Revista SKF Agosto 2004

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Paulo Pampolim / Digna Imagem Ano III Junho/ Agosto 2004 Publicação trimestral da SKF do Brasil newskf Destaque Rolamentos autocompensadores de rolos: o raio x de uma tecnologia de 86 anos Reparo de spindles Walter Bertoncini, da Mahle, fala de sua experiência com o novo serviço da SKF, inédito no Brasil Alinhamento a laser Com custo mais acessível, tecnologia chega às pequenas e médias indústrias

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Ano IIIJunho/Agosto2004Publicação trimestral da SKF do Brasil

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DestaqueRolamentosautocompensadores derolos: o raio x de umatecnologia de 86 anos

Reparo de spindlesWalter Bertoncini, da Mahle,fala de sua experiênciacom o novo serviço da SKF,inédito no Brasil

Alinhamento a laserCom custo maisacessível, tecnologiachega às pequenas emédias indústrias

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AO LEITOR

Verificando eagindo sempre

SKF News é uma publicação trimestral da SKF do Brasil distribuída em todo o território nacional para clientes,

fornecedores, distribuidores e parceiros - Rodovia Castello Branco, km 30. CEP 06420-240 - Barueri - SP - Tel.

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Edição: Conteúdo Comunicação Empresarial - Tel. (11) 3093-7800 - Jornalista Responsável - Diva de Moura

Borges ([email protected]) - Coordenação Editorial - Anthony Gladek e Fábio Merighi - Revisão: José Paulo Ferrer - Tiragem:

48.000 exemplares. Impressão:Leograf

TOP FIVE - 2003SKF - A preferida emrolamentos industriais

AUTOP OF MIND 2003SKF - a mais lembradaem rolamentosautomotivos

Uma das ferramentas paraalcançarmos a máximaeficiência em nossas em-presas é a utilização cor-reta do processo demelhoria contínua, o co-nhecido ciclo PDCA(Plain, Do, Check andAct) que compõe a gran-de parte dos programas dequalidade total das indús-trias. Planejar, executar,checar e agir: eis as pala-vras mágicas que revelama eficiência total nas linhasde produção.

Dentre essas etapas, a ex-periência da SKF junto aplantas industriais no Bra-sil e no mundo tem com-provado: o “check” e o“act” têm sido as fasesmais vulneráveis e tam-bém as grandes compro-metedoras do alcance daqualidade ideal. A análisedas falhas, que por sinal

constitui-se em uma exce-lente fonte de aprendiza-do, tem carecido de açõesefetivas, sejam de modopreventivo ou corretivo.

O alcance da qualidade

passa pela complemen-tação de todo este cicloPDCA. E o que se nota éque esse processo muitasvezes é interrompido pornão haver persistência nacomprovação dos resulta-dos e na busca de alterna-tivas. A conseqüência é areincidência da falha, sejano mesmo equipamentoou em outro localizado alimesmo, naquela mesma

planta. O fato éque tecnologiade ponta e boavontade não bastam parareduzir perdas eretrabalho.

Foi pensando nessa lacu-na do ciclo PDCA que aSKF criou soluções inte-gradas em seu leque deserviços oferecidos aosclientes industriais e quevisam a redução dos cus-tos de manutenção e per-das de produtividade.

A SKF do Brasil – e seusdistribuidores localizadosem praticamente todos osestados brasileiros – tra-balha em conjunto com ocliente buscando apurar eeliminar definitivamenteas falhas dos ativos indus-triais que compõem o

Carlos Alberto Fernandes, gerente Executivo daDivisão de Reliability Systems

“O processo muitasvezes é interrompido

por não haverpersistência na

comprovação dosresultados e na busca

de alternativas”

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processo produtivo. Apli-camos a tecnologia dedetecção mais moderna eadequada para cada situ-ação e, a partir do conhe-cimento pleno de todo ouniverso que envolve ossistemas rotativos dasmáquinas, passamos aajudar a completar o ci-clo de melhoria de formaeficaz, assegurando real-mente a eliminação defalhas.

Este é o nosso objetivomaior dentro do Programade Otimização da Eficiên-cia de Ativos.

Leia mais a respeito emnosso site: http://www.skf.com.br.

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GIRO RÁPIDO

SKF na Cavo

A Cavo, empresaque atua no setor de tra-tamento de lixos urba-nos, entre eles os de ori-gem industrial e hospi-talar, procurou por di-versos fornecedores nomercado e encontrou naSKF um parceiro estra-tégico e de peso em

manutenção e consultoria técnica para seus equipamentos. Deolho na redução do número de fornecedores de rolamentos,mancais, graxas especiais e lubrificantes, a Cavo firmou con-trato exclusivo com a SKF por esta possuir uma série de com-ponentes que podem ajudá-los na melhoria do seu negócio. Aempresa pretende reduzir o estoque desses produtos e tambémacompanhar toda a performance das máquinas. Os engenhei-ros envolvidos neste processo e que cuidarão de toda aperformance das máquinas, serão auxiliados pelo software@ptitude. Além de produtos da SKF, estão sendo aplicadas nesseprocesso as correias, polias e mangueiras da Goodyear. Antesde firmar o contrato, a Cavo submeteu a SKF a uma bateria detestes para saber se ela atende aos requisitos técnicos eambientais parametrizados internacionalmente. Constatou quea SKF é preocupada com o meio ambiente e que faz uma sériede ações que a certificam como parceira no negócio, informouCarlos Antonio Vilhena, engenheiro de Operações da Cavo.

Patrocínio na StockCar

Nonô Figueiredo, piloto de StockCar, é um dos mais re-centes desportistas patrocinados pela SKF do Brasil. A mo-dalidade de automobilismo, que vem crescendo a cada ano ecaindo no gosto do brasileiro, está mobilizando cada vez maispúblico e espaço na mídia. E a SKF, em busca do fortaleci-mento da marca e de interação com o mercado de reposiçãoautomotiva, decidiu apostar neste esporte. Para o presidenteda empresa, Donizete Santos, “a modalidade tem permitidoa avaliação do desempenho dos produtos SKF num campode prova”. O piloto, que tem 33 anos e já competiu nestacategoria na Europa, lembra que o Brasil vem se destacandoentre os 4 melhores campeonatos de turismo no mundo, fi-cando atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha, Austrá-lia e Inglaterra. “Nos Estados Unidos, a Stockcar é tão dis-putada como a Fórmula 1. Meu objetivo é ser campeão daStockCar no Brasil”, afirma Nonô, que já foi campeão daStockCar B (hoje chamada de Stock Car Light) e bicampeãodas Fórmulas Uno e Fiat.

Papel reciclado

Esta edição do NewSKF e, também, o novo Catálogo Ge-ral de Produtos da SKF, foram impressos em papel offset100% reciclado, livre de produtos químicos prejudiciais ao meioambiente. Devido à limitada escala de produção desse tipo depapel, o custo de aquisição ainda é superior aos dos papéis con-vencionais. No entanto, a SKF encara o investimento adicionalem papéis reciclados como incentivo à utilização racional dosrecursos naturais e demonstração de respeito à preservação domeio ambiente para gerações futuras.

Kit para automóveis

A divisão automotiva da SKF colocou no mercado brasileiroum produto inédito para a área de manutenção. É um kit detensionador e correia para veículos leves e pick-ups. O mecânicoagora tem a opção de oferecer um serviço completo de reparo jáque as peças que compõem o sistema de sincronismo têm vidaútil semelhante. Isso significa que, na maioria das vezes, a trocaparcial desses componentes pode comprometer o sincronismodo motor e gerar retornos prematuros do carro à oficina. A pro-posta do kit, além de economia, é oferecer ao usuário final maiorconfiabilidade nos serviços de manutenção.

Guias Prismáticas

Guias prismáticas acabam de serincorporadas ao mix de produtos daSKF no Brasil. O lançamento com-põe a linha de produtos LinearMotion, destinada aos segmentos demáquinas-ferramenta, máquinas paratestes e aparelhos de medição. As gui-as prismáticas são utilizadas em sis-temas de produção que exigem alta ri-gidez, precisão e grande capacidade decarga. O produto está sendo oferecido emkits com 4 guias, 2 gaiolas planas e 8 limitadores. Medidasprincipais vão desde o LWR 3,6 e 9, com cursos úteis desde125mm até 1.000 mm. Os produtos são intercambiáveis comtodos os similares de mercado.

Fusos de Esferas Retificados

Outro lançamento da linha Linear Motion é a série de Fusosde Esferas Retificados, aplicados em máquinas-ferramenta, má-quinas para madeira, retrofitting, automação e manutenções emgeral. Os fusos representam um elo importante na cadeia de trans-missão de potência. Eles transformam movimentos de rotaçãoem deslocamento linear, absorvendo esforços no sentido axial -tracionando ou comprimindo. São duas famílias complementa-

res, com alta precisão de movimento: uma comcastanhas flangeadas, série ISO (redon-

das) e outra com castanhas flan-geadas, conforme norma DIN(facetadas). As capacidades de car-ga cobrem a faixa desde 20kN até207kN. Os diâmetros disponíveisvão desde 20 até 63mm. Os fusosde esferas retificados podem serfornecidos somente cortados oucom as pontas usinadas, confor-me desenho do cliente.

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HISTÓRIAS DE SUCESSO

Um programa de atua-lização tecnológica im-plantado pela Cosipa des-de que foi privatizada, hácerca de 10 anos, teve en-tre seus focos o revamp dolaminador de tiras a frio,equipamento responsávelpela redução de chapas deaço aplicadas nas indústri-as automobilística, de tam-bores, de tubos e da cha-mada linha branca de ele-trodomésticos.

Totalmente reformadoem 1997, o laminador deuma das maiores siderúrgi-cas do País, passou a ofe-recer produtos de qualida-de superior e com uma va-riedade bem maior de es-pessuras: entre 3,0 e 0,38mm. Isto permitiu à Cosipauma ampliação de seu mer-

cado e uma maior produti-vidade.

Contudo, a reestrutu-ração do laminador a friotambém demandou daequipe de engenharia demanutenção um cuidadoredobrado e desafios dife-rentes os que antes enfren-tavam. Maiores cargas evelocidade de produçãosignificaram também maisexigência dos sistemasrotativos do laminador.Após três meses do start-up, o qual envolveu adoçãode rolamentos selados, ca-pazes de proteger o siste-ma de contaminações e,ainda, um novo sistema detroca rápida dos cilindrosde laminação do aço, olaminador começou a exi-gir intervenções.

Contaminação

“Começamos a perce-ber contaminação da gra-xa por emulsão e pittingsnas pistas do rolamento eroletes”, conta NelsonMartin Groessler, assisten-te da Oficina de Cilindrosda Laminação a Frio. Pa-ralelo a essas observações,o laminador também pas-sou a ter paradas de emer-gência, apresentando esca-mações e trincas nos seusrolamentos de mancais detrabalho e, o mais grave, osucateamento de cilindrosde trabalho por causa detrincas no pescoço. Para seter uma idéia, apenas em1999, dois anos após a re-forma, a Cosipa registrou9 paradas do laminador detiras a frio devido a falhas

nos rolamentos.Para checar as razões

dessas falhas, a Cosipaestruturou um grupo de tra-balho composto por mecâ-nicos, técnicos, analistas eaté mesmo fornecedores,entre os quais esteve a SKFdo Brasil.

O estudo conjunto indi-cou pelo menos dez pon-tos de melhoria do sistemanecessária para eliminar osproblemas verificados como equipamento. O diâme-tro muito pequeno do furode dreno do mancal, res-ponsável pela drenagem daemulsão, e o uso de graxainadequada para os rola-mentos foram dois pontosconsiderados importantes eprioritários para ajustes doconjunto de mancal.

Laminação a frioem nova etapaCom fornecimento de graxas especiais, a SKFcontribui para eliminar problemas emrolamentos do laminador de tiras a frio daCompanhia Siderúrgica Paulista - Cosipa e aelevar performance do equipamento

Cosipa

Laminados Cosipa agora com maior variedade deespessuras e aplicações. Na foto à direita, o

laminador de tiras a frio

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Testes

“No caso das graxas,foram utilizados cinco ti-pos diferentes de marcasdisponíveis no mercadoseguindo as especificacõesdos fornecedores do equi-pamento”, explica o enge-nheiro mecânico e analistade Engenharia de Projeto,Wilson Roberto Nassar.Mais próximos da aplica-ção do produto, os supor-

tes técnicos da Oficina deCilindros Nelson Groesslere Célio Souza do Rosárioreforçam e relatam as difi-culdades e variáveis en-contradas nos diversos ti-pos de graxa: viscosidadeinadequada, pouca resis-tência à água e altas tem-peraturas, e problemas depronta-entrega, já que amaioria dos produtos é im-portada.

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Os testes com lubrifi-cantes no laminador a frioterminaram em 2000, anoem que a Cosipa passou aadotar a graxa LGHB2.Explica Ricardo AquinoPerroni, engenheiro espe-cialista em siderurgia daSKF, que o produto se ca-racteriza por excelentespropriedades de lubrifica-ção mesmo sob elevadascargas de trabalho, reduçãoao atrito e ao desgaste, ele-vada estabilidade mecâni-ca, grande resistência àagua e excelentes proprie-dades de proteção contra acorrosão, necessários aoprocesso de laminação. Osresultados do novo lubrifi-cante dos rolamentos fo-ram significativos. A par-tir de 2001, nenhuma pa-rada de emergência foi re-gistrada pelo laminador detiras a frio devido a falhascom rolamentos.

Resultados

A boa performance dolaminador é contabilizadapelo grupo de técnicos daCosipa. Em 2003, o lami-nador atingiu a marca de

1 milhão e 100 mil tone-ladas de aço-laminado,número que representauma produção 13,71%maior que a do ano anteri-or ou, ainda, 50,06% amais que em 1998, anoposterior ao da reforma damáquina e cuja produçãoalcançou 735,6 mil tone-ladas.

Entre os engenheirosda Cosipa existe, no en-tanto, um clima de come-dimento nas comemora-ções desses resultados.“Sabemos que o lami-nador necessita de me-lhoria contínua. Precisa-mos nos aprofundar emestudos dos tipos de rola-mentos e também das me-lhores práticas com o“novo laminador”, relataNassar, ressaltando que asnovas gerações de rola-mentos trouxeram muitosbenefícios, mas tambémaspectos novos para acom-panhamento da manuten-ção. As modernizacões dolaminador de tiras a frioproporcionaram ainda àCosipa uma economia deR$ 245 mil ao ano.

Manutenção de rolamentos dolaminador de tiras a frio da Cosipa,

em Cubatão - SP

Vencendo desafiosde lubrificação

Equipe da Oficina de Cilindros de Laminação aFrio (Nelson, Célio e Nassar) ao lado de cilindros

preparados para uso no laminador

Sobre a Cosipa

A Cosipa dedica-se à produção de aços planosnão-revestidos (placas, chapas grossas, laminadosa quente e a frio), que atendem a segmentos estra-tégicos da economia como automobilístico, ferro-viário, automotivo, naval, construção civil, agríco-la, embalagens, mecânico, eletroeletrônico, utilida-des domésticas, máquinas e equipamentos de dis-tribuição.

Após a renovação do seu parque industrial, fi-nalizada em 2001, atingiu a capacidade nominal,passando a operar num ritmo de produção de 4,5milhões de toneladas/ano de aço líquido.Essa transformação se deu através de um ciclo deinvestimentos iniciado em 1995 e que consumiu re-cursos de mais de US$ 1 bilhão na atualizaçãotecnológica e melhorias ambientais na usina JoséBonifácio de Andrada e Silva, estrategicamente lo-calizada em Cubatão-SP. No total, a usina possui12,5 milhões de metros quadrados, incluindo umporto privativo alfandegado.

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Foi-se o tempo em quealinhamento de eixos demáquinas com a sofistica-da tecnologia a laser, umadas atividades mais impor-tantes de manutenção, eraadotado apenas por linhasde produção com máquinasde grande porte e de custoelevado, do tipo petro-químicas e químicas. Hoje,pequenas e médias indústri-as do mais diversos ramosjá estão adotando a tecno-logia do alinhamento a laserde seus ativos e se benefi-ciando da rapidez e pratici-dade dos mais variadosequipamentos para este fim.O que antes poderia levardois, três dias de trabalho,hoje pode ser feito em trêsou quatro horas e com cus-to muito mais baixo. A ade-são a essa tecnologia podeser comprovada pelos índi-ces de venda da linhaFixtulaser da SKF. A expec-tativa, no Brasil, é encerrar2004 com 18% a mais deunidades vendidas, se com-parado ao ano passado.

“Antes, não se alinha-vam máquinas menoresporque o procedimento eracaro e complicado. Enten-dia-se que era mais fácil le-var a máquina à exaustão,com quebras irreversíveis,e então substituí-la por ou-tra nova, do que investir namanutenção preditiva”,lembra Paulo HenriqueManoel, gerente de Vendasde Equipamentos de Moni-

toramento da SKF. Alémde exigir técnicos altamen-te especializados, o proce-dimento de alinhamento, hácerca de três décadas, de-mandava métodos rudi-mentares, como régua,apalpador, relógio com-parador e, entre eles, mui-tos cálculos matemáticos.Um diagnóstico demorado,de pouca precisão e confia-bilidade.

A mudança de compor-tamento nos parques indus-

triais brasileiros, atesta oespecialista da SKF, tem aver com acesso à tecno-logia, hoje bem mais bara-ta do que quando foi lan-çada no Brasil, há cerca de20 anos, e com a necessi-dade dos tempos modernosde se atingir altos níveis deprodutividade. “Uma para-da inesperada de máquinahoje pode significar umprejuízo até dez vezes mai-or do que o investimentobásico na tecnologia de ali-

Alinhamento a laserchega às pequenas indústriasPreço mais acessível e necessidade de aumentar produtividade fa-zem também empresas de menor porte adotar a tecnologia de ali-nhamento a laser e mudar o conceito de manutenção de máquinas

nhamento”, calcula Paulo.Sem considerar ainda quea quebra de eixos por faltade alinhamento, na verda-de, esconde prejuízos emcadeia: diminuição da vidaútil dos rolamentos, au-mento do desgaste dos se-los e dos acoplamentos,comprometimento da qua-lidade da produção devidoao aumento de vibrações e,por fim, gastos maiores daenergia que move o equi-pamento.

TECNOLOGIA

Uma tecnologia de uso intuitivoLonge dos cálculos trigonométricos dos métodos rudimentares que esquen-

tavam a cabeça, os especialistas em manutenção hoje lidam com equipamentosdo tipo Fixturlaser, da linha Shaft, com comandos simples aplicados numa telatouch screen (do tipo toque no visor, como os dos caixas eletrônicos de bancos).Associada a esta facilidade, estão o próprios comandos em forma de pequenosdesenhos e que permitem ao operador um manuseio intuitivo. “É como a tela deum computador em ambiente Windows. Pequenos ícones que, tocando com odedo, vai se alcançando as etapas”, simplifica Paulo Henrique Manoel, da SKF.

A partir daí é trabalhar com os parâmetros pedidos: alinhamento vertical ouhorizontal, porte da máquina e distância entre os eixos, precisão e dilatação térmi-ca (já que o alinhador pode ser usado com a máquina parada ou em funcionamen-to), etc. No casos dos alinhadores da SKF, entre os seus cinco tipos diferentes,está o TMEA-1/PEx totalmente blindado, à prova de explosão,e que permite o uso em ambientes de alta segurança.

Mesmo com a facilidade de uso, a SKF do Brasil ofere-ce treinamentos para os operadores e suporte técnico nolocal da aplicação. “Éum diferencial impor-tante da SKF por meiode sua rede de distri-buidores em todo oBrasil”, salientaPaulo.

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O SKF Spindles ServiceCenter, recém-criada divi-são de serviços da SKF doBrasil, veio suprir uma la-cuna importante no merca-do de manutenção de má-quinas operatrizes dos par-ques industriais nacionais.Desde maio, o SSC, locali-zado em Cajamar, na Gran-de São Paulo, está reparan-do spindles de diferentesmarcas, entre elas as suíçasFischer e Studer, as italia-nas Omlat e Gamfior e asalemãs Franskessler eGMN, além de toda a linhade spindles fabricados pelaprópria SKF. Até então, aassistência técnica ocorriasomente no país do fabri-cante. Um processo consi-derado oneroso, complexoe demorado para os usuári-os de spindles.

“Unimos a experiênciada SKF em fabricarspindles, rolamentos, má-quinas operatrizes e, ainda,com assistência técnica,para oferecer este tipo deserviço”, explica GilbertoSanchez Júnior, coordena-dor do Centro de Serviçosda Divisão ReliabilitySystems. O centro da uni-dade de Cajamar foi basea-do em outros nove monta-dos pela SKF em diferen-tes países desde que o mo-delo de prestação de servi-

No Brasil, a Mahle Metal Leve, que utilizamandriladoras para a fabricação de bronzinas, bu-chas e arruelas para motores de automóveis e cami-nhões, já pôde comprovar os benefícios do SKF SSC.Os spindles Fischer, utilizados na usinagem de altavelocidade pela indústria, sofriam reparos somentena Suíça. “Tínhamos de exportar os spindles comdefeito para a matriz daFischer e importá-losapós o reparo. Os prazose os custos destas transa-ções tornavam este proce-dimento inviável”, relataWalter Angelo Bertoncini(foto à direita), supervi-sor da área de Projetos eDesenvolvimento de Má-quinas da Mahle.

Com a entrada do SSCno Brasil, os spindlesFischer da Mahle de SãoBernardo do Campo - SP,passaram a ser reparadosem Cajamar, a menos de70 km de distância. “Coma proximidade e o apoiotécnico da equipe SKF es-tamos nos sentindo bas-tante seguros. Nossosproblemas com reparodos spindles de alta freqüência estão resolvidos. Oscustos que tínhamos no passado foram reduzidos etemos total confiança que hoje dispomos da melhoralternativa disponível para reparar nossos spindles”,avalia Bertoncini.

ço foi concebido, no ano2000: Suécia, Áustria, Ale-manha, Japão, Reino Uni-do, Índia, Estados Unidos,Itália e França. O Brasil,neste caso, está saindo nafrente como um dos centrosmais sofisticados e com oanteparo de uma network,por meio da qual todas asunidades, em seus diferen-te países, abastecem umabase de dados única cominformações sobre reparode todos os tipos de spindle.Uma biblioteca virtual nadamodesta, já que a SKFmundial contabilizou, so-mente em 2003, mais de 6mil reparos de spindles emsuas unidades de serviço.

SSC Brasil

O SSC integra o CentroIxion de Serviços Industri-ais e está alojado em umpavilhão de 1.500 metrosquadrados da planta da SKFlocalizada em Cajamar-SP.O projeto consumiu inves-timento superior a R$ 1 mi-lhão, distribuídos entretecnologia, treinamento eampliação de mão-de-obraespecializada. Ali é feito odiagnóstico da peça defei-tuosa baseado em umcheck-list que orienta a ins-peção em 33 itens. Essaavaliação não tem custo e,após aprovação do orça-

Experiência na Mahle

mento, a SKF entrega ospindle consertado entre 3e 60 dias, a depender dacomplexidade do caso e dadisponilidade de itens de re-

posição. “Se necessário, va-mos também até o clientepara ajudá-lo a melhorar aperformance do spindle”,explica Sanchez.

Paulo Pampolim/Digna Imagem

Reparo de s pindles

Unidade de serviços da SKF brasileira opera des-de maio oferecendo reparos às principais mar-cas do mercado. Centro exigiu investimentos deR$ 1 milhão em tecnologia e treinamento

agora também no Brasil

MANUTENÇÃO

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Os rolamentos autocompensadores de rolos foram inventa-dos pela SKF em 1918 e a empresa é, desde então, líder tecno-lógico e também em vendas deste produto no mundo. Eles secaracterizam pelos rolos simétricos e autoalinháveis, gaiolasmetálicas e anel de guia flutuante. Com diâmetro interno cilín-drico ou cônico, eles se adaptam a todos os tipos e métodos demontagem. São ainda dotados de uma ranhura circular e trêsorifícios para lubrificação no anel externo. Seus componentessão considerados resistentes e dimensionalmente estáveis.

O produto é hoje aplicado principalmente em indústriasde papel & celulose, metalurgia, mineração e construção, eem maquinários para fluidos, de tratamento de materiais, cai-xas de câmbio e estradas de ferro. Além destes segmentos-chave, este tipo de rolamento é freqüentemente utilizado empontes, comportas, motores elétricos, geradores, calandras deplástico, máquinas têxteis, máquinas de extrusão por pressão,máquinas de impressão e robôs.

Ao longo dessas oito décadas de evolução, os rolamentosautocompensadores de rolos vêm sendo produzidos com açocada vez mais puro e homogêneo e apresentando versões maissofisticadas, compactas e resistentes. Isso significa maior gamade aplicação, exposição a velocidades mais elevadas e umfuncionamento mais suave, silencioso e com menor quanti-dade de lubrificação.

Uma das principais razões por trás da posição dominanteda SKF no mercado dos rolamentos autocompensadores derolos é a conscientização cada vez maior de seus usuários sobreo que significam rolamentos de maior qualidade para o custo

dos ciclos de vida das suas máquinas. A sua versão mais re-cente, da série Explorer, apresenta hoje uma vida útil até trêsvezes superior ao de sua geração anterior, mantendo a má-quina em maior tempo de funcionamento e exigindo cuida-dos mínimos de manutenção. Além disso, a possibilidade deredução de tamanhos e alta confiabilidade os tornaram in-dispensáveis em diversas linhas de produção.

Dados gerais sobre os rolamentosDesenhos

Os rolamentos autocompensadores de rolos possuem osseguintes desenhos, a depender de seu tamanho e série.

Desenho E

Estes rolamentos têm rolos simétri-cos, um anel interno sem flange e umanel de guia entre as duas carreiras derolos, posicionado virado para o anelexterno e centrado nas duas gaiolas deaço do tipo janelas de aço prensado.

Desenhos C, CC e EC

Estes rolamentos têm rolos simétri-cos, um anel interno sem flanges e umagaiola de aço prensado para cada car-reira de rolos. O anel de guia está cen-trado no anel interno entre as duas car-reiras de rolos. Os rolamentos com odesenho EC incorporam conjuntos derolos reforçados para capacidades decarga maiores.

Desenhos CA, CAC, ECA e ECAC

Estes desenhos são utilizados paraos tamanhos maiores de rolamentosautocompensadores de rolos SKF. Osrolos são simétricos e o anel interno temflanges de retenção. O anel de guia estácentrado no anel interno entre as duascarreiras de rolos e a gaiola é fabricadacom dois espigões em latão ou aço emuma só peça. Os rolamentos com o de-senho ECA e ECAC incorporam conjuntos de rolos reforça-dos para capacidades de carga maiores.

Inventados pela SKF em 1918, os rolamentosautocompensadores de rolos são líderestecnológicos e também em vendas no mundo.Veja por que essa tecnologia atravessadécadas, sem superação no mercado

Rolamentosautocompensadores

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Furo cilíndrico ou cônico

Os rolamentos autocompensadores de rolos estão disponí-veis com furos cilíndricos e cônicos. O furo cônico dos rola-mentos das séries 240, 241, 248 e 249 tem um cone de 1:30 aopasso que o furo de todos os outros rolamentos tem um conede 1:12. Os sufixos utilizados para identificar os diferentesfuros cônicos são:

K Furo cônico, cone 1:12K30 Furo cônico, cone 1:30

Ranhura circular e orifícios de lubrificaçãoPara facilitar a lubrificação eficaz dos rolamentos, a maio-

ria dos rolamentos autocompensadores de rolos SKF são dota-dos de uma ranhura circular e/ou três orifícios para lubrifica-ção no anel externo. Estes rolamentos são identificados porum dos seguintes sufixos:

W20 Anel externo com três orifícios de lubrificação

W33 Anel externo com ranhura para lubrificação e três orifícios

Nos rolamentos do desenho E não é utilizado um sufixoporque a ranhura circular e os três orifícios de lubrificação noanel externo são partes integrantes do desenho E.

Dimensões

As dimensões-limite dos rolamentos estão em conformi-dade com a norma ISO 15-1998.

Tolerâncias

Os rolamentos autocompensadores de rolos SKF com fu-ros cilíndricos e cônicos são produzidos em série com as tole-râncias normais correspondentes à norma ISO 492:1994.

Precisão de funcionamento

Nas disposições de rolamentos de velocidades elevadas, oque se exige em termos de precisão de funcionamento é, fre-qüentemente, superior ao habitual. Para este tipo de disposi-ções de rolamentos recomenda-se a utilização de rolamentosautocompensadores de rolos SKF com a especificação C08.Estes têm uma precisão de funcionamento que está em confor-midade com as especificações de tolerância da classe 5 da ISO.Os valores para a precisão de funcionamento estão em confor-midade com a norma ISO 492:1994. É necessário confirmar,antes da aquisição, se existem rolamentos em conformidadecom a especificação C08.

Desalinhamento

Os rolamentos autocom-pensadores de rolos são dealinhamento automático, istoé, o desalinhamento entre oanel externo e o anel internopode ser suportado com umefeito mínimo sobre o rola-mento. Em condições de car-ga e de funcionamento nor-mais, e quando o anel inter-no gira em desalinhamentoconstante, permitem-se os va-lores de orientação para odesalinhamento indicados natabela ao lado. Estes valoresirão ou não ser totalmente utilizados conforme o desenho dadisposição do rolamento, o tipo de vedação utilizada, etc.

Folga Normal

Os rolamentos autocompensadores de rolos SKF são fa-bricados em série com a folga Normal radial-padrão. Quasetodos os rolamentos estão igualmente disponíveis com a folga

Normal C3 maior e alguns podemser fornecidos com a folga C4, queé ainda maior. Alguns tamanhos po-dem ser fornecidos com a folga in-terna C2 que é menor do que a nor-mal. A disponibilidade de rolamen-tos com folgas internas radiais dife-rentes do padrão deve ser confirma-da antes da aquisição. As diferentesfolgas internas radiais estão em con-formidade com a norma ISO5753:1991. São válidas para cargade medição zero e para antes damontagem.

Influência da temperatura

Os rolamentos autocompensa-dores de rolos SKF são normalmen-te submetidos a um tratamento tér-mico especial para poderem ser utilizados em temperaturaselevadas. São dimensionalmente estáveis a +200 °C duranteum máximo de 2.500 horas, ou por breves períodos, mesmoa temperaturas mais elevadas. Se forem tomadas as devidasprecauções para o sistema suportar ligeiras alterações deencaixes e folgas, nesse caso serão aceitas temperaturas ain-da mais elevadas ou períodos ainda maiores.

Capacidade de carga axialDevido a sua geometria interna especial, os rolamentos

autocompensadores de rolos SKF não só apresentam menoratrito do que os outros rolamentos autocompensadores derolos, como também conseguem suportar cargas axiais sig-nificativamente mais pesadas. Contudo, se Fa/Fr > e (• tabe-las dos rolamentos), recomenda-se que os rolamentos sejamrelubrificados com maior freqüência do que a habitual.

Carga mínima

Para garantir o desempenho satisfatório dos rolamentosautocompensadores de rolos, estes devem ser sempre sub-metidos a uma determinada carga mínima, especialmente seforem utilizados em aplicações com velocidades elevadasou forem submetidos a acelerações altas ou mudanças rápi-das na direção da carga. Nas referidas condições, as forçasde inércia dos rolos e da gaiola, bem como o atrito no lubri-ficante, podem ter uma influência negativa sobre as condi-ções de rotação no rolamento, podendo originar a ocorrên-cia de movimentos deslizantes que provoquem danos entreos rolos e as pistas. A carga mínima necessária a ser aplicadaaos rolamentos autocompensadores de rolos nos casos men-cionados pode ser calculada utilizando

Frm = 0,02 C – Y0Fa

e para os rolamentos Explorer, utilizandoFrm = 0,017 C – Y0Fa

ondeFrm = carga radial mínima, kNC = especificação da carga dinâmica básica, kNFa = carga axial real do rolamento, kNY0 = fator de cálculo

Os valores de C e Y0 encontram-se nas tabelas dos rola-mentos para cada um deles. Sempre que arrancar a baixastemperaturas ou quando o lubrificante for extremamente vis-coso, poderão ser necessárias cargas ainda maiores. Os pe-sos dos componentes suportados pelo rolamento, juntamen-te com as forças externas, excedem freqüentemente a cargamínima exigida. Se este não for o caso, o rolamento deve sersujeito a uma carga radial suplementar.

Valores de orientação para odesalinhamento angular permitido

Séries dosrolamentos

Desalinhamentoangular permitido

graus

213 1222 1,5223 2230 1,5231 1,5232 2,5238 1239 1,5240 2241 2,5248 1,5249 1,5

Page 10: Revista SKF Agosto 2004

SOLUÇÕES REAIS PARA UM MUNDO REAL

Por trás de um grande rolamentohá sempre um grande lubrificante

A SKF apresenta as novas graxas pararolamentos: LGMT 2 M (Multiuso) eLGWA 2M (Alta Performance).Devido às suas características superiores, são amelhor alternativa em lubrificação. Pois sãoproduzidas pela SKF, empresa líder mundialem rolamentos, e criadas para atender àsnecessidades específicas que lhe permitirãoobter um maior rendimento em seusequipamentos.

Graxas Especiais SKF: a evolução queprotege os melhores rolamentos.