 p. 2 Mendes R. Patologia do Trabalho Atualizada e Ampliada. In: Costa EA,

    Morata TC, Kitamura S. Patologias do ouvido relacionado ao trabalho. So Paulo: Atheneu; 2005.p.1254 - 1282.

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    4 Araujo SA. Noise induced hearing loss in metallurgical workers. Rev. Bras. Otorrinolaringol 2002; 68: 47 - 52.

    5 Nudelmann AA, Costa EA, Seligman J, Ibaez RN. In: Morata TC, LEMASTERS GK. Perda Auditiva Induzida por Rudo Vol II. Rio de Janeiro: Revinter; 2000. p 1 -16.

    6 Mello AP, Waismann W. Occupational Exposure to Noise and Industrial Chemicals and Their Effects on the Auditory System: Revision of Literature [peridico on-line]. Revista @rquivos 2004; 8. Disponvel em:

    www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=285 7 Prasher D. Noise Chem: an European commission research project on the

    effects of exposure to noise and industrial chemicals on hearing and balance. Noise Health 2002; 14:41-48.

    8 Fechter L, Chen G, Rao D. Chemical asphyxiants and noise. Noise Health 2002; 14: 49-61.

    9 Mello AP. Efeitos dos produtos qumicos e rudo na gnese da perda auditiva ocupacional [mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola Nacional de Sade Pblica; 2004. Disponvel em:

    http://teses.cict.fiocruz.br/pdf/azevedoapmm.pdf.10 Abreu MT, Suzuki FA. Audiometric evaluation of noise and cadmium

    occupationally exposed workers. Rev. Bras. Otorrinolaringol 2002; 68: 488-494.

    11 Fernandes M, Morata TC. Estudo dos efeitos auditivos e extra-auditivos da exposio ocupacional a rudo e vibrao. Rev. Bras. Otorrinolaringol 2002; 68: 705-713.

    12 Morata TC, Little B. Suggested guidelines for studying the combined effect of occupational exposure to noise and chemicals on hearing. Noise Health 2002; 4: 73 87.

    13 Morata TC. Chemical exposure as a risk factor for hearing loss. J Occup Environ Med 2003; 45:676-682.

    14 Morata T, Campo P. Ototoxic effects of styrene alone or in concert with other agents: a review. Noise Health 2002; 14:15-24.

    15 NOPHER 2000: International conference: Noise induced hearing loss. 7 - 9 July 2000, Cambridge, UK. Disponvel em: www.ucl.ac.uk/noiseandhealth.16 Loquet G, Campo P, Lataye R. Comparison of toluene-induced and styrene

    induced hearing losses. Neurotox. Teratol 1999; 21: 689-697. 17 Determine the effects of combined chemicals and noise exposure on hearing

    and balance. Disponvel em: http://forum.europa.eu.int/Public/irc/env/noisedir/library?1=/health_

    effects_noise/reprt-nopherdoc/_EN_1.0_&a=d.18 Lataye R, Campo P, Loquet G. Combined effects of noise and styrene exposure

    on hearing function in the rat. Hear Res 2000; 139: 86-96. 19 Morata TC. Audiometric findings in workers exposed to low levels of styrene

    and noise. JOEM 2002; 44: 806-814.

    20 Ministrio do Trabalho. Portaria GM/SSSTb n. 3.214 de 8 de junho de 1978 - Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Captulo V do Ttulo II da Consolidao das Leis do Trabalho, Relativas Segurana e Medicina do Trabalho.

    21 Morata TC, Assessing Occupational Hearing Loss: beyond noise exposures. Sd Audiol. Suppl 1998; 48: 111 6.

    22 Brasil - Comit Nacional de Rudo e Conservao Auditiva. Perda Auditiva Induzida pelo Rudo Relacionada ao Trabalho (Reviso dos Boletins N 1, 2, 3 e 4) Boletim 7 So Paulo, 14/11/1999.

    23 Campo P. et al. Toluene and styrene intoxication route in the rat cochlea. Neurotox Toxicol 1999; 21: 427 34.

    24 Campo P, Lataye R, Cossec B, Placid V. Toluene induced hearing loss: a mid frequency location of the cochlear lesions. Neurotoxicol Teratol 1997; 19: 129 40.

    25 Franks JR, Morata TC. Ototoxiceffects of chemicals alone or in concert with noise: a review of human studies. In Axelsson A, Borchgrevink HR, Hamernik r, Hellstrom PA, Henderson D, Salvi R (eds) : The Science of Noise Induced Hearing Loss. New York: Thieme Medical Plublishers; 1996.

    26 Unites States Army. Hearing Conservation Program. Washington (DC): Dept. of the Army. Pamphlet, p. 40-501, 1998.

    27 American Conference of Governmental Industrial Hygienists. Threshold limit values and biological exposure indices for 1998-1999. Cincinnati: ACGIH; 1999.

    28 National Institute for Occupational Safety and Health - NIOSH. Criteria for a Recommended Standard. Occupational Exposure to Noise. Revised Criteria. Cincinnati: USDHHS, PHS, CDC, NIOSH, publication n 98 -126; 1998.

    29 Ministrio da Previdncia e Assistncia Social. Decreto no 3048, de 12/05/1999 Aprova o regulamento da Previdncia Social, e d outras Providncias. Braslia, Ministrio da Previdncia e Assistncia Social, 1999. [DOU de 12/05/1999].

    30 The European Parliament and the Council of the European Union. Directive 2003/10/EC of the European Parliament and of the Council of 6 February 2003. On the minimum health and safety requirements regarding the exposure of workers to the risks arising from physical agents (noise). European Union: Official Journal of the European Union; 2003, p. 142/38. 142/44.

    31 Ministrio do Trabalho e Emprego. Portaria No 19, de 09/04/1998 - Diretrizes e Parmetros Mnimos para Avaliao e Acompanhamento da Audio em Trabalhadores Expostos a Nveis de Presso Sonora Elevados. Braslia, Ministrio do Trabalho, 1998. [DOU de 22/04/1998].

    32 Russo ICP, Santos TMM. A Prtica da Audiologia Clnica. So Paulo: Cortez Editora; 1993. Cap XI. Interpretao dos resultados da avaliao audiolgica.

    33 Harger MRHC, Branco AB. Efeitos auditivos decorrentes da exposio ocupacional ao rudo em trabalhadores de marmorarias no Distrito Federal. Rev. Assoc. Med. Bras 2004; 50: 396 399.

    34 Freitas RGF. Perda Auditiva Induzida por Rudo em motoristas de nibus com motor dianteiro; 2004. Disponvel em:

    www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/saude10art02.pdf.35 Silva GLL, Gomez MVSG, Zaher VL. Perfil Audiolgico de Motoristas de

    Ambulncia de Dois Hospitais na Cidade de So Paulo Brasil [peridico on-line]. Revista @rquivos 2006; 10. Disponvel em:

    www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=373.

    ARTIGO TCNICO

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  • 13Revista ABHO / Agosto 2011

    Esse dilogo clssico ocorre todos os dias em ambientes de trabalho. O empregado que luta para escutar talvez remova os protetores auriculares temporariamente, e outros podem simplesmente deixar de utiliz-los em definitivo. Esse tipo de atitude propicia o surgimento de um problema de comunicao muito maior e permanente: a perda auditiva induzida por rudo. Enquanto isso, as reclamaes dos empregados levam as empresas a pensar:

    Faz sentido esperar que os empregados escutem o que precisam escutar enquanto utilizam protetor auricular?. Afinal de contas, ele parece bloquear o mesmo som que o usurio est tentando ouvir.

    Entender como o protetor auricular funciona representa um passo importante no sentido de assegurar que os empregados esto devidamente protegidos de sons que podem causar danos audio sem prejudicar sua segurana e produtividade. A proteo auricular, colocada adequadamente, reduzir todos os sons: aquelesdos quais queremos proteger os empregados (rudo) e aqueles teis, como fala e sinais de aviso. Com alguma ateno, a maioria dos problemas de comunicao pode ser resolvida ou, pelo menos, reduzida. Este artigo explica no s como a proteo auricular pode prejudicar a comunicao auditiva, mas tambm sugere abordagens para situaes em que h dificuldades de escutar.

    As orelhas

    O mecanismo de audio humana funciona mais efetivamente em nveis baixos e moderados. Altos nveis de rudo, de 85dBA ou mais, causam estafa ao sistema auditivo e provocam distores no interior da orelha. Assim como ocorre com a baixa fidelidade de alto-falantes com problemas, orelhas estafadas podem gerar sinais que

    provocam a perda da clareza, tornando a fala de difcil entendimento. Utilizar protetores auriculares em ambientes onde h muito rudo equivale a usar culos de sol em ambientes muito iluminados. A filtragem diminui tanto a intensidade como o brilho da luz do sol, permitindo uma experincia visual mais relaxante. Um dia na praia sem culos de sol desagradvel e pode causar dor de cabea ou fadiga. Mas a imagem vista com o uso desses culos torna-se mais agradvel: fica mais fcil discernir os detalhes, e as sombras e as cores so mais aparentes. Da mesma forma, protetores auriculares reduzem o rudo total que atinge a orelha, permitindo ao sistema auditivo funcionar mais efetiva e confortavelmente.

    So necessrios dois para se comunicar

    Utilizar protetores auriculares causa outras mudanas, sendo a primeira delas, o fenmeno chamado efeito de ocluso. Quando as orelhas so protegidas, os sons externos se tornam mais suaves, mas os sons internos parecem mais altos e ocorrem ecos no interior da cabea. As pessoas descrevem a prpria voz como ressoante ou como se estivessem falando dentro de um barril. Como resultado desse efeito, os empregados tendem a falar de forma mais suave quando esto usando proteo auricular. A segunda que as pessoas tem a propenso de falar com maior rapidez quando usam protetores auriculares em um ambiente em que h excesso de rudo. A combinao de falar de modo suave e rpido tem implicaes bvias: o ouvinte encontra mais dificuldade em entender o locutor. Na situao apresentada no incio deste artigo, o ouvinte retira o protetor auricular para escutar melhor, porm, o locutor continua falando suave e rapidamente e o ouvinte est escutando o rudo tambm em nveis altos no ambiente. O problema no foi resolvido com a retirada dos protetores auriculares e s se agravar com o tempo, conforme a audio for prejudicada pela exposio ao rudo.

    Proteo auricular e entendimento da fala em ambientes ruidosos

    H muito os pesquisadores estudam os efeitos do rudo de fundo sobre a capacidade de entender a fala. Mede-

    OUVINDO PELOS PROTETORESTraduo1: Ana Gabriela Maia2

    Ttulo Original: Hearing Through the Protectors - How hearing protection

    changes speech understanding and what to do about itPublicado na IHN Industrial Hygiene Newsletter de Mar/Abr 2011

    da Rimbach Publishing CompanyAutor: Elliot H. Berger, M.S., Cientista de Diviso da 3M.

    1Publicao e traduo autorizada pelo IHN2Higienista Ocupacional Especialista da Vale, HOC 0054

    ARTIGO TCNICO

    A cena clssica:

    Supervisor:Ei voc no est utilizando os protetores auriculares. J a terceira vez essa semana!

    Empregado : Eu sei, eu sei! Mas eu no conseguia escutar as instrues que o Joo estava passando. A culpa no foi minha; eu

    tive de tir-los.

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    se a discriminao da fala (SD Speech Discrimination) solicitando que indivduos repitam palavras especficas apresentadas em vrias condies controladas de audio. A SD o percentual de respostas corretas. Os fatores-chave no desempenho da SD so:

    1- A habilidade de escutar do ouvinte2- O nvel de fala comparado ao nvel do rudo de fundo

    (tambm chamado razo sinal/rudo)3- A lista de palavras especficas e o contexto da mensagem; e4- O uso de pistas visuais, se o ouvinte tiver permisso de

    ver o locutor.

    Ao comparar os resultados de SD de indivduos com e sem proteo auricular, so revelados os efeitos do protetor auricular. Algumas generalizaes feitas a partir de literatura cientfica esto resumidas abaixo:

    R Indivduos com audio normal usando proteo auricular:

    SD melhora em ambientes com altos nveis de rudo, igual a 85dB(A) ou acima desse valor

    SD no se modifica em ambientes com nvel de rudo moderado, em torno de 80dB(A)

    SD piora em ambientes com nvel de rudo de baixo a moderado, inferior a 80dB(A)

    R Indivduos com deficincia auditiva e uso de protetor auricular. Os resultados no so definitivos, mas sugerem:

    SD mantm-se inalterada em nveis elevados de rudo, igual a 85 dBA ou maior que esse valor

    SD pior em nveis baixos a moderados de rudo, 80 dBA ou menos.

    Nveisbaixosderudo

    85dBA

    AudioNormalAudioPrejudicada

    InalteradaPiora

    MelhoraInalterada

    PioraPiora

    EfeitosdaProteoAuditivanaDiscriminaodaFala-SD

    R Tipo de Protetor Auditivo

    Os estudos atuais no so extensos o suficiente para demonstrar as diferenas de SD baseadas no tipo de protetor auditivo, no entanto, sabe-se que o tipo de proteo auditiva constitui um fator que causa impacto na capacidade de localizar o som. Localizar um som no espao aberto depende de diferenas sutis na amplitude e tempo que o som demora

    para alcanar as orelhas direita e esquerda. Manter o estado natural da orelha externa importante para identificar essas informaes.

    Os protetores tipo plugue, que s ocluem o canal auditivo, causam menos impacto que os protetores tipo concha, que bloqueiam todo a orelha externa. Caso a localizao do som seja de fundamental importncia para o desempenho no trabalho, deve-se optar pelos protetores tipo plugue.

    TTICAS PARA MELHORAR A COMUNICAO FALADA EM AMBIENTES COM MUITO RUDO

    Com base nas informaes j expostas, o que um empregador pode fazer para ajudar um empregado a aprimorar a comunicao falada em ambientes de trabalho com muito rudo? As tticas sugeridas aqui pressupem que os funcionrios estejam utilizando proteo auditiva.

    Ensine os empregados a falar mais alto e com clareza Para compensar o efeito de ocluso e a tendncia de falar

    rapidamente em ambientes onde h muito rudo, instrua os empregados a falar em tom ALTO e e com CLAREZA (mais alto do que eles acreditam ser necessrio), pois isso fundamental para a compreenso. Ser mais proveitoso que o locutor faa essas adaptaes. O ouvinte no deve remover a proteo.

    Conhea o rudo de fundoLembre-se de que o entendimento da fala fica mais

    difcil para as pessoas que utilizam protetores auriculares conforme diminuem os nveis de rudo de fundo. A proteo auditiva em geral no necessria em ambientes com menos de 80 dBA de rudo e, se usada, pode comprometer a comunicao e a segurana. No entanto, em ambientes com rudo em nveis de moderado a alto, a compreenso da fala pode melhorar com a utilizao do protetor. Certifique-se de que os funcionrios esto usando corretamente os protetores auditivos em ambientes com nveis de rudo iguais a 85 dBA ou superiores a esse valor .

    Sempre que possvel, use pistas visuais para falar Habitue os trabalhadores a olhar para o rosto do

    locutor. Assim, o ouvinte conseguir observar o movimento dos lbios e as expresses faciais do locutor a fim de complementar a informao ouvida e, em ltima anlise, aumentar a compreenso. Faa gestos com as mos sempre que possvel.

    Desenvolva palavras-chave ou frases especficas e significativas para o ambiente de trabalho

    A maioria dos trabalhos tem ciclos repetitivos e emprego de linguagem especfica para determinadas tarefas. Trabalhe em conjunto com os empregados e supervisores a fim de identificar palavras e frases curtas que transmitam mensagens idnticas s de frases mais longas. Treine

    ARTIGO TCNICO

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    os funcionrios para substituir as palavras-cdigo. Por exemplo: V fibra 3 pode ser uma frase curta para substituir entreguem suprimentos de embalagem para o prdio 3 sala de fibras. Implemente uma abordagem espere e escute para garantir que o empregado entendeu a mensagem antes de sair.

    A prtica traz a perfeioPesquisas demonstraram que empregados que

    trabalham rotineiramente em ambientes de trabalho com muito rudos e adaptam s condies precrias de comunicao, e terminam por apresentar um bom desempenho em tarefas nas as quais no tm experincia. Graas sua plasticidade, o crebro, consegue adaptar as conexes neurais. Assim, com o tempo, aprende a preencher as lacunas daquilo que no escuta com outras informaes provindas do ambiente e integra todas elas visuais, contextuais e comportamentais. Portanto, a discriminao da fala (SD) pode melhorar com a prtica. E voc deve incentivar os funcionrios novos e experientes a trabalhar em conjunto.

    Aumente a relao sinal/rudoEntender a fala fica mais fcil, conforme os sinais da fala

    se tornam mais altos que o rudo de fundo. Encontram-se venda dispositivos de proteo auditiva que amplificam a fala, ao mesmo tempo em que limitam o rudo de sada at um nvel seguro. Mostram-se particularmente teis em locais com rudos intermitentes e em casos de trabalhadores com deficincia auditiva ou de trabalhos em que a comunicao fundamental.

    Utilize alertas visuais ou por vibraoSe ouvir for difcil, lance mo de recursos visuais. Luzes

    brilhantes, coloridas, sequenciais, etc. podem complementar ou substituir buzinas ou apitos. Celulares em modo de vibrao e mensagens de texto tambm podem ser teis para alertar os trabalhadores, em especial aqueles com deficincia auditiva.

    Desenvolva planos individuais para trabalhadores com deficincia auditiva

    Identifique os empregados com perda auditiva que podem precisar de ajustes especiais. Muitas vezes, o profissional supervisor (fonoaudilogo ou mdico) encarregado do exame audiomtrico do programa de conservao auditiva pode ser de grande valia para o desenvolvimento de planos individuais para trabalhadores com perda auditiva. A fim de

    obter mais informaes, consulte o boletim de informao de Sade e Segurana da OSHA: Conservao Auditiva para Trabalhadores com Deficincia Auditiva em: http://osha.gov/dts/shib122705.htmle, Ajustes Seguros e Inovadores no Ambiente de Trabalho para Trabalhadores com Deficincia Auditiva em:http://osha.gov/dts/shib072705.html.

    Desenvolva protocolo para determinar as necessidades de audio por cargos/atividades

    Alguns cargos exigem habilidades de comunicao mais crticas do que outros. No existe uma abordagem nica para determinar que critrios de audio devem ser aplicadoas nem como os funcionrios devem ser avaliados quanto habilidade de audio/comunicao. O segredo para desenvolver um protocolo encontra-se na investigao das tarefas de trabalho, das responsabilidades dos funcionrios e do ambiente de trabalho para cada cargo. Depois disso, deve-se analisar a capacidade individual de audio do empregado. Algumas situaes exigiro avaliaes de audio alm dos testes de tom puro; talvez um audiologista precise ser consultado (Tufts. 2009). Exemplos de questes relacionadas proteo auditiva incluem o uso de fones de ouvido em vez de abafadores de som, quando a localizao fundamental, e o uso de dispositivos de baixa atenuao em vez dos de alta atenuao quando o rudo de fundo baixo.

    Faz sentido esperar que meus empregadosouam os sons necessrios s suas atividadesquando esto utilizando proteo auditiva?

    Evidentemente, empregadores e empregados sairo ganhando se a resposta a essa pergunta for um sonoro Sim!. Para conseguir essa resposta definitiva, deve-se analisar cada caso, levando em conta a exposio ao rudo, a proteo auditiva, as tarefas de trabalho especficas para as necessidades de comunicao e a capacidade individual do empregado para realiz-las. Muitas vezes, simples modificaes, tais como ajustar adequadamente o protetor auditivo e ensinar ao empregado melhores estratgias de comunicao podem ser feitas para melhorar a comunicao reduzindo, ao mesmo tempo, o risco da perda auditiva devido exposio ao rudo. Quando se identificam trabalhos em que a audio tem importncia crtica, talvez seja necessria uma investigao mais elaborada . Empregados que a toda hora removem os protetores auriculares para ouvir esto demonstrando, basicamente, que precisam de ajuda. Voc consegue ouvi-los?

    ARTIGO TCNICO

    Assuntosgerais,comunicaocomaPresidncia:[email protected]

    Admisso,livros,anuidades,inscriesemeventos,alteraescadastrais:[email protected]

    AssociaoBrasileiradeHigienistasOcupacionais

  • 16 Revista ABHO / Agosto 2011

  • 17Revista ABHO / Agosto 2011

    prtica fundamental e bsica calibrar equipamentos de avaliao ambiental antes e depois de um conjunto de medies. O calibrador, por ser um padro secundrio, deve ser aferido por um calibrador primrio de uma instituio ou empresa capacitada, anual ou bianualmente, sempre que sofrer impactos ou danos, ou quando se

    suspeitar de sua integridade eletromecnica.Entretanto, deveramos aferir e certificar o prprio

    medidor com a mesma frequncia? O medidor estar adequado, depois de calibrado e, para isso, cuidamos de aferi-lo e de certifica-lo. Observe-se que um medidor nasce adequado para sua classificao IEC 60651 ou outras normas pertinentes, e assim permanecer, desde que fabricado segundo as normas e verificado pela primeira vez (boas prticas por ocasio da compra), e desde que no sofra danos contra sua integridade ou que desconfiemos desta.

    Est certificado originalmente por iniciativa de seu fabricante ou pelos laboratrios de ensaio que o verificaram

    DEVE HAVER OBRIGATORIAMENTE CERTIFICAO DE AFERIO DE UM MEDIDOR DE RUDO ?

    Mario Fantazzini1

    e que so capacitados para isso. As excees, que exigem reverificao das caractersticas acsticas e eletrnicas de um medidor, por boas prticas, so: troca de componentes importantes, como microfone, chips; exposio a ambientes adversos (gua, calor, campos eletromagnticos) ou choques suficientemente intensos para que se suspeite da integridade do aparelho, ou ainda comportamento errtico, inconsistente ou aleatrio, segundo o julgamento profissional do higienista ocupacional.

    Portanto, na ausncia desses fatos, no o caso de se aferir e certificar medidores (inclusive os dosmetros), frequentemente, pois nada mudou em suas caractersticas de nascena. Quanto ao calibrador, que o padro, valem os cuidados citados de certificao. Digo tudo isso pois nesta poca dos sistemas de gesto (qualidade, ambiental, ocupacional) certificados, todo equipamento deve ser calibrado com certificado e esse entendimento, por excesso de zelo, ou mal-entendido mesmo, levado ao medidor (com as excees acima), quando deveria ser limitado ao seu calibrador. Finalmente, lembramos que h uma outra exceo, ou seja, a obrigatoriedade da certificao quando do uso do aparelho para fins das NBR- 10151/10152.

    1Higienista Ocupacional Certificado. Vice-Presidente de Estudos e Pesquisas da ABHO

    A Higienista Ocupacional Berenice Goelzer enviou, como colaborao para a Revista ABHO, a notcia sobre a incluso, em junho de 2011, de oito novas substncias qumicas no 12 Relatrio de Carcinognicos (RoC) do U.S. Department of Health and Human Services.

    Esse relatrio identifica os agentes, substncias, misturas e condies de exposio que so: a) reconhecidamente carcinognicos para os seres humanos; b) suspeitos de serem carcinognicos para os humanos. publicado a cada dois anos,, reunindo as substncias j listadas e as novas incluses ou revises.

    Para cada substncia listada, o Relatrio apresenta as seguintes informaes:4 Estudos sobre cncer que do suporte listagem,

    incluindo os realizados em seres humanos e animais, bem como os relativos aos possveis mecanismos de ao da substncia

    4 Fontes potenciais de exposio humana4 Regulamentao Federal dos Estados Unidos vigente

    sobre limites de exposio.

    As oito novas substncias includas so:Aristolochic acids1 e formaldedo, que foram includas

    como carcinognicos humanos, e captafol, certas fibras de l de vidro inalveis, carbeto de cobalto-tungstnio (poeira e metais pesados), o-nitrotolueno, rideline e estireno, que foram adicionadas listagem de substncias suspeitas de serem carginognicas para os seres humanos.

    A notcia completa sobre a matria pode ser obtida em http://www.niehs.nih.gov/news/releases/2011/roc/.

    E o 12 Relatrio de Carcinognicos est disponvel no site do National Toxicology Program, no endereohttp://ntp.niehs.nih.gov/go/roc12.

    1Nome original em ingls

    RELATRIO DE CARCINOGNICOSIrene F. Souza D. Saad, HOC

    SUPORTE TCNICO

  • 18 Revista ABHO / Agosto 2011

    A partir de dezembro de 2011, ser proibido o uso de cdmio na joalheria, nos plsticos e nos eletrodos de solda na Unio Europeia. Foram detectados nveis elevados desse elemento, que nocivo, em algumas peas de joalheria, principalmente em imitaes importadas.

    Os consumidores, inclusive as crianas, podem ser expostos ao cdmio por contato com a pele ou a boca.

    A nova legislao probe a utilizao de cdmio em todos os tipos de joias, exceto nas peas antigas. A proibio abrange tambm o cdmio presente em todos os plsticos e nos eletrodos de solda. Ao serem utilizados para unir materiais diferentes, estes emitem fumos, cuja inalao muito perigosa.

    A proibio garante maior proteo aos consumidores europeus na exposio ao cdmio e reduzir a poluio do ambiente por esse agente. Ser adotada sob a forma de uma alterao do Regulamento REACH (Regulation on Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals). A nova legislao probe o cdmio em todos os produtos de plstico e incentiva a recuperao dos resduos de PVC para serem utilizados em uma srie de produtos de construo. Como o PVC um material valioso, que pode ser recuperado vrias vezes, a nova legislao permite a reutilizao de PVC recuperado, com nveis baixos de cdmio, em um determinado nmero de produtos de construo, sem pr em risco a populao nem o ambiente. Para que os compradores sejam plenamente informados, os produtos de construo que incorporem o PVC recuperado sero comercializados com um logotipo especfico.

    O cdmio tambm est presente nos eletrodos de solda, que so utilizados para unir materiais diferentes, sendo usado em aplicaes especficas, como em locomotivas a vapor de trens em miniatura. Se inalados, os fumos liberados no processo de solda so muito perigosos. A utilizao desses materiais de solda ser vetada, exceto em usos profissionais muito especficos.

    O cdmio uma substncia cancergena e txica para o meio aqutico. Desde 1992, sua utilizao est proibida na Unio Europeia em uma srie de artigos de plstico, mas ainda era permitida em alguns PVCs rgidos, pois poca, inexistiam alternativas no mercado. Contudo, uma vez que surgiram opes, o setor europeu do PVC decidiu eliminar progressivamente o cdmio do PVC, no mbito do programa Vinil 2010. O uso de cdmio em pilhas e em eletrnica est restrito desde 2004. A nova proibio ser incorporada ao anexo XVII do Regulamento REACH (Regulamento (CE) n. 1907/2006, relativo ao registro, avaliao, autorizao e restrio dos produtos qumicos).

    Para mais informaes:

    Sobre o Regulamento REACH e as restries, consulte: http://ec.europa.eu/enterprise/sectors/chemicals/reach/restrictions/index_en.htm

    Sobre o impacto socioeconmico de uma possvel atualizao das restries comercializao e utilizao de cdmio, consulte: http://ec.europa.eu/enterprise/sectors/chemicals/files/markrestr/study-cadmium_en.pdfMEMO/10/631

    Para consultar a Regulamentao Europeia que introduziu essa alterao no Regulamento (CE) n. 1907/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo ao registro, avaliao, autorizao e restrio de produtos qumicos (REACH), no tocante ao cdmio, consulte:

    http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2011:134:0002:0005:pt:PDF

    Para ler a ntegra do Regulamento (CE) n. 1907/2006, que trata do REACH, e a relao de todas as substncias que tm restries, consulte: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2007:136:0003:0280:pt:PDF

    FONTE: Agncia (Comisso) Europeia, que o corpo executivo da Unio Europeia, responsvel pela proposio e fiscalizao da legislao.

    Produtos qumicos/REACH:A Unio Europeia probe o uso do cdmio na joalheria,

    nos eletrodos de solda e em todos os plsticos.Bruxelas, 20 de maio de 2011

    SUPORTE TCNICO

  • 19Revista ABHO / Agosto 2011

    NR 05 Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPAPortaria SIT n. 247, de 12 de junho de 2011.Altera diversos itens da referida NR.

    NR 07 Programas de Controle Mdico de Sade OcupacionalPortaria SIT n. 223, de 06 de maio de 2011, Altera o Quadro II Parmetros para monitorizao da exposio ocupacional a alguns riscos sade, e inclui o Anexo II Diretrizes e condies mnimas para realizao e interpretao de radiografias de trax no referido Quadro II.Portaria SIT n. 236, de 10 de junho de 2011, Altera o item 9 do Anexo II do Quadro II da referida NR, item esse que trata da Interpretao Radiolgica, de acordo com os critrios da Organizao Internacional do Trabalho - OIT.

    NR 08 EdificaesPortaria SIT n. 222, de 06 de maio de 2011.Altera o item 8.3.6 da referida NR.

    NR 18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo Portaria SIT n. 224, de 06 de maio de 2011, e Portaria SIT n. 237, de 10 de junho de 2011.Alteram os itens 18.14, 18.37 e o subitem 18.15.16, e revoga o item 18.32 da referida NR.

    NR 19 ExplosivosPortaria SIT n. 228, de 24 de maio de 2011. Altera integralmente o texto da NR.

    NR 23 Proteo Contra IncndiosPortaria SIT n. 220, de 06 de maio de 2011.

    NR 25 Resduos IndustriaisPortaria SIT n. 227, de 24 de maio de 2011.Altera integralmente o texto da NR.

    NR 26 Sinalizao de SeguranaPortaria SIT n. 229, de 24 de maio de 2011.Altera integralmente o texto da NR. Alguns detalhes importantes para os higienistas ocupacionais relativamente nova redao dessa Portaria so: a nova NR-26 obriga que todos os produtos qumicos utilizados no local de trabalho sejam classificados

    e rotulados de acordo com o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificao e Rotulagem de Produtos Qumicos (GHS), da Organizao das Naes Unidas ONU. Os fabricantes ou fornecedores tambm devem tornar disponveis fichas com dados de segurana para os produtos qumicos perigosos, elaboradas com base no GHS.

    para misturas, devem ser explicitados, na ficha de segurana, o nome e a concentrao, ou faixa de concentrao, das substncias consideradas perigosas ou que possuam limites de exposio ocupacional estabelecidos.

    Os textos atualizados de todas as Normas Regulamentadoras podem ser obtidos nos site do Ministrio do Trabalho e Emprego, no endereo http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm.

    NORMAS REGULAMENTADORAS SOFREM ALTERAES Colaborao de Irene F. Souza Saad, HOC

    A Secretaria de Inspeo do Trabalho, do Ministrio do Trabalho e Emprego, publicou, em maio e junho de 2011, diversas Portarias alterando ou aprovando novos textos para as Normas Regulamentadoras. Seguem as NRs objeto dessas Portarias:

    SUPORTE TCNICO

  • 20 Revista ABHO / Agosto 2011

    Iniciamos a nova coluna com as dvidas apresentadas por Dbora Andrade Brgio, aluna da 5 Turma de Higiene Ocupacional da Faculdade de Cincias

    Mdicas (BH) Higienista Ocupacional Certificada Maria Margarida Teixeira Moreira Lima, que ministrou palestra no primeiro Encontro Presencial do Curso.

    Aqueles que queiram encaminhar questes para a anlise da ABHO devero faz-lo por meio do e-mail:[email protected].

    Eis a nossa primeira consulta e seus esclarecimentos.

    Boa tarde Dbora,

    Seguem as consideraes transcritas da publicao da ABHO, PPRA NR-9 Comentada, elaborada pelos colegas Eduardo Giampaoli e Irene Saad, que participaram comigo do Grupo de Trabalho de elaborao da norma, cujo texto reflete nosso entendimento sobre a leitura que deve ser feita da NR-9, naquilo que orientou sua proposio. Sugiro que voc procure conhecer essa publicao para o esclarecimento de outras dvidas sobre o Programa. bastante elucidativa.

    1) Quanto ao item 9.2.1.1 da NR-9, a seguir transcrito: 9.2.1.1 - Dever ser efetuada, sempre que necessrio e

    pelo menos uma vez ao ano, uma anlise global do PPRA para avaliao do seu desenvolvimento e realizao dos ajustes necessrios e estabelecimento de novas metas e prioridades

    Pergunta: Dever ser modificado todo o documento na

    reviso anual?Resposta: Para garantir que o PPRA esteja atingindo seu

    objetivo e que as metas propostas estejam sendo alcanadas, devem-se estabelecer mecanismos de avaliao do Programa, visando a analisar seu desenvolvimento. A empresa deveria criar um procedimento de auditoria interna que permitisse verificar o cumprimento das etapas, das aes previstas, da adequao das estratgias e metodologias escolhidas e o atendimento das metas, efetuando, sempre que necessrio, ajustes no Programa, alm do estabelecimento de novas metas e prioridades. importante que dessa avaliao resulte um documento a ser incorporado no histrico documental do Programa. Esse documento de avaliao peridica do PPRA deveria relatar as etapas, metas e aes que foram cumpridas, aquelas que no foram cumpridas, de forma integral ou parcial, ou ainda aquelas que sofreram alteraes.

    ENTENDENDO O PPRA

    O PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais foi introduzido no Brasil em 1994, com a publicao da nova redao da Norma Regulamentadora NR-9, da Portaria 3.214/78. Pela importncia desse Programa no dia a dia dos higienistas ocupacionais, a Revista ABHO decidiu criar uma nova seo para tratar exclusivamente das dvidas que surgem para os profissionais na aplicao dessa norma legal to importante.

    Todas as alteraes e todos os descumprimentos devem ser muito bem justificados, pois podero ensejar autuaes quando da fiscalizao pelos rgos competentes, uma vez que a proposta original foi estabelecida pela prpria empresa, atendendo realidade.

    2) Quanto ao item 9.2.2.1 da NR-9, a seguir transcrito:9.2.2.1 - O documento-base e suas alteraes e

    complementaes devero ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cpia anexada ao livro de atas desta Comisso.

    Pergunta: A cpia do PPRA dever ser anexada ao livro de Ata da Comisso, ou preciso que conste apenas na Ata que a cpia foi apresentada?

    Resposta: importante que a CIPA seja ouvida antes da finalizao do documento-base e de suas revises posteriores, apresentando suas preocupaes e seus conhecimentos no tocante aos riscos ambientais, que devero ser considerados na elaborao dos respectivos documentos. Posteriormente, os responsveis pela elaborao do programa devero apresentar o resultado final aos membros da CIPA, mostrando em especial, as metas, etapas e aes previstas no cronograma, esclarecendo as eventuais dvidas, para que eles possam acompanhar ativamente o desenvolvimento do Programa e, inclusive, colaborar na sua divulgao e execuo. A linguagem utilizada no subitem 9.2.2.1 tem gerado dvidas, pois isso praticamente invivel e, de fato, desnecessrio. Na verdade, o que se pretende que uma cpia do documento final faa parte do acervo da CIPA, de modo a facilitar o acompanhamento do Programa por essa Comisso.

    3) Quanto ao item 9.3.1.1 da NR-9, a seguir transcrito: 9.3.1.1 - A elaborao, implementao, acompanhamento e

    avaliao do PPRA podero ser feitos pelo Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critrio do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

    Pergunta: Essa pessoa dever fazer parte do SESMT ou no (ex.: Engenheiro de Manuteno)?

    Resposta: A matria abrangida pelo PPRA revestida de um carter multidisciplinar, uma vez que envolve a antecipao, o reconhecimento, a avaliao e o controle de agentes qumicos, fsicos e biolgicos. Portanto, o estudo e o equacionamento dessa matria no podem ser restritos apenas aos ramos da engenharia e da medicina, exigindo outras reas de conhecimento. Assim, a NR-9 sinaliza a necessidade da atuao

    ENTENDENDO O PPRA

  • 21Revista ABHO / Agosto 2011

    multidisciplinar e, tendo em vista que a responsabilidade pela implantao e implementao do PPRA inteiramente do empregador, veio permitir a ele, a total liberdade na escolha dos profissionais a serem convocados para a execuo e implantao do Programa. Para isso, legitimou a autorizao para a empresa utilizar seu prprio SESMT ou uma consultoria externa de profissionais especializados, da forma que julgar mais conveniente para atender aos objetivos e metas do Programa. Deve-se destacar que, independentemente da sua formao bsica, o profissional dever ter os conhecimentos de Higiene Ocupacional necessrios para promover o desenvolvimento do PPRA.

    OUTRAS DVIDAS:Depois de ouvir o que voc disse na apresentao e de

    ler a NR-9, verifiquei que se trata de analisar o ambiente de trabalho e fazer planejamento das atividades que devero ser realizadas aps o reconhecimento dos riscos. Mas, a maioria das empresas limita-se a colocar a capa e a acrescentar os LTCATs dos cargos, para assim formar o PPRA.

    ENTENDENDO O PPRA

    Pergunta: E esse documento (LTCATs) vlido em caso de auditoria?

    Resposta: O LTCAT um dos documentos de registro de dados necessrios para o reconhecimento e dimensionamento dos riscos e para caracterizar seu controle, quando houver. Deve fazer parte do histrico do PPRA, mas no o Programa nem seu documento-base. O PPRA constitui um Programa de gesto de riscos, mas no tem isso bem entendido no tempo de vigncia da Norma. Alguns auditores do MTE, bem como muitos dos profissionais responsveis por sua elaborao, tm a viso clara de como fiscalizar a NR-9. Outros, infelizmente, no. A Norma foi omissa por no estabelecer os mecanismos de auditoria, mas um dia isso ser revisto. No nosso entender, a grande preocupao ao olhar para o PPRA seria de como est sendo realizado o reconhecimento dos riscos ambientais e de como se coloca seu controle dentro do cronograma previsto na estrutura do Programa (tem 9.2.1).

    Maria Margarida Teixeira Moreira Lima

  • 22 Revista ABHO / Agosto 2011

    A ABHO, por meio do Comit de Admisso, aprovou mais trinta e trs novos processos de filiao e cinco readmisses. Os nomes dos novos membros, sua categoria de filiao e seus respectivos nmeros so apresentados no quadro abaixo. A ABHO d as boas-vindas aos colegas, esperando contar com a participao dos novos filiados nas atividades da associao!

    NOVOS MEMBROS

    MEMBRO No NOME Categoria 1139 CARLOSROBERTODASILVA AFILIADO 1140 ARYANTONIOTODAROJUNIOR EFETIVO 1141 IGORLUIZSOARESGARRIDO AFILIADO 1142 WAGNERCALLEIAJUNGER EFETIVO 1143 ADRIANOROBERTOELIASANDREA EFETIVO 1144 DIJALMAAPARECIDODESOUZA TCNICO 1145 ROSENILDODOSSANTOS AFILIADO 1146 GUSTAVOHENRIQUEVIEIRADASILVA AFILIADO 1147 YNAMICHELLECARDOSODOSSANTOS TCNICO 1148 OSMARJOODEMELLO EFETIVO 1149 TAMILLABEZERRADEMENEZESPINHOREIS AFILIADO 1150 LEANDROLEOINOCNCIO EFETIVO 1151 SIDNEIRODRIGUESDASILVA AFILIADO 1152 RAFAELAUGUSTOSOUSADOSSANTOS AFILIADO 1153 EDUARDOELIASXAVIER AFILIADO 1154 MARCELSCARPIMDEOLIVEIRA AFILIADO 1155 FRANCISCOEMILIOFROTADOSSANTOS AFILIADO 1156 MIGUELCATHARININETO AFILIADO 1157 VALDINEYCAMARGOSDESOUSA TCNICO

    MEMBRO No NOME Categoria 1158 JOABPEREIRABRAZO TCNICO 1159 LUIZCLAUDIOLOUREIRO AFILIADO 1160 GERALDOMAGELATEIXEIRACAVALCANTE AFILIADO 1161 RICARDOTADEUDASILVA AFILIADO 1162 MEIRESANAEKATO AFILIADO 1163 JUCICLEIATAVARESALVES AFILIADO 1164 CARLOSALBERTOLOPES AFILIADO 1165 PAULOAFONSODESOUZAJUNIOR TCNICO 1166 RENATOFERRAZMACHADO AFILIADO 1167 LEANDROALBINODEOLIVEIRA TCNICO 1168 ROGRIOBUENODEPAIVA AFILIADO 1169 TIAGOFRANCISCOMARTINSGONALVES AFILIADO 1170 GREICARLOSGOMESRAMOS AFILIADO 1171 GABRIELSOARESDELEMOS ESTUDANTE 1001 IVANHENRIQUETIMM AFILIADO 856 RONALDOCOELHODEALVARENGA EFETIVO 1092 INGRIDTAVARESROSA TCNICO 1001 IVANHENRIQUETIMM AFILIADO 1032 GUILHERMEJOSABTIBOLCALIRI EFETIVO

    CERTIFICAO DE HIGIENISTAS E TCNICOS HIGIENISTAS OCUPACIONAIS

    No dia 20 de Agosto (sbado), durante o VI Congresso Brasileiro de Higiene Ocupacional, ser realizada mais uma prova para a certificao de Higienistas Ocupacionais HOC e Tcnicos Higienistas Ocupacionais - THOC. O edital do processo, com os procedimentos para inscrio, pr-requisitos, forma e contedo das provas, bem como o Regulamento, est disponvel no site da ABHO www.abho.org.br.

    MANUTENO DOS TTULOS DE CERTIFICAO

    Para manter o Ttulo de Certificao, importante que seja observado e cumprido o Regulamento de Manuteno dos Ttulos de Certificao. De acordo com esse Regulamento, os profissionais certificados devem comprovar que, no decorrer dos cinco anos seguintes obteno da Certificao ou da sua ltima renovao, exerceram atividades voltadas para o aperfeioamento e atualizao em Higiene Ocupacional, de modo a revalidar seu Ttulo. Dessa forma, todos os membros que obtiveram o ttulo no ano de 2006 tero de apresentar a documentao necessria para anlise do Comit Permanente de Certificao CPC at o dia 28 de outubro de 2011. O Regulamento de Manuteno da Certificao, a relao dos profissionais que podero participar da Manuteno de 2011 e as informaes necessrias para tal requerimento esto disponveis no site da ABHO www.abho.org.br. Mais esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail: [email protected].

    ABHO

  • 23Revista ABHO / Agosto 2011

    III-ERHOENCONTRO REGIONAL DE HIGIENE OCUPACIONAL / NE

    Tcnicos reunidos discutiram os novos desafios da Higiene Ocupacional

    O evento teve o apoio da ABHO, Fundacentro/Ba e COFIC e foi patrocinado pela 3M, Deten e Braskem. Entretanto, os grandes apoiadores de fato foram os 100 participantes que, durante os trs dias, estiveram atentos aos docentes dos cursos, palestrantes e apresentadores das sesses tcnicas, que trouxeram tona relevantes e atualizados temas sobre a Higiene Ocupacional. Os expositores, Almont, Protefil e SP Equipamentos, mais uma vez marcaram presena expondo os seus produtos, servios e equipamentos.

    A cerimnia de abertura contou com a presena da Magnfica Reitora da UFBA, Dra. Dora Leal, do Prof. Luiz Edmundo, Diretor da Escola Politcnica, do Dr. Fernando Vasconcelos, Diretor Substituto do DSST-MTE, do Eng Jos Manuel Gana Souto, Presidente da ABHO e da Dra. Edna Madeira, Coordenadora do III ERHO. O Dr. Fernando Vasconcelos discursou sobre as metas do governo, que incluem as regulamentaes sobre a NR-15, sobre a

    Exposio Ocupacional ao benzeno em postos de combustveis e sobre a Gesto de SST.

    A ideia dos cursos foi interessante para a atualizao dos profissionais.O NTEP/FAP, teve uma

    abordagem prtica sobre como atuar na empresa diante dos problemas existentes. Andra Gouveia, Mdica Sanitarista do Trabalho/SESI-Ba.

    Excelente evento!Destaco a aborda-gem do Curso NTEP/FAP, ministrado pelo Dr. Paulo Reis, e a Pa-lestra de Ergonomia Cognitiva da Pro-derg. Emlia Santos, Enf. do Trabalho e Higienista Ocupacional da Monsanto-BA

    Como Alagoas ainda no tem Curso de Higiene Ocupacional, os conceitos e os estudos de casos do Curso de Estratgia de Amostragem foram uma grande oportunidade para mim. Antonia Anglica, Previne/AL.

    Serviu para consolidar os conhecimentos da residncia mdica, bem como para ouvir a experincia vivida por outros a fim de adquirir uma melhor prtica. Dra. Marlia Melo, residente em Medicina do Trabalho, Escola de Medicina da UFBA, participante do Curso PHO.

    O III ERHO, com o tema Capacitando para Novos Desafios, realizado na Escola Politcnica da UFBA, em Salvador, entre os dias 13 e 15/07/2011, consolidou mais um canal para a difuso da HO em nosso pas. Esse encontro faz parte das atividades acadmicas dos Cursos de Especializao e Extenso em Higiene Ocupacional da UFBA, que a cada dois anos

    promove o evento. O xito alcanado nas edies de 2007 e 2009 possibilitou essa terceira edio, e o Encontro j integra a agenda dos profissionais da regio.

    O Dr. Fernando Vasconcelos/MTE apresentou as Metas do Governo para a Sade e Segurana do Trabalhador.

    As Professoras Eliana Pugas e Enete Medeiros do Curso de Especializao em Higiene Ocupacional da UFBA dividiram o Curso Programa de Higiene Ocupacional: desenvolvimento e boas prticas, para 38 participantes.

    ABHO / REGIONAIS

    23Revista ABHO / Agosto 2011

    O Dr. Albertinho Carvalho/Fundacentro-BA, ministrou o Curso Estratgia de Amostragem para Agentes Qumicos, que contou com a presena de 33 participantes.

    O Dr. Paulo Reis/STI no Curso NTEP/FAP: a nova realidade ocupacional. Pblico de 23 participantes.

  • 24 Revista ABHO / Agosto 2011

    Palestras: temas atuais e relevantes para a Higiene Ocupacional

    As palestras apresentadas por profissionais renomados tambm foram destaque no Encontro. O Higienista Gana Soto, Presidente da ABHO, com o tema Viso Atual da Higiene Ocupacional no Brasil, ressaltou a avaliao tcnica da NR-15, realizada pela ABHO, como contribuio da entidade em prol da reviso dessa norma.

    Os Especialistas Clayton Schultz/Braskem e Gilson Spa-nemberg/Abiquim apresentaram o tema Estratgia Global para Produtos Qumicos: guia para anlise de risco do ICCA. Enfatizaram o compromisso das grandes indstrias em co-locar em prtica aes para a gesto segura das substncias qumicas, atendendo s demandas da Cpula Mundial so-bre Desenvolvimento Sustentvel, na qual ficou estabeleci-do o desafio de que, at 2020, os produtos qumicos devem ser utilizados e produzidos de forma a minimizar os efeitos adversos significativos sade humana e ao ambiente. A avaliao qualitativa de riscos, segundo a tcnica do ICCA, visa a ajudar as pequenas empresas a se adaptar aos regula-mentos de controle das substncia squmicas. Outras aes para a segurana qumica, a exemplo do GHS, para classifi-cao e rotulagem j so observadas na reviso da NR-26.

    O Ergonomista Mrcio Moreira, em sua palestra sobre Ergonomia Complexa: organizao do trabalho, resilincia e aspectos cognitivos, despertou o interesse dos participantes com a demonstrao prtica de que todo trabalho, mesmo o mais simples e o mais repetitivo, mental. Destacou que a anlise ergonmica que inclui os aspectos cognitivos evidencia as situaes nas quais o trabalhador recebe mais informaes do que consegue tratar ou nas quais recebe informaes que representa de uma maneira que pode lev-lo a cometer erros.

    Com o tema Avaliao Qualitativa de Riscos Qumicos, o Dr. Walter dos Reis Pedreira Filho/Fundacentro-SP, apresentou uma outra ferramenta para avaliar os riscos qumicos, implementar e avaliar melhoras propostas, denominada de International Chemical Control Toolkit (ICCT). Enfatizou que a utilizao dessa abordagem bastante atrativa, pois complementa os mtodos tradicionais de controle e avaliao, alm de ser simples e de fcil aplicao.

    Agregou conhecimentos e valorizao profissional. Clauser Amaral, Eng da MMR Pontes Rolantes-BA.

    O evento proporcionou uma nova viso e um novo sentido para o desenvolvimento de minhas atividades. Hildebrando Souza, Tcnico de Segurana, Ford Nordeste.

    Sesso Tcnica: estratgias adotadas para enfrentar os desafios no exerccio das atividades de Higiene Ocupacional

    Utilizando os fundamentos da Higiene Ocupacional, os especialistas mostraram nessa sesso como deram respostas s suas demandas dirias, mediante a apresentao de seis trabalhos tcnicos.

    Avaliao da eficincia das medidas de controle para trabalhos com fumos metlicos.

    O estudo de caso da Deten Qumica, apresentado pela Higienista Ana Serra, mostrou a abordagem metodolgica seguida para nortear as medidas de controle visando adequao do ambiente de trabalho, considerando tanto a proteo do trabalhador que executa as atividades de soldagem, como a dos demais trabalhadores que desenvolvem paralelamente outros tipos de atividades. As medidas implantadas incluram: construo de pipe-shop com exausto e filtragem, melhora da ventilao natural, conscientizao da fora de trabalho sobre os riscos sade e importncia da proteo ocular e respiratria, recomendao do uso da mscara speedglas para soldadores e PFF-2 para os demais trabalhadores do ambiente. O trabalho foi estendido para a oficina das contratadas.

    Tarefas repetitivas sob presso temporal: os distrbios musculoesquelticos e o trabalho industrial.

    A Dra. Rita Fernandes/UFBA apresentou um estudo ergonmico em uma empresa do ramo plstico da Regio Metropolitana de Salvador, em que as exigncias temporais na execuo das tarefas implicavam demandas psicossociais e fsicas, em especial, os movimentos repetitivos. Ilustrou como a falta de antecipao

    dos riscos em funo da mudana da matria-prima gerou variabilidade do trabalho e foi compensada pelas regulaes cognitivas e fsicas para atender produo. Por fim, ressaltou que a insuficincia dos meios de trabalho, as exigncias temporais da gesto da produo e uma organizao do trabalho caracterizada pelo baixo controle confirmam uma situao em que a continuidade da produo apenas possvel custa da hipersolicitao do corpo das trabalhadoras.

    Reunindo o que j temos com o que est sendo apresentado, podemos fazer novos projetos para melhorar o ambiente. Prestei muito ateno apresentao de Ana Serra e vou ver o que posso melhorar na empresa. Lauvanir Gomes, Tcnica de Segurana da Millenium-BA.

    ABHO / REGIONAIS

    24 Revista ABHO / Agosto 2011

  • 25Revista ABHO / Agosto 2011

    Gesto de HO em uma empresa com mais de 100 unidades operacionais

    Uma gesto adequada de Higiene Ocupacional exigida para uma empresa de logstica de petrleo e gs com mais de 100 unidades operacionais, com potencial de exposio ocupacional de 2.000 trabalhadores vinculados aos GHEs de interesse. Esse foi o contexto do trabalho apresentado pelo

    Especialista Paulo Srgio de Moraes, da Petrobras. Poltica de QSMS, atribuio de responsabilidades e alocao de recursos foram fundamentais. A capacitao da equipe em Higiene Ocupacional permitiu alinhamento e uniformizao das aes de antecipao, reconhecimento, avaliao e controle. Ao importante foi a criao de um Ncleo formado por Coordenador e Higienistas para cada conjunto de Unidades Operacionais em que a interligao se d de forma tcnica. Auditorias e autoavaliao permitem rodar o PDCA do processo. Como concluso, nas grandes empresas possvel avanar nas questes de HO de forma uniforme e contnua; a insero da HO na estrutura formal da sade contribui para estreitar a interao com as atividades operacionais.

    Identificao e controle do risco biolgico em unidade de ateno sade

    A Dra. Ana Paula Teixeira/Centro Mdico So Rafael demonstrou, com uma abordagem prtica, a identificao do risco biolgico, conforme a NR-32. Fatores como a localizao geogrfica do ambiente de trabalho, caractersticas do servio de sade, fontes de exposio, vias e formas de transmisso, persistncia dos agentes biolgicos e dados sobre

    a possibilidade de infeco, so itens necessrios para as etapas de antecipao, reconhecimento e controle no universo dos riscos biolgicos, que fogem abordagem usual para os outros grupos de risco, facilitando o entendimento de como fazer a gesto desses riscos dentro das Instituies de ateno sade.

    PPRA Integrado: uma ferramenta de ampliao da capacidade de gesto dos agentes de risco ocupacionais.

    O Higienista Alex Marins/Gaia Ambiental apresentou um modelo de PPRA que integra o PPRA da Cetrel e de suas diversas contratadas em um s documento. Como aspecto positivo, destaca o item 9.6.1 da NR-9 que prev aes integradas entre empresas que realizam atividades em um mesmo local de trabalho e o fato de

    a contratante ter maior controle e gesto dos riscos a que todos esto expostos em nas respectivas instalaes. A aplicao do PPRA Integrado teve como resultados: reduo do nmero de GSEs e do nmero de avaliaes ambientais; possibilitou o rateio proporcional e justo dos custos; padronizao de documentos e informaes; facilitao da interao dos profissionais de SSMA; atribuies e responsabilidades compartilhadas; viso panormica dos riscos ocupacionais.

    Controle de rudo: a teoria na prticaCom o intuito de despertar ateno para a necessidade

    de descentralizao da informaes, a Higienista Rozilda Brando/Braskem utilizou ferramentas e artifcios que

    facilitaram a aplicao dos conceitos de Higiene Ocupacional e de acstica, por parte dos trabalhadores, para um controle eficaz dos potenciais de exposio, assim como dos nveis de presso sonora ambientais. A teoria da variao do rudo com a distncia, por exemplo, foi aplicada preveno da exposio de tcnicos durante

    a medio de desvios e de fontes crticas. O conceito da estimativa de NPS, resultante de duas ou mais fontes, foi aplicado ao controle de atividades com fontes portteis. Os dados da modelagem acstica das unidades foram transformados em informaes simplificadas para orientar a priorizao do controle de fontes existentes e a definio da instalao de novas fontes de rudo, e ainda a sinalizao e a indicao de proteo auditiva adequadas em cada rea de trabalho.

    Pelo fato de eu estar iniciando a carreira, o evento est sendo importante para ampliar minha viso sobre o alcance ou abrangncia da Higiene Ocupacional e para abrir o leque de opes de atuao. Amauri Neto Penha, Auxiliar de Segurana, Papis Reciclagem, Santo Amaro/BA..

    Sesso de EncerramentoComo fechamento da programao, o Auditor Fiscal do

    MTE apresentou o panorama da fiscalizao e a Higiene Ocupacional. A Inspeo do Trabalho e a Higiene Ocupacional: cenrio contemporneo e perspectivas para o futuro.

    Em seu discurso, Renato Louza, Auditor Fiscal do Trabalho, enfatizou que a gesto das empresas deve ser norteada pelos detentores de interesses, por exemplo, os trabalhadores, comunidades locais, autoridades pblicas, entre outros, pois os meios de comunicao tm sujeitado a atividade empresarial

    a uma maior transparncia. As empresas devem evitar a

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    associao de sua marca com acidentes e adoecimento. Apontou os problemas mais encontrados pela fiscalizao: foco na proteo individual em detrimento de proteo coletiva; ausncia de treinamento; medidas de controle ou preveno existentes apenas no papel; dogma da produtividade inimiga da gesto de riscos.

    Mensagem da Comisso Organizadora

    Finalizando os trabalhos, a Comisso Organizadora do III ERHO agradeceu a todos pela participao e formulou o convite para o IV Encontro. A Comisso acredita que os profissionais presentes saram tecnicamente fortalecidos desse evento.

    Comisso Organizadora do III ERHO:Carlos Pessoa, Eliana Pugas, Edna Madeira, Enete Medeiros e Milton Villa.

    Finalizou indicando algumas solues: capacitao crescente dos profissionais de SST; elo entre os profissionais de RH, SST, representaes laborais e diretorias; conscientizao dos empregadores quanto ao papel do MTE de aliado na sensibilizao das partes envolvidas na relao do trabalho.

    ABHO / REGIONAIS

    No perodo de 8 a 10 de junho passado, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, ocorreu a PREVENSUL organizada pela PROTEO EVENTOS na qual a ABHO participou, com um estande, da Feira de produtos e servios para divulgar a finalidade da Associao, as vantagens oferecidas para seus membros associados, e as publicaes da ABHO colocadas venda como importantes fontes bibliogrficas na rea da Higiene Ocupacional.

    O Livreto dos TLVs e BEIs da ACGIH 2010 (edio em lngua portuguesa) foi o mais procurado pelo pblico, ocorrendo a venda de 36 exemplares, bem como de alguns exemplares da REVISTA ABHO N 23.

    Tambm divulgamos nosso prximo Congresso Brasileiro, convidando os visitantes a comparecer e a nele se inscrever.

    Regional ABHO/RSNotcias do PREVENSUL 2011Celso Dexheimer, Representante Regional da ABHO/RS

    Alm disso mostramos as vantagens de ser membro da ABHO, incentivando os interessados em Higiene Ocupacional a filiar-se pela Home Page de nossa Associao www.abho.org.br, e aproveitar os descontos em inscries para Cursos e Eventos.

    Nosso Vice-Presidente Mrio Fantazzini esteve presente na programao cientfica com 2 workshops: um sobre Dosimetria de Rudo e outro sobre Estratgia de Amostragem. Ambos contaram com mais de 40 participantes.

    O Prof. Maurcio Torloni tambm ministrou aula de Proteo Respiratria em workshop.

    Participou em Curso e Palestras nosso Vice-Presidente de Formao Roberto Jaques, da Petrobrs - RJ.

    Estande da ABHO na Prevensul, com a presena dos Vice-presidentes Mrio Luiz Fantazzini (D) e Roberto Jaques (E) e com o representante regional/RS

    Celso Dexheimer.

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    Comearam no ms de maio de 2011 trs cursos de especializao em Higiene Ocupacional. Um deles se realiza pela primeira vez no Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre, sendo promovido pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Conta com docentes que so membros fundadores da ABHO, entre eles o Higienista Ocupacional Certificado (HOC) Eng Mrio Luiz Fantazzini, atualmente vice-presidente de estudos e pesquisas da ABHO, e outros higienistas certificados p