Revista Tracks 20
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AGAGTRACKS20TRACKS20
UAUA
Uma coleção desenvolvidaespecialmente para você correraté o mar e pular sete ondas.
F E L I Z 2 0 0 9
j3p
A TRACK&FIELD ESTÁ ONDE VOCÊ ESTÁ:São Paulo Shoppings: Jardim Sul • Iguatemi • Morumbi • Villa-Lobos • Ibirapuera • Center Norte • Paulista • Eldorado • Market Place • Higienópolis • Anália Franco • Cidade Jardim • Rua Oscar Freire • Campinas Shoppings: Iguatemi • Galeria • Ribeirão Preto Shoppings: Ribeirão • Belo Horizonte Shoppings: BH • Diamond Mall • Pátio Savassi • Rio de Janeiro Shoppings: Rio Sul • Barra • Fashion Mall • Leblon • Curitiba Shoppings: Mueller • Crystal Plaza • Brasília Shoppings: Pátio Brasil • Park Shopping • Porto Alegre Shopping: Iguatemi • Barra Sul Shopping • Goiânia Shopping: Flamboyant • Loja de Fortaleza - Av. Dom Luiz, 1.049 • Florianópolis Shopping: Iguatemi
Sugestões:Fone SAC: (11) 3048-1238E-mail SAC: [email protected]
Sempre acreditamos que a TRACKS é uma revista para ser apreciada por quem tem sede de esporte, informação,
cultura e lazer.
Em todas as edições, nosso grande desafi o é sempre matar essa “sede” e deixar um gostinho de “quero mais”.
Buscamos fazer uma revista que seja comparada ao primeiro copo d´água em um momento de muita sede – ele é
único, incomparável – capaz de refrescar a memória, aliviar o calor e repor as energias.
Foi assim que surgiu o tema para a revista que celebra os 20 anos da Track&Field. Tema este que faz parte da nossa
vida em todos os momentos: água. Dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Simples assim.
Nos inspiramos no mergulho com tubarões e nos quatro cantos da África do Sul. Comemoramos com esforço e
muita água todas as etapas do Track&Field Run Series, com a certeza de que cada um dos 150 km percorridos das
15 etapas realizadas pelo Brasil tenha valido muito a pena.
Parabéns para as 30.000 pessoas que correram em 2008 com a gente. Esperamos reencontrá-las nas etapas de 2009.
Obrigada a todos os apaixonados pela TF, pelo esporte, pela saúde e pela vida.
Por isso vamos celebrar a vida neste fi nal de ano e cuidar do nosso corpo e do nosso planeta.
Sempre acreditamos em fazer melhor. E esta edição 20 de TRACKS prova que sempre é possível ir além.
Você pode ser o que você quiser, é só querer.
Nós combinamos esporte e tecnologia para que você corra para vida.
Boas Festas!
Ana Claudia Moura
20 V E R Ã O 0 9
ÍNDICEV E R Ã O 2 0 0 9TRACKS 20
P12 P19 P34 P38 P46E S P E C I A L W A T E R E S P O R T E T R A V E L E N T R E V I S T A
P90 P106 P120 P122 P126L I T E R AT U R AC U L T U R AA D V E N T U R E C .E S S E N T I A L ST F R U N S E R I E S
STAFF TRACKS
Diretora: Ana Claudia Moura • Coordenação T&F: Renata Bittar • Colaboradores: Maria Fernanda Lagoa, Lilian Lemos Daher, Primetour, Latin Sports, Santo
Corpo, Sergio Zolino, Fernanda Keller, Ana Paula Vitali, Ana Maria Santero, Pablo Manzotti • Assessoria de Imprensa: Approach • Equipe T&F: Isabela Izidro,
Fernanda Leone, Roberto Valente • Produtora de moda: Samara • Maquiagem e cabelo: Alex Cardoso • Fotografi a: Johnny, Douglas Moreira • Projeto Gráfi co: J3P
Propaganda tel:2182-9500 www.j3p.com.br • Direção de Criação: Fábio Pereira • Direção de arte: Cesar Rodrigues • Coordenação J3P: Marcela Avena e Laura
Ciancaglini • Editor-chefe: Sergio Zobaran • Jornalista: Murillo Pessoa • Revisão: Claudio Eduardo Nogueira Ramos • Produção Gráfi ca: J3P Propaganda.• Tracks é um
projeto da Track&Field que tem como objetivo principal levar aos clientes todas as novidades em tecnologia, produtos e tendências de moda esportiva. Sua distribuição
é gratuita direcionada aos clientes Track&Field. Rua Eduardo de Souza Aranha, 387, 6º andar, São Paulo, SP, tel. (11) 3048-1200 E-mail: [email protected]
S P O R T S • H E A L T H • L I F E S T Y L E
P52 P62 P76 P80 P86
P128 P130 P132 P136 P140
G . O R G Â N I C O L I F E T R A C K S S A Ú D E E C O L O G I A B E M - E S T A R
G E A RT FC O S T Ã O G O L FR U N F O R L I F EN E W S
TF1 TF2 TF3 TF4 TF5
TF1 TF2 TF3 TF4 TF5
TRACKS: CHEGAMOS AO NÚMERO 20!
Criamos moda esportiva, já em 2003, fi zemos e levamos até vocês nossa primeira
revista. Ainda pequena, mas já com muita garra. Nascia a Tracks, o veículo ofi cial da
Track&Field: para todos aqueles que cultuam o esporte, inclusive os profi ssionais, e
praticam por prazer. Muito prazer. Juntos fi zemos uma longa viagem, e aqui chega-
mos ao número vinte, em edições trimestrais, ao longo desses cinco anos.
Falamos de tudo um pouco. Nos esportes, fi zemos um circuito completo: incentiva-
mos o ironman, o triathlon, o endurance, o trekking, a maratona, a corrida e a bike;
apresentamos o heli-hiking, o wakeboard e o parkour; revisitamos o pára-quedismo,
o boxe, o golfe, o aikido, a ginástica, a capoeira, o futebol, o basquete, a natação, o
mergulho e a dança; enfrentamos o rapel, a canoagem, o alpinismo, o jump, o rafting
e o vôo livre; deslizamos no surfe, no kitesurfe e no snowboard; praticamos a ioga.
Nossas capas trouxeram grandes depoimentos: de Luciano Huck (#4), que falou de
12 ESPECIAL
TF6 TF7 TF8 TF9 TF10
TF6 TF7 TF8 TF9 TF10
GENTE BACANA, TODOS OS ESPORTES, MUITOS LUGARES, OS MELHORES
PARCEIROS. MODA ESPORTIVA E TOTAL BEM-ESTAR EM VINTE BEM VIVIDAS
EDIÇÕES. UM PERCURSO DE CINCO ANOS... VAMOS RELEMBRAR?
sua ONG Instituto Criar de TV e Cinema. Fernando Scherer (#5), em golden cover,
que já dizia: “A prática leva à perfeição”. Angélica (#7): a loura estava grávida, linda
e em boa forma, como sempre. Ana Paula (#8) conciliava o fato de ser, ao mesmo
tempo, mãe, mulher e atleta. Gustavo Borges (#9) contava de sua metodologia ao
longo de vinte anos de carreira, ao lado de sua Bárbara. Daniela Sarahyba (#10),
muito bronzeada, aparecia antes de embarcar para NY. Fernanda Tavares (#12)
fez um carão suave só para nós. Zico (#13), aos 53 anos, falou de sua vida “Muito
além das quatro linhas” do campo de futebol. E Fernanda Lima (#17) mostrou sua
forma, cabelão e performance total de grande modelo. Como Daniela Cicarelli e
Ana Beatriz Barros, que também encheram nossos olhos e ocuparam nossas pá-
ginas coloridas.
Na Tracks #6 crescemos mais um pouquinho, e algumas edições depois, na Tracks #11,
13
TF11 TF12 TF13 TF14 TF15
TF11 TF12 TF13 TF14 TF15
assumimos na grande capa a trilogia bacana que nos
leva adiante até hoje: Sports, Health e Lifestyle. Mudamos
para um formato maior, defi nitivo. Recheado de muita
informação.
Por todo esse tempo, fomos orientados pela melhor
opinião médica, em todas as especialidades que
interessam ao atleta, da dermatologia à fi siologia do
exercício – o que é fundamental em toda a prática
esportiva, além do check-up, que também abordamos,
claro. Adotamos colaboradores das melhores
assessorias esportivas do Brasil, craques em cada
uma de suas áreas, e ouvimos atletas amadores,
e superprofi ssionais de todos os setores que nos
interessam: das artes plásticas à arquitetura – como
em Arthur Casas e na matéria com Oscar Niemeyer,
nosso gênio centenário – e gastronomia. Assim nos
deliciamos com Andréa Fasano e seu bufê, os chefs
bacanas que atuam no Brasil, como Alessandro
Segato, Cássio Machado, Claude Troisgros, Emmanuel
Bassoleil. E também entendemos um pouco mais da
comida japonesa, além das estripulias gastronômicas
espanholas do El Bulli.
14 ESPECIAL
TF16 TF17 TF18 TF19 TF20
TF16 TF17 TF18 TF19 TF20
15
Nos alinhamos com a WWF – World Wildlife Foundation e suas causas
absolutamente corretas. E a cultura também entrou em pauta com templos a
ela dedicados em São Paulo – a Pinacoteca do Estado e o Museu da Língua
Portuguesa – e em São Francisco: o MoMA de lá.
Entrevistamos gente interessante como Didi Wagner, Lilian Pacce, uma das
papisas da moda, Jorge Ben Jor (“música e esporte reanimam e elevam o
espírito”), Robert Scheidt, Tande, os irmãos Hypólito e Zagallo, feras do
esporte que iremos sempre homenagear. Ficamos em clima zen com Márcia
De Luca e seus ensinamentos de musa do ayur yoga. Ben Fertic disse por que
é o homem da marca de ferro, e ainda curtimos a ascensão da carreira
16 ESPECIAL
do petropolitano e internacional Rodrigo Santoro...
Passo a passo, reportamos as nossas Run Series realizadas nos diversos
estados brasileiros. E, mundo afora, acompanhamos as Olimpíadas,
naturalmente, desde a Grécia, em 2004, até Pequim, em 2008 – além dos
Jogos Pan-Americanos que aconteceram no Rio de Janeiro. Viajamos por
paisagens maravilhosas como nos Alpes, no Alasca, na Nova Zelândia,
Galápagos, Fernando de Noronha, Itacaré e Trancoso, o Caribe e a Riviera
Francesa. Falamos da Amazônia e da China. De Nova York, Buenos Aires,
Rio de Janeiro, São Paulo, Paris! E queremos continuar essa caminhada com
todos vocês e quem mais quiser chegar...
17
FOTOGRAFIA: JOHNNY
TRACKS SUMMER WATER 09
70% DO PLANETA É ÁGUA.
70% DO SEU CORPO É ÁGUA.
PRESERVE A ÁGUA DO PLANETA.
PRESERVE SEU CORPO.
O que leva as pessoas a experimentar aventuras que as
colocam diante das coisas mais selvagens do mundo?
Uma excitação, um frio na barriga ou na espinha, um
assombramento? O quê afi nal?
O desejo indômito de se colocar frente a frente com o que
pode oferecer perigo fez com que muitos seres humanos
inventassem esportes de alto risco ou aventuras com os
seres selvagens de nosso mundo, os animais, que, de
verdade ou imaginariamente, são terríveis e perigosos.
Imagino que o mergulho com tubarões esteja incluído
no imaginário popular, os tubarões são seres terríveis,
perigosíssimos, assassinos. Quem não se lembra de
Jaws (Tubarão), fi lme que lançou Steven Spielberg
como diretor, sucesso absoluto em todos os países em
que foi exibido?
Curiosamente, essa não é a verdade sobre esses ani-
mais. Os tubarões, entre eles o tubarão branco do fi lme
de Spielberg, são menos perigosos que os grandes feli-
nos, os crocodilos ou os ursos. Das quase 450 espécies
de tubarões conhecidas, menos de 10% são potencial-
mente agressivas ao ser humano.
Os tubarões exercem duas funções primordiais no ambiente
marinho. Como predadores situados no topo da cadeia
alimentar, mantêm o controle populacional das suas
presas habituais; e são um instrumento da seleção
natural ao predar os mais lentos e os mais fracos.
Alimentando-se ainda de animais e peixes doentes,
TUBARÕES UM MERGULHO ARREPIANTE!
Por Ana Maria Santeiro
feridos ou mortos, contribuem para a manutenção da
salubridade dos oceanos.
No caso dos tubarões brancos, por exemplo, o seu prato
preferido não é a carne insossa dos seres humanos, mas
a gordura que ele encontra abundantemente nas focas,
elefantes e leões-marinhos. Segundo Deyves Elias Grim-
berg, no site http://educar.sc.usp.br, ele também é muito
curioso; como não tem mãos, apalpa com os dentes.
No ápice da cadeia alimentar, como rei do reino das coi-
sas mais selvagens, o tubarão deve ser protegido, pois
a constante e silenciosa caça predatória já o incluiu no
livro vermelho das espécies ameaçadas de extinção, so-
bretudo o tubarão branco, que é mais raro, pois tem uma
das mais baixas taxas de procriação entre os peixes, ge-
rando um ou dois fi lhotes por vez, e é perseguido tanto
por aqueles que se orgulham de enfrentar um animal pe-
rigoso como aqueles que o temem.
A designer Mariana Bernardes, do jornal O Globo, prati-
cante de mergulho, diz não saber muito sobre os tubarões,
só os ama! Nunca esteve frente a frente com o tubarão
branco, apenas com os lambarus, abundantes na costa do
Recife e em Fernando de Noronha. Segundo ela, “espécie
mais tranqüila que existe, chega a ser ‘baiano’ o bichinho,
de tão parado que é”. Para ela, os tubarões são muito in-
teressantes e o mergulho com um bicho “tão grande e tão
jurássico é de arrepiar”. Depois disso, “qualquer mergulho
só com peixinhos perde completamente a graça”.
O MAIOR PREDADOR PERTENCE À ELITE DO EQUILÍBRIO DA CADEIA ALIMENTAR,
CONTRIBUINDO PARA A SELEÇÃO NATURAL E A MANUTENÇÃO DA SALUBRIDADE
DOS OCEANOS. VOCÊ SABIA?
34 ESPORTE
Nas Bahamas e no mar do Caribe existe um tipo de mer-
gulho com tubarões que se chama de “alimentação de
tubarões”. Um grupo de 15 mergulhadores, acompanha-
dos por um mergulhador mestre (diver master), vai até o
fundo, fi cam organizados num semicírculo e assistem a
um instrutor local alimentar os tubarões. Os mergulha-
dores devem manter os braços cruzados junto ao corpo
para estes não serem confundidos com as carniças. Tão
logo fi cam saciados, os tubarões vão embora. Essa é
uma operação de 30 minutos, no máximo. Nessas áreas,
os tubarões já estão acostumados com a presença dos
mergulhadores e já são alimentados há bastante tempo.
Nas áreas onde não há o mergulho de alimentação, os
tubarões são atraídos por iscas falsas ou por carniças.
No Youtube é possível ver vídeos sobre esse tipo de mer-
gulho. O mais famoso é na África do Sul, nas Ilhas Gans-
baai, em um ponto específi co próximo à Ilha Dyer, mais
conhecido como Shark Alley, um dos poucos lugares do
mundo onde há uma concentração de tubarões brancos.
Uma vez ancorado, o barco baixa uma célula, uma es-
pécie de gaiola, especialmente projetada para duas pes-
soas, que desce cerca de um metro e fi ca submersa nas
águas, dando oportunidade aos mergulhadores a bordo
de observarem os tubarões que estão em volta.
Uma das práticas de mergulho de maior crescimento é
com tubarões, pois a mística do maior predador do mun-
do animal é grande e fartamente alimentada.
Entretanto, questões éticas e de compromisso e
responsabilidade ecológica se fazem presentes para
as operadoras de mergulho que se vêem na seguinte
situação: se iscas não são utilizadas para atrair os
tubarões, a probabilidade de encontrá-los é muito pequena.
Com as iscas (carne, sangue e ultra-som) e a associação
destas aos seres humanos, pode haver uma mudança no
comportamento desses tubarões, cujas conseqüências
ainda são incertas, mas provavelmente irreversíveis.
Peter Pyle, biólogo americano que nos últimos 20 anos
conduziu as pesquisas sobre o comportamento dos
35
tubarões nas Ilhas Farallons, a 25 milhas da Golden
Gate Bridge, em São Francisco, Califórnia, afi rma que
a alimentação de tubarões e mesmo a atração deles
com iscas falsas podem infl uenciar o comportamento
dos animais. Por ele, todos os tours para ver tubarões
deveriam ser banidos, pois interferem nas pesquisas.
Burr Heneman, ex-diretor executivo do Point Reyes Bird
Observatory, sob cuja jurisdição estão todas as águas em
torno das ilhas, compartilha da mesma opinião. Segundo
ele, “Farallons é o melhor lugar para se estudar os
tubarões brancos. Alimentar os tubarões torna você parte
da cena, e isso realmente põe a perder toda a pesquisa”.
Algumas agências de viagem não condenam quem
opta por fazer esse tipo de mergulho, mas tampouco
apóiam ou encorajam a atividade, como é o caso da
Atlantic Connection Travel, especializada em roteiros
diferenciados. Segundo eles, “não se deve esquecer ainda
da possibilidade de frustração, pois é uma atividade que
depende de fatores naturais e, muitas vezes, os tubarões
não aparecem”. E a operadora não se responsabiliza pelo
show off dos bichinhos.
Para não fi car entre a cruz e a caldeirinha, sugiro a leitura do
livro Dez Anos em Busca dos Grandes Tubarões e assistir
ao DVD Rebelião de Tubarões, ambos de autoria do mer-
gulhador e pesquisador Lawrence Wahba, que ajudaram
um mergulhador apaixonado pela atividade a deixar-nos
a seguinte mensagem: “Seria muito interessante que todo
mergulhador conversasse abertamente com seus parceiros
de mergulho, e com outras pessoas com quem têm contato,
sobre a importância de respeitarmos o meio ambiente, em
nosso caso, o hábitat marinho, para que possamos sempre
realizar nossa prática com felicidade!”
TUBARÃO TIGRE CINZENTO
36 ESPORTE
j3p
ESPORTE E AÇÃO NA ÁFRICA DO SULPor Sergio Zobaran
NO GRANDE PAÍS AFRICANO DO RÚGBI, DO CRÍQUETE E DO FUTEBOL – INFLUÊNCIA
TOTAL DA COLONIZAÇÃO INGLESA – ESCOLHA UM ROTEIRO CUSTOMIZADO E
EXCLUSIVO
38 TRAVEL
39
CAMINHADASTrilhas ecológicas devem ser seguidas com guias armados
também, e podem ser temáticas, como para observação
de fl ores (cerca de 24 mil espécies, preferencialmente em
agosto e setembro, no deserto de Namaqualand), além
de plantas e animais.
BALEIASPara a observação de baleias, que nadam muito perto
da costa, a melhor época é de junho a setembro,
especialmente na Walker Bay, e que ganha até uma
semana de festival. O Tsitsikamma Coastal Park oferece
excelentes oportunidades de fotografi a submarina, mas
certifi cados de mergulho são obrigatórios.
PESCARIAUm dos esportes mais populares do país, a pescaria pode
ser praticada por toda a costa, além dos lagos e rios e nas
reservas naturais. E um dos melhores e mais ricos lugares
para isso está em torno do Cabo da Boa Esperança, onde
os oceanos Atlântico e Índico se encontram. As áreas de
pescaria de trutas fi cam nas montanhas do sul do Western
Cape e nas Drakensberg Mountains, em KwaZulu-Natal.
SAFÁRIS
Seus parques são reconhecidos santuários de três tipos.
Os que eles chamam de “nature parks” têm mais trilhas e
paisagens. As reservas particulares oferecem programas
personalizados; e as reservas nacionais são normalmen-
te exploradas pelos turistas em seus próprios veículos.
Caminhadas, cavalgadas e canoagem vão se tornando
mais populares. Safáris a pé de três noites por trilhas po-
dem ser feitos em grupos de até oito pessoas (12 a 60
anos), com guia armado.
40 TRAVEL
BALEIA NAS ÁGUAS SUL-AFRICANAS
41
LEÃO NAS SAVANAS AFRICANAS
42 TRAVEL
GOLFE A África do Sul tem aproximadamente 500 campos de
golfe em lugares espetaculares. A melhor época para
praticá-lo vai de maio a setembro.
AVENTURA: UM PULO!Uma das mais famosas é o bungy jump, já que o país
tem uma das quedas mais altas – a ponte sobre o Rio
Blaukrans, no Western Cape. A 216 metros de altura, esse
pulo é mais do que duas vezes mais alto que o da ponte
que liga a Zâmbia e o Zimbábue sobre o Rio Zimbábue,
perto de Victoria Falls.
ADRENALINA: PRIME ELABORA UM ROTEIRO NA ÁFRICA DO SUL PARA QUEM AMA AVENTURAEmbarque nessa viagem que inclui de vôos em jatos
supersônicos de combate até corridas de carro e
mergulho com tubarões. Voe em velocidade supersônica
a bordo de um jato militar. Mergulhe entre os tubarões
brancos. Dirija um carro de corrida A1 em um Grand Prix
Corra sobre altas dunas em um veículo especial. Chegue
a Cape Town para encontrar seu guia e comece a viver
dez dias de adrenalina. Treine com um piloto profi ssional
e dirija um carro de corrida a 200 km/h! No hangar de
Thunder City, embarque em um jato inglês Hunter Hawker
e, com seu piloto, voe a 15 mil metros de altitude, ou
faça rasantes. Em Gaansbay, prepare-se para o contato
imediato com o tubarão branco, o mais famoso predador
dos oceanos. Mergulhe em uma cabine para senti-los
de perto e depois vá relaxar em Dyer Island, apreciando
com calma os pingüins africanos e outros pássaros.
Estendendo a viagem até o deserto da Namíbia, vá à base
de exploradores do deserto e atravesse as areias como
um surfi sta em veículo próprio para depois descansar,
passando a noite em um acampamento. No Onguma
Tree Tops Camp, entre o Onguma Game Reserve e junto
ao Etosha National Park, descubra a vida selvagem em
passeios de dia inteiro: veja os fl amingos, os elefantes e os
rinocerontes. Volte para Windhoek em um aviãozinho leve
e depois para Johannesburgo, em vôo seguro para casa.
43
ATIVIDADES LIGHTAlgumas “favorite things” a fazer na África do Sul
CAPE TOWN
Conheça o Victoria and Albert Waterfront e visite seus
restaurantes estilosos, galerias e cafés. Vá até o South
Africa Museum, pegue o teleférico ou escale até o topo
da Table Mountain para ter a vista total da cidade e da
costa. Conheça as plantas indígenas no delicioso Kirs-
tenbosch National Botanical Gardens. Faça um passeio
de dia inteiro até Stellenbosch e Franschhoek, as cidades
do vinho, e deguste, além de admirar a elegante arquite-
tura colonial.
WESTERN CAPE
Alugue um carro, dirija pela Garden Route, e aprecie as
fl orestas que descem até a costa, as baías. Vá observar
as baleias em Hermanus e faça uma caminhada pelas
montanhas no Tsitsikamma National Park. E não perca
o semideserto de Little Karoo.
EASTERN CAPE
Visite os elefantes no Addo Elephant Park, homenageie
o lugar onde nasceu Nelson Mandela, admire as dramá-
ticas Drakensberg Mountains e o velho San rock art em
KwazuluNatal e Mpumalanga. Visite também o African
Arts Center e a Durban Art Gallery, em Durban, claro,
e confi ra porque a Hibiscus Coast merece esse nome.
Olhe os golfi nhos na costa norte, também conhecida
como Dolphin Coast, e procure de novo os rinocerontes
na Hluhluwe-Umfulozi Game Reserve.
PRAIAS ENTRE AS MELHORES DO MUNDOCom 800 quilômetros de praias praticamente intocados,
o litoral de Eastern Cape possui algumas das melhores
praias do mundo.
A cidade de Port Elizabeth conta com 40 quilômetros
de magnífi cas praias, oferecendo ao visitante uma
combinação perfeita de água quente, mar calmo e brisa
agradável. É um dos melhores locais do mundo para a
44 TRAVEL
Reservas e mais informações:Primetour Viagens e Turismo – Tel. 11 [email protected] – www.primetour.com.br
prática de navegação a vela, além de servir como pólo
para todos os amantes da prática de esportes aquáticos
e de areia.
As praias mais ao sul de Port Elizabeth oferecem uma
grande variedade de atividades esportivas – natação
segura, surfe, navegação em prancha (boardsailing) –,
ótimas ondas ou um simples banho de sol e uma interes-
sante vida marítima, independentemente da maré.
Já as praias mais ao norte – King’s Beach, Humewood
Beach, Hobie Beach, Pollock Beach, Brighton Beach,
Bluewater Bay, St. George’s Strand e Wells Estate – con-
tam com vastas faixas de areia e de dunas que são ideais
para longas caminhadas, e ótimas opções para a prática
de natação e de pescaria com caniço.
Ao sul, temos Schoenmakerskop – um simpático vilarejo
no litoral –, que se orgulha de seus espaços próprios para
piqueniques e das enseadas, piscinas minerais e balne-
ários de férias, com banho seguro e pesca em piscinas
com ondas.
Um pouco mais adiante está a Sardinia Bay, uma reserva
de marina que compreende quilômetros de litoral intacto e
de águas cristalinas – excelente para a prática de mergu-
lho, passeios a cavalo, caminhadas e excursões a pé.
45
FERNANDA KELLER, GLAMOUR E ALTO-ASTRALEM BUSCA DE PERFORMANCE, RESISTÊNCIA E DA SUPERAÇÃO DE SI MESMA, A
SUPERATLETA FALA DO ESPORTE QUE A TORNOU CAMPEÃ E FAMOSA:
“É SAUDÁVEL E DIVERTIDO!”
Precoce. Aos 16 anos a niteroiense Fernanda (“represen-
tante da turma do Araribóia, com muito orgulho”) entrava
na Faculdade de Educação Física da UFRJ assim meio
sem perspectiva. Os pais fi caram preocupados: “Tudo era
muito novo para eles”. Mas ela jura ao mesmo tempo, com
seu charmosíssimo e carregado sotaque carioca, que já
sabia que tinha uma trilha para chegar lá.
Pioneira. Aos 25 anos de carreira, a triatleta mais famosa
do Brasil, que havia passado sua adolescência nas
academias de jazz em Niterói – chegou a ser professora
do estilo –, e que se dedicou a vida inteira ao exercício
físico, relembra o tempo em que embarcou nessa enorme
aventura no esporte, “que fez pela família inteira”. Quando
terminava a faculdade, Fernanda havia aprendido “a
cuidar da máquina (seu corpo), a descansar, a ter paz de
espírito”, já havia se transformado em atleta profi ssional,
com direito a patrocínios e convites mil: “Você já nasce
com o dom que o cara lá de cima lhe dá, e que está
reservado para você”, diz a católica nem tão praticante.
Para ela, que viaja o mundo inteiro a trabalho, desde o
tempo em que participou do nascimento do triathlon no
mundo, plenos anos 1980, não há muito segredo. E, com
segurança, fala do seu esporte predileto no plural de
modéstia: “A gente via desafi os nessa descoberta, sentia
vontade de fazer o que ninguém tinha feito”.
Recordista sul-americana do Campeonato Mundial
de Ironman, e seis vezes medalha de bronze no
Campeonato Mundial de Ironman do Havaí, a bicampeã
brasileira do esporte viaja pelo mundo inteiro correndo
atrás de superar seus próprios limites, mais do que
vencer os demais concorrentes: “Quero sempre ganhar
de mim mesma”. E até quando praticará o esporte? “Até
morrer”, ela afi rma, treinadíssima às vésperas de mais
uma viagem ao Havaí, sua vigésima terceira (participou
de vinte e dois campeonatos por lá), e de completar 45
anos em outubro.
Em 1986 Fernanda ganhou seu primeiro grande
campeonato internacional de triathlon, no Rio de Janeiro.
“Não tem circuito mais bonito no mundo!”, ela se orgulha,
ao descrever o nado em Guaratiba, a pedalada a partir
da Grota Funda, e a corrida desde o Quebra-Mar, na
Barra da Tijuca, até o Leme, passando pelas praias de
São Conrado, Leblon, Ipanema e Copacabana. Como
ela, o esporte evoluiu desde os tempos em que ainda não
era olímpico, “mas sempre meu objetivo foi o Ironman –
hoje existem o triathlon olímpico, o Ironman e o circuito
70.3”. E exemplifi ca pelo menos uma de suas diferenças:
“No olímpico, vale o vácuo, as bicicletas andando juntas,
enquanto no Ironman é proibido, e temos que manter 10m
de distância entre elas”.
Por Sergio Zobaran
46 ENTREVISTA
47
Mas para Fernanda, o campeonato mais bacana é o que
acontece no Havaí, o Mundial de Ironman, que já teve
maior participação de brasileiros, hoje reduzida “pela
falta de provas com mais qualidade, maior divulgação e
também maior premiação por aqui”, ela lamenta de forma
positiva. Porque isso é possível no discurso de nossa
superotimista atleta: “Existem muitos eventos, mas sem
muita expressão – e falta glamour”, o que aliás sobra
em Fernanda, que tem rotina dura como de todo bom
atleta. Moradora da Barra da Tijuca, ela sai diariamente
de casa às 5 horas da manhã para nadar (no mar ou na
academia), e depois pedalar, e ainda correr, (em trilhas
ou pela orla marítima, fazendo vários tipos de percurso,
dos planos aos inclinados) numa rotina que lhe toma de
cinco a oito horas diárias.
Fernanda detesta números, mas faz a contagem dos
quilômetros em que se exercita semanalmente, sempre
acompanhada de alguém, inclusive amigos: são pelo me-
nos 20 km de natação, 400 km de pedalada e 90 km de
corrida, fazendo vários tipos de treino em que, portanto,
varia a velocidade. Avaliada constantemente através de
dois checkups anuais, e pela nutricionista, de quem vem
recebendo ótimas notas, Fernanda procura só ingerir ca-
lorias de qualidade. De manhã, antes de sair, toma sucos
de frutas naturais, come banana com cereais, pão – nor-
malmente –, e geléia natural. Almoço e jantar são muito
parecidos, e incluem legumes, verduras, carne branca – e
nunca vermelha –, muito peixe e grãos como feijão, arroz
e lentilhas. Mas nunca qualquer coisa que seja frita ou
muito temperada. “Não conto o número de calorias – a
nutricionista faz isso por mim”.
Casada e ainda sem fi lhos, ela é muito caseira (adora pas-
sear com suas cadelinhas Vicky e Noah, maltesas de 7 e
2 anos, quando lhe sobra tempo), mesmo em função de
suas constantes viagens e treinamentos fora, com o fi siolo-
gista e amigo Paulo Figueiredo, seu consultor e com quem
trabalha desde o início (com elogio e orgulho ela fala dele
como professor da UFRJ, do Flamengo, e também como
treinador de Ronaldo Fenômeno, a quem Fernanda res-
peita). Com seus eternos 54 ou 55 quilos e 1,68 m, nossa
heroína também tem seus ídolos, pessoas que adora: “A
nadadora Maria Lenk, e as corredoras Aída dos Santos
e Sister Madonna, aquela americana que ainda pratica o
esporte aos 76 anos – elas são a minha inspiração”.
48 ENTREVISTA
Única mulher-atleta-profi ssional no mundo a participar do
Campeonato Mundial do Havaí sem nunca ter abandona-
do uma prova – conseguiu estar quatorze vezes entre as
dez melhores do mundo –, a Fernanda ultrafamília dedi-
cou sua vitória no Ironman Brasil, em maio passado, em
Florianópolis, a seu pai que morreu este ano.
Fazendo um estilo atleta, em auto defi nição, Fernanda
garante que não é muito preocupada com beleza (“ainda
que todo mundo queira ser bonito, né?), e não sai muito
do circuito casa-cineminha-eventos, como os patrocina-
dos pela Oi, “e eles só têm coisas legais, às quais com-
pareço com o maior prazer; é parte do trabalho, como nos
desfi les das semanas de moda que curto”. Mas desfi le
que curte mesmo é o de Carnaval, já que vai ao Sam-
bódromo do Rio há anos como destaque pela Viradouro,
sua escola querida de Niterói. E seu único esporte além
do profi ssional é o surfe, “mas só pego onda merreca”.
Como na praia de Waikiki, no Havaí, lugar que recomen-
da ser visitado (“por seus passeios pela Big Island e seu
Parque dos Vulcões”), assim como a Califórnia (onde mo-
rou por diversas vezes, e mantém “amigos do esporte”),
e as Ilhas Fiji: em 1996 venceu uma prova “neste lugar
tão legal”.
TUDO PELO SOCIALEm Niterói, no Forte Rio Branco, Fernanda pratica seu
lado social, em parceria com o Exército e com o Corpo
de Bombeiros. Há 10 anos mantém uma escolinha para
quase quinhentas crianças e adolescentes (7 aos 18
anos), a quem procura oferecer a mesma oportunidade
que ela teve, e cujo objetivo principal é “dar disciplina,
qualidade de vida a essas crianças menos favorecidas”
(Fernanda se recusa a dizer o termo carente, que detes-
ta, como os números).
Para quem procura se iniciar no esporte, Fernanda re-
comenda: orientação adequada, muita informação e
técnica, “para não se machucar”, com coisas facilmente
‘consertáveis’, como a posição na bicicleta ou mesmo o
uso de um par de tênis errado. Fernanda se despede cor-
rendo, pois daqui a pouco embarca para tentar mais uma
vitória: sobre seus próprios limites...
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52 GUIA ORGÂNICO
53
A
B
C
AZEITELeva apenas olivas cultivadas sem agrotóxicos em sua
confecção. Prensadas a frio, as azeitonas resultam em
um óleo orgânico com baixa acidez, muito aromático e
de paladar levemente adocicado.
BARRA DE CEREAISFormulação e processo bastante elaborados.
Produto complexo, pois leva em sua
composição vários cereais, frutas, glicose e
diversos outros ingredientes, todos orgânicos.
CARNECom opções de diversos cortes especiais,
provenientes de gado orgânico: alimentado
em pastos adubados organicamente, e
criado com cuidados especiais, inclusive
homeopatia. Os bifes são mais macios e
suculentos – e tem até hambúrguer!
DELIVERYAlgumas lojas atendem especifi camente o
cliente que busca sempre uma relação mais
próxima e saudável com o alimento. Para as
entregas em domicílio, separam os pedidos
individualmente, dando atenção para que os
produtos cheguem em perfeitas condições.
D
54 GUIA ORGÂNICO
AE F
G
HI
ESFOLIANTEFormulado com açúcar orgânico e óleos vegetais
de amêndoa doce, girassol e maracujá, remove
impurezas de células mortas da pele, sem agredir.
FARINHASA de trigo integral é obtida da moagem de grãos
orgânicos selecionados; a de mandioca vem da
original, orgânica; a de soja vem da moagem
dos grãos de soja orgânicos... Vários outros
tipos: arroz, trigo branca, milho, todas mais
nutritivas quando comparadas às tradicionais.
GELÉIA Concentração de frutas maior do que a da
geléia tradicional, e que chega a ser superior
a 70%. Nesta versão tem 100% de frutas
orgânicas, e é classifi cada como produto light.
HORTALIÇASCultivadas em solos ricos e balanceados
com adubos naturais, produzem alimentos
com maior valor nutritivo. Sabor e aroma
são mais intensos – em sua produção não
há agrotóxicos ou produtos químicos que
possam alterá-los.
IBD (ASSOCIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO INSTITUTO BIODINÂMICO) Empresa brasileira sem fi ns lucrativos, que desenvolve
atividades de inspeção e certifi cação agropecuária, de
processamento e de produtos extrativistas, orgânicos
e biodinâmicos. Há vinte anos atua no campo da
pesquisa e desenvolvimento deste tipo de agricultura.
55
K
J
L
M
JÓIASEm busca da valorização da natureza, a designer
Maria Oiticica encontra inspiração na arte indígena
e nas formas naturais para criar anéis, colares e
todo o tipo de acessório com materiais orgânicos.
Com a garantia de que tenham sido extraídos de
maneira responsável, sem causar danos à fauna ou
à fl ora brasileira.
KIWIRico em vitaminas e minerais, contém duas
vezes mais vitamina C que a laranja. Na versão
orgânica, além de sabor mais alongado e cítrico,
apresenta um maior teor da vitamina.
MELAlém de ser utilizado como adoçante, o mel é
reconhecido por suas propriedades terapêuticas.
Oriundo de plantas silvestres, é produzido sem
uso de agrotóxicos, o que o torna um excelente
complemento alimentar.LATICÍNIOSManteiga, leite, requeijão e queijos são o resultado
de um sistema de produção agrícola que busca
manejar de forma equilibrada o solo e demais
recursos naturais, não admitindo o confi namento
de animais.
56 GUIA ORGÂNICO
NO
P
Q
NATURAL FASHIONCooperativa de Campina Grande, na Paraíba
que, entre outros itens, trabalha com bichos
de pelúcia. Produtos ecológica e socialmente
corretos, através da valorização da agricultura
familiar e do artesanato local.
OVOS FERTILIZADOSProduzidos sem a adição de antibióticos e hormônios.
As galinhas são criadas junto com os galos em
ambiente harmônico e agradável.
PÃOQuando feitos com farinha de trigo
orgânica, com longo processo de
fermentação e, de preferência, assados
na pedra. Uma padaria em São Paulo
confi rma que inclui em seus produtos
o sal do Himalaia... e amor. Podem
ser integrais, de centeio, italiano, de
forma, etc.
QUINUAPlanta proveniente da Bolívia, que produz
um grão indispensável à alimentação e à
vida do homem no altiplano. Originária
das alturas dos Andes, e conservada por
quechuas e aymarás, com suas 3.120
variedades. Em sua composição nutricional,
tem alta concentração de proteínas ricas
em cistina, lisina, metionina e minerais.
57
RS
TU
RESTAURANTEA parceria entre a gastronomia e os produtos
orgânicos é um importante fator para
fortalecimento do setor. Chefs renomados
focam nos sabores inusitados dos alimentos
naturais, que são mais acentuados.
SPAGHETTIFeito de grãos de quinua,
além de saboroso e livre de
glúten é mais nutritivo.
TECIDOSMateriais para as roupas orgânicas vêm de plantas que
não recebem radiação, e que não foram geneticamente
modifi cadas ou tratadas com pesticidas sintéticos ou
químicos – entre eles, algodão, lã e seda.
UVA-PASSAA mais popular entre as frutas secas, é considerada
excelente fonte de energia e sua ingestão antes
da prática de exercícios físicos reduz o desgaste
celular. As uvas contêm diversos antioxidantes como
o resveratrol, auxiliando assim na redução do mau
colesterol.
58 GUIA ORGÂNICO
VX
Y
Z
Consultora: Ana Paula Vitali
VINAGREAlém de tempero, ajuda na digestão e na cura
de ferimentos. Com matéria-prima e processo
de produção certifi cados em sua procedência
e manipulação, é encontrado em diversos
sabores: cana-de-açúcar, jabuticaba, kiwi,
laranja, maracujá, mel e milho.
XAMPUA grande diferença entre o xampu
tradicional e o orgânico é a matéria-
prima básica para a confecção
do mesmo. A base do tradicional
é sintética e a do orgânico são
os óleos vegetais, como babaçu,
coco e milho.
YOGURT Procuramos por aquí, e
encontramos nos EUA! Feito de
leite orgânico – e isso signifi ca
que as vacas que produzem
o produzem o leite do qual o
iogurte deriva são alimentadas
com produtos orgânicos.
ZELOO cuidado com a saúde
e com o corpo, além das
questões relacionadas com
o meio ambiente, faz com
que o produto orgânico seja
mais procurado e apreciado.
59
j3p
FOTOGRAFIA: JOHNNY
SANTA CATARINA CONTINUA LINDA.
A TRACK&FIELD REALIZOU ESTE EDITORIAL NO LITORAL
CATARINENSE POR SER UM DOS MAIS BONITOS DO BRASIL.
NÃO DEIXE DE VIR A SANTA CATARINA NESSA TEMPORADA
DE VERÃO, AS CIDADES ESTARÃO DE BRAÇOS ABERTOS PARA
RECEBER TURISTAS DO MUNDO INTEIRO.
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PREPARE-SE: PILATES!UM EXERCÍCIO QUE VAI DO CONDICIONAMENTO FÍSICO ATÉ A PREVENÇÃO
DA OSTEOPOROSE – E QUE PODE E DEVE SER PRATICADO POR TODOS
Por Sergio Zobaran
76 SAÚDE
Essa é a certeza da ex-advogada paulista Priscila
Guimarães, “convertida” ao Pilates há cerca de quatro
anos. Miúda e calma, ela confessa hoje, aos 40 anos, que
nunca foi lá uma grande fã das academias. E que, quando
menina e adolescente, só se dedicou mesmo, no mundo
dos exercícios, ao balé. Sua história acabou, assim,
curiosa: depois de se atirar por dezessete anos no Direito,
em que se formou, e nele encarar com garra os casos
empresariais, tributaristas, administrativos, contratuais
e de família (“era uma advogada de luta e não mais eu
mesma”), decidiu enfrentar essa sua crise pessoal –
impulsionada por um trabalho tão pesado – praticando a
ioga. Foi (e respirou) fundo nela, como em tudo na sua vida,
especialmente como na prática profi ssional anterior, que
a obrigava a ler muito: aprofundou-se no conhecimento da
cultura hindu, fez um curso de formação na FMU e voou
para a Índia. De sua dupla insatisfação – com a profi ssão
e com os antigos exercícios puxados na academia –,
resultou um desejo radical. Priscila, que havia fechado,
por dois anos, seu escritório confortavelmente instalado
em uma grande casa nos Jardins, em São Paulo, reabriu
o mesmo local transformado em academia, “mas numa
dessas que eu gostaria de freqüentar”.
Em busca – para ela e para seus alunos, de 14 a 92 anos
– do eixo de equilíbrio, do alongamento (que, no caso
do Pilates, faz as pessoas ”crescerem” até 2 ou 3 cm,
por adquirirem novamente sua postura natural), Priscila
estudou para ser mestra em reiki e professora de ioga,
inclusive para gestantes e pessoas da 3ª idade, além de
trabalhar com aromaterapia.
Mas sua paixão ao falar do Pilates, ao lado de seus
seis professores da área (entre formados em Educação
Física, Fisioterapia ou dança), é imensa: “Trabalho com
saúde e sinto-me feliz; fi z esse misto de clínica, spa,
academia, estúdio e, dentro de uma terapia holística,
praticamos massagens, quiropraxia, ioga e Pilates, este
procurado essencialmente por recomendação médica e,
especialmente, por quem tem a famosa dor nas costas,
para a qual ele traz alívio imediato”.
“MIL E UMA UTILIDADES”
“A primeira vantagem vem da abertura da própria postura,
por conta da liberação muscular”, diz Priscila. A prática do
Pilates (que deve ser feito pelo menos duas vezes por
semana, durante uma hora a cada vez, o tempo que dura a
sessão), ajuda em quase tudo, além da sensação de bem-
estar que proporciona. No caso dos golfi stas, fortalece
o quadríceps auxiliando na rotação dos quadris, dando
melhor desempenho aos punhos e ombros. Já para os
jogadores de pólo alguns exercícios são mais direcionados:
busca-se, no alongamento, a força tão necessária dos
músculos profundos. Para os que praticam a corrida,
o Pilates – que pode servir como exercício único para
muitos – também é um excelente complemento na prática
esportiva, já que prepara o fortalecimento das pernas
que recebem muito impacto nos joelhos e nos quadris,
melhorando também o desempenho do condicionamento
físico devido à respiração que acontece pelo diafragma
acionando, em conseqüência, o transverso do abdome
(músculo que auxilia na postura). No caso dos surfi stas,
a melhora ocorre no equilíbrio e no fortalecimento da
paravertebral e maior ganho de fl exibilidade. É utilizado
também para tratamento de lesões como hérnia de disco,
escoliose, artrose, artrite e outros, por ser uma atividade
sem impacto desenvolvendo a consciência corporal.
Além do relaxamento que proporciona, já que mexe com
o emocional, tirando estresse e tensões. “O Pilates tem
a respiração diferente da ioga: inspira-se pelo nariz e se
solta o ar pela boca, sempre com o abdome contraído –
não existe concentração maior; mas sem problema, já que
após um tempo se torna automático; ou se respira assim,
ou o exercício praticado não alcança seus objetivos, pois
a maioria dos exercícios é concêntrica, sendo necessário
o acionamento do transverso do abdome. Diz uma Priscila
convicta de todos os benefícios do Pilates.
Afi nal, trata-se de algo complexo: são mais de mil exercícios
catalogados: “São quatro ou cinco tipos de molas, o
que faz mudar a tração do exercício, que por isso nunca
enjoa: muda a tração, muda o exercício – que deve ser
praticado com roupas leves e confortáveis de ginástica, e
sem sapato”. E com a orientação de um personal ou de um
professor para no máximo três alunos na mesma aula.
77
ORIGINAL: PILATES EM ESTÚDIO APARELHADO
aplicados de forma individual, em duplas ou trios; sempre com
instrutores formados, sendo esses fi sioterapeutas educadores
físicos e bailarinos.
MAT PILATESMétodo criado por Joseph Pilates no qual os exercícios devem
obedecer a seis princípios: concentração, controle, centralização
de força, fl uidez, precisão e respiração.
No Pilates o trabalho realizado no indivíduo é efetuado em
um sentido holístico, visando à sintonia completa entre as
potencialidades mentais e físicas.
O Pilates busca alongamento, defi nição, tonicidade, força e
delineamento muscular; bem como alinhamento corporal, força
física e reeducação respiratória.
Como indicam alguns estudos, o Pilates auxilia na perda da
gordura corporal indesejada, uma vez que sua prática constante
aumenta a taxa metabólica. Sua prática em estúdio é feita
com aparelhos desenvolvidos por seu criador, Joseph Pilates,
Conhecido também como “Contrologia”, o Mat Pilates é uma
técnica de treinamento feita no solo com a utilização do peso
do próprio corpo e equipamentos como tiras elásticas, bolas e
pesos. Os movimentos são naturais e permitem o aumento da
fl exibilidade muscular, barriga mais defi nida, controle emocional,
ótima postura, articulações mais saudáveis, além de melhor
capacidade de respiração e maior tolerância ao estresse.
As aulas de Mat são praticadas pelo período de uma hora e
em grupos de no máximo dez pessoas. E recomendadas para
alunos que já tenham um bom condicionamento.
78 SAÚDE
ÁGUA: CONSCIÊNCIA AMBIENTAL“SÃO AS ÁGUAS DE MARÇO FECHANDO O VERÃO.
É A PROMESSA DE VIDA NO TEU CORAÇÃO”...
Água será sempre promessa de vida, já nos dizia Tom
Jobim em sua célebre canção Águas de Março. Afi nal,
70% do corpo humano é constituído por água. Até os
ossos têm água em 22% de sua constituição. Dois átomos
de hidrogênio, um de oxigênio: H2O. Estrutura simples.
Mas fundamental. Sem ela não há vida.
Quase não paramos para pensar nisso, mas valorizamos
a beleza das águas cristalinas de um rio durante uma
canoagem; a riqueza da vida submarina num mergulho
em mar límpido; a sensação tão gostosa de um banho,
após uma caminhada ou a prática de um esporte; a água
fresquinha numa boca sedenta.
Não resistimos três dias sem beber água. Logo, podemos
afi rmar que a água é o bem essencial da vida. Tanto assim
que, na tradição histórica, não se nega uma caneca de
água a quem pede. É um direito no mesmo nível do direito
à vida e à saúde; um direito universal, para todos.
Mas essa não é a realidade para um pouco mais de um
bilhão de pessoas em todo o mundo que não têm acesso
à água limpa sufi ciente para suprir suas necessidades
básicas diárias. Outros 2,5 bilhões de pessoas não
têm saneamento básico adequado, segundo Pasquale
Steduto, diretor da unidade de gerenciamento dos
recursos hídricos da FAO. A perspectiva, segundo a ONU,
é que em 20 anos não haverá água para 60% do mundo.
Como? Por quê?
Várias são as respostas. Durante muito tempo pensou-
se que o recurso e sua capacidade de autodepuração
era infi nito. Não é. A água que existe no mundo não cai
do céu. Ao contrário, ela vai pro céu (evapora) e, depois,
retorna à Terra, para os rios, os mares, os aqüíferos
subterrâneos, as geleiras, num movimento circular,
autoalimentador. Mas sempre a mesma água e a mesma
quantidade de água.
Três terços da Terra são constituídos por cerca de
1,360 bilhão de quilômetros cúbicos de água que se
distribuem da seguinte forma:
1,320 bilhão de quilômetros cúbicos (97%) são água do mar
40 milhões de quilômetros cúbicos (3%) são água doce
25 milhões de quilômetros cúbicos (1,8%) como gelo
13 milhões de quilômetros cúbicos (0,96%) como água
subterrânea
250 mil quilômetros cúbicos (0,02%) em lagos e rios
13 mil quilômetros cúbicos (0,001%) como vapor de água
A distribuição dela também é desigual. A Ásia, por
exemplo, que abriga 60% da população do mundo, dispõe
apenas de 36% dos recursos de água do planeta.
A população mundial triplicou nos últimos 50 anos; as
superfícies irrigadas aumentaram seis vezes, exigindo
demanda de água que, por sua vez, foi multiplicada
Por Ana Maria Santeiro
80 ECOLOGIA
81
por sete. Quadruplicou-se o consumo de água no mundo
na última década.
Há detrito em excesso no meio ambiente; na terra, no
ar, nas águas, comprometendo a saúde do planeta e,
conseqüentemente, a vida no próprio planeta.
Alguns cenários são eloqüentes quanto aos atuais
recursos hídricos:
Nos Estados Unidos, um aqüífero fóssil, o Ogallala,
oferece sozinho um quarto da água utilizada em irrigação
no país. O aqüífero está reduzido à metade, e existem
áreas em que está poluído por produtos químicos e
industriais despejados no solo.
O aqüífero fóssil da Arábia Saudita foi poluído pelos
solventes utilizados nos tanques e aviões dos exércitos
ocidentais, durante a Guerra do Golfo.
Na China há rio que tem sua água tão desviada que em
determinados períodos ela não chega ao mar.
A poluição de águas, tantos nos países ricos quanto
nos países pobres, é resultado da maneira como a
sociedade consumista está organizada para produzir e
desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar.
Sendo que, nos países pobres, a ignorância, a falta de
educação formal agravam ainda mais a situação, pois
seus habitantes são frágeis para exigir os seus direitos de
cidadãos, levando à impunidade as indústrias poluidoras,
e aos maus governantes que fecham os olhos para essa
questão, imediatistas que são, e curtos no entendimento
do que signifi ca progresso.
Além da poluição, uma outra ameaça ronda as águas:
de bem essencial, de direito universal transforma-se
em mercadoria, em commodity. Passa a ser vendida.
Já repararam quantas marcas de água são vendidas
engarrafadas nos supermercados?
No Brasil, nos anos 1990, depois de longas discussões
em audiências públicas sobre o saneamento básico, que
buscavam estabelecer uma política nacional, das quais
participou todo o conjunto de setor sanitário – empresas
estaduais e municipais, indústrias de equipamentos,
consultorias, empresas de engenharia –, chegou-se a um
consenso de política pública para as águas, aprovada na
Câmara e no Senado. Entretanto, foi totalmente vetada
em janeiro de 1995 pelo então governo do presidente
Fernando Henrique Cardoso, aliás, promotor de muitas
outras privatizações, hoje bastante condenadas pela
pressa com que foram feitas – e sem as discussões
necessárias. Foi criada a Agência da Água (art. 44, III),
um sistema de administração adotado com a intenção
de desvinculá-lo da infl uência dos políticos mas que, em
contrapartida, fi cou muito vulnerável ao poder econômico
das grandes corporações, que nunca têm o interesse
público, universal como fi m. Afi nal, como irão remunerar
seus acionistas?
Se entendemos que a água é um bem essencial à
vida humana, um direito que ombreia com o direito à
vida e à saúde, como permitimos a existência de uma
lei federal – nº 9433/1997 (art. 1º, II, art. 5.IV) – , que
contraria a Constituição, conferindo-lhe valor econômico,
possibilitando privatizá-la, condenando quem não
tem dinheiro a não ter acesso a ela? Era comum, nos
restaurantes, colocar-se à mesa uma jarra com água
fi ltrada. Hoje em dia, só água engarrafada sob a insígnia
de água mineral. Que nem sempre é.
Entendendo-a como um bem essencial à vida, um
direito, para haver água universalizada só com gestão
comunitária, por intermédio das empresas municipais e/
ou estatais, pois o que deve prevalecer não é o lucro, mas
o bem-estar social. Do ponto de vista político é um direito
humano e, nesse sentido, alguns países como a Espanha
e o Uruguai deram grandes passos ao declará-la um bem
coletivo ou de domínio público.
82 ECOLOGIA
83
A privatização das águas potáveis – e a sua industriali-
zação em garrafas – vai ao encontro do aumento da po-
luição, promovendo impacto ambiental de grande dimen-
são, porque a maioria das garrafas é de plástico, pois tem
como matéria prima o petróleo e o gás natural, dois recur-
sos não-renováveis. Para além disso, são usados mais de
1,5 milhão de plásticos só para fabricar garrafas de água.
Se as garrafas de plástico não são recicladas, certamente
irão parar nos aterros sanitários, onde levarão centenas
de anos para se decompor. Soma-se a isso o transporte
dessa produção – um quarto da água engarrafada em
todo o mundo é consumida fora do país de origem – que
se dá por caminhões e veículos de combustão interna, ou
seja, mais emissões de dióxido de carbono, os tais gases
responsáveis pelo aquecimento global e o efeito estufa.
Na história da humanidade, as guerras sempre estão vin-
culadas ao controle das riquezas dos povos, sejam elas
materiais ou naturais. Com uma distribuição tão desigual
do maior bem da vida, não é difícil imaginar que o contro-
le das reservas de água possa ser objeto de disputa entre
nações, como já aconteceu na Guerra dos Seis Dias, no
Oriente Médio, no fi nal dos anos 1960.
Atualmente, cientes de sua fi nitude e da necessidade
de preservá-la o menos poluída possível de maneira
que o ciclo hidrológico se mantenha funcionando
normalmente, muitos países, governos e organizações
civis desenvolvem campanhas de conscientização para
o uso adequado da água, de maneira que sua produção
natural não diminua, que seja melhor distribuída, e
que se desperdice o mínimo possível. Ferver, destilar,
reaproveitar, são ações simples, ao alcance de qualquer
pessoa, e de grande resultado, afastando completamente
o medo da escassez”. Lembrem-se, da torneira ou do fi ltro
de sua casa jorra uma boa água que você mesmo pode
engarrafar sem pagamento extra por isso. Sai mais barato
e ainda contribui para o equilíbrio do meio ambiente.
A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas –
ONU – declarou o ano de 2008 como o Ano Internacional
do Saneamento, e a década 2005-20015 como o Decênio
Internacional para a ação: Água, fonte de vida.
Cidadãos conscientes que somos, devemos nos engajar
nessa ação para que, a 22 de março de cada ano,
tenhamos razões para celebrar o Dia da Água.
84 ECOLOGIA
DICAS DE USO ADEQUADO DA ÁGUA:
BANHO
Um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 li-
tros de água limpa. Banhos de, no máximo, 15 minutos
economizam água e energia elétrica. Abra o chuveiro,
deixe-se molhar, feche-o, ensaboe-se e depois abra-o
para enxaguar-se, em vez de passar o tempo todo com
o chuveiro ligado.
HIGIENE ORAL
Escovar os dentes com torneira aberta gasta até 25 li-
tros de água. Escove primeiro e depois abra a torneira
apenas o necessário para encher um copo para o enxa-
güe da boca.
VASO SANITÁRIO
Uma válvula de privada no Brasil chega a utilizar 20 li-
tros de água em um único aperto. Por isso, aperte ape-
nas o tempo necessário e não jogue lixo na privada.
TORNEIRAS
Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros de água por
minuto; pingando, gasta até 46 litros por dia. Verifi que
sempre se não há uma torneira pingando.
LOUÇAS
Lavar louças, panelas e talheres com a torneira aberta o
tempo todo acaba desperdiçando até 150 litros. O certo
é primeiro escovar, ensaboar e depois enxaguar tudo de
uma só vez.
PISCINAS
Atualmente, existem técnicas de limpeza e tratamento
de água que, se realizadas nos prazos de manutenção,
dispensam por completo a troca da água. Em 1 metro
cúbico de água temos mil litros.
AUTOMÓVEIS
Para lavar automóveis, dê preferência ao uso de baldes
no lugar da mangueira. Uma mangueira ligada o tempo
todo durante a limpeza do automóvel consome até 600
litros. Com o balde, no máximo, são usados 60 litros.
CALÇADAS
Procure varrer as calçadas, deixando para usar a man-
gueira uma vez na semana. Prefi ra o balde ao lavar as
calçadas seguidamente. Lembre-se sempre que man-
gueira de água não é vassoura.
85
SABONETES BRASILEIROS FAZEM HISTÓRIA E TRAZEM NOVIDADESDA ROMA ANTIGA À AMAZÔNIA ATUAL, A NATUREZA SEMPRE FOI FONTE DE
CRIAÇÃO E INSPIRAÇÃO PARA OS SABONETES, QUE HOJE BUSCAM O
CAMINHO VEGETAL ATÉ NAS FEIRAS LIVRES
Por Sergio Zobaran
É possível que o sabonete, ou algo que se assemelhasse
a ele, tenha sido descoberto em tempos pré-históricos.
Com certeza os sabões passaram pelo antigo Egito e
pela Babilônia antes de Cristo, assim como pelos fenícios.
Eram um must em Pompéia – já em barras –, ainda que
os romanos, em seus banhos públicos, não os utilizas-
sem. Eles, assim como os gregos, esfoliavam seus cor-
pos com azeite e areia, e depois se lavavam com águas
de ervas, o que até hoje faz parte de uma boa terapia. Ba-
nho com sabonete, aliás, já foi até mesmo recomendação
para cura de doenças. Na França eles já eram fabricados
no século 13. Na Inglaterra, no século 14. Enquanto isso,
os mediterrâneos os faziam a partir do óleo de oliva, e os
escandinavos dos óleos de peixe. E, apesar de se atribuir
aos celtas o pioneirismo na sua fabricação, parece mes-
mo que as lavadeiras do Rio Tibre é que perceberam o
melhor resultado no seu trabalho quando aquelas águas
traziam a mistura da gordura dos animais sacrifi cados
junto com as próprias cinzas. Apesar de essa gordura ter
sido a base da maior parte dos sabonetes, a vertente ve-
getal está em altíssima conta.
Feitos com extratos de espécies da Amazônia e de outras
plantas, os sabonetes especiais feitos hoje normalmente
contêm mais óleos vegetais do que qualquer outro ingre-
diente em sua composição, o que signifi ca pouca quan-
tidade de produtos químicos e zero de gordura animal
– pode-se dizer que são ecologicamente corretos. E são
feitos com ingredientes cada vez mais exóticos, como os
extraídos de diversas plantações espalhadas pelo Brasil.
Por exemplo: da palma do Pará e do babaçu do Maranhão,
do óleo de linhaça e daquele de pequi, das fl ores e folhas
da calêndula, das sementes de girassol e até do chá ver-
de, conhecido por suas propriedades antienvelhecimento.
No Brasil, nossa indústria faz história já nessa linha há
muito tempo. Em 1880, o imperador Dom Pedro II con-
feriu o título de farmácia ofi cial da família real brasileira à
Granado, fundada em 1870 na Praça XV, no Rio de Ja-
neiro, próximo ao Paço Imperial, residência ofi cial do im-
86 BEM-ESTAR
87
88 BEM-ESTAR
brasileiros gostam de fazer a barba durante o banho, foi
desenvolvido um sabonete de barbear supercremoso,
com base vegetal, que contém óleo de menta. As jovens
ganharam sabonetes em barra e líquido com glitter na
fórmula, e cheirinho de melão, morango e uva. E as
pias mais chiques já sentem uma novidade ecológica: o
sabonete em pó, que tem um fi lme protetor que impede
a perda da umidade natural, além de necessitar menor
quantidade de água para enxaguar as mãos.
perador. A botica manipulava fórmulas ricas em extratos
naturais de plantas, ervas e fl ores brasileiras, e seus sa-
bonetes de glicerina fi caram famosos desde 1915. Com
base 100% vegetal, contendo vitaminas naturais e ricos
em manteiga de murumuru, são altamente hidratantes e
fabricados até hoje em diferentes fragrâncias, como erva-
doce, amêndoa, algas e mel.
ANA BOTAFOGO VIRA PRODUTOS PARAQUEM FAZ EXERCÍCIO
Cristina Raposo, no Rio de Janeiro, dançava ao lado
de Ana Botafogo no Theatro Municipal. Mas enquanto
Ana continuou a dar piruetas mundo afora, Cristina
foi fazer sabonetes artesanais em barra. Até que
nasceu a idéia de uma linha de produtos com a grife
da primeira-bailarina do Brasil, que contém: água de
corpo com o energizante extrato de guaraná; xampu-
condicionador, recomendado para uso pós-exercícios,
e hidratante com bastante manteiga de cupuaçu, um
bálsamo para manter a pele perfeita mesmo depois de
muito esforço físico.
PRAIAS E FEIRAS LIVRES SÃO A INSPIRAÇÃOA experiente Mariângela Bordon foi buscar no litoral bra-
sileiro a inspiração para uma nova linha de sabonetes em
barra que batizou de Pipa, Paraty, Angra, Laguna, Búzios e
Guarapari, em exclusiva fórmula à base de glicerídeos de
manga e com alto grau de ativos hidratantes. As feiras de
rua, com sua fartura de frutas e verduras, e uma variedade
enorme de cores e aromas, também inspirou a indústria
nacional a desenvolver sabonetes de abacaxi, banana,
coco, goiaba, manga e maracujá, que são vendidos como
as próprias frutas, em redes no duo verde-amarelo.
Assim, as prateleiras das lojas das marcas ligadas à
estética, bem como as farmácias e as gôndolas dos
supermercados, se enriquecem sempre com novidades,
em busca de seus públicos. Para os homens: como muitos
89
PAIXÃO POR CORRIDARUN SERIES ALCANÇA MARCA DE 30 PROVAS E SE CONSOLIDA COMO
IMPORTANTE CIRCUITO NO CALENDÁRIO NACIONAL
Por Murillo Pessoa
90 TF RUN SERIES
Quando surgiu, em 2004, Track&Field Run Series logo
se diferenciou dos demais circuitos. Havia sido criado
justamente para proporcionar uma experiência especial,
única, aos atletas. A idéia deu certo e os resultados
apareceram. No último domingo de setembro, Belo
Horizonte recebeu a 30ª etapa do Run Series, que mostra
ter fôlego para muito mais.
2008: UM ANO ESPECIAL (ON THE ROAD)A cada ano surge um desafi o. Neste ano, o circuito “correu”
de nove para quinze etapas em dez cidades espalhadas
pelo Brasil. Novas cidades foram somadas ao circuito,
como Florianópolis, Curitiba, Ribeirão e Goiânia, levando
mais charme e saúde por onde passava. A expansão é
a prova do crescimento não apenas do Run Series, mas
dos adeptos da corrida em diferentes regiões brasileiras.
Apenas este ano, mais de 15 mil foram os participantes
nas 11 etapas já realizadas.
A largada do circuito, como não poderia deixar de ser e
sempre em parceria com o Shopping Villa-Lobos foi em
março com mais de 2,5 mil corredores. Na seqüência,
vieram Brasília – ParkShopping e Campinas – Galleria.
A competição na capital federal teve cerca de 1,5 mil
inscritos, assim como na prova campineira. O inverno
chegou e o circuito continuou aquecido com mais uma
prova em São Paulo, sucesso de público e audiência.
O segundo semestre começou com uma etapa
diferenciada no circuito. Uma corrida de 6 km, em
julho, realizada em parceria com o shopping Diamond
Mall. Mesmo com o frio, mais de mil atletas puderam
desfrutar desse novo formato. No mesmo mês, o Run
Series desembarcou no Ribeirão Shopping. Essa etapa
contou com mais de mil atletas, não só de Ribeirão mas
de localidades próximas. Em agosto, o Rio de Janeiro
recebeu o Run Series de braços abertos. Mais uma
vez, os cariocas superaram as expectativas e lotaram
o evento que contou com 1,5 mil competidores. Saindo
do Sudeste e correndo para o Sul. Muita água rolou no
evento de Porto Alegre. Debaixo de muita chuva mais
de 1,5 mil competidores enfrentaram o duro percurso da
prova, no fi nal todos foram recompensados com muito
TF RUN SERIES | SHOPPING VILLA-LOBOS | 2ª ETAPA
91
TRACK & FIELD
RUN SERIES
SHOPPING
VILLA-LOBOS
2ª ETAPA
92 TF RUN SERIES
chimarrão no hall do shopping Iguatemi POA. Saindo de
POA, dois desafi os: Curitiba e Floripa. Mesmo às 7h30
da manhã e no frio de 8 graus mil atletas largaram no
Shopping Mueller e completaram o percurso de 5 km e 10
km. Florianópolis não foi diferente, a chuva parou às 6h30
e não impediu que mais de mil atletas se aglomerassem
na largada no shopping Iguatemi Floripa, para uma etapa
cheia de charme.
Belo Horizonte, de novo? O sucesso foi tão grande com
a primeira etapa que tivemos que repetir, 1,5 atletas
subiram e desceram em um dos mais difíceis percursos
do circuito o 30º da história do Run Series.
Já foram onze, mas ainda faltam quatro etapas para
o fi m do circuito Run Series em 2008. Os milhares de
competidores ainda vão percorrer cada metro das provas
até que o circuito seja encerrado com uma grande festa
em 30 de novembro, em São Paulo, defronte ao Shopping
Villa-Lobos.
TRACK&FIELD DIAMOND RUN | 1ª ETAPA
MILHARES DE QUILÔMETROS AINDA NESTA TEMPORADA
UMA HISTÓRIA VENCEDORA
Em menos de cinco anos, as provas anuais do Run Series
saíram de três, todas em São Paulo, para 15, no Rio de
Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba,
Florianópolis, Goiânia, Campinas e Ribeirão Preto, além
da capital paulista. Desde 2004, as provas de 5 km e 10
km somaram quase 50 mil participantes, marca ainda
mais expressiva pela limitação do número de corredores
em cada etapa.
Um número máximo de inscritos garante que todos tenham
espaço para correr, sem o congestionamento típico de
outras provas de rua. Não importa se o participante
é um atleta de ponta ou um iniciante: todos têm todas
as condições de alcançar os melhores tempos de suas
vidas. Essa característica é considerada um dos pontos
positivos do Run Series, mas não o único.
93
TRACK & FIELD
DIAMOND RUN
1ª ETAPA
94 TF RUN SERIES
TF RUN SERIES | RIBEIRÃO SHOPPING | 1ª ETAPA
Outra vantagem que faz o número de participantes cres-
cer é a estrutura oferecida aos atletas em cada etapa. As
corridas sempre são realizadas em parcerias com sho-
ppings, que oferecem facilidades como estacionamento
gratuito, espaço para os fi lhos dos corredores e guarda-
volumes. Antes do exercício, especialistas comandam o
alongamento e, depois de suar, todos podem repor as
energias com Gatorade e frutas gratuitas.
Outro quesito em que o circuito Run Series é insuperável
é a camiseta entregue aos corredores. Confeccionadas
com o tecido Thermodry®, produto exclusivo e de alta
tecnologia da Track&Field, as peças não retêm suor, o
que melhora o desempenho de quem a utiliza. A cada
prova, um modelo novo é distribuído aos inscritos, que
podem utilizar a camiseta em muitos treinos, sem que
esta perca a qualidade.
Há ainda outros fatores que só podem ser encontrados no
Run Series, como a oportunidade para estabelecer bons
contatos e novas amizades com pessoas pertencentes
a um grupo de alto nível. Também há uma programação
de entretenimento montada para divertir não apenas os
atletas, mas também os seus familiares e convidados,
durante e após as provas.
A organização do Run Series garante todo o conforto
para os participantes, fato que deixa o ambiente das
provas mais leve e os passos, também.
“Outubro foi o mês para outras duas cidades já
fanáticas pelo circuito voltarem a receber provas. Se no
primeiro semestre os corredores saíram de Brasília e
foram para Campinas, desta vez, o caminho foi inverso:
1,5 mil participaram da prova nas proximidades do
Shopping Iguatemi Campinas e, uma semana depois,
a mesma quantidade de atletas correu na etapa do
ParkShopping Brasília.”
95
TRACK & FIELD
RUN SERIES
RIBEIRÃO
SHOPPING
1ª ETAPA
96 TF RUN SERIES
TRACK & FIELD
RUN SERIES
BARRA
SHOPPING
1ª ETAPA
ESSA PROVA FOI CARBON FREE
97
TRACK & FIELD
RUN SERIES
IGUATEMI
POA
1ª ETAPA
ESSA PROVA FOI CARBON FREE
98 TF RUN SERIES
TRACK & FIELD
RUN SERIES
SHOPPING
MUELLER
1ª ETAPA
99
TRACK & FIELD
RUN SERIES
IGUATEMI
FLORIANÓPOLIS
1ª ETAPA
100 TF RUN SERIES
TRACK & FIELD
RUN SERIES
BH
SHOPPING
2ª ETAPA
101
TRACK & FIELD
RUN SERIES
IGUATEMI
CAMPINAS
2ª ETAPA
102 TF RUN SERIES
TRACK & FIELD
RUN SERIES
PARK SHOPPING
BRASÍLIA
2ª ETAPA
103
E S S E N T I A L S
01 1a_SUNGA FAIXAS BASIC | 1b_SILICONE CAPS | 1c_ÓCULOS DE NATAÇÃO
1a
1b
1c
2a_SUTIÃ ESPORTIVO TRACK&FIELD | 2b_SUTIÃ ESPORTIVO LOGO | 2c_TOP FITNESS RECORTES02
2a
2b
2c
03 3a_TOP SKIN TATUAGEM | 3b_TOP TIRAS POWER BASIC | 3c_TOP FITNESS TEXTURA | 3d_SUTIÃ ESPORTIVO BÁSICO
3a
3b
3c
3d
7a
4a_MAIÔ BICOLOR BASIC04
4a
05 5a_HAVAIANAS MASCULINAS TRACK&FIELD BASIC
5a
6a_BERMUDA BIKE BICOLOR | 6b_GARRAFA POLAR06
6a
6b
07 7a_ASSENTO GEL BIKE | 7b_BONÉ IRONMAN | 7c_LUVA BIKE
7a
7b
7c
8a
8a_BOLSA UNIFLOC BEACH08
9c
9d
09 9a_TOALHA PRAIA T&F | 9b_BOLINHA FRESCOBOL | 9c_NÉCESSAIRE UNIFLOC BEACH | 9d_RAQUETE FRESCOBOL
9a
9b
10b
10a
10c
10d
10a_POCHETE NEOPRENE GRANDE | 10b_CALÇÃO RUN | 10c_GARRAFA NALGENE | 10d_MEIA IRONMAN10
11a
11b
11 11a_BONÉ BICOLOR | 11b_CAMISETA THERMODRY BABY WINNER
O sedentarismo é assim: quanto mais você entra nele, mais difícil fica de sair. Ainda bem que o contrário também é verdadeiro, pois quanto mais você sai, mais se sente disposto e mais quer se movimentar. A prática de atividade física é um meio eficaz para fortalecer o organismo e produz inúmeros benefícios, pois evita doenças cardiovasculares, combate o estresse, ajuda a perder peso e por aí vai . Mas todo
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84
74
ILHABELA: AVENTURA E SUPERAÇÃO
CIDADE DO LITORAL PAULISTA RECEBE A TERCEIRA ETAPA DO CIRCUITO ADVENTURE CAMP
A corrida de aventura segue conquistando novos adeptos.
A Track&Field é uma das empresas que apostam na
modalidade e patrocinam o Circuito Adventure Camp, o
maior da América Latina em número de participantes.
Na terceira etapa de 2008, uma inovação separou
as equipes. A organização deu duas opções aos
competidores: uma prova nos moldes tradicionais do
circuito, disputada em apenas um dia, em Ilhabela, com
um total de 40 quilômetros, ou uma prova especial, em
comemoração aos dez anos da primeira edição do EMA,
pioneiro em corridas de aventura no Brasil, com percurso
de 215 quilômetros, de Paraibuna a Ilhabela.
Após incríveis 24 horas e 25 minutos, a Quasar Lontra foi
a primeira, entre as 35 equipes participantes, a cruzar a
linha de chegada do EMA Remake 2008. Dez anos antes,
o vencedor da prova fi nalizou o mesmo percurso em 39
horas, o que evidencia a evolução do esporte. A segunda
colocação fi cou com a Ecosenso Brasil/Núcleo Aventu-
ra, com 26 horas, e o terceiro lugar foi para a Oskalunga
Sundown, que completou a prova em 30 horas.
Já na terceira e penúltima etapa da temporada 2008 do
Adventure Camp, os 62 quartetos tiveram de enfrentar a
chuva e os ventos fortes no percurso de 40 quilômetros
em torno da ilha, percorridos por meio de canoagem,
trekking, mountain bike e, sempre, orientação.
A equipe paulista Selva NSK Kailash conquistou o
título da etapa de Ilhabela ao completar o percurso de
em 2h52min. O segundo lugar foi garantido pela Tribus
Adventure Team, que conseguiu concluir a prova em
2h57min, à frente da Camamu We Bike, com 3h04min.
Com os resultados dos eventos, a Quasar Lontra, que
somou 150 pontos, assumiu a liderança do ranking anu-
al, com um total de 285. Já a equipe Selva NSK Kailash
chegou a 240 com os 100 pontos alcançados em Ilhabela
Por Murilo Pessoa
120 ADVENTURE CAMP
e passou a ocupar o segundo posto. Em terceiro, com
105 pontos, vem a Oskalunga Sundown. A quarta etapa,
marcada para o fi m de semana de 6 e 7 de dezembro, vai
decidir a grande campeã do ano.
extensas, o que permite que, ao lado de atletas experientes
que buscam aprimoramento, outros, ainda iniciantes,
pratiquem um emocionante e incomum esporte ao ar livre.
No fi m do ano, com as quatro etapas concluídas, serão
conhecidos os vencedores do ranking, que receberão
troféus e outros prêmios, como kits de produtos
Track&Field.
TAMBÉM PARA CRIANÇAS
MAIS QUE UM CIRCUITOO Adventure Camp não se resume a corridas de aventura.
O circuito anual é composto por quatro eventos de dois
dias, fi ns de semanas destinados a habilitar pessoas que
gostam de aventura a praticá-la com diversão e segurança.
No primeiro dia acontecem as clínicas, em que os
participantes aprendem e treinam todas as modalidades
envolvidas numa corrida de aventura: canoagem, trekking,
mountain bike e orientação. No segundo dia a corrida
acontece e todos podem testar as técnicas adquiridas.
Diferentemente de muitas provas de corrida de aventura,
as competições do Circuito Adventure Camp não são tão
O circuito não se preocupa apenas com a introdução de
adultos à corrida de aventura. Para crianças de 6 a 11
anos foram criadas as provas Kids. Já os jovens entre 12
e 16 anos competem no circuito Teen.
Nessas categorias, após aulas teóricas e práticas, todos
participam de provas adaptadas para as idades, nas
quais o mais importante para o atleta é se aventurar e
se divertir, sempre acompanhado por profi ssionais.
121
ÁGUA & ARTE EM MOVIMENTO
ATLETA DESDE SEMPRE, LUIZ PIZARRO É UM ARTISTA CARIOCA HOJE RADICADO EM
SÃO PAULO. PINTURA, ESCULTURA, INSTALAÇÃO, FOTOGRAFIA E VÍDEO SÃO MEIOS
DE EXPRESSÃO DE SUA ARTE. SEMPRE LIGADA AO ESPORTE
Ele fi cou conhecido como um dos integrantes da Geração 80, um grupo de artistas plásti-
cos que surgiu na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, ao lado dos
também cariocas Daniel Senise, Beatriz Milhazes e Ângelo Venosa, e dos paulistas Sergio
Romagnolo, Nuno Ramos e Carlito Carvalhosa. Foi aluno da EAV até 1983 e deu aulas de
desenho e pintura nesse casarão imenso e famoso do bairro do Jardim Botânico até o fi nal
da década. E sua carreira nas artes deslanchou pelo Brasil e na Europa, onde viveu por
muito tempo: Portugal, Suíça, Alemanha e França, nessa ordem. Uma virada na vida do en-
genheiro de produção formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e administrador
público com graduação na Fundação Getúlio Vargas.
Por Sergio Zobaran
122 CULTURA
123
124 CULTURA
Criado na Tijuca, Luiz Pizarro sempre foi ligado em
esporte: montaria desde os cinco anos, natação a partir
dos oito, tênis e esqui na neve – na Europa – quando
adolescente, tênis de mesa e também vôlei, de quadra
e de areia, no Leblon. Aos 50, com jeito de eternos 30,
Pizarro está sempre em movimento. No jeito de atleta,
e na carreira de artista plástico, em suas diversas
exposições no Brasil e na Europa, de 1983 em diante,
passando por duas participações importantes nas
Bienais de São Paulo.
No início, a inspiração veio da beira-mar: do surfe e
também do frescobol, o jogo de raquetinhas. Durante três
anos, desenhava na praia – e somava suas informações
visuais às das fotos de revistas. O resultado foi uma série
de pinturas que marcou para sempre seu trabalho, em
meados dos anos 80, com exposições na Subdistrito, em
São Paulo, e na Petite Galerie, no Rio. Depois, os vôos
(dos outros) de asa-delta e as paisagens do bairro de
São Conrado, onde elas pousam, também viraram arte,
inclusive em peças recortadas na madeira, que hoje se
encontram, em sua maioria, no Museu de Arte Moderna
do Rio e na coleção de Gilberto Chateaubriand, um dos
maiores e mais importantes colecionadores do Brasil.
Na Alemanha, onde morou, surgiram três novas
descobertas de exercícios físicos a partir de 1996: os
patins de rodas, que até hoje pratica como esporte
mesmo, nunca a passeio; a bicicleta, que começou como
meio de transporte em Colônia, e a musculação, que
se transformou em série de telas que expôs no Paço
Imperial, no Rio, e na Galeria Valu Oria, em São Paulo.
Durante uma sessão de três horas, foi registrado nu,
em preto-e-branco, pelo fotógrafo Alistair Overbruck,
praticando exercícios em diversos aparelhos que
efetivamente utilizava todos os dias: imagens que, em
negativo, e junto a radiografi as de seu joelho, foram
impressas em trinta grandes telas e receberam sua pintura
geométrica por cima. A série se chamou Contrimagem.
Em 2004, Pizarro entrou de cabeça em novo projeto:
Entre Tapas e Beijos, onde faz a relação entre os corpos
dos lutadores de jiu-jítsu, dessa vez apenas a partir de
fotos de revistas, com o “distanciamento do olhar” – criou
seu universo próprio em torno das lutas, a sua visão. São
20 telas, além de pintura também em papel, desenhos
em nanquim e objetos com geléia de parafi na – e nesses,
especifi camente, ele acrescentou fragmentos de algumas
das frases publicadas em revistas especializadas nas
artes marciais: “sem arrependimento”, “é mais fácil não
ser bravo”, “da meia-guarda para a montada”, “a minha
primeira vez foi muito...”. O Rio conheceu a exposição
Entre Tapas... nas duas galerias Anita Schwartz, na
Barra da Tijuca e no Leblon.
Há dois anos Pizarro foi para a França, com uma
bolsa de estudos do Banco Icatu e, de volta ao Brasil,
escolheu São Paulo para morar e trabalhar, a partir do
ano passado. Durante o dia, paralelamente à pintura,
nada no Sesc-Consolação e no ginásio do Estádio do
Pacaembu. Patina no Parque do Ibirapuera, e trabalha...
PROFUNDIDADE NA SUPERFÍCIEEle registrou recentemente, durante vinte dias, o trabalho
de três atletas de saltos ornamentais do Clube Pinheiros,
em São Paulo. A idéia foi acompanhar, em mais de três
horas de vídeo (com uma câmera Sony; e em centenas
de fotos digitais e analógicas, em uma Polaroid e em uma
Nikon, respectivamente), os mergulhos desses três salta-
dores (o advogado Bira; Felipe, estudante de Psicologia;
e Murilo, formado em Educação Física). E transformá-los
em arte sobre papel – e depois também sobre placas de
parafi na, técnica que domina, além de uma video-insta-
lação e backlights, estes contendo conexões fl exíveis de
tubulação, e uma rede, que parece de proteção, formada
pelos pavios de velas que utiliza para formar o bloco rígi-
do e durável de parafi na. “Os atletas se atiram no vazio,
e olham para a água em movimento, este criado tam-
bém por pequenos chafarizes na piscina. O impacto na
superfície é forte e pode machucar. É necessária muita
habilidade, pois a água vira pedra”. A partir de muita ob-
servação (“o azul da piscina fi ca impregnado na visão”),
inclusive a 10 metros de altura, com o artista pendurado
no trampolim, o trabalho assim se reconstruiu: quando foi
para a pintura, eliminou a fi gura dos atletas e acabou se
transformando no ponto de vista de quem está mergu-
lhando na imensidão do azul, e chegando à água... virou
emoção. E, nesse momento, Pizarro relembra o que já
leu de Friedrich Nietszche (fi lósofo alemão do século 19),
que escreveu – em tom poético: “A profundidade está na
superfície”. Esporte e arte, para Luiz Pizarro, continuam
caminhando juntos.
125
VIVENDO E ESCREVENDO INTENSAMENTE SOBRE SURFEA AGENTE LITERÁRIA ANA MARIA SANTEIRO ANTECIPA, COM EXCLUSIVIDADE, O
LANÇAMENTO DO LIVRO OUTRAS ONDAS, DE FRED D’OREY
Desde que meu fi lho Manuel foi morar com o pai, quan-
do tinha doze anos de idade, em meados dos anos
1980, o assunto surfe saiu do cardápio de meus inte-
resses mais imediatos.
Uma prancha ainda rolou um tempo pela casa, e algumas
imagens tiradas das páginas da revista Fluir, pregadas na
parte interna das portas de seu guarda-roupa, de quando
em quando, me faziam lembrar desse esporte que eu achava
tão bonito, transmissor de um sentimento de profunda liber-
dade. Mas tudo no tempo de um abrir e fechar de porta.
Certamente, ao longo desse tempo, acompanhei as mui-
tas transformações do surfe brasileiro: campeonatos na
Praia de Saquarema, desenvolvimento da moda praia a
partir das roupas usadas pelos descontraídos praticantes
do esporte, os bermudões fl oridos, os cabelos parafi na-
dos, as gírias, o permanente preconceito contra os surfi stas,
tidos como quase débeis mentais, apesar das suas muito
saudáveis rotinas de vida. Mas do tititi do mundo do sur-
fe, do who’s who surfi sta, estava mesmo por fora.
Quase vinte anos depois, por intermédio da ilustradora
Mariana Massarani, que resolveu aprender a surfar aos
40 anos, deparei-me com esse assunto, motivada pela
sua decisão, e pelo diário ilustrado que ela fazia de suas
aulas. E, por meio dela, também descobri a versão on-line
da revista Fluir. E nessa revista descobri as crônicas do
Fred D’Orey, publicadas na coluna Outras Ondas.
Sobre o Fred sabia apenas que era dono de uma grife de
sucesso ligada à moda praia. Qual não foi a minha sur-
presa ao descobrir que, além de empresário exitoso, era
surfi sta, jornalista e um delicioso cronista. Li de cara to-
das as crônicas que estavam publicadas no site. Virei fã.
E, do mesmo modo que sugeri a Mariana escrever e ilus-
trar um livro de surfe para crianças – Aula de Surf, Editora
Global – pensei que aquelas crônicas reunidas dariam
Por Ana Maria Santeiro
126 LITERATURA
um ótimo livro. Uma casualidade na internet nos pôs em
contato e eu, sem pestanejar, apresentei-lhe a idéia, que
foi recebida com alguma surpresa. Será? E eu nem sabia
que elas faziam muito sucesso entre os leitores da Fluir!
Agendamo-nos para conversar sobre essa possibilidade
na volta de uma surf trip sua à África. A possibilidade
virou realidade, e até novembro próximo a Editora Gaia
lança o Outras Ondas, de Fred D’Orey, uma seleção de
suas melhores crônicas, organizadas pelos continentes
que visitou e de onde escreveu: Brasil, Américas, África,
Indonésia e Havaí.
Foi no Guarujá, na Praia das Pitangueiras, aos 7 anos,
em 1969, que Fred, observando por horas, hipnotizado,
as ondas e os poucos surfi stas de longboard, descobriu
“a vocação de uma vida inteira – tinha nascido para sur-
far. Ainda tenho”.
Nesses quase 30 anos que o separam daquele momento
mágico, Fred fez carreira no surfe, ganhou e perdeu
campeonatos, editou o primeiro jornal de surfe – STAFF
– e outros veículos especializados, encontrou sua onda
perfeita na Indonésia, leu as nuvens, sentiu o vento, ob-
servou a direção do swell, decodifi cou as diferentes dire-
ções, cronometrou as séries, percorreu estradas de terra
em diferentes continentes em busca da onda perfeita e,
sobretudo, escreveu sobre essa prática, esse esporte,
esse lifestyle, seus ídolos, seus problemas, sua inserção
no mundo contemporâneo, seu futuro, sua herança.
Qualquer leitor, surfi sta ou não, jovem ou mais velho,
terá grande prazer na leitura dessas crônicas que ex-
trapolam o mundo do surfe e nos fazem pensar sobre a
nossa vida e o mundo.
Garanto que todos poderão, como Fred continua fazendo,
seguir as ondas com seus olhos, imaginando a linha que
fariam se estivessem com uma prancha sob seus pés.
127
PROGRAMA IMPERDÍVEL EM SP:
MUSEU DO FUTEBOLVÁ VISITAR E DESCUBRA COMO O BRASIL VIROU O “PAÍS DO FUTEBOL”,
O TÍPICO ESPORTE BRETÃO
Em setembro de 2008, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, nascia o
Museu do Futebol. Um verdadeiro museu da História do Brasil, com os traços
mestiços típicos da nossa cultura, e de nossa maior paixão.
Em frente à Praça Charles Miller, considerado o pai do esporte no Brasil,
este espaço fantástico é dedicado à celebração do futebol, a partir dos três
eixos que norteiam a visita, Emoção, História e Diversão. E até mesmo como
a trágica derrota da Copa de 1950 ajudou o Brasil a reinventar o seu futebol
e ser o maior vencedor de copas mundiais. Numa área de 6.900 metros
quadrados, na entrada principal de um dos mais bonitos estádios brasileiros,
o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Museu é uma iniciativa
do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo – através da Secretaria
128 NEWS
Municipal de Esportes e da São Paulo Turismo, com
concepção e realização da Fundação Roberto Marinho,
diversos patrocínios de grandes empresas, e o apoio da
Confederação Brasileira de Futebol – CBF. O projeto de
concepção do Museu do Futebol tem arquitetura de Mauro
Munhoz, curadoria de Leonel Kaz, e museografi a de Daniela
Thomas e Felipe Tassara. E o time conta com uma equipe
de consultores liderada pelo jornalista João Máximo.
O espaço, antes ocupado por alojamentos e salas da
administração foi transformado no mais moderno museu
do Brasil, típico do terceiro milênio, todo multimídia, e
privilegiando defi nitivamente o futebol: durante a visita,
por exemplo, há pontos de acesso à arquibancada e
ao gramado, o que aproxima o visitante ainda mais do
tema central, que se estende por espaços chamados de
Grande Área, Pé na Bola, Sala dos Anjos Barrocos, dos
Gols, dos Rádios e da Exaltação. Depois de vivenciar
toda a emoção que envolve o futebol, a narrativa do
eixo História conta a origem e a evolução do esporte
e acompanha a história do próprio país, em suas
Salas das Origens, dos Heróis, Rito de Passagem, a
Copa de 50, das Copas do Mundo, Experiência Pelé
e Garrincha. E depois de passear pela Emoção e
pela História do futebol, o visitante entra no terceiro
eixo do Museu: a Diversão. Em destaque, o futebol
como jogo, como brincadeira, como rivalidade entre
torcidas, como atividade lúdica: Salas dos Números
e Curiosidades, da Dança do Futebol, Jogo de Corpo
e Pacaembu: última parada do percurso, o espaço
dedicado ao Estádio do Pacaembu.
O Museu do Futebol promete atrair não apenas os
torcedores e a população de São Paulo, mas também
uma parcela dos dois milhões de pessoas que vão à
cidade a trabalho.
129
CORRENDO PELA VIDA MESMO
MARIO RENATO E SANDRA CRISTINA DE MÃOS DADAS COM DR. FABIO
Moradores de entidades afastadas, os dois encontram na
corrida um incentivo maior para continuar a superação de
suas difi culdades. Fabio ultrapassa aquilo que condena:
“Sou contra o modismo – enquanto todo o mundo hoje se
sente atleta, e é movido pela competitividade, sinto bem-
estar ao correr como guia deles”. Para Mario, que também
tem problemas mentais, Dr. Fabio vai “cantando” (em geral
em contagem regressiva), falando o que acha necessário;
a proximidade de zonas de perigo, mudanças de piso,
ondulações e buracos. Descreve o percurso, e aconselha
seu guiado a não falar em determinados momentos para
não cansar: “Importa mantê-lo perto e protegê-lo de
eventuais impactos, inclusive com outros corredores”.
No caso de Sandra, que já obteve um primeiro lugar,
o objetivo é mantê-la confi ante e otimista, para que vá
até o fi nal. “Vamos conversando e tento esquecer o
meu prazer de correr – ali o importante é que ela cruze
a linha de chegada.” Fabio pratica o que considera um
prazer diferente, de sentir-se bem ao proporcionar o
bem-estar que faz de seus PNE pessoas mais sociáveis
através do esporte.
Mario Renato e Sandra Cristina de mãos dadas com o Dr.
Fabio. Aos 53 anos, o dentista Fabio Lavacchini Ramunno
corre pelas ruas de São Paulo – e também no Parque
do Ibirapuera – desde os 20. Dos 6 quilômetros em dias
alternados, até atingir os 12 quilômetros todos os dias.
Mais que o ideal, mas nunca sofreu uma lesão grave.
Fã da aeróbica, só anda de bicicleta. Capacete e luzes
piscando, lá vai ele civilizadamente no caminho casa-
consultório, dando preferência aos pedestres e levando
uns “chega-pra-lá” dos veículos. Mas aprendeu, na
vivência com pessoas especiais, nos últimos cinco anos,
a enfrentar difi culdades muito maiores.
Consumidor da dieta ovolactovegetariana, Fabio
não ingere comida com tempero, o que o afasta dos
restaurantes. Em forma, e radical assim, ele mostra
sua planilha de treinamento – está se preparando para
a I Maratona de Veneza, depois de ter ido a uma das
realizadas em Roma, em 2004.
Por Sergio Zobaran
GUIANDO PNEMas o que lhe dá muito prazer, além do teste constante
dos próprios limites, é servir de guia de PNE – Portadores
de Necessidades Especiais. Tudo começou quando viu
pela primeira vez, na Maratona de SP, dois homens que
chegavam quase colados ao fi nal: não havia atentado
para a corda que os unia. Entrou um dia na Corpore,
criada pelo também dentista Mario Rollo, e vizinha de seu
consultório – e da qual já era associado –, e ofereceu-se
para fazer o mesmo que havia visto: carregar no peitoral
durante as corridas, as letras GV – Guia Voluntário. O
que signifi ca, para ele, ser os olhos de Mario Renato,
defi ciente visual, e também uma motivação de vida para
Sandra Cristina, defi ciente mental.
130 RUN FOR LIFE
VIVER EM FLORIANÓPOLIS
PODE SER AINDA MELHORMORAR DENTRO DE UM CAMPO DE GOLFE NA ILHA JÁ É REALIDADE
O primeiro condomínio residencial dentro de um campo
de golfe em Florianópolis nasce no Costão Golf. Com
ele, um novo conceito de viver bem e de lazer na capital
de Santa Catarina.
Você já pensou em morar dentro de um campo de golfe?
É o que todo mundo imagina: muito verde, casas abertas,
sem muros, aquele visual tipo sonho de consumo. Pois
saiba que em Florianópolis é realidade: o esporte bacana
que a cada dia ganha mais adeptos no Brasil traz um
super estilo ao conjunto de casas implantadas em meio
à natureza da região: integração total.
O Condomínio Residencial Costão Golf fi ca ao norte da
ilha, entre o mar, as dunas de areia e as montanhas,
possui completa infra-estrutura, e está próximo às praias
dos Ingleses, Brava, Ponta das Canas e Jurerê. Até o
Costão do Santinho Resort & Spa – sim, o Costão Golf é
mais um empreendimento imobiliário da CostãoVille, – é
apenas um quilômetro, distância que também pode ser
percorrida de teleférico, com uma vista deslumbrante
para as belíssimas praias dos Ingleses, Santinho e
Moçambique, dos Morros dos Ingleses e das Aranhas e
Ilha das Aranhas, Badejo e Mata-Fome.
em conjunto harmônico que não abre mão da qualidade
ambiental, da privacidade e do conforto. Trata-se de um
condomínio fechado com cabeamento subterrâneo e
segurança 24 horas, alta tecnologia em telecomunicação,
com internet wireless, e automação – monitoramento
do sistema de segurança e controle automatizado dos
ambientes internos e externos das casas – além de um
teleférico que o liga à Praia do Santinho.
São mais de 5 mil árvores plantadas, um projeto
paisagístico fantástico entre 90% de espécies nativas.
O condomínio oferece ainda os serviços do premiadíssimo
Costão do Santinho Resort – novamente eleito o Melhor
Resort de Praia do Brasil – e a utilização da Marina do
Costão, na Praia dos Ingleses, ali pertinho. Além de um
pequeno centro comercial com lojas e consultórios e um
heliponto conveniado também ao Resort.
Para os moradores, tem o Club House, com seus 2
mil m2 de área construída, com bar, adega, charutaria,
restaurante, sala de estar e de jogos, e salão de festas.
Para completar, piscinas aquecidas indoor e outdoor, e
fi tness club; saunas e ofurôs, além de dois centros de
lazer específi cos: o Kids e o Teen Club. O campo de
golfe, com infra-estrutura de bar pro-shop e vestiários, é
um dos melhores do Brasil.
Aproveite sua ida a Floripa e conheça essa maravilha de
oportunidade de perto. Maiores informações sobre como
passar uns dias, semanas ou o resto da sua vida nesse
paradisíaco local, acesse o site www.costaogolf.com.br,
ou ligue 0800 643 5353.
TACADA CERTA: GOLFE E PRAIAOs terrenos do Costão Golf têm em média 900 m2 e
estão integrados ao campo de golfe. Em projetos de
casas com piscina a partir de 300 m2 – que levam belos
nomes de bromélias encontradas na região Sul do País
–, o empreendimento disponibiliza 12 diferentes projetos,
132 COSTÃO GOLF
133
NEWS T&F!Com mais de 30 lojas em São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, Goiás, Brasília e Ceará, a cadeia T&F abriu em
outubro sua terceira loja na capital mineira – e a segunda
na capital gaúcha em novembro.
BH: TRADIÇÃO BACANACom a presença de Thiago Pereira, nosso recordista
de medalhas individuais na natação em Jogos
Pan-Americanos (conquistou oito no Rio em 2007,
superando Mark Spitz), a Track&Field abriu com
um coquetel, em outubro, sua terceira loja em Belo
Horizonte, no Pátio Savassi, o shopping da região mais
badalada da cidade. Afi nal, a Savassi – que começou
como nome de padaria de imigrantes italianos, em
1939 – nasceu e cresceu como ponto de referência da
moda, da cultura e da gastronomia de BH, assim como
os Jardins em São Paulo, e Ipanema, no Rio. A Savassi
tem o lifestyle mineiro mais descolado, e ali se refl ete o
jeito receptivo e ameno da capital. A T&F espera você
no Pátio Savassi: Av. do Contorno, 6.061.
136 TF
PORTO: CRESCIMENTO PARA O SULO bombado e novíssimo BarraShopping Sul, o maior da
Região Sul do País, foi o escolhido para receber, desde
novembro de 2008, a nova loja Track&Field no Rio Grande
do Sul, a segunda em sua cidade, Porto Alegre, em seu
bairro Cristal. O BarraShopping Sul segue a tendência
internacional de se fazer uma “minicidade” em torno do
shopping (com edifícios residenciais, apart-hotel e prédio
comercial), e nasce lindamente na zona sul, para onde
cresce a capital. Com doze lojas âncoras, o shopping está
em frente ao maior cartão-postal da cidade, o Rio Guaíba.
A T&F espera você no BarraShopping Sul: Av. Diário de
Notícias, 750.
NOVAS LOJAS DA TRACK&FIELD: A 3ª DE BH E A 2ª DE PORTO ALEGRE!
137
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113 QUILÔMETROS DE
DESAFIOS EM SANTA CATARINAHOMENS E MULHERES TESTARAM OS LIMITES DE SEUS CORPOS EM MEIO IRONMAN
REALIZADO EM PENHA, NO LITORAL CATARINENSE
Por Murilo Pessoa
As distâncias da competição disputada em 14 de setembro, em
Penha, litoral de Santa Catarina, representam a metade de uma prova
de Ironman. Mas que ninguém se engane e pense “apenas metade”.
Pouquíssimos são os que conseguem, em seqüência, nadar 1,9
quilômetro, pedalar 90 quilômetros e correr 21,1 quilômetros. Quem
pratica natação, ciclismo ou corrida pode ter somente uma noção do
que os 650 triatletas inscritos para a prova tiveram de enfrentar.
O nome ofi cial do evento, Ironman Penha 70.3, é uma referência às 70,3
milhas da prova, que faz parte de um circuito mundial. Na categoria elite,
os três primeiros lugares da competição masculina e os dois primeiros
da feminina garantiram vaga no Mundial da Flórida, a fi nal do circuito,
que aconteceu na cidade de Clearwater em 8 de novembro.
Largada
140 GEAR
Essa foi a segunda de três etapas da América Latina que
classifi cam para o evento nos Estados Unidos. A primeira
foi realizada em Pucón, no Chile, em janeiro, e a terceira
aconteceu em 21 de setembro, em Cancún, no México.
Outras 26 provas classifi catórias são realizadas pelo
planeta.
O Ironman original surgiu em 1978, quando o comandante
da marinha norte-americana John Collins, durante
discussão entre grandes atletas do Havaí, sugeriu que
a melhor maneira de saber quem era o melhor entre
eles seria a realização de uma prova que combinasse
as provas de natação, ciclismo e corrida. Nos últimos
30 anos, a competição, com um percurso total de
aproximadamente 225 quilômetros, não parou de crescer
e, atualmente, movimenta milhares de superatletas em
dezenas de países.
A terceira edição brasileira do meio Ironman foi organizada
pela Latin Sports e teve co-patrocínio da Track&Field e
Brasil Telecom e parceria com a Federação de Triatlo de
Santa Catarina, Prefeitura de Penha, ABEE – Associação
Brasileira de Esportes Endurance, governo do Estado,
por meio do Fundesporte, Gatorade, Beto Carrero World,
Trisport e Power Bar.
Mariana Ohata
Igor Amorelli
OS CAMPEÕESEm Santa Catarina, o argentino radicado em Santos
Oscar Galindez, 37 anos, não se contentou em completar
o longo percurso, mas o fez em 3h54min24s, tempo que
lhe garantiu o título. O resultado confi rmou o favoritismo
do atleta, tricampeão do Ironman Brasil e que, em 2007,
terminou a fi nal do Circuito Mundial de Meio Ironman,
realizada na Flórida, na segunda posição.
Após competir em casa, o catarinense Igor Amorelli, natural
de Balneário Camboriú, conquistou o segundo lugar em
sua primeira participação no evento, com o tempo de
3h55min07s. O terceiro classifi cado foi o paranaense Juraci
Moreira, atleta olímpico em Sydney, Atenas e Pequim, que
concluiu os 113 quilômetros em 3h59min53s.
Também presente nos Jogos de Sydney, Atenas e
141
Pequim, Mariana Ohata teve melhor sorte que o colega
olímpico e conquistou o título da prova feminina em
Penha. Menos de um mês após a participação na China,
onde, contundida na noite anterior à prova, terminou na
39ª posição, a brasiliense mostrou toda sua capacidade
ao vencer o meio Ironman em 4h25min35s. Muito perto
da campeã, a paulista Vanessa Gianinni terminou a
prova em 4h25min41s e também se garantiu no Mundial
da Flórida. Ana Lídia dos Santos Borba, goianiense que
representou Santa Catarina, conseguiu o terceiro lugar,
com o tempo de 4h29min21s.
Os cinco primeiros atletas profi ssionais, nas categorias mas-
culina e feminina, receberam a premiação no valor total de
US$ 20 mil, divididos em US$ 4 mil aos primeiros coloca-
dos, US$ 2,5 mil aos segundos, US$ 2 mil aos terceiros,
US$ 1 mil aos quartos e US$ 500 aos quintos colocados.
Além dos competidores da modalidade elite, a prova foi dis-
putada entre amadores, divididos em categorias de acordo
com as faixas etárias e sexos. Entre esses, 65 conquistaram
vagas para o Mundial da Flórida. A categoria com o maior
número de classifi cados foi a masculina, entre 30 e 34 anos,
na qual 12 foram os que carimbaram o passaporte para a
mais importante competição de meio Ironman.
Os três primeiros triatletas de cada categoria amadora
a completar a prova receberam troféus e todos que
concluíram o percurso ganharam medalhas.
UMA LINDA PENHA FOI O PALCONão apenas os atletas abrilhantaram o meio Ironman
Brasil. A cidade de Penha, no litoral catarinense, foi uma
atração extra na disputa. O clima do local, a estrutura
do município e o Fundo Estadual de Esporte foram os
principais fatores que defi niram a nova sede do evento,
após a realização das duas primeiras edições nacionais
em Brasília. Desta forma, Santa Catarina, que já recebe
o Ironman Brasil, em Florianópolis, passa a concentrar
os dois maiores eventos do triathlon do País.
A largada foi dada na bela Praia da Armação de Itapocorói
e os atletas seguiram para a Rodovia Beto Carrero, onde
pedalaram e correram, até fi nalizar a prova dentro do Beto
Carrero World, maior parque temático da América Latina.
O espaço, que ocupa 14 milhões de metros quadrados,
é um dos grandes responsáveis pela movimentação
turística da cidade.
Além do turismo, Penha tem grande tradição na pesca. O
local já foi símbolo da caça de baleias e hoje é o maior
142 GEAR
RESULTADOS:
MASCULINO
Oscar Galindez - 3h54min24s
Igor Amorelli - 3h55min07s
Juraci Moreira - 3h59min53s
Ivan Albano Júnior - 4h07min03s
Frederico Luiz Monteiro - 4h10min11s
FEMININO
Mariana Ohata - 4h25min35s
Vanessa Gianinni - 4h25min41s
Ana Lídia dos Santos Borba - 4h29min21s
Ariane Gomes Monticeli da Silveira - 4h54min28s
Alessandra Rocio de Carvalho - 4h57min18s
produtor de mariscos no Brasil, com 3,5 mil toneladas do
mexilhão por ano.
Localizada a 110 quilômetros de Florianópolis, no litoral
norte de Santa Catarina, Penha tem população pouco
superior a 20 mil, número que pode chegar a 100 mil
durante a temporada de verão.
IRONMAN SOCIALAssim como havia ocorrido no Ironman de Florianópolis, a
prova realizada em Penha destinou 50 vagas extras, além
das 600 do índice técnico, a leilão promovido na internet
durante cinco semanas. O total de R$ 23.729,21 arrecada-
do foi destinado à Associação de Pais e Amigos dos Ex-
cepcionais (Apae) da cidade que recebeu a competição.
A média de arremate de cada vaga foi de cerca de US$
650. Igor Amorelli e Vanessa Gianinni, vice-campeões
das provas masculina e feminina, respectivamente, par-
ticiparam do leilão, assim como Frank Silvestrin, também
atleta da modalidade elite.
Os recursos repassados à Apae, escolhida por ser uma
instituição respeitada e que existe em todo o Brasil,
serão investidos na ampliação de estrutura do local e na
reforma de salas de aulas.
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